Logistica de Mercadoria e Produtos

download Logistica de Mercadoria e Produtos

of 57

Transcript of Logistica de Mercadoria e Produtos

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    1/57

    CENTRO UNIVERSITARIO ASSUNO

    UNIFAI

    EMERSON VISENTAINER

    LOGSTICA DE MERCADORIA E

    PRODUTOS

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    2/57

    So Paulo

    2003

    EMERSON VISENTAINER

    LOGSTICA DE MERCADORIA E

    PRODUTOS

    Trabalho de Concluso de Curso

    apresentado ao Curso de Administrao,

    para obteno parcial do grau de

    Bacharelado em Administrao.

    ORIENTADOR: Prof. Luis Saes

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    3/57

    So Paulo

    2003

    EMERSON VISENTAINER

    LOGSTICA DE MERCADORIA E

    PRODUTOS

    Trabalho de Concluso de Curso

    apresentado ao Curso de Administrao,

    para obteno parcial do grau de

    Bacharelado em Administrao.

    Aprovada em dezembro de 2003.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    4/57

    ORIENTADOR: Prof. Luis Saes

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    5/57

    minha esposa e filhos, pais e

    amigos pelo apoio recebido

    durante a elaborao deste

    trabalho.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    6/57

    AGRADECIMENTOS

    Ao Professor Luis Saes pela sua dedicao e colaborao no decorrer desta pesquisa, sempre

    apresentando observaes importantes em seus comentrios.

    minha esposa e meus filhos pela pacincia, e a Deus por me dar mais este presente.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    7/57

    SUMARIO

    1 INTRODUO 6

    1.1 TEMA 6

    1.2 OBJETIVO DA PESQUISA 6

    1.3 METODOLOGIA 7

    2 DEFINIO DE LOGSTICA 7

    2.1 ORIGEM 7

    2.2 PARADOXO DA LOGSTICA 7

    2.3 LOGSTICA 7

    3 OBJETIVOS DA LOGSTICA 9

    3.1 LOGISTICA APLICAO E OBJETIVOS 9

    3.2 LOGSTICA INTEGRADA 11

    3.3 LOGSTICA EMPRESARIAL 12

    3.4 LOGSTICA GLOBAL 13

    4 LOGSTICA DE MERCADORIAS E PRODUTOS 14

    4.1 FLUXO DE MATERIAIS 144.1.1 RELAES DE FLUXO 15

    4.2 DISTRIBUIO FISICA 16

    4.2.1 TRANSPORTES 17

    4.2.2 TIPOS DE MODAIS 19

    4.3 APOIO A MANUFATURA 26

    4.4 SUPRIMENTOS 28

    4.5 FLUXO DE INFORMAES 365 CASES 39

    5.1 OTIMIZAO DO SUPPLY CHAIN DA BUNGE 39

    5.2 DUPONT ECONOMIZA MILHES COM MODELAGEM

    DE SUA LOGSTICA 42

    5.3 SIMULAO E OTIMIZAO NA LOGSTICA 44

    6 CONCLUSO 53

    7 BIBLIOGRAFIA 54LISTA DE ILUSTRAES 55

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    8/57

    1 Introduo

    Na antiguidade, as mercadorias que as pessoas desejavam no eram produzidas onde elas

    gostariam de consumi-las ou no eram acessveis quando as desejavam. Alimentos e outros

    bens de consumo estavam amplamente dispersos e disponveis em abundancia apenas em

    certos perodos do ano. As pessoas tinham que consumir as mercadorias imediatamente nos

    locais onde as encontravam, ou precisavam transferi-las para um local de sua preferncia e

    armazena-las para uso posterior. Entretanto, devido ausncia de um sistema de transporte

    bem-desenvolvido e de sistemas de armazenagem, o movimento de mercadorias era limitado

    ao que um indivduo podia transportas, e armazenagem de perecveis era possvel apenas porum curto perodo de tempo. Essas limitaes dos sistemas de movimentao e de

    armazenagem foraram as pessoas a viverem perto das fontes de produo e a consumirem

    uma estreita gama de mercadorias.

    1.1 - Tema

    Esta pesquisa a respeito da logstica de mercadoria e produtos onde as atividades a serem

    geridas podem incluir todo ou parte do seguinte: fluxos de materiais, distribuio fsica, apoio

    manufatura, suprimentos e fluxo de informaes.

    O foco desta pesquisa esta no planejamento e organizao das atividades voltadas a logstica

    de produtos, elemento chave para a gesto bem sucedida em qualquer organizao.

    1.2 - Objetivos da Pesquisa

    Esta pesquisa tem como objetivo mostrar algumas das fazem onde os produtos e mercadorias

    passam, desde ao fornecedor, passando pela empresa e chegando ao cliente.

    A misso estabelecer o nvel de atividades logsticas necessrias para disponibilizar

    produtos e servios no tempo certo, local certo e nas condies e formas desejadas, de

    maneira mais lucrativa ou eficaz em termos de custos.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    9/57

    1.3 Metodologia

    Utilizando a pesquisa bibliogrfica como meio para identificar as idias de vrios autores

    sobre o tema proposto.

    Para isso foram utilizados vrios meios como livros, revistas, jornais, Vdeo e internet e

    algumas idias reunidas neste trabalho.

    2 - Definio de Logstica

    2.1 - Origem

    A origem da logstica militar. Foi desenvolvida visando colocar os recursos certos no local

    certo, na hora certa, com um s objetivo: vencer batalhas (MARTINS, 2000).

    2.2 - Paradoxo da Logstica

    A logstica um verdadeiro paradoxo. , ao mesmo tempo, uma das atividades econmicas

    mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Desde que o homem abandonou a

    economia extrativista, e deu inicio s atividades produtivas organizadas, com produo

    especializada e troca dos excedentes com outros produtores, surgiram trs das mais

    importantes funes logsticas, ou seja, estoque, armazenagem e transporte. A produo emexcesso, ainda no consumida, vira estoque. Para garantir sua integridade, o estoque necessita

    de armazenagem. E para que a troca possa ser efetivada, necessrio transporta-lo do local de

    produo ao local de consumo. Portanto, a funo logstica muito antiga, e seu surgimento

    se confunde com a origem da atividade econmica organizada.(FLEURY,2000).

    2.3 - Logstica

    O primeiro livro-texto a sugerir os benefcios da gesto coordenada da logstica apareceu

    somente em 1961, em parte explicando porque uma definio da logstica empresarial ainda

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    10/57

    por vir. Desta forma, vale a pena explorar diversas definies para o escopo e contedo do

    assunto.

    A definio de dicionrio do termo logstica :

    O ramo da cincia militar que lida com a obteno, a manuteno e o transporte de

    materiais, pessoal e instalaes. (WEBSTER`S, 1993).

    Esta definio Poe a logstica no contexto militar. Na medida em que o objetivo e as

    atividades das empresas diferem daqueles dos militares, essa definio no captura a essncia

    da gesto da logstica empresarial. Uma melhor representao do campo pode ser refletida na

    definio promulgada pelo Conselho de Administrao Logstica (CLM Council ofLogistics Management), uma organizao profissional de gestores de logstica, professores e

    prticos, formada em 1962 com o propsito de oferecer educao continuada e fomentar o

    intercambio de idias.

    Sua definio :

    Logstica o processo de planejamento, implementao e controle de fluxo eficiente eeconomicamente eficaz de matrias-primas, estoque em processo, produtos acabados e

    informaes relativas desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o

    propsito de atender s exigncias dos clientes.

    Essa uma excelente definio com duas excees. Primeira, ela causa a impresso de os

    profissionais de logstica estarem apenas preocupados com a movimentao fsica de

    mercadorias. Na realidade, muitas empresas que produzem servios em vez de produtosfsicos tm substanciais problemas de logstica, o podem beneficiar-se d uma boa gesto

    logstica tambm. Ambas so consideradas neste texto.

    Segundas, a definio do CLM implica que os profissionais de logstica esto preocupados

    com o fluxo de mercadorias de e para sua empresa. Esta responsabilidade parece estender o

    fluxo de produtos ao processo de produo tambm. O profissional de logstica

    provavelmente no lida com os detalhes do processo de produo, tais como controle de

    estoque em processo, programao de maquinas ou controle de qualidade das operaes, e

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    11/57

    exclui os de maiores consideraes. Tambm esta excluda a atividade de manuteno

    includa no conceito militar de logstica.

    A misso do profissional de logstica fornecer mercadorias e servios a clientes de acordo

    com suas necessidades e exigncias da maneira mais eficiente possvel.

    Coloca de outra forma:

    A misso da logstica dispor a mercadoria ou o servio certo, no lugar certo, no

    tempo certo e nas condies desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior

    contribuio empresa. (BALLOU, 2001).

    3 - Objetivos da Logstica

    3.1 - Logstica: Aplicao e Objetivos

    Logstica a gesto de fluxos entre funes d negcios. A definio atual de logstica engloba

    maior amplitude de fluxos que no passado. Tradicionalmente, as companhias incluam asimples entrada de matrias-primas ou o fluxo de sada d produtos acabados em sua definio

    de logstica. Hoje, no entanto, essa definio expandiu-se e inclui todas as formas de

    movimentos d produtos e informaes, descritos a seguir.

    Fluxos globais na organizao de um negocio.

    A fim de satisfazer demanda de seus mercados, uma organizao deve estruturar os produtosou servios que oferece de acordo com alguns ou todos os fluxos fsicos a seguir:

    Matrias-primas, do ponto de estocagem da fonte original at a entrega para o

    cliente.

    Produtos semi-acabados, vindos de unidades de manufatura prprias ou de fabricas

    ou armazns dos fornecedores.

    Ferramentas ou maquinas, de uma unidade de manufatura para outra.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    12/57

    Produtos acabados entre plantas, armazns prprios, armazns dos clientes, ou

    armazns pertencentes a empresas de servios logsticos.

    Itens consumveis e peas de reposio, de armazns para veculos dos tcnicos de

    reparos, ou para unidades dos clientes onde os equipamentos esto instalados.

    Produtos e peas a serem reparados, da unidade do cliente para o local de reparo /

    recuperao.

    Equipamentos de suporte de vendas, como estantes e displays, quadros de

    propaganda, literatura, e outros, das empresas para agentes apropriados.

    Embalagens vazias retornadas, dos pontos de entrega para os pontos de

    carregamento.

    Produtos vendidos ou componentes devolvidos, dos pontos d entrega para o ponto

    inicial de armazenagem ou manufatura (fluxo reverso).

    Produtos usados / consumidos a serem reciclados, recauchutados, reutilizados ou

    postos disposio (fluxo reverso).

    Essa mirade de fluxos, que so a base para as atividades de operaes e logstica, tem sido

    considerada com maior relevncia hoje. Eles cobrem reas geogrficas maiores que antes e

    incluem novos tipos de fluxos, tais como logstica reversa (para reciclagem, por exemplo).

    Na figura 1, definimos as principais famlias de fluxos de operaes / logsticas. Dois critrios

    caracterizam essas famlias: a direo do fluxo e as relaes de fluxo envolvidas. (DORNIER,

    2000)

    Concepo

    Procurement ProduoDistribuiofsica

    Suporte ps- vendas

    Eliminaodos restos

    RenovaoColeta,recuperao

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    13/57

    Figura 1 - Fluxo de operaes e logstica.

    3.2 - Logstica Integrada

    A logstica vista como a competncia que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores.

    As informaes recebidas de clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma de atividades

    de vendas, previses e pedidos. As informaes so filtradas em planos especficos de

    compras e de produo. No momento do suprimento de produtos e materiais, iniciado um

    fluxo de bens de valor agregado que resulta, por fim, na transferncia de propriedade de

    produtos acabados aos clientes. Assim, o processo tem duas aes inter-relacionadas: fluxo demateriais e fluxo de informaes. Antes de abordar cada fluxo mais pormenorizadamente,

    duas observaes se fazem necessrias.

    Primeiro, a considerao de operaes internas (na ara sombreada da Figura 2)

    isoladamente til para mostrar a importncia fundamental da integrao de todas as funes

    e atividades envolvidas na logstica. Embora essa integrao seja pr-requisito para o sucesso,

    no suficiente para garantir que a empresa alcance suas metas de desempenho. Para sertotalmente eficaz no atual ambiente competitivo, a empresa deve expandir sua abordagem

    integrada para incorporar clientes e fornecedores.

    E, segundo, o processo bsico ilustrado na Figura 2 no se restringe a empresas com

    fins lucrativos, nem exclusivo de empresas industriais. A urgncia de integrar necessidades

    e operaes ocorre em todas as empresas, assim como em organizaes do setor publico.

    Empresas varejistas ou atacadistas, por exemplo, normalmente integram a distribuio fsicacom o suprimento, visto que a fabricao tradicional no se aplica nesses casos. No obstante,

    varejistas e atacadistas realizam o processo logstico de agregao de valor. O mesmo se

    aplica a todas as organizaes do setor publico que fabricam produtos ou fornecem servios.

    (BOWERSOX, 2001)

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    14/57

    Figura 2 - A integrao logstica.

    3.3 - Logstica Empresarial

    Dentro dos objetivos mais abrangentes da empresa, o profissional de logsticaempresarial busca sua prpria meta funcional que move a empresa em direo a seu objetivo

    maior. Especificamente, deseja desenvolver um conjunto de atividades logsticas que resultar

    no maior retorno possvel sobre o investimento ao longo do tempo. H duas dimenses dessa

    meta: (1) o impacto do projeto do sistema logstico na contribuio para a receita e (2) o custo

    do projeto do sistema logstico.

    De forma ideal, o profissional de logstica deveria saber perfeitamente o quanto de receitaadicional deveria ser gerada atravs de melhorias incrementais na qualidade dos servios

    prestados ao cliente. Entretanto, essa receita geralmente no conhecida com muita exatido.

    Freqentemente, ele deve fixar o nvel de servios ao cliente a algum valor determinado,

    geralmente em um nvel aceitvel pelo cliente, pelas vendas ou outras partes pertinentes.

    Neste ponto, o objetivo logstico pode ser minimizar os custos para alcanar o nvel de servio

    desejvel em vez de maximizar o lucro ou o retorno sobre o investimento.

    Clientes Fornecedores

    Fluxo de materiais

    Fluxo de informaes

    Distribuiofsica

    Apoio manufatura

    Suprimentos

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    15/57

    Diferentemente da receita, os custos logsticos normalmente podem ser determinados to

    acuradamente quanto s praticas contbeis permitirem e so geralmente de dois tipos: custos

    operacionais e custos de capital. Custos operacionais so aqueles recorrentes periodicamente

    ou aqueles que variam diretamente com a variao do nvel de atividade. Salrios, despesas de

    armazenagem e administrativas e outras despesas indiretas so exemplos de custos

    operacionais. Custos de capital so as despesas que ocorrem apenas uma vez, que no mudam

    com as variaes normais nos nveis de atividades. Exemplos aqui so os investimentos

    privados em frota de caminhes, o custo de construo de armazm e a aquisio de

    equipamentos de movimentao de materiais.

    Se aceito que h conhecimento do efeito dos nveis de atividades logsticas na receita daempresa, um objetivo financeiro vivel para a logstica pode ser estabelecido com o seguinte:

    OBJETIVO FINANCEIRO

    Maximizar ao longo do tempo a relao da receita anual (devido ao nvel de servios

    prestados ao cliente) menos os custos operacionais do sistema logstico sobre o investimento

    anualizado no sistema logstico.

    Se a valorizao do dinheiro no tempo for grande, maximizar o valor presente do fluxo de

    caixa ou maximizar a taxa interna de retorno seria um objetivo mais apropriado a ser

    estabelecido. Maximizar o retorno sobre o investimento cumulativo ao longo do tempo o

    nico objetivo importante para assegurar a sobrevivncia da empresa. (BALLOU, 2001)

    3.4 Logstica Global

    Os negcios hoje so definidos em um ambiente global. Esse ambiente global esta forando as

    empresas, independente de sua localizao ou base de mercado, a considerar o restante do

    mundo em sua analise de estratgia competitiva. As empresas no podem isolar-se ou ignorar

    fatores externos, tais como tendncias econmicas, situaes competitivas ou inovao

    tecnolgica em outros paises, s alguns de seus concorrentes esto competindo ou esto

    localizados naqueles paises. Hoje, no incomum para uma empresa desenvolver um novo

    produto nos Estados Unidos, fabric-lo na sia e vendo-lo na Europa.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    16/57

    At recentemente, muitas empresas focaram sua ateno nas funes de marketing, finanas e

    produo. Essa atitude justificada at certo ponto pelo fato de que, se uma empresa no

    capaz de produzir e vender seus produtos, poucos mais importa. Contudo, essa abordagem

    falha em reconhecer a importncia das atividades que devem ocorrer entre pontos e momentos

    de produo (suprimento) e pontos e momentos de compra de produtos (demanda). Essas so

    as atividades de operaes e logstica. Afetam a eficincia e eficcia tanto de marketing

    quanto de produo. Afetam a natureza e os momentos dos fluxos de caixa de uma empresa e,

    finalmente, afetam a lucratividade da empresa.

    O ambiente global de hoje caracterizado por diferenciais de salrios substanciais,

    mercados estrangeiros em expanso, conexes de informaes de alta velocidade e melhoriano transporte. Conseqentemente, barreiras de eficincia no tempo e no espao entre paises

    esto sendo derrubadas. As funes de operaes e logstica devem necessariamente adotar

    uma dimenso global. Na verdade, a logstica e operaes globais so respostas crescente

    integrao de mercados internacionais ema vez que as empresas tentam permanecer

    competitivas. (DORNIER, 2000).

    4 Logstica de mercadorias e produtos

    4.1 Fluxo de materiais

    O gerenciamento operacional da logstica abrange a movimentao e a armazenagem de

    materiais e produtos acabados. As operaes logsticas tm inicio com a expedio inicial de

    materiais ou componentes por um fornecedor, e terminam quando um produto fabricado ou

    processado entregue a um cliente.

    A partir da compra inicial de materiais ou componentes, o processo logstico agrega valor

    movimentando o estoque quando e onde necessrio. Se tudo ocorre normalmente, os materiais

    ganham valor a cada fase de sua transformao em estoque acabado. Em outras palavras, uma

    pea tem maior valor depois de ser incorporada a uma maquina. Da mesma maneira, a

    maquina tem valor maior depois de ser entregue ao comprador.

    Para dar apoio manufatura, o estoque em processo deve ser movimentado para satisfazer

    montagem final. O custo de cada componente e de sua movimentao torna-se parte do

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    17/57

    processo de agregao de valor. O valor final agregado ocorre apenas com a ultima

    transferncia de propriedade dos produtos aos clientes na data e no local especificados.

    Para as indstrias de grande porte, as operaes logsticas podem consistir de milhares de

    movimentos, que culminam, por fim, na entrega de produtos ao usurio industrial, ao

    varejista, ao atacadista, ao revendedor ou a outro cliente. Para os grandes varejistas, as

    operaes logsticas podem comear com o suprimento de produtos para revenda e podem

    terminar com a entrega ao consumidor ou com a retirada dos produtos pelo prprio. Nos

    hospitais, a logstica tem inicio com o suprimento de materiais e termina com o apoio total na

    cirurgia e na recuperao do paciente. O ponto importante que, qualquer que seja o tamanho

    e o tipo da empresa, a logstica essencial e requer uma ateno continua. Para melhorcompreenso, til dividir as operaes logsticas em trs ares: distribuio fsica, apoio

    manufatura e suprimento. (BOWERSOX, 2001)

    4.1.1 - Relaes de fluxo

    Fluxos diretos e reversos ocorrem entre as estruturas internas da organizao (gerenciadas

    tanto pelo prpria organizao quanto por uma empresa fornecedora de servios logsticos),ou entre a estrutura interna e uma externa por exemplo, um cliente e um fornecedor. Um

    produto da empresa e seu desempenho podem at envolver o fluxo entre duas entidades

    externas, tais como relacionamento entre um atacadista e um varejista. Todos os fluxos de

    informaes relacionados, que dizem respeito criao e gesto de atividades gerais, e

    consideraes logsticas e de operaes devem ser associados a esses fluxos fsicos. Na figura

    3, representamos a conexo entre fluxo diretos e reversos na cadeia logstica. (DORNIER,

    2000)

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    18/57

    Logstica Interna Logstica Externa

    Fluxos diretos

    Interplantas

    Planta / armazm

    Armazm/ armazm

    Com fornecedores (fornecimento demateriais e componentes)

    Com clientes (produtos, peas de

    reposio, materiais promocionais e

    de propaganda)

    Fluxos reversos

    Com fornecedores (embalagem,

    reparo)

    Com fabricantes (eliminao,reciclagem)

    Com clientes (excesso de estoque,

    reparos)

    Figura 3 Diferentes tipos de fluxo

    4.2 Distribuio fsica

    A rea da distribuio fsica trata da movimentao de produtos acabados para entrega aos

    clientes. Na distribuio fsica, o cliente o destino final dos canais de marketing. A

    disponibilidade do produto parte vital do trabalho de marketing de cada participante do

    canal. Mesmo o agente de vendas, que normalmente no possui estoque, depende da

    disponibilidade de estoque para cumprir suas responsabilidades comerciais. A menos que a

    variedade adequada de produtos seja entregue de maneira eficiente quando e onde necessrio,

    grande parte do esforo de marketing, poder ser colocada em risco. pelo processo de

    distribuio fsica que o tempo e o espao do servio ao cliente se tornam parte integrante de

    marketing. Assim, a distribuio fsica vincula um canal de marketing a seus clientes. So

    utilizados vrios sistemas de diferentes de distribuio fsica para dar apoio ampla variedade

    d sistemas de marketing existente em uma nao com altos nveis de atividades comerciais.

    Todos os sistemas de distribuio fsica tm uma caracterstica comum: vinculam fabricantes,

    atacadistas e varejistas em canais de marketing que fornecem a disponibilidade de produtoscomo aspecto integrante de todo processo de marketing.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    19/57

    A distribuio comea na fabrica do fornecedor e termina nas mos do cliente final. Como os

    bens esto em constante movimento nesse interno, devemos identificar em cada estagio como

    eles se movimentam (o modal de transporte) e quem faz a movimentao (o operador de

    transportes). A distribuio fsica representa um custo significativo para a maioria dos

    negcios, empactando diretamente na competitividade, de acordo com sua velocidade,

    confiabilidade e controlabilidade (capacidade de rastreamento e ao), ao entregar bens aos

    consumidores dentro do prazo.

    Todos esto se tornando mais exigentes. Os produtores de bens interme dirios, por exemplo,

    esto cada vez mais pressionados param entregas programadas JIT, o mesmo acontecendo emrelao aos que produzem para o varejo. Ainda que operadores logsticos de transportes

    tenham se adaptado para atender essas necessidades, muitas empresas tm sido vagarosas em

    sua adaptao.

    Mas, qual o melhor modal? Transporte rodovirio, areo, martimo, ferrovirio? Para cada

    rota h uma possibilidade de escolha, que deve ser feita mediante uma analise profunda de

    custos, muito alem de uma simples analise do custo baseada em peso por quilometragem(Kg/Km). Para cada ligao no canal logstico, cada modo apresenta vantagens particulares. A

    analise custo e beneficio pode determinar que para itens de baixo volume e alto custo unitrio

    o transporte areo pode ser, a longo prazo, muito mais econmico do que transporte martimo:

    caso dos computadores.

    Um dos fatores determinantes o custo do frete e do seguro, ligado ao custo de manipulao

    em terminais (aeroportos, portos) e de armazenamento durante o transporte. No terminalvendido FOB destino, transportado por navio, por exemplo, como se o almoxarifado de

    produtos acabados estivesse sendo transportados at o cliente: o custo de manter estoque da

    empresa, e no do cliente. (MARTINS, 2001)

    4.2.1 - Transportes

    Multimodal todo transporte efetuado por mais de um modal (martimo, terrestre ou areo).

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    20/57

    O Modal escolhido deve combinar com os sistemas de movimentao de materiais e de

    armazenagem, alm de ser flexvel. Se a empresa esta preparada para trabalhar com

    contineres enviados a distribuidores e o mercado mudam, exigindo a entrega direta ao

    consumidor de lotes parciais, como proceder?

    No Brasil, mais da metade do transporte de cargas se faz pelas rodovias. O transporte

    rodovirio e o menos produtivo dos modais em termos de carga por hora de operador, e seu

    custo de mo de obra elevado. O total de rodovias e auto estradas no Brasil de

    aproximadamente 1,5 milho de quilmetros, um crescimento de mais de 300% em duas

    dcadas.

    Transportes no Brasil

    Rodovirio

    57,6%

    Ferrovirio

    21,2%

    Hidrovirio

    17,4%

    Dutovirio

    3,5%Areo

    0,3%

    Figura 4 Transportes no Brasil

    Possuir os prprios meios de distribuio exige imobilizao de recursos, grande investimento

    inicial e manuteno constate, o que vem levando as empresas a fazer cada vez mais o uso deterceiros. Quando voc for viajar, observe nas rodovias a quantidade de caminhes com os

    logotipos de operadores especializados. H toda uma industria de operadores altamente

    competitivos que operam desde a entrega de pacotes at a operao dedicada de grandes

    frotas de entregas para clientes particulares. claro que h excees: para uma empresa local

    que recolhe e entrega roupa lavada importantssimo manter o contato com o cliente por meio

    de sua frota e empregados.

    Algumas vezes, alm do custo, outros fatores tem de ser considerados na hora de decidir por

    transporte prprio, como controle, servio ao consumidor e flexibilidade.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    21/57

    O controle muito importante, pois a facilidade de decidir o que fazer com sua prpria frota

    pode ser crucial, principalmente em situaes em que haja inflexibilidade por parte do

    operador ou incapacidade interna de programao adequada.

    O servio ao consumidor pode fazer com que se opte por frota prpria nas situaes em que o

    relacionamento direto com o cliente na entrega imprescindvel ao ramo da empresa e os

    operadores no esto preparados para isto.

    O uso de frota prpria oferece maior flexibilidade por facilitar o uso de vrios mtodos que

    podem ser combinados formando um mix de transporte. Por exemplo, entregas por meios detransportes com peruas ou caminhes, o que no impede que as entregas em altas quantidades

    e volumes e menos variadas possam ser feitas por terceiros.

    A menos que a empresa possua especialistas em transportes, mais aconselhvel usar

    terceiros. Grandes empresas transportadoras podem ter frotas que justifiquem o custo de

    gerentes e de ferramentas especialistas (computao) necessrias para uma operao de

    transportes competitiva. Alem disso, a empresa est preparada para contratar e treinar opessoal necessrio para operar seus veculos. Outro fator importante na hora de decidir sobre

    uma frota prpria o retorno do investimento. Ser que uma empresa deve imobilizar seu

    capital, muitas vezes escasso, na compra de veculos ou de equipamentos de produo? Ser

    que o fluxo de caixa no estaria mais bem empregado no pagamento de servio de terceiros

    dentro do prazo conseguido de faturamento? Depois de analisar todas essas questes, a

    empresa pode, para ajuda-la na deciso final, ver como as empresas lideres (do ramo ou no)

    atuam em relao distribuio (benchmarking). (MARTINS, 2001).

    4.2.2 - TIPOS DE MODAIS

    Ferrovirio

    A ferrovia basicamente um transportador de longo curso e um movimentador lento de

    matria-prima (carvo, madeira e produtos qumicos) e de produtos manufaturados de baixo

    valor (alimentos, papel e produtos de madeira) e prefere mover embarques de carregamento

    completo. Em 1995, a distancia media do transporte foi de 720 milhas tendo, os trens, a

    velocidade media de 22 milhas por hora. A distancia media percorrida pelos trens foi de 64

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    22/57

    milhas por dia em linha de transporte. Esta velocidade relativamente baixa e as pequenas

    distancias percorridas em um dia reflete o fato de que a maior parte do tempo (86%) dos

    carros fretador gasta nas operaes de carregamento e descarregamento, movendo-se de um

    lugar a outro entre os terminais, classificando e montando vages nos trens ou ficando ocioso

    durante um queda sazonal na demanda.

    O servio ferrovirio existe de duas formas legais: transportador comum ou privado. O

    transportador comum vende seus servios de transporte a todos os embarcadores e guiado

    pelas regulamentaes econmicas e de segurana das agencias governamentais apropriadas.

    Em contraste, os transportadores privados so adquiridos pelo embarcador com intento de

    servir apenas ao proprietrio. Por causa do limitado escopo das operaes do transportadorprivado, nenhuma regulamentao econmica necessria. Praticamente, todo movimento

    ferrovirio do tipo comum.

    O servio ferrovirio de linha do transportador comum majoritariamente de carga completa

    (CL-carload), que refere-se a um tamanho de embarque predeterminado, geralmente

    aproximando ou excedendo a capacidade media de um vago ferrovirio para qual uma taxa

    particular aplicada. A taxa por cwt de uma composio mltipla de vages com cargacompleta menor do que a taxa de carga incompleta de cago (LCL less-than-carload), que

    reflete o manuseio reduzido, exigido nos embarques. Quase todos os fretes ferrovirios, hoje

    so de carga completa, um reflexo da tendncia do movimento de volumes. Vages maiores

    esto sendo usados com uma media de capacidade de frete do vago de 83 toneladas, e trens

    de mercadoria nica (chamados de trens unitrios) de 100 ou mais vages por trens esto

    sendo usados com redues de taxa de 25 a 40% sobre carregamentos nicos de carga

    completa.

    As estradas de ferro oferecem uma diversidade de servios especiais ao embarcador, desde a

    movimentao de mercadorias a granel, como caro e gros, at produtos refrigerados e

    automveis novos, que exigem equipamento especial. Outros servios expresso para garantir a

    chegada dentro de um certo numero de horas; privilgios de varias paradas, que permitem

    carregamento parcial e descarregamento entre os pontos de origem e de destino; coleta e

    entrega; e diversificao e redespacho, que permitem circuito de roteirizaro e mudanas no

    destino final de um embarque enquanto em percurso.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    23/57

    Rodovirio

    Em contraste com o servio ferrovirio, o rodovirio um servios de transporte de produtos

    semi-acabados e acabados com uma extenso mdia de frete de 646 milhas para carga

    incompleta de caminho (LTL less-than-truck load) e 274 milhas para carga completa (TL

    truck load). O modal rodovirio movimenta fretes com carregamentos de tamanhos mdios

    menores que o ferrovirio. Mais da metade dos carregamentos por caminhes pesa menos que

    10 ml libras, ou so volumes de cargas incompletas (LTL). As vantagens inerentes no modal

    rodovirio so: seus servios porta a porta de modo que nenhum carregamento ou

    descarregamento exigido entre a origem e o destino, como freqentemente acontece nos

    modais ferrovirio e areo; sua freqncia e disponibilidade de servios e seu velocidade de

    porta a porta e convenincia.

    Os servios rodovirios e ferrovirios apresentam algumas diferenas caractersticas, apesar

    de eles competirem em muitos embarques de produtos. Primeiro, alm de transportadores

    comuns e privados, o servio rodovirio oferece servios de transportadores contratados

    tambm. Os transportadores contratados no so contratados por todos embarcadores, assim

    como fazem os transportadores comuns. Os embarcadores fazem um arranjo contratual paraobter o servio que melhor atenda as suas necessidades particulares sem incorrer em despesas

    e em problemas administrativos associados propriedade privada de uma frota de caminhes.

    Segundo, os caminhes podem ser avaliados como menos capacitados para o manuseio de

    todos os tipos de frete que o ferrovirio, principalmente devido s restituies de segurana

    das auto-estradas que limitam as dimenses e os pesos dos embarques. A maioria dos

    carregamentos deve ser menor que a carreta popular de 40 a 48 ps (com exceo de carretadupla ou tripla) e ter menos que 8 ps de largura e 8 ps de altura para assegurar boas

    condies de transito na estrada. Um equipamento especialmente projetado pode comportar

    carregamentos com dimenses diferentes destas.

    Terceiro, o modal rodovirio oferece uma entrega razoavelmente rpida e confivel para

    embarques OTL. O carreteiro necessita completar apenas uma carreta antes de movimentar a

    carga, enquanto que uma estrada de ferro deve estar preocupada em compor um trem de 50

    vages ou mais. O modal rodovirio ainda tem vantagem no mercado de carregamentos

    pequenos.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    24/57

    Areo

    O transporte areo est sendo utilizado por um numero crescente de embarcadores para o

    servio comum, apesar de as taxas de frete areo excederem as do rodovirio por mais de 2

    vezes e as ferrovirias por mais de 16 vezes. O atrativo do transporte areo sua velocidade

    imbatvel entre origem e destino, especialmente em longas distancias. A extenso media de

    frete de 1.300 milhas. Os jatos comerciais tm velocidades de cruzeiro de 545 a 585 milhas

    por hora, apesar de a velocidade media de aeroporto a aeroporto ser um pouco menos que a

    velocidade de cruzeiro por causa dos tempos de taxiamento e de espera em cada aeroporto e o

    tempo necessrio par decolar e aterrissar. Contudo, essa velocidade no diretamente

    comparvel com a de outros modais porque o tempo de coleta e entrega e do manuseio

    terrestre no esto includos. Todos estes elementos de tempo devem ser combinados para

    representar o tempo de entrega de porta a porta. Devido ao manuseio e movimentao de

    superfcie do frete serem as pores mais lentas do tempo total de entrega de porta a porta, o

    tempo de entrega poder ser to pequeno que uma operao rodoviria e ferroviria bem-

    administrada pode coincidir com a escala area. Isto, certamente, depende dos casos

    particulares.

    A confiabilidade e a disponibilidade do servio areo podem ser classificadas como boas

    condies de operaes normais. A variabilidade do tempo de entrega pequena em termos

    absolutos, mesmo considerando que o servio areo bastante sensvel a quebras mecnicas,

    condies meteorolgicas e congestionamento de trafego. A variabilidade, quando comparada

    com os tempos mdios de entrega, pode posicionar o areo como um dos modais menos

    confiveis.

    A capacidade area tem sido amplamente restringida pelas dimenses fsicas do espao

    destinado s cargas e pela capacidade de decolagem da aeronave. Isto est se tornando menos

    que uma restrio, entretanto, com aeronaves maiores sendo colocadas em servio. Por

    exemplo, aeronaves jumbo , como o Boeing 747 e Lockheend 500 (verso comercial do

    C5A militar), suportam cargas de 125 a 150 toneladas. Espera-se que os custos de toneladas-

    milhas de porta a porta caiam at a metade dos nveis de custos atuais atravs das novas

    tecnologias, de desregulamentaes e de programas de melhoria de produtividade. Isto faria,

    do modal areo, um srio concorrente com as melhores formas de servios de transporte de

    superfcie.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    25/57

    O transporte areo tem uma vantagem distinta em termos de percas e danos. De acordo com

    um estudo clssico de Lewis, Culliton e Steele, o ndice de reclamao de custos sobre a

    receita de frete era cerca de apenas 60% daquelas para o rodovirio e o ferrovirio. Em geral,

    menos embalagens protetoras so exigidas para fretes areos, dado que o manuseio terrestre

    no o oferece uma exposio maior aos danos do que a fase em transito e que os roubos em

    aeroportos no so excessivos.

    O servio de transporte areo existe nas formas comuns, contratadas e privadas. O servio

    areo direto oferecido em sete tipos: (1) transportadores de carga geral de linha, (2)

    transportadores de carga geral (cargo), (3) linhas areas de servios local, (4) transportadoressuplementares, (5) txis areos, (6) linhas areas comutadoras, (7) transportadores

    internacionais. Cerca de uma dzia de linhas areas operam atualmente, nos Estados Unidos,

    sobre as rotas mais viajadas. Essas linhas areas oferecem servios de cargas, alem das suas

    operaes de passageiros regularmente programados. Os transportadores de carga geral so

    transportadores comuns (apenas carga). O servio esta concentrado noite, e a mdia de taxas

    de 30% menos que a dos domsticos de linha principais. As linhas areas de servios locais

    fornecem um servio de conexo com transportadores domsticos de linhas principais paracentros menos povoados. Eles oferecem servios de cargas e passageiros. Os transportadores

    suplementares (fretados) operam como as escalas de linha principais, exceto que eles no tem

    programao regular. As linhas areas comutadoras so como as transportadores de servios

    locais que preenchemrotas abandonadas pelos transportadores das linhas principais desde a

    desregulamentao. Geralmente, as pequenas, aeronaves so mais utilizadas que as dos

    transportadores de linha principais. Os txis areos so pequenas aeronaves, isto

    helicpteros e pequenas aeronaves de asa fixas, oferecendo um trafego secundrio parapassageiros e cargas entre areas do centro da cidade e aeroportos. Eles tm freqentemente

    apenas servios no-regulares. Os carregadores internacionais transportam frete e passageiros

    para alem de suas regies domesticas.

    Aquavirio

    O servio de transporte fluvial limitado em escopo por varias razes. O servio fluvial

    domestica esta confinado aos sistemas de vias aquticas internas, que exige que os

    embarcadores estejam localizados nas vias aquticas ou que usem outro modal de transporte

    em combinao com o fluvial. Na media, ele mais vagaroso que o ferrovirio. A velocidade

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    26/57

    media no sistema fluvial do Mississipi (Estados Unidos) entre 5 e 9 milhas por hora,

    dependendo da direo. A distancia media de uma linha de transporte 500 milhas nos

    Grandes Lagos e 1.775 milhas na costa litornea. A disponibilidade e a confiabilidade dos

    servios fluviais so fortemente influenciadas pelo clima. A movimentao nas vias aquticas

    na parte norte dos Estados Unidos durante o inverno impossvel, e o servio interrompido

    p inundaes e secas.

    H uma capacidade disponvel enorme em transportadores fluviais, com barcaas de reboques

    de 40 mil toneladas, e h barcos com dimenses padronizadas de 26 por 175 ps e 35 por 195

    ps. A capacidade e o manuseio esto aumentando ao mesmo tempo que as barcaas

    transportadoras esto sendo desenvolvidas, e melhoramentos como satlites de navegaocom radar, batimetros aperfeioados e piloto automtica significam um servios continuo.

    O Transporte aquavirio fornecido em todas as formas legais, e a maiores das mercadorias

    embarcadas por este meio so desregulamentadas. Alem do carregamento privado

    desregulamentado, as cargas liquidas a granel movimentadas em navios-tanque e mercadorias

    a granel, como carvo, areia e gros, que somam mais de 80% do total anual de toneladas-

    milhas por gua, tambm so isentas de regulamentao. Fora o manuseio de mercadorias agranel, os transportadores fluviais, especialmente aqueles em servios estrangeiros,

    movimentam algumas mercadorias de maior valor. Este frete movimenta-se em contineres

    em embarcaes conteinerizadas para diminuir o tempo de manuseio, e efetivar a

    transferncia intermodal e reduzir perdas e danos.

    Os custos de perdas e danos resultantes do transporte por gua so considerados baixos em

    relao aos outros modais porque dano em produtos a granel de baixo valor no preocupamuito e as perdas devido a demoras no so srias (geralmente os compradores mantm

    estoques grandes). Reclamaes envolvendo o transporte de mercadorias de alto valor, como

    no servio de transporte martimo, so maiores (aproximadamente 4% das rendas de

    embarcaes de transportes martimos). Embalagem adicional necessria para a proteo

    das mercadorias, principalmente contra o manuseio rude durante as operaes de

    carregamento e descarregamento.

    Dutovirio

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    27/57

    At agora, o transporte por dutovia oferece uma faixa muito limitada de servios e

    capacidades. Os produtos economicamente mais viveis para serem movimentados por

    dutovia so o petrleo cru e os produtos de petrleo refinado. Entretanto, h algumas

    experincia com movimentao de produtos slidos mergulhados em um liquido, chamado de

    pasta fluida, ou contendo os produtos slidos em cilindros que, por sua vez, movem-se em

    um liquido. Se essas inovaes provarem ser econmicas, os servios de dutovia podero

    expandir-se grandemente.

    A movimentao do produto por meio de dutovia muito vagarosa, cerca de apenas 3 a 4

    milhas por hora.Essa lentido abrandada pelo fato de que os produtos movem-se 24 horas

    por dia e 7 dias por semanas. Isso torna a velocidade efetiva muito maior quando comparadaaos outros modais. A capacidade dutovia alta, considerando que o fluxo de 3-mph em um

    duto de 12 polegadas de dimetro pode movimentar 98 mil gales por hora.

    Com relao ao tempo em transito, os servios de dutovia mais confivel de todos os

    modais, porque ha poucas interrupes para causar a variabilidade no tempo em transito. O

    clima no um fator significativo, e o equipamento de bombeamento altamente confivel.

    Tambm, a disponibilidade da capacidade da dutovia limitada apenas pelo uso que outrosembarcadores podero estar fazendo das instalaes no momento em que a capacidade

    desejada.

    As perdas e os danos de produtos so pequenos porque (1) lquidos e gases no esto sujeitos

    ao dano no mesmo grau que os produtos manufaturados, e (2) o numero de perigos que

    podem recair sobre uma operao de dutovia limitado. H responsabilidade por tais perdas e

    danos, quando ocorrem, porque as dutovias tm situao de transportadores comuns, apesarde muitos serem transportadores privados em sua forma.

    Para resumir a qualidade dos servios oferecidos pelo setor de transportes, a figura 5 mostra

    uma classificao de vrios modais usando os quadros custos e conjunto das caractersticas de

    desempenho publicadas no desta seo. Deve-se ressaltar que, sob circunstncia especificas

    de tipo de produto, distancia de embarque, gesto do carregamento, relacionamento entre

    usuario-transportador e condies climticas, essas classificao poder mudar e o servio de

    um modal em particular poder no estar disponvel.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    28/57

    CARACTERSTICAS DE DESEMPENHO

    Variabilidade de tempo de entregaModal de

    Transporte

    Custo

    1 = maior

    Tempo

    mdio de

    entrega1 = mais

    rpido

    Absoluto

    1 = menor

    Porcentagem

    1 = menor

    Perdas e

    danos

    1 = menor

    Ferrovirio 3 3 4 3 5Rodovirio 2 2 3 2 4Aquavirio 5 5 5 4 2Dutovirio 4 4 2 1 1Aerovirio 1 1 1 5 3

    Figura 5 Classificao Relativa de modais

    4.3 - Apoio manufatura

    A rea de apoio manufatura concentra-se no gerenciamento de estoque em processo

    medida que este flui entre as fases de fabricao. A principal responsabilidade logstica na

    manufatura participar da formulao de uma programao mestra de produo e

    providenciar a disponibilidade em tempo hbil de materiais, componentes e estoque em

    processo. Portanto, a preocupao maior do apoio manufatura no esta em como a produo

    ocorre, mas em o que fabricado e quando e onde os produtos so fabricados. O apoio

    manufatura tem diferena significativa em relao distribuio fsica. A distribuio fsica

    tente satisfazer os desejos dos clientes e, portanto, deve conciliares incertezas originadas do

    consumidor e incertezas da demanda industrial. O apoio manufatura abrange as

    necessidades de movimentao que esto sob o controle da empresa fabricante. As incertas

    contornadas pela distribuio fsica, decorrentes da natureza aleatria dos pedidos de clientes

    e pela demanda industrial irregular, no esto presentes na maioria das operaes de

    produo. Do ponto de vista do planejamento geral, a separao do apoio manufatura das

    Classificao relativa de modais de transporte por custo e caractersticas de desempenho deoperaes

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    29/57

    atividades de sada (distribuio fsica) e de entrada (suprimento) proporciona oportunidades

    de especializao e de aperfeioamento de eficincia. (BOWERSOX, 2001)

    O ciclo de atividades do apoio manufatura consiste na logstica de produo. Esta pode ser

    considerada como localizada entre a distribuio fsica e as operaes de suprimentos das

    empresas. O apoio logstico produo tem como principal objetivo estabelecer e manter um

    fluxo econmico e ordenado de materiais e estoque em processo para cumprir as

    programaes de produo. A especializao na distribuio fsica e no suprimento pode criar

    uma rea cinzenta com relao responsabilidade pelo posicionamento e pela coordenao do

    estoque dentro das empresas industriais. A movimentao e armazenagem de produtos,

    materiais, e componentes e peas semi-Acabadas entre instalaes da empresa representam aresponsabilidade operacional da logstica de apoio produo. Uma atividade semelhante

    ocorre em empresas varejistas e atacadistas, que devem selecionar o sortimento de estoque a

    ser movido par ao nvel seguinte na cadeia de agregao de valor. Visto que a logstica de

    produo engloba operaes de apoio interno mais complexas, ela tratada aqui com mais

    ateno.

    A segregao do apoio manufatura como uma rea operacional distinta um conceitorelativamente novo no gerenciamento logstico. A justificativa para tratar os ciclos de

    atividades no sentido de darem apoio produo est relacionada com as restries e as

    necessidades operacionais particulares das estratgias de produo modernas. Para

    proporcionar mxima flexibilidade, esto sendo reavaliados paradigmas tradicionais relativos

    economia de escala para conciliares produes mais curtas e rpidas ajustes de maquinas.

    necessrio um apoio logstico preciso para aperfeioar essas estratgias. importante

    enfatizar mais uma vez que a misso de apoio logstico produo facilitar o que, o ondee o quando da produo, e no o como. A meta dar apoio a todas as necessidades da

    produo da maneira mais eficiente.

    O apoio manufatura bem diferente quando comparado coma distribuio fsica ou com o

    suprimento. A logstica de apoio produo normalmente limita-se exclusivamente

    empresa, ao passo que as outras duas reas de atividade lidam com incerteza comportamental

    de clientes e de fornecedores externos. Mesmos em situaes em que so efetuados contratos

    de fabricao com terceiros para aumentar a capacidade interna, o controle maior do que nas

    outras duas reas operacionais. Essa maior necessidade de controle mais importante

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    30/57

    justificativa para que o apoio manufatura seja tratado separadamente como uma rea

    operacional da logstica.

    Dentro de uma tpica organizao de manufatura, a atividade de suprimentos procura

    materiais e componentes prontos externamente, quando e onde necessrio. Uma vez iniciada a

    operao de produo, todas as necessidades subseqentes de movimentao entre fabricas de

    produtos ou de produtos semi-acabados so includas na atividade de apoio manufatura. As

    operaes logsticas restringem-se movimentao de um ponto para outro de uma empresa e

    a qualquer armazenagem intermediaria necessria. Concluda a produo, o estoque de

    produtos acabados destinado diretamente aos clientes ou a depsitos de distribuio para

    entrega subseqente a cliente. No mo0mento dessa movimentao, tem inicio as operaes dedistribuio fsica.

    Quando a empresa possui vrias fabricas, caca uma especializada em atividades especificas, o

    sistema de apoio produo pode exigir uma ampla rede de ciclos de atividades. Visto que as

    fabricas especializadas executam estgios prprios de produo antes da montagem final, so

    normalmente necessrios inmeros manuseios e transferncia para concluir o processo de

    fabricao. funo da logstica de manufatura facilitar esse processo. Em certas situaes, acomplexidade do apoio produo pode exceder a complexidade da distribuio fsica ou do

    suprimento.

    Operaes de apoio manufatura, ao contrario das operaes de distribuio fsica ou de

    suprimento, tem seu movimento limitado ao controle de gerenciamento interno da empresa.

    Portanto, na conduo da logstica de apoio produo, pode ser controlada a varincia

    decorrente de entrada aleatria de pedidos e de desempenho irregular de fornecedores,permitindo, assim, operaes mais continuas e sincronizadas, o que resulta em estoque de

    segurana menor.

    4.4 - Suprimentos

    O suprimento abrange a compra e a organizao da movimentao de entrada de materiais, de

    peas e de produtos acabados dos fornecedores, para as fabricas ou montadoras, depsitos ou

    lojas de varejo. Dependendo da situao, o processo de suprimento comumente identificado

    por nomes diferentes. Embora existam realmente diferenas com relao a situaes de

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    31/57

    suprimento, o termo suprimento utilizado aqui para incluir todos os tipos de compras. O

    termo materiais empregado para identificar o estoque que est sendo movimentado para

    dentro da empresa, independentemente de seu estagio com relao revenda. O termo

    produto usado para identificar o estoque disponvel para compra por parte do consumidor.

    Em outras palavras, os materiais esto vinculados ao processo de agregao de valor por meio

    da produo, ao passo que os produtos esto prontos para consumo. A distino fundamental

    que os produtos resultam do valor agregado ao material durante a produo, a separao ou

    a montagem.

    O suprimento engloba a disponibilidade de sortimento desejado de materiais onde e quando

    necessrios. Da mesma forma que a distribuio fsica trata da sada de produtos, osuprimento engloba as operaes de entrada tanto no recebimento de materiais, quanto nas

    operaes de separao ou montagem. Na maioria das atividades do segmento de produtos de

    consumo, como, por exemplo, a produo de gneros alimentcios, as entregas para cadeias de

    varejo obedecem ao mesmo processo das operaes de suprimento de um varejista. Embora as

    necessidades de transporte possam ser semelhantes ou mesmo idnticas, o nvel de controle

    gerencial e o risco relacionado falha de desempenho variam substancialmente entre

    distribuio fsica e suprimento.

    Nas empresas comuns, as trs reas da logstica se sobrepem. A considerao de cada rea

    em separado, como parte integrante do processo de agregao de valor, cria a oportunidade de

    identificao dos atributos especficos de cada uma, fato que, por conseguinte, facilita o

    processo logstico como um todo. O ponto central do processo logstico integrado a

    coordenao geral da movimentao de estoque de valor agregado. A combinao das trs

    reas propcia o gerenciamento integrado da movimentao de materiais, de componentessemi-acabados e de produtos entre instalaes, a partir de fonte de suprimentos, para

    atendimento final aos clientes da empresa. Nesse sentido, a logstica abrange o gerenciamento

    estratgico de toda a movimentao e toda a armazenagem. (BOWERSOX, 2001)

    O modelo clssico de relacionamento entre comprador e fornecedor baseava-se em julgar

    preo, prazo e qualidade na hora de fazer uma licitao de compra e no recebimento do

    material encomendado, com uma inspeo qualitativa e quantitativa. Depois ele processava o

    pagamento e conservava um ficha de referencia do fornecedor, para eventuais compras

    futuras.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    32/57

    Dentro do conceito de supply chain isso esta completamente superado. O importante

    estabelecer um relacionamento permanente entre cliente e fornecedor, envolvendo no a

    penas compras eventuais ou programadas, mas o prprio desenvolvimento de produtos. De

    fato, um dos princpios da engenharia simultnea a reduo do tempo e do custo do

    desenvolvimento de um produto pelo envolvimento do fornecedor desde as primeiras fases de

    planejamento conceitual ate a produo, quer por meio de seu envolvimento em equipes de

    trabalho no cliente, quer pela delegao do desenvolvimento total em sua casa, obedecendo s

    especificaes desenvolvidas conjuntamente.

    A Kolynos, por exemplo, utilizou-se de duas lojas do supermercado Cndia para aplicar umatcnica do ECR (Efficient Consumer Response) chamada gerenciamento de categorias

    colocar o produto certo no lugar certo, baseando-se em informaes fornecidas pelas caixas

    registradoras e pesquisas com consumidores. A Kolynos pode descobrir que se separasse as

    escovas de dente infantis das de adultos e mudasse a disposio dos produtos de higiene

    bucal, esses produtos poderiam ter suas vendas aumentadas em 12%. O Cndia tambm

    recebeu varias informaes importantes. Uma delas era que os consumidores tambm queriam

    poder comprar no supermercado artigos para dentaduras, s encontrados em farmcias.Assim, o Cndia comeou o desenvolvimento de novos fornecedores para esta nova seo de

    suas lojas. (MARTINS, 2001)

    Em pases como Japo existem verdadeiras redes de clientes/fornecedores, com exclusividade

    ou no, que se iniciam em escala industrial convencional e se estendem at o nvel de

    empresas domiciliares.

    Um gerenciamento excelente da cadeia logstica requer um reconhecimento mais inteligente

    do fornecedor, como fazem os produtores progressistas que encaram os custos dos

    fornecedores como seus prprios custos. Para eles, forar o fornecedor a dar 90 dias de prezo

    quando 30 dias seriam suficientes, faz com que o custo deste inventario encontre uma maneira

    de se inserir no preo que eles iro pagar, pois ira afetar a estrutura de custos do fornecedor.

    Enquanto os produtores puderem colocar pedidos de vulto nos fornecedores, eles devero ter

    em mente que os parceiros devero compartilhar o objetivo de reduzir custos por meio de toda

    a cadeia logstica, para que eles mesmos possam reduzir o preo ao consumidor final ou

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    33/57

    aumentar suas margens. A extenso lgica dessa idia fazer acordos para compartilhar

    ganhos recompensando cada um que contribui para o aumento da rentabilidade.

    O administrador pode pensar no abastecimento de sua como a origem de seus problemas ou

    soluo deles. Seu correto dimensionamento e operao podem prevenir ou alavancar custos e

    demoras desnecessrios nos estgios seguintes da cadeia logstica. O abastecimento

    compreende a interao de vrios setores da empresa. A figura 6 mostra alguns deles.

    Entretanto, as reas tm muito mais interaes, tanto dentro como fora da empresa.

    Figura 6 Abastecimento (Interao entre Setores)

    A rea de suprimentos, por exemplo, alem de se encarregar da funo compras, tambm

    escolhe o negocia com a cadeia de fornecedores. S isso j envolve a seleo previa do

    fornecedor, estabelecimento de parceria, sistema de comunicao, programao de entregas,

    meios de transporte e programao da descarga e armazenagem.

    O sistema de abastecimento de cada empresa funo do sistema de produo empregado por

    ela. Esse sistema aumenta de complexidade n\medida que aumenta o numero de

    intermedirios e mais crticos se tornam os mecanismos de programao e controle das

    entregas, j que estoques funcionam como amortecedores e erros, mas custam caro para a

    empresa.

    MARKETING(define as necessidades

    do mercado)

    PCP(planeja a produo at onvel mais baixo de

    composio do produto, pormeio do MRP)

    SUPRIMENTOS(compra dos materiais necessrios para a

    produo)

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    34/57

    A empresa tradicional funciona com o sistema a em sua totalidade. As demais usam

    combinaes dos mesmos, em funo da importncia de cada produto ou componente,

    fabricado ou adquirido. A adoo de qualquer sistema b ou c puro deve ser cuidadosamente

    avaliada, pois pode levar a custos excessivos, visto que a inexistncia de estoques seria

    compensada pelo alto custo de programao e controle.

    Aos sistemas que prescindem de estoques iniciais, em parte ou no todo, d-se o nome de just-

    in-time: os componentes comprados so levados diretamente s linhas de produo ou tem, no

    mximo, uma espera no recebimento antes de sua utilizao, normalmente no mesmo dia da

    entrega. Nesse processo, h cinco pontos extremamente importantes que precisam ser

    destacados:

    a qualificao previa do fornecedor, sua certificao pela engenharia da fabrica, oestabelecimento do sistema de comunicaes interparceiros, preferivelmente por meio

    de recursos eletrnicos, como o EDI;

    o meio de transporte usado para as entregas tem grande importncia no processo, j

    que envolve a rapidez e a confiabilidade da entrega, bem como o custo de frete.

    muito comum, atualmente, a utilizao do chamado milk run, um acordo entre o

    fornecedor, o produtor e o operador logstico encarregado das entregas do produto

    final do produtor, para que esse operador aproveite a volta em vazio da entrega pararecolher os insumos na fabrica ou deposito do fornecedor. As vantagens do sistema

    so que o faturamento pode ser negociado FOB (free on board) com o fornecedor, o

    custo do frete cai;

    quando componentes so adquiridos mediante contrato JIT, cliente e fornecedor

    devem negociar o custo da embalagem de transporte. Como ela tambm usada na

    movimentao interna na fabrica do cliente, seu custo pode ser compartilhado entre os

    dois;

    Sistemas de Abastecimento e Intermedirios

    Fornecedor Estoque inicial Produo Estoque final Clientes

    Fornecedor Produo Estoque final ClientesFornecedor Produo Clientes

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    35/57

    as entregas nos grandes centros urbanos esto cada vez mais limitadas pelo transito

    congestionado e pela falta de espao para estacionamento dos veculos juntos s

    fabricas. Isso leva necessidade de estabelecer horrios de entrada de mercadorias,

    confirmao eletrnica de recebimento e prazo Maximo de descarga;

    deve-se analisar cuidadosamente quais componentes comprados sero objetos de JIT e

    quais tero tratamento convencional, ou seja, sero controlados por meio de estoque

    mnimo ou outros mtodos de reposio estudados no PCP. Essa uma analise

    puramente econmica, em que so criticas as avaliaes do custo de JIT e de

    armazenagem, bem como as taxas de juros de mercado e a disponibilidade de rea do

    fornecedor e do cliente.

    Quando o abastecimento apresenta caractersticas especiais, como nas redes comerciais, deve

    ser feita uma analise mais exaustiva, pois ai entram fatores especficos, como o uso ou no de

    depsitos intermedirios, prprios ou de terceiros, para diferentes tipos de produtos. No caso

    de lojas de departamento, produtos com pequeno volume e alto preo, como relgios de luxo,

    podem ter um roteiro.

    Mas um relgio de luxo tem estoques de nvel bastante baixo. J um produto como papelhiginico, de baixo custo, mas de altssimo volume, normalmente ter sua entrega negociado

    de forma a ser feita diretamente na loja, com elevado numero de entregas, pois o espao

    ocupado muito grande.

    O modelo de otimizao de abastecimento, representado na figura 7, mais bem

    compreendido como interao de tecnologia, estratgia e informtica.

    Tecnologia Estratgia

    Operaootimizada

    Informtica

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    36/57

    Figura 7 - Fatores Envolvidos na Operao de Abastecimento

    O recebimento de uma empresa mais bem compreendido com uma combinao de cinco

    elementos principais: espao fsico, recursos de informtica, equipamento de carga e

    descarga, pessoas e procedimentos normalizados.

    O correto dimensionamento do espao fsico envolve espao para fila de veculos, plataformas

    compensadoras de altura, espao para separao e conferencia, acesso livre para o estoque

    inicial e para a fabrica (entregas JIT).

    A disponibilidade de recursos de informtica pede, por exemplo, terminal EDI e de leitura

    tica de cdigo de barras, programas de comunicao com fornecedores e planejamento e

    controle de pa produo (PCP).

    Para a carga e descarga podem ser usados equipamentos apropriados, como paletes,

    empilhadeiras e esteiras de distribuio.

    Pessoal qualificado imprescindvel; no se aceitam mais elementos que s exeram uma

    funo, e sim colaboradores polivalentes, com nvel de instruo adequado e treinado. O

    homem que confere uma carga deve estar habilitado a inserir dados no sistema, determinar o

    destino da carga recebida e, em muitos casos, transporta-la para o local destinado.

    Na normalizao de procedimentos d-se nfase ao que deve ser feito em caso de exceo,

    principalmente dispondo at que ponto o colaborador tem autonomia de deciso.

    Nas empresas modernas, em que o conceito de supply chain est consolidado, no se espera

    que haja uma inspeo de qualidade no recebimento, j que os contratos de suprimento

    prevem uma qualidade assegurada. de bom alvitre, porem, lembrar que pode haver

    problemas ocasionais de erros de entrega, tanto qualitativos como quantitativos, sendo

    prudente reservar, no recebimento, uma rea para materiais aguardando deciso, a qual devera

    ser a menor possvel e encarada como de curta permanncia.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    37/57

    A estocagem inicial deve se limitar aos itens que a analise econmica previa determinar, e os

    tipos de instalaes variam de acordo com o tipo e escala da empresa. A forma mais comum

    de armazenagem por meio de estruturas porta-paletes, simples ou de dupla profundidade,

    convenientemente dispostas de forma a facilitar o acesso de equipamentos de elevao e

    transportes, a proteo do produto contra contaminantes internos ou externos, a fcil

    localizao na hora da armazenagem e da coleta, segurana conta incndios e iluminao

    conveniente.

    As empresas de maior porte usam geralmente armazns automatizados. Neles, o material

    entrante identificado pelo cdigo de barras. Depois, o material vai, por maio de esteiras e

    elevadores automticos, para o local de estocagem designado pelo computador quedeterminam quais as reas disponveis onde a entrada e posterior retirada so fceis. Os

    materiais so colocados nas estruturas porta-paletes e dali retirados sem a participao

    humana.

    essencial para o administrador de bens patrimoniais lembrar a importncia de ponderar

    alguns fatores que intervem na escolha de um esquema operacional de recebimento e

    armazenagem. O primeiro deles so os equipamentos dedicados, isto , de uso especifico paraum produto ou linha de produtos. Eles s devem ser considerados quando o volume e

    permanncia do produto permitem o retorno do que foi investido dentro dos paramentos da

    empresa; por exemplo, acima de ata interna de retorno. Na maioria das empresas prefervel

    optar por equipamentos que absorvam grandes variaes de produtos.

    O segundo so as economias resultantes de despesas com manuteno, prmios de seguro,

    reduo de pessoal e danificao de materiais. Essas economias podem, a longo prazo,justificar a adoo de armazns automatizados.

    O projeto de layout dos almoxarifados deve ser considerado to ou mais importante que o

    projeto da prpria fabrica. H uma regra, no escrita, que mostra ser mais rpido o avano

    tecnolgico dos processos produtivos do que o da tecnologia de armazenagem. Isso leva

    diminuio ou permanncia dos espaos ocupados pela fabrica mesmo com aumentos de

    volume de produo, o que normalmente no ocorre com a armazenagem.(MARTINS, 2001)

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    38/57

    4.5 - Fluxo de informaes

    Os fluxos de informaes identificam locais especficos dentro de um sistema logstico em

    que preciso atender a algum tipo de necessidade. As informaes abrangem as trs reas

    operacionais. O principal objetivo na especificao de necessidades planejar e executar a

    operaes logsticas integradas. Em cada rea da logstica, existem necessidades diferentes d

    movimentao segundo o porte dos pedidos, a disponibilidade de estoque e urgncia de

    atendimento. O objetivo de compartilhamento de informao resolver essas diferenas.

    Como ser notado a seguir, importante enfatizar que as necessidades de informaesseguem caminhos paralelos ao trabalho real executado na distribuio fsica, no apoio

    produo e no suprimento. Embora essas reas executem o trabalho real da logstica, a

    informao facilita a coordenao do planejamento e controle das operaes de rotina. Sem

    informao precisa, o esforo despendido pelo sistema logstico pode ser em vo.

    O fluxo fsico de informaes est tornando-se uma ferramenta de gesto logstica cada vez

    mais importante. A complexidade bvia dos sistemas de gesto de fluxo atuais coloca pesadasdemandas por sistemas de informao. Materiais, produtos semi-acabados, produtos acabados

    ou peas de reposio, todos carregam um custo financeiro e de estocagem, mas As geraes

    sucessivas de equipamentos de processamento de dados trouxeram consigo vastas melhorias

    na velocidade e capacidade de processamento a custos decrescentes. Alem disso, sendo

    essencialmente um recurso deflacionrio, a informao esta substituindo o material fsico, que

    se tornou um recurso inflacionrio. A tendncia na gesto da logstica e operaes por muitos

    anos tem sido investir em processamento de dados, sistemas de informao e recursos detelecomunicao, a fim de melhor gerenciar os fluxos fsicos.

    Alem disso, os clientes esperam que os fornecedores sejam capazes de fornecer informaes

    logsticas atualizadas, tais como situaes de produtos e de pedidos. Dois fatores crticos no

    aumento da satisfao do cliente so informaes a respeito da distribuio fsica ou

    operaes de suprimento e a habilidade para transmitir essas informaes. Por ltimo, a

    terceirizao de algumas funes tornou necessrio seguir mais de perto as operaes dessas

    organizaes externas. Conseqentemente, especialistas de logsticas encontram-se cada vez

    mais liberados da gesto diria de operaes fsicas e livres para gastar mais tempo

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    39/57

    desenvolvendo e explorando sistemas de informao que lhes permitem monitorar melhor as

    operaes e adaptar o sistema logstico de modo que responda em tempo real a objetivos

    estratgicos e restries operacionais.

    O sistema de informaes logsticas (logistcs information system LIS), conseqentemente

    tornou-se um fator critico de sucesso na estratgia logstica. O LIS engloba a monitorao de

    fluxo ao longo de toda a cadeia de atividade logsticas.

    Desempenha as seguintes funes:

    Captura de dados bsicos.

    Transfere dados para centros de tratamento e processamento.

    Armazena os dados bsicos conforme seja necessrio.

    Processa os dados em informaes teis.

    Armazena as informaes conforme seja necessrio.

    Transfere as informaes aos usurios.

    As informaes capturadas pelo LIS satisfazem aos objetivos de monitorao logstica e

    podem ser usadas para:

    Prever, antecipar e planejar.

    Garantir que as operaes podem ser rastreadas no tempo e que produtos podem ser

    localizados.

    Controlar e relatar as operaes completadas.

    Apesar de a monitorao desses sistemas ter sido tradicionalmente responsabilidade da

    logstica, com a ajuda de novas tecnologias de informao agora possvel reposicionar ou

    at mesmo reformular essas funcionalidades para uma viso de logstica global.

    O sistema de informaes logsticas e telecomunicaes (logistics information and

    telecommunication systems LITS) a pea central do sistema de informaes logsticas

    para operaes globais. As telecomunicaes desempenham uma pea decisiva na

    disseminao das informaes logsticas ao longo de mltiplos locais geogrficos (em paises

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    40/57

    diferentes), diferentes funes (marketing, vendas, produo etc.) e diversos setores (pedidos,

    transferncias de informaes logsticas entre fornecedores, fabricantes, distribuidores e

    provedores de servios logsticos).

    As principais questes envolvidas na definio de um LIS so as Seguintes:

    Contribuir para a reduo de custos na gesto do ciclo de fluxos de materiais. O LITS

    cuida de todos os passos de processamento necessrio para um eficiente fluxo de

    produtos dentro das restries de nvel de servio e custos (formulrios de preparao

    de pedidos, papis de entrega, notas de entrega, recibos de entregas etc.).

    Otimizar os recursos fsicos alocados em toda a cadeia de suprimentos. Dessa forma,

    O LITS forma o banco de dados necessrio e implementa as ferramentas de suporte

    deciso para gerenciar recursos e usa-los com a mxima eficincia.

    Acompanhar o desempenho operacional. O LITS fornece informaes de retorno teis

    para o controle de desempenho logstico e tambm para indicadores logsticos.

    Fornecer ferramentas de tomada de deciso para a gerncia.

    No nvel de gesto das operaes e logstica globais, o LITS deve ter mais caractersticas que

    um sistema de informaes tradicional. Caractersticas que permitem os seguintes pontos

    devem ser includas:

    Gesto de interfaces entre diferentes funes na forma de bancos de dados unificados

    ou transferncia de informaes interfuncionais.

    Transferncia de informaes entre diferentes elos da cadeia logstica (fabricantes,

    distribuidores, clientes, provedores de servios logsticos e transportadores).

    Compatibilidade entre LITS, Freqentemente desenvolvidos na escala de uma

    subsidiaria nacional, e que agora deve ser integrado entre diferentes paises (por

    exemplo, praticas de contabilidade).

    Em resumo, o LITS surge como um fator critico para eficincia interna da organizao de

    operaes e logstica e para os servios totais por esta fornecidos.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    41/57

    5 - Cases

    5.1 - Otimizao do Supply Chain da Bunge - Div. Santista Alimentos

    A Bunge Alimentos composta pela fuso de duas grandes empresas, a Ceval e a Santista. A

    diviso Santista produz produtos de consumo como margarinas, maioneses, misturas para

    bolo, gelatinas e massas alimentcias. Produz tambm derivados de trigo como farinhas,

    farelos, pr-misturas para panificao, entre outros.

    Em 2001, consumiu-se cerca de 1 milho e 400 mil toneladas de trigo no Brasil. 48% destetotal se destinou panificao artesanal (padarias); 20% fabricao de farinha domstica;

    15% fabricao de pastas; fabricao de biscoitos e 3% fabricao de pes industriais e

    outros.

    A Modelagem e Simulao do Supply Chain tornou-se

    fundamental para o sucesso de toda empresa de porte

    A logstica do negcio trigo envolve muitas aleatoriedades e interdependncias que tm

    grande impacto nos resultados da diviso. Por isso, decidiu-se elaborar um projeto desimulao para otimizar o supply chain desta importante atividade.

    Escopo e Objetivos do Projeto

    Foi feito um projeto "footprint", no qual se

    desejava analisar a rede dos sites, suas

    capacidades atuais de recepo, moagem,

    ensacamento, expedio e armazenagem de grose produtos acabados face demanda das

    diferentes categorias de farinhas e s alternativas

    de suprimento de trigo, com vista maximizao

    da utilizao/rentabilidade dos ativos e

    otimizao dos custos posto cliente.

    Figura 8 - Baricentros

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    42/57

    O escopo do projeto foi definido de forma a se englobar 9 moinhos localizados em diversas

    localidades do Brasil. As demandas por farinha foram consideradas em macro regies de

    consumo. Foi considerado tambm o suprimento de trigo, levando em considerao a origem

    dos abastecimentos. Por fim, foram consideradas variveis como custos do trigo, custos de

    produo, custos de frete e gerao de co-produtos. Um dos objetivos do projeto era analisar

    cenrios diferenciados, considerando as seguintes alternativas: sites focados na produo para

    somente um canal (consumo, indstria, panificao); sites diversificados, produzindo para

    todos os canais e sites com produo mista, especializada ou diversificada dependendo do

    site.

    Sistemtica

    Envolvendo pessoas de diversas reas, o projeto contemplou a simulao com dados de

    entrada provenientes de tabelas compostas por diversos parmetros, como tipo de farinha,

    moinho produtor, ms de produo, mescla e extrao conjunta. Outros dados importantes que

    so parmetros do modelo so os custos postos por moinho, custos de produo, custos de

    frete para transferncias e distribuio, demandas, preos de venda, extrao e capacidade de

    moagem de cada moinho, capacidade de ensacamento, preo de venda do farelo, entre outros.

    Utilizando esses dados de entrada, o modelo simula o funcionamento do supply chain e efetua

    diversos clculos, como nvel de produo, custos de postos moinhos, custos de produo,

    capacidade, custos logsticos, receita, margem e nveis de atendimento. Com base nos dados

    da simulao e nos clculos efetuados, o modelo calcula o valor de indicadores importantes da

    operao da cadeia de suprimentos: margem bruta total da cadeia, porcentagens de utilizao

    dos equipamentos de ensacamento e da capacidade total de moagem, atendimento da demandae custo da tonelada de farinha.

    Otimizao de uma cadeia logstica de grande porte: 10

    moinhos, 250 mil pontos de venda, movimentao de mais de 5

    milhes de toneladas/ano e faturamento anual de R$ 1,3 bilhes

    Os valores das variveis calculadas e dos indicadores ficam dispostos na tela e evoluem

    conforme a simulao executada, permitindo que o usurio do modelo acompanhe a

    evoluo dos mesmos.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    43/57

    Figura 9 Interface via Excel

    Foi elaborado um manual para a utilizao do modelo, permitindo que os resultados do

    projeto sejam visualizados e utilizados em todos os nveis da empresa, habilitando-a a

    continuar gerando cenrios para simular situaes reais futuras.

    Resultados e ganhos

    Com todo o supply chain das farinhas em seus micro computadores, a Diviso Santista da

    Bunge Alimentos pode fazer diversas anlises para melhorar as operaes de logstica

    deixando o "achismo" e a intuio de lado, com a possibilidade de se testar diversos modos de

    operao sem nenhum investimento adicional. Desta maneira refez-se toda a distribuio dos

    mix de produtos nos moinhos em conjunto com a originao do trigo, buscando-se sempre a

    maior margem operacional. Determinou-se tambm a melhor composio dos fretes de

    distribuio e as reas de abrangncia das fbricas e dos centros de distribuio, alm de se

    tomar decises a respeito da abertura e do fechamento de sites com elevado grau de

    segurana.

    Este projeto da Bunge Alimentos - Diviso Santista mostra a crescente tendncia de se

    utilizar ferramentas poderosas para a gerao de solues eficazes em que se tenha um

    grau de confiana elevado. Ficou claro tambm que o ProModel tem aplicaes no s

    em manufatura, mas tambm em logstica e supply chain com resultados excelentes.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    44/57

    5.2 - DUPONT ECONOMIZA MILHES COM MODELAGEM DE SUA LOGSTICA

    A DuPont est usando Simulao para evitar grandes despesas de capital nas frotas de vagesferrovirios, considerando as mudanas nas demandas de clientes. Tais mudanas de demanda

    podem implicar na compra de vages adicionais, na melhoria da administrao da frota

    existente ou at na reduo no tamanho de frota. O mtodo tradicional de anlise sugeria

    freqentemente a alocao imediata de capitais para compra de onerosos vages-tanque.

    "...O primeiro modelo demorou 2 semanas para ser concludo e

    possibilitou DuPont uma economia de US$ 480 mil em

    investimento de equipamentos...""Tinha-se o sentimento da necessidade de se aumentar o tamanho da frota, baseado em

    experincias anteriores," disse George Gates, um consultor de logstica dentro da DuPont. O

    problema real no era necessariamente a escassez de vages especiais, mas sim a sua

    utilizao. "O problema de difcil abordagem. A variabilidade nas quantidades produzidas,

    no tempo de ciclo de trnsito, na programao da manuteno, na seqncia dos pedidos e

    outras coisas, se combinam. A DuPont atinja virtualmente todos os aspecto de sua vida: a

    roupa que voc veste, os produtos domsticos que voc usa e at a comida que voc come. ADuPont fornece produtos qumicos para dezenas de milhares de empresas que produzem os

    produtos finais que voc v nas lojas. Produtos como hollofil IIpara sacos de dormir, teflon

    para superfcies no aderentes, tyvekpara proteger sua casa e tapetes stairmasterque tm a

    reputao de grande durabilidade. A lista parece no ter fim...O transporte de substncias

    qumicas da DuPont at o fabricante feito por frotas especializadas de vages-tanque. O

    custo dos vages ferrovirios variam de US$ 80 mil (vago padro) a US$ 250 mil (vages

    especiais para carregar materiais especficos). Quando voc comea a levantar estes dados,

    fica fcil entender a forte motivao da DuPont em tentar evitar novas compras de frota.

    "O ProModel me ajudou a desenhar um quadro realista para todos que estavam envolvidos no

    problema. fcil adotar-se uma soluo rpida e simplista mas, a menos que as pessoas com

    as quais voc est trabalhando entendam o problema por completo, a soluo no pode ser

    corretamente identificada e implementada. O ProModel nos ajudou a modelar a variabilidade

    associada a: produo, disponibilidade de vages-tanque, tempos de transporte e descarga no

    site de cliente.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    45/57

    Eu posso ilustrar graficamente um sistema de distribuio nacional sob os nveis de produo

    atual e sob a previso de demanda dos clientes. Os problemas reais so facilmente

    identificveis." atesta Gates. "quando as pessoas-chave j estiverem convencidas de que uma

    despesa de capital justificvel, isto o coloca numa posio interessante para mostrar a eles

    que na verdade podem reduzir a frota sem deixar de atender as entregas requeridas pelos

    clientes. Sem a simulao, no seria possvel obter este xito."

    O Sr. Gates no teve nenhum treinamento formal no ProModel antes de seu primeiro projeto.

    O primeiro modelo levou duas semanas para completar e possibilitou DuPont economizar

    US$ 480 mil no investimento de equipamentos. partir deste primeiro modelo, o Sr. Gates

    liderou a modelagem logstica numa grande variedade linhas de produtos, ultrapassando

    limites da diviso e domnios polticos.

    Resumindo......

    Problema: As mudanas de demanda podiam implicar na compra de vages

    ferrovirios, na melhor administrao da frota existente ou at na reduo do

    tamanho da frota. O mtodo de anlise tradicional segeria freqentemente a

    alocao imediata de capitais para compra de onerosos vages-tanque.

    Soluo: o Promodel nos ajudou considerando a variabilidade associada aproduo, disponibilidade de vages, tempo de transporte e de descarga no site

    de cliente.

    Resultado: o primeiro modelo demorou 2 semanas para ser concludo e

    possibilitou DuPont uma economia de US$480 mil em investimentos de

    equipamentos. partir deste primeiro modelo, o Sr. Gates liderou a modelagem

    logstica numa grande variedade de linhas de produtos, ultrapassando limites da

    diviso e domnios polticos.

    Quais so alguns usos potenciais para modelagem logstica com ProModel no futuro?

    "O ProModel foi inestimvel para melhorar nossos sistemas logsticos e, por enquanto, ns

    apenas arranhamos a superfcie. Ainda no abordamos nossa logstica internacional, ou

    logstica de apoio, para o desenvolvimento de novos mercados. As economias nestas reas

    tm o potencial de ser substancialmente mais altas. Ns vemos muitas oportunidades para

    continuar usando cada vez mais o ProModel no futuro."

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    46/57

    5.3 - Simulao e Otimizao na Logstica: melhorando a qualidade e a produtividade de

    forma rpida e eficaz

    Graas ao surgimento de ferramentas cada vez mais acessveis tanto em preos quanto emfacilidade de uso, a simulao industrial tem se popularizado e trazido importantes resultados

    tanto em empresas do primeiro mundo como agora no Brasil.

    Ela chega ao Brasil com o que h de mais avanado, atravs de softwares de 4a. gerao.

    Alain de Norman et dAudenhove

    SIMULAO EVITA ERROS!!! Figura 10 - Exemplo de simulao numa rea de

    recebimento.

    O que Simulao de Processos Logsticos

    uma forma de experimentar, atravs de um modelo, um sistema real, determinando-se como

    este sistema responder a modificaes que lhe so propostas.

    Em outras palavras: reproduz-se no computador o sistema real para que se possam testar

    diferentes alternativas (jogos what if).

    Para cada situao, visualiza-se seu funcionamento como se estivssemos diante de uma bola

    de cristal e, ao final, so gerados relatrios para que possamos analisar o desempenho do

    sistema -- quais so os gargalos, como est a ocupao de equipamentos, transportadores e

    pessoas, como variaram algumas variveis de interesse como: estoques, ciclo produtivo, etc.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    47/57

    Vale ressaltar que possvel controlar a velocidade da visualizao (por exemplo, verificar

    em poucos minutos o funcionamento de 1 ms ou at alguns anos de trabalho real -

    semelhante a um filme em cmera rapidssima). Alm disso, o sistema pode retratar um

    sistema logstico existente, ou um sistema que est sendo projetado.

    Qual o princpio

    Um modelo tpico a ser simulado composto de:

    Locais = postos fsicos (unidades fabris, centros de distribuio, portos,

    etc , ou em modelos mais localizados: reas de depsito, mquinas, esteiras

    transportadoras, etc) onde so realizados os processos;

    Entidades = elementos (carregamentos, lotes, produtos, documentos,

    EDIs, etc) que transitam pelos locais e sofrem processamento;

    Alain de Norman diretor da BELGE Engenharia & Sistemas - email- [email protected]

    Recursos = elementos (caminhes, trens, navios, empilhadeiras,

    funcionrios, etc) que auxiliam seja no transporte das entidades entre os

    diferentes locais, seja na execuo dos processos;

    Processos = operaes realizadas no sistema (roteiros e procedimentos

    operacionais).

    O usurio de um software de simulao cria estes elementos bsicos (e outros como variveis

    e atributos) de forma a reproduzir seu sistema real.

    A partir disso, o modelo executado pelo software, baseando-se no princpio de um

    simulador de eventos dinmicos e discretos. O princpio bsico a realizao de uma

    seqncia de aes que so computadas a partir da ocorrncia de cada evento (p.ex.: chegadade um carregamento em seu destino, entrada de um pedido, etc).

    O fato dos sistemas de eventos dinmicos e discretos comporem a grande maioria das

    atividades realizadas pelos homens e suas mquinas, faz com que simulao possa ser

    aplicado no apenas em sistemas logsticos. Hoje aplicaes em manufatura, hospitais,

    bancos, etc, j so corriqueiras.

    Evoluo / HistricoA evoluo da simulao est intrinsecamente relacionada evoluo tanto de hardware

    quanto das inovaes de software.

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    48/57

    Nos anos 60, simulao se restringia a um seleto grupo de gurus trabalhando em

    Universidades, centros de pesquisa e no meio militar. Basicamente desenvolviam programas

    em FORTRAN, especficos para cada aplicao. As execues eram sofrveis, pois, naquela

    poca, os computadores eram menos poderosos que os atuais computadores embarcados em

    automveis.

    Nos anos 70, simulao foi difundida nos setores de engenharia e negcios, graas ao

    surgimento de linguagens prprias de simulao. O aprendizado e debugging, porm, ainda

    eram longos.

    Nos anos 80 os Pcs permitiram o surgimento de vrias ferramentas de simulao

    manipulveis por qualquer profissional.

    Dessa forma, o tema tem se popularizado de forma cada vez mais acentuada.

    Gerao Tipo Conceito ExemplosG-0 Linguagens de

    programao de

    propsito geral

    Aplicveis em qualquer contexto,

    porm exigem conhecimento profundo

    na linguagem, muito tempo de

    desenvolvimento e no soreutilizveis.

    Fortran, Pascal e C

    G-1 Linguagens de

    simulao

    Comandos projetados p/ tratar lgica

    de filas e demais fenmenos comuns.

    Mais amigveis que G-0, ainda

    requerem programador especializado.

    Simscript, GPSS,

    Siman e Slam

    G-2 Simuladores ou pacotes

    de simulao

    Projetados p/ permitir modelagem

    rpida, dispem de elementos

    especficos p/ representar filas,

    transportadores, etc. Restringem,

    porm, o uso p/ sist. de certos tipos e

    no complexos.

    Simfactory e Xcell

    G-3 Simuladores integrados

    com linguagens

    Num s pacote, integram a

    flexibilidade das linguagens de

    simulao (G-1), com a facilidade de

    uso dos pacotes de simulao (G-2).

    Witness e

    ProModelPC

    G-4 Simuladores e Aprimoramento da G-3, que permite ProModel for

  • 7/29/2019 Logistica de Mercadoria e Produtos

    49/57

    linguagens integrados

    no ambiente Windows

    modela