14174534038490
-
Upload
luis-malheiro -
Category
Documents
-
view
215 -
download
1
description
Transcript of 14174534038490
-
1Inimigos naturais das pragas da vinha: insectos e aracndeos. Quem so e onde esto?
-
3FICHA TCNICA
Ttulo: Inimigos naturais das pragas da vinha: insectos e aracndeos. Quem so e onde esto?Edio: ADVID - Associao para o Desenvolvimento da Viticultura DurienseAutores: Ftima Gonalves, Cristina Carlos, Laura Torres.Fotografias: Cristina Carlos, Ftima Gonalves, Susana Sousa
Ano: 2013Tiragem: 500 exemplaresDistribuio: ADVID Associao para o Desenvolvimento da Viticultura DurienseISBN: 978-989-98368-2-2Depsito Legal: 374497/14
Design: www.hldesign.pt
Prefcio
O manual uma excelente ferramenta para tcnicos, viticultores e interessados na matria, providenciando de uma forma simples e sistematizada a informao sobre artrpodes auxiliares da cultura da vinha. As fotografias complementam exemplarmente o texto, permitindo dissipar eventuais dvidas e ajudam a identificar no campo aqueles antagonistas, pelo que recomendo vivamente a sua leitura e divulgao.
Rui Soares, Real Companhia Velha
O manual sobre "Inimigos Naturais das pragas da vinha: insectos e aracndeos" uma prova do resultado frutuoso do trabalho de cooperao na investigao e disseminao de conhecimento entre diferentes tipos de instituies, frmula que quando correctamente balanceada entre o saber fazer, o saber cientfico e a capacidade de divulgao, permite a apresentao de uma obra para que todos os que trabalham em viticultura ou interessados nestas matrias possam utilizar e usufruir.
Jos Manso, Presidente da Associao para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
AgradecimentosAs autoras agradecem a Lus Crespo, Roberto Canovai, Marta Goula, Lara Pinheiro
e Claire Villemant o apoio dado na identificao de, respectivamente, aranhas, coccneldeos, heterpteros, srfdeos e himenpteros.
-
54
NDICE
1 | Introduo ......................................................................................................................................................................................072 | caros ..............................................................................................................................................................................................093 | Aranhas e opilies ...................................................................................................................................................................154 | Colepteros ................................................................................................................................................................................235 | Neurpteros ................................................................................................................................................................................316 | Heterpteros ..............................................................................................................................................................................357 | Dpteros ............................................................................................................................................................................................418 | Himenpteros ...........................................................................................................................................................................479 | Medidas de valorizao ...................................................................................................................................................5310 | Referncias bibliogrficas ........................................................................................................................................5911 | Glossrio ......................................................................................................................................................................................6312 | Anexos ..........................................................................................................................................................................................65
Nota das autorasAs presses socioeconmicas que se fazem sentir sobre a vitivinicultura, em espe-
cial as resultantes da globalizao dos mercados e da necessidade de ter em ateno o conceito de desenvolvimento sustentvel, afectam de modo particular a proteco da vinha, no sentido da reduo do uso de pesticidas. Este objectivo foi a fora dina-mizadora do projecto EcoVitis desenvolvido na forma de uma parceria entre a Real Companhia Velha (na qualidade de promotor), a Sogevinus Quintas S.A., a Associao para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense e a Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro , que esteve na base da elaborao do presente documento. Nele se do a conhecer os principais grupos de insectos e aracndeos, identificados no mbito do projecto, que exercem limitao natural sobre as pragas da vinha, e indicam-se tambm prticas consideradas relevantes na maximizao do valioso servio por eles prestado. nosso desejo que o mesmo possa servir para encorajar o uso destas pr-ticas, de modo a contribuir para a sustentabilidade, quer econmica, quer ambiental, da indstria do vinho.
Ftima Gonalves
Cristina Carlos
Laura Torres
Dezembro de 2013
-
76
1Introduo
Inimigos naturais das pragas das vinhas, tambm designados antagonistas ou auxiliares, so organismos que actuam como factores reguladores das populaes de pragas, frequentemente impedindo que estas causem prejuzos.
Nestes auxiliares, destacam-se os artrpodes (insectos, caros e aranhas) que, ha-bitualmente, se agrupam em predadores, parasitides e parasitas.
Os predadores so organismos com vida livre em todos os estados de desenvol-vimento, cujos estados imaturos necessitam de mais de um indivduo (presa) para completarem o desenvolvimento. Tm, em geral, tamanho maior do que as presas. Estas so normalmente procuradas, capturadas e ingeridas ou sugadas de imediato. Os adultos podem ter o mesmo regime alimentar que os imaturos ou consumir outros alimentos, tais como plen, nctar e meladas. Alguns predadores como os coccinel-deos, crisopdeos e certos grupos de caros so extremamente geis, caando activa-mente as suas presas.
Os parasitides so indivduos de vida livre apenas no estado adulto, cujos estados imaturos se desenvolvem total ou parcialmente custa de um organismo de outra espcie (hospedeiro) ao qual acabam por provocar a morte. Os parasitides podem ser endoparasitides, quando se desenvolvem no interior do corpo do hospedeiro e ectoparasitides, quando se desenvolvem no seu exterior. A maior parte dos adultos alimenta-se de nctar, meladas ou plen; contudo em algumas espcies, as fmeas necessitam de incluir uma fonte proteica na sua alimentao, obtendo-a atravs da perfurao do corpo do hospedeiro, para consumo da sua hemolinfa.
Os parasitas so organismos que vivem e se alimentam de um hospedeiro maior, podendo enfraquec-lo, mas raramente lhe provocando a morte.
-
98
2caros
Os parasitas so organismos que vivem e se alimentam de um hospedeiro maior, podendo enfraquec-lo, mas raramente lhe provocando a morte.
Figura 1.3 | Ninfa de cigarrinha-verde atacada por parasita, neste caso um eritraedeo.
Figura 1.1 | Larva de crisopa a predar uma lagarta de traa-da-uva ( esquerda) e adulto de mrideo a predar um afdeo ( direita).
Figura 1.2 | Larva de ectoparasitide a parasitar uma lagarta de traa-da-uva ( esquerda) e adulto de endoparasitide a emergir de uma pupa de traa-de-uva ( direita).
-
1110
2 | CAROSOs caros so aracndeos caracterizados por: no estado adulto, possurem quatro pares de patas; no possurem antenas nem asas; terem corpo ovide ou piriforme e aspecto em geral brilhante e no segmen-
tado.Apesar dos caros mais conhecidos pelos viticultores serem os tetraniqudeos
(p. ex.: aranhio-amarelo e aranhio-vermelho), em virtude dos prejuzos que fre-quentemente causam vinha, existem caros (predadores e parasitas) que limi-tam a aco das espcies nocivas, quer de outros caros, quer mesmo de alguns insectos. Na vinha referem-se em particular as famlias dos fitosedeos, anistdeos e eritraedeos.
2.1 | Fitosedeos
2.1.1 | Morfologia caros de pequenas dimenses (em geral menos de 0,5 mm de comprimento),
patas compridas e corpo ovide ou piriforme, brilhante, de cor esbranquiada, embora devido transparncia do tegumento, possa, consoante o alimento inge-rido, apresentar colorao ou manchas avermelhadas, alaranjadas ou amareladas.
2.1.2 | Papel no ecossistema vitcolaOs fitosedeos so, sem dvida, os principais agentes de limitao natural das
populaes de caros fitfagos, nomeadamente caros tetraniqudeos, embora tambm exeram aco importante sobre outros caros. Trata-se de predadores dotados de grande mobilidade, podendo ser encontrados na folhagem durante o perodo vegetativo e ao nvel do solo ou no ritidoma, durante o Inverno.
Num estudo efectuado na Regio Demarcada do Douro (R.D.D.), Kampimo-dromus aberrans foi a espcie de fitosedeo mais abundante nas vinhas situadas a Norte do Douro e com baixa presso de pesticidas, enquanto a Sul e em locais mais hmidos dominou Typhlodromus pyri. No Quadro 1 indicam-se as espcies apontadas por Rodrigues (2012) como tendo maior importncia na limitao na-tural das populaes dos principais caros que atacam a vinha.
Figura 2.1 | Fitosedeos: os caros predadores com maior importncia na vinha.
Espcie de fitosedeo
Praga
acariose-do
-n-curto
aranhio-
-amarelo
aranhio-
-vermelhoerinose
Amblyseius andersoni x x x
Euseius stipulatus x
Kampimodromus aberrans x x x x
Phytoseius plumifer x x
Typhlodromus phialatus x x
Typhlodromus pyri x x x x
Typhlodromus rhenanoides x x
Quadro 2.1 | Espcies de fitosedeos com importncia na limitao de caros fitfagos da vinha (Rodrigues, 2012)
-
1312
2.2 | Anistdeos
2.2.1 | Morfologia caros de dimenses relativamente grandes (at 3 mm de comprimento), cor-
po oblongo fazendo lembrar o de um caranguejo, de cor vermelha ou laranja e patas compridas.
2.2.2 | Papel no ecossistema vitcolaOs anistdeos so frequentemente observados nas inflorescncias da videira,
caracterizando-se pelo facto de, quando incomodados, se movimentarem de forma descoordenada e muito rpida. Alimentam-se de caros tetraniqudeos, tripes, cigarrinhas e afdeos.
2.3 | Eritraedeos
2.3.1 | Morfologiacaros de corpo oval, densamente peludo e cor avermelhada; patas longas
adaptadas para correr.
2.3.2 | Papel no ecossistema vitcolaOs eritraedeos so parasitas na fase de larva (assemelhando-se a pequenas car-
raas) e predadores livres, quando adultos; observam-se frequentemente a parasi-tar ninfas de cigarrinha-verde.
Figura 2.2 | Os anistdeos so importantes predadores de cigarrinha-verde.
Figura 2.3 | Na vinha, observam-se com frequncia ninfas de cigarrinha-verde parasitadas por eritraedeos.
Figura 2.4 | Os opilies tambm so frequentemente parasitados por eritraedeos.
-
1514
3Aranhas e opilies
-
1716
3 | ARANHAS E OPILIESAs aranhas e opilies so aracndeos e como tal caracterizam-se por: possurem quatro pares de patas; terem o corpo dividido em duas partes (cefalotrax e abdmen); serem desprovidos de asas e antenas.
3.1 | Aranhas
3.1.1 | Morfologia As aranhas caracterizam-se por terem o corpo nitidamente dividido em cefalo-
trax e abdmen; a forma e colorao so muito variadas; possuem entre seis e oito olhos, diferindo o nmero e padro de distribuio entre famlias.
3.1.2 | Papel no ecossistema vitcola As aranhas so os predadores mais frequentemente observados na vinha. Na
sua maior parte exercem predao sobre insectos, podendo utilizar vrias tcnicas para capturar as suas presas: algumas constroem teias, outras saltam, correm ou dissimulam-se no meio em que esto inseridas, usando o factor surpresa para caar. Muitas espcies vivem na vegetao, enquanto outras vivem na superfcie do solo, tendo preferncia por solos com resduos vegetais. A forma do corpo, pa-dro de distribuio dos olhos, tipo de teia que elaboram e comportamento, so caractersticas que contribuem para a identificao da famlia a que pertencem.
Na R.D.D., frequente observarem-se indivduos das famlias dos salticdeos e tomisdeos a alimentarem-se de insectos nas videiras, embora tambm se pos-sam ver dictindeos e aranedeos; no solo so frequentes os clubiondeos e lico-sdeos.
Figura 3.1 | Aranhas frequentemente observadas na vinha: salticdeo (A); tomisdeos (B, C), arane-deo (D), licosdeo (E) e dictindeo (F).
-
1918
Quadro 3.1 | - Aranhas identificadas na Regio Demarcada do Douro e quintas onde foram observadas (Carlos et al., dados no publicados; Gonalves et al., dados no publicados)
Famlia/ Espcie
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Agelenidae
Agelena sp. x
Malthonica lusitanica x x x
Malthonica sp. x x
Tegenaria bucculenta x x
Tegenaria montigena x
Tegenaria ramblae x
Tegenaria sp. x x x x x x
Araneidae
Mangora acalypha x
Mangora sp. x x
Clubionidae
Clubiona sp. x
Corinnidae
Castianeira badia x
Dictynidae
Dictyna cf. civica x x
Marilynia bicolor x x x
Nigma sp. x x x x
Gnaphosidae
Callilepis concolor x x x
Callilepis sp. x x
Gnaphosa alacris x
Haplodrassus dalmatensis x
Leptodrassus albidus x x x
Leptodrassex sp. x
Micaria albovittata x x
Micaria sp. x x x x
Nomisia exornata x
Famlia/ Espcie
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Nomisia sp. x x x x
Setaphis carmeli x
Synaphosus sauvage x
Trachyzelotes sp. x
Zelotes egregioides x x
Zelotes fulvopilosus x
Zelotes fuzeta x x x
Zelotes semirufus x x x x x x
Hahniidae
Hahnia nava x x
Linyphiidae
Frontinellina frutetorum x x
Meioneta fuscipalpa x x x
Pelecopsis bucephala x x
Prinerigone vagans x
Typhochrestus bogarti x
Lycosidae
Alopecosa albofasciata x x
Arctosa personata x x
Arctosa sp. x
Pardosa hortensis x
Pardosa proxima x x
Pardosa sp. x x x x
Pirata sp. x
Miturgidae
Cheiracanthium sp. x
Nemesiidae
Nemesia athiasi x
Oecobiidae
Oecobius machadoi x
-
2120
Famlia/ Espcie
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Oonopidae
Oonops sp. x
Oxyopidae
Oxyopes lineatus x
Oxyopes sp. x x x
Philodromidae
Philodromus sp. x x
Thanatus vulgaris x x
Thanatus sp. x
Pisauridae
Pisaura sp. x x
Salticidae
Ballus sp. x x
Chalcoscirtus infimus x x
Cyrba algerina x
Euophrys sulfurea x x
Euophrys sp. x
Evarcha sp. x
Heliophanus sp. x x
Icius subinermis x
Icius sp. x x
Myrmarachne sp. x x
Neaetha sp. x x
Pellenes sp. x
Phlegra sp. x
Salticus scenicus x
Scytodidae
Scytodes thoracica x
Scytodes velutina x x x x
Scytodes sp. x
Famlia/ Espcie
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Sicariidae
Loxosceles rufescens x
Theridiidae
Dipoena sp. x x
Episinus sp. x x
Euryopis episinoides x x
Steatoda incomposita x
Thomisidae
Ozyptila pauxilla x x x x
Ozyptila sp. x x x x
Runcinia grammica x
Synema globosum x
Synema sp. x x
Tmarus sp. x x
Thomisus sp. x x
Xysticus bufo x x x x
Xysticus kochi x
Xysticus sp. x x x x
Titanoecidae
Titanoeca monticola x x
Uloboridae
Hyptiotes sp. x
Uloborus sp. x
Zodariidae
Zodarion alacre x x x x
Zodarion duriense x x x
Zodarion styliferum x x x x x x
Zodarion sp. x x x
Quadro 3.1 (cont.) | - Aranhas identificadas na Regio Demarcada do Douro e quintas onde foram observadas (Carlos et al., dados no publicados; Gonalves et al., dados no publicados)
-
2322
3.2 | OPILIES
3.2.1 | Morfologia e comportamentoNos opilies o corpo, quando visto pelo lado dorsal, parece constitudo por uma
nica regio; o abdmen geralmente segmentado e possuem um par de olhos situados a meio do cefalotrax.
Frequentemente perdem uma ou mais patas, num fenmeno denominado autotomia (libertam-se das patas, que se mantm em movimento, por forma a confundir os predadores).
3.2.2 | Papel no ecossistema vitcolaOs opilies alimentam-se de pequenos insectos, embora algumas espcies
tambm possam consumir material em decomposio (animal ou vegetal) e fun-gos.
Figura 3.2 | Os opilies distinguem-se das aranhas porque o seu corpo parece ser constitudo por uma nica regio e por possurem apenas um par de olhos.
4Colepteros
-
2524
4 | COLEPTEROS Os colepteros so insectos que se caracterizam por possurem: asas anteriores espessadas e endurecidas (designadas litros), sob as quais se
protegem as asas posteriores que so membranosas; armadura bucal do tipo trituradora.Pela importncia que desempenham na limitao natural das populaes
de inimigos da vinha, destacam-se, na ordem dos colepteros, as famlias dos coccineldeos, clerdeos, cantardeos, malaqudeos, carabdeos e estafilindeos. De entre estas famlias, a melhor conhecida sem dvida a dos coccineldeos, qual pertencem os insectos vulgarmente designados joaninhas, amplamente utilizadas em programas de luta biolgica a nvel mundial.
4.1 | COCCINELDEOS
4.1.1 | Morfologia Os adultos possuem corpo arredondado e tamanho pequeno a mdio (0,8 a 16
mm de comprimento); as asas so de cores normalmente vistosas, apresentan-do manchas ou desenhos de forma variada. Os ovos tm forma de barrilete, e cor amarelada, que escurece medida que decorre o desenvolvimento embrionrio. As larvas so alongadas, de cores variadas, embora frequentemente escuras, por vezes com manchas amareladas ou alaranjadas; possuem patas bem desenvolvidas; al-gumas espcies apresentam o corpo revestido por secrees cerosas de cor branca. As pupas tm forma hemisfrica e cor amarela-acastanhada.
4.1.2 | Papel no ecossistema vitcola Os coccineldeos so, quer no estado adulto, quer imaturo, maioritariamente preda-
dores de insectos de corpo mole como afdeos (espcies afidfagas), cochonilhas (esp-cies coccidfagas) e caros (espcies acarfagas). Os ovos so normalmente colocados em grupo junto s colnias de potenciais presas. Quando estas escasseiam, os adultos podem sobreviver custa de nctar, poln e meladas produzidas por outros insectos; contudo, nestas condies, geralmente no se reproduzem.
Na vinha, particularmente conhecida a limitao natural que exercem sobre co-chonilhas e caros, embora tambm existam espcies que se alimentam de traa--da-uva.
Figura 4.1 | Joaninha-de-sete-pintas, Coccinella septempunctata: adulto em postura (A), larva (B), pupa (C) e adulto (D).
Figura 4.2 | Adulto de Scymnus interruptus, frequentemente observado em vinhas e, possivelmente, predador de cochonilha-algodo.
Figura 4.3 | As larvas de alguns coccineldeos tm o corpo coberto de filamentos semelhantes aos da cochonilha-algodo, o que lhes permite exercerem predao sobre este insecto sem serem importunadas por formigas.
-
2726
4.3 | CLERDEOS
4.3.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho mdio (5-12 mm de comprimento), corpo esguio
com colorao varivel, apresentando frequentemente manchas ou faixas de co-res vivas; o protrax mais estreito do que a cabea e a base dos litros; os olhos so proeminentes.
4.3.2 | Papel no ecossistema vitcolaSo predadores, quer no estado adulto quer larvar, alimentando-se preferen-
cialmente de insectos que escavam galerias em casca e troncos (nomeadamente colepteros); os adultos de algumas espcies tambm se podem alimentar de plen, observando-se, com frequncia, sobre flores.
Figura 4.5 | Adulto de
cantardeo.
Famlia/ Espcie
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Adalia (Adalia) bipunctata x x x
Adalia (Adalia) decempunctata x x x
Clitostethus arcuatus x
Coccinella (Coccinella) septempunctata x x x x x x
Coccinula quatuordecimpustulata x x
Henosepilachna argus x
Platynaspis luteorubra x x x x
Propylea quatuordecimpunctata x x x
Rhyzobius chrysomeloides x x x
Rhyzobius forestieri x x x
Rodolia cardinalis x x x
Scymnus (Scymnus) bivulnerus x x x
Scymnus (Scymnus) interruptus x x x x x x
Scymnus (Mimopullus) marinus x x x
Scymnus (Pullus) subvillosus x x x
4.2 | CANTARDEOS
4.2.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho pequeno a grande (2 30 mm de comprimento),
corpo esguio, com colorao que vai desde o amarelado ao vermelho e preto, ge-ralmente pubescente; possuem olhos proeminentes.
4.2.2 | Papel no ecossistema vitcolaOs cantardeos so predadores, quer no estado adulto quer larvar, alimentando-se
de outros insectos. Os adultos de algumas espcies tambm se podem alimentar de plen e por isso se observam, com frequncia, sobre flores.
Quadro 4.1 | Coccineldeos identificados na Regio Demarcada do Douro e quintas onde foram observados (Carlos et al., dados no publicados; Gonalves et al., dados no publicados)
Figura 4.4 | Adultos de cantardeos.
Figura 4.5 | Adulto de
cantardeo.
Figura 4.5 | Adultos de Trichodes sp., frequentemente observados durante a Primavera, em flores.
-
2928
4.4 | MALAQUDEOS
4.4.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho pequeno a mdio (3-10 mm de comprimento), e
tm o corpo com aspecto mole, alongado, achatado e geralmente mais largo na zona oposta cabea; a extremidade do abdmen geralmente exposta; apre-sentam cores brilhantes.
4.4.2 | Papel no ecossistema vitcolaEnquanto as larvas so exclusivamente predadoras, os adultos alimentam-se
sobretudo de plen e nctar de flores, embora nalgumas espcies tambm se alimentem de insectos.
4.5 | CARABDEOS
4.5.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho pequeno a grande (1-80 mm de comprimento), com
formas e cores variadas, embora a maior parte tenha cores escuras com reflexos metalizados; algumas espcies apresentam os litros soldados, outras tm o trax proeminente, frequentemente mais estreito do que o abdmen; as patas so longas, o que lhes permite uma rpida locomoo (raramente voam). As larvas tm corpo alongado, cabea grande e mandbulas evidentes.
4.5.2 | Papel no ecossistema vitcolaOs carabdeos so predadores tanto no estado adulto como larvar. Vivem essen-
cialmente no solo, onde se alimentam de insectos e outros invertebrados. Contudo, tambm podem subir vegetao para procurar as suas presas. Os adultos tm hbitos nocturnos escondendo-se, durante o dia, sob pedras, folhas, cascas de r-vores e outros detritos. Durante uma noite, um carabdeo adulto pode consumir o equivalente ao seu peso.
4.6 | ESTAFILINDEOS
4.6.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho pequeno a grande (1-40 mm de comprimento), e
tm o corpo delgado e mole, forma cilndrica a espalmada; a colorao normal-mente escura; os litros so muito curtos e truncados, deixando visvel a maior parte do abdmen; frequentemente erguem a extremidade do abdmen, fazendo lembrar pequenos escorpies.
Figura 4.6 | Adultos de malaqudeos.
Figura 4.7 | Adultos de carabdeos. Na vinha, so frequentemente encontrados debaixo do ritidoma
das videiras.
-
3130
5Neurpteros
4.6.2 | Papel no ecossistema vitcola semelhana dos carabdeos, os estafilindeos so predadores tanto no estado
adulto como larvar; vivem essencialmente no solo, podendo subir vegetao para caar.
Figura 4.8 | Adultos de estafilindeos.
-
3332
5 | NEURPTEROSOs neurpteros so insectos que se caracterizam por possuir: corpo mole; antenas compridas; armadura bucal trituradora; dois pares de asas membranosas e muito nervuradas que, quando em
repouso, se dispem ao longo do corpo, em forma de telhado. As famlias com maior importncia, do ponto de vista da limitao natural dos
inimigos da vinha, so as dos crisopdeos, hemerobdeos e coniopterigdeos.
5.1 | CRISOPDEOS
5.1.1 | MorfologiaOs adultos so de dimenso pequena a mdia (cerca de 12 mm de compri-
mento) e cor frequentemente verde, por vezes acastanhada ou avermelhada; tm olhos grandes, brilhantes e irisados, de forma semi-esfrica. Os ovos, em geral fi-xos na extremidade de um pednculo (colocados isoladamente ou em grupo), so de cor branca-esverdeada, que passa a acinzentada no final do desenvolvimento embrionrio. As larvas, de dimenso mdia (cerca de 8 mm de comprimento no mximo desenvolvimento), tm aspecto afunilado, fazendo lembrar vagamente minsculos crocodilos; so esbranquiadas a esverdeadas, com estrias averme-lhadas, castanhas ou negras; apresentam, lateralmente, pequenas verrugas com plos longos; tm armadura bucal constituda por duas mandbulas robustas. Os casulos, onde pupam, tm forma esfrica, aspecto sedoso e cor esbranquiada.
5.1.2 | Papel no ecossistema vitcola Os crisopdeos so predadores generalistas, muito abundantes no ecossiste-
ma vitcola, onde se alimentam de inimigos da cultura como a traa-da-uva, a cigarrinha-verde, caros e cochonilhas. Algumas espcies desta famlia, como a crisopa-comum, Chrysoperla carnea, so predadoras apenas no estado larvar, alimentando-se, enquanto adultos, de substncias aucaradas de origem natu-ral (como plen, nctar e meladas), enquanto outras tambm so predadoras no estado adulto ou tm comportamento alimentar misto.
5.2 | HEMEROBDEOS
5.2.1 | MorfologiaOs adultos so de dimenso pequena a mdia (6-15 mm de comprimento),
tm cores sombrias, em geral pardacentas e as asas revestidas por finos plos. As larvas tm corpo fusiforme, delgado e alongado.
5.2.2 | Papel no ecossistema vitcola Os hemerobdeos so predadores tanto no estado larvar como adulto, alimen-
tando-se preferencialmente de caros e insectos de corpo mole.
Figura 5.1 | Principais fases de desenvolvimento dos crisopdeos: ovos (A), larva (B), pupa (C) e adulto (D).
-
3534
5.3 | CONIOPTERIGDEOS
5.3.1 | MorfologiaOs adultos so de dimenso pequena (2,5-5 mm de comprimento) e aspecto
frgil, com o corpo coberto por uma substncia pulverulenta esbranquiada; tm antenas compridas. As larvas, de aspecto piriforme, so afiladas na parte posterior do corpo e tm patas finas e compridas.
5.3.2 | Papel no ecossistema vitcola Os coniopterigdeos so predadores, tanto no estado larvar como adulto, ali-
mentando-se de artrpodes de corpo mole como caros, cochonilhas e afdeos; os adultos tambm se podem alimentar de substncias aucaradas de origem natural, como meladas.
Figura 5.2 | Adultos de hemerobdeo.
Figura 5.3 | Adulto ( esquerda) e larva ( direita) de coniopterigdeo.
6Heterpteros
-
3736
6 | HETERPTEROSOs heterpteros so insectos que passam por metamorfoses simples, isto ,
os estados imaturos, que neste caso se designam ninfas, assemelham-se aos adultos, embora as asas e o aparelho reprodutor no estejam ainda totalmente desenvolvidos. Caracterizam-se por possurem:
dois pares de asas bem desenvolvidas, sendo que as anteriores tm a parte basal espessada e coricea (hemilitros) e as posteriores so totalmente mem-branosas; em repouso a zona apical das asas anteriores fica sobreposta; a parte basal das asas delimita, no trax, uma zona triangular;
armadura bucal do tipo picador-sugador. As principais espcies de heterpteros predadores incluem-se nas famlias dos
nabdeos, mirdeos, antocordeos e reduvdeos. Na vinha observam-se frequente-mente indivduos pertencentes a duas outras famlias, isto ligaedeos e pentato-mdeos, cujo papel se desconhece, mas que, no caso de algumas espcies, podero tambm ser predadoras.
6.1 | NABDEOS
6.1.1 | MorfologiaOs adultos so de tamanho pequeno a mdio (3-12 mm de comprimento), e
Figura 6.1 | Ligaedeo e pentatomdeo.
tm o corpo delgado, de cor amarelada, acinzentada ou acastanhada; possuem cabea e rostro alongados, antenas compridas e patas anteriores raptrias, que lhes permitem agarrar as presas; a zona membranosa dos hemilitros tm di-versas nervuras. As ninfas tm colorao escura, lembrando vagamente formigas.
6.1.2 | Papel no ecossistema vitcola Os nabdeos so predadores generalistas, tanto no estado de ninfa como de adul-
to. Alimentam-se de caros, cigarrinhas e larvas de lepidpteros; o gnero Nabis sp. apontado como sendo importante predador da traa-da-uva.
6.2 | MIRDEOS
6.2.1 | MorfologiaOs adultos tm dimenses pequenas a mdias (at 10 mm de comprimento) e
colorao variada (verde, castanha, preta ou vermelha); a nervao da zona mem-branosa do hemilitro apresenta uma ou duas clulas fechadas. As ninfas tm aspecto semelhante ao dos adultos, tendo apenas as asas menos desenvolvidas.
6.2.2 | Papel no ecossistema vitcolaEmbora a maioria dos mirdeos sejam fitfagos, esta famlia inclui espcies
que so predadoras, tanto no estado adulto como no imaturo, de caros, afdeos
Figura 6.2 | Os nabdeos so predadores de outras espcies de artrpodos. Nas imagens, adultos
de Himacerus sp.
Figura 6.1 | Apesar de, na vinha, se desconhecer o papel dos pentatomdeos ( esquerda) e ligaedeos ( direita), admite-se que algumas espcies sejam predadoras de outros artrpodos.
-
3938
e outros insectos de corpo mole. Na vinha, destaca-se Malacocoris chlorizans, um importante predador da cigarrinha-verde, cujas ninfas se podem confundir com as da praga. Distinguem-se delas porque, quando incomodadas, movimentam--se de forma rpida e para a frente, ao contrrio das de cigarrinha-verde, que se deslocam de lado e de forma mais lenta.
6.3 | ANTOCORDEOS
6.3.1 | MorfologiaOs adultos so de tamanho pequeno a mdio (1,5-5 mm de comprimento), e
tm corpo oval alongado e achatado dorso-ventralmente, de cor castanha-escura ou negra brilhante; a nervao da zona membranosa do hemilitro no possui clulas fechadas. As ninfas tm forma de pra e cor amarelada ou castanha--avermelhada.
6.3.2 | Papel no ecossistema vitcola Os antocordeos so predadores tanto no estado de ninfa como de adulto. Ali-
mentam-se de pequenos artrpodos como tripes, afdeos, cicadeldeos, caros, e ovos e lagartas de lepidpteros. Na vinha refere-se o gnero Orius sp., apontado como predador de ovos e lagartas de traa-da-uva, para alm de aranhio-ver-melho, acariose-do-n-curto e erinose.
Figura 6.3 | Ninfa e adulto de Malacocoris chlorizans, predador da cigarrinha-verde.
6.4 | REDUVDEOS
6.4.1 | MorfologiaOs adultos tm tamanho mdio a grande (4-40 mm de comprimento), colora-
o escura matizada de castanho, branco, vermelho ou laranja; a cabea estreita, dando a impresso de ter um pequeno pescoo; as patas do tipo raptrias so longas e com plos finos que ajudam a prender as presas.
6.4.2 | Papel no ecossistema vitcola Os reduvdeos so predadores tanto no estado de ninfa como de adulto, ali-
mentando-se essencialmente de insectos, nomeadamente afdeos, cigarrinhas e lagartas.
Figura 6.4 | Ninfa ( esquerda) e adulto ( direita) de antocordeo.
Figura 6.5 | Adulto de Rhynocoris sp.
-
4140
Famlia/ Espcie
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Anthocoridae
Orius (Orius) niger x x x x x
Anthocoris nemoralis x x x
Lygaeidae
Geocoris (Geocoris) megacephalus x x
Miridae
Deraeocoris (Knightocapsus) lutescens x x x x
Heterotoma cf. planicornis x x x
Deraeocoris (Deraeocoris) ruber x x
Deraeocoris (Camptobrochis) serenus x x x x x x
Nabidae
Nabis (Nabis) mediterraneus x x x
Himacerus (Aptus) mirmicoides x x
Prostemma bicolor x
Quadro 6.1 - Heterpteros predadores identificados na Regio Demarcada do Douro e quintas onde foram obser-vados (Carlos et al., dados no publicados; Gonalves et al., dados no publicados)
7Dpteros
-
4342
7 | DPTEROS Os dpteros, ordem a que pertencem insectos como as moscas e os mosquitos,
so caracterizados por possurem: um nico par de asas (as asas posteriores transformaram-se em estruturas
com forma de clava, denominadas halteres ou balanceiros); armadura bucal do tipo sugador, adaptada para picar ou lamber; olhos grandes, que ocupam grande parte da cabea.Nesta ordem destacam-se, pela importncia que desempenham na limitao
populacional de inimigos da vinha, as famlias dos sirfdeos e dos cecidomdeos, onde se incluem espcies predadoras, e a dos taquindeos e pipunculdeos, de que fazem parte espcies parasitides.
7.1 | SIRFDEOS
7.1.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho mdio a grande, e tm cores vistosas brilhantes,
apresentando listas ou manchas amarelas num fundo escuro por vezes metalizado. Muitas espcies lembram abelhas ou vespas, semelhana que , por vezes, notvel. Contudo nenhum destes sirfdeos pica. Observam-se frequentemente a pairar so-bre as flores, batendo as asas com rapidez, lembrando minsculos helicpteros. Os ovos tm forma oval e cor branca-acinzentada. As larvas tm aspecto vermiforme e colorao muito variada (branca, verde, acastanhada). As pupas tm forma de gota e colorao semelhante das larvas.
7.1.2 | Papel no ecossistema vitcola Os sirfdeos so predadores apenas no estado larvar, alimentando-se de af-
deos, cochonilhas e outros insectos de corpo mole; os adultos alimentam-se de poln, nctar e outras substncias aucaradas de origem natural (p. ex.: meladas secretadas por outros insectos). So predadores interessantes do ponto de vista da limitao natural dos inimigos das culturas particularmente porque os adultos possuem grande mobilidade, assegurando uma rpida recolonizao das culturas, tanto na Primavera como aps a ralizao de tratamentos fitossanitrios.
Nesta famlia, a espcie Xanthandrus comtus est referida como sendo um importante predador de lagartas de traa-da-uva.
7.2 | CECIDOMDEOS
7.2.1 | Morfologia Os adultos so muito pequenos, de cor acastanhada e com patas relativamente
longas comparativamente ao corpo. As larvas tm colorao amarela, laranja ou vermelha.
7.2.2 | Papel no ecossistema vitcola Os cecidomdeos so predadores no estado larvar, enquanto os adultos se ali-
mentam de meladas produzidas por outros insectos e de nctar. Na vinha, estes insectos esto referenciados como sendo importantes preda-
dores de cochonilha-algodo e de caros eriofdeos, responsveis pela acariose--do-n-curto e pela erinose.
Figura 7.1 | Principais estados de desenvolvimento dos sirfdeos: ovo (A), larva (B), pupa (C) e adulto (fmea de Episyphus balteatus) (D).
-
4544
Figura 7.2 | Na vinha observam-se com frequncia larvas de cecidomdeos do gnero Dicrodiplosis a alimentarem-se em colnias de cochonilha-algodo ( esquerda). direita mostra-se um adulto.
Figura 7.3 | Ovo de taquindeo sobre o corpo de uma lagarta de traa-da-uva ( esquerda) e adulto correspondente ( direita).
7.3 | TAQUINDEOS
7.3.1 | Morfologia Os adultos so de tamanho pequeno a grande (2-20 mm de comprimento), de
cor cinzenta-acastanhada e corpo revestido de sedas espessas (muito semelhantes a moscas domsticas). As larvas tm forma cilndrica e cor esbranquiada e as pupas tm forma de barrilete e cor castanha.
7.3.2 | Papel no ecossistema vitcola Os taquindeos so importantes parasitides de lagartas, embora tambm parasitem
insectos de outras ordens como hempteros, colepteros e ortpteros. Os ovos so colo-cados na vegetao por forma a serem consumidos pelos hospedeiros, ou na superfcie ou interior do corpo deste; o desenvolvimento larvar decorre no interior do hospedeiro; os adultos possuem vida livre e alimentam-se de meladas produzidas por outros insectos e de nctar. Na vinha, so referidos como parasitides de traa-da-uva.
7.4 | PIPUNCULDEOS
7.4.1 | MorfologiaAdultos de tamanho pequeno (2-11,5 mm) e colorao escura; olhos compostos
muito grandes que ocupam a quase totalidade da cabea; asas longas e estreitas.
7.4.2 | Papel no ecossistema vitcolaTrata-se de uma famlia bem
conhecida, em parte devido ao facto de as larvas serem, at onde se sabe, parasitides de auque-norrincos (p. ex.: cicadeldeos e cercopdeos), com excepo dos indivduos do gnero Nephrocerus, que parasitam adultos de tipul-deos. Os adultos alimentam-se de meladas excretadas por auque-norrincos. As fmeas depositam os ovos em ninfas jovens ou, mais raramente, em adultos dos seus hospedeiros. Na vinha, admite-se que possam desempenhar um importante papel na limitao natural de cigarrinha-verde e da cigarrinha-da-flavescncia-dourada.
Figura 7.4 | Adulto de pipunculdeo.
-
4746
8Himenpteros
-
4948
8 | HIMENPTEROS
Os himenpteros so insectos que se caracterizam por possurem: dois pares de asas membranosas e translcidas, pouco nervuradas, sendo as
anteriores maiores do que as posteriores; armadura bucal do tipo triturador ou lambedor-sugador; ovipositor geralmente bem desenvolvido; antenas relativamente longas.Nesta ordem incluem-se insectos como as abelhas, abelhes, vespas e formi-
gas, sendo uma ordem associada a importantes servios do ecossistema, como a polinizao e a limitao natural de pragas das culturas. Neste contexto, desta-ca-se o papel desempenhado por vespinhas parasitides, de aparncia, biologia e hospedeiros muito diversos, de entre as quais, se referem em particular as es-pcies includas nas superfamlias dos calcidideos, icneumonideos e crisidideos.
8.1 | CALCIDIDEOS
8.1.1 | Morfologia Os adultos tm dimenses muito pequenas (0,5-3 mm de comprimento), co-
lorao escura metalizada (com reflexos azuis, verdes bronzeados ou purpreos), asas com poucas nervuras e antenas com menos de 14 artculos.
8.1.2 | Papel no ecossistema vitcola Sendo parasitides, os estados imaturos dos calcidideos vivem na dependn-
cia de um hospedeiro, enquanto os adultos possuem vida livre e alimentam-se de substncias aucaradas como plen, nctar ou meladas. Normalmente parasitam ovos e estados imaturos jovens de insectos. Destaca-se, pela sua importncia na limitao natural dos inimigos da vinha, a famlias dos eulofdeos, que inclui o pa-rasitide Elachertus affinis, considerado o principal inimigo natural da traa-da--uva na R.D.D.; salientam-se ainda as famlias dos calciddeos e pteromaldeos, que incorporam parasitides da traa-da-uva, dos encirtdeos, que compreende parasitides da cochonilha-algodo, nomeadamente Anagyrus sp. prx. pseudo-cocci, e dos mimardeos, de que fazem parte parasitides de cigarrinhas, designa-damente Anagrus atomus, referido como o principal agente de limitao natural da cigarrinha-verde.
Figura 8.1 | Lagarta de traa-da-uva parasitada pelo eulofdeo Elachertus affinis ( esquerda) e respectivo adulto ( direita), considerado o principal parasitide da traa-da-uva.
Figura 8.2 | Adulto de Brachymeria sp., calciddeo parasitide de traa-da-uva.
Figura 8.3 | Adulto de Anagyrus sp. prx. pseu-dococci, encirtdeo parasitide da cochonilha-al-godo, comum na R.D.D.
Figura 8.4 | Na famlia dos mimardeos incluem-se importantes parasitides de cigarrinhas-da- -vinha.
-
5150
8.2 | ICNEUMONIDEOS
8.2.1 | MorfologiaAdultos de dimenso pequena a grande (1-27 mm de comprimento), de cor
negra, castanha ou alaranjada, asas geralmente bem desenvolvidas, com nervao mais desenvolvida do que a dos calcidideos, e antenas com 13 ou mais artculos.
8.2.2 | Papel no ecossistema vitcola O comportamento dos icneumonideos muito semelhante ao dos calcidi-
deos. Pelo papel desempenhado na limitao natural de inimigos da vinha, desta-cam-se nesta superfamlia, os icneumondeos e os bracondeos, onde se conhecem importantes espcies de parasitides de traa-da-uva.
8.3 | CRISIDIDEOS
8.3.1 | MorfologiaAdultos de dimenso pequena (quase sempre inferior a 7 mm), brilhantemen-
te coloridos e com o corpo fortemente esculpido; alguma espcies apresentam dimorfismo sexual acentuado, em que as fmeas no tm asas e apresentam adaptaes morfolgicas muito caractersticas (p. ex.: terem aparncia de formi-gas), enquanto os machos so alados.
8.3.2 | Papel no ecossistema vitcola Pelo papel que podem ter na limitao natural de pragas da vinha, destacam-
-se na superfamlia dos crisidideos, as famlias dos driindeos e betildeos. Os driindeos so parasitides de auquenorrincos e em particular de cigarrinhas, po-dendo desempenhar um importante papel na limitao natural de cigarrinha-ver-de e cigarrinha-da-flavescncia-dourada. So das poucas famlias de parasiti-des em que a larva inicia o desenvolvimento no interior do corpo do hospedeiro, desenvolvendo posteriormente uma estrutura em forma de saco, que projecta para fora do abdmen do hospedeiro, onde termina o desenvolvimento. Os be-tildeos so maioritariamente parasitides externos (ectoparasitides) de larvas de colepteros e microlepidpteros.
Figura 8.5 | Adulto de Campoplex capitator, icneumondeo parasitide de lagartas de traa-da-uva.
Figura 8.6 | Adulto de Ascogester quadriden-tata, bracondeo parasitide de lagartas de traa-da-uva, muito frequente na R.D.D.
Figura 8.7 | Os driindeos so importantes parasitides de cigarrinhas da vinha. Nas imagens, observa-se uma cigarrinha parasitada ( esquerda) e um adulto de driindeo ( direita).
Figura 8.8 | Adulto de betlideo.
-
5352
Famlia/ Espcie Hospedeiro
Quintas
Car
valh
as
Cid
r
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uz
Arn
ozel
o
Braconidae
Ascogaster quadridentada traa-da-uva x x
Chalcididae
Brachymeria sp. traa-da-uva x x
Encyrtidae
Anagyrus prx pseudococci cochonilha-algodo x x
Ericydnus sp. cochonilha-algodo x
Leptomastidea sp. cochonilha-algodo x x
Eulophidae x
Elachertus affinis traa-da-uva x x x x x x
Ichnemonidae
Campoplex capitator traa-da-uva x x x x
Quadro 8.1 - Himenpteros identificados na Regio Demarcada do Douro e quintas onde foram observados (Carlos et al., 2013; Gonalves et al., dados no publicados)
9Medidas de valorizao
-
5554
9 | MEDIDAS DE VALORIZAOA presena e actuao de inimigos naturais das pragas depende, em grande
parte, da criao de condies que assegurem a sua sobrevivncia, reproduo e actividade neste ecossistema intervencionado pelo homem.
Deste ponto de vista, deve evitar-se a sua destruio pelos pesticidas, no usando os mais txicos para estes auxiliares e, sempre que possvel, reduzindo as doses e o nmero de aplicaes dos que for indispensvel usar (Anexos 1.1, 1.2, 1.3).
As mobilizaes do solo devem ser reduzidas ao estritamente necessrio, por afectarem negativamente as populaes de artrpodos que a habitam, como as aranhas, os carabdeos e os estafilindeos; pela mesma razo, devem evitar-se solos demasiado limpos, aconselhando-se a manuteno dos resduos resultan-tes dos cortes da vegetao e da triturao da lenha de poda, de forma a criar uma espcie de mulching onde esses auxiliares se possam abrigar.
A instalao/manuteno de infra-estruturas ecolgicas na parcela ou na sua vizinhana (num raio de cerca de 150 m) fortemente recomendada por pro-porcionar aos auxiliares locais de abrigo e refgio, quando as condies lhe so adversas, designadamente em termos climticos ou em resultado da realizao de tratamentos fitossanitrios. Incluem-se nestas infra-estruturas os muros de pedra, fendas rochosas, amontoados de lenha e comunidades vegetais como o enrelvamento do solo, pequenos bosques e sebes.
Figura 9.1 | Os muros de pedra e rvores antigas desempenham uma importante funo ecolgica, ao providenciar refgio para a fauna auxiliar da vinha.
-
5756
Para alm de servir como local de refgio, a vegetao herbcea e arbustiva envolvente das parcelas (bordaduras de caminhos, entrelinhas e taludes) dispo-nibiliza aos auxiliares alimento alternativo e/ou suplementar, para quando este escasso no interior da cultura. As plantas que compem estas infra-estrutu-ras ecolgicas (Anexo 2), podem facultar-lhes nctar e poln (importante para a alimentao de alguns adultos), assim como presas/hospedeiros alternativos, na forma de insectos/caros que no atacam a vinha). Os afdeos, por exemplo, frequentemente observados em ervilhacas, leitugas e funcho-bravo, excretam meladas que so extremamente ricas em acares e muito importantes para a sobrevivncia e reproduo de auxiliares como crisopdeos e sirfdeos. No caso dos caros fitosedeos, a existncia nas vinhas, de um coberto vegetal que inclua plantas produtoras de plen, particularmente importante para o desenvolvi-mento das suas populaes no incio do Vero. Os cortes a efectuar a esta ve-getao devero ser sempre realizados por forma a evitar a sua total destruio e permitir que aqueles organismos se possam refugiar para outros locais (cortes alternados, se possvel a partir do centro das parcelas para a bordadura).
Figura 9.2 | As comunidades vegetais que constituem as matas (A), o revestimento dos taludes (B), as sebes (C) e o coberto da entrelinha (D) so importantes infra-estruturas que providenciam alimento alternativo e abrigo das condies desfavorveis, fauna auxiliar.
As sebes asseguram a sobrevivncia de inmeras espcies da fauna, tendo importante funo na valorizao de mimardeos do gnero Anagrus, que so dos principais parasitides de ovos da cigarrinha-verde. Como demonstrado por vrios autores, a actuao destes indivduos na vinha incrementadas pela pre-sena, na vizinhana das parcelas, de sebes de roseiras-bravas, ameixeiras-bravas, aveleiras e silvas. Por sua vez os caros fitosedeos (K. aberrans e T. pyri) benefi-ciam da presena de sebes que incluam a madressilva, a aveleira, o sabugueiro e o ldo. De notar que K. aberrans, sendo muito sensvel aos pesticidas, frequente nas plantas que constituem as sebes e tem grande facilidade de disperso pelo vento, o que lhe confere a capacidade de recolonizar rapidamente as parcelas de vinha.
Figura 9.4 | Os adultos de sirfdeos alimentam--se de plen de plantas da famlia das aster-ceas. Na imagem, uma fmea de Sphaerophoria scripta, um dos sirfdeos mais frequentemente observados na vinha.
Figura 9.5 | As flores de apiceas, por possurem nectrios expostos, so procuradas por muitos insectos que se alimentam do seu nctar. Na imagem um adulto de crisopa-comum a alimen-tar-se numa inflorescncia de cenoura-brava.
Figura 9.3 | As plantas da famlia das fabceas, como a ervilhaca, frequentes no coberto vegetal herbceo da vinha, facultam presas s larvas de sirfdeos ( esquerda) e coccineldeos ( direita), na forma de afdeos que no atacam a cultura, permitindo o seu desenvolvimento atempado.
-
5958
Figura 9.6 | O funcho-bravo hospedeiro de afdeos, que no atacando a vinha, constituem impor-tantes fontes alimentares para os inimigos naturais das pragas. Nas imagens, observam-se ovos de crisopdeos (A) e sirfdeo (B) colocados junto a uma colnia de afdeos, assim como uma larva (C) e um adulto (D) de coccineldeo Scymnus aptezi a alimentar-se de afdeos.
Figura 9.7 | As sebes de madressilvas so par-ticularmente interessantes na valorizao dos caros predadores, que nelas encontram abun-dncia de presas, tal como eriofdeos e tetrani-qudeos, estados imaturos de outros pequenos artrpodos e tambm plen.
Figura 9.8 | As roseiras-bravas so hospedeiras de cigarrinhas que, no atacando a vinha, permitem a sobrevivncia, no Inverno, de parasitides do gnero Anagrus. Durante o perodo de actividade vegetativa, parte da populao destes auxiliares desloca-se para a vinha, para parasitar os ovos de cigarrinhas nocivas cultura, como o caso da cigarrinha--verde.
10Referncias bibliogrficas
-
6160
10 | Referncias bibliogrficas
Acta. 1991. Les auxiliares, ennemmis naturales des ravageurs des cultures. Pa-ris, 64 pp.
Bller EF, Hni F, Hans-Michael P (Eds). 2004. Ecological infrastructures: Ideabook on functional biodiversity at the farm level. Temperate zones of Europe. Swiss Centre for Agricultural Extension and Rural Development, Switzerland, 212 pp..
Borror DJ & De Long DM. 1969. Estudo dos insectos. Editra Edgard Blcher Ltda. S. Paulo, Brasil, 653 pp.
Carlos CR, Costa JR, To CB, Alves F & Torres LM. 2006. Parasitismo as-sociado traa-da-uva, Lobesia botrana (Dennis & Schiffermller) na Regio Demarcada do Douro. Bolletn de sanidad Vegetal Plagas, 32 (3): 355-362.
Carlos C, Gonalves F, Sousa S, Crespi A, Torres L. 2013. Infra-estruturas eco-lgicas. Guia de instalao de comunidades vegetais. Vila Real, 6 pp.
Carlos C, Gonalves F, Sousa S, Salvao J, Sharma L, Soares R, Manso J, Nbrega M, Lopes A, Soares S, Aranha J, Villemant C, Marques G, Torres L. 2013. Environmentally safe strategies to control the European Grapevine Moth, Lobe-sia botrana (Den. & Schiff.) in the Douro Demarcated Region. Cincia e Tcnica Vitivincola: 1006-1011.
Carlos CR, To CB, Domingos JA, Costa JR, Alves F & Torres LM. 2005. Insectos predadores associados vinha na Regio Demarcada do Douro. Actas do VII Encontro Nacional de Proteco Integrada e Qualidade e Segurana Ali-mentar, 1: 388-397.
DGAV. 2013. Lista dos produtos fitofarmacuticos permitidos em proteco integrada. Actualizao a 18 de Abril de 2013. Disponvel em www.dgv.min-agri-cultura.pt/ (acedido em Junho de 2013).
E-phy. 2014. Le catalogue des produits phytopharmaceutiques et de leurs usages des matires fertilisantes et des supports de culture homologus en Fran-ce. Disponvel em http://e-phy. agriculture.gouv.fr/. (acedido em Maio de 2014)
Flix AP & Cavaco M. 2009. Manual de proteco fitossanitria para protec-o integrada e agricultura biolgica da vinha. Ministrio da Agricultura, do De-senvolvimento Rural e das Pescas. Direco Geral de Agricultura e Desenvolvi-mento Rural. 98pp.
Flint ML & Dreistadt SH. 1998. Natural enemies handbook. The illustrated guide to biological pest control. Canada, 154 pp.
Gonalves F, Carlos C, Torres L. 2010. O campo no seu bolso n 1. Amigos desconhecidos do agricultor. Torres, L (coord.). Edibio Edies, Lda, Castelo de Paiva, 80 pp.
Gonalves F, Nave A, Torres L. 2011. Os crisopdeos. Sua importncia no olival. Medidas de valorizao da sua actividade. O Segredo da Terra, 33: 38-40.
Gonalves MF, Torres LM. 2004. A fauna auxiliar, base da proteco contra pragas em olivicultura biolgica. O Segredo da Terra, 7: 5-6.
Nave A, Gonalves F, Torres L. 2011. As crisopas: Auxiliares valiosos do olivi-cultor. Vila Real, 4 pp.
Oliveira AB, Barata A, Prata A, Mendes F, Bento F, Gaspar L, Cavaco M. 2014. Proteo integrada das culturas Volume III - Efeito secundrio dos produtos fi-tossanitrios. Ministrio da Agricultura e do Mar. Direco-Geral da Alimenta-o e Veterinria, 56 pp. , 56 pp. Disponvel em http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=9069082&cboui=9069082 (acedido em Maio de 2014)
Oliveira A, Gonalves F, Torres L. 2006. Limitao natural de pragas e biodi-versidade funcional. O Segredo da Terra, 15: 5-8.
-
6362
Pereira JA, Torres L, Espinha I, Ferragut F. 2003. Contribution to the knowle-dge of phytoseiid mites associated with vineyards in the Regio Demarcada do Douro (Port wine region). Acarologia XLIII, I: 7-13.
Rodrigues JR, Torres LM. 2005. Os caros fitosedeos (Acari: Phytoseiidae). Em Rodrigues JRO (Ed. cientfico). Os caros fitosedeos na limitao natural do aranhio-vermelho em fruteiras e vinha. Instituto Politcnico de Viana do Caste-lo/Escola Superior Agrria de Ponte de Lima, 40-115.
Rodrigues R. 2012. Organismos auxiliares. Em Manual Bayvitis: a fitossanida-de da videira. II Edio. Bayer CropScience: 178-192.
Sentenac G. (coord). 2011. La faune auxiliaire des vignobles de France. ditions France Agricole, 421 pp.
Torres LM. 2006. A fauna auxiliar do olival e a sua conservao. Joo Azevedo Editor. Terra transmontana, 92 pp.
Torres L, Ferreira J. 2012. Insectos auxiliares identificao e limitao natural de pragas. Em Ferreira J (coord.). As bases da agricultura biolgica Tomo I, Pro-duo vegetal. 2 Ed. Edibio, Edies, Lda, Castelo de Paiva: 330-343.
11Glossrio
-
6564
11 | Glossrio
Abdmen regio do corpo dos artrpodos situada aps o trax ou o cefalotrax consoante se trate de insectos ou de aracndeosBalanceiros pequenas estruturas situadas de cada lado do mesotrax, repre-sentando as asas posteriores (dpteros) (ver halteres)Cefalotrax regio do corpo dos aracndeos constituda por segmentos ceflicos e torcicos Coriceo duro como o courolitros asa anterior espessa, coricea ou crnea (colepteros)Hemilitro asa anterior dos heterpterosHalteres ver balanceirosNinfa - estado imaturo dos insectos que passam por metamorfoses simples; estado imaturo de caros, possuindo quatro pares de patasProtrax segmento do trax dos insectos mais prximo da cabea, onde se localiza o primeiro par de patas (patas anteriores) Raptrias modificadas como garrasRostro estruturas protradas das peas bucais dos insectos sugadoresTrax regio do corpo situada atrs da cabea, que apresenta as patas e as asas
12ANEXOS
-
6766
SUB
ST
NC
IA
AC
TIVA
Fina
lidad
e
Coccineldeos
Colepteros do solo
Sirfdeos
Crisopdeos
Antocordeos
Nabdeos
Himenpteros
parasitides
caros fitosedeos
Aranhas
Abelhas
-c
iper
met
rina
ltic
a
(1)
(1
)?(
1)
(1)
(2
)?(
1)
(1;2
)
(1;2
)
(1)
(1
)
Bac
illus t
hurig
iens
istra
a-d
a-uv
a
(1;2
)
(1;2
)
(2)
(1
;2)
(2
)-
(2
) ?(1
)
(2)
(1)
(1
)
(1)
clora
ntra
nilip
oltra
a-d
a-uv
a
(1)
(2)
-
(2)
(2
)
(1;2
)-
(2
) ?(1
)
(1,2
)-
(1
)
clorp
irifo
sco
chon
ilhas
(2
) ?(1
)-
(2
)
(2)
(1)
(2
) ?(1
)
(1)
(1
;2)
(2
) ?(1
)?(
1)-
delta
met
rina
cigar
rinha
-da-
flave
scn
-cia
dou
rada
; lti
ca;
curc
ulio
nde
os
(1
;2)
?(1)
(1
;2)
(2
) ?(1
)
(1;2
) -
(2
) ?(1
)
(1;2
)?(
1)
(1)
emam
ectin
a (b
enzo
ato)
traa
-da-
uva
(2
) ?(1
) -
-
(1;2
)
(2)
?(1)
(2
) ?(1
)
(2) ?
(1)
-?(
1)
enxo
frec
aros
(2
) ?(1
)
(1)
(2
)
(1;2
)
(1;2
)-
(2
) ?(1
)
(2) ?
(1)
-
(2)
fene
piro
ximat
ocig
arrin
ha-d
a-fla
vesc
ncia
do
urad
a; ci
garri
nha-
verd
e;
car
os te
trani
qud
eos
(2
) ?(1
)-
(2
)
(1;2
)
(2)
-
(2) ?
(1)
(2
) (1
)
(1)
-
feno
xicar
betra
a-d
a-uv
a
(2) ?
(1)
--
(2
) ?(1
)
(2) ?
(1)
-
(2) ?
(1)
(1
;2)
--
hexit
iazo
xc
aros
tetra
niqu
deo
s
(1;2
)
(1)
(2
)
(1;2
)
(1;2
)-
(1
;2)
(1
;2)
-
(1)
imid
aclo
prid
eco
chon
ilhas
(2
) ?(1
)
(1)
(2
)
(2) ?
(1)
(1
;2)
(1
)
(2) ?
(1)
(2
) ?(1
)
(1)
(1
)
indo
xaca
rbe
cigar
rinha
-da-
flave
scn
cia
dour
ada;
ciga
rrinh
a-ve
rde
(2
) ?(1
)-
(1
;2)
(2
) (1
)
(2)
(1)
?(1)
(2
)
(2) ?
(1)
(1
)
(1)
Ane
xo 1.
1. | T
oxid
ade
de su
bst
ncia
s act
ivas i
nsec
ticid
as e
aca
ricid
as h
omol
ogad
as e
m p
rote
co
inte
grad
a da
vinh
a em
20
13, p
ara
os p
rincip
ais i
nim
igos n
atur
ais d
as
prag
as d
as vi
nhas
e p
olin
izado
res
lam
bda-
cialo
trin
acig
arrin
ha-d
a-fla
vesc
n-
cia d
oura
da;
ltica
; m
osca
-da-
frut
a
(1;2
)?(
1)
(2)
(1)
(2
) ?(1
)
(1;2
)
(1)
(2
) ?(1
)
(2) ?
(1)
?(1)
(1
)
lufe
nur
om
osca
-da-
frut
a
(1)
(2)
-
(1;2
)
(2) ?
(1)
(2
) (1
)
(1)
(2
) ?(1
)
(1;2
)
(1)
-
met
oxife
nozid
atra
a-d
a-uv
a
(1)
--
(1
;2)
(1
) (2
)
(1)
(1
;2)
(1
;2)
(2
)-
leo
de
Ver
opi
rale
; for
mas
hib
erna
ntes
de
inse
ctos
e
caro
s;
coch
onilh
as;
caro
s
(2)
-
(2)
(2
)
(2)
-
(2)
(2
)-
-
spin
osad
traa
-da-
uva
(1
;2)
(1
)
(1;2
)
(1;2
)
(2) ?
(1)
(1
)
(2)
(1)
(2
) ?(1
)
(1)
(1
)
spiro
diclo
fena
car
os
(2) ?
(1)
-
(2)
(1
;2)
(2
) ?(1
)-
(2
)
(2) ?
(1)
-
(1)
tebu
feno
zida
traa
-da-
uva;
pira
le
(1;2
)-
(2
)
(1;2
)
(1;2
)-
(1
;2)
(1
;2)
(1
)
(1)
tiam
etox
ame
cigar
rinha
-da-
flave
scn
cia
dour
ada;
ciga
rrinh
a-ve
rde
(2
) ?(1
)?(
1)-
(2
) ?(1
)
(2) ?
(1)
-
(2) ?
(1)
(1
) (2
) ?(
1)
(1)
Lege
nda:
Tox
idad
e fa
una:
N
eutro
a p
ouco
txic
o;
Med
iana
men
te t
xico;
T
xico
ou m
uito
txic
o; ?
Info
rma
o co
ntra
dit
ria; -
- In
form
ao
inex
isten
te; (
1) e
-phy
, 20
14; (
2) O
livei
ra e
t al.,
2014
-
6968
Ane
xo 1.
2 | T
oxid
ade
de su
bst
ncia
s act
ivas f
ungic
idas
hom
olog
adas
em
pro
tec
o in
tegr
ada
da vi
nha
em 2
013
, par
a os
prin
cipai
s ini
migo
s nat
urai
s das
pra
gas d
as vi
nhas
e
polin
izado
res.
SUB
ST
NC
IA A
CTI
VAFi
nalid
ade
Coccineldeos
Colepteros do solo
Sirfdeos
Crisopdeos
Antocordeos
Nabdeos
Himenpteros
parasitides
caros fitosedeos
Aranhas
Abelhas
azox
istro
bina
odi
o; m
ldio
; esc
orio
se;
podr
ido
-neg
ra
(1;2
)
(1)
(1
)
(2)
(1
;2)
-
(1;2
)
(1;2
)-
(1
)
azox
istro
bina
+ fo
lpet
eo
dio;
mld
io; p
odrid
o-n
egra
(2
)-
-
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
Bac
illus
subt
ilis Q
ST 7
13po
drid
o-c
inze
nta
(2
) -
-
(2)
--
(2
)
(2)
-
(1)
bena
laxil
+man
coze
bem
ildo
(2
) -
(2
)
(2)
(2
) -
(2
)
(2)
--
bena
laxil
M
+
man
coze
bem
ildo
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
bena
laxil
+fol
pete
mild
o
(2)
-
(2)
(2
)
(2)
-
(2)
(2
) -
-
bena
laxil
M
+ fo
lpet
em
ildo
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
bent
iava
licar
be+
man
coze
bem
ildo
; po
drid
o-n
egra
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
bosc
alid
epo
drid
o-c
inze
nta
--
-
(2)
--
(2
)
(1;2
)-
-
bosc
alid
e +
cres
oxim
e -
met
iloo
dio
(2
)-
--
--
(2
)
(2)
--
ciazo
fam
ida
mld
io-
(1
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
ciflu
fena
mid
ao
dio
--
-
(2)
--
(2
)
(2)
--
ciflu
fena
mid
a +
dife
noco
nazo
lo
dio
--
-
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
cimox
anil +
hi
drx
ido
de co
bre
mld
io-
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
Lege
nda:
Tox
idad
e fa
una:
N
eutro
a p
ouco
txic
o;
Med
iana
men
te t
xico;
T
xico
ou m
uito
txic
o; ?
Info
rma
o co
ntra
dit
ria; -
- In
form
ao
inex
isten
te; (
1) e
-phy
, 20
14; (
2) O
livei
ra e
t al.,
2014
cimox
anil +
ox
iclor
eto
de co
bre
mld
io-
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
cimox
anil +
oxic
lore
to d
e co
bre
+ pr
opin
ebe
mld
io
(2)
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
cimox
anil +
cobr
e (o
xiclo
reto
+
sulfa
to) +
man
coze
bem
ldio
--
-
(2)
--
(2
)
(2)
--
cimox
anil +
fam
oxad
ona
mld
io-
--
--
--
(2
)-
-
cimox
anil +
fam
oxad
ona
+ fo
lpet
em
ldio
(2
)-
(2
)-
--
-
(2)
--
cimox
anil+
flusil
azol
+fol
pete
mld
io; o
dio
(2
)-
(2
)-
--
-
(2)
--
cimox
anil +
folp
ete
mld
io
(2)
-
(2)
--
--
(2
)-
-
cimox
anil +
folp
ete
+ fo
setil
-Al
mld
io
(2)
-
(2)
--
--
(2
)-
-
cimox
anil +
folp
ete
+ m
anco
zebe
mld
io
(2)
-
(2)
--
-
(2)
(2
)-
-
cimox
anil +
folp
ete
+met
alax
ilm
ldio
(2
)-
(2
)-
--
-
(2)
--
cimox
anil +
folp
ete
+ te
buco
nazo
lm
ldio
; od
io
(2)
-
(2)
-
(2)
-
(2)
(2
)-
-
cimox
anil+
fos
etil-
Al +
m
anco
zebe
mld
io-
-
(2)
-
(2)
-
(2)
(2
)-
-
cimox
anil+
man
coze
bem
ldio
--
--
--
(2
)
(2)
--
cimox
anil +
met
iram
e m
ldio
--
--
--
--
--
cimox
anil +
pro
pine
bem
ldio
(2
)-
--
--
(2
)
(2)
--
-
7170
SUB
ST
NC
IA A
CTI
VAFi
nalid
ade
Coccineldeos
Colopteros do solo
Sirfdeos
Crisopdeos
Antocordeos
Nabdeos
Himenpteros
parasitides
caros fitosedeos
Aranhas
Abelhas
cimox
anil+
prop
ineb
e+t
ebuc
onaz
olm
ldio
(2
)-
(2
)-
(2
)-
(2
)
(2)
--
cimox
anil +
sul
fato
de
cobr
e e
clci
om
ldio
--
-
(2)
--
(2
)
(2)
--
cipro
dini
lm
ldio
--
--
(2
)-
-
(2)
-
(1)
cipro
dini
l+ fl
udio
xoni
lm
ldio
--
--
(2
)-
-
(2)
-
(1)
cres
oxim
e-m
etilo
odi
o
(2)
-
(2)
--
-
(2)
(1
;2)
--
dim
etom
orfe
+ fo
lpet
em
ldio
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
dim
etom
orfe
+ m
anco
zebe
mld
io
(2)
-
(2)
(2
)
(2)
-
(2)
(2
)-
-
dim
etom
orfe
+
pira
clost
robi
nam
ldio
(2
)-
-
(2)
--
(2
)
(2)
--
enxo
freo
dio;
esc
orio
se
(2) ?
(1)
(1
)
(2)
(1
;2)
(1
;2)
-
(2) ?
(1)
(2
) ?(1
)-
(2
)
espi
roxa
min
ao
dio
(2
) (1
)-
-
(2)
--
(2
)
(2)
--
fam
oxad
ona+
man
coze
bem
ldio
; es
corio
se-
--
--
-
(2)
(2
)-
-
fena
mid
ona+
fose
til d
e A
lm
ldio
--
(2
)-
(2
)-
-
(2)
--
fene
buco
nazo
lo
dio
(2
)-
--
--
(2
)
(2)
--
fene
hexa
mid
apo
drid
o-c
inze
nta
--
-
(2)
--
(2
)
(1;2
)-
-
fluop
icolid
a +
fose
til-A
lm
ldio
--
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
Ane
xo 1.
2 (c
ont.)
| To
xidad
e de
subs
tnc
ias a
ctiva
s fun
gicid
as h
omol
ogad
as e
m p
rote
co
inte
grad
a da
vinh
a em
20
13, p
ara
os p
rincip
ais i
nim
igos n
atur
ais d
as p
raga
s da
s vin
has e
pol
iniza
dore
s.
folp
ete
mld
io;
esco
riose
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
-
(1)
folp
ete
+ fo
setil
-Al
mld
io;
esco
riose
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
folp
ete
+ fo
setil
-Al +
ip
rova
licar
bem
ldio
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
folp
ete+
ipro
valic
arbe
mld
io
(2)
-
(2)
--
-
(2)
(2
)-
-
folp
ete
+ m
andi
prop
amid
am
ldio
(2
)-
(2
)-
--
(2
)
(2)
--
folp
ete
+ m
etal
axil
mld
io
(2)
-
(2)
--
-
(2)
(2
)-
-
folp
ete
+ m
etal
axil-
Mm
ldio
(2
)-
(2
)-
--
(2
)
(2)
--
folp
ete
+ pi
raclo
stro
bina
mld
io; o
dio
(2
)-
(2
)
(2)
--
(2
)
(2)
--
folp
ete
+ va
lifen
alat
om
ldio
(2
)-
(2
)-
--
(2
)
(2)
--
fose
til-A
lm
ldio
(1
;2)
-
(2)
(2
)
(2)
-
(1;2
)
(2) ?
(1)
-
(1)
fose
til-A
l + m
anco
zebe
mld
io;
esco
riose
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
hidr
xid
o de
cobr
em
ldio
(2
) ?(1
)-
(1
;2)
(2
)
(2)
-
(1;2
)
(1;2
)-
(1
)
ipro
dion
apo
drid
o-c
inze
nta
(1
;2)
(1
)
(1;2
)
(1;2
)
(1;2
)-
(1
;2)
(1
;2)
-
(1)
man
coze
bem
ldio
; es
corio
se
(1;2
)-
(1
;2)
(2
) ?(1
)
(1;2
)-
(1
) (2
)
(2) ?
(1)
-
(1)
man
coze
be +
met
alax
ilm
ldio
--
--
--
(2
)
(2)
--
man
coze
be +
met
alax
il-M
mld
io;
podr
ido
-neg
ra-
--
--
-
(2)
(2
)-
-
man
coze
be +
zoxa
mid
am
ldio
--
--
--
(2
)
(2)
--
mep
anip
irim
epo
drid
o-c
inze
nta
--
--
--
-
(1)
--
mep
tildi
noca
peo
dio
(2
)-
--
(2
)-
(2
)
(2)
--
met
iram
em
ldio
; es
corio
se?(
1)-
(2
)
(2)
(2
)-
(1
) (2
)?(
1)
(2)
--
met
iram
e +
pira
clost
robi
nam
ldio
; es
corio
se;
podr
ido
-neg
ra-
-
(2)
(2
)
(2)
-
(2)
(2
)-
-
Lege
nda:
Tox
idad
e fa
una:
N
eutro
a p
ouco
txic
o;
Med
iana
men
te t
xico;
T
xico
ou m
uito
txic
o; ?
Info
rma
o co
ntra
dit
ria; -
- In
form
ao
inex
isten
te; (
1) e
-phy
, 20
14; (
2) O
livei
ra e
t al.,
2014
-
7372
SUB
ST
NC
IA A
CTI
VAFi
nalid
ade
Coccineldeos
Colopteros do solo
Sirfdeos
Crisopdeos
Antocordeos
Nabdeos
Himenpteros
parasitides
caros fitosedeos
Aranhas
Abelhas
met
rafe
nona
odi
o-
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
micl
obut
anil
odi
o
(1;2
)
(1)
-
(2)
(1
)-
(1
;2)
(1
;2)
-
(1)
micl
obut
anil +
qui
noxif
ena
odi
o-
--
--
-
(2)
(2
)-
-
oxicl
oret
o de
cobr
em
ldio
(1
;2)
-
(1;2
)
(1)
(2)
(1
;2)
-
(1;2
)
(1;2
)-
-
oxicl
oret
o de
cobr
e +
dim
etom
orfe
mld
io-
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
oxicl
oret
o de
cobr
e +
ipro
valic
arbe
mld
io-
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
oxicl
oret
o de
cobr
e +
man
dipr
opam
ida
mld
io
(2)
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
oxicl
oret
o de
cobr
e +
met
alax
ilm
ldio
--
-
(2)
--
(2
)
(2)
--
xid
o cu
pros
om
ldio
(2
)-
(2
)
(2)
--
(2
)
(1;2
)-
-
penc
onaz
olo
dio
-
(1)
-
(1)
--
(1
)
(1)
--
pira
clost
robi
nao
dio
(2
)-
-
(2)
--
(2
)
(1;2
)-
-
pirim
etan
ilpo
drid
o-c
inze
nta
(2
)-
-
(2)
(2
)-
(2
) (2
)
(1;2
)-
-
prop
ineb
eo
dio;
esc
orio
se
(2)
-
(1;2
)
(2)
(2
)-
?(1)
(2
) ?(1
)-
-
Ane
xo 1.
2 (c
ont.)
| To
xidad
e de
subs
tnc
ias a
ctiva
s fun
gicid
as h
omol
ogad
as e
m p
rote
co
inte
grad
a da
vinh
a em
20
13, p
ara
os p
rincip
ais i
nim
igos n
atur
ais d
as p
raga
s da
s vin
has e
pol
iniza
dore
s.
proq
uina
zida
odi
o-
--
--
--
--
-
quin
oxife
nao
dio
--
--
--
(2
)
(2)
--
sulfa
to d
e co
bre
e c
lcio
mld
io
(1;2
)-
(1
;2)
(2
)
(2)
-
(1;2
)
(2) ?
(1)
-
(1)
sulfa
to d
e co
bre
trib
sico
mld
io
(2)
-
(2)
(2
)
(2)
-
(2)
(2
)-
-
sulfa
to d
e co
bre
e c
lcio
+m
anco
zebe
mld
io
(2)
-
(2)
(2
)
(2)
-
(2)
(2
)-
-
tebu
cona
zol
odi
o
(2) ?
(1)
(1
)
(1)
(2)
(1
;2)
(2
)-
(2
) ?(1
)
(1;2
)-
(1
)
tebu
cona
zol
+ tr
iflox
istro
bina
odi
o; p
odrid
o-n
egra
(2
)-
(2
)
(2)
(2
)-
(2
)
(2)
--
tetra
cona
zol
odi
o-
--
(2
)-
-
(2)
(2
)-
-
tiofa
nato
de
met
ilopo
drid
o-c
inze
nta
(2
)-
-
(1;2
)
(1)
(2)
-
(1;2
)?(
1)
(2)
--
trifl
oxist
robi
nao
dio;
pod
rido
-neg
ra
(1;2
)-
-
(2)
(2
)-
(2
)
(1;2
)-
-
Lege
nda:
Tox
idad
e fa
una:
N
eutro
a p
ouco
txic
o;
Med
iana
men
te t
xico;
T
xico
ou m
uito
txic
o; ?
Info
rma
o co
ntra
dit
ria; -
- In
form
ao
inex
isten
te; (
1) e
-phy
, 20
14; (
2) O
livei
ra e
t al.,
2014
-
7574
SUB
ST
NC
IA A
CTI
VA
Coccineldeos
Colepteros do solo
Sirfdeos
Crisopdeos
Antocordeos
Nabdeos
Himenpteros
parasitides
caros fitosedeos
Aranhas
Abelhas
amitr
ol-
(2
)-
--
--
-
(2)
-
amitr
ol +
tioc
iana
to d
e am
nio
-
(2)
--
--
--
(2
)-
carfe
ntra
zona
-etil
o-
--
--
-
(2)
(2
)-
-
ciclo
xidim
e-
(2
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
-
diflu
feni
co
+ gl
ifosa
to (s
al d
e iso
prop
ilam
nio)
--
--
- -
(2
)
(2)
--
diflu
feni
co
+ gl
ifosa
to (s
al d
e iso
prop
ilam
nio)
+ o
xiflu
orfe
na
--
--
--
(2
)
(2)
--
flaza
ssul
fur
o-
--
--
-
(2)
(2
) -
-
fluaz
ifope
- P
-but
ilo-
(1
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
-
glifo
sato
(sal
de
amn
io)-
(2
)-
(2
)-
-
(1;2
)
(2)
(2
)-
glifo
sato
(sal
de
isopr
opila
mn
io)-
(2
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
-
glifo
sato
(sal
de
pot
ssio)
-
(2)
-
(2)
--
(2
)
(2)
(2
)-
Ane
xo 1.
3l To
xidad
e de
subs
tnc
ias a
ctiva
s her
bicid
as h
omol
ogad
as e
m p
rote
co
inte
grad
a da
vinh
a em
20
13, p
ara
os p
rincip
ais i
nim
igos n
atur
ais d
as p
raga
s da
s vin
has e
pol
iniza
dore
s
glifo
sato
+ o
xiflu
orfe
na-
(2
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
-
glifo
sato
+pi
raflu
fena
-etil
o-
(2
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
-
gluf
osin
ato
de a
mn
io-
(2
)-
(2
) ?(1
)-
-
(2)
?(1)
(2
)-
isoxa
bena
-
(2)
--
--
(2
)
(2)
(2
)-
oxifl
uorfe
na-
(2
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
-
pend
imet
alin
a-
(2
)-
(2
)-
-
(2)
(2
)
(2)
(1
)
quiza
lofo
pe-P
-etil
o-
(2
)-
(2
)-
--
(2
)-
-
Lege
nda:
Tox
idad
e fa
una:
N
eutro
a p
ouco
txic
o;
Med
iana
men
te t
xico;
T
xico
ou m
uito
txic
o; ?
Info
rma
o co
ntra
dit
ria; -
- In
form
ao
inex
isten
te; (
1) e
-phy
, 20
14; (
2) O
livei
ra e
t al.,
2014
-
7776
Anexo 2 | Plantas com interesse na valorizao de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
Almeiroa, Crepis capillaris Arruda, Ruta montana
Cenoura-brava, Daucus carota nula-peganhosa, Inula viscosa
Erva-polvilhenta, Andryala integrifolia Ervilhaca-comum, Vicia sativa
herbceas
Espargo-silvestre-menor, Asparagus acutifolius Funcho-bravo, Foeniculum vulgare
Hiperico, Hypericum perforatum Leituga, Hypochoeris radicata
Malva, Malva sp. Nabia, Brassica napus
herbceas
-
7978
Pampilho-de-mico, Coleostephus myconis Saruga, Bromus diandrus
Tremocilha, Lupinus luteus Trevo-comum, Trifolium pratense
Trevo-branco, Trifolium repens Urtiga, Urtiga dioica
herbceasAnexo 2 (cont.) | Plantas com interesse na valorizao de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
Alecrim, Rosmarinus officinalis Bela-luz, Thymus mastichina
Esteva, Cistus ladanifer Estevinha, Cistus salvifolius
Giesta-branca, Cytisus multiflorus Giesta-negral, Cytisusb scoparius
arbustivas
-
8180
Madressilva, Lonicera sp. Roslha, Cistus albidus
Rosmaninho, Lavandula stoechas Silva, Rubus sp.
arbustivasAnexo 2 (cont.) | Plantas com interesse na valorizao de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
Abrunheiro-bravo, Prunus spinosa Espinheiro, Crataegus monogyna
Folhado, Viburnum tinus Medronheiro, Arbutus unedo
Sabugueiro, Sambucus nigra Salgueiro, Salix sp.
arbreas
-
82
Este trabalho foi desenvolvido no mbito do projecto EcoVitis Maximizao dos servios do ecossistema vinha".
Co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural Ministrio da Agricultura e do Mar Fundo
Europeu Agrcola de Desenvolvimento Rural A Europa investe nas zonas rurais.
_GoBack