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Abaixo de Peniche, há uma localidade dotada de dois tipos
de praia: uma rochosa e uma deareal. A CABRA encontrou aConsolação, uma praia que
atrai visitantes de várias idadesTexto e fotos por Ana Coelho
Contíguo à cidade piscatória de Peniche eà Reserva Natural das Berlengas localiza-sea pacata aldeia da Consolação. A sua repu-tação é transmitida por cada pessoa que vi-sita a localidade.
O dia escolhido para visitar uma praia, nãoé favorável. O vento faz-se sentir com inten-sidade, a chuva surpreende quando menosse espera. O céu está carregado com nuvenscinzentas, uma tempestade está para vir.
Da entrada principal, o povoamento dá asboas-vindas aos visitantes com uma extensaavenida que atravessa toda a aldeia. A es-trada está ladeada com palmeiras plantadaspropositadamente para dar uma sensação delocal de férias.
Ao chegar ao fundo da avenida, um in-tenso aroma a pão quente desperta-nos ossentidos e faz-nos parar. Duas padariasestão a fabricar o alimento juntamente comoutras iguarias. Pessoas entram e saem daslojas para experimentar os saborosos lan-ches. Na praça está situado outro tipo de co-mércio: minimercados, lojas deconveniência e de roupa veraneana. Tam-
bém dois lagos com repuxos, sempre a ex-plodirem água, embelezam o espaço.
A capela é local obrigatório de paragem,virada para o forte, está situada no largodonde se pode vislumbrar as duas praias daaldeia. O forte envelhecido é um atractivo dapovoação construído em 1645, situa-se numesporão rochoso sobre o mar, serve de in-termediário das praias da aldeia.
No mesmo largo encontram-se vendedo-res ambulantes. Suspiros, tremoços, pevides,amendoins, entre outras coisas. O negócio
rende todo o ano, há por ali sempre visitan-tes. O dia é que não está bom para a venda,mas os vendedores mantêm-se fiéis ao local.
Cai chuva miudinha e está frio. No largoentre a capela e o forte, os turistas mantêm-se dentro dos veículos. Mesmo assim os maispersistentes apreciam a paisagem e respiramo ar puro.
Do lado sul do forte, situa-se uma praianuma enseada aberta de características ro-chosas. As rochas, devido ao microclima dazona conjugado com a acumulação de iodo
e a exposição ao sol proporcionam excelen-tes condições terapêuticas. Por estar a cho-ver, encontra-se vazia. Mas seja Verão ouInverno, as rochas costumam estar ocupa-das com visitantes de todos os pontos doPaís.
Do lado norte, o aspecto da praia é total-mente oposto: um largo e extenso areal pro-longa-se por vários quilómetros em direcçãoa Peniche. A sua forte ondulação atrai osapaixonados das modalidades de surf e dewindsurf.
Uma praia com duas faces
Imagine a possibilidade de viajar para qualquer parte do mundo e não ter que pagar a es-tadia numa casa junto à praia, ou outro qualquer cenário paradisíaco. Neste momento é umsonho concretizável e tudo o que é necessário são dois computadores ligados à Internet e avontade de trocar de casa por uns dias. “Sinta-se em casa em qualquer parte do mundo” é omote do sítio trocacasa.com que liga cibernautas que pretendem trocar de casa e por vezesautomóveis durante o período de férias.
Francisco Ferreira, estudante da Universidade de Aveiro, é um adepto da troca de casas du-rante as viagens ao estrangeiro. O estudante explica como embarcou na aventura, “o admi-nistrador do sítio de troca de casas é amigo dos meus pais e estava sempre a incentivá-los. Àterceira ou quarta vez experimentaram e registaram-se na página web. A partir daí foi só ar-ranjar um tempinho de férias no verão e marcar a primeira viagem”. A família Ferreira já fezduas trocas. Londres e Copenhaga foram os destinos escolhidos, em contra partida deixaramà disposição uma casa na Nazaré, cujas fotos estão disponíveis na Internet.
Francisco Cerqueira explica que antes da permuta de habitação, há uma espécie de tempode enamoramento entre as família que “ trocam e-mails , fotografias e falam ao telefone”.“Portanto nestes meses em que a pessoa está a programar a viagem ganha-se uma certa con-fiança”, acrescenta.
Uma vez no terreno o estudante considera que “há uma troca social e cultural muito maiorpois conhece-se o local, as pessoas e não só os sítios”.
Carla Santos
Um mundo de casas para emprestar
Maio é um mês propício à descoberta da natureza e o início dos festivais de verão é o motepara as mais diversas aventuras, um pouco por todo o mundo. Em Wicklon, Irlanda ocorrede 1 de Maio a 14 de Agosto o Wicklon Garden Festival, evento que abre as portas e dá aconhecer os jardins privados da cidade que estão inacessíveis durante o resto do ano. A di-versidade destes jardins quase se iguala ao Lunar Tours, uma série de tardes astronómi-cas que têm lugar no Royal Botanic Gardens, em Melbourne, Austrália e que pretendem dara conhecer um pouco mais sobre o Universo e explorar o satélite natural do nosso planeta, aLua. Em Portugal, a referência do mês vai para a Queima das Fitas de Coimbra, a co-meçar no final desta semana, bem como o Rock in Rio dias 30, 31 de Maio e 1 de Junho,no parque da Bela Vista, Lisboa. Músicas à parte, em Inglaterra acontece mais uma ediçãodo Coopers Hill Cheese Rolling Competition, o mais excêntrico festival que decorre emterras de Sua Majestade a 26 deste mês. Reúne um sem número de pessoas que correm co-lina abaixo atrás de um queijo e onde o perigo da descida, as corridas, os risos e o absurdodo motivo são a essência de toda esta competição excêntrica. Para os amantes de cinema,tem lugar até dia 8 de Maio em Bruxelas, Bélgica, o Brussels International Festival ofFantasy Film (BIFF), evento de cariz internacional que inclui uma mostra de mais de 100filmes e curtas-metragens e que é já célebre em cidades vizinhas como Liége, Mons e Char-leroi.
Vanessa QuitérioPUBLICIDADE
22 A CABRAVIAGENS 3ª feira, 29 de Abril de 2008
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