AgroGuia Ed. Abril 2012

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1 Agro Guia | Março 2012 AGRISHOW Vem aí a maior feira de tecnologia da América Latina AGRO AGENDA 19ª Fenasoja, Zootec e Bio Brazil Fair AGRO PERFIL Celso Casale reivindica financiamento para o médio produtor INFORME PUBLICITÁRIO PUBLICAÇÃO MENSAL | ABRIL 2012 | EDIÇÃO 02/ANO 01 Stefan Mihailov, diretor geral da Phibro Animal Health Corporation AGRO ENTREVISTA Executivo da Phibro diz que a empresa aposta no Brasil AGRO ENTREVISTA Executivo da Phibro diz que a empresa aposta no Brasil

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Encarte impresso do setor agropecuário. Adjunto do Jornal Folha de S. Paulo todo último domingo do mês.

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Informe PublicitárioPB 1Agro Guia | Março 2012

AgrishowVem aí a maiorfeira de tecnologiada América Latina

Agro AgendA19ª Fenasoja, Zootec e Bio Brazil Fair

Agro perfilCelso Casale reivindicafinanciamento para o médio produtor

Informe PublIcItárIo

Publicação Mensal | abRil 2012 | edição 02/ano 01

Stefan Mihailov, diretor geral da Phibro Animal

Health Corporation

Agro enTreVisTAexecutivo da phibro diz quea empresa aposta no Brasil

Agro enTreVisTAexecutivo da phibro diz quea empresa aposta no Brasil

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Informe PublIcItárIo

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Índice

Agro Agenda 6

Agro Agricultura 28

22Agro Entrevista

38Agro Pecuária

40Agro Produtor

10Agro Eventos

pArA AnUnCiAr no gUiA

Editor-Chefe

Redação

Colaborador

Apoio Comercial

Projeto Editorial

Diagramação e Ediçãode Imagens

Capa

Carlos Alberto da Silva - MTB 20.330

Béth Mélo - [email protected]é Casagrande - [email protected] Roque - [email protected]

Nathã Carvalho

Carlos Alberto da Silva

Gutche AlborghetiVinicius Gallo BalsysHumberto OgawaJuliana Vizzáccaro

Humberto Ogawa

Foto de Carlão da Publique

(11) 3063.1899 / Al. Itu. 1063 - 2° andar -CEP: 01421-001 - Jardins - São Paulo/SP

www.publique.com | [email protected]

PRESIDENTE E FUNDADOR:Carlos Alberto da Silva.

[email protected]/gpubliqueSlideshareslideshare.net/grupopubliqueYou Tubeyoutube.com/GrupoPublique

Gerente ComercialMarcela Marchi

[email protected](011) 3225-4546

Contato ComercialLarissa Ayumi Yokomizo

[email protected](11) 3224-4545

Representante ComercialSonia Maciel

[email protected]

Mirian [email protected]

tel: (11) 3021-1644

Informe Agro Econômico 44

42Agro Educação

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Próximo Eventos AgroGuia – Abril/Maio 2012Até 6/519ª Fenasoja (Feira Nacional da Soja) – Parque de Exposições, Santa Rosa, (RS), tel. (55) 3512-6866 - www.fenasoja.com.br

Até 10/5 78ª ExpoZebu – Parque Fernando Costa, Uberaba, (MG), tel. (34) 3319-3900 - www.expozebu.com.br

30/4 a 4/5Agrishow 2012 (19ª Feira Internacional de Tecnologia em Ação) – Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro – Leste, Ribeirão Preto (SP), tel. (11) 3060-5000 - www.agrishow.com.br

1º a 4/523º Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos – Centro de Convenções Uniccamp, Campinas (SP), tel. (19) 3014-0148 - www.cbta.com.br

2 a 5/524ª Fenovinos (Feira Nacional dos Ovinos) – Parque de Exposições Visconde Ribeiro Magalhães, Bagé (RS), tel. (53) 3242-6130 - www.arcovinos.com.br

4 a 20/5 20ª Fenakiwi – Parque Cinquentenário, Farroupilha (RS), tel. (54) 3261-3460 - www.fenakiwi.com.br

8 e 9/5CBNA Pet 2012 (4º Congresso Internacional e XI Simpósio Sobre Nutrição de Animais de Estimação) – Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo (SP), tel. (19) 3232-

7518 - www.cbna.com.br

8 a 12/5Agrotins (Feira de Tecnologia Agropecuária) – Centro Agrotecnológico, Palmas (TO), tel. (63) 3218-2136 - www.agrotins.to.gov.br

9 e 10/5 19º Seminário Internacional do Café – Sofitel Jequitimar, Guarujá (SP), tel. (13) 3212-8200 - www.acs.org.br

9 e 10/5 Seminário Internacional: Outra economia, outro desenvolvimento, outra cooperação: a sociedade civil rumo à Rio+20/Cúpula dos Povos – Hotel Rondônia Palace, Rio de Janeiro (RJ), tel. (11) 3237-2122 - www.abong.org.br

9 a 13/5Exporriso 2012 – Parque do Centro de Tradições

Agro Agenda

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Gaúchas, Sorriso (MT) - www.exporriso.com.br

9/5 a 11/54ª Feira da Floresta – Serra Park, Gramado (RS), tel. (51) 3581-4117 - www.feiradafloresta.com.br

13/5Mega Leilão Estância Bahia, Britânia (MT), 66) 3468-6600, www.estanciabahia.com.br

13 a 18/5Zootec 2012 – Centro de Eventos Pantanal, Cuiabá (MT), tel. (65) 3615-8322 - www.zootec.org.br

15 a 19/5Agrobrasília 2012 – e Brasília (DF), tel.(61) 3339-6516 / 6500, www.agrobrasilia.com.br

15 e 16/5Tecnolat –Aspectos de Qualidade na produção de Lácteos – Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), Campinas (SP), tel. (19) 3743-1758 - www.ital.sp.gov.br

15 a 18/57º Sinsui (Simpósio Internacional de Suinocultura) – Salão de Atos da UFRGS, Porto Alegre (RS) - www.suinotec.com.br / www.faurgs.ufrgs.br

16 a 19/5Agrovia 2012 (Feira de Negócios te Tecnologia Aplicada – Fazenda São Paulo, Itapeva (SP), tel. (15) 3526-8042 - www.agroviasp.com.br

19/5Mega Leilão Estância Bahia, Cuiabá (MT), tel. (66)

3468-6600, www.estanciabahia.com.br

22/5 a 27/5Fenarroz (17ª Feira Nacional do Arroz) – Parque de Exposições Ivan Tavares, Cachoeira do Sul (RS), tel. (51) 3722-2425 - www.fenarroz.com.br

24/5 a 27/5Bio Brazil Fair (8ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia) – Parque do Ibirapuera, São Paulo (SP), tel, (11) 2226-3100 - www.biobrazilfair.com.br

22 e 23/5Circuito Feicorte NFT 2012 – Campo Grande (MS), tel. (11) 5067-6770 - www.agrocentro.com.br/circuitofeicorte

29/5 a 2/65ª Bahia Farm Show – Luís Eduardo Magalhães (BA), tel. (77) 3063-8000 - www.bahiafarmshow.com.br/2012

Agro Agenda

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Agro Eventos/Destaques

renda da Agrishow deve superar Us$ 1,7 biFeira de 2012 registra recordes no número de expositores e área de estandes

De 30 de abril a 4 de maio, a 19ª Agrishow (Feira Internacional de Tec-nologia Agrícola em Ação) reunirá, no Pólo Regional de Desenvolvimento Tec-nológico dos Agronegócios, em Ribei-rão Preto (SP), empresas dos segmentos de máquinas e equipamentos agrícolas e de outros produtos e serviços voltados para a agropecuária.“Esta é a maior feira de todas. São mais de 210 mil metros quadrados de estandes, 786 expositores e 50 dele-gações estrangeiras”, enumera Mau-rílio Biagi, presidente da Agrishow 2012. Para ele, a feira uma festa do agronegócio brasileiro, a maior a céu aberto e uma das cinco maiores em faturamento no mundo, além de ser um ponto de encontro entre produ-tores, pesquisadores e empresas. “É nesse ambiente que as empresas realizam seus lançamentos e apre-sentam novas tecnologias.”José Danghesi, diretor da Agrishow, também comemora os recordes e destaca o acréscimo de 30 mil me-tros quadrados na área de estandes. Ele anuncia como uma das novida-des o 1º Encontro de Prefeitos da Agrishow, na tarde do dia 30 de

abril. Também cita mais uma edição do Prêmio Gerdau Agrishow. A expectativa da Reed Exhibitions Al-cantara Machado, organizadora do evento, é de receber 150 mil visitan-tes para conferir lançamentos de pro-dutos e serviços e assistir as demons-trações de campo. A previsão de Biagi é de superar o faturamento do ano passado, que foi de R$ 1,75 bilhão. Ele lembra que a feira injeta na eco-nomia regional R$ 150 milhões.Este ano, a Agrishow está dividida em 10 setores diferentes, para facilitar o acesso aos visitantes. São eles: avia-ção, irrigação, ferramentas, máquinas para construção, agricultura de preci-são, armazenagem, pneus, automobi-lístico, caminhões/ônibus/transbordos e pecuária.Aproveitando o evento, a Agritech le-vará a nova linha 1.200, de tratores, de 30 e 50 cv, modelos 1235 e 1250, com apelo de baixo custo, menor consumo de combustível e redução na emissão de poluentes e apropria-do para rodar com biodiesel B5. Entre os produtos Yanmar Agritech, o destaque é a linha 1155 NEW, que pode receber cabines de fábrica,

Agrishow

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oferecendo conforto e segurança ao operador. Outra novidade é o trator 1175 Agrícola Super Estreito, com potência de 75 cv e 1,30 metro de largura externa dos pneus, especial para a cultura de café adensado.

Agricultura de precisãoSoluções para atender a agricultura de precisão também serão apresen-tadas na Agrishow. A Alezi Teodoli-ni levará os monitores outback S3 e STS, para monitorar todas as etapas do cultivo, o pulverizador e controla-dor da seção outback AC110 e o pi-loto automático eDRive X eDrive TC. Já Falker Automação Agrícola, apre-sentará os medidos eletrônicos: de teor de clorofila da lavoura, cloro-LOG; de unidade do solo HidroFarm, de compactação do solo PenetroLOG, além do software FalkerMap, para im-portar dados, gerar mapas interpola-dor e visualizar e comparar mapas.

Armazenagem Grandes marcas do setor, que res-pondem por cerca de 90% das ven-das de máquinas e equipamentos para recepção, pré e pós-limpeza, secagem e armazenagem de grãos no país, estarão presentes na Agrishow. Marcas como Kepler Weber, GSI Bra-sil, Granfinale, Comil, Pagé, Premag, Tmsa, Casp, Silomax, Electro Plastic e Waig, entre outras, ocuparão uma área 25% maior que em 2011. A Kepler Weber mostrará a nova linha de equipamentos de arma-zenagem de grãos, que tem comp apelos alta performance, responsa-bilidade no consumo energético, automatização e segurança ope-

racional, além dos silos metálicos planos e elevados, secadores de grãos, máquinas de limpeza e pré--limpeza e transportadores. Já a GSI Brasil, além de produtos para armazenagem de grãos, vai expor o secador de grãos Process Dryer, com baixa emissão de partículas, menor nível de ruído e redução do consumo de energia por tonelada seca. No estande da Granfinale, os visitan-tes apreciarão o Silo-Secador para secagem de grãos em baixa tempe-ratura e sem contato com fumaça, o Granduto para o transporte de grãos e a Limpadora de grãos, que separa impurezas por aspiração.

Aviação agrícolaOs principais fabricantes do setor de aviação agrícola mostrarão ten-dências e novidades para atender os compradores e profissionais desse mercado. A Embraer apresentará a Ipanema modelo BEM 202A, pri-meira aeronave produzida em série para voar com etanol, para a pul-verização de defensivos agrícolas e combate a incêndios. Já a Volato, leva à feira a aeronave Volato 400, para quatro passageiros, com auto-nomia de voo de quatro horas e 30 minutos na reserva.

NovidadesGrandes marcas do setor também apresentarão novidades. O Grupo Tracan estará na Agrishow com a re-presentação de suas sete concessio-nárias Case IH, no estande da monta-dora, e também no estande próprio da indústria do Grupo, a TMA. Na feira, a empresa fará seu primeiro

Agro Eventos/Destaques

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lançamento para grãos. Trata-se do VTG 20.000 transbordo, com capa-cidade para 20.000 kg, que teve pré--lançamento na Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).Além de levar a sua linha completa de pneus agrícolas da marca Fires-tone e apresentará o pneu Radial All Traction DT, para terrenos onde se exige maior tração. A multinacional americana Eaton lançará o LifeSense® (sensores que avaliam possíveis falhas na manguei-ra hidráulica durante o funcionamen-to), a válvula de direção hidráulica XCEL45 (aplicada na direção das máquinas, reduz esforço e dá mais ao operador), bombas e motores de pistão Heavy Duty DuraForce e a mangueira para alta pressão Spiral.

Toda linha de produtos e serviços a preços especiais e condições facilitadas.

O diferencial que faltava na maior feira agrícola da América Latina.

30 abril a 04 de maio Rodovia Antonio Duarte Nogueira Km 321- Ribeirão Preto/SP

Na Agrishow procure o Shopping Rural Coopercitrus (estande G2d)e surpreenda-se.

Pela Primeira vez a Coopercitrus estará na Agrishow 2012

EstreiaEm sua estreia na Agrishow, a Cooper-citrus (Cooperativa de Produtores Ru-rais) leva para o evento o seu conceito de Shopping Rural, um espaço para a venda de produtos nos segmentos de insumos, fertilizantes, máquinas e im-plementos agrícolas, peças, máquinas portáteis, motores, veterinária, lubrifi-cantes, entre outros.Segundo João Pedro Matta, vice pre-sidente da cooperativa, o conceito da loja foi criado em 2011, tornou-se uma moderna forma de comerciali-zação de produtos. “Os visitantes da Agrishow poderão conferir a loja que oferece itens diferenciados com valo-res acessíveis e facilidades para coo-perados e produtores.”

Agro Eventos/Destaques

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“Zebu: o futuro em boas mãos” Com este mote, a ExpoZebu antecipa debates para a conferência Rio + 20

Até dia 10 de maio, Uberaba (MG), é a capital de negócios e de gené-tica zebuína, por conta da 78º Ex-poZebu. Os pavilhões do Parque Fernando Costa estão totalmente tomados por 3.000 zebuínos e 110 empresas. A abertura da feira ocor-rerá dia 3 de maio, com a presença de várias autoridades do agronegó-cio brasileiro.Segundo Eduardo Biagi, presiden-te da ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, organiza-dora da mostra mineira, estão pro-gramados 9 julgamentos diferen-ciados e 3 concursos leiteiros com a participação de 150 fêmeas.Os 41 leilões oferecem genética ze-buína das raças nelore, gir, tabapuã, brahman, guzerá, sindi e gir leiteiro, além de jumentos pêga e marchador. Também estão previstos 3 shopping de animais. Em 2011 os 44 leilões

da ExpoZebu faturaram R$ 53,131 milhões com a venda de 1.491 lotes. Mesmo com a redução no número de leilões em 2012, a expectativa da ABCZ é positiva, pois o mercado tem se mostrado aquecido para as raças zebuínas nos últimos anos.Completam a programação importantes reuniões, entre as quais ele cita a oficial da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) da Fizebu (Federação Internacional de Criadores de Zebu) e de outras entidades do agronegócio. A gra-de de eventos técnicos tem programadas palestras, workshops, o 1º Congresso Mundial do Gir Leiteiro, o 5º Fórum de Pecuária Sustentável, entre outros. “A ExpoZebu é um grande show de genética e política e um grande fó-rum de discussão da pecuária”, afir-ma Jovelino Carvalho Mineiro Filho, vice-presidente de ABCZCom o tema “Zebu: o futuro em

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boas mãos”, a exposição fará uma prévia da Rio +20, conferência da ONU (Organização das Nações Unidas), que ocorrerá no Rio de Janeiro, no mês de junho. Durante o evento será formalizado um do-cumento da ABCZ com o perfil da pecuária brasileira, que será apre-sentado na Rio + 20. “Queremos mostrar a realidade de nossa pecuária, que é desenvolvi-da de forma sustentável”, afirma. “Nos 170 milhões de hectares ocu-pados com a criação de gado de corte estão toda nossa expectativa de produzir mais carne, mais grãos e mais energia.”

LançamentosDurante a ExpoZebu, estão previstos os lançamentos dos genomas das ra-ças gir e guzerá, iniciativa do Polo de Excelência em Genética Bovina e coordenado pela Embrapa Gado de leite, em parceria com a Funda-ção Oswaldo Cruz, Epamig e Uni-versidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As informações obtidas a partir deste sequenciamento permi-tirão mapear os genes dessas raças para identificar características que vão dar um salto no desenvolvimen-to da pecuária. Durante a 78ª ExpoZebu, ocorrerão outros três lançamentos importan-tes: a Sala Virtual “Adalberto Ro-drigues da Cunha”, que contará a história da ABCZ através da narra-tiva de seus dirigentes; o Produz, novo software de gerenciamento de animais zebuínos desenvolvido pela ABCZ, em parceria com a em-presa Softbox e o curso de Sistemas

de Informação da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba); e o Agro-curso, projeto de Educação à Dis-tância, desenvolvido em parceria entre a ABCZ e Canal Rural.Ao fim da ExpoZebu, no dia 10 de maio, às 9h00, ocorrerá o desfile das matrizes do 34º Concurso Lei-teiro, na pista de julgamento.

A ABCZEntidade organizadora da ExpoZebu, a ABCZ conta, atualmente, com qua-se 20 mil associados, 24 escritórios. Contabiliza 18 milhões de documen-tos digitalizados no banco de dados, 2 mil provas zootécnicas com a par-ticipação de 39 mil animais, 43 mil animais em controle leiteiro, 6672 exposições. Em 12 meses, segundo Biagi, foram realizados 683 mil no-vos registros e 297 mil coletas de es-truturas de FIV (fertilização in vitro).(B.M)

Eduardo Biagi, presidente da ABCZ.

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De 16 a 19 de maio, a Fazenda São Paulo, em Itapeva (SP), recebe a Agrovia 2012 (4ª Feira de Negócios, Tecnologia Agrícola e Pecuária). Além de reunir eventos pecuários, exposição e dinâmica de máquinas e implementos e mostra de animais, a feira mostrará as oportunidades e os programas de interesse dos agri-cultores familiares que participam do evento para buscar conhecimen-to e informação técnica, trocar ex-periências e fazer negócios. As atenções dos organizadores es-tão voltadas também para preser-vação do meio ambiente e a sus-tentabilidade no meio rural.O sucesso da feira de 2011 levou grandes empresas do setor, como Basf, Pionner, Dekalb, Agroeste, Dow AgroSciences, entre outras, já confirmaram presença. “A Agrovia se consolidou como excelente opor-tunidade para as empresas investi-rem na promoção e na exposição de seus produtos e serviços ligados ao agronegócio e na troca de informa-ções com seus clientes e profissio-nais do setor”, afirma Grace Caribé, diretora da Live&motion (Grupo Via

Agrovia terá presença de grandes empresase cooperativas

Funchal), empresa organizadora.Segundo Grace, no passado a Agrovia superou as expectativas de negócios, contatos, exposição na mídia e con-solidação de parcerias. “A feira gerou mais de R$ 100 milhões em negócios e esperamos crescer 20% em 2012.”O Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) vai aproveitar o evento para divulgar ações para o desenvolvimento do se-tor, de forma integrada e sustentável, e os trabalhos de assessoria para es-timular a competitividade e melho-rar a qualidade de vida dos coope-rados, empregados e familiares. As cooperativas Holambra, Castrolanda e Capal também estarão presentes. Para Grace, a adesão de grandes coope-rativas consolida a feira como ponto de encontro de profissionais, empresários e produtores para o teste de tecnolo-gias, conhecimento de novos produtos, troca de informações e estabelecimen-to de parcerias. “A feira é um pólo de divulgação e promoção do que a re-gião produz: culturas como soja, trigo, milho, batata, feijão, laranja, além de disseminar tecnologia para o campo.”

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Organizadores trabalham com expectativa de crescimento de 20% nos negócios

www.agroviasp.com.br

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Por André Casagrande

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A 11ª Tecnoshow Comigo 2012, realizada de 9 a 13 de abril, em Rio Verde (GO), bateu recor-des em negócios, expositores e público. A feira movimentou R$ 780 milhões e superou a edição anterior do evento em 56%. A feira deste ano registrou aumento também no nú-mero de visitantes, que neste ano foi de 78 mil (em 2011 foram 70 mil) e na presença de expositores, com 450 empresas de diversos segmentos (no ano passado a Feira teve a participação de 400 exposi-tores). Foram gerados ainda mais de 5 mil empregos

AveSui América Latina 2012 rece-beu 19.100 visitantes, 6% acima da edição anterior. Segundo a Ges-sulli Agribusiness, organizadora do evento realizado em São Paulo, de 2 e 4 de abril, o evento reuniu mais de 150 empresas nacionais e internacionais e atraiu empresários, produtores, pesquisadores, acadê-micos, alunos de universidades do setor, interessados em acompanhar e discutir as principais questões que envolvem a produção intensiva de aves, ovos e suínos. “O público qualificado sempre foi um dos principais diferenciais da fei-ra”, diz Andrea Gessulli, diretora da

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Mais visitantes

recordestemporários durante a realização do evento. “Conseguimos superar as previsões iniciais e os números conquista-dos em anos anterio-res. Agora, é começar a trabalhar para oferecer novidades no evento de 2013, que será de 8 a 12 de abril, princi-palmente na difusão de tecnologias e conheci-mento para o produtor melhorar resultados e renda”, diz Antonio Chavaglia, presidente da Comigo (Coopera-tiva Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano), or-ganizadora da mostra.

Gessulli Agribusiness, que destacou a presença de pessoas de todos os Estados brasileiros e de países como Argélia, Venezuela, Nigéria, Estados Unidos, Chile, China, Bélgica, África do Sul, Turquia, Argentina, Holanda, Peru, Paraguai, França, Macedônia, Colômbia, Paquistão e Egito. A AveSui também apresentou a Fei-ra Biomassa & Bioenergia e a Ave-Sui Reciclagem Animal, onde foram apresentadas as tendências mundiais e a potencialidade da energia de bio-massa e da reciclagem de subprodu-tos de origem animal.A AveSui 2013 será realizada de 14 e 16 de maio, em Florianópolis (SC).

Agro Eventos/Balanço

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A ExpoGrande 2012 (74ª Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande), promovida pela Acrissul (As-sociação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, contou uma agenda de 40 leilões, nos quais foram comercializados cerca de 20 mil ani-mais, entre bovinos, equinos e ovinos.

O Parque Ney Braga foi palco de rodeio, eventos técnicos, leilões, julgamentos, por conta da 52ª Expo-Londrina (Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina), realizada de 4 a 14 de abril. “O Parque ficou cheio praticamente todos os dias e também tivemos bons negócios”, disse Gus-tavo Andrade e Lopes, presidente da SRP (Sociedade Rural do Paraná), en-tidade organizadora da mostra. O vice-presidente da SRP, Roberto Barros, destacou a comercialização de touros. “O produtor está em busca

de genética”, comentou. A Campos & Carrer, que vende sêmen e outros insumos para inseminação artificial, registrou crescimento de 20% em re-lação a 2011. “Os programas de re-produção estão crescendo bastante”, diz Luigi Carrer Filho, diretor da SRP e sócio da empresa. A EmbrioSêmen também obteve resultados positivos, segundo o gerente de vendas Leonar-do Pavan. “ Divulgamos nossa marca e fizemos muitos contatos”, afirma. A próxima edição será de 4 a 14 de abril de 2013.

Campeões

José Francisco Brito Eusébio foi o Melhor Criador e Me-lhor Expositor da 1ª Grande Exposição e Encontro de Criadores do Cavalo Lusitano, realizada em Araçoiaba

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Dinamarca da Sasa JE foram os maiores destaques do evento

da Serra (SP), pela ABP-SL (Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano). Dinamarca da Sasa JE, da Fazenda Sasa, de Eu-sébio, foi a Grande Cam-peã Adulta e Campeã das Campeãs. Entre os ma-chos, Cobalto (SS), impor-tado pela Coudelaria Ilha Verde, de Victor Oliva, foi o Grande Campeão e o Campeão dos Campeões.

De 12 a 22/4, o Parque de Exposições Laucídio Coelho recebeu animais de várias raças, de 80 expositores de vários estados. Este ano, a mostra procurou res-gatar a participação de muitos produto-res e de famílias ligadas ao agronegócio, segundo Alexandrina Marques Barbosa, produtora rural e diretora da Acrissul.

Bateria de 40 leilões

Agro Eventos/Balanço

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o campo está na frente da indústria

Stefan Mihailov, diretor geral da Phibro, diz que a empresa aposta no Brasil.

Por Paulo Roque

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Um dos mais jovens executivos a dirigir uma multinacional no Brasil, Stefan Mihailov, 45, diretor geral da Phibro Animal Health Corporation, é também vice presidente mundial da empresa que produz e comercia-liza aditivos para nutrição e saúde animal, utilizados na alimentação de aves, suínos e bovinos. Seu pro-duto mais importante é a Virginia-micina, melhorador de desempenho para várias espécies animais.Médico veterinário, com especia-lização em administração de em-

presas pela FGV (Fundação Getulio Vargas), marketing pela ESPM (Esco-la Superior de Propaganda e Marke-ting) e governança corporativa pelo IBGC (Instituo Brasileiro de Gover-nança Corporativa), Mihailov conta que a Phibro está no Brasil desde 1995, quando comprou a Planalquí-mica Industrial, em Bragança Pau-lista, SP. Em 2000, adquiriu os ne-gócios mundiais de nutrição animal da Pfizer, incluindo as instalações de Guarulhos, onde são fabricados antibióticos, a partir de um processo

Agro Entrevista

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Informe PublIcItárIo

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“...o que falta, realmente, é a indústria levar informação ...”

natural de fermentação de microrga-nismos, que também são exportados para a Europa, Japão e Estados Uni-dos entre outros países. Agro Guia – Qual a leitura que Phi-bro faz do agronegócio brasileiro de uma maneira geral e da pecuária em particular?Stefan Mihailov – No momento em que a empresa passou a conhecer melhor o mercado brasileiro, de-cidiu apostar todas as fichas nesse setor. Tanto que, em 2006, a Phibro trouxe da Bélgica a fabricação mun-dial da Virginiamicina, nossa molé-cula mais importante que, hoje, é fabricada aqui no Brasil para o mun-do inteiro, incluindo para os Estados Unidos. Portanto, é uma fábrica que nós chamamos de FDA Aproved, é a única indústria brasileira em sua área de especialidade certificada pelo FDA (Food & Drug Adminis-tration), dos Estados Unidos, o que significa que estamos autorizados a fabricar os produtos aqui e exportar para o mercado americano. Então, a Phibro aposta no Brasil, e muito.

Agro Guia – Como você vê a atua-ção da indústria de nutrição e sani-dade animal?SM – Na verdade, o avanço que o Bra-sil alcançou em produtividade deve--se, primariamente, a essas indústrias, que trouxeram tecnologias que me-lhoraram a conversão alimentar e a sanidade geral dos rebanhos de forma significativa. Hoje, a avicultura brasi-leira é uma das mais competitivas do mundo. Nos últimos 10 anos, a sui-nocultura avançou muito e, quanto à bovinocultura, talvez seja a área com mais espaço para crescer. Estive cinco

anos fora do Brasil, retornei há dois e fiquei surpreso com o avanço da pecuária, principalmente com a mu-dança da mentalidade do pecuarista. Está profissionalizado e com vonta-de de investir e tornar sua atividade mais produtiva. Então, o que falta, realmente, é a indústria levar infor-mação e disponibilizar essas tecno-logias de uma forma fácil, acessível, a custo competitivo. Esse é o desafio que nós temos.

Agro Guia – Qual a contribuição dos aditivos no ganho de peso do gado criado a pasto?SM – Realizamos vários estudos no Brasil, inclusive, com universidades, e, dos oito estudos que já temos dis-poníveis, os resultados indicam que o retorno do investimento é de 10 para 1, ou seja, para cada real investido no uso desses aditivos, oferecidos através de um suplemento mineral, o produtor vai ter um retorno de R$ 10,00 em ganho de peso adicional. Fizemos pesquisas em várias regiões, tanto na época das secas quanto na época das águas. Durante o perío-do de seca, quando o aditivo entra no proteinado, o resultado é ainda melhor do que nas águas, porque, quanto mais proteína tiver na dieta, o aditivo, nesse caso, vai responder melhor. O ganho de peso é de 240

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gramas por animal/dia, além do ga-nho normal diário. E, nas águas, fica na faixa de 120 a 150 gramas a mais o ganho de peso diário por boi. No caso da Virginiamicina, o boi teria que ganhar mais ou menos 15 gramas a mais por dia para pagar o custo do aditivo e, como ele, ganha 120 a 150 gramas/dia. O retorno é de 10 para 1. Já com o proteinado, o boi vai ganhar 240 a 250 gramas por dia, esse retorno supera 20 para 1, ou seja, cada real investido vai trazer para o pecuarista mais de R$ 20,00 de retorno.

Agro Guia - Quais as perspectivas para a pecuária brasileira?SM – Aqui, a carne é produzida essencialmente a pasto. Esse é um grande diferencial. O Brasil é um dos poucos países que têm espaço para crescer na pecuária de corte. A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimen-tação) prevê que de 2010 a 2050 a necessidade de proteína animal no mundo aumentará de 35 a 40%, o

“O produtor está ávido por adotar tecnologias”

Brasil terá um papel importante para atender essa demanda. Poucos terão essa oportunidade. A Austrália tem li-mitação de água, os Estados Unidos estão reduzindo o rebanho devido à competição do grão para o uso no etanol. A produção da Índia é apoia-da no descarte de vacas leiteiras e em búfalos, uma pecuária de baixo valor agregado. A China vai passar a ser um grande importador. Portanto, a bola está na mão do Brasil. Já levan-taram a bola só falta a gente chutar.

Agro Guia – Como você vê o papel e o desempenho da indústria para a pecuária brasileira?SM – O produtor está ávido por ado-tar tecnologias e a indústria, talvez, não esteja totalmente preparada. O que mais me chama atenção é que a indústria está trabalhando 10 anos atrás, imaginando que a coisa mais importante é ter produto com preço barato. O produtor nunca pediu isso, ele quer um produto de preço justo por aquilo que ele pode oferecer de retorno. O produtor está totalmente aberto e alguns setores da indústria ainda não perceberam esse ponto. Aquele que perceber isso vai cres-cer mais rápido. Isto já está aconte-cendo em alguns setores. Então, é só ficar alerta, é só abrir o olho, o mer-cado está nos dando sinais.

Agro Entrevista

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Cenário para os produtos agrícolasProdução brasileira de milho avança 13,5% e de soja retrocede 12,9%

SOJA65,6 milhões/tDe acordo como sétimo levantamento da safra de grãos da Conab (Compa-nhia Nacional de Abaste-cimento), divulgado no começo de abril, o clima seco nas principais regi-ões produtoras reduziu a previsão de produção de oleaginosa para 65,6 milhões de toneladas, 12,9% abaixo da safra anterior, quando foram colhidas 75,32 milhões/t. A área de plantio encer-rada em dezembro/2011 foi de 25,0 milhões de hectares, um acréscimo de 817,1 ha – a maior área com soja no País –, 3,4% acima dos 24,18 milhões/ha obtidos em 2010/2011. O maior crescimento ocorreu em Mato Grosso, que agregou mais 531,1 mil ha, passando de 6,40 milhões/ha para 6,93 milhões/ha, seguido do Rio Grande do Sul, com mais 112,4 mil ha, pas-sando de 4,08 milhões/ha para 4,20 milhões/ha. A produção estimada para o Centro Oeste é de 34,87 milhões/t, 2,7% acima das 33,94 milhões/t obtidas em

2011/2012. No Su-deste, o aumento es-perado é de 0,1%, de 4,62 milhões/t para 4,63 milhões/t. Já na Região Sul, a previsão de quebra é de 38,4%, de 28,5 milhões/t para 10,96 milhões/t. Para o Norte-Nordeste, a ex-pectativa é de produ-ção de 8,53 milhões/t, expansão de 3,7%, ou mais 302,9 mil t em re-lação à safra anterior.

MILhOÁrea ampliadaSegundo o sétimo levan-tamento da safra de grãos da Conab, a área seme-ada com milho primeira safra cresceu impulsio-nada pelos bons preços do mercado. A previsão de cultivo para a primei-ra safra é de 8,580 mi-lhões de hectares, ante 7.916 milhões de ha, aumento de 8,4% sobre a safra anterior. A área cultivada com grão nas duas safras, deverá ficar ao redor de 15,651 mi-lhões/ha, 13,4% acima de 2010/2011, que foi de 13,807 milhões/ha. A produção do grão na safra 2011/2012 é esti-mada em 65.143,7 mil t,

ante 57.406 mil t na safra passada, um avanço de 13,5%. Para a primeira sa-fra, a Conab estima uma produtividade média de 4.210 kg/ha, 7,2% abai-xo de 2010/2011, que foi de 4.538 kg/ha. Para o milho segunda safra, a produtividade prevista é de 4.104 kg/ha, 12,5% acima da colhida na safra anterior. Considerando as duas safras, a produtivi-dade estimada é de 4.162 kg/ha, aumento de 0,1%.

CANA-DE-AÇÚCARRenovação do canavialA cana-de-açúcar conti-nua em expansão, com crescimento expressivo em Mato Grosso do Sul 12,5%, Goiás 7,9%, Es-pírito Santo 7,35%, Bahia 5,3%, Mato Grosso 5,5%, e Minas Gerais (3,5%). A área cultivada com cana na safra 2012/2013 está estimada em 8.567,2 mil hectares. Pelas esti-mativas da Conab, a área de renovação do cana-vial prevista para a safra 2012/2013 será superior à da safra 2011/2012. Deve alcançar 956.375 ha, com maior aumento na Região Sudeste, com 576.629 ha, seguido pelo

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Centro-Oeste (164.039 ha), Nordeste (109.755 ha) e Sul (103.047).A produtividade média prevista é de 70,289 kg/ha, 2,9% acima da sa-fra anterior, que foi de 68.289 kg/ha. A previ-são de moagem de cana na safra 2012/2013 é de 602,2 milhões/t, ante 571,4 milhões/t da safra passada, uma expan-são de 5,4%. A previsão de esmagamento para a produção de açúcar é de 299,9 milhões/t, 49,83% da moagem to-tal de 602,2 milhões/t. A produção total de açúcar está estimada em 38,85 milhões/t. Para a produ-ção de etanol a expecta-tiva é de esmagamento de 302,2 milhões/t de cana produção estimada de 23,96 bilhões de litros de etanol, 4,81% acima da safra 2011/2012.

ALGODÃOÁrea menorO sétimo levantamen-to da safra brasileira de

algodão 2011/2012, fei-to pela Conab, estima a área plantada com a cul-tura em 1.398,1 mil hec-tares, 0,2% abaixo dos 1.400,3 mil ha na safra 2010/2011. O plantio do algodão, primeira e segunda safras, já foi concluído nas princi-pais regiões produtoras e produtividade média esperada para o algodão em caroço é de 3.793 kg/ha, ante 3.705 kg/ha na safra passada, au-mento de 2,4%. Enquanto isso, para a produção do algodão em pluma, a previsão é de crescimento de 2,1% em relação à safra an-terior, de 1.959,8 para 2.001,8 mil toneladas. Mato Grosso deverá co-lher cerca de 985,4 mil t, o equivalente a 49,22% da produção nacional estimada, Bahia 633,3 mil t (31,63%) e de Goi-ás 139,2 mil t (6,95%).

CAFÉReceita de US$ 8,7 bi

Segundo relatório men-sal do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o café representou 9,1% das exportações brasileiras do agronegócio no pri-meiro trimestre de 2012, em receita. De janeiro a março, 6,7 milhões de sacas, exportadas ao preço médio de US$ 262,46 a saca, renderam ao País US$ 1,8 bilhão. Em 2011, as exportações totais foram de 33,6 mi-lhões de sacas, renden-do US$ 8,7 bilhões, com preço médio de venda de US$ 259,83 a saca.No acumulado do pri-meiro bimestre de 2012, os embarques brasi-leiros de café respon-deram por 25,8% nas exportações mundiais do grão. No acumulado dos 12 meses de 2011, a participação do Brasil nos embarques de café foi de 32,4%. (BM)

R$ 3,5 BILhÕES é valor do investimento da Bun-ge no setor sucroener-gético, até 2016, para a expansão da produção de açúcar e etanol. Empresa começou no setor, em 2006, e já possui oito usi-nas em funcionamento.

R$ 3 BILhÕES foi o fa-turamento obtido pela Cooxupé, em 2011, ano em que a cooperativa mineira obteve recorde na exportação de café. Empresa possui 12 mil cooperados e produz 11% do grão no Brasil.

US$ 200 MILhÕES é o valor que a Cargill in-vestirá na construção de uma unidade, em Castro (PR), para produção de xarope e amido de mi-lho para uso em bebidas e alimentos, além de produtos para rações.

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A seca é um dos grandes vilões e inimi-gos do pecuarista que precisa de pas-to de qualidade ao longo do ano para garantir maior produtividade de seu rebanho. Para minimizar esse proble-ma, o especialista em irrigação, Eve-rardo Chartuni Mantovani, professor titular da UFV (Universidade Federal de Viçosa) e sócio-consultor da Irriger, dá dicas, em sua entrevista, sobre ma-nejo de pastagem e irrigação, para o produtor reduzir custos e aumentar a produtividade, com um pasto de qua-lidade por mais tempo durante o ano, mesmo na seca.

Agro Guia – Quais as consequências do manejo inadequado durante o período da seca para o pecuarista e para a pecuária de um modo geral?Everardo Chartuni Mantovani – Por não ver o pasto como uma cultura, geralmente o produtor investe o míni-mo possível nele, deixando de fazer correções básicas com calcário, adu-bações, além de preocupar-se muito pouco com a irrigação. O principal problema é a falta de investimento, mesmo em tecnologias simples, como o pastejo rotacionado, nas áreas de

irrigar é preciso

pastagem. Todos estes fatores agrega-dos fazem com que o pasto perca o vigor ao longo dos anos e forneçam pouco volume de matéria seca de pés-sima qualidade nutricional. Isso leva o produtor a investir em silagem, cana ou “capineiras” que, sem dúvida, são de custo muito maiores do que uma pastagem bem cuidada.

Agro Guia – Como se programar para enfrentar a época seca quando a falta de chuvas torna as pastagens fracas para a alimentação do rebanho?EM – Não é apenas a falta de chu-vas que prejudica o rendimento das pastagens. Existem os aspectos de nutrição, que podem ser corrigidos via adubação e calagem, o manejo da pastagem, melhorado pelo pas-tejo rotacionado, além de irrigação, que é a solução para a falta de chu-va. O produtor deve realmente se planejar para a seca, fazendo com que a pastagem saia do período chuvoso com pleno vigor e possa enfrentar as intempéries do período seco de uma forma produtiva. Nes-te ponto é importante ressaltar que, manter a mesma lotação do

Por André Casagrande

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Everardo Chartuni Mantovani: “O produtor deve realmente se planejar para a seca”.

Agro Agricultura/ Irrigação

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Você sabia que...O uso correto da água pode abastecer o mundo inteiro no próximo século?

Um estudo publicado pela revista Inter-national Water aponta que as reservas de água disponíveis no mundo, se bem gerenciadas, podem suprir as necessi-dades durante todo o século 21. Além disso, a água disponível pode até mes-mo dobrar a produção sustentável de alimentos nas próximas décadas.A irrigação é uma tecnologia desenvolvi-da para maximizar a eficiência no uso da água pelas plantas. Para isso, cada proje-to exige um estudo minucioso da lavoura (relevo, clima, tipo de solo, área, produ-to a ser irrigado e disponibilidade dos recursos naturais necessários), feito por especialistas qualificados e preocupados com a implantação de soluções que se-jam eficientes em produção e ao mesmo tempo preservem o meio ambiente. Depois de implantada, a irrigação gera:• Segurança de produção - ao controlar a quantidade de água disponível no solo, o produtor garante que as plantas conse-guirão retirar nutrientes do solo e terão água suficiente para crescer e produzir. • Qualidade dos produtos - de forma semelhante, o controle da água no solo leva a produção de alimentos com maior qualidade ao tornar as lavouras

mais homogêneas e as plantas mais for-tes e resistentes à pragas e doenças. • Preservação ambiental - apesar de usar grandes volumes de água a agricul-tura irrigada contribui para a preserva-ção dos biomas ao aumentar a produ-tividade das lavouras e assim reduzir a necessidade de novas áreas para incre-mentar a produção de alimentos.Enfim, preservar a água é obrigação legal de qualquer pessoa, e para isso, implementar e manter boas práticas de irrigação é um grande passo para uma agricultura sustentável.

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Fonte: http://www.pivotvalley.com.br/artigos/plantio_circular_do_cafeeiro_com_pivo_central.pdf; http://ambientalsustentavel.org/2011/uso-correto-da-agua-pode-abastecer-o-mundo-inteiro-durante-o-proximo-seculo/.

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período chuvoso na seca poderá ser um agravante na conservação da pastagem, que não suportará o pastejo intensivo e, neste sentido, o pecuarista deverá avaliar a pos-sibilidade de abrir mão de algumas cabeças no inverno, ou seja, deverá ter planejamento e estratégia para enfrentar a escassez de alimentos.

Agro Guia – Qual a contribuição da irrigação para esse processo?EM – Atualmente, as opções para irri-gação de pastagem são inúmeras e a cada dia se tornam mais acessíveis aos pecuaristas, porém, por mais eficaz que ela seja, não é milagrosa e depen-de do manejo geral da “lavoura” cha-mada pastagem. Partindo do princípio que os demais aspectos da pastagem estejam de acordo, a irrigação propor-cionará uma produção mais estável da pastagem, que não sofrerá forte estresse hídrico, podendo vegetar em um período que normalmente reduzi-ria drasticamente este processo. Temos que levar em conta que, na maioria das regiões produtoras, o período seco é acompanhado de redução de tem-peratura e luminosidade, ou seja, por mais que a planta esteja suprida no as-pecto hídrico, as condições climáticas não serão favoráveis ao pleno desen-volvimento vegetativo, porém, ainda sim, a irrigação contribuirá para ma-nutenção de aproximadamente 5 ua/ha (unidades animal por hectare) em pastagens bem manejadas, o que seria impossível sem o uso desta tecnologia.

Agro Guia – Quais os tipos de ir-rigação indicados para pastagem nesse período?

EM – A indicação de qual sistema de irrigação utilizar dependerá muito da característica da área a ser irrigada. De forma geral, a irrigação por malha e a aspersão convencional, utilizando aspersores de baixa vazão e com mo-tores de baixa potência, têm sido as mais utilizadas para pequenas áreas ou terrenos muito declivosos ou irre-gulares. Para grandes áreas com rele-vo mais plano, a opção mais viável é o uso de pivôs centrais, que são de fá-cil operação, custo/área bom e grande eficiência na aplicação de água.É importante levar em conta que, em ge-ral, as gramíneas destinadas à pastagem são muito resistentes ao déficit hídrico e este aspecto deve ser levado em conta na confecção do projeto, que ficará mui-to mais barato do que seria para a irriga-ção plena de hortaliças por exemplo.

Agro Guia – Qual a relação custo be-nefício desse processo (acesso à tec-nologia e aumento de produtividade)?EM – O Brasil, por ser um país tropi-cal, tem total aptidão para pastagem, porém, esse não é o caminho normal-mente escolhido pelos produtores de leite, que tratam a produção de volu-moso externo à pastagem como algo inevitável, quando na verdade não é. O grande benefício de conseguir for-necer volumoso, via pasto, além do menor custo, é a facilidade do manejo do gado e da fazenda em geral, que elimina todo o processo de produção, corte e transporte deste volumoso, eco-nomizando em mão de obra e tempo, tornando a atividade menos desgas-tante e mais econômica. Para isto basta realizar o óbvio, que é fazer o gado se alimentar de forma natural: pastando.

Agro Agricultura/ Irrigação

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Problemas antigos

O transporte e a armazenagem de grãos continuam sendo os grandes gargalos do agronegócio brasileiro. Os números ainda não mudaram, pelo menos oficialmente. Atualmente, 60% de todo movimentação de grãos é fei-ta através de rodovias. O País perde, a cada ano, durante o transporte rodovi-ário e a armazenagem de grãos, R$ 2,7 bilhões, o equivalente a 14 milhões de toneladas, o que corresponde a 10% de toda a produção nacional. Os da-dos são do último levantamento reali-zado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2005. Segundo Hamilton Picolotti, presiden-te da (Confenar) Confederação Nacio-nal das Revendas AmBev e das Em-presas de Logística da Distribuição as deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam todos os setores de transporte. “Rodovias, portos e ae-

roportos sofrem com a falta de investi-mentos, afetando a demanda e os gas-tos”, diz Picolotti, lembrando que, de acordo com o Banco Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a 20% do PIB (Produto Interno Bruto), o do-bro dos países ricos. E exemplificou: “o país tem apenas 212 mil quilômetros de estradas pavimentadas, enquanto a China e a Índia registram 1,5 milhão de quilômetros de estradas cada”.Em recente seminário sobre Logís-tica, realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo, o vice presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), José Ramos Torres de Melo, disse que o País investe menos de 3% do PIB no setor, abaixo da média mundial. “A inexistência de infra estrutura para o transporte e armazenagem de merca-dorias agrícolas provoca um aborta

Os custos com transporte e armazenagem no Brasil equivalem a 20% do PIB,o dobro dos países ricos

Principais problemas de infraestrutura segundoos profissionais de logística no Brasil

Fonte: Instituto ILOS

Agro Agricultura/Logística

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mento da produção no país. Por fal-ta de meios para escoar ou estocar os frutos da safra, regiões inteiras produ-zem menos que poderiam”, destacou.O professor e consultor de Logística em Transportes, Hermann Gonçalves Marx, da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), apresentou alguns números de 2008 durante o se-minário da FGV. Naquele ano, o PAC (Programa de Aceleração do Cresci-mento) empenhou orçamento de R$ 700 milhões em hidrovias, R$ 7,9 bi-lhões em ferrovias e R$ 33 bilhões em rodovias. Mas os valores adequados para esses modais seriam de R$ 15 bi-lhões, R$ 86 bilhões e R$ 93 bilhões, respectivamente, de acordo com aná-lises técnicas da CNT (Confederação Nacional do Transporte).“A necessidade de investimento, para manter o status logístico atual, é de no mínimo 3% do PIB ao ano. O Bra-sil investe menos do que isso, então, presume-se que a infraestrutura seja anualmente degradada”, analisou Max. Em consequência, a iniciativa privada investe o equivalente a 20% do PIB nesse campo. “No Brasil, para ser competitiva, uma empresa tem que lucrar duas vezes”, afirmou.

PesquisaDe acordo com pesquisas realiza-das com os principais executivos das maiores empresas de logística do Brasil, pelo Instiuto ILOS, constatou--se que elas gastam, em média, 8,5% da sua receita líquida com logística. Desse valor, mais da metade (54,3%) é destinado a transportes e pouco mais de 23% com armazenagem. O segmento em que os custos logísticos tem mais representatividade é o agrone-gócio, com 13,3% da receita líquida das empresas. Nesse setor, a atividade de transportes representa 60% dos custos logísticos, pois os produtos do segmento são commodities e exigem grande movi-mentação. Setor com grande utilização de silos, armazéns e equipamentos para o acondicionamento da produção, o agronegócio gasta o equivalente a 3,4% da receita líquida com armazenagem, valor quase duas vezes maior do que o da média geral de outros setores.De acordo com a avaliação dos pro-fissionais, a infra estrutura logística no Brasil é regular, tendo recebido nota média 5,0 (em escala de 0 a 10). A má conservação das estradas e a falta de malha ferroviária são os principais pro-blemas, na opinião dos executivos.

Agro Agricultura/ Logística

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“Essa foi uma safra de contrastes, bem difícil de avaliar, pois a cada 50 km percorridos, mudava a paisagem e safra, uma diferença significativa por região. Em alguns lugares, encontramos produtores comemoran-do e, no mesmo estado, produtores que tiveram a sua pior colheita. “Este relato é de André Pes-sôa, diretor da Agrocon-sult, empresa que reali-za, anualmente, o Rally da Safra, ao anunciar os resultados da expedição tecnológica que visitou as principais regiões brasileiras produtoras de milho e soja para levan-tar os números da safra 2011/2012. Trata-se do único levantamento de safra técnico privado que vai a campo para

Estiagem no Sul e pragas provocam queda de 13% na produção da oleaginosa

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Sete equipes visitaram lavouras de 13 estados brasileiros

Rally da Safra avalia produção de milho e soja

avaliar as condições dessas duas culturas.A projeção é de colheita de 65,2 milhões de to-neladas de soja, diante das 75,3 milhões/t re-gistradas no ano pas-sado. A queda se deve à estiagem que atingiu o Sul do País, entre de-zembro e janeiro, e também à incidência de pragas acima do nor-mal. A produtividade média nacional, que na safra anterior foi de 51,9 sacas por hectare, caiu para 43,3 sacas por hectare. A colheita será 13% menor que a da sa-fra 2010/2011.Com relação à safra mi-lho, de acordo com a Agroconsult, apesar da produtividade menor, houve expansão na área cultivada e a previsão é

de colheita de 64,6 mi-lhões de toneladas. Des-de o início da década, a safra total de milho não se equiparava à da soja, disse André Pessôa ao destacar, entre as regi-ões de lavouras de milho visitadas, o Mapito (Ma-ranhão, Piauí e Tocan-tins) e o Oeste da Bahia, que tiveram uma forte expansão da cultura do verão de alta tecnologia.Esta foi a 9ª edição do Rally da Safra, expedi-ção realizada de janeiro a março. Sete equipes percorreram 13 Estados brasileiros e o Distrito Federal, num total de 60 mil km. Os resultados foram apresentados, no início de abril, em even-to na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Agro Agricultura/Safra

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Publicação internacional mostra o país como referência na adoção de boas práticas

Brasil é exemplo de produção sustentável de etanol

O Brasil é citado como modelo para a produção sustentável de cana-de-açú-car e seus derivados no Good Mana-gement Practices Manual for the Cane Sugar Industry (Manual de boas práti-cas para a indústria de cana-de-açú-car). Trata-se de uma publicação do Intenational Finance Coporation (IFC), importante instituição ligada ao Banco Mundial, que mostra tecnologias de úl-tima geração e modernas técnicas de plantio e colheita de cana usadas na América do Sul, Ásia e África.Um dos pontos destacados é a utiliza-ção do bagaço de cana na produção de bioeletricidade, considerado um diferen-cial das usinas brasileiras. Segundo Luiz Fernando do Amaral, gerente de Susten-tabilidade da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), “esse é um dos muitos aspectos que credenciam o setor sucroenergético brasileiro como um mo-delo sustentável. Além de autossuficien-tes em eletricidade, as usinas exportam o que produzem a mais de energia para o sistema elétrico justamente durante o período do ano em que o nível dos re-servatórios está mais baixo”. A reutilização de subprodutos in-dustriais de base orgânica no pro-cesso produtivo da cana-de-açúcar, caso de insumos agrícolas como a chamada torta de filtro e a vinhaça – ambas são utilizadas como fertili-zantes, substituindo o uso de produ-tos de base fóssil – e o uso cada vez mais racional e eficiente de recursos hídricos na produção de açúcar e etanol também são analisados no documento publicado pelo IFC.

No Brasil, de acordo com a Unica, o uso da água pela indústria sucroe-nergética foi reduzido em 90% nos últimos 30 anos. A captação média pelo setor caiu dos 15 a 20 metros cúbicos por tonelada na década de 1970, para menos de dois metros cúbicos por tonelada em 2005. Na avaliação do gerente da Unica, o documento do IFC estabelece boas práticas de produção existentes na indústria canavieira. “Serve como im-portante referência para empresas que desejam obter financiamento do Ban-co Mundial para o desenvolvimento de projetos nesta área,” conclui.

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A reutilização de subprodutos indus-triais de base orgânica no processo produtivo é destaque no manual.

Agro Agricultura/ Sustentabilidade

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Resultado positivo para aves e suínos no primeiro trimestre do ano

Cenário das exportações

Agro Pecuária/Commodities

BOVINOSAposta em reaçãoNo acumulado de janeiro a março 2012, a exportação de carne bovina caiu de US$ 1,223 bilhão para US$ 1,230 bilhão, redução de 0,53% no comparativo do mesmo período do ano passado. Segundo os números da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), no primeiro trimestre deste ano, o volume embarcado caiu 2,23%, para 258,5 mil toneladas, ante de 264,3 mil t em comparação ao primeiro tri-mestre de 2011. A notícia boa foi o preço médio da tonelada que cres-ceu 1,74%, de US$ 4.653 para US$ 4.733, no período analisado.A expectativa do presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, no entanto, é que as exportações de carne bovina alcancem US$ 6 bilhões, em 2012,

um crescimento de 20% em relação à receita do ano passado, Em volume, ele projeta expansão de 10% no mes-mo comparativo.

SUÍNOSEmbarques crescemSegundo a Abipecs (Associação Brasi-leira da Indústria Produtora e Exporta-dora de Carne Suína), as exportações brasileiras de carne suína cresceram 6,93% em volume e 3,02% em fatura-mento. No mês, as 47.367 toneladas embarcadas renderam US$ 121,01 milhões. No acumulado de janeiro a março deste ano, os embarques tota-lizaram 122.249 t e faturamento de US$ 313,36 milhões, um crescimento de 3,45% e 0,73%, respectivamente.Para o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, o resultado foi ob-tido com grande empenho e sacrifício

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Agro Pecuária/Commodities

das empresas exportadoras. “A Rússia voltou a comprar de quatro estabeleci-mentos brasileiros, mas continua com baixo desempenho nas nossas expor-tações: metade do que comprou no ano passado”, disse e apontou outro entrave: as restrições aos embarques para a Argentina, ainda sem solução.Em março, Ucrânia foi o primeiro destino da carne suína brasileira, com 11.972 toneladas (25,27%), se-guida por Hong Kong, com 11.969 t (25,27%) e Rússia, com 8.265 t (17,45%). No acumulado do ano, Hong Kong é o principal merca-do comprador (36.746 t e 30,06%), seguido pela Ucrânia (25.047 t, 20,49%) e Rússia (16.379 t, 13,40%).

AVESMercado em expansãoEm março, os embarques brasileiros de carne de frango somaram 363,6 mil to-neladas, 6,6% acima do volume do mes-mo mês de 2011, um recorde para o pe-ríodo, de acordo com a Ubabef (União Brasileira de Avicultura). Em receita, a expansão foi 3,25%, com US$ 712,5. No acumulado do primeiro trimestre, foram exportadas 974,1 mil t, 4,42% acima do mesmo período do ano passa-do. Já a receita, cresceu 1,1% e chegou a US$ 1,89 bilhão no comparativo.

“Mesmo em meio às dificuldades em relação ao cambio e a carga tributária, o alto nível do trabalho da avicultura brasileira tem permitido ao país man-ter o share mundial”, afirma o presi-dente da Ubabef, Francisco Turra.O Oriente Médio, mercado princi-pal para o setor avícola brasileiro, importou 315,9 mil t nos primeiro trimestre, 12,7% abaixo do volume do mesmo período de 2011. Já a Ásia, segundo maior cliente, absor-veu 294,1 mil t, 16,8% a mais no comparativo com o ano anterior. Em terceiro lugar, com 40,8% de alta, fi-cou a África, que absorveu de 158,7 mil toneladas de carne de frango.

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Diretor presidente da Casale Equipamentos e da Jemac Industrial e Comercial, empresas sediadas em São Carlos, SP, Celso Casale, 56,en-genheiro mecânico gra-duado pela Universida-de Federal de Uberaba, com pós-graduação em Marketing pela FGV, além de agropecuarista, exerce cargos em im-portantes associações e entidades respresentati-vas do setor industrial. É integrante do Cosag (Conselho Superior do Agronegócio) da Fiesp (Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo) e é conselheiro do Senai (Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial) e do Sesi (Ser-

Tecnologia ao alcance de todosIdealizador do nome Agrishow, Celso Casale preside a mais importante câmara setorial de máquinas e implementos agrícolas do país

viço Social da Indústria) de São Carlos.Desde abril de 2009, preside a CSMIA (Câma-ra Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas), da Abimaq, que reúne 190 indústrias do setor. Casale, vale ressaltar, foi quem criou o nome, no início dos anos 90, da maior feira de tec-nologia em movimen-to da América Latina e uma das três maiores do mundo, a Agrishow, que é realizada, anualmente, em Ribeirão Preto (leia matéria na página 6). Nos três anos à frente da CSMIA, Celso Casale tem motivos para come-morar vitórias impor-tantes. Entre elas, o au-mento para 96 meses do

prazo de financiamento para implementos agrí-colas no Finame-Mo-derfrota e a inclusão na linha de financiamento do Programa ABC (Agri-cultura de Baixo Carbo-no) do governo federal, para aquisição de má-quinas e equipamentos de fabricação nacional, limitada a 40% do va-lor financiado, com três anos de carência e até 12 anos para pagar.Para ele, o acesso à tec-nolgia deve ser facilita-do para todos. Por isso, no momento, revela, a CSMIA está sintonizada com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) num sério trabalho para que seja criada uma linha

Celso Casale: linha de financiamento específica para o médio produtor.

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Agro Produtor/ Agro PerfilPor Paulo Roque

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Agro Produtor/ Agro Perfil

de financiamento para máquinas e implemen-tos agrícolas específica para médio produtor. Segundo ele, há mui-tos anos este agricul-tor não tem condição de renovar sua frota de equipamentos que está totalmente ultrapassa-da e com vida útil além da recomendada para o trabalho no campo com boa produtividade.Casale lembra que, nessa questão, deve-se levar em consideração um ponto importan-te: “a classificação de média propriedade ou médio produtor varia de região para região no Brasil. Por exem-plo, em São Paulo, um produtor rural que tem uma propriedade de 500 hectares é consi-derado um médio pro-dutor, já no Mato Gros-so, um produtor que possui uma área 2.000 hectares é um médio produtor ”, explica.Na sua opinião, o mé-dio produtor é o grande fixador do homem no campo e, por isso, pre-cisa de um apoio maior. “Os financiamentos de-vem ser especiais, prin-cipalmente no que se refere à carência, são necessários pelo menos

3 anos, pois só assim e com taxa de juros ao redor de 4%aa viabiliza para o médio produtor invista em tecnologia e alcance produtividade similar aos grandes pro-dutores e, assim, poder continuar na atividade”, diz Casale.

Além de missões co-merciais no exterior e participação em even-tos internacionais para discutir as ações das indústrias do setor pelo mundo e das tendências econômicas e de mer-cado, várias ações da CSMIA nos dois últimos anos merecem destaque. Entre elas, a participa-ção no Programa Mais Alimento, voltado para a agricultura familiar e um projeto para criar levantamento estatísti-co especialmente para atender às necessidades do setor e, assim, esta-belecer, junto com o Departamento de Eco-nomia e Estatística da

Abimaq, uma radiogra-fia periódica e confiável para coordenar ações, projetos e pleitos. “Temos ainda o Pró-Im-plemento, que faz parte do convênio assinado com as Secretarias de Agricultura e da Fazenda do Estado de São Paulo para ampliar as opor-tunidades de financia-mentos de implementos agrícolas para os peque-nos produtores. Criamos o programa de TV Tec-nologia do Campo, da CSMIA-Abimaq, trans-mitido semanalmente pelo Canal Rural, que trata especificamente do segmento de máquinas e implementos agrícolas”, enumera Casale.Casale, destaca, também Portal África, criado atra-vés de um acordo de co-operação entre a CSMIA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para impulsio-nar os negócios e ampliar as relações entre o Brasil e países africanos nas áre-as de tecnologia de má-quinas e implementos agrícolas. O portal trará informações socioeconô-micas sobre o Brasil e os países africanos e estará ligado em tempo real ao banco de dados da Abi-maq e da Embrapa.

O médio produtor é o grande fixador do homemno campo

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fgV/Agro (fundação getulio Vargas)Mestrado Profissional em Agronegócio (stricto sen-su) em duas áreas: Agro-energia ou Economia e Gestão do Agronegócio, com duração de 2 anos, em São Paulo. Inscrições no segundo semestre para a turma que terá início em janeiro/2013 (www.eesp.fgv.br/agronegocio). Aulas às sextas-feiras (à noite) e aos sábados (ma-nhã e tarde).

snA (sociedade nacional de Agricultura)A Escola Wencesláo Bello, da SNA, oferece, em maio, cursos de Jar-dinagem, Paisagismo, Horta Orgânica e Plantas Medicinais. Aulas aos sá-bados, de 8h00 às 12h00, e de 13h00 às 17h00, no campus da SNA na Penha (Rio de Janeiro), Avenida Brasil, 9727. Os cursos, têm duração de quatro a seis sábados. Os preços variam de R$ 170 a R$ 210. Tel. (21) 3977-9979, www.sna.agr.br/ewb

CpT Cursos presenciais• Integração Lavoura Pe-cuária Floresta – Sistema Barreirão, 1 a 3• Produção de Milho no

Confira as oportunidades de cursos de capacitação, treinamento e especialização

Sistema de Plantio Direto, 4 a 6•Transferência de Embri-ões em Bovinos, 12 a 15• Exame Clínico em Bo-vinos, 15 a 17• Ultrassonografia e Aspi-ração Folicular em Bovi-nos, 16 a 20• Cirurgias em Bovinos a Campo, 18 a 20• Inseminação Artificial e Estratégias de IATF em Bovinos, 20 a 23• Formulação de Dietas e Rações para Bovinos 28 a 30• Inseminação Artificial em Tempo Fixo em Bovi-nos (IATF Avançado), 29 a 31• Transferencia de Embri-ões em Equinos, 29/5 a 1/6• Boas Práticas de Fabri-cação de Ração – Imple-mentação e Gestão 31/5 a 3/6Informações, tel. (31) 3899-8300, por email ([email protected]) e no site (www.cptcursospresen-ciais.com.br).

faculdade CantareiraEspecialização em Meio Ambiente com duração 18 meses, carga horária de 360 horas. Exigência de entrega de monografia ao final do estudo. Mais informações, tel.

(11) 2790-5900, site: www.cantareira.br.

senar/sp (serviço nacional de Aprendizagem rural)O Senar/São Paulo fará, em maio, mais de mil cursos de formação pro-fissional rural, gratuitos, e de promoção social em todo o Estado, nas áreas de agricultura, pe-cuária, aquicultura, ati-vidades de apoio agro-silvo-pastoris, prestação de serviço, silvicultura, alimentação e nutrição, apoio às comunidades rurais, entre outros.Estão previstos 169 trei-namentos de formação profissional rural e 78 de promoção social, com destaque nas áreas de mecanização, aplicação de agrotóxicos, bovino-cultura de leite, cultivo do café, alfabetização de jovens e adultos, proces-samento artesanal de car-nes, artesanato com fibras vegetais, etc.Os cursos são destina-dos a pequenos produto-res, trabalhadores rurais e familiares. Inscrições nos Sindicato Rural de seu município. Mais informações, consulte o portal do Senar/SP: www.faespsenar.com.br

Agro Educação

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A pecuária se destaca entre as vo-cações naturais brasileiras com uma característica única: o uso

de 175 milhões de hectares para man-ter 185 milhões de animais, metade da área brasileira não coberta por florestas e quatro vezes mais que a agricultura. Essa área é muito superior a de outros países, os quais mantêm o sistema de produção baseado em alimentação dos animais por ração (confinamento), ao invés do capim do pasto.A pecuária a pasto possui custo menor quando o preço da terra não é alto. Essa extensão de terras com poucos animais por área proporciona a oferta necessária para o abate na estação chuvosa – dezem-bro a maio, além de atender até 80% das necessidades de abate durante a entres-safra, período seco em que as pastagens sustentam menos a engorda do rebanho.O complemento da oferta para abate na entressafra vem da atividade de confina-mento. O número de animais confina-dos no Brasil cresceu 55% desde 2003 até atingir 10% dos animais abatidos por ano. O rebanho total brasileiro cres-ceu somente 3% no mesmo período, o que levou a oferta de animais confina-dos a responder por até 25% do abate no auge da entressafra, entre outubro e novembro, contra menos de 1% nos meses da estação chuvosa. O aumento da renda per-capita, juros menores e a queda do risco macroeco-nômico valorizam todas as classes de ativos brasileiros, o que inclui imóveis urbanos e o preço da terra produtiva. A extensão da infra-estrutura para o interior do país acentua a valorização da terra e retira a vantagem da produção extensiva

a pasto. A saída será a intensificação da pecuária e o maior uso do confinamento.A intensificação virá da multiplicação do baixíssimo número de animais por hecta-re, o que exige a integração da atividade de confinamento à estratégia dos produ-tores, mesmo durante a safra, e contribui para o crescimento acelerado da ativida-de de confinamento. Os Estados Unidos abatem 90% dos animais oriundos de confinamento, o inverso do Brasil.A importância da atividade de confina-mento justificou a primeira pesquisa so-bre a intenção de confinamento do Ban-co Original do Agronegócio. O Banco Original perguntou a 109 clientes e 118 não-clientes, em 10 estados, qual a sua intenção em confinar nesta entressafra. Os produtores desta amostra pretendem confinar aproximadamente 1,2 milhão de animais, o que representa mais de 1/4 do total a ser confinado no Brasil. A amostra permite esperar um crescimento entre 17,5% e 21%, o que simplificamos para um crescimento de 19% no número de animais confinados este ano.Este crescimento robusto mostra o prepa-ro do produtor brasileiro, pois é dos mais expressivos quando comparado com o histórico e sucede um ano ruim para ati-vidade. O preço da arroba caiu entre a safra e a entressafra de 2011, quando o contrário acontece para refletir a escas-sez de animais na seca e é essencial para os bons resultados desta atividade.O motivo para a queda do preço em 2011 foi a exportação menor durante a instabili-dade causada pela primavera árabe e pelo auge da crise na Grécia, ao mesmo tempo em que o consumo brasileiro desacelerou no segundo semestre por efeito da alta de juros. O preço dos insumos também su-biu, mas por efeito da safra ruim de milho nos Estados Unidos e outros fatores, como a queda do dólar diante das outras moe-das e a alta do petróleo.As circunstâncias para o período de confinamento este ano são muito dis-tintas, mas a percepção da mudança de cenário exige perspicácia. O consu-mo no Brasil voltou a crescer ao final do ano passado e deve acelerar com a

Confinamento no Brasil: atividade consolidada

Informe Agro Econômico

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queda do juro. As exportações de car-ne também aumentaram neste período e devem sustentar maior crescimento ao longo de 2012, pois a atividade no mundo árabe e o consumo nos Estados Unidos, América Latina, Ásia, África e Europa seguem se recuperando. O abate no Brasil, porém, começou o ano com forte queda, o que dificultou ainda mais a percepção da inversão do cenário. A pesquisa mostrou aspectos regionais interessantes. Regiões no norte do país, como Pará e Rondônia, se lançam na atividade de confinamento com aumen-tos de 40% e 20%, respectivamente. O Tocantins e a Bahia também se lançam e aparecem na pesquisa com 75% e 100% de aumento, respectivamente. Os estados confinadores tradicionais seguem aumentando o número de ani-mais acima do crescimento do reba-nho. Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso aumentam o número de animais em 10%, 20% e 30%, respectivamente. Estes estados já confinam cerca de 3% de seus rebanhos, enquanto a média na-cional é menor que 2%.O crescimento do confinamento só não será recorde porque o maior estado confi-nador, São Paulo, apresenta o menor cres-cimento entre os pesquisados (6%). Outro confinador relevante, Minas Gerais, pre-tende reduzir a atividade em 15%.A pesquisa mostrou outra informação importante. Os pesquisados relataram uma capacidade de confinar 867 mil animais, enquanto a sua intenção é confinar 1,13 milhão. Essa capacidade poderia, na verdade, confinar um volu-me maior, pois um animal passa de 3 a 4 meses antes de sair para o abate. De fato, alguns estados irão confinar mais de 200% de sua capacidade, pois a entressafra permite mais de um giro. Outras regiões relataram uso de apenas 70% de sua capacidade, mesmo com crescimento no número de animais.A avaliação do Banco Original é que o confinamento vai se consolidar no Brasil. Ao perguntarmos se a atividade faz parte da estratégia do sistema de produção, ou seja, será repetida todos os anos, estados de maior rebanho (MT, MS, GO) respon-

deram que 70% faz parte da estratégia. Em outras palavras, somente 30% dos animais confinados são decididos com base nas condições de mercado. Uma proporção próxima vale para estados como Minas Gerais e Paraná. A novidade é a proporção em São Pau-lo ser o inverso. A pesquisa mostrou que 75% dos animais confinados em São Paulo são exclusivos, ou seja, seu confi-namento é decidido com base nas condi-ções de mercado. Proporções semelhan-tes são encontradas na Bahia e Rondônia, onde os produtores estão expandindo o número de animais, enquanto São Paulo optou por menor crescimento.A Pecuária só tem a ganhar com a ex-pansão da atividade de confinamento no Brasil. O ganho de peso e o abate preco-ce aumentam a produtividade e liberam áreas de pastagem para outros fins. Ou-tros desafios se colocam, como a gestão de custos e o manejo da alimentação. Estas questões se encaixam com voca-ção brasileira, na qual fatores naturais se combinam com a expertise e o espírito empreendedor do produtor pecuário.

Para outros relatórios e informações acesse: [email protected]

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Com apelo artesanal e de produção sustentá-vel, marca cresce cerca de 30 % ao anoUm antigo depósito de café, com instalações originais de pau-a-pi-que, na Fazenda São José do Mato Seco, em Mococa, SP, construída no final do século XIX , foi preservado e restau-rado para dar lugar aos toneis de carvalho. A propriedade foi ad-quirida pelo casal Au-gusto Quintella e Veva Quintella, em 2001, e passou por um processo de reestruturação para dar início à produção de cachaça de qualida-de. Neste cenário, sur-giu a Cachaça da Tulha, que recebeu este nome por ser envelhecida em uma bela tulha antiga.A cana-de-açúcar utili-zada no preparo artesa-nal é cultivada na pro-priedade é colhida no corte manual, sem o uso de queimada. “A maté-ria-prima ganha vida na fermentação com leveduras selecionadas e cresce na destilação, que reserva apenas a melhor parte do produ-

Com o apelo artesanal e de produção sustentável, a marca avança no mercado e cresce cerca de 30 % ao ano.

Cachaça da Tulha

to”, conta a filha do ca-sal, Yayá Quintella.Segundo Yaiá, a marca avança no mercado, com crescimento na casa dos 30% ao ano e já é consumida em restaurantes e lojas especializadas de São Paulo e região.Desde 2006, é comercia-lizada em duas versões: a armazenada em toneis de jequitibá e a envelhe-cida em carvalho.

ediçõesA Cachaça da Tulha Ouro tem edições anu-ais e apresenta essa versão em carvalho. “É encorpada e ácida com notas de frutas, madeira, baunilha, couro, amên-doa caramelada, com toque mineral na boca e final discretamente amargo”, descreve.A primeira Edição Úni-ca, lançada em 2007, com 1700 garrafas, levou a assinatura do sommelier Manoel Be-ato, do barman Derivan de Souza e de Maria José Miranda (do Pro-grama Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça). A 2008 foi

preparada por Belarmi-no Iglesias, proprietá-rio do Rubaiyat; Carlos Cabra, consultor de vi-nhos do Pão de Açúcar; Pereira, barman do As-tor. e Mauricio Maia, publicitário e aprecia-dor de cachaças. (A.C)

Fontes: Abrabe – Associação Brasileira de Bebidas e Instituto Brasileiro da Cachaça

os números da branquinha

• 6,6% é a participação da cachaça no mercado de be-bidas, atrás apenas da cer-veja (88,8%) • 4 mil é a quantidade de marcas de cachaça no Brasil

• 40 mil é número de pro-dutores de cachaça, dos quais, 1.694 registrados no Mapa 600 mil é total de empregos diretos e indire-tos que o setor oferece.

Cachaça Tulha

Agro Produtor/ Agro Valor

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