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;. OU AATA-fEIAA - 1• 11JJ189 - OIÁAIO OE B AU~ U / Sarney constrói a Norte- Sul e reduz horários da antiga N OB o. partir de hoje, entra em vioor a s u- presUO de quatro horários dos trens aa No- roeste que parte m de nossa cidade com des- tino a Corumbá e vice-vers a. Situada no cen- tro geográfico do Estado de São Paulo, Bau- ru notabiliza-se por ser um dos maiores en- tr oncamentos rodoferroviários aa América l atina, propa lando-se inclusive ser o municí- pio predestinado a ter o mai or desenvolvi- mento do i nte rior atê o ano 2,000, De uma só vez, estamos sendo sangra- dos por dois grandes rudes golpes : a pe rda da Superintendência do Banco do Bras il, que atende cerca de 220 cidades do Centro-Oeste Paulist a, e a extinção dos quatro horários de trens da Rede Ferroviária Federal S. A. No primeiro caso, lideran ças se ma nifestaram contrárias a essa iniciativa emanada do Go- verno Federal, que criou uma comissão espe - cial para estudar e avaliar a questão, não do órgão local como de outros sete em todo o Pafs, cabe ndo ao Ministério da Fa zenda a decisão final sobre o assunto. Sem dúvida envolverá uma rie de fatores negativos, que a tin girão inegavelmente rios s egmen- tos, motivo pelo qual os lfderes das classes produtoras e empresarial e predispuzeram a marchar rumo à Brasflia, contando com o respaldo de po llt\ cos, para levar o prote$ to gere\ v.rba\mente ao mi nistro da Fazenda, Waílson da Nóbrega, uma vez que o problema poderá não surtir efe ito através dos inúmeros apelos que estão deixando as .: i dade s envol- vidas por ess a atitud e gove rnamental, NOROESTE Se desse lado Bauru e dezenas de ou- tras cidades são ceifadas por tamanho dispa- rate, de o utro a sangria f ere o transpo rte de passageiros. A Noroe ste, forçada por insta n- cia superior, isto é, instruções oriun das da direção ge ral da Rede Ferroviãria Federal via Superintendência Regional de São Paul~. a quem Bauru está subo rdinada, suprime a pa r- tir de hoje, quatro horãrios do tr em Bau- ru/Corumbâ. Ao invés C::e diâ ri o, passará essa composição a trafegar some nt e às 2! s, 4! s e 6!c feiias, resqtução que trará reflexos nee-nivos em todo o trajeto da linha, a pa rti r de nossa cidade até a ·vida com territóri os boliviano e pa raguia • A rdem de extinção de s se ; ho- rários é ta · e segundo conste, foi det er - . pelo Governo Federal. avida por parte de ades , não do no ss o Grosso do Sul, muito erá sustada. Essa pre- a etar uma capital de Es- Grande, município em o e que hoje conta com habitantes. Se soma do s o fllQ_(é( do,reaRf. lti)principais ci dad es l'.ªB A l.JOO km de eXlen são por Helder Barros 1:>ãu11.J1~orumb á e out ros 320 de Campo Grande a Ponta Por ã, teremos um montante de 4, 000.000 pess oas, que dir eta ou indire':' tamente deverã amargar a decisão dos diri- ge nt es da fe rrovia, que desgraçadamente a ni qu ilam com uma das poucas tradi ções de outrora que ainda restam. s ab i do que o tr anspo rte de passagei - ros ferro vi ário é deficitário na maio ria das empresas férreas. Não cabe ao usuário c ul pa alguma, po is é óbvio que este procura o me- lhor meio para se locomove r. seja em rap i- dez , como em confor to, seg uran ça e higiene, o que não acontece com os combo i os da No - roeste, cog nom inada, segundo sua direção, em "Ferrovia da Integ ração". foram prestadas uma série de suges· t ões para con te r essa ex tinção de ho rário s. Houve uma repercussão de descontentamen - to prin c ipalmente em Bauru e Campo G ra nde, as duas cidades mais afetadas com essa de- sag ra dável ação, apesar de tere m sido agita- das as fo rças vivas e da i mpre n sa. M uitos se - rão alcançados diretamente e imediatamente, o que forçará a demissão de funcionár ios pa· ra have r condições de supo rt ar as despesas que irão ter. A pr ópria RFFSA te que, ou reescalonar seu pessoal ou limitá-los em ou- tra s atividades . Forne cedo r es te ra o res trin gi- das s uas entre gas; restaurantes ao l ongo da l inha redu zirão s eus movimen to s. Haverá o prob l ema social i ncidindo sobre aque l es que terã o de aguardar o horário dent ro da nova programa ç ão, fi ca nd o sabemos onde. A própria FEPASA, com várias alte rnativas de viagem, trazendo migran t es de ambos os la- do s - São Paulo/Panorama - encontra rá difi- culdades, pois fazia aquí em Bauru, co n exão diária com a Noroeste. PERMISSI ONÁR I OS Ao que consta, os maiores prejudicados serão os permissionários de serviços ao lo n- go da li nha, citando- se aquele s que ope r am os ca rros-re staurantes ; a lim peza em ge ra l; vende de j ornai s e revis ta s, bem como a ex- pl oraçao de bares e rest aurante s nas esta- ções. Obrigatoriamente terão que tornar me - no r o quadro de se rvi do res . Dos 120 empr egV" dos do Gr upo Ama nt ini, responsável pelos car ros-re sta urantes, já vazou pL ., ci dade que haverá um corte da ord em de 70%. O mesmo deve acontecer c om os dem ais conce ss ioná- rios. Trata-se de um trem de lon go percurso, que se cotidianamente nao corr e oom núrrero de passageiros suficient es, nas férias e nas fe stas em ge r al t em sua · apacidade esgotada, fazendo com que sejam colocados carros-ex- tras. Nos dias de meno r movime nto , pode ria cumprir o horário com menos vagõe s, fato que fará diminuir as despesas de c us1 eio e manutenção. A melhoria· da via pernia nE!'hte proporcionaria tr açao mais pida e se g ura, enfim, muita coisa poderia se r feita. Não se po de admitir rel egar ao es qu cime nto o problema· sócio econõmico dessa medida . Ao que se i nfo rmou, ela e ntra em vi- go r mesmo, a p art ir de hoje. Porém, se mpre temp o para se redimir de uma preci pitada der.isão. EX PLICAÇÕE S Indagado sobre tud o i sso, o supe r int en - dente da RFFSA l oca l, eng ll J o Batis ta Pa· checo Fantin, explicou que a nt eriorme nte o deficit no transporte de passageiros era su~ sidiado pe lo Gove rno Fede ral. Trata va- se da "Normalização Con b il ", que consis tia no repasse de nume raria para co n te r o passivo de sse se tor . Em 1987 - ad iant ou - fora m des - tinados à Noroeste 2 mi lhões de cruza dos novos em OTN. no ano passado 300 mil e para este ano nada foi orçado. Fantin en fatiz ou que a Noroes te chegou a obter o índ ice de 70% do tr ans po rte de p as - SaQ.eiros de toda a Rede em to do o terri tório na c ional. Na década de 60, p or exe mplo, che- gou a co_nduzi r 3 milhões de passa ge iros, nómero que no d ecén io de 1970 ca iu para 2, 500 milhões, diminui ndo p ara 2 milhões em 1984, o q ue representou 44% a menos de usuários transportados. Por esse motivo, o Governo Federal determinou que a RF.FS A baixasse diretriz no se nti do de sus tar a súb· v enção, também em decorrência da situação econômica da própria Nação. Escl areceu o s uperinte ndente que não haverá co rte de pessoa l de sua pa r te, isto é, da Noroeste . O excede nte - d isse - será re- classificado em novas escal as ou entãt) trans- feridos para outros se t ores. Porém, n ao. es- conde u que com essa extinção de horário~, have ria uma r ed ão do pessoal das emprei- teiras. Sob re os ca rr os -r e staurantes informou haver uma s aída que pode ser colocada em prá tica: com os horário s alte rnad os, aumen - tar•se-ia o número de vagões, sendo um de pr imeira, um de seg unda e mais um dormitó- rio, que somados aos demais 1 3, se riam se r- vidos por dois velculos de restaurante. Um ate nder ia os carros de 1 ! e 2! cla sse e outro s omente os dormitórios . o engen heiro observou que dos 462 lu- ga res atua lmen1e ofe recidos são to mados por 231 pess oas, cor respondente a 50%, Com o aumen to do número de va es pretende che- g ar a oferecer 618 lugares e com~ salda dos tr ens de dois em dois dias, espera uma de - manda mai or de passageiros. CARGA fr inalme nte Pach ec o Fantin d is se o que es ta Ya sendo acober t ado e que ninguém s a- bia ao certo o porqu ê da extinção dos horá- rio s. Realmente existe deficit, porém, preten- de a Rede Ferro vi~ ria Federal dar maior in- cent ivo ao t ransporte de car ga, que ano a ano tem aument ado consideravelmente. Com a supressão dos horários de trens Bauru/Co- rumbá, se rão liberad as quatro locomotivas, pr oporcio nan do, desla forma o sacriffcio do transporte de passageiros para o incremen to do transporte de ca rga. Argumento.u que a me ta este an o ê de um íaturamen to de 50 mi lhões de cruzados novos: em 19313 o ano foi f ec hado c om ,o milhões de cruzados novos, se ndo que do is milhões foram apurados so- .,en te no mês de dezembro. I st o post o, chegamos a conclusao de que ninguêm está se preocupando com o tra ns porte de passageiros por parte do pes - soal da Noroeste. Em contato com alguns ser- vidores da fe rro via que estavam na es ptanada na ta rde de on t em, ficou patente o descon- t en ta mento que reina entre a classe, uma vez que _ segu ndo eles _ es tão ocorrendo de · missões o sd eni Bauru como ªº. lo _ngo da linha. E não são poucos os _ferrov1áriosmq~: diante da redução de horários, sofrera. conseqüências q ue e st avam sendo previstas. Adiantaram ::!m uitos empregados de em- preiteir as que idam da limpeza de vagões já foram dispe adas. Enfim, começaram an- teci padame nte .. prej uffOS ger a dos p~r.u.ma esdrLlxula deteltli inação, alcança nd0 ,mcia l- me'nte os trabaltt adores. Alguma coi a deve s er feita e com ur- gência. A inde endê nci a da Produçao ~e Bauru da Supe ntendência Regional de Paulo se ria uma das principais alterna,~vas pa ra a melh orJ.J da Noroeste. Outrora is so não acontecia. A aotiga NOS, so mente ~m s uas ofici nas empregava um en orme ~ont.1n - gente de ferrO\fiários; em se us escn nos centr8is executava-se todo O t raba lh o eco- nôm ic o-financeiro. Na décad~ de 19 ~~vi: transporte de pas sageir os era mtenso. uma composl; Bau r u/A raçatuba, out ra Bauru/ Tr ês La s' e o noturno (DP-~) . de Bauru a Corum; A primeira foi suprimida pe la AFfSA, Ern ~ouco tempo também era e li minado o de T ês Lagoas. sub!tituf d o e~e é Campo urande, com tr em por um dl to at 8 também foi outro hordrlo C o horas), qu extint o, fica ndo enas o de Corumbá. ~gor~ chegou a ve z d e combo io sofrer a d1 J ap 1 - dação de seus h rios, Apesar de 1110 ter havido parti ci pação alguma do Qoveritador Marcelo Miranda,!_ dE Ma to Gro sso do S ul que o mes mo~ a ser comovi do anta ci~adament.e pe la S upenn- tend ência de 9 8 :1 u, que e ste ve em CampQ Grande explican~ a seu modo a supressão dos ho ri os, fo 5 viv as d essa capital e dP. outros mu nicfpi~ e postaram resolu tos con· tra a medida.

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Sarney constrói a Norte- Sul e reduz horários da antiga NOB

o. partir de hoje, ent ra em vioor a su­presUO de quatro horários dos trens aa No­roeste que partem de nossa cidade com des­tino a Corumbá e vice-versa. Situada no cen­tro geográfico do Estado de São Paulo, Bau­ru notabiliza-se por ser um dos maiores en­troncamentos rodoferroviários aa América l atina, propalando-se inclusive ser o municí­pio predestinado a ter o maio r desenvolvi­mento do interior atê o ano 2,000,

De uma só vez, estamos sendo sangra­dos por dois grandes rudes golpes: a perda da Superintendência do Banco do Brasil, que atende cerca de 220 cidades do Centro-Oeste Paulista, e a extinção dos quatro horários de trens da Rede Ferroviária Federal S.A. No primeiro caso, lideranças já se manifestaram contrárias a essa iniciativa emanada do Go­verno Federal, que criou uma comissão espe­cial para estudar e avaliar a questão, não só do órgão local como de outros sete em todo o Pafs, cabendo ao Ministério da Fazenda a decisão final sobre o assunto. Sem dúvida envolverá uma série de fatores negativos, que atingirão inegavelmente vários segmen­tos, motivo pelo qual os lfderes das classes produtoras e empresarial e predispuzeram a marchar rumo à Brasflia, contando com o respaldo de pollt\cos, para levar o p rote$to gere\ v.rba\mente ao ministro da Fazenda, Waílson da Nóbrega, uma vez que o problema poderá não surtir efeito através dos inúmeros apelos que estão deixando as .:idades envol­vidas por essa atitude governamental,

NOROESTE

Se desse lado Bauru e dezenas de ou­tras cidades são ceifadas por tamanho dispa­rate, de outro a sangria fere o transporte de passageiros. A Noroeste, forçada por instan­cia superior, isto é, instruções oriundas da direção geral da Rede Ferroviãria Federal via Superintendência Regional de São Paul~. a quem Bauru está subordinada, suprime a pa r­tir de hoje, quatro horãrios do t rem Bau­ru/Corumbâ. Ao invés C::e diârio, passará essa composição a trafegar somente às 2 ! s , 4 ! s e 6!c feiias, resqtução que trará reflexos nee-nivos em todo o trajeto da linha, a parti r de nossa cidade até a ·vida com territórios boliviano e paraguia • A rdem de extinção desse; ho-rários é ta · e segundo conste, foi deter-

. pelo Governo Federal. avida por parte de

ades, não só do nosso Grosso do Sul, muito

erá sustada. Essa pre-a etar uma capital de Es­

Grande, município em o e que hoje conta com

habitantes. Se somados o fllQ_(é(do,reaRf.lti) principais cidades

l'.ªBAl.JOO km de eXlensão

por Helder Barros

1:>ãu11.J1~orumbá e out ros 320 de Campo Grande a Ponta Porã, teremos um montante de 4,000.000 pessoas, que di reta ou indire':' tamente deverã amargar a decisão dos diri­gentes da fe rrovia, que desgraçadamente aniquilam com uma das poucas tradições de outrora que ainda restam.

~ sabido que o transporte de passagei­ros ferroviário é deficitá rio na maioria das empresas férreas. Não cabe ao usuário culpa alguma, pois é óbvio que este procura o me­lhor meio pa ra se locomover. seja em rapi­dez, como em conforto, segurança e higiene, o que não acontece com os comboios da No­roeste, cognominada, segundo sua direção, em "Ferrovia da Integração".

Já foram prestadas uma série de suges· tões pa ra conte r essa extinção de horários. Houve uma repercussão de descontentamen­to principalmente em Bauru e Campo Grande, as duas cidades mais afetadas com essa de­sagradável ação, apesar de terem sido agita­das as fo rças vivas e da imprensa. Muitos se­rão alcançados diretamente e imediatamente, o que forçará a demissão de funcionários pa· ra haver condições de suportar as despesas que irão ter. A própria RFFSA te rá que, ou reescalonar seu pessoal ou limitá-los em ou­tras atividades. Fornecedor es t e rao res tringi­das suas entregas; restaurantes ao longo da linha reduzirão seus movimentos. Haverá o problema social incidindo sobre aqueles que terão de agua rda r o horário dent ro da nova programação, ficando sabemos lá onde. A própria FEPASA, com várias a lternativas de viagem, trazendo mig rantes de ambos os la­dos - São Paulo/Panorama - encontra rá difi­cu ldades, pois fazia aquí em Bauru, conexão d iária com a Noroeste.

PERMISSIONÁRIOS

Ao que consta, os maiores prejudicados serão os permissionários de serviços ao lon­go da linha, citando-se aqueles que operam os carros-restaurantes; a limpeza em ge ra l; vende de jornais e revistas, bem como a ex­ploraçao de bares e restaurantes nas esta­ções. Obrigatoriamente terão que tornar me­nor o quadro de servidores. Dos 120 empregV" dos do Grupo Amantini, responsável pelos carros-restaurantes, já vazou pL ., cidade que have rá um corte da ordem de 70%. O mesmo deve acontecer com os dema is concessioná­rios.

Trata-se de um trem de longo percurso, que se cotidianamente nao corre oom núrrero de passagei ros suficientes, nas férias e nas festas em geral tem sua ·apacidade esgotada, faze ndo com que sejam colocados carros-ex­tras. Nos dias de menor movimento, pode ria cumprir o ho rário com menos vagões, fato que fa rá diminuir as despesas de cus1eio e manutenção. A me lhoria· da via pernianE!'hte

proporcionaria t raçao mais rápida e segura, enfim, muita coisa poderia ser feita.

Não se pode admiti r relegar ao esque· cime nto o problema· sócio•econõmico dessa medida. Ao que se informou, e la e ntra em vi­go r mesmo, a part ir de hoje. Po rém, sempre há tempo pa ra se redimir de uma precipitada der.isão.

EXPLICAÇÕES

Indagado sobre tudo isso, o superinten­dente da RFFSA local, engll J oão Batista Pa· checo Fantin, explicou que anteriormente o deficit no transporte de passageiros era su~ sidiado pelo Governo Federal. Tratava-se da "Normalização Contá bil" , que consistia no repasse de nume raria para conter o passivo desse setor. Em 1987 - adiantou - fora m des­tinados à Noroeste 2 milhões de cruzados novos em OTN. Já no ano passado 300 mil e para este ano nada foi orçado.

Fantin enfatizou que a Noroeste chegou a obter o índice de 70% do transporte de pas­SaQ.eiros de toda a Rede em todo o território nacional. Na década de 60, por exemplo, che­gou a co_nduzi r 3 milhões de passageiros, nómero que no d ecénio d e 1970 caiu para 2,500 milhões, diminuindo para 2 milhões em 1984, o q ue representou 44% a menos de usuários t ra nsportados. Por esse motivo, o Governo Federal determinou que a RF.FSA baixasse d iretriz no sent ido de sustar a súb· venção, ta mbém em decorrência da situação econômica da própria Nação.

Esclareceu o superintendente que não haverá corte de pessoa l de sua parte, isto é, da Noroeste. O excedente - disse - será re­classificado em novas esca las ou entãt) trans­feridos para outros setores. Porém, nao. es­condeu que com essa extinção de horário~, have ria uma redução do pessoal das emprei­teiras. Sobre os ca rros-restaurantes informou have r uma saída que poderá ser colocada em prática: com os horários a lte rnados, aumen­ta r•se-ia o núme ro de vagões, sendo um de primeira, um de segunda e mais um dormitó­rio, que somados aos demais 13, seriam se r­vidos por dois velculos de restaurante. Um ate nde ria os carros de 1 ! e 2 ! classe e outro somente os dormitórios.

o engenheiro observou que dos 462 lu­ga res atualmen1e oferecidos são tomados por 231 pessoas, correspondente a 50%, Com o aumento do número de vagões pretende che­gar a oferecer 618 lugares e com~ salda dos t rens de dois em dois dias, espera uma de­manda maior de passageiros.

CARGA

fr inalme nte Pacheco Fantin d isse o que estaYa sendo acobertado e que ninguém sa­bia ao certo o porquê da extinção dos horá-

rios. Realmente existe deficit, porém, preten­de a Rede Ferrovi~ ria Federal dar maior in­cent ivo ao t ransporte de carga, que ano a ano tem aumentado consideravelmente . Com a supressão dos ho rários de trens Bauru/Co­rumbá, serão liberadas quatro locomotivas, p roporcionando, desla forma o sacriffcio do transporte de passageiros para o incremento do transporte de ca rga. Argumento.u que a meta este ano ê de um íatura mento de 50 milhões de cruzados novos: em 19313 o ano foi fechado com ,o milhões de cruzados novos, sendo que dois milhões foram apurados so­.,ente no mês de dezembro. • Isto posto, chegamos a conclusao de que ninguêm está se preocupando com o tra nsporte de passageiros por parte do pes­soal da Noroeste. Em contato com alguns ser­vidores da fe rrovia que estavam na esptanada na tarde de ontem, ficou patente o descon­tentamento que reina entre a classe, uma vez que _ segundo eles _ Já estão ocorrendo de· missões não sd eni Bauru como ªº. lo_ngo da linha. E não são poucos os _ferrov1áriosmq~: diante da redução de horários, sofre ra. conseqüências que estavam sendo previstas. Adiantaram ::!muitos empregados de em­preitei ras que idam da limpeza de vagões já foram dispe adas. Enfim, começaram an­tecipadamente .. prejuffOS gerados p~r.u.ma esdrLlxula deteltliinação, alcançand0 ,mcia l­me'nte os trabalttadores.

Alguma coia deve ser feita e com ur­gência. A inde endência da Produçao ~e Bauru da Supe ntendência Regiona l de ?ª.º Paulo seria uma das principais alterna,~vas pa ra a melhorJ.J da Noroeste. Outrora isso não acontecia. A aotiga NOS, somente ~m suas oficinas empregava um enorme ~ont.1n­gente de ferrO\fiários; em seus escntónos centr8is executava-se todo O t rabalho eco­nômico-financeiro. Na décad~ de 19~~vi: transporte de passageiros era mtenso. uma composl; Bauru/Araçatuba, out ra Bauru/Três La s' e o noturno (DP-~) .de Bauru a Corum; A primeira foi suprimida pela AFfSA, Ern ~ouco tempo também era eliminado o de T ês Lagoas. sub!titufdo e~e

é Campo urande, com trem por um dl to at

8 também foi

outro hordrlo C o horas), qu extinto, ficando enas o de Corumbá. ~gor~ chegou a vez d e comboio sofrer a d1Jap1-

dação de seus h rios,

Apesar de 1110 ter havido participação alguma do Qoveritador Marcelo Miranda,!_ dE Mato Grosso do S ul já que o mesmo~ a ser comovido antaci~adament.e pela Supenn­tendência de 9 8 :1 u, que esteve em CampQ Grande explican~ a seu modo a supressão dos horários, fo 5 vivas dessa capital e dP. outros municfpi~e postaram resolutos con· tra a medida. ~