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    *&m -1-730-1922- ^*/,=m ro

    AoUARELLAS E DOC UhEMTACAO DE

    TEXTO Ortfa.m5fc*>o PORGustavo Barroso

    PubUcacio OffictJkl doHinisterio d*. Guerra,

    commeinorotiu* do Centenrio d* Inuependnci* dobrasl

    PARISA.FERROUD.- F. FERROUD , SuIZt.BOULEVARD SAIMT-CfRMAin,l*7

    1922

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    PU RCHASED FOR MUUSlVll^m 01 TORONTO LIBRAR)

    FROM I II IHUMANUIES RESEARCH COUNCIlSPECIAL GR/W/

    FORBRAZIL COLLECTION

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    ti***Exercito Brasileiro

    MlM/. Al.

    OBRA COMMEMORATIVACENTENARIOdaINDEPENDENCIAooBRASILEDIO ESPECIAL DO MINISTRIO DA GUERRA

    De$enhos, aquarellas e documentos de J.Wasiif RodriguesDireco geral e organisaao do fexfo pordu^fovo Barro$o(Joo doNorfe)

    RIO DE JANEIRO E PARIS1922

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    MAY1987

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    Exercito Brasileiro

    MDCCCXXIiw/Ar;/-v * f

    OBRA COMMEMORATIVACENTENARIOdaINDEPENDENCIAdoBRASILEDIO ESPECIAL DO MI NISTRIO DA GUERRAti'W 5>

    Desenhos, aquarella e documentos de J.Washf RodriguesDireco geral e organisaaodofexoporGuSfavoBarroso(JoodoNorfe)

    RIO DE JANEIRO E PARIS10252

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    T.l.phon.s: (212) 7370222737-0223

    Viiiti by ppoinmnt only

    C.bU: LIVRORARO. NEW YORKOFFER SUBJECT TO PRIOR SALE

    RICHARD C. RAMEROLD tnd RaRE IOOKS225 East 70+h StrtNew York, N. Y. 10021

    BARROSO, GUSTAVO. Uniformes do Exercito Brasileiro, 1730-1922.Aquarellas e documentao de J._Wasth Rodrigues. Texto organisadopor Gustavo Barroso. Publicao Official do Ministro da Guerracommemorativa do Centenrio da Independancia do Brasil. Paris:A. Ferroud, F. Ferroud, 1922. Folio, orig. printed wrps. (some-what dampstained) over recent quarter morocco with cloth sides.(2 l.)i HO p., 112 hand-colored watercolor plates showing mili-tary uniforms. Internally very fine.

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    I PARTEHistoria da organisao do Exercito e de seus uniformes

    CAPITULO I

    Sculos XVI, XVII e XVIII - Brasil ColniaA primeira tropa mais ou menos regular que teve o Brasil, vinda de Por-

    tugal foi composta pelos 600 voluntrios que, em 1549, desembarcaram com o go-vernador geral Thom de Souza, na Bahia. Sobre sua organisao, bem comosobre a dos soldados que, s ordens dos Ss, combateram os francezes no.

    Rio deJaneiro, nada se sabe ao certo. Assim, no sculo XVI, desde a diviso do Brasilem capitanias, por D. Joo III, at as invases estrangeiras, no se conhecem do-cumentos seguros da nossa vida militar.No sculo XVII, a situao j outra. Torna-se maior o interesse da me-trpole pelo paiz e a ambio de outras naes colonisadoras faz com que se pensemais na defesa d, , Brasil. Travam-se grandes lutas. As foras que nellas tomamparte s,, formadas no nosso prprio territrio, de accordo com os preceitos mililares da poca. Apparecem os teros de brancos, de pretos e de ndios. O teroera a unidade tctica, que suecedera. no occidente europeu, a varivel e conusahoste ou mesnada medieval, com. essa fora suecessora da formidvel legio ro-mana e essa da admirvel phalage greco macedonica. O tero tinha dez compa-nhias de cem homens cada uma. commandadas por capites, que, em parada, comoos das companhias actuaes, iam, em fileira, frente, seguidos de dez pagens, le-vando .obre almofadas de velludo, OS seus capacetes emplumados. Era uma for-mao militar eminentemente peninsular, pois a creara o grande capito espanholGonalo de Crdova. Governava tero um mestre de campo, auxiliado por um

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    e |H>r um ajudante. As primeiras companhias eram armadas dechuo e chitfarote; seus officiaes inferiores tinham espadas. As ultimas carrega

    i cabos de esquadra, piques ou alabardas. Todosofficiaes subalternos e superio

    davam com bastes de commando (figs. i iEm 1629, quando Mathiasde Albuquerque chegou ao Recife,encontrou, para defender a capita-nia ameaada pelos hollaimente [30 homens, [magine-se quevalor foi preciso tivessem os chefes

    a, afim de organisar tr< 1pazes de escrever aquella epo-

    pa coroada pelas victorias dosGuararapes. Nellas se distingui-ram as celebres "companhias deassa' campanhaHenrique Dias se tivesse coberto degloria a frente de seu tero de pre-tos, durante mais ou menos dois s-culo, existo no Exercito do Brasiluma formosa tradio: teros e, de-

    regimenl nambuco, na Bahia e no Rio, de caadores a p, das mili-com fardas brancas paramentadas de vermelho, compostos exclusivamente de

    - e intitulados Henriques Essa tradio infelizmente desappareceu.Aps a guerra hollandeza, o governador Britto Freire, restaurando a capi-

    li i lhe uma de nossas mais antigas organisaes militaresconhecidas. Determinou que cada comarca fornecesse um tero de soldados lo-

    companhia cada freguezia e sendo seus capites e mestres delhor posio entre seus habitantes. Desta sorte preparou

    --> infant< /allos. Entretanto, deve se notar que1 - eram mais theoricas

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    mavam e fardavam sua custa, ao que a lei preceituava. A tradio desses fazen-deiros militares veio at nossos dias com os postos da Guarda Nacional.

    Durante o sculo XVII, a organisao militar verdadeiramente digna de rteresse no Brasil a pernambucana, visto como aquella regio sahia de uma ter-rvel luta \,hV, Britto Freire, em 1663, em plena paz, o conde de bidos refor-mou o que aquelle fizera, reduzindo toda a tropa a dois nicos teros completos..Mais tarde, o governador Henrique Luiz Freire creou o regimento de drages au-xiliares a p. dividido em dois batalhes de dez companhias cada um. com 1.200bayonetas, tambores e officiaes, repartido pelos districtos de Olinda. Recife, Be-beribe, Cabo e Iguarass. Havia mais, ento, dois regimentos de cavallana li-geira de ordenanas, um com 600 cavados nos districtos de Itamarac e Goyana,outro com 500, nos de Alagoas, Porto Calvo e Serinhaem.Em Olinda e Recife estacionavam dois regimentos de infantaria paga,tropa activa, no territorial como as outras, cada qual com dez companhias, sendouma delias de granadeiros, e mais 150 soldados de artilharia. Eis o effectivo decada companhia: 44 soldados, quatro cabos, dois sargentos, um alferes, um tenente,um capito e um tambor; as de granadeiros eram maiores: 55 soldados, os mesmosinferiores e superiores e, alm do tambor, um pifano ou pifaro.

    Conservava-se, religiosamente, o tero preto de Henrique Dias, por patentedo conde da Torre, de 4 de setembro de 1639. nomeado Primeiro Governador eCabo dos Negros e Mulatos do Brasil.

    Completava essa organisao militar uma fora de 13 companhias de orde-nanas (cavallaria) e quatro teros de infantaria, distribudos por freguesias e co-marcas. No meiado do sculo XVII, toda essa tropa era regularmente fardada earmada.

    Com a mesma formao de reserva territorial, havia no Cear e Rio Grande,1o Norte dois teros de infantaria e um regimento de ordenanas, cuja efficienciaera em extremo precria. Ademais, umas duas companhias de infantaria, paraguarnio dos fortes, chamadas "companhias fixas" ou "ps de castello". Amesma organisao, mutatis mutandis. nas outras capitanias.

    No comeo do sculo XYTIT. de 1718 a 1720. assume a de Minas Geraesimportncia maior, devido s suas grupiaras auri feras e garimpos diamantiferos.O governo portuguez manda para alli. como guarnio e policia, as duas famosascompanhias dos drages reaes das Minas, com 60 homens cada uma.

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    i armada

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    cores da nao e sim as do regimento. I I tope portuguez era azul evermelho-

    cres nacionaes na poca. \s azul e branco eram privativas da casa de Braganae s posteriormente se tornaram nacionaes.Um manuscripto grande, sem data. com illustraes, do Archivo Nacional( \ Doe. Gal.) forneceu as bases das estampas 4 a 12, datadas de [767, porquetaes uniformes correspondem pelo corte, cores e ornatos aos desse tempo. Osofficiaes de infantaria usam o gorjal ("hausse-col" dos francezes), ultima remi-niscncia da couraa do nobre. A cavallaria cala caractersticas botas de canho.T, .da a officialidade tem basto e tricrnio. A farda dos tambores geralmente daCr da gola ou do canho do regimento, uso geral na Europa, que durou at ospomposos regimentos da guarda imperial de Napoleo III. Conservavam-se asbandas carmins dos officiaes do sculo XVII e as faixas brancas dos coronis emestres de campo antigos. Ainda os sargentos carregavam terado, chua, lanacurta, pique ou alabarda, tradio que levou sculos a morrer. Km Portugal e noBrasil, sobretudo. Os inferiores da celebre Legio Portugueza de Xapoleo ti-veram alai .ardas de prata. Os sargentos brasileiros trouxeram a lana curta ato segundo reinado.

    Na estampa 4, apparece o regimento lusitano de Moura e. na 5. o de Bra-gana, que, provavelmente, o governo portuguez mandou para o Brasil ahi por1763, afim de combater os castelhanos do sul. Da mesma documentao se ori-gina a estampa 6, onde esto as duas companhias de cavallaria da guarda dos vice-reis, primeiro corpo de escol no nosso paiz. Nasceu com a transferencia da sededo vice-reinado da Bahia para o Rio, no governo do conde da Cunha. 1763-1767.Esse orgahisou a i* companhia e seu suecessor, o conde de Azambuja, a segunda.Essa poca, a da mais importante organisao militar do Brasil Colnia, devidpoderes mais latos conferidos aos vice-reis e s necessidades decorrentes das guer-ras sulinas. A referida guarda usava o capacete caracterstico dos drages con-temporneos, creado para os de Luiz KIV, que da branca se espalhara pelo mundo.Cimeira e cauda lembrando as do casco dos legionrios romanos e cataphractariosgregos. Em derredor, uma cinta de panno; outras vezes, de pelle mosqueada, deona, entre ns, que ainda os drages de Napoleo e de Luiz Philippe tiveram. Bo-tas de canho, semelhantes as dos jockeys e cocheiros actuaes. mas muito prpriasda elegncia militar e civil ate a Revoluo braneeza.

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    da Cunha reorganisou os trs regimentos da guarnio 'I" Rio dempa 7), com golas e canhes pretos; o 1 de infan-tnesma .uma. aquelle com enfeites e tnetaes brancos, este

    Pela regra geral a que nos referimos, deveriamimbores da anilharia, mas so todos vermelhos, porque de negi

    lados ^ cor preta ficou uma tradio da arma. e tomu pennacho i preto ou preto e vermelho. < >s botes e m ordenanas formavam uma come 3" linha (estampas 20 eitando aquelles que ugiam ao recrutamento dos teros. Ti-

    nham perdido a significao militar dos sculos anteriores e pOSSUam mais offi-1 inteis do que soldados disciplinados e capa

    s regimentos locaes de linha e teros auxiliares:cemplo, r corpo d< de S. Paulo e Villas do Sul, 2' de

    1 laratinguet e Villas do Norte (estampas 2 e 3), 1" de in-S Paulo

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    sendo a i' chamada do coronel, a 2' do tenente-coronel e a 3" do major. Velhatradio portugueza, idntica quella que Eazia, ao antigo exercito trancez, ser o, regimento de qualquer anua do rei, o 2" da rainha, o 3" do delphim, o 4 dronel general, se de cavallaria, do mestre de campo general, se de artilharia, domarechal, se de infantaria. O regimento de artilharia do Rio tinha nina compa-nhia de bombeiros, uma de mineiros e uma de artfices, sendo as sete restantes

    de infantaria. < > regimento de Extremos seguia para as operaes nosul de onde iria para o Par. Os eflectivos dos de Moura e de Bragana, reuni-dos aos d

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    Chamai de mfliciaa o de teis (estampa 23), creado pelo general1 commandantea eram sempre oa governadores e que

    commerck Seu uniforme era encarnado, paramen-demificias, entrava gente mais modesta taverndroa e

    fOO 1816\ farda era azul e amarella. Havia mais regimento de pardos, param cales e botes brancos, pluma azul-clara, de ponta rubra, farda-

    mento azul-ferrete com k};i, canhes, Forros e bandas vermelha e o correamebranco; o de Henriques, para oa negros, de branco, enfeitado de vermelho; a com-

    a de familiares, de encarnado e verde; doia corpos de capites de assaltoa hullandeza de guarnecidos de fitas rubras e fat-ie verde. Em cada um desses corpos, a i" companhia usava

    - brancas, e a -*. azues, com as mesmas franjas. Fa-

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    riam os servios de correios, vigilncia e perseguio de escravos fugidos.Eram

    uma espcie de policia.Mais ainda: dois teros de ordenanas, o do norte, fardado de azul, sem gola

    e com metaes prateados, e o do sul, com a mesma farda e metaes dourados, e umcorpo de cavallaria auxiliar, dissolvido, em .800, por ter quatro soldados e 40 offi-ciaes

    !

    Nesse tempo, o gosto inglez quasi predomina no nosso fardamento, com ouso dos chapos altos para a tropa. A barretina dos machadeiros de linha in-gleza. Conserva-se o gorjal.

    Violento e curioso, o systema de recrutamento. A certa hora, prendiam-setodos os homens que se encontravam na cidade. Depois, entre elles, as autonda-des escolhiam os que deviam assentar praa.

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    CAPITULO II

    Sculo XIX Brasil ReinoA expanso do imperialismo napolenico e a resistncia que lhe oppz o po-

    derio inglez determinaram, na Europa, uma srie de acontecimentos, cuja reper-cusso na pennsula Ibrica forou a corte de Lisboa a refugiar-se no Brasil. Installado no Rio de Janeiro, vio o prncipe regente a necessidade de dar melhor orga-nisao s foras da colnia elevada a reino. Na capital brasileira, existiam os an-tigos regimentos, com os uniformes bastante modificados. O granadeiro do i re-gimento de linha da estampa 24 mostra bem essa mudana. Traz a cartola guar-necida na copa, por uma tira de pelle, desde a parte anterior at a posterior, con-forme usaram as milcias portuguezas do fim do sculo XVIII a 1806. Documen-.tam as fardas dessa poca figurinos contidos num manuscripto datado de 1800, naBibliotheca Nacional (V. Doe. Gal.). Verifka-se por elles que, ento, as com-panhias de granadeiros, fusileiros e caadores de cada regimento de infantaria dis-tinguiam-se pelo correame, fardamento e armamento. Dentro em pouco, cadaqual dessas especialidades da mesma arma formou unidades tcticas parte.A 13 de maio de 1808, o principe creou o I o regimento de cavallaria doExercito, ainda hoje existente, o nosso corpo mais antigo, para cuja formao sr-vio de base o velho esquadro da guarda dos vice-reis. Deu-lhe o mesmo quadrodas unidades portuguezas dessa arma: oito companhias. No mesmo dia, creou aguarda real do principe ou archeiros da guarda real para servio do pao e pessoaldo monarcha, incumbindo o marquez das Bellas. que tinha vindo, como capito,com alguns archeiros de Portugal, de commandar os seus 25 homens. Regulan-sou o corpo da brigada real de marinha, toraando-o num regimento de artilharia demarinha, com trs batalhes de oito companhias cada um. Desse corpo se originouo actual batalho de fusileiros navaes, que conserva no seu fardamento o estylo in-glez da sua origem.Um parenthesis, para seguir a vida dessa unidade tradicional na nossa his-toria militar. Em 24 de outubro de 1822, D. Pedro fel-o batalho de artilharia a

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    !S

    m janeiro mudou-o em Imperial brigada de arti, principio, e, mais tarde, Em 1847.Na Republica, tem sido batalho naval e

    ,, joo vi d mais a brigada de cavallaria de mflicias em dois 1idores Henriques, tornando-o regimento.

    , corpo de voluntrios reaes, com o effectivo fl> t.ooo ho-o fundada pelo capito-general Martin. Lopes,

    de 1775 (V. Doe Gal.), W WP uo sul,| , em 1814, - 500 homens, composta desta maneira: dois batalhes detrs companhias de artilharia. K

    entode infantaria. D. Joo deu nova organisao a essas: a ter trs batalhes de infantaria, quatro esquadro.- de artilharia a cavallo e uma companhia de artilheiros-

    mento independente foi dividido em i e 2' batalhes de caa-imento de cavallaria de. milcias, com estado-maior e

    ,,or destacamentos dos trs regimentos de cavallariamia. Manteve-se na praa de Santos o regimento de caadores,

    que d- constavam, ento, de 11 regimentos, distribudos pelas

    . infantaria, trs de cavallaria e dois de artilharia. I >^iria tinham sido organisados pdo capito-general Manoel de Mello. Del-

    praas que compuzeram o regimento de voluntrios de mi-

    i,na citados, verifica-se que raros porme-scculo XVIII. As fardas so fechadas, as bandas,

    atilho, as calas, collantes e compridas, terminam dentroiusileiro e o caador trazem j o correame ama-

    distinctivos que, durante muitospennacho verde e a trompa. Esta foi recentemente restau-

    emblema clssico da arma em toda a parte.Bahia num caderno de figurinos, ingenuamente

    , a Bibli cional (V. Doe Gal.). Temos, na estam| le infantaria d'alli, com chapo redondo, de aba esquerda

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    levantadaj muito commum nas primeiras dcadas do sculo XIX. Parece que nas-ceu na marinha ingleza, da qual passou para Portugal e para o Brasd. Os uru-guayos o usaram na guerra da Independncia e os carabineiros belgas ainda ousam afim de recordar as milcias patriticas de l830. A farda curta, presa naErente por colchetes. Pantalonas de pala sobre as botas, formando polainas.Equipamento antigo. O barrete de ,,elo dos porta machados idntico ao tradicio-nal los granadeiros, isto , ao que sempre assignalou as tropas pesada. tam-bor por excepo, todo de amarello e no de branco, cr da gola da tropa. A ca-saca do musico, antiga, tem casas de ouro, mais tarde transformadas cm ala-mares

    \ estampa 25 mostra os caadores com pennacho verde e os oieiaes debanda enrolada. A faixa envolve-lhes a cintura. Outrora, fora branca, larga ecomprida, porque era a mortalha do militar. Dessa serventia, as reminiscnciasve7es do seu tamanho. Nos soldados, os cintures, que, atravez de dcadas, se-riam privativos dos caadores. Segundo o "Brasil Histrico" (V. Doe I d.). nosculo XVIII, os uniformes dos caadores e da artilharia da Bahia eram quasiidnticos a estes, sendo que os primeiros tinham dois pennachos brancos. Infeliz-mente no colorida a gravura da obra citada.D. Joo VI, logo em 1809, voltou sua atteno para o desenvolvimento daartilharia, fundando um corpo de*artlharia a cavallo e o dos artfices do arsenal,no Rio. Com soldados escolhidos na infantaria e cavallaria da corte, formou aguarda real de policia, armada e fardada como a sua congnere de Lisboa. Delianasceu a actual brigada policial ou policia militar da Capital Federal.O governo real separou a capitania do Rio Grande do Sul de Santa Catha-rina, reorganisando alli a tropa existente. Obteve, assim, um regimento de dra-ges, com 956 homens e um batalho de caadores, com 610. Na Bahia, do 2 re-gimento de 'infantaria levantou uma legio de caadores com trs batalhes a pe edois esquadres a cavallo, perfazendo o total de 2.296 homens.

    Nessa poca, o recrutamento era feito de trs maneiras: o recruta a tora,que servia 16 annos; o voluntrio, que servia oito. e o semestreiro, filho do lavradorou do ricao, que servia seis mezes no primeiro anno de praa e trs em cada annodos sete seguintes. Os milicianos, terminado seu tempo de servio, deviam conser-var o uniforme e o armamento reiunos por tempo igual ao que tivessem passadonas fileiras, estando promptos para qualquer chamado. Ao cabo de 25 annos. per-

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    fomentos militii por que p rno os trophos tomadoirda com h oo, um canho ou uma ban-

    que, no Rio de Janeiro, Santo Antnio era promovido a ;,!,, o respectivo -'1,1,'., interesse de D. Joo VI pela organisao miHtar

    , a instituio da real academia militar, a inaugu-abrica de armas da fortaleza de Santa Cruz. creada,

    ,la Cunha; a installao de varias fabricas de espingardas emris&es dessa provncia; a creao de pedestres, dra-

    . e mflicias na Bahia, no Rio Grande do Sul. no Cear,Marianna e Ouro Preto, e a fundao do regimento dos guaranys,Em [813, ainda se- preparam tropas no Rio

    Em I8I5, cram-se a artilharia .lo Maranho e o corpo dosra invalid

    jxhivo Publico, as informaes completas sobre as forasm resultado a estampa 27: linha, milcias, pardos, nobres,' guarda, familiares, Henriques do regimento velho e do novo, foras-

    . ordenanas, corpos da conquista e de entradas e sahidas. Os uni-itampa 28, Eoram copiados da torre do

    lonelles digno de relevo ,, chapo-claque do official,.do. Em [808, o governo por-

    tugue2 publicou um plano de far-damentos especiaes para seus gen< raes e estado maior, contidos

    , Approxima serios modelos raneczes da Revo

    1 do imprio: casacamarradas de ouro, exaggerado

    910 5 chapo claque de dois bicos. AJ de uniformes do exercito

    fere os do Brasil. EUa confessa a, influenciasido. litteralmcnte. .|"

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    ram as pantalonas e as elegantes casacas fechadas. Conheciam-se os postos pelasdragonas, o que durou bastante no Brasil (fig. 5)- Os generaes continuam comos fardes do sculo XVIII, franceza. Tm vivos brancos e d.stmguem-se pelasestrellas e bordados (fig. 6).

    J^JD*,w Coronel \Ten. Coronel

    J,Sara.de/rfe \ I^-/IrfiIh. ou Furriel

    (H /enLoroneL ff Sargento -Mor m\\wSs y W

    Capito

    Tenente

    Alferes

    T-XD deCavadt.f\fl2Sara. ou Trombefa-more Tambor-morFarnel de /nfie/?rfil\]^

    1806 Cabo //nspeada

    Um facto muito notvel na vida militar do reinado de D. Joo VI foi avinda para aqui de uma diviso portugueza, a diviso auxiliadora, devido s guer-ras no Prata. Compunha-se de dois batalhes de caadores, intitulados voluntriosreaes do prncipe e, depois, d'el-rei ; trs esquadres de cavallaria e uma companhiade artilharia, num total de 4831 homens. Repousaram dias e tomaram parte naparada que Debret reproduz num desenho, onde se vem os officiaes com crepe nobrao por luto da rainha D. Maria I. D'ahi a pouco tempo, essa fora partia paraas fronteiras.

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    intentos do Rio de Janeiro com barretinai doI ena, no brao dos soldados de i

    calas largas de brim e as vestias de li.,, o clarim de cavacaria do districto de Sacra Famlia, com

    rstca da cavaDaria ligeira do tempo, hngara, reproduuinodo ^rchivo Nacional (\ Doe Gal.). Carrega ao hombro a

    ,- c sapska polono, peculiar a ulhanos e lanceiros, um tantotropas ligeiras a cavaDo, que usaram os msicos do primeiro

    e, longamente, os dos m regimentos a p. Na mesma estampa,um figurino da BibKotheca Nacional (V. Doe. Gal.). a policia de Marianna, sido a primeira creada no Brasil aps a da capital.ristente na Santa Casa do Maranho I V. Doe. Gal. >, do anno

    modelo da 3" figura dessa estampa, na qual o soldado de Henriquesfoi pintado de accordo com a minuciosa descripo do viajante Henry

    laL). O 1 [enriques do Rio est de accordo com as estampas dotem] O decreto real de 1816, para o Exercito Brasileiro, minuciosamente descrevefan! distnctivos de i" e _'" linhas. Na estampa 33, o alteres de fusileiros

    '

    1 o apparecimento de nova barretina e de calas largas. O caboi traz divisas amarellas no brao. A tradio desse systema de di-mantidoat m pequenas modificaes. uma das raras que

    t m ;.,. ( >s alamares e pennachos do tambor-mr e do musico so diffe-- da tropa. Todos os metaes da i" linha dourados, todos os da 2* pr

    \ Republica, creando, recentemente, uma nova _> :' linha, manteve, talvez in-dentemente, a distincO tradicional (estampa 34). Nella, uma mincia, quea infiuei

    ,

    uropeus: os enfeites de luas cores nos braos dostaml utrra, tambores e corneteiros acompanhavam os arautos senhoriaes

    3 tinham as mangas, o estarcoe as meias dashorou do rei. Por isso, em muitos exrcitos estrangeiros, tm nas

    idonaes.mpre dourados, por causa da tarda branca, os metaes dos caadores Hen-

    ri,,,.. armados de floi caadores, de sabrecurvo Na barretina dos granadeiros, a granada de mo e a chapa de numero: na

    duas chapas Uma COm O numero, outra COm as armas reaes ; na dos

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    caadores, a trompa c o numero. Os officiaes superiores, com capoto de modeloda poca Os milicianos, com as cores de seus corpos nos paramentos das casacas.A revoluo de 1817, no nordeste brasileiro, fez com que para la se envias-sem vrios corpos do Rio: o f de cavallaria, o parque de artilharia, os voluntriosd'el-rei e quatro batalhes de infantaria. Da Bahia partio para o Recite uma uni-dade creada naqueUe difficil momento, o regimento chamado da 2 restaurao dePernambuco. Ficou a capital entregue policia e a guarda do soberano confiadaa um esquadro de cavallaria, vindo de Minas. Como as tropas enviadas nao fos-sem sufficientes para vencer

    a rebeldia, que alastrava, sua magestade mandoubuscar mais soldados em Portugal, pelo marquez de Angeja. Esse reforo che-gou de Lisboa em agosto de 1817, deixou no Recife o 2 regimento de fusileiros, naBahia o 12o da mesma arma, desembarcando, no Rio, em S. Christovo, no mez deoutubro, composto pelo 3" de caadores. 15- de fusileiros, uma companhia de arti-fices-engenheiros e uma brigada de artilheiros-conduetores.

    Foi essa a tropa que, em 1821, passou, sob o commando de Avilez, do Riopara a Praia Grande, de onde, aps a Independncia, seguio para Portugal. Ou'de fusileiros resistio, na Bahia, com o general Madeira, ao cerco de Labatut. Ca-adores e um pouco de artilharia resistiram algum tempo no Maranho e noPiauhy Em 1821, 600 homens da diviso naval, que veio buscar o prncipe, fica-vam, espontaneamente, no nosso paiz. A diviso auxiliadora, que estava no sul,embarcou, em 1823, para a Europa.

    Painis de azulejos de velha casa do Maranho | V. Doe. Gal. ) representamdois sargentos portuguezes do 19o e do 22 de fusileiros. Por elles se reconstitu-ram os uniformes do porta-bandeira e do cabo de infantaria da estampa 36, con-servando as mesmas cores e mincias. A bandeira a que se usava naquelletempo- as cores nacionaes ou as do regimento, dispostas em tringulos e losangos,em torno de um centro circular. Da mesma maneira, a maioria das bandeiras dasmeias brigadas da revoluo franceza e de vrios regimentos modernos europeus,dos paizes monarchicos. O of ficial superior do 1" de milcias da Bahia foi copiadodo retrato do coronel Silva Paranhos (V. Doe. Gal.), com uma curiosa guia de cor-rente, prendendo a espada, cales e meias de seda.No correr dos annos, os uniformes dos generaes portuguezes se alteram.Retratos, gravuras e estampas nos apresentam o chapo armado de bico para arente dragonas grandes, de cachos annelados. bordados nas costuras das costas e

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    MOlaria. \ fardas comeam a ser abotoadas, mal seu . de rendas a banda de tranquetas

    Na estampa 37, temos os caadores, official e soldado, com o uniforme crd,. pi n |u ,. na gravura de Debret, que representa a partida dessa tropa

    de luto por D. Maria I. Tem canana a tiracoUolidado, chouria aos hombros I ' equipamento de fabrica ingleza e a

    etina de novo typo. \ farda, cr de pinho, com chourias verdes, duroula perto dum sculo em Portugal.Em 1818, voltou ao Rio a fora que se achava em Pernambuco. D. J1 um esquadro de cavallaria em S. Paulo.mpa 38, apparecc um caador do 1" batalho, em [821, com as dra-

    :i 18 19, os canhes e golas verdes, autorizados emrimeira vez, officialmente, as cores da casa de Bragana, azul e

    branco, substituem as da nao portugueza. Esse tope foi distribudo, no Brasil,I, a 31 de outubro de l82I. O soldado de cavallaria de milcias de

    foi tirado da afamada estampa de Debrd "A caa da ona". Seu capa-lo dos caadores a p de Luiz XVI, do dos caadores a cavallo da

    ' is tropas bavaras, em [870.furinos militares do Kxvo do Para (V. Doe. Gal.) mostram o officiallo do regimento de cavallaria de linha, creado, alli, por decreto de 1X17(V. Doe Gal.), que no foi aproveitado na reforma geral da P linha, em [824.grande valor, porque j trazem alguns caractersticos da futura cavalla-

    ria 'V lede D. Pedro I. quasi sempre os decretos sobre

    uni; mi acompanhados de figurinos desenhados 4 mo, gravados em cobrequardlad nos archivos, mas, infelizmente, quasi todos des-

    s \rchivos do > Paulo, na Bbliotheca Nacional, restam

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    os raros que se no perderam e muito serviram na confeco desta obra (V.Gal.).

    Na estampa 39, o clarim de artilharia a cavallo apresenta o Eardamento tex-tualmente descripto nas leis de [820: ursa ou barrete de pl "ourson" fran-cez) e pelia. Os clarins, como os tambores, sempre ti-veram uniformes especiaes. Entretanto, os uniformesdesse gnero, dos hussares, da cavallaria ligeira, eram muitousados na artilharia a cavallo. A de Napoleo vestiaassim e assim veste, nas paradas, a

    "royal Eield artillery"da guarda real ingleza.O uniforme dos generaes est documentado com umretrato do brigadeiro Montenegro (V. Doe. Gal.). A.far-deta azul do otticial negro, em pequeno uniforme.perpetuada na estampa contempornea, que representa ocapito Bonaparte, dos Henriques (V. Doe. Gal.). Ellaf,,i inventada em [812. A estampa 39 ainda regista a ul-tima creao de indumentria para os caadores, em 1820(figura 7).

    D. Joo VI voltou a Portugal e precipitaram se osacontecimentos de que resultaria a independncia do Brasil.\pos sua partida, o prncipe D. Pedro, precisando de sol-dados, decreta que os voluntrios que se apresentarem s- lao poraguezmente serviro trs nuos. Organisa-se a guarda cvica. FIG 7para defesa da Corte, com quatro batalhes de infanta-ria e dois esquadres de cavallaria. Km S. Paulo, arma-se tuna corporao se-melhante, appellidada "sustentculo da independncia brasileira".

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    CAPITULO III

    Sculo XIX Brasil Imprio Primeiro ReinadoAps a proclamao da independncia, o

    primeiro cuidado de D. Pedro Eoitornar, pelos seus uniformes e distinctivos, os soldados brasileiros differentes porcompleto dos portuguezes. Creou, a 18 de setembro de 1822, o emblema, que, at

    1822-25(Brao esquerdo) (Chapu armado)1831

    1823 1831 1894 1903

    [825, se usou no alto da manga esquerda e se chamava tope. composto por um cir-culo verde, isolado acima de uma fita amarella. em que se lia "Independncia OUMorte !" (fig. 8). Modificaram-se golas, canhes e pennachos, as primeiras par-

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    >lamento que se tornaram caracteristicamente nadonaes. \ primeira

    n-.i um offida! de caadores fardado nod Debrel da mesma anua pertenci ata

    o de 1818 e mantido com o mesmo numero pdo im-a que -lurou d. 1816 a 1823. I Mia desappareceu o laosubstitudo por um circulo verde e amardlo, sobre o qual

    , Eficial, porm consta de todos os figurinos contempo-esquerdo, o emblema j citado. Canho s verdes. Estaistica de nossos caadores durante longo tempo. Foi sempre aEuropa. Nos corpos de i" Unha. um galo amardlo nesses ca-

    s verdes cm olhos amardlos. Tal exaggero de cores na-uniforme exprimia desejo de mostrar a todos que o domnio de alm-

    ido. X mais, as fardas soffreram pequenas ou nenhumas altera-s rivos, por exemplo, continuavam os anteriores.

    Vejamos a estampa 46. O i* de cavallaria adopta gola verde e canhes3. Ento, tornou ao uniforme antigo, que ficou tradidonal e s foi

    mataram as uk-11i-.iv> lembranas do nosso passado militar.

    A maioria dos crimes outra nossas mais Mias tradies sedevem estrdta e

    sitivista, que, infelizmente, predominou em muitas manifesta-. no inido da republica, e, felizmente, j morreu de inanio. ( > soldado de mi-

    -.1 gravura est accorde com o Debret, gales e l--tr.es de metal branco,

    . . noss - linha.Em 1823 erno imperial approvou novo plano geral de fardamento

    s Transpomos esse uniforme da obra de Debret 1 V. Doe Gal.)itampa 41. \ barretina, afunilada, guarnedda por um cordo, em es-

    1 pelos hussares da revoluo franceza e seus alumnos da escola deMa . e "mirliton", por se assemelhar ao instrumento musical doFicou tradidonal entre ns, tornando-se, com o tempo, pea abso-

    ndo mesmo a mais caracterstica da evoluo de na indumen-\ artilharia a p usou-a mais tarde, a infantaria em t866

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    E.M. General1823

    provisrios Ficam definitivos. Desde ento, os referidos officiaes passaram a tra-zer gales no punho e a no ter dragonas at o fim da monarchia. Documentaessa figura o retrato do conde de Escragnolle I V. 1 >oc. Gal. >. ' > coronel de milcias,; tirado do retrato do coronel [gnacio de Queiroz (idem) e o major de ordenanasdo do baro de Tiet I idem I. Os pennachos dess< s dois ltimos fardamentosos vulgarmente chamados "periquitos", verdes e amarellos, indicadores da 2" linha.< is tufos de rendas das camisas de ambos Eram prohibidos pelo imperado,-.O primeiro plano de uniformes para o estado-maior general, estado-maiordo exercito e engenheiros baixou com o decreto de 7 de

    outubro de [823. \ eja-sSmarechaes no tm vi-vos nem presilhas nasabas da casaca. Os bri-gadeiros e outros offi-ciaes generaes tm amesma farda, com dif-fcrenas nos bordados.A sua disposio

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    rente ou dos lados, ou com tranquetas, peca que vive e morre com o primeiro imprio x ^ pantalonas brancas tmcapo. Os bordados variam um pouco com

    i 42, a primeira figura um brigadeiro, que faz parte doseguinte, conforme as insgnias, um vogal de conselho,

    ,lano de fardas de generaes .lurou bastante tempomente em 1835 comeou a modificar-se, quando as golas abertas mostram as

    . io outras. Em [852 confirmou se ainda esse plano. 6 umlurado no Brasil. Em 30 annos manteve-se quasi immutavel.

    irdamento de nossos generaes ha qualquer coisa delle.uniforme dos corpos especiaes , mais ou menos, o portuguez. J nesse

    tempo a torre emblema de engenheiro e a esphera armillar do estado-maior deestado Maior e fnrenheiros1823

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    Fiadores1623

    dio at hoje conservada, As espadas dos officiaes semelhantes s de hoje, combainhas de metal, datam de 1840. Quando ministros ou senadores, alguns generaesusavam espadins, como se v nas lithographias de- Sisson < \ . Doe. Gal. i. No traje

    de campanha, o chapo armado no tinha plu-mas. < >s talins do i" uniforme variavam (fi-guras ue 12).O nico figurino sobrea artilharia desse tempo esta noArchivi 1 Xaei mal. Por elle serestaurou o artilheiro a cavalloda estampa 44. < ) alferes dessaarma. contido na mesma, estna gravura de Debret, do paun< ' de bcca do theatro, pintadouir ti 11 1 FIG 1Zvlu- no Rio, e numa aquarella do

    Instituto Histrico de Pernambuco | V. Doe. Gal.). Em maio de 1824, a farda daartilharia foi alterada no pennacho, na barretina e na cr das calas. Os grana-deiros da estampa citada sahiram do Debret. O official traz um galho verde nabarretina, usado na acclamao de Pedro I, o mesmo que as tropas aus-tracas, especialmente as da Hungria, usaram desde Maria Thereza at osnossos dias.

    Na estampa 45, est um major do 1" regimento de cavallaria de milcias, se-gundo descripes de documentos officiaes. As milcias, ento, tinham mesmo ar-tilharia. Em 2 de outubro de 1822 organisou-se, no Rio, o batalho de Henriquesda Corte e um corpo de artilharia, todo de negros forros, pagos mensalmente, quedeveria seguir para o norte, na esquadra do almirante Cochran, com effectivo de398 homens. D. Pedro reformou os caad< >res, dando a cada batalha > 7*7 h< nens,repartidos em seis companhias, conservando, com o mesmo numero, oi' de caado-res e mudando os i, 2 e 3 de fusileiros, respectivamente, em 2, .V e 4" de caado-res. pifano de granadeiros da mesma estampa, em uniforme de quartel, mostrabem os usos militares do momento. O soldado de cavallaria da guarda civica deDiamantina traz a farda descripta nos documentos de 1824. O outro representa aephemera corporao patritica i\o Rio. tambm intitulada guarda civica. extrahido de um figurino anonymo do Archivo Nacional i\. Doe. Cal.).

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    Infelizmente, foi impossvel obter a menor documentao para restaurar atalho do imperador, creado por decreto de 13 de janeiro de

    jar bastante tropa, afim de expulsar da Bahia o,1 portugua Madeira. Concederam-lhe regalias attrahidoras de voluntrios.

    Tinha companhias, com um total de 735 homens. Combateutahia voltou ao Rio e teve a honra de dar guarda ao pao imperial. Entre-

    tanto, em companhia da imperial guarda de honra, abandonou seu imperial prato-i1 de [831, reunindo-se, no campo de SanfAnna, as foras que lhe

    arrancaram a abdicao.\a referida estampa, ha um cabo do 1' de cavaUaria do Exercito extraindo

    (U. lr ra do Instituto Histrico de Pernambuco (V Doe Gal.)Examino tampa 46: o soldado de cavallaria de milcias est con

    ion ipes militares contemporneas; o soldado creoulo de artilharia demarinha consta do Debret. Na 47. os archeiros de D. Joo VI e de D. Pedro I. osprinHroscomascc^hjsas,ossegiindoscom as brasileiras, documentados pelonu.,n , por uma de Mias casacas, que ainda existe ( V. Doe. GaL).

    clamada a independncia, recebeu o imperador auxiKos de algumas pro-vindas. Em primeiro logar, o esquadra- de voluntrios milicianos de S. Paulo,l|UC 30^ para a formao da celebre, brilhante e aristocrtica imperialguarda de honra, creada por decreto de i" de dezeml.ro de [822. 1 >. Pedro recom-

    .. honra aquelles voluntrios, ao mesmo tem,- que constitua para siuma guarda de gente escolhida, composta de um estado-maior e trs esquadres de1 38 homen. cada um. o i* parando em S. Paulo, na villa de Taubat; o s na Corte,

    Kl Rcv. Cada esquadro tinha no escudo do talabarte as ini-- da provncia, de cujas milcias se originara e onde estava de guarnio, sendo

    obrigado a apresentar-se no Rio pelo menos quatro vezes por anno. A imperiali dissolvida em 1832, porm seus officiaes ficaram com o di-

    continuar a usar seu uniforme. Sobre ella existem muitos documentos,nenhum definitivo que, em abril de [822, por occasio de se organi-

    primeiros soccorroa a serem enviados ao prncipe D. Pedro, foi adoptado,ato, o uniforme branco, paramentado de vermelho, que a guarda sempre

    e conhece nenhum capacete usado antes da independen-,, da cavallaria de mUicias, de modelo bavaro. Todos OS capa

    gar ate hoje so posteriores ao grito do Ypiranga, tendo as

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    2Capace:I.G.de Honra

    C^W T. Coronel Sargr.-Mr Capifcto Tenen

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    iniciais IV I ' > primeiro capacete da guarda i dourado, todo de metal, estamento,na cimeira, o drago herldico dos .tenentes do brazo da casa deina, de entre cujas azas abertas escorre a farta crina (fig. i;i. bastanti

    nheddo e do qual ha vrios exemplares (V. Doe. Gal.). \ estampa 48 esclarecermenores da tarda.

    la imperial guarda de honra eram, na maioria, antigosofficiaes de milcias, que conservavam, nos punhos, os gales de seus antigos pos-

    effectivos dos trs esquadres distinguiam-se pelas dragonas.Pedro Amrico, no grande quadro da independncia, represerita esses bellos caval-leiros arrancando os topes portuguezes azues e rubros, anachronismo talvez con-scientemente praticado, visando o lado esthetico da composio, somente, porque

    sco de metal no fora inventado e os topes eram. desde outubrode 1821, azues e brancos, presos, pelo decreto de 1806, no chapo, e no nas man-

    como pintou. , I decreto creador dessa guarda d sobre cila minuciosas informaes. Por

    gundo casamento do monarcha, mudaram-lhe o capacete para o na estampa 53. Debret cita o facto e reproduz a nova silhueta do corpo de

    lesse_'" modelo de capacete so mais raros do que

    os do r.Gal.). 6 de couro com ferragens douradas e trs eirculos concntricos,

    .unarellos e um verde, como tope. substitudo, em 1831, por nina estrella deoum em campo verde (fig. 8). Debrel pinta, na cimeira do capacete de couro.com virolas e reforos de lato. ,, drago alado do primeiro modelo e crinas. No

    nhece nenhum exemplar de capacete dessa ordem. Existem do esquadro deMinas, cuja cimeira idntica do dos antigos drages francezes, greco-romanos,com ornatos gravados. O uniforme branco, enfeitado de vermelho, com dragonas

    orreame preto trc uma influencia espordica no nos-,,tilitar austraco, lembrando os elegantes drages viennenses de

    nos "croquis" de I.ucien Vallet 1 V. Doe. Gal.).f-'..i ess,- uniforme tradicional, nobre e profundamente significativo dos pri-

    meiros momentos de nossa emancipao politica que, em 1916, num projecto appro-vado pela Camar, mas rejeitado pelo Senado, o deputado Gustavo Barroso pretendeu restaurar, para o IH ario, no histrico 1" regimento de cavallana. quetomaria o nome de ' da Independncia, por fundamentadas razes expostasno folheto de sua lavra "Tradies Militares"; editado pelo ministrio da guerra.

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    (ihiBaseamos as Eiguras da estampa 49 ,,;is pormenorisadas informaes da

    _ra do coronel Schlichthors

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    (6

    mi granadeiro e terceiro um caador estrangeiro. Finalmente, umial de -' linha, mostrando os bordados das dorsaes da fardeta, conr, poder do Sr. J. Washl Rodrigues, e o mesmo bon molle que

    figura no retrato

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    a atacar os lusos, commandados pelo visconde de Piraj. l >s "couraas" resurgi-ram na guerra do Paraguay. Completa a estampa um caador regular e um bri-gadeiro fardado como o do retrato a que nos referimos. Nos canhes, os borda-dos verticaes traem o costume portuguez ou so uma fantasia, porque, em ise estabeleceu com rigor que seriam horizontaes. interessante pormenor a anti-quada banda de tranquetas.

    Segue-se a estampa 51, com um soldado de cavallaria de milcias, e caa-dores. Em S. Paulo, existiam dois batalhes dessa arma. que, na organisaogeral de [824, receberam os nmeros 6o e f. Um veio dar guarnio no Rio, coma alcunha pouco lisonjeira de guarda da marqueza. < > outro ficou na sua guar-nio. Differenavam-se dos outros corpos de caadores pelas golas e canhesazues-claros, cor tradicional das foras paulistas, conservada, depois, nos caado-res do corpo fixo local. ( )s dois soldados da estampa so desses batalhes e o decostas mostra o equipamento ento usado. A estampa 52 baseia-se numa fardetado brigadeiro Tobias (V. Doe. Gal.), canhes em ponta e de cada lado uma fitapreta para sustentar a banda.

    O mais importante documento militar do primeiro reinado o decreto dei de dezembro de 1824, pelo qual se organisou, do melhor modo possivel, o exer-cito, em 1" e 2" linhas, acabando-se com as formaes irregulares, fragmentarias edeficientes que havia. Deram-se nmeros e attribuies novos a todos o? corpos,menos ao batalho do imperador e imperial guarda de honra. Resultou que o1" batalho de granadeiros da corte se tornou 1" de granadeiros de l" linha; o i degranadeiros estrangeiros, 2o de I a linha, aquartelados no Rio. ficando na mesmaguarnio os I o , 2o , 3 e 4 de caadores; o 1" de caadores de S. Paulo passa para oRio, como 5o , e o 2o fica l, como 6": a infantaria da legio de S. Paulo constitueo 7o ; o batalho de caadores de Santa Catharina, o 8": o batalho de infantaria eartilharia de Curityba, o 9"; o 1" batalho deTHbertOS de Montevideo, o IO, e -,, [ i; a companhia de infantaria e o corpo de pedestres do Espirito Santo, o 12;na Bahia, os 1". 2" e 3 de caadores da provinda mudam-se em [3, 1 |" e 15": o deAlagoas recebe o numero [6o ; os 1". 2" e 3" de Pernambuco so reduzidos ao 17" e18": o da Parahyba toma o numero 10" e OS de infantaria do Piauhy, Rio Grandedo Norte, Ceara e Maranho, respectivamente, as designaes 20, 21, J-' e -do Par ficam sendo 24o e 25, e os caadores estrangeiros. 26' e 27. at [825,

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    quand de caadores e aquelles passaram a chamar m\ cavallara constituio se assim: i* regimento de cavallaria, na Crie, fun-

    .... \ I . _ . formado pelo ex regimento de Minas; 3, pela cavallariajquadro da mesma cidade;^, pelo esquadro da provinda

    rodo Rio Grande do Sul; 5, pelo regimento de drages do Rio Pardo;gimento de drages de Montevideo, e f, pelo regimento de drages da

    Unia\ constituio d se, na artilharia, da mesma maneira, por synthese: o regi-

    mento de artilharia do Riopassaa ser i* corpo de artilharia de posio; o batalhode posio do l rpo de artilharia de posio; o de Santos. 3B corpo; o de

    tharina,4*j o de Montevideo, 5'; a artilharia do Espirito Santo, 6; ocorpo de artilharia da Bahia, f\ o de Pernambuco, 8, e as artilharias do Piauhy,

    r, na mesma ordem, 9, to , ii e 12o. Formam-se cine.corpos de artilharia montada: o f. com a brigada de artilharia montada da Corte;

    com a artilharia da legio de S. Paulo; o .V. com a artilharia de S. Pedro doRio Grande do Sul; o 4. com a artilharia montada de Alagoas, e o 5 . com a da IVrahyba nosso Exercito.

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    CAPITULO IV

    Sculo XIX Brasil Imprio Regncia\ regncia foi obrigada a dar nova feio ao Exercito, porque ia nau mais

    existiam vrios corpos, como a imperial guarda dehonra, o batalho do imperador,

    o >e f de granadeiros, o itf, i Io, 27o e 28 de caadores, e outros no possuameffectivo sufficiente. O decreto de 4 de maio de 1831 conservou somente o es-tado-maior general, os estados-maiores de 1" e 2' classes, os engenheiros, os offi-ciaes burocrticos, [6 batalhes de caadores, com 5 7-' homens cada um, divididosem oito companhias, cinco corpos de artilharia de posio, com 492 homens cadaum e um de artilharia a cavallo, com 334- < >s cinco primeiros batalhes de caa-dores passaram a ser i\ 2. 3". 4 e 5 da Corte; o 6" e f formaram o 6 de SaoPaulo; o 8" tornou-se o f de Santa Catharina, e o 9'. o 8o do Rio Grande do Sul; o10o . 11" e 12o desappareeeram; o 13o e o 14" mudaram-se em 9 e 10" da Bahia; oIS" e o 16 fundiram-se no 11 o de Alagoas; o 17o e o 18o desdobraram-se nos 12

    o,

    13- e 14o de Pernambuco; foram abolidos os de 19o a 22"; o 23a ficou sendo o 15o do

    Maranho, e o 24o , o 16" do Par; acabaram-se os de 23" a 28o . Desta sorte, dis-tribuiram-se os regimentos de cavallaria : i, no Rio; 2". em Santa Catharina: 3". naBahia; 4", em Pernambuco, e 5". no Par. A artilharia a cavallo continuou no RioGrande do Sul. e os corpos de posio ficaram : os 1" e 2". na Corte: o 3. na Bahia

    :

    o 4o , em Pernambuco, e o 5 , no Par.Tendo sido dissolvidas muitas unidades, houve,

    naturalmente, abundnciade officiaes avulsos, que no tinham onde ser arregimentados. Compuzeram, comuniforme especial, o afamado batalho de officiaes-soldados (estampa 54), que.com os permanentes, deu assalto ilha das Cobras, quando alli houve uma sedio.

    Para a vida militar do Brasil, o acto mais notvel da regncia foi a creaaoda guarda nacional, em substituio das milcias, ordenanas e guardas municipal.instituio que prestou os maiores servio, ao paiz, durante a monarchia, sobretudona guerra do 1'araguay, e durante a republica, especialmente na revolta da Armada,tendo, ultimamente, cabido em grande decadncia. que motivou sua transforma-

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    la lei de i8d< 1831, que lhe deu as trs armas. Seusia podiam ter duas companhias de caadores, mas nunca |

    ma.!;,, cia diminuio de novo a quantidade de unidades do Exer-

    16 batalhes de caadores,

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    Nenhum documento esclarece qualquer coisa a respeito dos uniformes da ca-vallaria nesse tempo. Entretanto, bem provvel datar dahi o emblema da refe-rida arma durante longos annos : dois drages cruzados, com o numero do regi-mento entre ambos. So os mesmos drages herldicos da casa de Bragana queserviam de cimeiras aos capacetes da guarda de honra, que se bordavam nas man-gas dos fardes dos senadores do imprio, que ornavam o throno imperial e rema-tavam o alto sceptro do imperador.Tambm no existe mais nenhum figurino dos novos uniformes da artilha-ria, parecendo, entretanto, que de ento vem o emprego do carmim como sua cordistinctiva, pois anteriormente era o simples encarnado.Na estampa 54 damos o uniforme dos caadores, de conformidade com fi-gurinos avulsos do Archivo Nacional (V. Doe. Gal.). Nota-se o azul-claro dosparamentos dos corpos de S. Paulo. A barretina cintada, de feitio extravagante,lembra um pouco os czapskas dos lanceiros polonos de Napoleo I, dos modernoslanceiros inglezes e dos uhlanos austriacos e allemes. Nenhuma informao offi-cial e nenhum outro documento, a no ser os figurinos citados, do uso desse typo decobertura pelo Exercito. De accordo com o costume institudo pelo grande exercitonapolenico, era commum nos fardamentos de fantasia dos tambores-mres e msi-cos. Por certo, usou-a a guarda nacional, recentemente creada. O figurino deonde a fomos arrancar corresponde ao periodo da regncia, de 1835 a 1840.

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    CAPITULO V

    Sculo XIX Brasil Imprio Segundo Reinado at a Guerra do ParaguayNos primeiros annos de governo de D. Pedro II, a maioria dos corpos do

    Exercito estacionava no Rio Grande do Sul. Havendo necessidade politica de au-gmentar as guarnies de S. Paulo e Rio, novamente foi o Exercito reorganisadopelo decreto de 25 de abril de 1842, ficando assim constituido : estados-maiores ge-neral, de 1" e 2" classes, e imperial corpo de engenheiros, tudo com o ef fectivo glo-bal de 407 officiaes; oito batalhes de fusileiros de oito companhias e 882 homenscada um; oito batalhes de caadores de seis companhias e 552 homens cada um;um corpo de artilharia a cavallo de quatro companhias e 557 homens ; quatro bata-lhes de artilharia a p de oito companhias e 690 homens cada um, e trs regimentosde cavallaria de oito companhias e 618 homens cada um. Organisaram-se os fu-sileiros desta maneira: creou-se o i na Corte; transformou-se o 5 de artilharia ap em 2o de fusileiros ; os batalhes provisrios de Santa Catharina e Pernambucoformaram o 3 e o 4 , e os 9 , 10o , 11 o e 12o de caadores converteram-se em 5 , 6,7o e 8o de fusileiros. Os oito primeiros batalhes de caadores continuaram comsua antiga numerao.A ultima figura da estampa 54 um fusileiro, em pequeno uniforme, dessapoca ou pouco posterior. No tem data o figurino antigo que a forneceu; mas,como a creao dos fusileiros de 1842 e se conhecem as fardas das reformas sub-sequentes, logicamente essa s pde ser desse tempo. De desenhos do Archivo Na-cional (V. Doe. Gal.) sahiram os caadores das estampas 55 e 56. A cr distin-ctiva de seus paramentos o preto e do uniforme a verde. Os botes so escuros,de bronze ou massa preta, em duas ordens, o que se conservou at 1852. Na bar-retina, como emblema da arma, a cruz de Malta. Um trao da influencia inglezasobre nossos fardamentos. Parece que na Inglaterra a cruz citada era signal dastropas ligeiras. Segundo os "croquis" de Lucien Vallet (V. Doe. Gal.), usa-ram-na os "light dragoons", drages ligeiros, justamente entre 1840 e 1845. Tal-vez fosse alli insgnia somente de cavallaria, porque a cruz de uma ordem celebre

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    somente, sendo que, da dragona onde os prendiam para os botes da farda, partiauma forrageira com borlas. Outro erro de cpia, por ignorncia. O official bra-sileiro, quando tirava a barretina, collocava-os vontade, em volta do pescoo ouatravessados no peito, como alamares. Raros os deixavam na barretina. Assim

    terado ou "r/ecorreia da mochila

    correia da patronacintaroescovinha earulheh

    bandoleira-,

    rifle

    corra oubonet uadradocorreia domalotecapote

    correia damarmitamarmita mochilacorreia da cinta

    patrona

    bayoneaterado ou ehifarofe

    faziam sempre os europeus, que somente guardavam no peito a forrageira comborlas, privativa, ento, das tropas montadas.

    Uniformes de varias armas enchem a estampa 59. Um soldado de artilha-ria em grande gala, de accordo com a tabeli descriptiva de 1848. Um do 2 regi-mento de cavallaria, uniformisado de maneira regulamentar, por mais estranho que

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    46' de seu vesturio e equipamento so officialmente

    \ bandeirola da larica do Eeito das da Batalha doa Santos Logares,\ i , o que i ,r" v;i su:i antiguidade, \inda hoje a usamos. Uma das

    nmas tradies milil lestruies systematicas. Como oi de cavaDaria dava guarda ao imperador, ahi est, em r uniforme, com as duasorden risticas da poca, na farda. Por excepo, tinha carcellaazu l s vermelho e pennacho com anneis. Essas e outras fantasias de

    .in abolidas na grande unificao de 1852.\ estar- artfices, cujo distinctvo era uma granada; um sar-

    de fusileii lana curta, que os documentos contemporneos chamamalabarda, dando o mesmo nome ao machado dos porta-machados; um soldado dorecrutas da Corte, onde os mesmos se instruam, para, depois, preenche-

    irios corpos, cujo uniforme era muito singelo, e os caadores,odoa tabeli de 1848, pela qual lhes era dado, alm do fardamento verde, dois, um quadrado e um redondo, este mais moderno, e um par de calas a/.uesM). Chamamos a atteno para o canudo de papeis pie o referido inferior

    tem a tiracollo e que veio ate nossos dias ; tambm sobre o gorjal ou meia lua metal-lica abaixo da gola dos officiaes, que o plano de uniformes da artilharia de ma-rinha, para 1840, menciona.

    lano de uniformes de C. R. P. (V. Doe. Gal.) um projecto que no foiacecito. Ila, nelle, entre muitas fantasias, algumas mincias interessantes, comodocumentao da indumentria militar coeva (1846). Nos ngulos das bandeiras

    mogrammas de P. II ; soh o escudo imperial, o numero do corpoe a designao da arma. Alm das cores regimentaes, os fuzileiros se distingueml>elo numero de casas da gola, uso confirmado por P.ranger (V. Doe. Gal.).

    rrctina eleva-sc cm pequeno bico, ingleza, sob o pennacho. Na estampa 58apparece um granadeiro do Maranho com essa barretina. O plano de C. R. P. daao l batalho de fusileiros gola branca com uma casa c carcellas brancas sobre ocanh a mesma gola, com duas casas; ao 3 e 4 , golas azues-claras ; ao 5*

    7* e 8*, vermelhas, com idnticas disposies e divisas do I onhes: verdes, i* c 2o bata-

    : vermelhos, f c 4; verdcs-cin/ 7" e 8o . A cavallariata de i c _" regimentos de draga . 3" e ." de lanceiros, com unifor-

    iS primeiros de barretina de couro e casaca curta e os

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    segundos de kurtkas polonezas de peitilho, czapskas chamarrados e acorrentados deouro. O 3o de lanceiros seria todo vermelho e o 4 todo azul-claro. Os fardamen-tos da artilharia e sapadores, mais discretos. Os officiaes montados tem penna-chos grandes, chores, tores ou cordes de ouro, talim com pasta; os a p, pen-nacho recto e talabarte com correia para espadas; os de caadores, cordes pretose cinturo simples, em logar de talabarte ou talim. Os gales para os officiaes dequalquer corpo, em pequena gala, e para os de caadores, tanto em pequena comoem grande, so: um de cinco linhas de largura para o alferes; dois das mesmas di-menses para o tenente; um de sete linhas para o capito; um de sete e um de cinco

    Coronel

    fSargrenfo

    T.Coronel Maior Capito Tenente /Hferespara o major, dois de sete para o tenente-coronel e trs para o co-ronel. Este systema de gales durou todo o segundo reinado(fig- 16).As estampas 61, 62, 63 e 64 do msicos copiados de fi-gurinos do Archivo Nacional (V. Doe. Gal.), de fantasia, comoficou explicado. Entretanto, nelles se notam os bordados e ga-les prateados, que se tornaram tradicionaes nas nossas bandasmilitares. Segundo o costume, as fardas dos msicos eram sem-pre mais vistosas que as das tropas (V. estampas 62 e 81). NaFIG. lo * O Qmesma fonte das citadas, se baseiam as estampas Si e >4-

    Depois da reorganisao de 184-', a nica medida militar digna de nota, ati85i,foi, em 1846, a creao de mais um regimento de cavallaria ligeira, no RioGrande do Sul, com o numero 4- Continuando, at 1845, a guerra dos Farrapos,antes desse anno o governo contractra, na Europa, mil mercenrios allemes, que,na reorganisao geral de 1851, formaram um batalho de infantaria e um de ar-tilharia.

    Por essa reorganisao, a infantaria passou a contar 15 batalhes, nume-radosdeia^sendoosdeia8'defusileiros e os de 9 a 15 o de caadores.O 15o era o de allemes. As numeraes dos oito corpos de fusileiros continuaram

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    ram alteradas: o r passou aserg . io;o 5*,irmaram - [3 O corpo de artilharia dosauemaes tomou o titulo de _' regimento de artilharia a cavallo. Tanto elle, como

    innos depois e no figuram, offidalmente, noa ministrio da guerra, como aUen

    for, [853 k Eusileiros e formou-se, no Rio Grande do Sul,o 5* de cavallaria. Nesse tempo, houve as seguintes mudanas nas designaes

    1 de infantaria Eusileiros passou a ser 7" e os batalhes de caa-iram, cada um, um numero, devido a suppresso do 7'. a que alludimos.

    D'ahi at a guerra esar de pertencerem ao Exercito activo, estavam fora da de-pendncia directa do mesmo. Essa Eora irregular viveu at [840, quando sen.pequenos ncleos tomaram o nome de caadores de montanha. Annos aps, vol-taram a ser novamente pedestres. Foram

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    vinda teve mais uma companhia de cavallaria. e a artilharia foi unificada num ba-talho, cm 465 homens. Essas tropas uniram-se, em [842, sob o titulo de olixo. ao qual se aggregou uma companhia de pedestres, I > batalho de artilhariafoi substitudo pelo 4o, a p, de linha. Em [843, eivavam, de novo, a artilharialocal e fundavam dois corpos fixos: o r, com quatro companhias de caadduas de artilheiros, uma de cavallaria e uma de artfices, ao todo 768 home2o , com duas companhias de caadores, duas de artilheiros e um total de 438 ho-mens. Mais tarde tudo isso formou dois corpos fixos s de caadores, ci.companhias cada um: um corpo de artilharia, com quatro companhias, sendo umade artifices, e um esquadro de cavallaria.

    No anno de 1851, houve a reforma geral dos corpos fixos. Supprimium do. batalhes de caadores de Mai to Grosso; a cavallaria. augmentada, formounu-io regimento; continuaram, no mesmo p, artilharia e pedestres. Em [860 ex-tinguiram-se todos os pedestres do imprio, e os corpos Eixos de cavallaria torna-ram-se independentes dos de guarnio. Ao comear a campanha do Paraguay,segundo documentos officiaes, havia, em Matto Grosso, no papel, 1.327 homens.porm S se reuniram, dif ficilmente. 600. que estavam disseminados. O corpo deartilharia, auxiliado por ndios e paisanos, defendeu, heroicamente, o forte deCoimbra. Afim de vigiar a fronteira do rio Apa, os poucos soldados do batalhode caadores seguiram, com os guardas nacionaes. para Miranda. As 130 praasda cavallaria, commandadas pelo bravo tenente-coronel Antnio Dias, acampadasem Nioac, combateram, contra os paraguayos, no rio Feio. Foram elles o ncleoem torno do qual se congregaram as tropas esparsas e as gentes fugitivas na for-midvel epopa da retirada da Laguna.Em 1870, reorganisaram-se os corpos de guarnio: Matto 1 re o_>' de cavallaria, que desappareceu com a republica.A provncia de Goyaz, pessimamente servida de tropas nos tempos colo-niaes. leve suas milicias formadas, de [824 a [825, e um intil corpo de ordenanasem Rio Claro. Em 1836, alli existio uma companhia de 100 ligeiros, que. doisannos depois, estavam reduzidos a 39. Em [841, teve uma companhia fixaadores, transformada, no anno seguinte, em um corpo fixo de duas companhias,ao qual se reunio uma companhia de cavallaria. Em [850, cm., essa tropa hou-vesse desapparecido, o governo creou uma nova companhia de caadores. Nagrande reforma militar de t86o, extinctos os pedestres, Goyaz possuio um bata-

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    anhia de cavallaria. Ao tempo da guerra com o Pa,ui Coxim, expedio partida de S. Paulota de cavallos, a companhia de cavai-

    S Paulo e a de Minas, constituiram um batalho de caadores a p,le ao" de infantaria de linha, fazendo, assim, a campanha.

    , 01 po di cavallaria fixo.ilitar da regncia deixou a Bahia quasi desprovida de sol-

    rpo fixo foi o deposito de recrutas, creado em [837. Emin lhe um corpo de artfices, considerado fora da i" linha, que durou at

    :.,. ia. tiii 1843, uni corpo de cavallaria. mais tarde denominado com-panhi liaria ligeira. Em 1840, as chamadas foras de guarniobania se, no papel, a quatro companhias de caadores, duas de caval-laria e uma de \- de cavallaria somente foram organisadas de verdade

    is , [860! Ento, os caadores constituiram um batalho, otornou num brilhante cor|> de voluntrios, quando da luta contra o

    guay. A reforma final de 1870 s lhe concedeu um corpo isolado de caval-laria. extncto em 1889.

    Mii . sua riqueza, teve sempre algumas tropas. Em 1832,ainda alli existiam as celebres divises do rio Doce, fundadas por D. Joo VI, cm

    afim de defender a populao dos ataques dos ndios, com o effectivo de 268homens. Em saram a chamar-se caadores de montanha e, depois, a for-mar duas companhias de pedi quaes se juntaram uma fixa de cavallaria e

    - ultimas. Km [860, acabados os pedestres, haviaquatro companhias de caadores, que partiram, ao comear a guerra do Paraguay,

    -aba. com o 17* de voluntrios, afim de incorporar-se expedio deMati Terminada a campanha, a provinda recebeu uma companhia fixatv.-dlaria. que, reunida de S. Paulo, deu a base para o g* regimento de caval-laria de linha, em 1889.

    \'o Maranha... foram creados. em [832, dois corpos de ligeiros OU pedes -1 popu es do interior. Houve mais um deposite

    de recrutas, de existncia precria. \"o anno de [840, 1 isas l mpanhias tiveram onon de montanha, voltando, em 1847, a ser de novo de pede

    mesquinha, que o corpo fixo d.. Piauhj emprestava guarnies

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    ao Maranho. Km 1850, existiram trs companhias, que, seis annos apus. forma-vam o corpo de guarnio, cujas quatro companhias seguiram para o Paraguay.No Amazonas, a organisao de [820 estabeleceu um corpo de linha, sem

    existncia real, que no Eoi computado na reforma militar de D. Pedro I. Sm pri-meiro corpo Eixo data de [856, com quatro companhias de caadores e duas de arti-lheiros. Em 1860, a artilharia teve mais duas companhias. Convm notar queunicamente Amazonas, O Tara e Matto Grosso tiveram artilharia fixa.tilheiros amazonenses tomaram parte, no tempo da guerra do Paraguay, na expe-dio de Matto Grosso. Finda a campanha, a provncia no teve mais corpos Eixos.

    Durante largo tempo, o Piauhy possui-, uma companhia provisria de linha.que, provavelmente, srvio de casco a Eormao das quatro companhias do seu cornoEixo de caadores, que, cm 1847. dava destacamentos para o Maranho. Em 1

    :

    partio para a guerra. Posteriormente, houve uma companhia isolada na provn-cia, que durou muito pouco.

    Desde 1840, existia de guarnio no Ceara um batalho provisrio do Exer-cito. Foi transformado, em 1847, num corpo Eixo de caadores, com quatro com-panhias, que partio para a guerra do Paraguay e, terminada esta. nunca mais Eoireorganisado.Na Parahyba, a companhia provisria de tropa de linha, alli aquarteladadesde 1840, tornou-se, em 1847. a companhia fixa de caadores, que, em 1854, setransmudou em corpo fixo de quatro companhias e, II annos mais tarde, ia para oParaguay. Em 187(1. o governo deu Parahyba uma companhia isolada, que vi-veu at 1889.O primeiro corpo local de S. Paul.. Eoi o deposito de recrutas de 1837;gundo, os caadores de montanha de 1840. 124 homens. Dois annos mais. e haviaum batalho provisrio de infantaria, dissolvido com os caadores de montanha em1847. Nessa data, S. Paulo passou a ter um corpo Eixo, composto de uma com-panhia de cavallaria e duas de caadores. Estas ultimas no chegaram a ser orga-nisadas. Em 1865, essa fora marchava para a campanha, em Matto Gr.participava da retirada da Laguna. Em 1870, S. Paulo teve unta companhia deinfantaria e uma de cavallaria. esta ultima transferida para Minas em

    No atino le [832, eivou se. no Espirito Santo, contra os ndios bravos, umadiviso de pedestres, que, em [838, contava somente 38 homens : em 1S40 passava aser diviso de caadores de montanha e, em 1847. desapparecia. quando s

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    mava a campai de caadores, desdobrada, em 1860, num corpo de duasjjuay Em 1870, a provncia foi contempladaabolida pela republica, em 1889.

    po fixo '1" Paran, com duas companhias 4, incorporaram, em 1865, .1 expedio de Matto Grosso, e uma vteve, em 1841, uma companhia provisria de caadores, em 1847

    ada em companhia fixa, dissolvida em [865, restabelecida em 1870 e de-finitivamente abolida em 1889. A do Rio Grande do Norte experimentou o mesmo

    iram se, em [839, uma companhia de cavallaria e uma deartilharia. No anno seguinte, a artilharia contava j trs companhias, com 216botn< .\ aliaria (luas, com 207. Em [842, a cavallaria tinha, de novo umanica companhia. Pouco depois, as duas armas eram dissolvidas, nunca mais

    a provncia cr|> local nenhum.\, Rio l Irande do Sul e de Santa Catharina estiveram muito

    tctni formando uma s. Na segunda, houve, em 1837, um deposito de re... uma ompanhia de caadores de montanha, dissolvida em 1860, e,

    ima companhia isolada de infantaria, que BC acabou com a republica. Rio Grande do Sul. a provncia do Rio de Janeiro e a Corte foram

    asil, durante o imprio, mais favorecidos com a parada

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    cavam se pelas cores dos paramentos. < >s caadores de Matto Grosso tinham golaverde, vivos e canhes vermelhos; os da Bahia, vivos verdes, gola vermelha e ca-nhes azues; os do Piauhy, mesmos vivos, gola azul < canhes amarelloCeara, mesmos vivos, gola amarella e canhes azues; os de S. Paulo, vivo, verme-lhos gola e canhes azues-claros ; os de Mina., mesmos vivos, gola e canhes azues;os deGoyaz, vivos, gola e canhes vermelhos; os do Rio Grande do Norte, vivos egola azues e canhes verdes; os do Espirito Santo, vivos e gola verdes e canhesazues; os da Parahyba, vivo, e canhes azues e gola verde; os de Sergipe, vi.canhes verdes e gola azul, e os de Pernambuco, vivos azues, gola e canhes

    verme-lhos. A cavallaria fixa andava com pennachos encarnados. A de Matto Grossousava vivos, gola e canhes dessa cr; a da Bahia, vivos e gola verdes e canhesazues; as de Minas e S. Paulo, vivos vermelhos, golas azues-claras e canhes azues

    Goyaz, vivos e canhes das mesmas cores, mas a gola encarnada, e a de Per-nambuco, vivos e g< .las azues e canhes vermelhos. O pennacho da artilharia fixaera rubro e negro.O decreto minucioso de 7 de agosto de 1852 pz fim s irregularidades econfuses de nossos uniformes e a melhor fonte official de informaes acercadas fardas do segundo imprio. V-se, por elle, que se aproveitaram, quanto pos-sivel, os fardamentos existentes, tanto por economia como por tradio. D'ahi ate1860, nossa indumentria militar attingio o mximo de seu esplendor, o que nodeixava de ser resultado da influencia que exerciam sobre o mundo as pomposas pa-radas e os soberbos "carrousels" da Frana de Napoleo III.

    A estampa 65, acorde com esse decreto, da as fardas do estado-maiorneral quasi nada mudadas e simplesmente evoludas. Apparece, em segunda gala.a sobrecasaca comprida, de uma s ordem de botes e bordados unicamente na gola.Em passeio, permitte-se o chapo armado, coberto de oleado, e mesmo o charco re-dondo civil. \ espada, de punho de marfim e guarda simples em s . mais OU me-nos, a actual. Conservaram^ os bordados de [823 11a mesma disposio. O vo-gal de conselho de guerra usa. na manga, bordados de folhas de carvalho semelhan-tes aos da aba da sobrecasaca. ( >s ajudantes de campo do imperador tem alamarese agulhetas lo lado direito, o que, ainda hoje. se mantm no estado-maior da pre-sidncia da republica. Vs dragonas dos generaes so de canutes simples.A banda tem borlas achatadas como a do fiador.

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    .; . iaes, 'i ll

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    M\\m

    Polegadastudo amareUo; 13", gola amarella e canhes verdes, eo 14'. o entraria Os vivos elistas i.rotos e os botes e metaes de bronze (estampa 75 ] -

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    ., M ,, lN -(, , 3 artfices, mais ou menos com osmes do plano anterior.

    o definitiva, aps vrios tentamens, do i" batalho deliaria, que no teve grande uniforme (estampa 83).Rd militar a estampa 85. A mesma somente possuio farda-

    mento a lurtir de 1856. Antes, usava unicamente oti rtrellas de cadete namum do corpo onde o alumno verificara praa.IV i sulinas contra os Farrapos e platini - gachos

    influenciaram grandemente as ardas do Exercito, tanto assim que o governo im-perial foi gulamentar o das tnicas de cores vivas, nos corpos mon-

    Irande, fantasia tomada aos republicanos de Piratiny e que Garibaldilevou lenodados voluntrios. Na estampa 86 surgem essas tnicas,

    rimento de cavallaria andava com blusa vermelha, gola, vivos e canhesNa Musa. da mesma cr do 3", os canhes eram azues claros. e na

    . , amarellos. 1 deinfantaria eram semelhantes ao 3 de cavallaria.avalidos tinham bhis r de rosa; os engenheiros, mescla.mesmo anno, supprimio-se, no sul, a pasta da cavallaria e prohibiram-ss generaes usam, em pequeno

    uniforme, talim de cordes dourados, o que durou at 1908, com a sobrecasaca.tem mais bordados na gola e nos canhes. O kepi afu-

    192). A ilhas das calas se mantm e du-pennacho mais unicamente verdes, suas Cres

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    O corpo de sade est na estampa 93. I >s mdicos tm espadim e uma ca-nria cm instrumentos cirrgicos de urgncia. Em [825, o imperador regulari-sra os distinctivos dos capelles. Em [858, deram-lhes fardamento preto, comvivos e banda roxos, de borlas de ouro para os capites, de prata para os tenentes ede retroz preto para os alferes (estampa 93).

    Ha alteraes nos corpos moveis. ' regimento de artilharia a cavallo, naestampa 96, tem uma barretina com cinta, diversa da antiga, e novo uniforme paraos clarins.

    A artilharia a p consta da estampa 95. O uniforme official de seus m-sicos, tambores e tambor-mr obedece j a um plano geral e coherente, no sendomais produeto nico da fantasia dos sirgueiros. Os tambores tm gales nasturas, em 2o uniforme, e peitilho, em grande gala (estampa 99 ). Nos canhes e nag,,la. o tambor-mr traz as cores caractersticas da sua unidade. De accordocom oaludido plano geral, a farda dos msicos ser cr de pinho para os de Eusileiros emescla para os de caadores (estampa 100). Estes possuem peitilhos especiaespara os corneteiros (estampa 101).Na estampa 97, v-se que, agora, s ha uma lista nas calas da cavallana.que, desde 181 5, deixou de usar botas. O peitilho dos clarins branco e do mesmoformato que os da artilharia a cavallo. O 5 regimento de cavallaria, creado em1854, tem o mesmo gorro do 4", com vivos, gola e canhes vermelhos. O I o regi-mento no traz mais carcellas em i uniforme. Os canhes do 2o so azues-fer-retes e os vivos encarnados. A virola superior da barretina rolia, que Lecor de-senhou, parece ter sido usada s por alguns corpos.

    Da estampa 88 consta o deposito da Corte, que j possue grande gala.Seus corneteiros e corneta-mr esto na estampa 103.

    Nos fusileiros. varia, em primeiro logar, o bon (estampa 98). Os porta-machados ou machadeiros conservam o avental de couro mosqueado (estampa 99)e a barretina de pelo. a ursa, o "ourson*' napolenico, que durou ate aps a cam-panha do Paraguay. Comea o talabarte dos officiaes a p a ser substitudo pelotalim sem pasta.

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    CAPITULO VI

    Sculo XIX Brasil Imprio Segundo Reinado da Guerra do Paraguay RepublicaDeclarada a guerra, o governo, immediatamente, augmentou o Exercito, ao

    mesmo tempo que abolia os corpos fixos ou de guarnio, incorporando seus efle-ctivos tropa de linha. Foram chamados s armas os guardas nacionaes e, aoappello dos poderes pblicos nao, responderam milhares e milhares de volunt-rios da ptria. A infantaria passou a contar 22 batalhes, numerados de Io a 22o ,sendo os sete primeiros de infantaria pesada, fusileiros, e os restantes de infantarialigeira, caadores. Differenavam-se nos traos geraes da indumentria e do ar-mamento, desta sorte: os fusileiros usavam correames brancos, paramentos ver-melhos, carabina longa, bayoneta triangular e terado, tocando tambores ; os caa-dores traziam correames pretos, paramentos verdes ou amarellos, fusil curto e re-fle, tocando cornetas.Devido campanha anterior, do Uruguay, quasi toda a infantaria j seachava no sul : os I o , 2 , 3 , 4 , 5. 6o , 7, 10o , 1 1, 12o e 13o batalhes. Relembremosalguns dos appellidos que a soldadesca dava a esses corpos, todos gloriosos, menos odo 5o , que se portara mal em combate e tivera a alcunha de o Corredor ; mas o 2era o Dois de Ouro; o 12o , o Treme-Terra; o 13o , o Arranca-Tco, e o 16o , emborachegado mais tarde ao sul, o Glorioso. Afim de juntarem-se aos referidos bata-lhes, logo partiram o 8o e o 9 . Depois, organisaram-se o 14o e o 15o de atira-dores, com fusis allemes de repetio, que acabaram incorporados ao 1 1. Aindaaccorreram luta os 17o , 18o , 19o e 22o . O 20o e o 21 o seguiram na expedio daLaguna.O i p regimento de cavallaria permaneceu na Corte, de guarda ao imperador.O 2 e o 3 combateram. O 4 e o 5 serviram de bases, para a formao, durantea guerra, de cinco corpos de caadores a cavallo de quatro companhias e 638 ho-mens cada um.O i de artilharia a cavallo, intitulado Boi de Botas, velha tropa gacha,sempre de guarnio no sul. teve a secundal-o um corpo provisrio da mesma arma.

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    te um batalho, com o numero 5. > artilharia a p\ Quando re-iva no sul

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    f.l

    chamado Cavaignac, talvez por ter sido o general desse nome o primeiro a usal-o.1 .11, e a barbica em ponta, cavaignac tambm, foram caractersticas da poca.

    Conservou-se a sobrecasaca de 1852. As condies climticas e de luta dazona de operaes obrigavam os generaes a andarem de poncho, de pala, de botasfortes, de espadas prprias para os entreveres e mesmo alguns, como Osrio e Ca-mar, de lana. Muitos officiaes superiores e subalternos tambm a adoptaram.O bon do estado-maior e dos engenheiros passou a ser avivado de branco (es-tampa 108). A estampa 109 d officiaes de artilharia: na 1 10, a artilharia a ca-vallo mostra-se uniformisada gacha.O decreto n. 3.620, de 28 de fevereiro de 1866, fez a modificao geraluniformes. 1 Ia. na Biblitheca Nacional, um lbum de figurinos militares, deaccordo com elle. (V. Doe. Gal.). Aboliram-se as casacas, as cores regimentaes,a farda verde dos caadores e as polainas. Adoptaram-se barretinas afuniladas,com cordes, em 1" uniforme, e gorros de dois bicos, de servio, para a tropa, queduraram ate nossos dias. Os caadores a cavallo, recentemente creados. recebe-ram o mesmo fardamento dos caadores a p, segundo se v da estampa 113. Fo-ram supprimidos. finda a campanha. Segundo a estampa 111. a artilharia a pusou granadas na gola, bon e gorro carmim. A sobrecasaca de brim substituio afardeta do mesmo tecido. Os regimentos de cavallaria em campanha adaptaram-ses condies do ambiente, o que se verifica na estampa 112. O I o , que ficou naCorte, figura na 120; a infantaria pesada, na 1 14, e a ligeira, na 115.

    Por causa da confuso de armamentos, equipamentos e fardamentos, na-tural, nessa occasio, s difficuldades de fornecimentos regulares e durao daluta. os soldados andavam descalos, de alpercatas ou de cothurnos. de chapo defeltro ou de panno, de gorro, de kepi. com capa branca ou sem ella. Parece, noemtanto, segundo o depoimento de veteranos, pois no ha, a esse respeito, documen-tos de outra ordem, que o chapo distinguia o _>' corpo de exercito, do commando dotenente-general conde de Porto Alegre, o o kepi, o 1". commandado por Osrio.Parece, tambm, conforme idnticas informaes, que o fundo das capas brancasdo kepi tinha cores diversas, em variadas disposies, servindo para differenaruns dos outros os batalhes de voluntrios e de linha.Em vista do diminuto ef fectivo o Exercito, o grosso das tropas que partici-param da |mgna era composto de cavallaria provisria, guarda nacional e volunt-rios da ptria. Para estes, no houve plano definitivo de fardamento. Os pn-

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    FIO IS

    mdroa batalhes apresentaram se com lo Exercito .... aproveitando fardasdas

    anidades de poUcia e guarda nacional de que se originaram. Mas todos traziam,brao esquerdo, um emblema, com o dstico: Voluntrio da Ptria ( f-

    , lura j Usaram bastante cha] comnumero e tope; tambm kepi-cavaignac, com vivos verdese vermelb rtampa n; rde com o retrato

    mmandantedo \: de voluntrios, existi tahia(V. Doe. Gal.). Convm notar que apparecem ahi

    tos no bon, pois antes havia somente, nado mesmo, um galo largo. No alferes do f dese a gandola tradi-i. ampla camisola, pregueada ou no, ainda agora le-

    . alumnos do collegio militar, que tanto tem du-Exerto.

    ux. Farda quasi igual dos zua-.hemera, bateram-se, como

    "de guerra dos nui temporaneos da "Mus-ralDionv com-.mpanhiadeco l*

    iormrauma para a guerra da m-ia nem documenfc rio.vem,, de- tarda naci

    rcito pen: tinuou coma Ealta de

    a infantaria somenteippri-

    tllaria. No houve mais ai * in-rtilharia. Em orio inimij

    art iH decavallaria. '" - T de infantaria.Os rpos distribui; i ta forma: na Corte e na provind

    artilharia a p, O l' de cavallariaria; no Rio Grande do Sul, o ." de artilharia a cavallo,

    le infantaria; em MattO Gr

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    2o e o 5 de artilharia a p e o 19o , o 20o e o 21 o de infantaria; no Amazonas, o 3 deartilharia a p; em Pernambuco, o 2 e o 9" de infantaria; na Bahia, o 14o damesma arma; no Par, o IIo, e em Santa Catharina, o 18". Havia companhias deinvlidos em Porto Alegre, Bahia, Santa Catharina e no asylo da Corte, depsitosde recrutas em Santa Catharina, Pernambuco e Rio, e operrios militares nos ar-senaes carioca, do Rio Grande do Sul, de Matto Grosso, do Recife e na fabrica daEstrella.No anno de 1874, toda a artilharia foi reorganisada, passando a constar dosseguintes corpos: i regimento de artilharia a cavallo, no sul;

    2" idem, formado so-bre meio batalho do i de artilharia a p, na Corte, e 3 , constitudo pelo 4.' a p, noParan e S. Paulo. A artilharia a p ficou reduzida a quatro batalhes, sendo 1 1 4

    '

    formado pelo antigo 5". Segundo a ordem natural de sua numerao, guarnece-ram as fortalzeas do Rio, Matto Grosso e Amazonas, sendo o ultimo repartidopelas guarnies do Par, Bahia e Pernambuco.

    At 1878, no se fez mais nenhuma mudana no plano de organisao dasforas de terra. Mas, nessa data, ellas foram grandemente augmentadas. A in-fantaria teve 27 batalhes; a cavallaria, 10 regimentos; a artilharia a cavallo, qua-tro; a a p ficou na mesma situao, e a engenharia ganhou mais um batalho.Em' 1889, pouco antes da republica, novo augmento. Contam-se 30 batalhes deinfantaria nestas guarnies: na Corte, I o . 7, 10o , 21 o , 22, 23o e 24o ; em S. Ga-briel, o 4o ; em S. Luiz, o 5 ; em Uruguyana, o 6o ; em Cuyab, o 8o ; em S. Salvador,o 9o e o 16o ; em Fortaleza, o 11 o ; na cidade do Rio Grande, o 12o ; em Porto Ale-gre, o 13" e o 30o ; em Belm, o 15o ; em Curityba, o 17o ; em Alegrete, o 18o ; emS. Luiz dos Cceres, o 19o ; em Goyaz, 020"; em Desterro, o 25 o ; em Macei,o 26o ; na Parahyba, o 27"; em Rio Pardo, o 28o , e em Pelotas, o 29o . O corpo detransporte ficava em Saycan, onde longamente permaneceu. Os 10 regimentosde cavallaria tinham estas paradas, por ordem natural de numerao: Corte. Ja-guaro, S. Borja, SanfAnna do Livramento, Bag. Santa Victoria do Palmar,Nioac, Curityba, Ouro Preto e S. Paulo. A artilharia de campanha ficava, namesma ordem, em S. Gabriel, Corte, Curityba e Bag; a a p. idem. na Corte, emCorumb, na cidade do Rio Grande e em Belm. Os dois de engenharia, no Rio eCachoeira.

    Desde a guerra do Paraguay at 1883. no foram profundamente modifi-cados os nossos uniformes, que, aps essa data. comearam a decahir de seu antigo

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    odor e i perder, lia a dia, suas mais bellas tradies, que ainda o plano de1890 manteve em certas mincias, mas que quasi totalmente se acabaram,rorments soldados do a esse bon de couroo curioso nome de "gurito" ou "burito". ( >s officiaes do r de cavallaria con-

    am, por tradio, o pequeno bon de oleado, definitivamente morto em [878.As pastas, listas de calas e perneiras, de quando em vez soffriam modificaes, deoutras eram supprimidas e de outras restabelecidas.

    stampa 130-, em 1880, os caadores recebem uniforme seme-lhante ao da infantaria pesada. I > soldado dessa poca tinha, em grande ala. barn-tii. gonas, calas azues ou brancas e botinas: em pequenouniforme, bon de curo, blusa de flanella OU de brim pardo, calas brancas OU par-

    ra 133 mostra a infantaria pesada com correame preto. \ caval-laria tambm o usou por pouco tempo. < )s officiaes (menos os de caado

    distinguiam somente pelas dragonas, em grande gala, coI ter tambm gales no punho. \ charlateira de i>anno do

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    pequeno uniforme substituda por outra de metal, semelhante que, actualmente,tm as praas de prel em grande gala < estampas [33 e 135 ( >s officiaes andam.habitualmente, de sobrecasaca desabotoada. D'ahi ser pea de uniforme o coUetebrano 1 ou azul.Km [883, os cordes encarnados das barretinas dos officiaes so trocadospor tores de ouro eo pennacho tem a Erma de coqueiro, como o apresenta a es-tampa [35 . Os vivos da engenharia so carmins; as golas e platinas, pretas.A tabeli de uniformes de 1883 modificou o plano geral de [866, estabelecendonovo bon de formatura, segundo Figurinos

    lithographados do Archivo Nacional(V. Doe. Cal.). Delles tiramos a estampa [36. Desappareceram as carcellas evivos que distinguiam corpos e armas. Agora s existem distinctivos de metal.Surgem, em certos corpos, as passadeiras largas, para prender as dragonas, e, paratodas as unidades, a sobrecasaca de traspasse, com mangas e punhos apertado..

    Vemos, na estampa [37, os recrutas, de gorro redondo, do typo at hojeusado nos exrcitos inglez, espanhol, belga e portuguez. Ainda se avista, na estam-pa [38, a "arvore de campainhas", filha directa do "chapeau chinois" das pomposase falhantes Landas de musica do segundo imprio francez. O fardamento dos m-sicos e mescla. Xas tropas a cavallo. os barbicaixos de toral negro, com borla defio na ponta, de origem gacha, pendem dos kepis. Vieram at a republica.Em 1874, conforme nos diz a estampa 128, estabeleceu-se novo plano deuniformes para o estado-maior. Em grande gala, plumas variadas, casas de -alona gola alta e nos canhes. o bello fardamento do retrato do visconde de Tau-nay ( Y. Doe. Gal.). Esteve em uso. durante muitos annos, a sobrecasaca de tras-passe e gola deitada, com platinas de trana, em segundo uniforme, do retrato ,1omajor Kassance ( \ . Doe. Gal.). Km 1881, este plano foi substitudo por outro epublicou-se um novo para os generaes. Xelles predominava a grande sobrecasacaem todos os uniformes, com dragonas e canhes postios, podendo ser usada comchapo civil (estampas 131 e 132). A estampa KV> nos mostra a adopo, em1888. por parte dos officiaes generaes, da sobrecasaca de traspasse e gola deitada,na qual se ajustam os bordados, no Io uniforme, em logar da casaca, e a 134. *farda da escola militar, em t88i.

    Pouco antes da proclamao da republica, decretou-se novo plano geral deuniforme, que, segundo as descripes dos documento, officiaes, era simplesmentepavoroso. Felizmente, no chegou a ser usado.

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    CAPITULO VII

    Sculos XIX e XX Brasil RepublicaProclamada a republica, o quadro do Exercito foi alterado. Accrescenta-

    ram-se mais seis batalhes de infantaria aos 30 existentes: o 31o, em Mina-: o 32,em Victoria; o 33", em Aracaju: o 34o, em Natal: o 35, no Piauhy, e o 36o em Ma-nos. Mais dois regimentos de cavallaria: o 1 1". em Uruguayana, e o u". em Sofoo da Barra do Quarahim. Mais um de artilharia a cavallo: o 5". no Rio, e umde artilharia a p: o 5", 11a Bahia, com uma companhia destacada em Pernambuco.Transfenram-se para a Capital Federal o _>_" de infantaria e o 9" de cavallaria.Em 1894, devido revolta, crearam-se mais corpos: quatro batalhes de infantaria,dois regimentos de cavallaria, um de artilharia de campanha e um