1922-7802-1-PB

4

Click here to load reader

description

zoo

Transcript of 1922-7802-1-PB

  • Modalidade do trabalho: Relatrio tcnico-cientfico

    Evento: XXI Seminrio de Iniciao Cientfica

    TCNICAS UTILIZADAS NA TAXIDERMIA DE VERTEBRADOS1

    Llian Corra Costa Beber2.

    1 Trabalho de concluso do componente curricular Laboratrio de Zoologia I.

    2 Aluna do Curso de Graduao em Cincias Biolgicas da UNIJU, voluntria PET/Cincias Biolgicas,

    [email protected].

    Introduo

    Taxidermia a arte de montar ou reproduzir animais para exibio ou estudo. Em geral, ela

    realizada em mamferos e aves. uma tcnica que visa conservao de animais mortos, atravs do

    descarte de suas vsceras, carnes e esqueletos e da utilizao da pele (PRYBYSZ & CUNHA,

    2011).

    Apenas a pele original utilizada, e atravs dela e das medidas conseguidas anteriormente

    possvel preservar a forma e tamanho do animal. Essa tcnica tem tido especial importncia no

    auxlio identificao de diferentes espcies, raas e variedades de famlias existentes

    (DALLOLIO, 2002). Muitas vezes esses exemplares podem ser usados em um meio que represente o seu bioma original.

    Popularmente, o termo empalhar usado como sinnimo para taxidermizar. Porm, esse uso

    incorreto, pois a tcnica que empregava o uso de moldes de palha e barro h muito no mais

    utilizada.

    A taxidermia visa, desse modo, a preservao da pele, planos e tamanho dos animais (HIDASI

    FILHO, J., 1976). Nesse caso, foram montados animais de vrios tamanhos tendo em vista a sua

    conservao, o desenvolvimento da nossa habilidade diante das tcnicas e a formao de novos

    exemplares para exposies. Essa atividade tambm permite a conscientizao dos alunos no que se

    refere preservao e estudo da fauna silvestre (PRZYBYZ & CUNHA, 2011).

    Metodologia

    Aves, ratos, gambs e veados foram taxidermizados nas dependncias do Laboratrio de Zoologia

    da UNIJU, no Campus de Iju, Rio Grande do Sul. Alm dos animais foram utilizados pinas e

    tesouras de diferentes comprimentos e pontas, tesouras quebra ossos, serrilhas, bisturis, arames de

    vrias espessuras, alicates, agulhas, algodo, fibra, jornal, bandejas de plstico, bquer para preparo

    de soluo de formol, formol, lcool 70%, paqumetro, seringas para injeo de formol, panos de

    saco de estopa, rgua, luvas, farinha de milho, brax e secador de cabelo.

  • Modalidade do trabalho: Relatrio tcnico-cientfico

    Evento: XXI Seminrio de Iniciao Cientfica

    Vale lembrar que tanto o formol 10% quanto o brax so usados para conservao e so txicos.

    Pessoas com alta exposio ao formol podem apresentar fortes dores de cabea, tosse, falta de ar,

    irritao nos olhos e vias respiratrias e conjuntivite. Aqueles que acidentalmente ingerem o

    produto sentem imediata dor nas vias digestivas, vmito, desmaios, diarreia, convulses, podem

    apresentar necrose em alguns locais. Ambos os casos podem resultar em falecimento. O formol

    altamente cancergeno (INCA, 2013).

    O brax decahidratado um p branco inodoro, no inflamvel, nem combustvel e explosivo. Os

    sintomas de intoxicaes consistem em vmito e diarreia seguidos de rompimento de pele, choque

    e, em casos mais graves, coma e at morte (PORTANTIOLO, 2011).

    Todos os animais foram taxidermizados da mesma forma, com exceo das aves que, devido

    fragilidade da pele, exigiram comportamentos diferentes. Para a aula que o gamb foi

    taxidermizado estava previsto o uso de espuma de poliuretano. Porm, no foi possvel devido

    umidade excessiva do ar que estava prejudicando e atrasando demasiadamente a secagem do gesso.

    Enfim, o primeiro animal taxidermizado foi o rato, usado para a compreenso do desenvolvimento

    da tcnica. Na outra aula foi o gamb, na outra as aves e na ltima o veado.

    A primeira etapa realizada foi a retirada de pele do animal e a separao da sua carcaa interna

    atravs de uma inciso no seu ventre prximo aos rgos reprodutores. Com os dedos introduzidos

    entre a pele e os msculos a carcaa foi lentamente se desgrudando, sendo necessrio s vezes o

    auxlio do bisturi para acelerar o processo.

    Alguns ossos foram cortados, alguns aproveitados e para isso tiveram que ser devidamente

    descarnados, como o caso do crnio, rabo do gamb e patas. Em alguns casos, esse procedimento

    foi precedido da lavagem do animal, devido ao estado em que se encontrava o cadver.

    Em seguida, a pele foi lavada com gua e detergente, os olhos, crebro e lngua foram retirados.

    Aps, houve a secagem dela por meio de secadores de cabelo. A farinha de milho foi friccionada

    sobre a pele do lado avesso a fim de soltar a gordura e absorver os lquidos ainda existentes.Nesse

    momento, pinas e bisturis foram utilizados. Depois foi usado brax para conservao do material.

    A segunda etapa foi marcada pela produo de moldes de arames com diferentes espessuras. Um

    pedao de arame mais grosso foi firmado no crnio e se estendeu desde l at a ponta do rabo dos

    animais, formando a coluna. Pedaos de arame mais fino foram utilizados para firmar as patas na coluna. No gamb e no veado foi necessrio a realizao de uma cintura e ombros de arame grosso.

  • Modalidade do trabalho: Relatrio tcnico-cientfico

    Evento: XXI Seminrio de Iniciao Cientfica

    A terceira etapa foi caracterizada pelo preenchimento da pele com fibra, moldagem da posio e

    costura do animal. Tambm nesse momento foi injetado formol na cabea, nas patas e no rabo

    (somente do Gamb, que no pode ser retirado).

    No caso das aves foi adotado um comportamento diferente. O alma-de-gato e o chupim

    permaneceram com os seus esqueletos e crebro, devido fragilidade da pele que se rasgaria

    totalmente se o contrrio fosse feito. O beija- flor foi exceo.

    Os midos foram retirados aos poucos com o auxlio de uma pina atravs de um pequeno corte na

    pele. A pele tambm no foi lavada devido ao fato de que as penas cairiam ou seriam danificadas.

    Os olhos e a lngua foram tirados da mesma forma, a farinha de milho e o brax tambm foram

    utilizados do mesmo modo.

    Foi feito um molde de arame que se estendeu at fora do animal, para que se tornasse possvel

    firmar o pssaro em algum local que se assemelhasse ao seu meio de origem. Todos foram

    preenchidos com fibra e costurados. O formol foi injetado em todas as partes do animal, exceto do

    beija-flor, pois o esqueleto no foi removido tampouco a pequena poro de carne fixa a ele.

    Resultados e discusso

    Aves, ratos, gambs e veados foram taxidermizados. Todos, com exceo das aves, obedeceram ao

    mesmo procedimento.

    O rato foi o primeiro animal taxidermizado, destinado ao nosso conhecimento da tcnica. Os demais

    animais foram taxidermizados visando o nosso treino e o desenvolvimento de espcimes para

    exposies.

    Como era de se esperar, o rato foi um animal difcil de taxidermizar devido a nossa ignorncia no

    assunto at aquele momento. Os que se seguiram foram de fcil manipulao, inclusive o veado,

    apesar de sua estatura. As aves foram as mais complicadas, devido fragilidade da pele e a

    presena de penas que caam ao menor toque.

    Para a aula que o gamb foi taxidermizado estava previsto o uso da tcnica envolvendo ataduras

    gessadas e espuma de poliuretano. Porm, no foi possvel devido a umidade excessiva do ar que

    estava prejudicando e atrasando demasiadamente a secagem do gesso.

    Concluses

    Conclui-se com esse trabalho a importncia do desenvolvimento de espcimes taxidermizados para

    conservao de animais mortos e para estudo e classificao da fauna existente. Tambm

    compreende-se agora todos os processos pelo qual os cadveres devem passar e como devem passar

    at que sua pele seja tratada e preenchida para a coleo.

  • Modalidade do trabalho: Relatrio tcnico-cientfico

    Evento: XXI Seminrio de Iniciao Cientfica

    Alm disso, atravs da pesquisa sobre a tcnica de poliuretano, possvel afirmar que muito mais

    prtica, porm envolve tempo e existncia de uma carcaa no animal, o que nem sempre ocorreu. A

    formao de um molde de gesso permite a reproduo perfeita da forma e estrutura originais.

    Palavras-Chave: Conservao; identificao; estudo; prtica; tcnicas.

    Referncias Bibliogrficas

    INCA- Instituto Nacional do Cncer. Formol ou formaldedo. Disponvel em:

    http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=795. Acesso em: 09 de abril de 2013.

    PRYBYSZ, C. H.; CUNHA, W. L. (2011). Tcnica de modelagem em resina de poliuretano na

    taxidermia de vertebrados., Iniciao cientfica CESUMAR, v. 13. Disponvel em:

    http://www.fap.com.br/fapciencia/009/edicao_2012/014.pdf. Acesso em: 17 de junho de 2013.