4FL01SCA0129
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LeonardoWen - 11.jul.07/Folha Imagem
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Turistas na região do Pelourinho
GestãoSerramudamodelodeconcessão,etremparaCumbicaterátarifamaiscara Pág. C6
OABfazlobbypararestringirdireitoàdefesagratuita
OAB e Defensoria mantêm contrato para atenderpessoas carentes
A ASSISTÊNCIA JURÍDICA
* Dados referentes a 2007
NÚMEROS DA DEFENSORIA EM SP
ATENDIMENTOS,EM MILHÃO
ORÇAMENTO,EM MILHÃO*
272convêniocom a OAB
75Gastospróprios
18Outrosconvênios
850 mildefensores
1 milhãoconvêniocom a OAB
O CONTRATO>> Os advogados
conveniados são previamenteinscritos pela OAB e remuneradospela Defensoria por meio deprocessos concluídos
IMPASSE>> A OAB quer reduzir o
número de pessoas que recebemo auxílio jurídico, baixando deR$ 1.350 para R$ 900 a rendalimite para ser assistido
400defensorespúblicos
47.607advogadosconveniados
270mil pessoasdeixariam deser atendidas
R$ 500é o valor pago, emmédia, ao advogado aofim de cada processo
HomemterádeiràJustiçaparaprovarqueestávivo................................................................................................RICARDOSANGIOVANNIDAREPORTAGEMLOCAL
Umhomemterá de entrar naJustiça para provar que está vi-vo, após ter descoberto que umatestado de óbito com seu no-me foi emitido indevidamente,em agosto último. O erro foi dohospital estadual Padre Bento,em Guarulhos (Grande SP). Oatestado, segundo o hospital,eraparaumhomônimo.Desde então, o padeiro de-
sempregado Paulo Cezar dosSantos, 41, passou a convivercom os transtornos de estar ju-ridicamente morto: perdeu obenefício de R$ 620,50 que re-cebiadoINSSenãopodevotar.“Estou desempregado, não
tenho dinheiro para pagar oaluguelnemparapegarumôni-bus. E morto para a sociedade.Vou entrar na Justiça e entre-gar na mão de Deus”, diz San-tos, que mora com as filhas, deoito e dez anos, em Cangaíba,nazonalestedacapital.Santos sobrevive comaajuda
de parentes. Para “voltar à vi-da”, o padeiro terá de entrarcomumaação cível para cance-lamento de certidão de óbito,cujo julgamento pode levar detrêsmeses a umano, segundooTribunal deJustiçadeSãoPau-lo —que diz que não cabe umaliminar. O órgão afirma que es-setipodeaçãoé“raríssimo”.“Quemcausouo erronãopo-
de mais fazer nada para corri-gir. É preciso entrar na Justi-ça”, diz Ademar Gomes, presi-dente da Acrimesp (Associaçãodos Advogados Criminalistasde SP), que presta assistênciajurídicaaSantos.Aentidade iráajuizar ações de indenização eresponsabilizaçãocriminal.Santos conta que ficou inter-
nado no hospital em junho de2006, após ter levado três tirosno rosto, ao reagir a um assalto—o que o deixou com sequelas.Desde então, ele frequenta ohospital mensalmente, parasessões de acompanhamentopós-cirúrgico. Ao ter o benefí-cio do INSS cortado em agosto,ele diz que procurou saber dohospital o motivo. A resposta:seu nome havia ido para o “ar-quivo morto”. “Só consegui fa-lar com a diretora uma vez, emdezembro. Ela disse que ia darum jeito no meu caso, mas nãomeexplicounada”,dizSantos.A Secretaria de Estado da
Saúde admitiu ontem que hou-ve erro administrativo do hos-pital, que anexou os dados deSantos ao corpo de um homô-nimoseuquehaviamorrido.O conselheiro do Cremesp
(Conselho Regional de Medici-nadeSP)AntonioPereiraFilhodiz que a responsabilidade peloatestado é do médico que o as-sina. Ele afirma que o Cremespirá investigarocaso.Segundo a certidão de óbito,
o atestado foi assinado pelomédico-legista Roberto Vaz.NemaPrefeitura deGuarulhosnem a Secretaria Estadual deSegurança Pública confirma-ram ontem se Vaz trabalha pa-ra o Serviço de Verificação deÓbitosouparaoIMLlocal.
Proposta da entidade é reduzir de três paradois saláriosmínimos a rendamáximaexigidapara ter acesso ao serviço
Tetodetrêsmínimoséutilizadoháaomenos20anos;alteraçãodependedeavaldoConselhoSuperiordaDefensoriaPública................................................................................................ROGÉRIOPAGNANDAREPORTAGEMLOCAL
A OAB (Ordem dos Advoga-dos do Brasil), seccional de SãoPaulo, pressiona a DefensoriaPública a fim de reduzir o nú-mero de pessoas que recebemassistência jurídica gratuita noEstado—1,8milhãoporano.Hoje, as pessoas com renda
familiar de até três saláriosmí-nimos (R$ 1.350, valor de refe-rência em SP) têm o direito deser atendidas gratuitamentepor umdefensor público ouad-vogado(pagopeloEstado).O plano da OAB é reduzir es-
se patamar para dois saláriosmínimos (R$ 900). Com isso,cerca de 270mil pessoas deixa-riamde ser atendidas.O saláriomínimo de referência em SP ésuperioraonacional,deR$415.A assistência judiciária gra-
tuita é prevista pela Constitui-ção,mas não hánopaís uma le-gislaçãoquedefinaumteto.Aúnica leique fala sobreote-
ma é de 1950. “Considera-senecessitado, para os fins legais,todo aquele cuja situação eco-nômica não lhe permita pagaras custas do processo e os ho-norários de advogado, sempre-juízo do sustento próprio ou dafamília”,diza leinº1.060.Em São Paulo, esse teto de
três salários mínimos é utiliza-dohá aomenos20anos,mas sóem 2008 foi regulamentadopor meio da resolução 89 doConselhoSuperior daDefenso-riaPública.Umaalteraçãotam-bémprecisapassarpeloórgão.
ClientelaPara o diretor financeiro da
OAB-SP,Marcos da Costa, essarevisão é necessária porque emboa parte das cidades do inte-rior e de algumas regiões po-bres da capital quase toda a po-pulação se enquadra nessa fai-xa, deixando os advogados re-fénsdoatendimentopúblico.“Têm cidades que não têm
maisadvocaciaprivada.Porqueacidade inteiraestánessafaixa.O advogado, mesmo que nãoqueira, é obrigado a ir para oconvênio [com a Defensoria],poisnãotemcliente.”Ainda de acordo com Costa,
essa grande demanda dificultaao Estado remunerar adequa-damente os advogados queatendemaessepúblico.O desembargador Paulo Di-
mas de Bellis Mascaretti, vice-presidente da Apamagis (Asso-
ciação Paulista de Magistra-dos), discorda da posição daOAB e acha que, na verdade,nãotemdehaverteto.Para ele, os casos devem ser
analisados isoladamente, poisuma pessoa pode receber maisde trêssalários e,mesmoassim,
não ter condições de pagar umadvogado emrazãodo compro-metimento de sua renda com osustentodesuafamília.A Defensoria diz que o pedi-
do de revisão da OAB foi feitoverbalmente e poderá ser dis-cutido caso seja apresentadooficialmente. “Só não podemosretirar dapopulaçãoumdireitoque é dela”, disse o conselheiroDaviDepineFilho,paraquemafaixaatualé“razoável”.O convênio entre a Defenso-
ria e a OAB é motivo de umadisputa judicial. A OAB diz quea tabela de honorários está de-fasada — um advogado recebe,em média, R$ 500 no final decada processo (que pode duraraté cinco anos). A Defensoriadiz gastar cerca de R$ 270 mi-lhões como convênio por ano equeosvaloressãoadequados.
Têmcidadesquenãotêmmais
advocaciaprivada.Porqueacidade inteiraestánessa faixa.Oadvogado,mesmoquenãoqueira, éobrigadoairparaoconvênio [comaDefensoria], poisnãotemclienteMARCOSDACOSTAdiretor financeirodaOAB-SP
cotidianoEF
Tel.:0/xx/11/3224-3402Fax:0/xx/11/3224-2285E-mail:[email protected]
Serviço deatendimentoao assinante:0800-775-8080GrandeSãoPaulo0/xx/11/3224-3090
Ombudsman:[email protected], 29DEJANEIRODE2009 ★ C1
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