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25 1. INTRODUÇÃO Mayere Rocha Lima 1914, foi à primeira pesquisadora a observar a forma de transmissão via oral sendo que esta vem se destacando nos últimos 10 anos, mais só foi confirmada em 1985 sendo descrita a infecção em camundongos. O mau processamento e manipulação de alimentos in natura como cana-de-açúcar e o Açaí, são os fatores que vem elevando o numero de novos casos da doença via oral tripomastigotas metacíclicas.(RIBEIRO; GARCIA; BONOMO, 1987). O Brasil reduziu o número de novos casos anuais de Doença de Chagas (DC) de 150 mil nos anos de 1970 para cerca de 150 a 200 atualmente. Em resposta a ações aplicadas na década de 1980 houve a erradicação do vetor Triatoma infestans, sendo o responsável pela maior transmissão da doença de chagas. O Brasil então foi contemplado, em 2006, com a Certificação Internacional pela Interrupção da transmissão da doença. (BRASIL, 2006). A forma de transmissão sanguínea foi eliminada, mais esporadicamente ocorre à incidência, sendo que esta é a principal forma de transmissão da doença. “Uma doença só é considerada erradicada quando a chance de novas incidências é nula", diz Jarbas Barbosa secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. (PUFF, 2012). Até o ano de 2004 à incidência da Doença de Chagas Aguda (DCA) era pouco relacionado ao consumo de alimentos, um evento pouco conhecido ou investigado, embora notificados pelo Ministério da Saúde. A região Norte do Brasil vem recentemente apresentar microepidemias de grande importância e letalidade, sendo associada à transmissão do T. cruzi pela polpa de açaí, esta contaminação pode ser julgada pelas presenças de insetos vetores infectantes que liberam seus dejetos nos frutos, ou durante o processamento liberando na polpa a forma infectante. (BARBOSA, 2010). A Doença de Chagas aguda só se destacou no ano de 2005, pelo incidente ocorrido na cidade de Santa Catarina onde o Ministério de Saúde tomou nota de 45 pessoas infectadas após o consumo de cana-de- açúcar, sendo que destas 31 casos foram confirmados em laboratório e 5 pessoas evoluirão para o óbito. (BARBOSA, 2010). O açaí vem se destacando nos quesito socioeconômico pela fonte de renda das famílias que os comercializam e pelo fator histórico, além de se tornar um

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1. INTRODUÇÃO

Mayere Rocha Lima 1914, foi à primeira pesquisadora a observar a forma de

transmissão via oral sendo que esta vem se destacando nos últimos 10 anos, mais

só foi confirmada em 1985 sendo descrita a infecção em camundongos. O mau

processamento e manipulação de alimentos in natura como cana-de-açúcar e o

Açaí, são os fatores que vem elevando o numero de novos casos da doença via oral

tripomastigotas metacíclicas.(RIBEIRO; GARCIA; BONOMO, 1987).

O Brasil reduziu o número de novos casos anuais de Doença de Chagas

(DC) de 150 mil nos anos de 1970 para cerca de 150 a 200 atualmente. Em resposta

a ações aplicadas na década de 1980 houve a erradicação do vetor Triatoma

infestans, sendo o responsável pela maior transmissão da doença de chagas. O

Brasil então foi contemplado, em 2006, com a Certificação Internacional pela

Interrupção da transmissão da doença. (BRASIL, 2006).

A forma de transmissão sanguínea foi eliminada, mais esporadicamente

ocorre à incidência, sendo que esta é a principal forma de transmissão da doença.

“Uma doença só é considerada erradicada quando a chance de novas incidências é

nula", diz Jarbas Barbosa secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

(PUFF, 2012).

Até o ano de 2004 à incidência da Doença de Chagas Aguda (DCA) era

pouco relacionado ao consumo de alimentos, um evento pouco conhecido ou

investigado, embora notificados pelo Ministério da Saúde. A região Norte do Brasil

vem recentemente apresentar microepidemias de grande importância e letalidade,

sendo associada à transmissão do T. cruzi pela polpa de açaí, esta contaminação

pode ser julgada pelas presenças de insetos vetores infectantes que liberam seus

dejetos nos frutos, ou durante o processamento liberando na polpa a forma

infectante. (BARBOSA, 2010).

A Doença de Chagas aguda só se destacou no ano de 2005, pelo incidente

ocorrido na cidade de Santa Catarina onde o Ministério de Saúde tomou nota de 45

pessoas infectadas após o consumo de cana-de- açúcar, sendo que destas 31

casos foram confirmados em laboratório e 5 pessoas evoluirão para o óbito.

(BARBOSA, 2010).

O açaí vem se destacando nos quesito socioeconômico pela fonte de renda

das famílias que os comercializam e pelo fator histórico, além de se tornar um

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produto de grande visibilidade no setor nutricional, por ser fonte de vitaminas como a

B1 e E, além do ferro, lipídios, fibras, fósforo, minerais e antioxidantes, chegando a

ser classificado como um dos alimentos mais ricos em vitaminas, sendo

recomendável na dieta da população. O açaí e fonte de grande quantidade de

antocianinas sendo estes os pigmentos que dão a cor ao fruto, o Açaí também

possui função antioxidante, responsável por assegura a melhor circulação

sanguínea e protegem o organismo contra o acúmulo de placas de depósito de

lipídeos, que são os grandes causadores de arterioscleroses. (OLIVEIRA; NETO;

PENA, 2007).

1.1 JUSTIFICATIVA

Este trabalho tem como beneficio para os órgãos competentes avaliara a

incidência de T. cruzi em polpas de açaí de Paracatu. Podendo ser utilizado como

base de estudo para a prevenção de epidemia na presente cidade. Além de ser uma

fonte de pesquisa e informação para estudantes e leigos, que tenham interesse e

conhecimento sobre este tipo de transmissão de chagas, levando em consideração

o alto consumo de Açaí na cidade.

Em decorrência do grande consumo do fruto estima-se que existam entre

dois e três milhões de indivíduos infectados. No entanto, observou-se que nos

últimos anos, a ocorrência de Doença de Chagas aguda tem sido observada em

diferentes estados, em especial na região da Amazônia, principalmente, em

decorrência da transmissão oral, sendo considerada uma região que apresente mais

o vetor, além do fruto. (BRASIL, 2014).

Com o grande consumo do fruto a região norte deixou de ser uma área

endêmica, e o Brasil passou a ser monitorado de forma igualitária na detecção,

prevenção e controle da doença de chagas, seguindo os padrões de transmissão da

área geográfica. (BRASIL, 2014).

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1.2 OBJETIVOS

1.1.2 Objetivo Geral

Observar e avaliar a presença contaminante do T. cruzi em polpas de açaí

presente na cidade de Paracatu-MG.

1.2.2 Objetivo Específico

Analisar a presença da forma infectante de T.cruzi nas polpas de açaí da

cidade.

Verificar a forma de conservação das polpas, pois dependendo da

temperatura a forma de transmissão pode ser exterminada.

Certificar que as polpas comercializadas em Paracatu são corretamente

industrializadas, tendo a garantia que as polpas foram manipuladas e

higienizadas corretamente.

Defender a pesquisa em banca aprovadora, a fim de obter o título de bacharel

em Biomedicina.

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2. REFERENCIAL TEORICO

2.1 Conceito de Parasitose

Podemos, afirmar que nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e reproduzir-

se independentemente. Este relacionamento varia muito entre os diversos reinos,

filos, ordens, gêneros e espécies. Cada um tenta se desenvolver de forma a atingir

um equilíbrio entre os dois seres, sendo que esta tendência nunca será alcançada,

mesmo com tentativas ininterruptas: é a "evolução". Esta tendência ao equilíbrio leva

o meio ambiente e o ser vivo permanecer em um processo continuo de adaptação,

isto é "evoluindo" sempre. De maneira que o agente causador do desequilíbrio

ambiental agiu de maneira constante, progressiva e lenta. Observando o fato de que

se o agente que provocou o desequilíbrio agir de maneira, rápido ou muito

abrangente, não haverá evolução, mas, sim, destruição das espécies envolvidas.

(NEVES, 2010).

O parasitismo ocorre de maneira quando o individuo de menor espécie se

sente beneficiado quer pela proteção ou mesmo pelo alimento. (NEVES, 2010).

Com o decorrer dos anos, e o desequilíbrio entre as espécies ter aumentado

houve uma evolução para melhorar este relacionamento. Esse parasitismo tornou o

invasor mais dependente do ser vivo. Nos últimos anos as adaptações foram tão

acentuadas que não é mais possíveis reconhecer antigos ancestrais, sendo as

adaptações de âmbito biológico, físico e morfológico. Podemos então dizer que a

marca da adaptação e o parasitismo. (NEVES, 2010).

Para Neves (2010), a doença parasitária e uma consequência da luta entre

parasito e hospedeiro, sendo que na maioria das vezes a agressão vem do

organismo do hospedeiro como forma de proteção, acarretando aos sintomas, é o

reflexo da luta parasito/hospedeiro. Na maioria das vezes o parasito acaba morrendo

mais ocorrem casos em que há equilíbrio entre ambos. O resultado será o prejuízo

do hospedeiro (doença ou morte).

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2.2 TIPOS DE PARASITOSES

2.2.1 Parasitoses Sanguíneas

Basicamente a parasitose sanguínea corresponde quando o parasito se

encontra na circulação sanguínea, sendo assim a malária, a filariose brancroftiana, a

babesiose e a doença de Chagas em sua fase aguda são diagnosticadas

parasitologicamente por esse exame. A chaga em particular, e encontrada na

circulação sanguínea somente na sua fase aguda, na fase crônica já se encontra

nos tecidos e órgãos. Em verdade, o exame parasitológico de sangue consiste em

se examinar ao microscópio uma gota de sangue do paciente colocada sobre uma

lâmina. (PHERSON; PINCUS, 2013).

2.2.2 Parasitoses fecais

Os parasitos se tornam infectantes a partir do momento que são eliminados

nas fezes, os adultos localizam-se no intestino, pois é ali que depositam seus ovos e

amadurecem. Os parasitos intestinais entram por diferentes mecanismos no

hospedeiro, tomam ciclo especifico (pulmão, coração, fígado etc.), mais todos

passam pelo intestino, quando são eliminados nas fezes tornam-se infectantes. Seu

método de identificação é o exame parasitológico de fezes (EPF) que tem como

objetivo diagnosticar os parasitos intestinais, por meio da pesquisa dessas diferentes

formas parasitárias que são eliminadas nas fezes. (PHERSON; PINCUS, 2013).

2.2.3 Agente Etiológico

O Trypanosoma cruzi é um flagelado da Ordem Kinetoplastida, Família

Trypanosomatidae, e caracterizado pela presença de um único flagelo, sua

característica marcante e o citoplasma volumoso, a sua adesão à membrana celular

se faz mediante a um mecanismo conhecido como “clusters”, partículas presentes

na superfície do flagelo com o corpo do parasita. (ARRUDA, 2003).

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Figura 1- ciclo de vida do Trypanossoma Cruzi

Fonte: CDCP, 2013.

2.3 Temática

O ciclo da doença de chagas e um ciclo complexo que exige a presença de

duas espécies, começando pela transmissão do Trypanosoma cruzi, em um

protozoário hemoflagelado, da Família trypanosomatidae. Sendo o inseto hemíptero

e hematófago popularmente conhecido como barbeiro (triatomíneo), que porta a

forma infectante tripomastigota metacíclica e, o segundo, um mamífero reservatório

nesse caso o humano. (BARBOSA, 2010).

O "barbeiro", em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa

ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T.cruzi,

tornando-se um "barbeiro" infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino

do "barbeiro", sendo eliminados através das fezes. A transmissão se dá pelas fezes

que o "barbeiro" deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue.

Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do

tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi presente nas fezes do "barbeiro" pode

penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou

através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Podemos ter ainda, outros

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mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja

portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via

placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada) e acidentalmente

em laboratórios. (FIOCRUZ, 2015).

2.3.1 Transmissão por via oral

A transmissão oral ocorre por muitas vezes esporadicamente em humanos,

ocorre pela ingestão de alimentos contendo triatomíneos ou suas dejeções, sendo

comum entre animais no ciclo silvestre, a epidemia ocorre de forma súbita mais

atinge pequenos grupos de pessoas. Ocorrem geralmente nas épocas de calor, de

maior atividade dos triatomíneos (maior mobilidade de vetores, maior

hematofagismo, maior contaminação do ambiente com fezes infectadas).

(BARBOSA, 2010).

A transmissão da Doença de Chagas ocorre normalmente em um

determinado período e por determinas circunstâncias, como o período de fertilização

e em altas temperaturas, além do ambiente ser propício para moradia, normalmente

o vetor encontra-se nas proximidades das áreas de produção dos alimentos, ou

pode ocorrer por haver dejetos nos objetos utilizados pra manuseio. Entre os

alimentos, podem-se incluir sopas, caldos, sucos de cana ou açaí, comida caseira,

leite, carne de caça semi crua. (BARBOSA, 2010).

O Trypanosoma cruzi é um agente bastante resistente podendo permanecer

intacto mesmo após seu cozimento superficial de alimentos, o parasito também

permanece vivo por semanas de resfriamento, umidade e dessecamento. Mas que

procedimentos como pasteurização, cocção acima de 45°C e liofilização (processo

de desidratação usado para preservar alimentos perecíveis) podem elimina-lo.

(BARBOSA, 2010).

A transmissão por via oral ocorre quase igualmente a que ocorre pela

picada. O parasita em sua forma metacíclica ainda dentro do barbeiro, é processado

junto ao açai em uma de suas fases de preparo, ocorrendo então a liberação do

parasita junto a polpa, o humano ao consumir o fruto in natura com a presença do

parasito este entrará livremente ao organismo do ser humano e circulará pela

corrente sanguínea por algumas semanas somente.( FIO CRUZ, 2015).

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Figura 2- Manipulação do açaí caseiro

Fonte: AÇAÍ DE QUALIDADE, 2003.

2.4 Relação Açaí com a Doença

O açaí além de ser um fruto de grandes propriedades e energéticas, também

e grande fonte de renda na região norte, por exemplo, onde se é produzido sucos,

vinhos, doces, licores e sorvetes. O fruto é típico da região Amazônica, fruto do

açaizeiro (Euterpe oleracea, família Palmae). O açaizeiro é uma palmeira

tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das

matas onde não ocorre alagamento, várzea e igapó. A palmeira também e bastante

valorizada pela extração do palmito com gosto exótico. A fruta é consumida no

mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas. (TALCOTT, 2008).

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Figura 3- açaizeiro Euterpe Palmae

Fonte: O Açaí, 2011.

A transmissão da doença pode ocorrer em contato com as fezes do barbeiro

pela pele lesada, ou via oral. Entre os principais sintomas estão febre, inchaço e

problemas cardíacos, que, em estado mais avançado, levam o paciente à morte.

(MISODOR, 2009).

A revista Advances in Foodand Nutrition Research publicou em uma de

suas edições, que testes realizados por pesquisadores revelam que o protozoário

causador da chagas pode sobreviver em temperaturas ambientais, 4 °C que é a

mesma temperatura das geladeiras até mesmo em temperaturas congelantes de –

20°C.( YANO, 2010).

O processo de pasteurização que ocorre com as polpas, possuem sertificado

da ANVISA, garantindo ao comsumidora única forma de não correr o risco de ser

contaminado pelo Trypanosoma cruzi. Na região norte do Brasil é comum encontar a

polpa em feiras e mercados sem terem passados por nenhum processo de

industrializaçao que garanta a saúde do consumido, por isso é indicado que turista e

até mesmo os moradores das aréas com incidência passem a dar preferência pelas

polpas com o certificado pela vigilância sanitária. (DAMIÃO, 2015).

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3. EPIDEMIOLOGIA

O vetor da doença e encontrado principalmente nas Américas, mais por

causa da ação do homem, este vetor vem se alastrando para regiões não

endêmicas, a partir dai o vetor passa de animal silvestre para animal domiciliado,

onde sai do seu habitat natural a passa a ser encontrada em casas rurais, tornando

mais fácil essa transmissão, por isso a doença e considerada uma antropozoonose

(Infecção transmitida ao homem por um reservatório animal). (ORGOLO et al, 2008).

A incidência de casos da Doença Aguda de Chagas vem aumentando nos

últimos anos, já apresento dados preocupantes na região norte do Brasil, nas outras

regiões aparecem casos isoladamente, o Brasil também e conhecido pela grande

quantidade de casos de Chagas crônica. (SCHMIDT, 2013).

No final dos anos 1970, 18 estados do Brasil se encontrava em estado de

epidemia pela doença de chagas, cerca de 2,2 mil municípios endêmicos, destes

711 com presença do Triatoma infestans, vetor totalmente domiciliar. Deis de então

o governo aplicou medida expressivas no combate desse vetor, assim houve a

redução de novos casos. (BRASIL, 2002).

Como já foi possível observar, a região Amazônia é a área mais endêmica

do Brasil, por isso medidas de prevenção e erradicação devem ser tomadas. Para

isso a Amazônia foi dividida em duas partes, uma onde se concentra a área

endêmica, onde se deve tomar ações de vigilância epidemiológica, entomológica e

ambiental devem ser concentradas, com vistas à manutenção e sustentabilidade da

interrupção da transmissão da doença pelo T. infestans e por outros vetores

passíveis de domiciliação; onde a doença não é tão as ações de vigilância devem

ser estruturadas e executadas de forma extensiva e regular na região por meio de:

detecção de casos febris, apoiada na vigilância da malária. (SILVA, 2014).

Nos anos de 2000 a 2011, foram identificados cerca de mil e duzentos novos

casos da Doença de Chagas Aguda, sendo que dessas 70% por transmissão via

oral, 7% por transmissão vetorial e 22% sem identificação do modo de transmissão.

Essa grande incidência por transmissão oral se da pela ingestão de alimentos

contaminados, como por exemplo, a cana-de-açúcar e o açaí. (FERREIRA;

BRANQUINHO; LEITE, 2014).

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Entre janeiro de 2005 a agosto de 2007 a SVS/MS recebeu a notificação de

22 surtos de doença aguda em vários estados. A parti deste pode-se comprovar a

associação dos casos com o consumo de alimento in natura, como caldo de cana

(Santa Catarina - 2005 e Bahia - 2006), bacaba (Maranhão, Pará - 2006) e

especialmente do açaí (Pará – 2006 e 2007, Amazonas - 2007). Um total de 170

casos e 10 óbitos (letalidade de 6,5%) foram identificados. (BRASIL, 2005).

Em decorrência da dispersão dos novos casos da doença em todo o país,

mudando o cenário epidemiológico do Brasil, mudança nas ações e estratégias de

vigilância promoveu a prevenção e controle, por meio da adoção de um novo modelo

de vigilância epidemiológica. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA,

2015).

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4. DIAGNÓSTICO

De forma geral a doença de chagas pode ser caracterizada entre aguda e

crônica. A fase aguda se inicia após o período de incubação que é de sete a dez

dias, após este período a fase aguda em crianças menores de dois anos se torna

perigosa, onde a ausência de tratamento torna-se 10% da letalidade. A fase aguda

da doença só é percebida por cerca de 2% dos pacientes, por não apresenta

sintomas. Após quatro a dez semanas a doença e caracterizada como crônica mais

ainda sim sem aparecimento de sintomas esse fator e conhecido como latência.

Cerca de 10 a 20 anos após sua contaminação e possível diagnostica a doença

através de eletrocardiogramas ou radiologia. Onde surge o comprometimento

cardíaco, digestivo ou neurológico. (RIBEIRO; GARCIA; BONOMO, 1989).

A doença de chagas e confirmada perante a confirmação dos quatro fatores

determinados por pesquisadores da cidade de Araxá minas gerais em 1984:

Positividade sorológica e/ou parasitológica para doença de Chagas, também

conhecido como machado guerreiro;

Ausência de sintomas e/ou sinais da moléstia;

Eletrocardiograma convencional normal;

Estudos radiológicos do coração, esôfago e cólon normais. (RIBEIRO;

ROCHA, 1989).

O exame sorológico de chagas pode ser solicitado por um médico experiente

diante um paciente da região endêmica ou apresentando cardiopatia e ainda

megaesôfago megacolon, a doença ainda pode ser descoberta em pacientes que

não apresentarem nenhum tipo de sintomas mais que apresente sorologia positiva

em um simples exame admissão de empresa, ou ainda em uma doença sorológica.

(DIAS; SILVA, 2014).

O exame sorológico confirma-se após presença de anti-Trypanosoma cruzi, na

fase aguda, pois essa fase a parasitemia é de regra elevada. Este exame é o mais

simples, rápido e barato, mais o mesmo não esta isento de erros e acertos. A

organização mundial da saúde disponibiliza quatro exames sorológicos para esta

detecção: hemaglutinação indireta (HAI); imunofluorescência indireta (IFI); teste

imunoenzimático (ELISA, por Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay); aglutinação

direta com 2 mercapto-etanol (AD2ME). (DIAS; SILVA, 2014).

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De forma contraditória pesquisadores do Instituto Carlos Chagas (2007)

afirmam que a chagas pode apresenta alguns sintomas, tanto na fase aguda como

na crônica. Na fase aguda alguns sintomas são bem característicos como o

surgimento de febre, aumento do volume dos gânglios, crescimento do baço e

fígado, desfibrilação arritmia cardíaca e ou inflamação das meninges nos casos

graves, que duram em média de 3 a 8 semanas. Se o contato com o barbeiro for na

região próxima ao olho, ocorre inchaço neste local (conhecido como "sinal de

Romaña"). Se o barbeiro tiver picado a pessoa no braço ou nas pernas, forma-se um

furúnculo, chamado de "chagona de inoculação".

Na fase crônica o paciente passa por um longo período sem apresenta

sintomas, até 3 décadas conhecida também como forma assintomática, mais

quando os sintomas aparecem, significa que parte de seus órgãos já estão

comprometidos. (INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, 2007).

O eletrocardiograma é um exame indolor, simples e rotineiro e que fornece

informações clínicas preciosas como a arritmia cardíaca, aumento de cavidades

cardíacas, patologias coronarianas, para o diagnóstico e pro diagnóstico da doença.

(ARAÚJO, 2008).

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5. METODOLOGIA

Ciente do grande crescimento de número de casos de (DCA) nos últimos

anos, consumidores do fruto preocupados com sua saúde, tem receio ao consumir o

produto, sendo que alguns preferem não ariscar, deixando de consumir. A fim de

prevenir novos casos da doença e certificar aos consumidores que o fruto não

contém a forma transmissível tripomastigota metacíclica, o trabalho será realizado

de caráter exploratório descritivo de abordagem quanti-qualitativa para investigação

da presença de T. cruzi em polpas de açaí comercializadas na cidade de Paracatu.

(PEREZ; AGRELO; FIGUEROA, 2006).

O presente estudo que teve como origem o fruto açaí que vem atraindo a

atenção dos pesquisadores, diante dos novos dados de epidemiologia da doença de

chagas via oral, que pode ser transmitida pelo fruto, o estudo serve como fonte de

dados e além de ampliar o conhecimento a respeito de seus hospedeiros e a própria

transmissão. (PEREZ; AGRELO; FIGUEROA, 2006).

Várias técnicas podem ser utilizadas para esta finalidade, como as técnicas

sanguíneas para avaliar a incidência do agente nos consumidores, além da técnica

utilizada no presente trabalho conhecida como tamisação forçada, também são

utilizadas as técnicas de análise microscópica do tipo de hemácia ingerida, até

técnicas de biologia molecular. Siqueira em 1960, mostrou ser possível verificar a

origem alimentar do triatomíneos, através da técnica de precipitina, mesmo naqueles

que se alimentarão a mais de 120 dias. (SIQUEIRA, 2004).

5.1 Delimitações da área de Estudo

O presente trabalho será realizado no estado de Minas Gerais que é uma

das 27 Unidades Federativas do Brasil, localizada na Região Sudeste do país,

sendo o quarto estado com a maior área territorial e o segundo em quantidade de

habitantes com 20.734.097,00 habitantes, ocupando uma área territorial de

586.522,122 Km². (IBGE, 2014).

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5.1.2 Caracterização dos Municípios

O trabalho será realizado com os comerciantes de açaí do município de

Paracatu localizado na região Noroeste de Minas Gerais, sendo que Paracatu

corresponde a 8.229,595 Km² territoriais, sem um total de habitantes, com bioma de

cerrado. A economia no município de Paracatu está associada a uma agricultura

implantada em larga escala; a uma pecuária intensiva; à exploração mineral (com a

presença capital privado brasileiro e internacional); e à prestação de serviços.

(IBGE, 2014).

5.1.3 Delimitação do Público Alvo

O publico alvo será delimitado segundo critérios de escolha dos

estabelecimentos que comercializam o açaí, com foco nos comércios do centro da

cidade, devido a grande quantidade de estabelecimentos que comercializam açaí

sendo que estes têm maiores publico consequentemente maior comercialização.

Não serão analisadas polpas que apresentarem data de validade vencida, polpas

que já estiverem abertas apresentarem mofos e bolores. Produtos que já estiver

misturado a outras substâncias para comercialização. Produtos que não estiverem

puros.

5.2 Instrumentos Utilizados

Serão utilizados nesta pesquisa os seguintes materiais: caixa de isopor de

médio porte, gelo seco, corante azul de trypan, seringa de 03 ml para cada amostra

utilizada, microesferas estéreis para coluna de filtração de 3 mm de diâmetro aço

inox, algodão ortopédico, luvas, mascaras, tocas, agua deionizada.

5.3 Aspectos éticos

Todas as etapas deste trabalho foram realizadas seguindo a

resolução196/1996 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 10 de Outubro de

1996 sobre os aspectos éticos, a qual afirma que:

Incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, entre outros, e visa assegurar os direitos e

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deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado”. (BRASIL, 1996).

Sobre aplicação do documento contemplando a pesquisa ao proprietário

do comercio, o trabalho segue os requisitos de pratica moral sem publicação de

nomes, mais que diante de resultados de agravo o órgão competente seja informado

mais previamente. (BRASIL, 1987).

5.4 Coletas das Amostras

Após autorização prévia dos responsáveis pelos estabelecimentos, os

proprietários de cada comércio serão abordados e aplicados um questionário que

forneça informações sobre o açaí, onde a análise baseia se na forma de

armazenamento, qualidade do produto, temperatura de armazenamento, e a forma

de transporte.

As entrevistas estruturadas serão aplicadas individualmente a cada

comerciante, após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Deverá

ser adquirida uma amostra de cada comércio para pesquisa laboratorial, em seguida

este material deverá ser transportado e armazenado em temperatura em media de -

4 °C.

5.5 Transporte e Armazenamento

Estudos realizados mostram que o T. cruzi pode sobreviver em diferentes

meio, temperaturas, clima. Podem ainda sobreviver em vetores mortos em

temperaturas de 10°C por até 10 dia e em temperaturas entre 26 °C a 30°c por mais

de dois meses, sendo que sua viabilidade pode variar ou não influenciando

diretamente na sua infectividade. (BARBOSA, 2010).

Soares et al. (1986) relatou que o parasito perdeu sua motilidade em baixas

umidades durante 30 min, afetando sua infectividade e ao contrário, em ambientes

com alta umidade, esses parâmetros foram preservados por até 30 minutos a

33ºC.(BARBOSA, 2010).

Anez e Crisante (2008) realizaram uma pesquisa na qual utilizaram de

diferentes alimentos como banana, pêssego, cana de açúcar, mamão, maçã, batata,

cenoura e tomate, todos estes foram mantidos em temperatura ente 26 °C com a

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presença do parasito, este permaneceu vivo em 73% dos alimentos por um período

de 6 a 72 horas, sendo que os parasitos permaneceram vivos por maior tempo entre

6 e 18 horas.(BARBOSA, 2010).

Os testes realizados demostram que o processo de autoclavagem da polpa

não compromete a virulência do T. cruzi, além disso, observou se que todos os

processos de administração, conservação e incubação preservam o fator virulento

do parasito. (BARBOSA, 2010).

O exame que testa a viabilidade do consumo do fruto e realizado através

da analise subjetiva de cor, odor e coesão do mesacorpo. Porém, a avaliação da

qualidade da polpa e baseado nas instruções normativas n° 01 do 07/01/2000, do

Mapa (BRASIL, 2000) com avaliação do pH e acidez tituláveis. (STEFANINI, 2010).

5.6 Análise Laboratorial

As amostras foram coletas nos comércios locais, todo o material foi

armazenado em congelado domestico na temperatura de -18 °C. No dia seguinte o

material foi transferido para uma caixa de isopor e transportado até a faculdade.

Cada amostra foi pesada na balança de precisão, 1g e diluída com água destilada

em 1ml, diluição de 1:1. (PASSOS, 2012).

Figura 4- Diluição do açaí com água deionizada

Fonte: Elaborado pela autora, 2015.

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As colunas de filtração foram montadas utilizando-se seringas plásticas de 3

ml seguindo-se três camadas, a primeira camada de algodão ortopédico na base e

em seguida, de forma intercalada as microesferas de aço inox e novamente o

algodão ortopédico, dessa forma ate atingir 1/3 da altura máxima da seringa. Após a

montagem a diluição foi adicionada as seringas. (PASSOS, 2012).

Figura 5- Etapas de filtração já com a amostra

Fonte: Elaborado pela autora, 2015.

O sistema proporciona a livre passagem dos parasitas ao longo de todas as

colunas. Após o material ter ficado sobre repouso em estantes dentro de tubos de

ensaio cerca de 30 mim, foi realizado uma pequena força para que frações do

elaudo fossem gerados, logo após as alíquotas foram coletadas individualmente com

volume separados de no máximo 50µL. (PASSOS, 2012).

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Figura 7- Todas as amostras em processo de filtração

Fonte: Elaborado pela autora, 2015.

Após a coleta das alíquotas foram pipetados em três lâminas o elaudo de

50µl, sendo que este material foi confeccionado em triplicata e em seguida

adicionado 2 gotas do corante azul de trypan, as amostras ficaram em repouso para

secagem durante 15 min, e uma lâmina foi pipetada também de 50 µl do elaudo

lavado com água deionizada, todo o procedimento foi realizado dentro da capela de

exaustão. (PASSOS, 2012).

Figura 8 – Coloração das amostras na câmera de fluxo

Fonte: Elaborado pela autora, 2015.

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Após a secagem das lâminas todas foram observadas em microscópico

óptico, nas objetivas de 10x e 40x. O objetivo desta visualização era observar se

havia a presença do parasita na forma de tripomastigota e observa sua viabilidade

levando em consideração sua motilidade. (PASSOS, 2012).

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6. RESULTADOS E DISCUSÃO

6.1 Pesquisa Parasitária

É possível observar o grande aumento no consumo do açaí nos últimos anos

em todos os estados. Em decorrência deste consumo um aumento significativo no

número de novos casos da Doença de Chagas, constatou se que este aumento

ocorreu somente na região em que o fruto é colhido e consumido de forma in natura.

Diante das evidências, este trabalho foi aplicado na cidade de Paracatu-MG, para

que as dúvidas diante da qualidade dos produtos e o modo de armazenamento, é

suficiente para eliminar a forma tripomastigota metacíclica (a forma infectante do

parasito), que se e encontrada nas polpas diante de uma má colheita,

processamento e armazenamento do produto. (RODRIGUES; SCHAION, 2008).

Na cidade de Paracatu-MG foram selecionados 10 estabelecimentos, que se

encontram na região central da cidade, onde se localiza a maior parte dos

estabelecimentos que comercializam o açaí, aos quais foram submetidos ao termo

de consentimento sobre a importância de ser aplicada a pesquisa para o diagnóstico

da doença de chagas em nossa cidade. Diante da abordagem também foi entregue

aos responsáveis um panfleto no qual se explicava o aumento do número de novos

casos da Doença de Chagas e como essa transmissão pode ser evitada.

Foi aplicado nos comércios selecionados um questionário no qual se

avaliava as condições em que o açaí era transportado, armazenado e manuseado.

Todos os comércios 10 (100%) responderam ao questionário assim como cederam à

amostra.

O açaí se tornou uma fonte de renda para as populações ribeirinhas em

alguns estados, no ano de 1997, mais sua ápice foi somente entre os anos de 2002

e 2003, em 2002 um aumento de quase 33%, em 2003 sua produção foi de 160.000

toneladas. Na Cidade de Paracatu, constatou-se que o açaí se tornou um dos pratos

mais saboreados há 5 anos, pelo fato do comércio que trabalha a mais tempo com o

açaí na cidade ter cinco anos. (HOMMA, 2006).

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Gráfico 01. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, conforme o tempo em que se é comercializado o Açaí na

Cidade (N=10).

5; 50%

4; 40%

1; 10%

0-2 anos

2-5 anos

mais de 5 anos

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

Quanto ao tempo de comercialização de açaí na cidade 01(10%) tem mais

de 05 anos de venda do produto. 04 (40%) têm de 2 a 5 anos de comercialização e

05 (50%) tem de 0 a 2 anos de comercialização do açaí na cidade.

Do ano de 2000 a 2011 o ministério da saúde diagnosticou o número de mil

e duzentos novos casos da doença de chagas aguda, sendo que 70% pela

transmissão oral, mais foi entre janeiro de 2005 a agosto de 2007 que ouve o surto

da doença na cidade do Pará, através do consumo do açaí in natura. (BRASIL,

2005).

Gráfico 02. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, conforme reclamações quanto ao Açaí (N=10):

3; 30%

7; 70%

Sim

Não

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

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Dos 10 comércios analisados 03 (30%) afirmaram já haver reclamações

quanto à qualidade do produto. 07 (70%) informaram não ter havido reclamação.

Sendo que destes 03 (30%), um afirma esta amargo, o segundo doce e o terceiro

reclamou quanto à consistência do açaí esta diluído. Somente estas reclamações

foram constatadas.

Bio-manguinhos (2014) relata que alguns sintomas podem ser observados

ainda na fase aguda da doença, como febre, crescimento de baço e fígado,

inflamação das meninges e aparecimento dos gânglios e ate mesmo alterações

elétricas do coração.

Todo manipulador deste alimento deve manter unhas cortadas, sem uso de

esmalte, maquiagem e adornos, como por exemplo, brincos, anéis dentre outro.

Usar cabelos presos e protegidos com touca, utilizar roupa apropriada para o

manuseio, como aventais limpos. Manter as mãos sempre bem higienizadas. Não

fumar no local de manipulação do açaí, evitar espirros, conversação, assobiar, tossir

e ate mesmo cantar. Sempre utilizar utensílios limpos. (BRASIL, 2005).

Os manipuladores do açaí na cidade de Paracatu, a maioria utiliza de

aventais e toucas, mais e comum o “entra e sai” de funcionários que atendem os

clientes no local em que o açaí e preparado, assim como a conversação. Constatou-

se também em alguns comércios que não é bem dividido o espaço de manipulação

dos alimentos, com o espaço para o atendimento do cliente e o do caixa, ficando

assim não somente o açaí mais como os outros alimentos expostos a vários tipos de

contaminação.

Gráfico 03. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, conforme as marcas mais utilizadas pelos comerciantes

(N=10):

2; 20%1; 10%

4; 40%

3; 30%

Delicia do Para

São Pedro

Açaí Brasil

não informou

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

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As marcas mais utilizadas em Paracatu de acordo com os comercializastes

são: 01 (10%) utiliza o Açaí Brasil, 02 (20%) utiliza a São Pedro, 03 (30%) utiliza a

Delicia do Para e 04 (40%) não quiseram informar.

Através da pesquisa constatou-se que todos os 10 (100%) comércios de

Paracatu utilizam poupas que possuem registro da ANVISA.

O açaí deve ser adquirido somente de fornecedores cadastrados. Nos

cadastros devem conter no mínimo o nome, endereço e identificação do local de

origem da matéria prima para facilitar no rastreamento. (BRASIL, 2008).

Gráfico 04. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, Conforme o método em que se é transportado o Açaí (N=10):

2; 20%

8; 80%

Carro(caixa de Izopor)

Caminhão de câmera Fria

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

Dos 10 comércios pesquisados 02 (20%) afirmaram que o método de

transporte do açaí e realizado em carro dentro de caixa de isopor. 08 (80%)

afirmaram que o transporte e realizado em caminhão de câmera fria.

Através do informe técnico n°35 da ANVISA (2008), fica salientado que os

veículos devem estar limpos, cobertos por uma proteção, sendo que este meio de

transporte não pode transporta animais, produtos tóxicos ou contaminantes. Este

mesmo veículo teve manter a temperatura adequada para conservação do açaí.

STEFANINI (2010) constatou em sua pesquisa, que temperaturas entre 25

°C a 15 °C mantem a vida útil do açaí e mantem seu sabor além de evitar as

contaminações. O armazenamento que e realizado abaixo dessas temperaturas

causa a injuria celular do fruto, alterando a cor, sabor extravasamento de solutos e

perda da integridade da membrana celular. O congelamento que está na

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temperatura de -3°C a -5 °C ocorre a formação de cristais de gelo entre as células,

levando a desidratação do fruto. Quanto mais baixo a temperatura de

armazenamento, dentro dos níveis aceitáveis, maior o tempo de vida do produto.

A pesquisa realizada em Paracatu mostrou que a maioria dos

comercializastes faz o transporte do açaí em caminhos de câmara fria, que possuem

sua temperatura entre 0 a -9°C, que colocam o açaí em congelamento. Já os

comerciantes que faz o transporte nos carros em caixa de isopor possuem

temperatura mais elevada, mais o açaí fica nesta temperatura por pouco tempo, o

que não prejudica a qualidade do produto.

Gráfico 05. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, Conforme o método que se é Armazenado o Açaí (N=10):

10; 100%

0; 0%0; 0%0; 0%

Freezer

Congelador

Geladeira

Outros

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

Todos os 10 (100%) comércios analisados, afirmaram que mantem o açaí

armazenado em freezer.

A resolução n°218 da ANVISA (2005) diz, O local de armazenamento deve

ser protegido, limpo e organizado, sem a presença de materiais em desuso, para

evitar criadouro de insetos.

Quanto menos a temperatura menos a respiração do fruto, que acarreta na

perda de vida útil do açaí. Porem a continua queda de temperatura leva ao

congelamento do fruto acarretando na injuria celular. O congelamento inativa

qualquer meio de vida. (STEFANINI, 2010).

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Gráfico 06. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, Conforme a Temperatura que se armazena o Açaí (N=10):

1; 10%

1; 10%

5; 50%

1; 10%

2; 20%

0,3 °C

-25 °C

Não Informou

Semi Congelado

Congelado

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

01(10%) dos estabelecimentos afirma que o açaí e armazenado em

temperatura semi congelada. Outro 01 (10%) afirma mantem armazenado em

temperatura de 03°C, há ainda mais 01(10%) que afirma armazena o açaí em

temperatura de -25°C. 02 (20%) afirmaram que o açaí e congelado. 05 (50%) não

souberam informar.

A resolução n° 218 ainda informa: Os alimentos e as bebidas com vegetais

devem ser preparados imediatamente antes do consumo ou mantidos sob

temperatura inferior a 5°C. As bebidas preparadas com vegetais devem ser

consumidas no mesmo dia do preparo. (Brasil, 2005).

Gráfico 07. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, Quanto ao Tempo de armazenamento do Açaí (N=10):

3; 30%

3; 30%

2; 20%

2; 20%

1 Dia

2 a 3 Dias

3 a 4 dias

1 Semana

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

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02 (20%) dos comércios afirmam que mantem o açaí armazenado de 3 a 4

dias outros 02 (20%) informaram que mantem o armazenamento por ate 07 dias (01

semana). 03 (30%) afirmaram que mantem o armazenamento somente por 01 dia

outros 03 (30%) informaram que armazenam de 2 a 3 dias.

Através do processo de armazenamento de 5°C a -18°C durante 23 dias e

possível remover níveis de coliformes e Salmonela, inclusive o T. cruzi. (SOUTO;

SABAA-SRU; SILVA, 2010).

Gráfico 08. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, Quanto a trocar de fornecedores de Açaí (N=10):

1; 10%

9; 90%

Sim

Não

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

Dos 10 (100%) comércios analisados somente 01 (10%) afirmou ter trocado

de fornecedor, mais não informou o motivo.

Pior do que receber um produto inferior em qualidade, é recebê-las com

atraso, o açaí e um produto que constantemente tem que ser reposto, não e um

produto de ficar armazenado durante muito tempo. Quando um fornecedor não

consegue fornecer na data prevista ou a quantidade necessária de um produto de

qualidade, Uma falha leva a outra, prejudicando todo o comercio. Outra brecha que

acarreta descontentamento. Assim o comerciante prefere pagar um pouco mais por

um produto de qualidade mais que tem certeza que será atendido conforme sua

necessidade. (CONTROLE, 2014).

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Gráfico 09. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG

no ano de 2015, Quanto à forma de comercialização do Açaí (N=10):

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

01 (9%) do comercio afirmou servi o açaí de forma pura, sem nenhum

adicional. 05 (46%) informou que serve o açaí batido com outros produtos como, por

exemplo, pó de guaraná, xarope entre outro. 05 (46%) afirmou que serve o açaí

expresso, também misturado com outros produtos.

Os utensílios utilizados para o consumo deste alimento devem ser

corretamente higienizados e mantido sobre constante água corrente, os resíduos

devem ser eliminados em recipientes com tampa e de preferência longe dos

alimentos de consumo. Ornamento como plantas deve se examinados diariamente

para que não se torne fonte de contaminação do produto. (BRASIL, 2005).

5; 46%

5; 45%

1; 9%

Batido

Expresso

Puro

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Gráfico 10. Avaliação de T. cruzi em polpas de Açaí na cidade de Paracatu-MG no ano de 2015, Quanto à presença de Tripomastigota metacíclica nas

amostras de Açaí (N=10).

0; 0%

10; 100%

Com T.Cruzi

Sem T. Cruzi

Fonte: Elaborado pela Autora, 2015.

Das amostras coletadas e analisadas, 10 (100%) não apresentaram o

parasito Tripomastigota metacíclica. Diante do evidenciado na literatura e verificado

em campo, foi possível diagnostica que a forma de armazenamento, transporte e

principalmente da manipulação adequada, garantido pelo certificado da ANVISA, é

suficiente para elimina a forma transmissível do parasito de T. cruzi.

PASSOS (2012) afirma em sua pesquisa, que a contaminação do açaí

ocorre, quando os insetos liberam suas fezes juntamente com o material coleto, até

mesmo quando defecam nos utensílios utilizados pelos manipuladores do açaí, mais

a principal forma de contaminação é a trituração do barbeiro junto ao açaí liberando

a forma tripomastigota metacíclica.

Através de sua pesquisa PASSOS (2012) verificou que quanto menor a

temperatura de armazenamento, menos a chance de sobrevivência do parasito, as

polpas mantidas em temperatura a -20°C o parasita foi desativado e até mesmo

morto, em quanto algumas polpas mantidas em temperatura de 4°C os parasitas se

mantiveram ativos por um período de 7hs, sendo que as polpas mantidas em

temperatura ambiente de 26°C o parasito permaneceu bem ativo por dias até

mesmo meses.

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7. CONCLUSÃO

Relatos na literatura evidenciam a contaminação do açaí com a forma

Tripanosoma cruzi causador da Doença de Chagas o que tornou este trabalho tão

relevante, pois vem garantir aos consumidores da região pesquisada a qualidade do

produto ofertado.

A pesquisa de campo concluiu que nenhum dos 10 (100%) comércios

analisados apresentam a forma infectante da Doença de chagas ao ser humano,

certificando-se assim que todos os processos que garantem a confiabilidade ao

consumido estão sendo cumpridos.

Observamos também que todos os 10 (100%) comércios utilizam polpas de

açaí com registro da ANVISA, mais que alguns aspectos de higiene e manipulação

do açaí durante o preparo para o consumido devem ser analisadas e medidas

corretivas devem ser aplicadas ao trabalhador, sendo que os equipamentos

individuais como toucas, luvas e a higienização dos equipamentos utilizados para

manipulação contribuem para melhor qualidade do produto.

Mais trabalhos devem ser realizados, no intuído de testar a qualidade do

açaí frente a outros tipos de contaminação microbiológicas.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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9. ANEXOS

QUESTIONÁRIO

1. Nome do estabelecimento:_________________________________________

2. Há quanto tempo trabalha com a comercialização de açaí?

( ) 0-2 anos( ) 2-5 anos( ) mais de 5 anos

3. Alguma reclamação quanto ao gosto, sabor, odor etc. do produto? Sim ( )

Não ( ) Obs.:____________________________________________________

4. Quais as marcas utilizadas?

_________________________________________________

5. Qual o método de transporte?

_________________________________________________

6. Qual o método de armazenamento?

Freezer ( ) Congelador ( ) Geladeira ( ) Outros ( )

7. Qual a temperatura de armazenamento?

________________________________________________

8. Qual o tempo Máximo de armazenamento?

________________________________________________

9. Já teve que trocar de fornecedor por motivos higiênicos (que comprometia a

qualidade do produto)? Qual o motivo? Sim ( ) Não ( )

______________________________________________________________

10. Qual a forma de comercialização do produto?_________________________

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