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Contributos para uma Rota do Vinho da Madeira

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Contributos para uma • Perante n6s estão cerca de 1900 ha de vinha, o que corresponde a 25% do espaço agrícol:l da ilh:l. Na' Primavera os rebentos que brotam das videiras f:lzem reverdecer c proteger os bacelas. No Verão são os cachos pendentes a atribuir um no\'o visual. :1ra o forastciro a descoberta da ilha fâz-sc por inúmeras corridas ;\ volra da ilh::t. O percurso entre a Cidade, c o PortO J\Jtoniz, ql1l' pass.l pelo Cabo Girão, é imprescindível. A que cobrem os socalcos c engalanam os

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Contributos para uma

• Rota do Vinho da Madeira

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P :1ra o forastciro a descoberta da ilha fâz -sc por inúmeras corridas ;\ volra da ilh ::t. O percurso entre a C idade, c o PortO J\Jtoniz,

ql1l' pass.l pelo Cabo Girão, é imprescindível. A rodos imprnsiona a altura c violência das escarpas. Esta primeira c dominadora impressão faz -nos esquecer o suor dos primeiros cabouquciros que cavaralll, escarpas aci ma, os poios t.: traçaram .15 estradas c túneis. Na "erdade, O que mais nos COl11o\'e, ai nda que no segundo momento, é a força hcro'lIca do íncola que foi G\p:1Z de transformar o rochedo num ca mpo de ccar:lS, vin has c canaviais. Esta rrilogi:l agdria Illarcou U devir madcin::nsc c surgc C0l110 resultado dt.: sermos os lídi mos hadeiras c divulgadores, além Atlântico, desta tradição agro-alimentar do mundo cristão.

H oje a paisagem perdeu o verde dos canaviais c O dourado dos trigais 111.15, cm contrapartida, ganhou ,l.lm no\'o e variado colorido das bradas que cobrem os socalcos c engalanam os terreiros e frontai s d.1s habitações são as responsá\'e is de tudo isto. O percu rso até ao alto do Cabo Girão e dcpois o relance pela encosta que se perde no ho rizonte até ao Funchal impressionam a retina como um arco­íris. A imagem persiste em quase todo O roteiro entre o Funchal e o Porto Mo niz, sendo apcna esquecido com a violência da encosta a partir de S. Vicente

Perante n6s estão cerca de 1900 ha de vinha, o que corresponde a 25% do espaço agrícol:l da ilh:l. Na' Primavera os rebentos que brotam das videiras f:lzem reverdecer c proteger os bacelas. No Verão são os cachos pendentes a atribuir um no\'o visual.

o Ourono anuncia-se com as vindimas. Estas, para al~m do colo rido desusado que é .1 ap:mha da uva, marcam uma no\'a c radical mudança na paisagem: JS di\'ersas colorações de casr::1I1ho, que anu nciam a q ueda da folha} impõem-se po r entre os bacelos c o escuro do basalro. E cste arco-íris virícola, propiciado pelos vinhedos que cobrem a encosta sul e nOrte da ilha, que propomos para a primeira escala na rota do vinho, Ela a\'i\'a-nos a mem6ria sobre os primórdios da ocupação da ilha. Perante nós desfi lam h{)men~, plixtUroS e csperanç.\S cm boa hora cOl1crctiz.ldas com muito suor.

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OFUNCHAL

À primeira descoberta da ilha surge o Funchal, a capital da Região Autónoma c a porta de entrada para O Inundo. É lima cidade cm constante mudança. Situada a Sul da ilha O seu clima é agradável durante todo o ano. A baía espraiq·se num anfiteatro dominado pelo branco do casario c aZl!! do mar. Muitos IllOtiVOS aguardam por lima visita à Sé, as igrejas, as capelas, os Illuseus, as quintas, os solares c. os soberbos jardins que enchem a nossa paisagep'l de cor. Outros mais despertam a atençào do visitante, com especial destaque para as actividades de cariz cultural e desportivo que acontecem todo o ano. Aqui c agora a nossa atenção fica virada para aquilo que se relaciona com o \~nho

o Funchal dos séculos XVIl! e XIX é scm dúvida a cidade do vinho. Ele significa quase tudo para os funchalenses e projecta uma nova realidade pautada pela plena afirma,ção da vinha no espaço rural e do embelezamento do recinto urbano. A cidade ganha cm monumentalidade e beleza. Os grandes proprietários de vinhas aformosearam as casas de residência. Os mercadores, nomeadamente os ingleses, transformaram as vivendas de sobrado em lojas e escritórios de convívio e as casas solarengas e quintas adaptaram-nas ao seu gosto e exigências de conforto.

Os artefactos ingleses invadem o mercado madeirense e dão-nos meios mais adequados para a afirmação do conforto diário. A isso junta-se o gosto pelo clássico. A (Osca e utilitária mobília, muitas vezes feita de madeira que do Brasil transportava o açúcar para a ilha, dá lugar ao mobiliário estilizado. A chamada mobília ChippendaIe e Hepplewhitc . sofás e cadeiras - dá o toque de classe e compõe o ambiente para os saraus dançantes ou o célebre chá das cinco. Os museus da Quinta das Cruzes e Frederico de Freitas são hoje os depositários de alguns dos exemplares mais significativos desta realidade que resistiram ao uso secular.

Os tectOs das amplas salas para os saraus dançantes ou para recepção aos convivas são cobertos de CStllqucs profllsamenre trabalhados e muitas vezes pintados. Em muitos dos cdificios da época sào evidentes esta moda trazida pelos ingleses para a ilha As decorações alusivas às da Grécia e Pompeia, criadas por Roberto e James Adam, são a principal evidência disso e o\'eram na casa do capitão Eusébio Gerardo de Freitas Barreto, hoje sede da Marconi na ilha, a sua mais perfeita expressão com os tectos do salão de música.

Ao percorrer as Ruas da Carreira 1 Netos, Pretas, J\1ouraria, Mercês, Nova de S. Pedro, Conceição, Aranhas, Ferreiros, João Gago O tr:lnscuntt: depara-se com estes prédios de fuchadas rendilhadas em camaria negra, . rasgados por inúmeras janelas servidas de varandas cm ferro forjado. Aos que têm franqueadas as portas é possível redescobrir os tectoS de cSUlquc pintado.

A muitos destes imponentes palácios jUllta·se um elemento arquitectónico típica da ilha, isto é, a tOrre avista-na\~os. Evidente em muitos dos edifícios da época que persistem na malha urbana da cidade. A torre avista-navios preenche para a época lima dupla função. Como mirante lançado sobre a baía permite saber-se da chegada e partida dos navios, daí o nome.

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~~ t.lmbC::m lIm loc.u de (oIl\'Í\;o di.i.rio na casa. I:: o homónimo d.l c.;"a de pr:1l;cre~ d.l\ quint.l.s madeirenses.

Do\ Jin~r..,()., imo\'ci ... que a riqueza do vinho fel. erguer mcrecem a no~~a atenç.'io: O Pal.u.:io oe S. Pedro, hoje l\1l1SCU i\ll1nidp.ll, 111,1S que se ergueu pJr.l re .... idél1l:ia. do Conde de Carvalh.ll; o~ paços do Concelho do rUllchJ.I, conhecido t.ll11bém como Palácio Torre Bela. Em rodo~ é e\"identc a ll1~ma disrribuil.."Jo do e~p.1Ç(). Uma tJchada imponente que d.i cntr.Hü p.lra um grande pátio coberto dc I.Hada que M.·rve de logradouro cOlllum j~ din:rsas arrec.ld.\ç<}cs: as lojas de ferment;lç30 c clwclhecimcl1lo do \'inho, a oficina de rano.lria, a cstuf:l. O bom gosto com que algum. ~ollbcram combin.lr e o cuidado que Ihe51 atribuíam não p.1S5.1ram despercebidos ao olhar .\tento de Henry Vi/clclly quc.: na casa d\.: Blandy BrOlhcr~ le\';'H) a :1linnar qut..' esta\"a perante um tI\'en.bdeiro 11111~eU de vinhotl

A anglicit:l~:to do runcl1.11 só foi possí"e1 pehl irnporljnciJ que assumiu p.tr.l os "úbdiros de Sua l\1ajestadc o comcrcio da preM:nç.l da comunidade brit.lnic.l fe:>i e .1il1lb é importante. O rllmo detinido para o \'i nho c:: dele" que cedo ... c torn.U.lI11 n01» principai~ apreciJdorc!) e bcndiciário.!t das riqlle/a~ que () me~mo propiciou. Por isso a de~cobcrtJ das Sll.lf.o indd6eis Il'lJn.:.1S pode completar .1 \;sita. Para as band.l!) do QuebrJ Costa~, :1 Igreja Anglic.1I1J e, bem prôximo, na Rua d.l Carreira, o Cemitério Brit.lnico. Dcpoili é o reencontro com os aprazÍ\eis jJrdin~ da Quint.\ 1\1Jgnólia, outrora clube inglê~. ma!:. hoje espaço de rodos.

Sc na cidade ,1S C.1S.l!:o térre.1s dão lugar .lO!! imponente') pJI.lcio~, (.lS.15 de habit.1çàu, c~critório!:o e lojas de comC::n.:io, os arredores ganl1.1m outra aninl.1ção com .1 prolifcr.lçào das Quintas. ru quintas são uma criaç,'io Il1.1deirensc, ~cndo .1 C\pre!:o~jo volumétrica d.) imporlJ.nci.1 dc .1Igllnl.1~ da\ f.1Illília~ m::H.k iren\cs, onde o la7cr se conjug.\ com o sector prOdUliH). A quinta não 1»C resume .1penas ao espaço agrícola e à caS.l de h.1bitaç50, pois a da está indi~sociJ\'I,~lmentc lig.ldo um jan..lim c mata. roi com os ing1csc::s que e1.1S ganharam nO\J fbrllla c aninl.1çJo que persistiram até a051 nossos dia!,. Assim, perdcm o seu carkter rllstico c transfoflllam·,c em espaços apra/Í\'ei\ \cn·ido~ dc amplas ruas c jardins de inspiraçjo oriental.

Lig.ldo a i~to e~tá o aparecimento d.l "casa de Pra/eres ", ism é, um pequeno pa\'ilhào no canto do jardim que scnc para \'cr.1 I!\'i~ l,\ ". sendo espaço de cOlwí\'io d~ senhoras nJS tardc!' solareng.)5. Ainda hoje c::

c\"idente a "lua prescnç.l cm inúmera~ quintas e casa.ll. A C.l.l1a da CaJçad.l hoje J\IUliCll Frederico dc Freitas, ostenta .linda a Mia C.l .... l de PrJl.erc.,. A 11()!tSJ "Casa dc PrJ.lcres" c:: mais uma aportação inglcsa indo buscar ,15 SU.1~ origen'i à "hou'ic of plcasurc" , isto é oS !:.LImptuO'ioS pavilhões orielll.lis que na l\ladcira o;;c adapt.l a eo;;r.l e~pecial condição de miralllc, cm IOC.lis ondc não ha\'Ía.1 torre avista·navios.

Ali quinl.15 "';\0 uma criação madeirense, mas I()fam os ingleses que, .1 partir do século X"I I, ::1..., lr.1Il..,formar,1I1l cm loc.lis de apra7Í\'c1 com·Í\'io. Os \a~tos cspaço ... que contornam a habitação foram rcvestidos dc j.\rdin1» coloniais, tran~f()nll.ldos l'm \'i\'eiro'i de pl.1I1t3.l1 c flore, C\{)tiC.1;". Foram \"árias as lunçüc..,. Primeiro C.l.,as de hahita\--ão UOS .,cu.., construtorcs. Depoi.." horéis e pOll'~aJJs parJ acolhcrem os inúmeros brid.nicos cm busca de cura

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I NSfITUTO 00 VINHO DA MAOEIR.t\

"hl~" d,) VInil!> ,b MJd~iu Ru~ :; de' Outul'om. ln 9000 rlJn~hal Tdtf: (3S 191\204600 TdcfJ..~: 135191 ,228685

ARTUR ~F, UAIlROS E SO USA LDA

Ru,l dI» "<,rrcinl;), 109 9000 hllldul /II.ldeira Tdcf.: (3519' \220621

H.M, BORGES SUCRS LDA

Ru~ 3 J de J~ncif{>, 82 1'.0. R(}~ <)2

9000 Funch.,l e<>Jn Madeira Tckf.: 135191 J12.U-l7 h~.: (3:i19112222.!11

MADEIRA WINE COMI'ANY SA

1'0. lIox. 295 l~rilbri0: Rua •• I", Fcrrcin", l<)! Loia dc \<'lHh, adc~" mulol'U Rua de <" FrJou'i...:o, lO 9000 hm"hJI.:n.ln ;\bdtir:. l'ortulPl Tdcf.: (351911740100 Fax.: (35191) N 1935

l'EREIRA O'OI.. IVEIRA(VIN HOS). I, OA

II.UJ do, Fcrn:",.,s, 107 9000 Fundl.1I ,\lodeu;1 Tckf.; (351'} J )22078-1 b~.: (35191 )22QQS I

VINHOS IlARHEITO (MADEIRA ) L DA

14" F~,,!';!dJ )\1unumnn;tj Ca,,~ " Ú'>'dj 264 9000 l'undlJI /l l ~<kirJ - ('"rlu!;JI Tdcf.; r3~ 19 1 )7ô1Jol2Y l'~~_: (3~191 )7651132

lIibliOl«"~ IIMh .. !!" d~ \'>scol1~~I()" A,_ Arriab .... -18 9000 h",.Jul Tdcf.: 236192

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INSTlTUTO DO VINHO DA MADEIRA

Museu do Vinho da Madeira Rua 5 de Outubro, 78 9000 Funchal Tcler.: (35 19 1 )204600 Tcldax: (35 19 1)228685

ARTUR DE BARROS E SOUSA LDA

Rua dos Ferreiros, 109 9000 Fu nchal - Madeira Telef.: (35 19 1 )220622

H.M.BORGES SUCRS LDA

Rua 3 1 de janeiro, 82 1'.0. Box 92 9000 Funchal codex-Madeira Telef. : (35191 )223247 Fax.: (35 191 )22228 1

MADEIRA WINE COMPANY SA

1'.0. Box. 295 Escrit6rio: Ruas dos Ferreiros, 19 1 Loja de venda, adegas e museu: Rua de S. Francisco, 10 9000 Funchal codcx Madeira · Portugal Telef.: (35 191 )740 100 Fax .: (35191 ) 74 1935

PEREIRA D 'OLIVEIRA(VrNHOS), LDA

Rua dos Ferreiros, 107 9000 Funchal - Madeira Teler.: (35 191 )220784 Fax.: (35 191 )229081

VINHOS BARBEITO (MADEIRA) LDA

145 Estrada Monumental. Caixa Postal 264 9000 Funchal Madeira - Portugal Teler.: (35 19 1)76 1829 Fax.: (35 19 1 )765832

Biblioteca Barbeiro de Vasconcelos Av. Arriaga, 48 9000 Fu nchal TdcL236 192

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HENRIQUES & HENRIQUES VINHOS, SA

Sítio de Belém, 9300 Câmara de Lobos 1'.0. Box. 4296 9053 Funchal codex Madeira.Portugal Tc!.: (35191 ) 94 155 1/ 2 Fax.: (35191 ) 941590

SILVA VINHOS, LDA

Sítio da Igreja Estreito de Câmara de Lobos 9325 Câmara de Lobos - Madeira Tc!.: (35 191 ) 9478 10/947850 Fax.: (3519 1) 945199

VINHOS JUSTINO HENRIQUES. FILHOS, LDA

Cancela 9125 3niçu - ~'ladcira

Tc!.: (3519 1) 934257 Fax.: (3519 1) 934049

Selo de Garantia c-gcnuinidadc do Vinho da Madeira

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• (DilI . da pagA

para a tísica pulmonar ou de passagem para as colónias. São inúmeras as quintas que polvilham os arredores do Funchal, nomcadamente cm Santa Luzia c Monte, e por isso merecedoras da nossa atençào c ansiado pela noss.1 visita.

No decurso dos séculos XV III e XIX o quotidi:1I10 do vinho é retratado pela pena de diversos pinrores c dcscnhadon:s europeus, nomeadamente ingleses, que tiveram oportunidade de passar pela ilha. Parte significati\'a dclas ser\'iu para ilustrar livros sobre a ilha ou com capítulos a da dedicados. Os principais moti\'os são os lag.lres, os borracheiros, e as balseiras. Os dois últimos clcmcnros sào os mais abundantes cm toda esta iconografia visível hoje no Museu Frederico de Freitas nq Funchal.

Depois, disso só vamos encontrar expressão em Max Romer( 1 878 ~ 1960), um alemão refugiado na Madeira cm 1922 que se rendeu à evidências do meio. Nalgumas encomcndas realizadas para a Madeira \Vim: co c H . M. Borges & co deixou plasmadas as suas impressões com um retrato impressionista da fuina vitivi nícola.

Todas as casas de expolLadores que se encontram no Funchal estão sediadas cm edificios seculares, alguns dclcs de inegá\'cl valor arquitectónico. Em todos são também possí\'cl uma visita , Esta poderá COmO ponto de partida o Insti tuto do Vinho da Madeira à ma Cinco de Outubro. Um cdificio imponcnte com uma arquitecnlra tipicamcnte inglesa chama de imediato à atenção de quem aí passa. Dentro um mllSCu :.tIusivo ao \;nho da Madeira permite lima primeira iniciação,

Scgue~se depois a Rua dos Ferreiros, onde entre as imponentes fachadas de edincios onde estiveram implantadas casas de vinhos, encontramos duas cmprcsas de vinho da Madeira cm funcionamcnto, que muito se associam a um museu vivo: Arrur Barros c Sousa Lda e Pereira D'Oliveiras. Continuando o percurso, sinuoso das ruas da cidade vamos dar às afumadas adegas de S. Francisco, da Madeira \Vine Company, também outro museu vivo. Mais adiante na Avcnida Arriaga está a Biblioteca Barbeiro dc Vasconcelos, onde o vinho se confimdc com a tradição histórica associada a Colombo e n3 Rua 31 dc Janeiro adega da empresa H . M. Borges c sucrs Lda.

Pormenor do Museu do Instituto do VilllJo da "'ladeira

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éIl VOLTA DA ILHA

o pcn.:ur"o rr.luiciOI1JJ iI1Ki<l~SC 11.1 (O\[J ,>ul c rcm na cid.hk de C,ll1Ur,l de I ,obo .... A ,-i\ào d(J mir.ld()uro do Pi«) d;t, ·lórrc\ ~ magnlfic.) ,()brc C\tJ j.lnda .\berr.\ ",obre () mar. Ao fundo.l tJlói.\ do C.lho Gir.\o (o proI11oll[úrio ma.i~ alto d.\ Europa c () c,c.:gundo do mundo). P.tra "km d.\ p.li .... \gcm o cOI1,>rruido I11Cn..'I.:C.1 no".\ ;\tcnçJ.o: J ign.::j.l nurri/' do ..,collo X\'I dcuic,\,b J

S. SCh.l!>tijo,.1 (.1pel.1 de :'\'0\,3.. Senhor.1. do CJlh.llI, ric.\ cm r.\lh.l dourad.) c .1 capel.1 do r: ... píritn Santo (c,ó':1I1o :x.,'). Câmara de Lobo.., c pOHlação de gente ... que \c dedicam J pC"'CJ c agriculrur.l. A ga\rrOl1omi.l rica cm pei\e . .., rrcS(o\ t:lI .\\ dc..'lici,,\ til' qu.dqucr dliitanrc. Aqui, no sitio d.,\ Pn.:ú.: ... , CnC0I1WI1110\ () pIimciro c.\Inpo cxpcrimcmalllt: c.:.l ... l.1~ tr.1lIicion.1b.

Subindo ,1 e.:nco~ta ,né o Estreito de C.lm.ua de Loho~ .1 pai!'.1gem tr,UlsI<um.l-SC d,mdo lug.1r a c!<.c.upas montanho("J.\, r,lsg.ld.l\ por "'CK,1ko~ de \'inhcdos e.: cere.:je.:iras, E u:rrJ de.: gr.lI1de\ ti:..,ri\-id.lde.:.." como o tcste.:mul1ha .1 111.1i.., .1t:,nl.ld.1 da \'indim.l IW mc.., dI,.' Sete.:mbro. A me.:S.l, J t:Ul10S.1 esperada de CJrne.: as'.l<ü num c'peto dc louro é ..,e.:n ida. nos re.:stJUr,111[CS e.: agrJd.l

!.ii .. " rodos 0\ gostos. E\tJ fregllC"liJ é, por c\(dênciJ, a do ,inho ,\ladcira, pois que .1qui sc l'I1Contr.lI11 () l11.tior númcro de.: produtorcs da ilh., quc domin.lI11 .1 produção de ca"'ra~ nob~c..,( ~ercial, \c.:rdelho, bOJI ) c n:comcnd.1c..i.1~.

Apú., UI11.l pJr.1gcl11 obrigatoria no C.lbo Girão, se.:guc-\e () percurso n.1 ",strad.l que.: ,k J()I'I11.l p.tchorrenta \.·ontorn<1 os \.1IeS. Primciro pJSS.1I110~ pel.1 QUint.1 Gr.llH.il' •• ,\,im ellalllJc..b por rer ,ido um.l quint.1 do, Jl'suit.l\, onde \OIllOS surpre.:e.:I1c..hdo"t por um \-.l' .. ro, inhcdo todo dc IllCc.1Ili/ado que .Kol1lpal1ll.l () dedin: d.l l11ont.lIlh.l, propriedade.: da Compa.nhia Henriqucs & Hel1Jique.:~. Seguc -se de.:pob o C<lI11pal1ario, quc d.1 serr.1.1O 111M se.: cobrc de ,crde. Tcrr.1 rka CI11 l.lr.lI1jeir.1I't e ,'inh.1~. E .1qui quc se e.:ncontr.1 lIm.1 d.1!' mai~ importallle\ produçõcs de boa!..

;":.1 de.:\dd.\ par.1 .1 Ribeira BraY<l sllrgc;-no~ .1 l1o\\a esquad.\ () ilhéu do C.lmp.ln.lrio c .\ roljã do"t P.ldrcs. Aqui ~c prodU/lU pel.\ mjo do ... je~U\r.ls () melhor mJh'.l ... i.l da illl.l. Hojc o ... \eus pr()pric.:t.lri()~ pr()~lIr.lm rl·f-,g,lt.lf a tradição de t.lo .lt:lm.ldo nl.lIYa~l.l.

Che.:g.\do ... J. Rihelra Br.l\'a o c~pc([icul() é outro. O ... \"les dão lugar à ... Csl .. ,fJ)a .... Per.lI1tc nú"t .1pre~cnt.l-'C um \.tlc profulldo, di\'idido por UI11.1 ribeira que no ... eu leito .1Inj.l a \il.l. O p.ltrimónio .lrtisri,o d.l \'i1J é y.1Iioso c encontr.l- ... e hcm cOI\'o,cn-ado: igrej.\ 111.1tri/ do \ên!lo X\ ' po ... sui um e~púlio rico cm p.lincis tl;ul1engos do"t "téc"t. X\'c X\'I, pcç.,"t de pr.H.\ l' t.\lha dour'1da do ... éculo X\'rll. O J\lu~el1 Etnog,r.ítico dinllga e C{)l1~en.l o'" costlll11e'-. c tr.ldiçúe"t do POYO nl.\dcircmc, entre .1.., qu.lI''t ar., lig.lda"t ao \Cinho. ~o \'cr.io 0\ princip'li"t al-r.lCti\'l)r., "t.io .1 pr.lia e .1 tt~t.\ popuI.1r de.: S. Pedro que re.:únc fi;)r.l ... teiro\ dc toda a ilha..

o concelho d.I Ponl.1 do Sol, .1rJmado pelo ... ul quc blilh.l .ue.: (} .1I101le.:cer, C terrJ Icrtil. A únh.1 e.: J bJnanclr.1 \.10 Ulll COIl"ttJJlte na pais.1gem .• \1.11\ lima "c/ a "ila .lIlid1.1-'C .lPCrt.ld.1 110 Ie.:ito da ribeir.\. O p3rrimonio .Irquilcclúnico d.lI11.1 pel.l nO..,..,.1 .1lcn,·.'lo: igrc..'ja do .,é,u!o XY, riC.1 CI11 e.:\tJtlI.lria com ,.lpel.l in ... e.:rid.1 d,> \ccul() \\'11 I redlcad.l' de.: t.1lh.l dour.ld.\. ~J l'(lI11DJd.\ d(> r."tmer.1Ido [cmo"t o \olJ.r c cJ.pcla da t:1I11ilia de Jojo l-\I11l'f.1Ido, belo

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e\cl11pbr d.\ .trQUitL'1..11lr.\ ci\il , o~rcnr.\ o br.t. .... l0 dc ann.t ... dO'l Agr.uJ.1\ d .... t:~pl.U1.1(i.l'" t: lIm.l pr.li.t COl1\ld.u:i\.l ('o mpktam O~ atral."U\"()I,. ~.1

li·egl1l:~i.1 d()~ Canh.t. ... ltll1 monumento l.'m honrJ dt: S. '1(.'1'\:\..1 do J\ kllimo de ]e\lI\.

() Arco da C.llht:r~l e J C.tlht:tJ JprC~clll.1m pJi .... 1gt:l1\ dt:~lul11br:1I1tt:~ . Aqui, o p(}\() tr.lbalha ardu.1ll1clllC J tar.l. A~ prin..::ipai\ cultura~ ~.lo .1 ..::an.l de .1ÇUCU (.ll11da hoje funciona () eng..::nho d:t Calheta onde ... c produ/ rUI11 t: mel dt.: c.1I1a \Jerin.1) C.1 ,-inha . A F.1j.i da O\(: lha aprl·\t.'l1la llll1.1 signiticari,-a prodllç.io dt.: \ 'erdelho. Olltr,u, r.1/(}cs p.lr.1 ü~ilar t.' ~ t.\ ... Ii-cglll:~ia~ sJ.o .1 igrt.:j.1 m.ttri/ do \ccuJo X\ ' I , 11.1 \il.\ dJ Calhet.1, "::0111 o tc('(() de t.'~ril() l11udéj.1f, c a (.1pel.1 do!' Rl'i~ 1\l.tgO'" do ~ccl1l() X"I, no E!)trl'iw d.l C.llht:t.l, qut: g,1I.Ud.1 um prccio~() rcr.íhulo cm m.ldeir.1 dt: cll'\'alho d.l E!\(ola de Anrtu.:rpiJ. A ... 1i: ... t.1!i, n:ligio!i,a~ têm .lt.lui Ulll do~ 111()lllt:nt()~ .1tto!) d,,') romaria.., d .l ilh.l - a re ... t.1 do !"on.:ro. ~()\o C.\lllpO npenn1t:l1fal da ... (.l ... t.l~ tr.ldidonaÍ'> do \inho j\ 1.1dcira .\parece 11.1 C.l .... \ d.l ... \ 'inh~( E~rn.:iro da CalhctJ ).

Co ntinuando o pc..:rcur ... o , .1 oc:\tc tc:mos a j\l.td.ll~n.l do Mar com.1 ~11J. pr.li.l dc calhau que o mar \'ai tr.1I11,!()fIn:mdo docemenr~ . O lugar di\'ide -... c ~ntl'C .1 C\cel':ncia d.1 prática de dc\porro ... nJuticos e .l~ pl.lllt.1ÇÔc:", de b.1I1.1I1l..'ir.ls Illi~tur.lda ... COI11 \·inh.h que c0l1torn.U11 .1\ \'CrlCIHCS. As lend.1 .... o ... cOMumc~ , as tC\t.l\ !\.i~) ra/ôc ... par.l .1 \'i~itar.

A \crtente Sul lamina na Pom.1 do P.lrgo, quc é ,1 poma mais a ocstl' d.1 ilh.1. Aqui cstJ o guardião d.1 noite que e o impom:mc (.\foI. As. MIJ\ gemcs ... ;10 de h,ibiros c:nr.1i/.ujo ... e na SlIJ labut.\ .lgrícol.1 planram ... obrcrudo cereai~ c \'inha . A p.lic;;agem que se ,·blumbr.1 d()~ miradouru ... é dC:\'Cf.1s t:l\Cin.lOtc , sendo dominad.1 pelo \'erde cxuber.tnte . Ao sítio do ... SalôC\ tl.'mo<) outro campo experimcnt.:!..! onde ... e en ai.ml O~ ... i ... lcmas Cul tllr.li ... e .1~

t~cnic.1'" de condus:.io d.1 , 'inha .

A ('os.ta nortc: inici.\ -~c com o PortO do 1\ lo ni/, ,il.l t:1I1105J pcl.l~ )U.l'" piscina ... n.lrllr.li~ . Aqui tudo parece ... a difl:rellte. \ 'ertcllte .... lrid.\~ c..: mol1t.lI1ha, \'crdejantc:\ ~cf\'ida~ til.' c;ocako ... com \'inl1.1s protegid.1s da llfis.l nl.\ntin1.l com urzes . tornam a pabagem únka. As três lTegue ... ias destcs cOl1celhn( Porto j\ lol1i/ . Ribc:ir.l da l .mel.l e Seixal) s.ào a terr.1, po r C\cclênci.l , do ~a..::i.\l c \ erddho, quc: o le\ .1In .1 assumir o primeiro lugar no ('omputo da prodlll,'JO da ilha.

TornC:.1I1do a enCOM.1 pelo ~l1lco ca'·.ldo lU rocha somos cari\'.\do!\ pd~ quc:da!\ de agua, .15 monrallh.1S .lbruptas rc:plcta!\ dc \-CgCt.1Ç.iO I:lscin.1m com a "'lI.1 pre ... cnç.l ao longo da estrad.l até o Sc:iX.11. O ca. ... ano c.li.ldo de branco \obc pela cnCOM.\. O 'iirio do Chão d.l R.ibcif:1 e ... condc-sc entrc as m()nt,U1h .1~

c re\c:lJ -"'c .1O~ que o bu'teJ.m como um \'al<.: de illt:Xced i,'cI bcl<.:la.

Chegado'! ,1 SJ.o VicelllC: dc: 110"0 .1S mOlllanh.l"I ab r ll p t.l~ c o mar ... c:mpre prc: ... c:ntc. \ 'alc~, pico ... c !:1Ié ... i.1S cobcno!J por llll1.1 110n:\[.1 \'irgel11. Ar puro, .1 g ll .1 ... limpitlas c () dúlrc:ar do ... p.h~aro~. um .1lltCm1cO p.1r.1iso. I..,dcando .1 C'ltr.ld.\ mil tl()re~, hortl:m,i.l\ c: .\g.lpl1.lnt()~ . Outros pontoS de intc:re~ ... c ~.lo ,1 igrcj.1 c l1l11,] pcqucn.\ capela junto ao nur c .1 l-.ibrica do Ouro c J5 gru t.ls n.ltllr.li~ . Fc:sta~ .mim.Id.1"' , rc,taur.1I1tc ... c JlojJmcnto. Qucm Ihc: resi~l c. A ,·inh.l rem .1qui t~\mbeI1l1l11l.1 imp()n;Ínci~1 C\(cpCion.ll. O ... nO\'m \'i nhcdo ... dc C.IM.h tradidollai., p.tr.1 o yinho j\ l'ldciI'3 ('onq ui;lal1l cada \-el m.1 i., O~

poic)') , lOfIl.\I1do estc concelho no \cgundo produtor d.l ilha, logo .1 ... eguir

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. a Câmara 'de Lobos. S. Vicente domina a produção de verdelho. Ao sítio dos Cardais está prcsente um campo experimental de casta vcrdelho, especialmente para vinho de mesa.

A seguir ternos Ponta Delgada, uma ponta de terra que se estende pclo mar, ta'mbém conhecida por It côrte do norte " c assim celcbrizada pelo romance de Agustina Bcssa.LuÍs. Uma igreja interessante e que serve de palco a lima das mais destacadas devoções dos madeirenses, c uma piscina que se enche com a maré cheia. Agricultores dedicam - se de corpo c alma à tcrra tirando o má~imo proveito dc tudo aquilo que produzem, por cxcmplo a vinha. Festas e romarias como o Bom Jesus da Ponta Dclgada faze m a alegria da tcrra .

São Jorge e o Arco de São Jorge, constituem um lugar único. A paisagcm verde salpicada de I' palheiros II cobcrtos dc colmo, convida ao descanso. Estamos perante terra de agricultOres que produzcm o delicioso néctar de Baco - o vinho - c vivem daquilo que a tcrra lhes dá. Aqui especial atenção para a malvasia das freguesias do Arco e de S. Jorge, as áreas mais importantes da sua cultura na ilha. Ao longo da estrada, as gentes locais vendcm produtos frescos da terra e também rembranças. Motivos de interesse são ainda as igrcjas e capelas. Poderá ficar alojado nas Cabanas e conviver de perto com suas as gentes. Ao sítio da Lagoa encontra-se outro campo exp~rimental de castas para vilJho de mesa .

Chegados a Santana nova revelação da natureza, os lugarejos recônditos que mais parecem pequenos oásis, picos e montanhas tomados por nuvens que servem de auréola. Especial atenção deve ser dada às casas típicas e às flores que abundam por todo o lado . Muitos campos estão cultivados de milho. O turismo as segura a sua tradição secular de scrviços e tem aqui a presença forte de um dado emblemático , isto é ) as casas de palha, rcrniniscencias das casas de habitação dos primevos povoadores da ilha.

No Faial entramos de novo numa região de vales e montanhas. As casas tradicionais e "palheiros " coabitam nas encostas sobranceiras à ribeira. Aquj pratica-se intensivamente a agricultura, dominada pelo vinho c as arvores de fruto como a anoneira. Possui um patrimónip interessante como a igreja matriz e capelas. .

Uma imponente rocha, A Penha D'Aguia separa O Faial do Porto da Cruz. Grandes plantações de vinha preenchem as encostas. É a freguesia da ilha que mâis solares possui. Igrejas ~ capelas, marcos da fé de um povo. Aqui são . visíveis testemunhos da produção da cana-de-açúcar. Ao alto, o

. miradouro da Portela donde se desfruta de uma exce!en!e panorâmica. A alegrar a vila, temos actividades culturais como as ,festas e as Procissões.

A costa Este abre-se-nos com a cidade de Machico, linda baía onde os descobridores desembarcaram pela primeira vez. Património monumental de grande valor, COl110 a igreja paroquial do século XV com rico e diversificado espolio. de pratãs e pinturas inúmeras capelas, fontcnários, quintas e solares. Festas religiosas de significado profundo atraem gentes de toda a ilha. Miradouros, praia de areia escura, excelente para a prática de desportos náuticos e actividades culturais.

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Santa Cruz, cidade à beira mar) alberga o aeroporto do Funchal. Locais~ de interesse: ;.1 igrcjól matriz na vila do século XV1, capelas e a Casa da Cultura Para a pn1tica de golfe existe o campo do Santo da Serra dominando por uma lagoa naUlraI.

A treguesia da Camacha, tào célebre pelo folclore como pelos artefactos de \~mc, não pode ser esquecida no nosso roteiro. Um desvio à descoberta deste n:canto é bem compensado pela possibiJidadc de presenciar obra de vimes.

Finalmcnte nào é dispensável a \'isita ao Porto Santo, ól primcira [CITa

dcsc(.,berta pelos portugucses no At!ántico c a primeira morada de Colombo no occano. Aqui para além da igreja paroquial merece a nossa atenção a asa Museu Colombo, onde segundo a [radição terá vivido Colombo Temos ainda as terras de vinha rastcira c o campo experimcntal para castas de uva de mesa.

Campos de Vi"ha lia Costa Norte

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VV\ INSTITUTO DO VINHO DA MADEIRA

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