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A GESTÃO DE CARREIRA DE JOVENS DA GERAÇÃO Y:
UM ESTUDO DE CASO DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO
DA FEA / PUC-SP
RESUMO: Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a gestão de carreira de jovens
da geração Y e as características dessa geração, traçando um painel da formação desses
jovens e das transformações que a caracterizam na modernidade. Para tanto, são
abordadas questões como os conceitos e características face à gestão de carreira, a
cultura organizacional, assim como as principais estratégias de atribuição de
significados aos objetivos que orientam os integrantes da geração Y. Para possibilitar a
consecução do objeto de pesquisa, buscou-se identificar como esses jovens percebem a
si, a empresa, e o meio organizacional, enquanto instrumento para gestão de suas
carreiras. Essa pesquisa foi pautada no método dedutivo, cuja conceituação foi dada por
Descartes (1969), infere que é àquele que parte da análise de um fenômeno geral para o
particular, com a finalidade de melhor compreendê-lo, a partir dos dados originados, se
propôs e desenvolveu um questionário eletrônico contemplado por 21 questões, cujas
perguntas corroboraram com temas relativos ao objeto de estudo. Dados teóricos e
empíricos comprovam que os jovens esperam hoje desafio; uma carreira com ascensão
crescente; o aperfeiçoamento dos conhecimentos adquiridos na Universidade e na
prática profissional. Além disso, não se acomodam e tendem a mudar de direção quando
preciso. Esses jovens desejam contribuir com a sociedade e ter sucesso tanto na sua vida
profissional quanto pessoal.
Os resultados encontrados na pesquisa apontam que a aprendizagem e o
desenvolvimento são garantidores de um estilo de vida desejado, e que esses jovens
almejam certo bem-estar através do equilíbrio entre ambos.
Palavras-chave: geração Y; alunos; gestão; carreira;
1 INTRODUÇÃO
A Geração Y, também denominada como Geração Millennials ou Geração da
Internet, é um conceito de Sociologia que se refere, aos jovens nascidos após 1980, que
hoje se encontram com vinte e poucos anos. Segundo Eline Kullock, especialista em
geração Y do Brasil, essa é uma geração que adora feedback no ambiente
organizacional, é multitarefa, proativos, adoram desafios e sonham em conciliar lazer e
trabalho, são muito ligados a tecnologia e novas mídias, são os profissionais que
ingressam hoje no mercado de trabalho e que carregam consigo características próprias
de quem viveu o estopim da revolução digital. Estes jovens já cresceram na década de
valorização intensa da infância, com internet, computador, TV, videogame, celular e
educação mais sofisticada que as gerações anteriores, desta forma já ganharam
autoestima desde a infância e cresceram em um ambiente repleto de informações e
tecnologia a todo tempo.
A Geração Y é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as
máquinas eletrônicas, pois estes jovens nasceram assistindo TV, brincando no
computador, ao invés das brincadeiras tradicionais e presenciaram a comunicação
rápida dentro de casa, como celular, telefone, pager, entre outros, isto parece ser um
dado sem muita importância, mas estudos americanos de Harvard (2008), já
comprovaram que, quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema
cognitivo diferente, no qual influenciará no seu desenvolvimento profissional e pessoal.
A geração Y possui diferenças visíveis no que tange a forma de agir e se
relacionar dentro de uma companhia. Buscam sempre ser o centro das atenções através
de feedbacks a eles concedidos pelos respectivos superiores imediatos. Possuem tal
necessidade para que possam evitar sempre que possível os erros, facilitando assim os
objetivos que possuem de crescer na carreira o mais rápido possível. Muitas vezes os
integrantes dessa geração, visando sempre o crescimento, acabam por pular fases
profissionais, o que poderá ser decisivo na tomada de decisões que poderão passar em
futuros projetos ao qual farão parte.
A ocupação de cargos de liderança tem sido cada vez mais ocupada por
profissionais jovens, nascidos a partir de 1978, em substituição às gerações
antecedentes, a “Baby Boomer” e “X”. Ditos jovens constituem a Geração Y.
O acesso prematuro às tecnologias e às informações são fatores que determinam
a formação dos integrantes desta geração, o que ocasiona maior bagagem cultural e de
conhecimentos, como domínio de outras línguas além da língua materna, experiências
internacionais adquiridas através de intercâmbios culturais e acadêmicos, dentre outros.
Existem muitas afirmativas sobre o perfil do jovem da geração Y, bem como seu
desempenho profissional e a relação com as organizações. Dessa forma, a pesquisa feita
buscou compreender as responsabilidades da organização e dos indivíduos na gestão da
carreira e trazer a discussão as características principais da geração Y e seus reflexos no
ambiente organizacional.
A partir desde entendimento como estes jovens foram criados na era digital,
podemos compreender porque eles chegam às organizações com bagagens diferenciadas
das demais gerações, gostam de desafios e de terem autonomia para tomarem decisões
estratégicas. Cada vez mais estes jovens estão revolucionando as empresas com suas
estratégias adotadas, estão impulsionando a economia através de suas marcantes
presenças nas organizações brasileiras.
Para tanto, será abordado neste artigo os conhecimentos e habilidades atribuídas
à Geração Y e o aprimoramento destes por parte da empresa e do indivíduo são fatores
determinantes na Gestão da Carreira; independentemente da gestão da carreira
organizada pela empresa, os jovens da Geração Y percebem a orientação para o
autodesenvolvimento como fundamental para a gestão da própria carreira; a visão que
os jovens desta geração têm quanto à conciliação de seus interesses profissionais com os
interesses pessoais e se esta é fator de decisão para a escolha da empresa onde atuarão
e/ou mesmo manutenção de suas carreiras na empresa que concilie esses dois aspectos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Mudanças nas organizações e os novos profissionais do Século XXI
De acordo com Silva (2002), o mundo globalizado da “sociedade do
conhecimento” trouxe mudanças significativas às relações de trabalho: o conceito de
“emprego” está sendo substituído pelo conceito de “trabalho”; a atividade produtiva
passa a depender de conhecimentos; e o trabalhador deverá ser um sujeito criativo,
crítico e pensante, preparado para agir e para se adaptar rapidamente às mudanças dessa
nova sociedade.
Erickson (2010) trata dos novos profissionais do século XXI, nascidos nos anos
de 1980 e 1990, e conhecidos como Geração Y, ou “geração milênio”. Ele identifica
que essa época é representada por inovações tecnológicas e pela quebra de paradigmas
tradicionais, que acabaram por moldar as características desses profissionais, os quais
são familiarizados com a tecnologia que os rodeia e que costumeiramente dispensam o
uso de manuais de instruções, utilizando-os como uma opção longínqua.
Uma característica marcante desses profissionais é a necessidade de celeridade
naquilo que fazem, o que acarreta a busca por planejamento, em oposição aos
indivíduos da geração anterior, a Geração X, mais afeita ao improviso.
Partindo dessas premissas, os novos trabalhadores das organizações modernas
possuem um perfil constantemente aberto às novas tecnologias, sendo fluentes na
linguagem digital. São vistos como “devoradores de informação”, pois têm excelente
assimilação e consomem diversos tipos de informações ao mesmo tempo. Anseiam por
uma vida prazerosa e agradável proporcionada por uma homogeneidade entre a vida
profissional e pessoal.
A sociedade atual vem sendo reconhecida como a sociedade do conhecimento,
sendo seus integrantes conhecidos como os “trabalhadores do conhecimento”, ou seja,
são vistos como trabalhadores capazes de aplicar seus conhecimentos de modo a
incrementar a produtividade e gerar inovação.
Complementarmente, Dutra (2001) menciona que as pessoas possuem um
determinado conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, não sendo estes
garantias, por si só, de que a organização se beneficie diretamente deles.
2.2 Gestão da Carreira
Marras (2009) identifica o surgimento do que hoje é a gestão de pessoas a partir
do século XIX, como decorrência de uma necessidade das organizações no que dizia
respeito à contabilização das horas trabalhadas pelos empregados, dias faltosos, itens
produzidos, entre outros. As atribuições de acompanhar todos esses processos eram
dadas aos chefes de pessoal, que hoje estão representados nos gestores de recursos
humanos.
Em virtude das mudanças sofridas nos últimos anos, as modernas organizações
possuem áreas responsáveis pela gestão de pessoas, tendo como enfoque o
planejamento, a organização dos recursos humanos, a coordenação e o controle de
técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em
que a organização representa o meio que permite às pessoas que com ela colaborem
alcançar os objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho.
(CHIAVENATO, 1999, p.162).
As pessoas constituem o principal ativo da organização. Daí, a
necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas
para seus funcionários. (CHIAVENATO, 2004, p. 10).
A organização busca sobrevivência, crescimento sustentado, lucratividade,
produtividade, qualidade de produtos e serviços, redução de custos, participação no
mercado, novos mercados, novos clientes, competitividade e imagem no mercado. O
empregado busca melhores salários, melhores benefícios, estabilidade no emprego,
segurança no trabalho, qualidade de vida, satisfação no trabalho, oportunidade de
crescimento, consideração e respeito, liberdade para trabalhar, liderança liberal e
orgulho da organização (CHIAVENATO, 1999, p. 05).
Independentemente de cenários futuros, as organizações e a sociedade têm
caminhado para uma maior complexidade tecnológica e das relações. Os indivíduos
necessitam ser preparados para ambientes cujos níveis de exigências crescem
constantemente. De modo concomitante, o desenvolvimento humano se encontra cada
vez mais associado à complexidade do meio e das relações em que o indivíduo se
insere. Nesse sentido, o desenvolvimento da pessoa pode ser definido como “capacidade
para assumir atribuições e responsabilidades em níveis crescentes de complexidade”
(Dutra, 2002).
Assim surge três desdobramentos que merecem ser mencionados: I) a
mensuração do desenvolvimento – por intermédio dos níveis de complexidade do
trabalho executado, pode-se medir o nível de desenvolvimento de uma pessoa; II) a
perenidade e a comparabilidade dos padrões – como o objeto a ser mensurado não é o
trabalho da pessoa, mas a complexidade de seu trabalho, há um padrão temporal, o que
permite a comparação entre diferentes tipos de trabalho e em diferentes contextos; e III)
o desenvolvimento como patrimônio da pessoa – a pessoa que aprende a executar suas
atribuições funcionais em determinado nível de complexidade, não regride, não tende à
regressão para níveis menores (mas, do contrario, isto ocorre quando ela tem de
trabalhar em níveis de menor complexidade, o que enseja a desmotivação) (STAMP,
1993).
Existem amplos conceitos que definem o que é a carreira. Sob o ponto de vista
histórico, o conceito de carreira se origina na sociedade industrial capitalista do século
XIX, como forma de sobrepor o então pensamento presente na sociedade, herdado das
épocas medievais, que por sua vez era marcado por uma excludente divisão social. Com
o advento da Revolução Industrial, surgiram novos ideais de igualdade, liberdade de
êxito individual, e ascensão social e econômica (CHANLAT, 1995).
De acordo com Martins (2001), o termo é originário do latim via carraria, cujo
significado quer dizer “estrada” ou “caminho a ser seguido”. Porém, embora se
referisse, em sua origem epistemológica, aos locais de passagens dos cavalos, carroças e
pessoas, atualmente o termo tem o sentido de direção quanto à trajetória profissional a
ser seguida por um indivíduo.
Dutra (1986, p.17), por sua vez, parte do conceito dado por Manuel London
(1982), o qual define de um lado “estágios e transições (...) originadas do próprio
individuo e do ambiente em que está inserido”; de outro “a relação estabelecida entre a
pessoa e a empresa, englobando as perspectivas de ambas”; e, finalmente, “(...) o
elemento de conciliação dinâmica das expectativas entre a pessoa e a empresa”.
Para Chanlat (1995), o conceito de carreira pode ser dividido em duas distintas
fases: uma tradicional, que surge a partir dos anos 70, e outra moderna, que surge em
decorrência da primeira.
No modelo tradicional, é marcante a presença da estabilidade no trabalho,
existindo progressão linear vertical, na qual o sucesso é mensurável a partir dos
elevados graus obtidos na hierarquia organizacional, havendo um sistema de benefícios
devidamente assegurados, e cabendo às organizações a assunção da responsabilidade
pelas carreiras dos seus empregados. Nesse modelo, havia um status quo, em que a
empresa era leal para com o funcionário, e detinha controle total sobre a carreira do
executivo. Esse modelo conservador seria, ainda, uma projeção da sociedade masculina
comum até os anos 70.
Com o aparecimento de novos paradigmas envolvendo a sociedade, as
organizações e os indivíduos, e as suas inter-relações, houve um rompimento com esse
modelo, surgindo o modelo e a busca de se atender aos anseios sociais por constantes
mudanças – em decorrência da globalização da economia e das mudanças socioculturais
(como, por exemplo: a presença cada vez maior e mais ativa das mulheres no mercado
de trabalho, o crescimento do nível educacional das pessoas; o reconhecimento dos
direitos individuais; e a flexibilização do trabalho). Segundo Chanlat (1995), esse
modelo de carreira é marcado pela instabilidade, descontinuidade e horizontalização,
sendo que os profissionais tornam-se responsáveis pelas suas próprias carreiras.
A partir desse novo modelo, surgem novos tipos de carreira, como a carreira
proteana, a carreira sem fronteiras, e as âncoras de carreira.
Na Tabela 1, comparamos os principais itens envolvendo os dois modelos,
conforme o conceito de Chanlat (1995).
Quadro 1. Modelos de Carreira
Modelo Tradicional Modelo Moderno
Um homem Um homem e/ou uma mulher
▪ Pertencentes aos grupos socialmente dominantes ▪ Pertencentes a grupos sociais variados
▪ Estabilidade ▪ Instabilidade
▪ Progressão linear vertical ▪ Progressão descontínua vertical e horizontal
Fonte: Chanlat, 1995. p.71
Cabe notar que, mesmo atualmente, o modelo tradicional, ou burocrático, ainda
não foi expurgado de todo das organizações, estando presente na estrutura de muitas
empresas, mantendo características das teorias desenvolvidas por Taylor, Ford e Fayol,
como: divisão do trabalho; hierarquia de papéis rígida; regulamentação; poder
centralizado; impessoalidade nas relações; os administradores que estão no topo da
pirâmide como responsáveis por definirem o limite de ascensão profissional (o que
enseja a existência de menores oportunidades de crescimento); e ascensão profissional
com vantagens sociais pré-definidas.
No modelo burocrático, é a organização que se incumbe da responsabilidade
pela carreira dos indivíduos, determinando quem ascenderá na carreira e sob quais
condições (CHANLAT, 1995).
Segundo Chanlat (1995), o que acarretou o paradigma da carreira tradicional
para a carreira moderna foi uma maior e crescente participação das mulheres no
mercado de trabalho; um maior nível de instrução dos indivíduos; a globalização da
economia, da cultura, e das questões sociais; a necessidade de mudanças nas
organizações; uma maior flexibilização do trabalho.
Como ente conciliador dos interesses das pessoas e das necessidades
organizacionais, formula-se o sistema de Administração de Carreiras, através de
diretrizes, estruturas de carreira, instrumentos de gestão, entre outros.
De acordo com Gutteridge (1986), esse sistema é um conjunto de instrumentos e
técnicas que permitem a negociação entre as duas partes. Para Walker (1980), o sistema
é pensado como um conjunto de procedimentos que permitem a identificação, pela
empresa, das pessoas mais adequadas às suas necessidades (o que permite por sua vez
que as pessoas planejem suas carreiras e as implementem). Já London e Stumpf (1982)
procuram caracterizar o sistema na mesma linha adotada por Gutteridge, enfatizando
porém o planejamento e acompanhamento das necessidades da empresa.
O Sistema de Administração de Carreiras pauta-se na gestão dos interesses
estratégicos das empresas e suas relações com os empregados.
Ao se pensar numa carreira, devem ser consideradas certas estruturas de carreira,
sendo alguns tipos:
Em linha: uma única direção alinha uma sequência de posições, inexistindo
alternativa para o profissional – é a estrutura mais comum existente nas organizações,
pela simplicidade na sua configuração e administração;
Em rede: para cada posição da organização, são apresentadas várias
alternativas, o que permite ao profissional estabelecer sua trajetória através de critérios
de acesso previamente estabelecidos, ou que mais atendam às suas expectativas;
Dupla paralela: sequência de posições que a pessoa pode assumir na
organização, a partir de dois parâmetros, a natureza profissional e a natureza gerencial,
sendo garantido o acesso aos maiores níveis de remuneração e reconhecimento
oferecidos pela empresa, para ambos os casos.
Paralela múltipla: uma variante totalmente paralela, onde o grupo é
subdividido em diversos centros de esforço estratégico, diferenciados com orçamentos
independentes; e
Paralela em Y: a base da estrutura hierárquica é a mesma, contudo há
possibilidade de crescer funcionalmente para o “braço gerencial” ou para o “braço
técnico”.
Os autores que tratam da carreira ressaltam que os principais agentes do Sistema
de Administração de Carreiras são as pessoas. Dutra (2010), por exemplo, trata do
assunto ao abordar a flexibilização das relações contratuais e as mudanças nas estruturas
de emprego fornecidas pelas empresas. Segundo ele, as pessoas serão cada vez menos
amparadas pelas organizações, e necessitarão planejar proativa e independentemente
suas carreiras.
Como aponta Dutra (2010), essa mudança na percepção dos indivíduos pela
organização torna a empregabilidade uma nova demanda, vez que se deixa de lado a
noção de emprego “para toda a vida”, o que abre espaço também para o surgimento de
novos tipos de carreiras.
As pessoas cuja formação técnica compreenda um conhecimento profundo de
sua área de atuação, e que ao mesmo tempo possuam características generalistas,
conhecendo o contexto onde atuam, têm sido as mais procuradas pelo atual mercado de
trabalho. Nesse sentido, há estreita e importante relação entre as competências tidas e
reconhecidas pelos profissionais, e o planejamento de suas carreiras – quer pela
empresa, quer pelo próprio.
2.3 Geração Y
O “Y” de Geração Y provem da expressão young, cujo significado, traduzido do
inglês para o português, quer dizer “jovem”. As pessoas dessa geração são os nascidos a
partir de 1978.
De acordo com artigo da consultoria Deloitte (2013), sobre pesquisa realizada
com mais de 5 mil profissionais que integram a Geração Y, em 18 países (entre eles, o
Brasil), a inovação é importante para 78% dos futuros líderes empresariais.
Os “Y” são uma geração que começa a entrar no mercado de trabalho, e que tem
influenciado mais diretamente a sociedade. Oliveira (2010) descreve a Geração Y como
tendo dentre seus desejos a vontade de inovar, corroborando com os resultados
apontados na referida pesquisa Deloitte.
Pelo mesmo raciocínio relativo à inovação, pode-se perceber uma forte vontade
dos “Y” para empreender, o que é apontado em matéria da Revista HSM Management,
com base em pesquisa feita pela Companhia de Talentos (2012), que apontou que 77%
dos jovens consideram a hipótese de empreender como forma de alcançar suas
necessidades de conciliar qualidade de vida e o almejado desenvolvimento profissional.
A Geração Y, de acordo com Rocha (2009, p. 54), apresenta um perfil analítico
que leva os jovens a pensarem nos fatos antes de tomarem decisões; mesmo que não
estejam acostumados com preocupações sobre a estabilidade em cargos, esta geração
demonstra ser perspicaz, e ter força e vigor intelectual a capacitá-los para exercer
grande influência no consumo.
Diferentemente das gerações que lhe antecedem, a Geração Y tem o perfil de
não ser leal às organizações, por buscarem o próprio bem estar e o equilíbrio entre a
vida pessoal e profissional. Conforme Lafuente (2009, p. 74), “os mais jovens não são
leais a uma empresa, mas a um conjunto de fatores que os fazem sentir-se bem, daí
porque nunca deixam de buscar novas oportunidades que contribuam para seu
desenvolvimento pessoal”.
Por mais que as organizações mantenham forte influência na forma de percepção
das pessoas para com seus empregos e carreiras, elas têm deixado de ser um desejo
exclusivo dos profissionais, sendo substituídas em parte pelo desejo de conciliação entre
a carreira e as necessidades pessoais e familiares do indivíduo trabalhador (VELOSO,
DUTRA e NAKATA, 2008).
Alguns autores sugerem que os Y desejam assumir responsabilidades de modo
rápido, nas organizações, e participar dos processos de tomadas de decisões; e esperam
também ser reconhecidos nas organizações por meio de sua ascensão profissional,
demandando das organizações o desenvolvimento de suas competências, e condições de
trabalho mais flexíveis (ALSOP, 2008; MUNRO, 2009).
Os integrantes da Geração Y buscam a atenção de seus superiores imediatos,
ainda, através do recebimento de feedbacks, tendo esse instrumento de avaliação de
desempenho como forma de evitar erros ou mesmo saná-los.
No âmbito das organizações, os profissionais Y tendem a ser definidos como um
grupo de pessoas mais preocupadas com suas próprias carreiras do que com a
organização. Impacientes, misturariam mais sua vida pessoal com a vida profissional do
que outros indivíduos, como por exemplo: trabalhando em casa por meio de Home
Office; ou sendo mais sociáveis com colegas de trabalho da mesma geração do que com
os de outras gerações; e como pessoas mais individualistas, que constantemente optam
por mudanças de trabalho em busca de novos desafios – os profissionais dessa Geração
não objetivam trabalhar numa mesma empresa até a aposentadoria, embora desejem
crescer e se desenvolver, partindo para outros desafios.
Assim, a Geração Y é um grupo que apresenta novos desafios àqueles que têm a
tarefa de gerenciá-los, motivá-los e mesmo retê-los; portanto, é muito relevante para as
organizações melhor compreenderem este grupo.
3 DADOS DA PESQUISA E RESULTADOS
A pesquisa de campo começava com questões demográficas, a fim de se obter
uma melhor identificação do público avaliado e eventuais reflexos desse fator nas
respostas. Nesse sentido, é saudável a ocorrência de uma maior variação demográfica
possível, desde que ela ocorra dentro dos parâmetros do perfil desejado – os
profissionais jovens que integram a Geração Y, como citado no Capítulo anterior.
Desse modo, verificamos que dos 71 indivíduos que responderam as questões,
33 eram pertencentes ao sexo masculino e 38 do sexo feminino, havendo certo equilibro
quanto a esse aspecto – com uma diferença de apenas 8% entre os dois números.
Ainda no que tange à idade dos profissionais analisados, observou-se que a
grande maioria, ou 55 indivíduos – 77% – têm idade inferior a 25 anos; 15 têm idade
entre 25 e 35 anos – representando 21% do total; apenas 01 profissional tem idade na
faixa de 35 a 45 anos; e nenhum profissional acima de 45 anos. Ou seja, a pesquisa teve
uma presença marcante de pessoas exatamente da Geração Y.
Avaliando outro aspecto dos dados demográficos, foi observado também, em
relação ao nível hierárquico dos profissionais participantes, que a grande maioria, ou
46% deles, enquadra-se no “4º nível”, como demonstra-se no gráfico abaixo. Logo,
pode-se entender que a maior parte dos respondentes da pesquisa é de jovens que
acabaram de entrar no mercado de trabalho, possivelmente no nível de aprendizado (ou
seja, como Estagiários). No “3º nível”, aquele que aponta para o início de uma ascensão
profissional, computou-se 30% dos pesquisados; e entre o “1º nível” e o “2º nível”,
estágio que pode ser relacionado com uma carreira em franco processo de ascensão,
tivemos um total de 24% de participantes.
Findas as questões atinentes a aspectos demográficos, o formulário de pesquisa
apresentou as questões de maior aprofundamento no tema central da pesquisa, com as
quais seria possível se verificar quais as informações obtidas que de fato refletem o
perfil dessa Geração de profissionais, conforme o ponto de vista destes. Em sua análise,
de início observamos que 79% dos entrevistados concordaram, parcial ou integralmente,
que buscam permanentemente melhores postos de trabalho na organização em que
atuam; observamos também um percentual mínimo de 18% sem opinião declarada a
respeito do assunto; e finalmente 3% de indivíduos discordantes.
Considerando-se o cenário demográfico dos entrevistados, pode-se pressupor,
então, que a maioria dos jovens da Geração Y tem anseio por melhores colocações nas
empresas onde trabalham.
Gráfico 1.
Elaborado pelo autor
Muitos teóricos do tema são categóricos ao afirmar que a Geração Y é composta
por profissionais que desejam maiores responsabilidades dentro da empresa, mesmo
possuindo poucas experiências; e que se interessam por novos desafios, buscando nestes
suas motivações, e não tendo receios quanto aos riscos existentes. Todavia, nossa
pesquisa também aponta para a manutenção de um certo equilíbrio entre a vida
profissional e a vida pessoal, ou seja, para a busca de um certo bem-estar.
Com base nas respostas obtidas, os resultados demonstram que 83% dos
profissionais da Geração Y esperam da empresa formas de equilibrar a sua vida
profissional com a pessoal; 15% não deram opinião a respeito; e 1% discordou quanto
ao item.
Gráfico 2.
Elaborado pelo autor
A realização profissional dos membros da Geração Y tem relação direta com os
conhecimentos destes para o desenvolvimento da organização; ou seja, eles querem se
sentir parte do processo como um todo, querem ser participativos. Neste quesito, a
pesquisa aponta para 77% dos respondentes com este perfil; 20% que não tiveram
opinião formada sobre a questão; e 2% que foram discordantes.
Gráfico 3.
Elaborado pelo autor
De modo complementar, e ainda pensando no desenvolvimento destes
profissionais no seu ambiente de trabalho, foi possível verificar que, levando-se em
consideração a gestão de suas carreiras, tem-se um percentual da ordem de 51% de
indivíduos que fazem a gestão de sua carreira, e (na contramão) 49% agregando os “sem
opinião” sobre o assunto, mais os discordantes – sendo que estes últimos representam,
isoladamente, apenas 12% do total.
Gráfico 4.
Elaborado pelo autor
Outra informação importante levantada pela pesquisa envolve a relação do
profissional com a empresa, no que tange à gestão de carreira. Fazendo um paralelo
entre a questão anterior e a questão que trata da contribuição da empresa para a gestão
de carreira dos pesquisados, percebe-se que há uma simbiose entre os dois aspectos: na
medida em que 51% dos indivíduos responderam que a empresa onde trabalham
contribui para a gestão de suas carreiras, outros 32% não tiveram opinião sobre o
assunto, e 17% discordaram.
Gráfico 5.
Elaborado pelo autor
Como já vimos antes, é relevante para uma organização investir na carreira de
seus profissionais, pois é através desse investimento em pessoal que ela reterá talentos,
e poderá obter suas futuras lideranças. Através da nossa pesquisa, foi possível perceber
que a maioria dos entrevistados, ou 61%, pretende construir uma carreira nas empresas
onde já trabalham.
Gráfico 6.
Elaborado pelo autor
Também foi possível averiguar como os integrantes da Geração Y vêm o
diferencial competitivo das empresas onde trabalham, e sua relação com os novos
talentos – talentos estes representados por muitos profissionais Y, como será visto
posteriormente. Nesta questão específica, 56% concordaram que o diferencial
competitivo da empresa tem relação direta com os novos talentos, enquanto que 30%
não souberam opinar, e 14% discordaram.
Gráfico 7.
Elaborado pelo autor
Já o diferencial competitivo de uma empresa está relacionado aos novos talentos,
às futuras lideranças da organização responsáveis pelas formulações das estratégias dos
seus negócios. Dito isto, a percepção de que o trabalho realizado agrega valor ao
negócio da empresa é vista por 67% dos pesquisados como algo concreto; na
contramão, 27% não têm opinião sobre esse item; por fim, houve uma incidência de
uma parcela mínima de 7% dos pesquisados que se posicionaram como discordantes
diante da afirmativa levantada.
Gráfico 8.
Elaborado pelo autor
Retomando a questão dos novos talentos, mencionada em pergunta
anteriormente colocada, a percepção que os profissionais Y têm de si mesmos enquanto
um talento, e com potencial para assunção de posições mais complexas nas empresas,
abrange a maioria dos pesquisados: 59% deles se vêm como identificados com este
perfil, como se demonstra no gráfico abaixo.
Gráfico 9.
Elaborado pelo autor
Sobre a preocupação com a ascensão dentro da empresa, para 67% dos
profissionais Y pesquisados ela não é vista de modo separado do aprendizado de novas
habilidades, como se extraiu das respostas à pergunta formulada sobre esse item.
Gráfico 10.
Elaborado pelo autor
Uma primeira impressão que se tem é que as pessoas entrevistadas são
propensas a aprender para enfrentar os novos desafios profissionais que surgirão no
decorrer do desenvolvimento e no crescimento de suas carreiras, havendo, portanto uma
junção interessante entre o crescimento da carreira e o aprendizado.
No entanto, em pergunta subsequente verifica-se certo nível de divisão entre os
pesquisados quando questionados sobre a obediência à hierarquia da organização e
sobre o desejo de uma direção clara e apoio da gestão nas atividades de rotina dos
profissionais. O resultado para essa questão foi, de certo modo, ambíguo, até mesmo em
decorrência da estruturação da própria questão: 53% mostraram-se discordantes ante o
questionamento; 18% responderam não ter opinião; e 15% concordaram. Essa
discordância possivelmente se dê em função da primeira parte da pergunta, não sendo
conclusa em relação à segunda parte, haja vista a pesquisa ter apontado (em outra
questão) para a abertura dos profissionais quanto ao recebimento de suporte da
organização para suas atividades de rotina.
Gráfico 11.
Elaborado pelo autor
Constatou-se também, na pesquisa, que 21% dos entrevistados têm dificuldades
de relacionamento com pessoas mais velhas no seu ambiente de trabalho, e 21% não
tiveram opinião formada sobre o assunto; mas a grande maioria dos pesquisados
informou ter boas relações com pessoas de geração antecedente à sua, na proporção de
58%, o que não denota a existência de algum conflito geracional no ambiente
organizacional.
Gráfico 12.
Elaborado pelo autor
Para 65% dos pesquisados, a aprendizagem e o desenvolvimento garantem o
estilo de vida que desejam alcançar.
Gráfico 13.
Elaborado pelo autor
Considerando este último resultado específico e a disposição para enfrentarem
novos desafios, pode-se supor que as gerações que antecedem à Geração Y e que ainda
se encontram inseridas no mercado de trabalho são importantes no processo de
aprendizagem dos futuros talentos. E nossa pesquisa demonstrou esse aspecto do grupo
respondente, ao computar que 71% informaram adquirir conhecimentos importantes
com as pessoas de mais idade, enquanto que 23% não tiveram opinião a respeito, e
apenas 7% mostraram-se discordantes sobre o assunto.
Gráfico 14.
Elaborado pelo autor
É significativo também o grau de percepção tida pelos profissionais enquanto
indivíduos dotados de talento que agregue valor aos negócios, a partir de considerações
originadas de seus gerentes ou superiores hierárquicos. Não obstante, esse resultado não
representa uma maioria entre os pesquisado, o que pode nos levar a um entendimento de
que há certa falta de feedback ou mesmo de que inexista, de fato, tal reconhecimento
por parte dos superiores imediatos dos pesquisados, vez que para o primeiro caso a
pesquisa obteve 38% de respostas, e para o segundo caso, 62% – sendo que destes 51%
não têm opinião.
Gráfico 15.
Elaborado pelo autor
Por fim, para muitos dos indivíduos que contribuíram para a pesquisa, a
organização em que trabalham valoriza o aprendizado constante, dado que 67%
concordaram com esta pergunta, enquanto que 20% não possuem opinião formada, e os
14% restantes discordaram.
Gráfico 16.
Elaborado pelo autor
Em complemento à valorização dispensada aos profissionais em suas
organizações, tem-se também o incentivo dado pelos superiores para a especialidade e o
aperfeiçoamento; isto está representado em 58% do total dos entrevistados – dado este
que pode demonstrar também a existência de uma boa relação de trabalho e de
retroalimentação entre os indivíduos e seus superiores.
Gráfico 17.
Elaborado pelo autor
4 CONCLUSÃO
A pesquisa feita concluiu após a apuração dos resultados obtidos que os
conhecimentos e habilidades atribuídas à Geração Y e o aprimoramento destes por parte
da empresa e do indivíduo são fatores determinantes na Gestão da Carreira; além de
que, independentemente da gestão da carreira organizada pela empresa, os jovens da
Geração Y percebem a orientação para o autodesenvolvimento como fundamental para
a gestão da própria carreira.
Os dados levantados se coadunam, ainda, com as conceituações ditadas pelos
autores quanto à postura comportamental dos jovens “Y”, quanto à sua inserção no
mercado de trabalho, e quanto às características principais que norteiam esse grupo em
sua atuação no mundo do trabalho.
Considerando os dados levantados e analisados na pesquisa, podemos afirmar,
em síntese, que os profissionais “Y” buscam permanentemente melhores postos de
trabalho, por intermédio da construção de uma carreira nas empresas onde trabalham, e
se consideram como agregadores de valor aos negócios da empresa.
Especificamente em relação às suas carreiras, estes jovens se consideram como
talentos, e se mostram desejosos por assumir novas e complexas responsabilidades nas
empresas; porém parecem estar mais preocupados, num primeiro plano, com o
aprendizado do que com a ascensão em suas carreiras. Essa forma como veem o
aprendizado e sua carreira deve-se, possivelmente, ao fato dos pesquisados estarem em
estágio inicial de suas carreiras.
Ainda que em estágio inicial de suas vidas profissionais, esses indivíduos
planejam a gestão de suas carreiras, mesmo que não possuam, ainda, muita clareza
sobre em quê medida as empresas em que atuam podem contribuem, de fato, com sua
manutenção.
Os jovens dessa Geração Y se consideram como talentos e entendem que o
diferencial competitivo das empresas guarda relação direta com os novos talentos.
Observa-se também que as organizações onde trabalham valorizam o aprendizado
constante, sendo os profissionais receptores de feedbacks por parte de seus superiores.
Quanto à interação com as pessoas mais velhas, de gerações anteriores, a
pesquisa apontou claramente que esses jovens não têm dificuldades de relacionamento
com essas pessoas; ao contrário, eles adquirem conhecimentos com as pessoas mais
velhas, que são fundamentais para seu crescimento e desenvolvimento profissional.
Quanto à convivência com a hierarquia, há por parte desses profissionais, num
primeiro momento, relutância em obedecer aos níveis hierárquicos das organizações, o
quê ficou demonstrado na pesquisa a partir de uma certa divisão nos resultados
alcançados. Todavia, esses mesmos jovens, mostram-se desejosos de uma direção clara
e de apoio de seus gestores, para o desempenho das atividades que lhes sejam confiadas.
Os resultados encontrados apontam, também, que a aprendizagem e o
desenvolvimento são propulsores do estilo de vida almejado, e que esses jovens anseiam
bem-estar, por intermédio do equilíbrio entre suas vidas profissionais e pessoais.
Desses resultados, pôde-se inferir que a gestão da carreira pelos “Y” é
prioritária, mas pauta-se pelo equilíbrio entre a carreira - representada pelas suas
atividades profissionais - e a vida pessoal, o que requer das empresas uma maior
atenção com essa questão, pois é fator que influencia na retenção de talentos.
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