A mercadoria - Os fundamentos da produção da sociedade e do seu conhecimento

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Aluna: Stefanie Ferreira Rodrigues Curso: Psicologia (UFMS) Resumo: Texto a Mercadoria – Karl Marx A mercadoria – Os fundamentos da produção da sociedade e do seu conhecimento. (Karl Marx) Segundo Karl Marx, a mercadoria nada mais é que um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza ou a origem dessas necessidades, provenha do estômago ou da fantasia. Com isso Marx quer dizer que o desejo envolve necessidade, que o apetite do espírito é natural, assim como a fome é natural para o corpo, e que a maioria das coisas tem valor porque satisfazem as necessidades do espírito do homem. Em relação ao valor de uso acreditava-se que esse valor só se realizava com a utilização do material ou com o consumo, esse valor era visto de acordo com o que a mercadoria poderia dar em troca, assim a mercadoria assumia dois fatores, o fator valor de uso, que diz respeito ao conteúdo (qualidade), e o fator valor de troca, que diz respeito a grandeza (quantidade) dessa mercadoria, podendo assim a mesma assumir o seu caráter de preço. Esta mercadoria era vista da seguinte maneira, ela era tão boa mercadoria quanto outra, se o valor de troca fosse igual em ambas e havendo em cima de qualquer uma dessas mercadorias um trabalho duplo, sendo esse trabalho simples onde apenas um trabalhador elabora a mercadoria ou um trabalho mais complexo, onde várias mercadorias se relacionam entre si e com outros trabalhos. Mercadorias que continham iguais quantidades de trabalho, ou que podiam ser produzidas no mesmo tempo de trabalho, possuíam consequentemente valores da mesma magnitude, assim o valor de uma mercadoria estava para o valor de qualquer outra mercadoria que tivesse o mesmo tempo de trabalho e o valor permaneceria invariável, se o tempo de trabalho para a produção fosse constante. Todos os produtos da mesma espécie formam uma só massa e o preço é determinado de uma forma geral, sem levar em consideração as circunstâncias. Esta situação não ocorre na atualidade, mercadorias que contenham quantidade de trabalho semelhante, possuem valores de troca totalmente diferenciados, seus valores não possuem a mesma magnitude, os produtos da mesma espécie não são classificados como se fossem uma só massa, e seu preço de forma alguma se classifica de uma forma geral, as circunstâncias são levadas em conta, podemos até utilizar nessa situação o dito popular “tempo é dinheiro” para demonstrar como é analisada na atualidade a mercadoria.

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Aluna: Stefanie Ferreira Rodrigues Curso: Psicologia (UFMS) Resumo: Texto a Mercadoria – Karl Marx A mercadoria – Os fundamentos da produção da sociedade e do seu conhecimento. (Karl Marx)

Segundo Karl Marx, a mercadoria nada mais é que um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza ou a origem dessas necessidades, provenha do estômago ou da fantasia. Com isso Marx quer dizer que o desejo envolve necessidade, que o apetite do espírito é natural, assim como a fome é natural para o corpo, e que a maioria das coisas tem valor porque satisfazem as necessidades do espírito do homem.

Em relação ao valor de uso acreditava-se que esse valor só se realizava com a utilização do material ou com o consumo, esse valor era visto de acordo com o que a mercadoria poderia dar em troca, assim a mercadoria assumia dois fatores, o fator valor de uso, que diz respeito ao conteúdo (qualidade), e o fator valor de troca, que diz respeito a grandeza (quantidade) dessa mercadoria, podendo assim a mesma assumir o seu caráter de preço. Esta mercadoria era vista da seguinte maneira, ela era tão boa mercadoria quanto outra, se o valor de troca fosse igual em ambas e havendo em cima de qualquer uma dessas mercadorias um trabalho duplo, sendo esse trabalho simples onde apenas um trabalhador elabora a mercadoria ou um trabalho mais complexo, onde várias mercadorias se relacionam entre si e com outros trabalhos.

Mercadorias que continham iguais quantidades de trabalho, ou que podiam ser produzidas no mesmo tempo de trabalho, possuíam consequentemente valores da mesma magnitude, assim o valor de uma mercadoria estava para o valor de qualquer outra mercadoria que tivesse o mesmo tempo de trabalho e o valor permaneceria invariável, se o tempo de trabalho para a produção fosse constante. Todos os produtos da mesma espécie formam uma só massa e o preço é determinado de uma forma geral, sem levar em consideração as circunstâncias.

Esta situação não ocorre na atualidade, mercadorias que contenham quantidade de trabalho semelhante, possuem valores de troca totalmente diferenciados, seus valores não possuem a mesma magnitude, os produtos da mesma espécie não são classificados como se fossem uma só massa, e seu preço de forma alguma se classifica de uma forma geral, as circunstâncias são levadas em conta, podemos até utilizar nessa situação o dito popular “tempo é dinheiro” para demonstrar como é analisada na atualidade a mercadoria.