AEE DV Atividades 1a Semana

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Curso de Especialização lato-sensu de Formação de Professores para o Atendimento Educacional Especializado – AEE Seja bem-vindo à disciplina de AEE - Deficiência Visual PROFESSORES RESPONSÁVEIS Coordenadora de Conteúdo: Elizabet Dias de Sá Supervisora de Conteúdo: Valdirene Stiegler Simão

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DEFICIÊNCIA VISUAL

Transcript of AEE DV Atividades 1a Semana

Atendimento Educacional Especializado

AEE e Deficincia Visual

Curso de Especializao lato-sensu de

Formao de Professores para o Atendimento Educacional Especializado AEE

Seja bem-vindo disciplina de AEE - Deficincia Visual Professores Responsveis

Coordenadora de Contedo: Elizabet Dias de S

Supervisora de Contedo: Valdirene Stiegler Simo

Apresentao

As atividades da disciplina AEE e Deficincia Visual sero distribudas em seis semanas, de acordo com as orientaes, a metodologia do curso, o material de apoio e as leituras complementares.

necessrio ler com ateno as proposies, as orientaes e os procedimentos para compreender as atividades previstas em cada etapa e a dinmica de trabalho. Portanto, este documento deve ser consultado continuamente pelos Cursistas no decorrer das seis semanas de desenvolvimento da disciplina.

As atividades sero realizadas individualmente e em grupos, nos quais a contribuio de cada Cursista indispensvel para o enriquecimento das discusses e o aprendizado de todos e de cada um. Por isso, reafirmamos a necessidade de interao e participao ativa nos respectivos fruns de cada uma das turmas. As Tutoras e os Tutores, assim como as Supervisoras de Contedo, esto sempre disposio das turmas para resolver ou encaminhar as dvidas relativas a temtica da disciplina.

Bom trabalho!

Elizabet Dias de SCoordenadora de Contedo

Valdirene Stiegler Simo

Supervisora de ContedoEmenta

A disciplina Deficincia Visual apresenta conhecimentos bsicos acerca da cegueira e da baixa viso e suas implicaes no contexto escolar, tendo em vista a reflexo, a problematizao, a anlise, o planejamento e as intervenes do Atendimento Educacional Especializado. Pretende contribuir para a desmistificao, a quebra de esteretipos e a mudana de atitudes em relao aos estudantes cegos e com baixa viso. As atividades propostas favorecem a identificao das potencialidades desses estudantes e das necessidades decorrentes da condio visual, tendo como referncia o efetivo trabalho em salas de recursos multifuncionais e em outros servios de Atendimento Educacional Especializado (AEE) na rea da Deficincia Visual (DV).

Objetivos de Aprendizagem

Compreender e identificar as necessidades especficas de estudantes cegos e com baixa viso.

Conhecer os auxlios pticos e no pticos, os recursos pedaggicos, tecnolgicos e outros recursos de acessibilidade na rea da deficincia visual.

Planejar e executar aes que possibilitem a produo de material pedaggico acessvel condizente com a condio visual dos estudantes.

Compreender o trabalho a ser realizado com e para os estudantes cegos e com baixa viso no AEE.

Identificar as habilidades fundamentais a serem desenvolvidas pelos estudantes cegos e com baixa viso para a utilizao de ferramentas de acessibilidade e o manuseio de recursos pedaggicos adequados que favoream a aprendizagem.

Ser capaz de elaborar um Plano de AEE de acordo com o caso estudado.

Programa

Concepes acerca da falta da viso. Cegueira adquirida e cegueira congnita.

Peculiaridades do tato e da viso.

Caractersticas e sinais indicadores de baixa viso.

Avaliao Funcional da Viso.

Recursos pticos e No pticos.

Procedimentos e Recomendaes.

Alfabetizao e aprendizagem de estudantes cegos.

Formao de conceitos.

O Sistema Braille.

Recursos Pedaggicos, tecnolgicos e outros.

Calendrio da disciplina1 Semana: 28/10/2013 a 03/11/2013

2 Semana: 04/11/2013 a 10/11/2013

9 Encontro Presencial: perodo de 02/11/2013 a 10/11/2013

(1 encontro de DV)3 Semana: 11/11/2013 a 17/11/2013

4 Semana: 18/11/2013 a 24/11/2013

5 Semana: 25/11/2013 a 01/12/2013

10 Encontro Presencial: perodo de 23/11/2013 a 01/12/2013

(2 encontro de DV)

6 Semana: 02/12/2013 a 08/12/2013

Recesso: 09/12/2013 a 02/02/2014 (a confirmar)

1a Semana (28/10/13 a 03/11/13)OrientaoEsta semana ser dedicada ao estudo introdutrio do Caso Guilherme, tendo em vista subsidiar a posterior elaborao do Plano de AEE. Cada cursista deve ler e reler o relato quantas vezes forem necessrias, assinalando os aspectos mais relevantes, as idias-chave, os esclarecimentos requeridos, os temas e assuntos desconhecidos, os questionamentos e outras observaes concernentes. Deve tambm ler atentamente os textos indicados, procurando estabelecer uma articulao das idias e construtos tericos com a narrativa do caso apresentado. Caso Guilherme

Guilherme tem 12 anos e trs irmos de 10, 13 e 15 anos. Seu pai abandonou a famlia quando os filhos eram pequenos. Eles vivem com a me e a av materna. Seus irmos frequentam a mesma escola e apenas o mais velho sabe ler. A famlia sobrevive com recursos provenientes do Benefcio de Prestao Continuada e do Programa Bolsa Famlia.

Ele estuda h trs anos em uma escola de ensino regular da rede pblica, onde iniciou o quinto ano, no turno da tarde, com novas professoras e com o mesmo grupo de colegas dos anos anteriores.

Guilherme tem baixa viso causada por catarata congnita. Ele usa culos, caminha com desenvoltura, discrimina cores contrastantes, identifica objetos e no consegue identificar as pessoas a certa distncia. Ele tem destreza para manusear tesouras, fazer encaixes, abrir e fechar portas, caixas e latas; tem facilidade para interpretar oralmente textos e evita executar tarefas que envolvem escrita. Sua letra grande, bem traada e em caixa alta.

Guilherme no consegue discriminar letras com traos finos, l o que escreve e troca o P pelo B. Sua leitura mais fluente quando se utiliza a fonte Verdana, tamanho 36 em negrito, e mais lenta quando a fonte do material escrito tamanho 24 com ou sem negrito. Ele faz aproximao do objeto para conseguir perceber detalhes em figuras, faz busca visual e monta quebra cabea.

Ele vai sozinho para a escola que se localiza nas proximidades de sua casa. A escola grande, funciona em trs turnos, possui rampas de acesso, um elevador e banheiros adaptados. Ele conhece todas as dependncias por onde transita sem dificuldade. Participa de atividades livres na quadra, e gosta do recreio; pula corda, faz referncia s brincadeiras, porm se atrapalha ao explicar como elas se desenvolvem ou quais so as regras do jogo.

Na sala de aula, seu comportamento diferente, pois ele se recusa a realizar as tarefas individualmente ou com os colegas. Quando os professores perguntam por que, Guilherme costuma responder que no sabe ou que no quer fazer, fica inquieto e tem sempre um motivo para sair da sala de aula. Ele Tem dificuldade em lidar com rotinas, limites e organizao.

Os colegas o tratam com a mesma naturalidade que brincam ou brigam com todos do grupo.

Guilherme gosta somente da professora de portugus e demonstra indiferena ou insatisfao em relao s outras. Suas professoras alegam que, embora seja inteligente, ele no manifesta interesse, inquieto, desorganizado e desatento. Ao mesmo tempo, reconhecem que Guilherme tem avanado, apesar da grande defasagem escolar. Elas consideram a turma muito agitada, o que dificulta as possibilidades de desenvolvimento do trabalho com ele. Alm disso, reclamam que a me raramente comparece a escola. Ela elogia o filho, reconhece suas qualidades e explica que no pode ajud-lo com as tarefas porque no sabe ler e escrever, mas sempre o aconselha para que seja mais esforado.

A coordenadora pedaggica do turno relata que Guilherme fica ocioso e cada vez mais fora da sala de aula porque as professoras no tm condies nem conhecimento para envolv-lo nas atividades, em virtude da deficincia visual. Ele foi encaminhado pela escola para uma consulta oftalmolgica atravs do Programa de Sade na Escola PSE.

A escola providenciou a aquisio dos culos e de um plano inclinado para Guilherme. Inicialmente, ele resistiu ao uso dos culos que deixava escondido no fundo da mochila. Ele passou a us-los com naturalidade ao descobrir que via com mais nitidez as figuras e os desenhos. Em casa, ele usa o plano inclinado para ler e tem dificuldade para escrever.

Guilherme no se refere a algum amigo em especial. Diz que todos so seus amigos e que gosta de brincar com seus primos pequenos. Com eles, solta papagaio, joga bolinha de gude e participa de outras brincadeiras.1. Etapa: Estudo do Caso Guilherme

Atividade 1: Estudo e Explorao do Caso Guilherme

No decorrer da primeira semana os Cursistas devero estudar, explorar e aprofundar o Caso Guilherme no Frum Estudo do Caso Guilherme. Leituras Obrigatrias: Texto: Sou cego ou enxergo? As questes da baixa viso. p. 15-28. Coletnea UFC-MEC/2010: A Educao Especial na Perspectiva da Incluso Escolar. Fascculo 03: Os alunos com deficincia visual: baixa viso e cegueira. Parte I, Tpico 1, CARACTERSTICAS DA BAIXA VISO, p. 8-11 e Tpico 2, RECURSOS DE ACESSIBILIDADE PARA OS ALUNOS COM BAIXA VISO, p. 11-15.Observao: Disponvel no TelEduc em LEITURAS, pasta COLETNEA AEE 2010. Texto: Ver, no ver e aprender: participao de crianas com baixa viso e cegueira na escola, p. 209-227. Frum: Estudo do Caso GuilhermeOrganizao: Grupo

Avaliao: SimPrazo: at 03/11/13Atividade 2 Troca de Olhares sobre a Cegueira

Orientao: Com base na leitura da Parte II, Tpico 1, CRENAS, MITOS E CONCEPES ACERCA DA CEGUEIRA (p. 26-29), cada Cursista deve postar no Frum Troca de Olhares sobre a Cegueira as suas respostas para seguintes questes:

Quais eram as suas crenas ou ideias errneas acerca das pessoas cegas? O que contribuiu para o esclarecimento ou a superao destas ideias?

Que mito ou esteretipo sobre pessoas cegas chama mais a sua ateno? Quais so as possveis consequncias deste pensamento mtico no contexto da escola?

Observao: Os Cursistas com cegueira ou baixa viso podem contribuir com suas experincias para que a discusso seja enriquecida pelo compartilhamento das ideias e reflexes.

Leitura Obrigatria: Coletnea UFC-MEC/2010: A Educao Especial na Perspectiva da Incluso Escolar. Fascculo 03: Os alunos com deficincia visual: baixa viso e cegueira. Parte II, Tpico 1, CRENAS, MITOS E CONCEPES ACERCA DA CEGUEIRA, p. 26-29. Frum: Troca de Olhares sobre a CegueiraOrganizao: Individual

Avaliao: SimPrazo: at 03/11/13Referncias: Leituras ObrigatriasAMIRALIAN, Maria Lcia Toledo Moraes. Sou cego ou enxergo? As questes da baixa viso. Educar. Curitiba (PR), Editora UFPR, n. 23, p. 15-28, 2004. Disponvel em: http://www.rc.unesp.br/igce/ceapla/cartografiatatil/artigos/cego_enxergo.pdf. Acesso em 27/10/2013.DOMINGUES, Celma dos Anjos [et al]. A Educao Especial na Perspectiva da Incluso Escolar: os alunos com deficincia visual: baixa viso e cegueira. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Cear, 2010. Disponvel em http://ramec.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=1828&Itemid=1. Acesso em 27/10/2013.LAPLANE, Adriana Lia Friszman de; BATISTA, Ceclia Guarneiri. Ver, no ver e aprender: participao de crianas com baixa viso e cegueira na escola. Cad. Cedes, Campinas, vol. 28, n. 75, p. 209-227, maio/ago, 2008. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n75/v28n75a05.pdf. Acesso em 27/10/2013.Referncias: Leituras Complementares

BARBIERI, Lydia C. Marques. Avaliao Funcional e Instruo de Crianas e Jovens com Baixa Viso no Ambiente Escolar. Disponvel em https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.salesianolins.br%2Fareaacademica%2Fmateriais%2Fposgraduacao%2FEducacao_Especial_Inclusiva%2FFundamentos_Psicologicos_e_Biologicos%2F6%25BA-Avalia%25E7%25E3o%2520da%2520Vis%25E3o%2520Funcional%2520e%2520Instru%25E7%25E3o%2520no%2520Ambiente%2520Escolar.doc&ei=_mJtUrX7MdKfkQf6xoEY&usg=AFQjCNETwU2ovP67F2vFeazhE1g9q4m6DQ&sig2=ROlazaHrNFxPMphUEgHQnA&bvm=bv.55123115,d.eW0. Acesso em 27/10/2013.BRUNO, Marilda Moraes Garcia. Avaliao Educacional para Alunos com Baixa Viso e Mltipla Deficincia da Educao Infantil: uma proposta de adaptao e elaborao de instrumentos. GT: Educao Especial, n. 5. Disponvel em: http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT15-3411--Int.pdf. Acesso em 27/10/2013.Curso de Formao Continuada de Professores para o AEE

UFC / SECADI / UAB / MEC Verso 20139/10