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No dia 1 de Maio de 2004, a Unio Europeia passou de quinze para vinte e cinco Estados-

-membros, representando este quinto alargamento um momento nico da sua histria. Portugal congratulou-se com este alargamento, mas no deixou de ficar apreensivo com as consequncias econmicas e sociais dele resultantes.

O PIB por habitante destes novos Estados-membros faz deles candidatos preferenciais aosfundos estruturais, tornando-se Portugal, por mero efeito estatstico, um pas relativamente mais rico.

Mas a questo fundamental que se levanta com a adeso destes dez pases no tanto a daconcorrncia que deles possa advir no nosso mercado interno, mas antes a da concorrncia que possam exercer nos nossos mercados de exportao. De facto, dos pases em causa, dois grupos se destacam. Um grupo com mo-de-obra qualificada e mais capital, onde se integra, por exemplo, a Hungria, e que poder ameaar indstrias emergentes em Portugal. Outro, de mo-de-obra abundante e barata, e que poder vir a ameaar os sectores mais tradicionais da nossa economia. A evoluo do primeiro grupo dos pases referidos aponta no sentido de um reforo das suas indstrias que incorporam alta e mdia-alta tecnologia.

Helena Pataco, O quinto alargamento da Unio Europeia e as empresas portuguesas, in Janus 2005 (adaptado)