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A PRÁTICA DA TERAPEUTA OCUPACIONAL EM FARMACODEPENDENCIA BRINCANDO NA RODA DE FOGO Autora: Solange Tedesco, terapeuta ocupacional, especialização no CETO e EPM Endereço: Rua Diana 831 apto 62 São Paulo SP Resumo: fazendo uma análise contextual da intervenção da Terapia Ocupacional e da prática da terapeuta ocupacional em farmaco-dependencia, levanto considerações e observações acerca da clínica utilizando a experiencia desenvolvida no Programa de Orientação e Assistencia a Dependen- tes de Drogas (PROAD). Utilizo uma abordagem individual e outra grupal para exemplificação dos questionamentos e traçado de tratamento. Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Dependencia-Independencia, Farmacodependencia,. A PRÁTICA DA TERAPIA OCUPACIONAL EM FARMACODEPENDENCIA BRINCANDO NA RODA DE FOGO Observações Preliminares Tratarei da prática da Terapeuta Ocupacional em Farmacodependencia a partir da clínica desenvolvida no Pro- grama de Orientação eAssistênciaa De- pendentes de Drogas (PROAD) do De- partamento de Psiquiatria e Psicologia da Universidade São Paulo. As observações feitas buscam am- pliar as discussões sobre a intervenção da Terapia Ocupacional na Clínica da Toxicomania, onde, segundo BENETTON (1994), a direção na cons- trução de um vínculo ativo é alimenta- do pela aproximação do fazer "que cria a circularidade na presença da terapeuta" (OI). Minha abordagem acerca deste as- sunto fundamenta-se nos pressupos- tos de Claude Olievenstein, que as- sume a problemática da toxicomania na equação: o encontro de um produ- to com uma personalidade e um mo- mento sócio-cultural. Segundo SILVEIRA (1995), "os toxicômanos se caracterizam por um padrão de uso de drogas em que o ele- mento dependência assume papel de destaque na relação dual indivíduo-dro- ga. O que distingue, em última análise, o toxicômano do usuário é o grau de dependencia ao produto"(02). A toxicomania passa a ser uma con- duta assumida frente a um projeto de vida insustentável, onde a comunica- ção entre o mundo interno e o mundo externo só se viabiliza frente a uma distorção das realidades vividas, ou frente a uma nova imagem de si mes- mo, não mais "eu", mas "eu-droga". Esta distorção se dá pela alteração das percepções, alterações dos vínculos conseqüentes de uma postura aditiva. Este projeto de artificialização da vida entra em falência quando o paradoxo do uso se acirra: "o toxicômano en- contra-se aqui em um momento de crise, quando percebe que continua não podendo viver sem a droga e, pa- radoxalmente, não pode mais viver com ela" (03). Em linhas gerais, acreditamos que este paradoxo não deve ser respondi- -: Página 50 :- do. Ele pode recriar as experiencias extremas de dependencia- independencia, onde na dependencia absoluta estamos vitalmente presos a uma provisão externa (ambiental, amorosa, etc), mas correndo o emi- nente risco de aniquilamento se hou- ver falhas. O caminho no sentido da independencia implica numa nova experiência na cultura, onde o encon- tro com o comum (no social) não pode colocar em risco o que é próprio (in- divíduo). Nos recorremos a WINNICOTT, que descreve a jornada do processo de maturação (desenvolvi- mento e crescimento) em três categori- as: dependencia absoluta - dependên- cia relativa - rumo à independencia. onde a palavra chave é "integração". que toma possível o Eu-Sou, que dá sen- tido ao "Eu-Faço". "A idéia de dependencia individual é básica erc tudo isso; no início, ela é quase abso- luta e vai gradual e ordenadamente so. frendo alterações: de uma de- pendencia relativa caminha para ~ independencia. Esta não se toma ab- soluta, e o indivíduo visto como um- dade autônoma não é, na realidad~. independente do ambiente, ainda q...= existam maneiras pelas quais o ind.:. víduo maduro possa se sentir livre = independente, ficando feliz por pc_o suir uma identidade pessoal" (04,

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A PRÁTICA DA TERAPEUTA OCUPACIONAL EM FARMACODEPENDENCIABRINCANDO NA RODA DE FOGO

Autora: Solange Tedesco, terapeuta ocupacional, especialização no CETO e EPMEndereço: Rua Diana 831 apto 62 São Paulo SP

Resumo: fazendo uma análise contextual da intervenção da Terapia Ocupacional e da prática daterapeuta ocupacional em farmaco-dependencia, levanto considerações e observações acerca daclínica utilizando a experiencia desenvolvida no Programa de Orientação e Assistencia a Dependen-tes de Drogas (PROAD). Utilizo uma abordagem individual e outra grupal para exemplificação dosquestionamentos e traçado de tratamento.

Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Dependencia-Independencia, Farmacodependencia,.

A PRÁTICADA TERAPIAOCUPACIONAL EMFARMACODEPENDENCIA

BRINCANDO NARODA DE FOGO

Observações Preliminares

Tratarei da prática da TerapeutaOcupacional em Farmacodependenciaa partir da clínica desenvolvida no Pro-gramade OrientaçãoeAssistênciaa De-pendentes de Drogas (PROAD) do De-partamento de Psiquiatria e Psicologiada Universidade São Paulo.

As observações feitas buscam am-pliar as discussões sobre a intervençãoda Terapia Ocupacional na Clínica daToxicomania, onde, segundoBENETTON (1994), a direção na cons-trução de um vínculo ativo é alimenta-do pela aproximação do fazer "que criaa circularidade na presença daterapeuta" (OI).

Minha abordagem acerca deste as-sunto fundamenta-se nos pressupos-tos de Claude Olievenstein, que as-sume a problemática da toxicomaniana equação: o encontro de um produ-

to com uma personalidade e um mo-mento sócio-cultural.

Segundo SILVEIRA (1995), "ostoxicômanos se caracterizam por umpadrão de uso de drogas em que o ele-mento dependência assume papel dedestaque na relaçãodual indivíduo-dro-ga. O que distingue, em última análise,o toxicômano do usuário é o grau dedependencia ao produto"(02).

A toxicomania passa a ser uma con-duta assumida frente a um projeto devida insustentável, onde a comunica-ção entre o mundo interno e o mundoexterno só se viabiliza frente a uma

distorção das realidades vividas, oufrente a uma nova imagem de si mes-mo, não mais "eu", mas "eu-droga".Esta distorção se dá pela alteração daspercepções, alterações dos vínculosconseqüentes de uma postura aditiva.Este projeto de artificialização da vidaentra em falência quando o paradoxodo uso se acirra: "o toxicômano en-

contra-se aqui em um momento decrise, quando percebe que continuanão podendo viver sem a droga e, pa-radoxalmente, não pode mais vivercom ela" (03).

Em linhas gerais, acreditamos queeste paradoxo não deve ser respondi-

-: Página 50 :-

do. Ele pode recriar as experienciasextremas de dependencia-independencia, onde na dependenciaabsoluta estamos vitalmente presos auma provisão externa (ambiental,amorosa, etc), mas correndo o emi-nente risco de aniquilamento se hou-ver falhas. O caminho no sentido da

independencia implica numa novaexperiência na cultura, onde o encon-tro com o comum (no social) não podecolocar em risco o que é próprio (in-divíduo). Nos recorremos aWINNICOTT, que descreve a jornadado processo de maturação (desenvolvi-mento e crescimento) em três categori-as: dependencia absoluta - dependên-cia relativa - rumo à independencia.onde a palavra chave é "integração".que toma possível oEu-Sou,que dá sen-tido ao "Eu-Faço". "A idéia dedependencia individual é básica erctudo isso; no início, ela é quase abso-luta e vai gradual e ordenadamente so.frendo alterações: de uma de-pendencia relativa caminha para ~independencia. Esta não se toma ab-soluta, e o indivíduo visto como um-dade autônoma não é, na realidad~.independente do ambiente, ainda q...=existam maneiras pelas quais o ind.:.víduo maduro possa se sentir livre =independente, ficando feliz por pc_osuir uma identidade pessoal" (04,

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o fazer, que na nossa clínica incluios materiais e a postura da terapeutaocupacional, na execução das ativida-des cria um trânsito entre eu-faço eusou intermediando, a princípio, este"eu" composto eu-droga.

Para BENETTON (1994), naconsígnia do fazer, terapeutas e ativi-dades colocam-se a disposição "paraconstruir, desde a recepção (do depen-dente e acompanhantes) no espaço quese interponha entre o toxicômano e adroga. Para abrir esse espaço é impos-sível deixarum dos dois de lado ou sim-

plesmente retirar a droga de cena. Épreciso incluir sem excluir" (05).

Nossa intervenção enquantoterapeutas ocupacionais tem levado emconsideração o seguinte:

-a questão da aderência do pacienteao programa, onde acreditamos que asatividades possam ser facilitadoras nainclusão a um novo ambiente e repre-sentante do momento de crise (dar no-vas imagens a uma fala viciosa, estere-otipada);

- o fazer como uma evolução na-tural, tanto do processo criador (asmãos transformando um material)como ampliando as relações de trocano mundo;

- a apresentação da terapeuta en-quanto a que ensina e faz junto ativi-dades, facilitando a postura ativa, tãonecessária na constituição de um vín-culo;

...

- a indicação específica para paci-entes adolescentes e para as condutasanti-sociais, onde o espaço criado peloterapeuta-atividadespode proporcionar,desde a chegada ao programa, um es-paço potencialmente favorável;

. - o papel da família, da escola, dosamigos, namoradas e outros grupos vis-tos como extensão da abordagem e in-clusão no programa;

- a possibilidadedo atendimentoindividual elou grupal, dependendoda indicaçãoe programade tratamen-

to específico;- a constituição de um social onde

as relações de troca pelo fazer possamgradualmente se estabelecer frente apotência criadora não mais dual;

- a interdisciplinariedade, com aampliação de intervenções e modelosterapeuticos, criando vários traçadosde tratamento (acolhimento - terapiaocupacional II terapia ocupacional in-dividual - psicoterapia grupal II tera-pia ocupacional grupal -psicoterapiaindividual II terapia ocupacional -atendimento clínico II terapia ocupa-cional- terapia familiar IITO - proje-tos de prevenção, etc);

- o fazer com as mãos transforman-do materiais, humanizando o imaterial,

ou simplesmente brincando para expe-rimentar. A experiencia, ou melhor, ex-perimentação, no sentido do manuseiode elementos transformáveis (água +terra =argila II água + pigmento = tinta

II água + terra + fogo =cerâmica, etc),

apesar de incluir etapas, não aprisionaa um únicoproduto,ao contrário,o brin-car com as possibilidades pode ser aquebra do que é descrito como um ritu-al para o toxicômano.

Um esboço na prática

Há dois anos desenvolvemos um tra-balho de assistencia e ensino no Proad.

Participamos do "Grupo deAcolhimen-to", porta de entrada do usuário no pro-grama, num primeiro momento paracompartilharmos e num segundo mo-mento para fragmentar a linguagem dotoxicômano. A partir do Grupo de Aco-lhimento e de uma triagem médica, tra-çamos em equipe o percurso de trata-mento deste indivíduo: atendimento clí-

nico, psicoterapia indi vidual,psicoterapia grupal, terapia familiar,terapia ocupacional individual, terapiaocupacional grupal.

As indicações para o processo deterapia ocupacional individual ou grupalsão analisadas e orientadas frente a al-

gumas considerações: a emergência dacrise, a relação situacional do indivíduofrente ao trabalho, família e inscrição

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social; a relação com seu grupo de usu-ários; sua organização frente aos cui-dados pessoais e atividades de vida di-ária. Em alguns casos trabalhávamosnuma intervenção específica de crise,onde o fazer tenta desmanchar um pro-cesso de desfazere destruiçãopelo afas-tamento social (trabalho,principalmen-te), pelo roubo e pela venda de objetospróprios em troca do produto.Exemplificando:

Atendemos M., 29 anos, váriasintemações por uso de drogas e padrãode substituição de produto. Relatavainício recente de crack, porém sua dro-ga de escolha era a cocaína. Temia queo uso do crack (por necessidade finan-ceira) em substituição à cocaína, o le-vasse rapidamente a umadesqualificaçãosociale perda do padrãofísico de que se orgulhava.Num primei-ro momento, frequentava o Grupo deAcolhimento diariamente, e a cada gru-po descrevia com nítido "prazer - sofri-mento" cada peça de sua casa que ven-dia para conseguir comprar a droga.Assim foram os móveis, as pias, o vasosanitário, o butijão de gás e, enfim, aporta, a porta de entrada de sua casa.Este paciente associa a esta venda aperda de sua privacidade como o repre-sentante de sua extrema degradação,pois sem a "porta", sua casa "violada"o deixava exposto para toda vizinhançae, principalmente, para os traficantes.Começamos o atendimento individualde terapia ocupacional com três ses-sões semanais, e o excluímos de qual-quer atividade grupal (inclusive o Gru-po de Acolhimento), por entendermosque a insígnia do "dependente expostoe submisso" funcionava em sua dinâ-mica mais como agravante do usoabusivodo que como limitador.Era este"homem vício - degradado" que o gru-po podia ver e esta imagem que vicio-samente sabia apresentar. Começamosconstruindo atividades para redecorarsua casa, ou objetos úteis coIrio corti-na, panelas, toalhas. De objetos paracasa, M. passou a confeccionar objetospara seu uso, ao mesmo tempo em quevai resgatando sua história familiar,onde o trabalho artesana] sustentou seu

pai enquanto imigrantee suafamília en-

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quanto manufatureiros. M. reconstróieste trajetorecuperando as relações "sa-dias" de trabalho, se associa com duascostureiras e recupera a clientela perdi-da confeccionando chapéus para festasjuninas. A produção é levada para suacasa, que volta a ser frequentada por pes-soas "caretas". A partir do resgate do tra-balho próprio, sua imagem de "degrada-do" vai se transformando para alguém quequer coisas e quer coisas fazendo. O fa-zer, que antes era dever com o sustento~amiliar e foi desmanchado para "pagar"o vício, passa a poder ser vivido comopossibilitador de outra inserção social.Neste momento, sua vida podecontextualizar-se sem a droga.

No último ano criamos um atendi-

mento específico para adolescentes,através de um Grupo de TerapiaOcupacional aberto a todos os paci-entes até 18 anos que quisessem par-ticipar. As discussões deste trabalhoforam incluídas num projeto de cria-ção de um setor específico para ado-lescentes (assistencia, prevenção, en-sino e pesquisa).

Levantamos algumas questões quenos tem referendado na estruturaçãodeste setor:

- a dificuldade de vinculação dosadolescentes em grupos predominante-mente verbais;

- a relação com a terapeutaocupacional próxima à relação conhe-cida com o professor no ensinar a téc-nica de atividades. O conhecido permi-te a inclusão da experienciatoxicomaníaca;

-o espaço criado pela presença daterapeuta ativa e pelo fazer, possibi-litando a criação de um espaço per-missivo para dúvidas, trocas, experi-mentos;

- a idéia de prevenção de riscos(não só do uso abusivo, como daAids,roubo, prostituição) através de repre-sentações concretas afastadas da idéiado discurso moralista.

- o papel especial da família, da es-cola, dos amigos como comunicantes eparceiros de ações;

- as atividades intermediando um

encontro com o novo, ora a terapeuta, aequipe, o grupo, a família, a sociedade,num círculo que, brincamos, deixa deser vicioso, quando olhamos os vícios,para constituirmos um círculo de hábi-tos, hábitos de fazer e hábitos de vida;

- a importância da continuidade docuidado, da presença e da confiança,quebrando um padrão de reação aorepetitivo;

- a necessidade de se levar em conta

as diferenças essenciais entre os grupos,em termos de padrões e costumes, istoinclui as atividades com os amigos quefazem uso de drogas, com os que nãofazem, com os grupos esportivos, esco-lares, etc;

No grupo de adolescentes toxicôma-nos temos nos surpreendido com o afas-tamento e estranhamento no uso de ma-

teriais e no poder criativo de construção.Via de regra os materiais são explorados,porém abandonados em função da falaque repetidamente circula na droga, nasexperiencias toxicômanas e na solidão. Aaproximação da terapeuta vai se dandopelo fazer na tentativa de capacitá-los ausar as mãos, a brincar, usar símbolos,sonhar com projetos de vida, a criar demodo satisfatório para si e a encontrar suaespontaneidade. Esta aproximação se dápor um confronto pelo confronto em ato.

Conclusão

Para Claude Olievenstein, no tra-tar o toxicômano é necessário o ofe-

recimento de múltiplos modelos deidentificação, é preciso oferecer di-ferentes espaços para que ele se en-contre com seus pedaços estilhaçados.Nem sempre a chegada ao tratamen-to implica um desejo de cura, ou mes-mo um tratar a dependencia. Segun-do um paciente do grupo de adoles-centes, "brincamos com fogo num ca-minho cheio de pedras, numa alusão

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às pedras de crack; segundo estemesmo paciente, ele não sabe bemporque, mas estar presente no gru-po de terapia ocupacional o faz"sentir-se diferente, mais com elemesmo, e, com outras idéias na ca-beça". Ele nos diz que é porque nóso pegamos pelo pé.

Eu penso que neste momento ele foi"pego" pelas mãos.

Ainda timidamente esta práticatem provocado alguns esboços teóri-cos sobre a intervenção da terapiaocupacional na farmaco-dependencia.Pensamos que no momento de inclu-são do paciente no tratamento, a téc-nica da terapia ocupacional é bastan-te indicada. Outra experiencia diz res-peito ao exercício da prevenção deriscos. No fazer, nosso olhar permiteuma compreensão da experimentaçãoenquanto aprendizado, na prevenção,um aprendizado necessário para no-vas condutas.

Referências Bibliográficas

01) Benetton, M. J. - "A TerapiaOcupacional como Instrumento nasAções de Saúde Mental". Tese de dou-torado do Programa de Pós-graduaçãoem Saúde Mental, Unicamp, Campinas,1994, pág. 152.

02) Silveira, D. X. da"Dependencia de Drogas: Contribui-ções para uma CompreensãoPsicodinâmica das Farmaco-

dependencias". Dissertação de Mestra-do, 1995, pág. 3.

03) idem

04) Winnicott D. W.- "Tudo Come-ça em Casa". Ed. Martins Fontes, SãoPaulo, 1989, pág. 118.

05) Benetton, M. J. - "A TerapiaOcupacional como Instrumento nasAções de Saúde Mental", obra cita-da, pág. 148.