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RELATÓRIO E CONTAS 2014SDT electrónica S.A.
SDT electrónica S.A.
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compromisso e integridade.a solução. o futuro.RELATÓRIO E CONTAS 2014
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Nota Introdutória
Mensagem do PresidenteEstrutura acionista Estrutura funcional
Indicadores de gestão e desempenho financeiro
Enquadramento macro-mconómicoAnálise setorialAtividade do grupoResultadosProposta de aplicação de resultados
Certificação legal de contas
Demonstrações financeiras
Perspectivas futuras
Informações sobre a empresa
ANA TECEDEIROnão sejas desmancha prazeres II, 2013Diptych | paper stapled on MDF panel, 60 x 120 | 60 x 120 cm (detail)
uma rede de profissionais.o futuro.
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notaintrodutóriaO Conselho de Administração da SDT electrónica, S.A., em cumprimento do disposto nos artigos 65º e 66º do Código das Sociedades Comerciais, vem submeter à apreciação dos senhores acionistas o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.
Apesar de estarmos enquadrados num contexto europeu e nacional com crescimento residual, a SDT electrónica registou um desempenho global muito positivo que se traduz pela melhoria sustentada dos principais indicadores financeiros e de gestão.
Ao longo dos últimos 5 anos a empresa tem vindo a demonstrar uma capacidade de melhorar o seu balanço de formal transversal, reduzindo o endividamento em todas as maturidades e aumentando as margens comerciais, mas mantendo uma estrutura de custos praticamente inalterável.
Permanecemos otimistas e confiantes nos desafios que nos são lançados para o futuro a médio e longo prazo e seguiremos o esforço comercial de conquistar novos mercados em novas geografias.
mensagemdo presidente2014 foi um ano muito exigente tanto para os portugueses como para as empresas. Como ponto positivo podemos destacar o fato de Portugal ter saído em Maio do programa de resgaste da Troika e ter concluído o ano com um défice abaixo das expetativas. Registamos também como positivo o crescimento do PIB em 0,9%. Do ponto de vista das empresas, observamos uma redução dos spreads e uma maior disponibilidade de liquidez por parte da banca. Esperamos que possa permitir ao tecido empresarial uma maior capacidade de investimento. Porém, a carga fiscal sobre as famílias manteve-se muito elevada, exigindo sacrifícios a todas as classes sociais e prejudicando o consumo interno e a retoma do crescimento.
Apesar do contexto, é com orgulho e satisfação que as nossas contas de 2014 apresentam níveis de desempenho muito positivos, em linha com os objetivos expostos na Assembleia Geral de Março de 2014. Conseguimos manter o nosso volume de negócios, e melhorámos os nossos indicadores de gestão e financeiros.
Em relação à atividade comercial doméstica, o ano de 2014 foi marcado por um conjunto de acontecimentos que permitem encarar o futuro com otimismo. A nível dos equipamentos Terminais e Home Networking, a SDT continua a ser líder de Mercado no fornecimento de dispositivos para o mercado residencial com uma quota de mercado acima de 60%. Vamos fornecer a próxima geração de STB de Video para a NOS e para a Vodafone. Na tecnologia IP e Docsis estamos em boa posição para vencermos projetos relevantes e com projeção no futuro. Finalmente, estamos a crescer no fornecimento de smartphones para o mercado dos operadores. A nível de soluções de redes estamos cada vez mais presentes nas redes de acesso tendo conquistado dois importantes projetos para a NOS e Vodafone.
A nível internacional, prosseguimos o nosso grande esforço de conquistar novos negócios e clientes, para além dos existentes não só em Africa como na América do Sul. No Brasil estamos em negociações avançadas com três operadores Tier 1 com perspetivas encorajantes e estamos em prospeção comercial no Chile, Peru e Colômbia.
Esperamos concretizar em 2015 projetos muito interessantes e com dimensão na área do vídeo.
Em Africa, 2014 foi um ano com um desempenho muito positivo porque fornecemos materiais e serviços especializados para a construção de redes de nova geração em fibra ótica. Em 2015 prevemos incrementar esta atividade e retomar os fornecimentos de equipamentos terminais.
Finalmente perspetivamos desenvolver projetos em Cabo Verde e em Moçambique.
Os mercados onde estamos presentes são exigentes no sentido em que requerem da nossa parte um forte esforço e investimento de inovação, de desenvolvimento tecnológico e de disponibilização ao mercado
(Time to Market). Continuaremos a ser diferenciadores e competitivos, permitindo assim potenciar o êxito dos nossos clientes.
Em termos de desempenho financeiro e como poderá ser constatado no presente Relatório de Gestão, melhorámos os principais indicadores e rácios. Esta tendência tem vindo a registar-se nos últimos 5 anos o que demonstra uma gestão rigorosa e eficiente.
A nossa perspetiva para 2015 é marcada pelo otimismo na medida em que iniciamos o ano com um montante aproximado de 30 Milhões de Euros de encomendas em carteira.
Para o primeiro trimestre deste ano prevemos registar um volume de vendas de 12M€ e a nossa expectativa será atingir uma faturação anual na ordem dos 40M€ ou seja com um crescimento de 13% em relação a 2014.
Vamos continuar a investir fortemente no nosso processo de internacionalização mantendo o foco no Brasil onde temos em funcionamento a SDT Brasil, mas continuando a apostar em países emergentes da região.
Mantemos o empenho na concretização de um plano de racionalização de custos de estrutura e, simultaneamente, no aumento contínuo da sua eficiência.
Procuraremos no futuro servir os nossos clientes com os mais elevados padrões de qualidade. Num contexto competitivo francamente exigente sabemos que a nossa estratégia passa por demonstrarmos uma forte capacidade de inovação, flexibilidade nos modelos de negócio e compromisso na relação com o cliente.
2015, será um ano marcante a nível interno na medida em que prevemos lançar um conjunto de iniciativas tais como a Certificação de Qualidade ISO 9001 e um conjunto de ações para a gestão de desempenho e avaliação dos recursos humanos.
Deixo também uma palavra de apreço a todos os colaboradores da SDT electrónica que, com a sua dedicação, brio e profissionalismo contribuíram para o sucesso e os resultados alcançados. Pretendemos também agradecer aos nossos parceiros financeiros que têm demonstrado apoio permanente à empresa.
Atentamente,Bertrand BOUET
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estrutura acionista e funcional
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juntos somos a solução. o futuro.
JUSTINO ALVESDa série "Imagem", 2013Acrílico s/papel, s/tela, 146 x 114 cm
2014 | 2013 | 2012
indicadores de gestão e desempenho financeiro Apesar da conjuntura económica em Portugal ter registado em termos de crescimento económico um valor bastante reduzido (+0,9%) e de a carga fiscal ter penalizado muito as famílias portuguesas com reflexos no consumo das mesmas, podemos estar razoavelmente satisfeitos com o nosso desempenho económico-financeiro em 2014.
Em primeiro lugar conseguimos manter uma estabilidade no nosso volume de negócios de 34,7M€ sensivelmente idêntico aos valores registados em 2013 (35,2M€) e 2012 (34,7M€).
Por outro lado, foi possível aumentar a nossa margem bruta do negócio que se cifrou em 12,2% quase 3 pontos percentuais acima do registado no ano anterior (9,5%).
Pudemos aumentar o nosso EBITDA em 35K (+4% em relação ao ano anterior) e reduzir os nossos resultados financeiros em 10% o que nos permitiu no final apresentar um Resultado Líquido de 198K superior em 18K em relação ao ano anterior (+10%).
Estes resultados só foram possíveis, graças a uma gestão criteriosa dos nossos gastos de funcionamento, aliada a uma boa gestão financeira nas relações com os nossos parceiros financeiros. Também devido entre outras à melhoria do nosso rating bancário foi possível beneficiarmos da diminuição dos spreads registada em 2014.
Alguns rácios refletem o que referimos anteriormente:Rácio de Autonomia Financeira passou de 20% para 25%;Rácio de Solvabilidade passou de 24% para 33%;Rácio da Dívida Líquida/EBITDA reduziu-se de 1,9 para 1,5 anos.
Em termos de recursos humanos, mantivemos o nosso quadro de pessoal praticamente inalterado (de 27 para 28 pessoas), tendo registado a saída de alguns quadros compensada pela entrada de outros com valências mais adaptadas às nossas necessidades.
A expetativa para 2015 está em pudermos ser capazes de superar estes números através de um acréscimo de 15% no nosso volume de negócios com uma alavancagem bastante importante por parte das exportações.
Temos a expetativa de podermos melhorar as nossas margens e tirar partido da melhoria do rating de Portugal e do nosso próprio, para poder negociar condições financeiras mais favoráveis perante os nossos parceiros financeiros e daí resultar numa redução dos nossos encargos financeiros.
É portanto com sentido de dever cumprido que apresentamos indicadores financeiros sólidos, em melhoria generalizada nos últimos 3 anos, que nos permitem encarar o ano de 2015 com otimismo.
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2014 2013 Var.2014/2013
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2012 Var.2013/2012
%
Volume de Negócios 34 703 35 160 -1% 34 715 1%
Gastos com Pessoal 981 972 1% 885 10%
Gastos Depreciação e Amortização 124 102 22% 78 31%
Cash Flow Operacional (EBITDA) 999 964 4% 945 2%
Resultados Operacionais(EBIT) 885 861 3% 867 -1%
Meios Libertos Líquidos(MLL) 322 282 14% 281 0%
Resultados Financeiros -495 -550 -10% -557 -1%
Resultados Antes de Impostos 380 312 22% 310 1%
Resultados Líquidos 198 180 10% 203 -11%
Liquidez imediata 0.06 0.23 -74% 0.39 -41%
Liquidez geral 1.37 1.41 -3% 1.89 -25%
Autonomia Financeira 25% 20% 25% 24% -18%
Solvabilidade 33% 24% 33% 32% -23%
Endividamento(Passivo/Ativo) 0.75 1.24 -39% 1.32 -6%
Dívida Líquida/EBITDA(nº de anos) 1.5 1.9 -21% 3.1 -38%
Prazo Médio de Recebimentos (dias) 56 75 -25% 47 60%
Prazo Médio de Pagamentos (dias) 54 50 8% 22 127%
Duração média de mercadorias(dias) 26 12 117% 14 -14%
Resultados Financeiros/VN 1.43% 1.56% -9% 1.60% -3%
Nº Médio de Colaboradores 28 27 4% 27 0%
Volume de Negócios/Colaborador 1,239 1,302 -5% 1,286 1%
Rentabilidade(Margem)Bruta V.Negócios 12.2% 9.5% 27% 5.3% 80%
EBITDA / Volume de Negócios 2.9% 2.7% 5% 2.7% 1%
EBIT / Volume de Negócios 2.6% 2.4% 4% 2.5% -2%
Rentabilidade dos Capitais Próprios(ROE) 6.2% 6.1% 1% 7.3% -16%
(Valores em milhares de euros)
enquadramento macro-económico
ENQUADRAMENTO INTERNACIONALAs perspetivas para a economia mundial durante o ano de 2014 foram sendo revistas em baixa, principalmente devido ao desempenho das economias emergentes. As últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), apontam para um crescimento do PIB mundial de 3,3%, valor inferior ao previsto um ano antes (3,6%). A aceleração das economias avançadas (de 1,4% em 2013 para 1,8% em 2014) deverá ser compensada por uma desaceleração nas economias emergentes e em desenvolvimento (de 4,7% para 4,4%), cujas perspetivas foram sucessivamente revistas em baixa (em particular no Brasil e na Rússia). Nas economias avançadas, a recuperação assenta na consolidação do crescimento dos Estados Unidos (2,2%), no forte desempenho do Reino Unido (de 1,7% para 3,2%) e ainda na ténue retoma da área do euro (de -0,4% para 0,8%).
As sucessivas previsões incorporaram a materialização de vários riscos, parcialmente compensados por desenvolvimentos positivos. Nas economias emergentes e em desenvolvimento, destaque para a tendência de abrandamento do crescimento (caso da China) e para as tensões geopolíticas com a Rússia. Nas economias avançadas, assistiu- -se à redução da inflação (na área do euro para valores próximos de zero) e a uma recuperação económica abaixo da esperada em vários países (sendo França e Itália os casos mais relevantes). Estes desenvolvimentos foram parcialmente contrabalançados, assumindo maior importância os fatores com impacto positivo na Europa: a acentuação da política monetária expansionista na área do euro, a evolução favorável dos mercados de dívida soberana e, nos últimos meses do ano, a acentuação da diminuição do preço do petróleo e da cotação do euro em dólares.
Esta evolução tem tornado as exportações portuguesas mais dependentes dos destinos europeus, revertendo parcialmente a diversificação verificada nos últimos anos. As perspetivas dos principais destinos de exportação seguem, em linha geral, o panorama internacional. Por um lado, é patente a desaceleração das economias emergentes e em desenvolvimento, com destaque para Angola (quarto maior destino das exportações portuguesas), o que ajuda a explicar a desaceleração das exportações (em 2012 e 2013 o contributo de países fora da União Europeia para o crescimento das exportações de bens foi de 90% e 45%, respetivamente). Por outro lado, as economias europeias têm confirmado a perspetiva de recuperação, embora com desempenhos mistos: em Espanha e no Reino Unido (primeiro e quinto maiores destinos) espera-se uma recuperação acima do inicialmente previsto; na Alemanha (segundo maior) prevê-se uma ténue aceleração do crescimento; para França (terceiro maior) perspetiva-se um crescimento próximo de zero. Por consequência, em 2014 as exportações portuguesas dependeram mais da expansão do comércio intracomunitário, o que revela a necessidade de aprofundar a diversificação de destinos verificada nos últimos anos.
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DESENVOLVIMENTOS DA ECONOMIA PORTUGUESAA economia portuguesa foi também afetada por acontecimentos relevantes a nível nacional. Importa destacar que, em maio, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar. No mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou três normas do OE/2014, apenas parcialmente substituídas em setembro. Em agosto foi decidida a resolução do Banco Espírito Santo e em setembro foi anunciado o aumento da remuneração mínima mensal garantida (de 485€ mensais para 505€). De realçar ainda a melhoria das condições de financiamento do Tesouro, com sucessivas emissões de dívida a taxas de juro mais baixas e a prazos mais alargados, registando- -se a transação de obrigações em mercado secundário a taxas de juro historicamente baixas.
As previsões para 2014 seguiram a tendência das economias avançadas, com uma revisão em alta no início do ano, parcialmente revertida no segundo semestre. No início do ano, as previsões (Gráfico 1) incorporaram o efeito positivo do crescimento acima do esperado em 2013. No entanto, alguns sinais negativos surgidos durante os dois primeiros trimestres de 2014, principalmente no que diz respeito ao abrandamento das exportações, resultaram na revisão em baixa das previsões no segundo semestre. Em simultâneo, a composição do crescimento foi alterada. A procura interna passou a ser o motor de crescimento em 2014, com uma recuperação mais forte do consumo privado e do investimento, a par de uma redução do contributo da procura externa líquida, dada a expectativa de desaceleração das exportações e de aceleração das importações.
O mercado de trabalho continuou a evoluir positivamente, ao nível das remunerações, do emprego e da taxa de desemprego. As remunerações pagas na economia – variável com especial importância para a cobrança de impostos diretos e contribuições sociais – continuaram a crescer em termos homólogos no 3.º trimestre (2,2%), embora a um ritmo inferior ao observado no trimestre anterior. Para esta evolução contribuiu em larga medida a criação de emprego (1,9%), totalizando quatro trimestres consecutivos de crescimento, facto que não ocorria desde meados de 2008. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego continuou a reduzir-se (para 13,1%), atingindo valores anteriores ao quarto trimestre de 2011.
FONTE:
FMI – Wordl Economic Outlook; Comissão Europeia – Economic Forecast; OCDE – Economic Outlook; Banco de Portugal – Bolotim Económico; Ministério das Finanças – OE 2014, DEO 2014 e OE 2015.
PERSPETIVAS PARA 2015O Orçamento do Estado (OE) para 2015, fixou em 2,7 por cento do PIB o objetivo para o défice das administrações públicas na ótica da contabilidade nacional para o próximo ano. De acordo com o mesmo documento, o défice em 2014 deverá situar-se em 4,8 por cento do PIB, tendo subjacente operações de caráter temporário que, segundo o Ministério das Finanças, têm um impacto no sentido do agravamento do défice de 1,1 por cento do PIB. O objetivo para o défice em 2015 agora divulgado situa-se acima do limite de 2,5 por cento do PIB reafirmado no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) de abril passado, mas visa, em qualquer caso, a correção da situação de défice excessivo. Adicionalmente, a sua materialização implicará, pelo terceiro ano consecutivo, a existência de excedente primário, que se prevê aumentar para 2,2 por cento do PIB (após 0,3 por cento em 2014).
No âmbito do OE, a estratégia de consolidação orçamental para 2015 foi revista face ao apresentado no DEO. A reavaliação das medidas de consolidação previstas para 2015 resultou numa composição mais focada na receita, ascendendo o respetivo impacto conjunto a 0,7 por cento do PIB. De entre as medidas introduzidas pelo OE2015 são de destacar, no que se refere à receita:
i) o aumento da Contribuição sobre o Serviço Rodoviário, da Contribuição sobre o Setor Bancário e da Contribuição sobre o Setor Energético; ii) a subida da tributação sobre o tabaco e álcool;iii) o fim da cláusula de salvaguarda em sede de IMI; iv) um novo imposto sobre jogos online; v) a autorização legislativa para a imposição de uma nova taxa sobre a indústria farmacêutica.
Adicionalmente, haverá também um efeito carry-over do aumento das contribuições dos beneficiários da ADSE introduzido em meados de 2014. Na globalidade, estima-se que o impacto destas medidas sobre o saldo orçamental ascenda a 0,4 por cento do PIB. De salientar, ainda, que foram apresentadas também em outubro passado a Reforma do IRS e a Reforma da Tributação Verde, cujos impactos sobre o défice de 2015 se antecipava à partida serem de pequena magnitude e se compensassem. No caso da despesa, para além dos efeitos adversos sobre o défice relativos ao fim da Contribuição Extraordinária de Solidariedade e à reversão do corte salarial, refira-se a continuação da diminuição do número de funcionários públicos, o estabelecimento de um limite máximo para a atribuição de prestações sociais não contributivas e a introdução de uma contribuição sobre as pensões de montante mais elevado. Note-se, ainda, que o OE2015 inclui um conjunto de medidas de caráter temporário relativas a receitas de concessões cujo impacto ascende a 0,1 por cento do PIB.
De acordo com as estimativas de contas das administrações públicas na ótica da contabilidade nacional apresentadas no OE2015, a redução do défice orçamental prevista para 2015 resulta sobretudo dos desenvolvimentos do lado da despesa (Quadro 1). No caso da receita total, as estimativas apresentadas no Relatório do OE apontam para um crescimento de 3,2 por cento, aumentando-se ligeiramente
o seu peso no PIB (para 44,6 por cento). Este crescimento decorre em larga medida do aumento da receita de impostos sobre a produção e a importação (7,9 por cento), uma vez que para a receita dos impostos sobre o rendimento e património está previsto um crescimento de 2,5 por cento. Dada a evolução das bases macroeconómicas e as medidas consideradas, os valores apresentados apontam para a inclusão na projeção de ganhos adicionais relativos à eficácia da administração fiscal. No que se refere à despesa total, a estimativa incluída no Relatório do OE aponta para uma redução de 1,1 por cento, prevendo-se a diminuição significativa do peso desta rubrica no PIB para 47,3 por cento. Este resultado está afetado pelo efeito-base associado ao registo em 2014 da dívida da STCP e da Carris e da assunção de perdas do BPN Crédito (corrigindo este efeito, a taxa de variação da despesa total cifrar-se-ia em 0,3 por cento). Quanto às principais componentes da despesa, é de destacar a diminuição em 3,1 por cento das despesas com pessoal e os aumentos em 1,5 por cento das prestações sociais e em 3,6 por cento dos consumos intermédios, apesar de ser identificado no Relatório do OE um montante muito significativo de poupanças orçamentais nesta última rubrica.
PRINCIPAIS INDICADORES ORÇAMENTAIS NA ÓTICA DA CONTABILIDADE NACIONAL
2014 2015Var.
2014/2015%
Receita total 44,5 44,6 3,2da qual:
Impostos sobre o rendimento e património
10,8 10,7 2,5
Impostosobre a produção e a importação
13,9 14,6 7,9
Contribuições sociais 11,8 11,7 1,9
Receitas de capital 1,0 1,0 2,7
Despesa total 49,2 47,3 -1,1da qual:
Prestações sociais 19,5 19,2 1,5
Despesas com pessoal 11 10,9 -3,1
Consumo intermédio 5,8 5,8 3,6
Juros 5,0 4,9 1,1
Investimentos 2,4 2,4 1,8
Saldo Total -4,8 -2,7 -
Saldo Primário 0,3 2,2 -
Dívida Pública (conceito Maastricht) 127,2 123,7 -
FONTE: Ministério das Finanças
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Segundo as estimativas apresentadas no OE2015, a atividade económica deverá contribuir em 0,8 p.p. do PIB para a melhoria do saldo orçamental no próximo ano. Uma vez que o peso da despesa em juros no PIB deverá diminuir ligeiramente, e tendo em conta o impacto de medidas de caráter temporário atrás mencionado, o orçamento prevê que o saldo primário estrutural apresente em 2015 uma variação nula. Relativamente à estimativa para a variação do saldo total estrutural, a mesma situa-se em 0,1 p.p. do PIB, o que, a confirmar-se, ficará aquém do esforço mínimo de 0,5 p.p. do PIB exigido no âmbito dos compromissos europeus.
No que se refere ao rácio da dívida pública, as projeções incluídas no OE2015 apontam para que este venha a situar-se em 123,7 por cento do PIB no final de 2015, diminuindo 3,5 p.p. face à estimativa para o final de 2014 (Quadro 1). Esta evolução reflete essencialmente o facto de se prever para 2015 um excedente primário de 2,2 por cento do PIB e o impacto de ajustamentos défice-dívida negativos e de magnitude considerável (-2,5 por cento do PIB). De acordo com o Relatório do OE, este impacto deverá estar associado a uma redução de depósitos das administrações públicas e à aquisição líquida de títulos de dívida pública pelo Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Note-se que estes efeitos são parcialmente anulados pelo efeito dinâmico, uma vez que a taxa de juro implícita da dívida deverá ser superior à taxa de crescimento do PIB nominal. A estratégia orçamental para 2015 apresentada no OE tem associados riscos de execução não negligenciáveis. Por um lado, destaca- -se a sensibilidade dos desenvolvimentos orçamentais à incerteza associada ao cenário macroeconómico, sobretudo num contexto em que a previsão de crescimento da receita fiscal incorpora ganhos adicionais de eficácia da administração fiscal.
Por outro lado, as medidas de consolidação do lado da despesa são, à partida, consideradas limitadas. Note-se que, no âmbito da apreciação dos planos orçamentais, a Comissão Europeia convidou as autoridades portuguesas a adotar as medidas de consolidação necessárias para assegurar que o OE2015 cumpre os requisitos do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Neste contexto, é crucial que seja assegurada a continuação do processo de consolidação orçamental em Portugal, de forma a garantir o cumprimento credível dos compromissos assumidos no âmbito do Pacto e a manutenção da trajetória descendente para o rácio da dívida pública.
PEDRO CHORÃOUntitled, 2011Acrylic on canvas, 200 x 250 cm
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novos desafios. o futuro.
INÊS NORTONHabitat IV, 2014Light box in Oak with printed images and wool, 160 x 90 cm
analisesetorial Em termos gerais, os diferentes setores onde a SDT atua deram sinais de retoma e crescimento em 2014 depois de Portugal ter terminado o Programa de ajuda financeira com a Troika. Porém há a realçar que os resultados deste ano ainda são marginalmente positivos esperando- -se que 2015 seja um ano que demonstre uma nova dinâmica de crescimento. Isto significa que na Administração Pública o investimento em 2014 foi muito contido, mas na Área das Telecomunicações, sendo um mercado privado e altamente concorrencial, os operadores registaram crescimentos em 2014, prevendo apresentar resultados líquidos superiores aos registados em anos anteriores.
Em relação ao mercado da Defesa, mantiveram-se em 2014, as dificuldades orçamentais para financiar novos projetos. Os projetos mais relevantes para a SDT foram adiados para o período pós troika ou seja para o horizonte 2015-2020 no pressuposto que a economia portuguesa e os indicadores financeiros tenham um desempenho positivo. Em todo o caso, seguimos com a nossa estratégia de longo prazo no sentido de nos prepararmos para projetos futuros. O mercado da segurança interna teve um desempenho em 2014 abaixo das expectativas. Não foram libertadas verbas pelo Ministério das Finanças que permitissem aos serviços fazerem investimento em novos produtos e tecnologia. Os montantes disponibilizados foram essencialmente usados para gastos correntes. Em todo o caso face aos acontecimentos recentes registados em França e outros países da Europa é de prever que haja um reforço de investimento nos próximos anos na segurança interna sobretudo ligado ao controlo das fronteiras marítimas e terrestres, à circulação de pessoas e à proteção de locais estratégicos tais como portos e aeroportos.
Pelos dados que já estão disponíveis, uma parte dos Fundos Comunitários do Horizonte 2020 serão gastos em projetos que visam o incremento da Segurança Interna.
Ao nível da Segurança Rodoviária mantemo-nos focados em tecnologias de nova geração tanto para o controlo de velocidade baseado em sistema Laser (Lidar) como num conjunto de outros instrumentos que tem por objetivo reduzir a sinistralidade rodoviária.
Em relação ao mercado público das infraestruturas e dos transportes encontrámos dificuldades para identificar oportunidades e concretizar os nossos objetivos porque do ponto de vista político não existem medidas nem verbas para dinamizar estes setores.
O mercado das Telecomunicações continua a ser um dos setores mais resilientes aos efeitos da crise embora o desempenho comercial dos operadores esteja muito abaixo do período antes da crise de 2009. Por um lado existe alguma saturação no mercado tanto no fixo como no móvel e fruto da concorrência, observa-se uma redução de margens nas atividades dos operadores. Como principal acontecimento do ano de 2014 há a registar a situação da Portugal Telecom que a meio do ano
foi abalada pelo aplicação de 900K€ numa empresa do Grupo BES(RioForte) que mais tarde veio a declarar insolvência. No terceiro trimestre do ano a OI tomou a decisão de alienar a Portugal Telecom tendo para o efeito os acionistas aceitado a proposta de compra da Altice por mais de 7.000 M€. Naturalmente que este acontecimento teve uma forte repercussão no mercado na medida em que a Portugal Telecom apenas investiu em 2014 na atividade comercial de captura de novos clientes. Em relação à NOS e Vodafone, ambos lançaram planos de investimento ambiciosos, tanto na expansão da rede fixa de fibra ótica como na modernização das redes existentes para poderem colocar no mercado serviços com mais valor para o cliente final.
Finalmente uma nota em relação aos mercados internacionais. Os mercados Brasileiro e Angolano constituem um enorme desafio não só pela dimensão mas também pelo vasto leque de oportunidades. Presentemente os referidos países estão a dar os primeiros passos para modernização das suas redes fixas e estão a ser lançadas as primeiras redes FTTH de nova geração com alguma escala. A este respeito consideramos que é possível exportar o conhecimento e tecnologia aplicada em Portugal fazendo os devidos ajustes para a realidade de cada país.
atividadedo grupoDurante o ano de 2014, a empresa investiu significativamente no mercado das Telecomunicações procurando manter a liderança nos setores onde somos tradicionalmente fortes ou seja nas tecnologias de Home Networking e equipamentos terminais e nas soluções para redes de acesso seja para operadores de cabo como para as redes de nova geração em fibra ótica. A nossa aposta continua nos projetos de fornecimento de tecnologia e serviços especializados e neste campo ganhámos dois projetos significativos, um na Vodafone e outro na NOS, que nos devem assegurar perspetivas interessantes num horizonte a três anos. No Brasil a nossa aposta em 2014 consistiu em diversificar a nossa base de clientes e estamos confiantes na medida em que estamos prestes a fechar um projeto de grande dimensão com um operador de referência. Em África estamos a apoiar os nossos clientes para novos desafios nomeadamente no fornecimento de produtos e serviços que serão usados para construir redes de fibra ótica FTTH. Investimos também em projetos em Cabo Verde para os quais esperamos resultados comerciais em 2015.
No sector da Defesa prosseguimos a nossa estratégia de nos posicionar para um conjunto de projetos previstos na Lei de Programação Militar. Trata-se de oportunidades em áreas muito diversas desde veículos blindados, sistemas de comando e controle, comunicações, até modernização de sistemas de armas os ramos das Forças Armadas. Os projetos em que estamos envolvidos têm dimensão e a nossa oferta tem características e mais-valias muito diferenciadoras.
Em termos de sistemas de segurança mantemos a nossa aposta nos segmentos de segurança rodoviária e segurança costeira e de fronteira.
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Durante o ano de 2014 preparámos as bases para estarmos bem posicionados em projetos que se vão realizar no horizonte 2014-2020 graças ao apoio de financiamento do QREN.
Nos setores de energia desenvolvemos um projeto de telecomunicações para as energias renováveis especificamente para as Plataformas Eólicas Offshore. Trata-se de um projeto a médio prazo em que esperamos resultados comerciais em 2016.
resultadosA SDT electrónica apresenta no final do exercício de 2014 um resultado positivo antes de impostos (RAI) no valor de 380.162,83 Euros (Trezentos e Oitenta Mil Cento e Sessenta e Dois Euros e Oitenta e Três Cêntimos) e um resultado líquido positivo (RL) de 198.416,83 Euros (Cento e Noventa e Oito Mil Quatrocentos e Dezasseis Euros e Oitenta e Três Cêntimos).
Os resultados apresentados estão em linha com os objetivos traçados no início do ano. Em relação ao volume de negócios conseguimos manter um valor muito semelhante ao do ano anterior( -1%) justificado em grande parte pelo fato de, por indisponibilidade de um cliente algumas encomendas terem sido apenas entregues logo nos primeiros dias de Janeiro de 2015.
É importante realçar que a empresa continua a realizar um esforço significativo a nível da internacionalização, essencialmente em Africa e América do Sul, para assegurar um retorno a médio prazo.
Quanto aos resultados operacionais (EBIT), o valor apurado é de 875.426,75 Euros (Oitocentos e Setenta e Cinco Mil Quatrocentos e Vinte e Seis Euros e Setenta e Cinco Cêntimos).
Em relação aos resultados financeiros, apresentam um valor negativo de 495.263,92 Euros (Quatrocentos e Noventa e Cinco Mil Euros Duzentos e Sessenta e Três Euros e Noventa e Dois Cêntimos) ou seja 1,43% do nosso Volume de Negócios, melhor do que foi registado em 2013 (1,56%).
Os compromissos com o Estado e outros entes públicos têm sido cumpridos nos termos e prazos estabelecidos por lei.
proposta de aplicação de resultadosDe acordo com o disposto nos Estatutos da empresa e demais Legislação aplicável, o Conselho de Administração irá propor em Assembleia Geral de Acionistas que o resultado líquido positivo de 198.416,83 Euros (Cento e Noventa e Oito Mil Quatrocentos e Dezasseis Euros e Oitenta e Três Cêntimos), seja transferido na sua totalidade para Resultados Transitados.
ROSÁRIO REBELLO DE ANDRADESun, 2013Graphite and Acrylic Paint on Arches Paper, 80 x 61cm
ANA VELEZA percepção requer participação [RA2 3], 2012Mixed media (acrylic and graphite powder) on paper, 113 x 300 cm
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novo rumo. o futuro.
R&C 2014 | 23
R&C 2014 | 25
JACAnother Domestic Day, 2015Mixed media on canvas, 160 x 250 cm
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soluções estratégicas. o futuro.
balanço (individual ou consolidado)
ATIVO Notas 2014 2013
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangíveis 5 1.120.683 1.141.927
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 6 121.122 221.039
Outros ativos financeiros 7 567.648 989.463
1.809.453 2.352.429
ATIVO CORRENTE
Inventários 8 2.208.909 1.035.435
Clientes 13 6.575.082 8.914.160
Adiantamentos a fornecedores 10 361.298 59.367
Estado e outros entes públicos 18 99.978 117.157
Outras contas a receber 13 1.377.490 351.959
Diferimentos 15 65.656 68.675
Caixa e depósitos bancários 4 512.992 2.159.007
11.201.405 12.705.760
TOTAL DO ATIVO 13.010.858 15.058.189
(Montantes expressos em Euros)
R&C 2014 | 29
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2014 2013
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado 300.000 300.000
Outros instrumentos de capital próprio 540.075 540.075
Reservas legais 72.361 72.361
Resultados transitados 1.626.744 1.446.502
Ajustamentos em ativos financeiros - (28.993)
Excedentes de revalorização 452.311 451.189
Outras variações no capital próprio - (9.956)
Resultado líquido do período 198.417 180.242
Total do Capital Próprio 3.189.909 2.951.420
PASSIVOPassivo não corrente
Provisões 14 115.048 -
Financiamentos obtidos 16 1.469.366 2.982.533
Passivos por impostos diferidos 12 57.158 58.281
1.641.572 3.040.814
Passivo corrente
Fornecedores 17 5.863.086 5.602.766
Estado e outros entes públicos 18 863.897 1.668.735
Financiamentos obtidos 16 554.045 1.016.456
Outras contas a pagar 17 835.142 717.998
Diferimentos 19 63.207 60.000
8.179.377 9.065.955
Total do Passivo 9.820.949 12.106.769
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 13.010.858 15.058.189
(Montantes expressos em Euros)
demonstração de resultados por naturezas (individual / consolidada)
RENDIMENTOS E GASTOS Notas 2014 2013
Vendas e serviços prestados 9 34.702.970 35.160.064
Subsídios à exploração - - -
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
6 (144.453) (74.424)
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - (30.483.534) (31.805.379)
Fornecimentos e serviços externos 20 (1.483.711) (1.208.500)
Gastos com o pessoal 21 (981.433) (971.828)
Imparidade de inventários (perdas/reversões) - (31.343) 36.525
Aumentos/reduções de justo valor (6.287) 46.678
Outros rendimentos e ganhos 23.1 155.101 231.793
Outros gastos e perdas 23.2 (728.021) (451.109)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA) 999.289 963.820
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 5.1 (123.862) (102.330)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (EBIT) 875.427 861.490
Juros e rendimentos similares obtidos 55.042 67.207
Juros e gastos similares suportados (550.306) (617.114)
Resultado antes de impostos (EBT) 380.163 311.583
Imposto sobre o rendimento do período 11 (181.746) (131.341)
Resultado líquido do período 198.417 180.242
Resultado das atividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado líquido do período - -
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO ATRIBUÍVEL A: (-)
Detentores do capital da empresa-mãe - -
Interesses minoritários - -
Resultado por ação básico 3,47 3,00
(-) Esta informação apenas será fornecida no caso de contas consolidadas
(Montantes expressos em Euros)
R&C 2014 | 31
Notas Capital realizado
Outros instrumentos
de capital próprio
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Ajustamentos em ativos
financeiros
Excedentes de
revalorização
Outras variações no capital
próprio
Resultado líquido do período
Total do Capital Próprio
POSIÇÃO EM 01-01-2013 1 300.000 540.075 62.203 - 1.253.495 (9.849) 449.975 - 203.165 2.799.064
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adoção de novo referencial contabilístico
Alterações de políticas contabilísticas -
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
-
Realização do excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis
-
Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis e respectivas variações
-
Ajustamentos por impostos diferidos -
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
10.158 193.007 (19.144) 1.214 (9.956) (203.165) (27.886)
2 - - 10.158 - 193.007 (19.144) 1.214 (9.956) (203.165) (27.886)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 180.242 180.242
RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 (22.923) 152.356
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO
Realizações de capital -
Realizações de prémios de emissão -
Distribuições -
Entradas para cobertura de perdas -
Outras operações -
5 - - - - - - - - - -
POSIÇÃO NO FIM DE 31-12-2012 6=1+2+3+5 300.000 540.075 72.361 - 1.446.502 (28.993) 451.189 (9.956) 180.242 2.951.420
(Montantes expressos em Euros)demonstração das alterações no capital próprio de 2013
demonstração das alterações no capital próprio de 2014
Notas Capital realizado
Outros instrumentos
de capital próprio
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Ajustamentos em ativos
financeiros
Excedentes de
revalorização
Outras variações no capital
próprio
Resultado líquido do período
Total do Capital Próprio
POSIÇÃO EM 01-01-2014 6 300.000 540.075 72.361 - 1.446.502 (28.993) 451.189 (9.956) 180.242 2.951.420
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adoção de novo referencial contabilístico
Alterações de políticas contabilísticas -
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
-
Realização do excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis
-
Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis e respetivas variações
-
Ajustamentos por impostos diferidos -
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
180.242 28.993 1.123
-(180.242) 30.116
7 - - - - 180.242 - 1.123 - (180.242) 30.116
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 8 208.373 208.373
RESULTADO INTEGRAL 9=7+8 28.131 238.489
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO
Realizações de capital -
Realizações de prémios de emissão -
Distribuições -
Entradas para cobertura de perdas -
Outras operações -
10 - - - - - - - - - -
POSIÇÃO NO FIM DE 31-12-2013 11=6+7+8+10 300.000 540.075 72.361 - 1.626.744 - 452.312 (9.956) 208.373 3.189.909
Montantes expressos em Euros
R&C 2014 | 33
demonstração de fluxos de caixa Montantes expressos em Euros
Notas 2014 2013
Fluxos de caixa das atividades operacionais método direto
Recebimentos de clientes 29.401.060 25.581.315
Pagamentos a fornecedores (32.715.099) (29.046.835)
Pagamentos ao pessoal (981.433) (936.783)
Caixa gerada pelas operações (4.295.472) (4.402.303)
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (118.419) (123.932)
Outros recebimentos/pagamentos 4.659.587 6.319.109
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 245.696 1.792.874
Fluxos de caixa das atividades de investimentoPagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis - 175.121)
Investimentos financeiros - (233.200)
Outros ativos - -
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 21.244 -
Ativos intangíveis - -
Investimentos financeiros 529.813 50.573
Outros ativos - -
Subsídios ao investimento - -
Juros e rendimentos similares 55.042 67.207
Dividendos - -
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) 606.099 (57.341)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos - -
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
Cobertura de prejuízos - -
Doações - -
Outras operações de financiamento 30.116 -
Notas 2014 2013
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (1.975.579) (888.403)
Juros e gastos similares (552.347) (619.134)
Dividendos - -
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
Outras operações de financiamento - (29.101)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (2.497.809) (1.536.638)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) (1.646.015) 198.895
Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 2.159.007 1.960.112
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 512.992 2.159.007
demonstração de fluxos de caixa Montantes expressos em Euros
e de Relato Financeiro (NCRF) previstas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC) aprovado pelo Decreto-lei n.º 158/2009 de 13 de Julho com as retificações da Declaração de Retificação n.º 67-B/2009 de 11 de Setembro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 20/2010 de 23 de Agosto.
2.2 - Não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que tenham tido efeitos nas demonstrações financeiras e na imagem verdadeira e apropriada do ativo, passivo e dos resultados da entidade.
2.3 - O conteúdo das contas das demonstrações financeiras é comparável com o do ano anterior.
2.4 - A entidade adotou as NCRF pela primeira vez em 2010 aplicando para o efeito a “NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro”, desta forma a entidade preparou o balanço de abertura a 1 de Janeiro de 2010, considerando as isenções e/ou proibições de aplicação retrospetiva previstas na NCRF 3.
anexo às demonstraçõesfinanceiras31 DE DEZEMBRO DE 2014
NOTA INTRODUTÓRIA
NOTA 1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADEA SDT electrónica SA é uma sociedade anónima, constituída em 15/12/1978, com sede em Rua Rodrigo da Fonseca nº103-1º - 1099-074 Lisboa e tem como atividade principal a comercialização de equipamentos eletrónicos, de telecomunicações e de segurança.
Tem como outras atividades a prestação de serviços de engenharia e técnicas afins.
O capital social é representado por 60.000 ações com valor nominal de cinco euros encontrando-se realizado na totalidade.
NOTA 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1 - As demonstrações financeiras anexas foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Entidade e de acordo com as Normas Contabilísticas
R&C 2014 | 35
NOTA 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas pela Entidade na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:
3.1 – BASES DE APRESENTAÇÃOAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas de acordo com as bases de apresentação das demonstrações financeiras (BADF):
3.1.1. - PRESSUPOSTO DA CONTINUIDADENo âmbito do pressuposto da continuidade, a entidade avaliou a informação de que dispõe e as suas expectativas futuras, tendo em conta a capacidade da entidade prosseguir com o seu negócio. Da avaliação resultou que o negócio tem condições de prosseguir presumindo-se a sua continuidade.
3.1.2. – PRESSUPOSTO DO ACRÉSCIMOOs elementos das demonstrações financeiras são reconhecidos logo que satisfeitas as definições e os critérios de reconhecimento de acordo com a estrutura concetual, independentemente do momento do pagamento ou do recebimento.
3.1.3.- CONSISTÊNCIA DE APRESENTAÇÃOA apresentação e classificação de itens nas demonstrações financeiras está consistente de um período para o outro.
3.1.4. - MATERIALIDADE E AGREGAÇÃOA materialidade depende da dimensão e da natureza da omissão ou do erro, ajuizados nas circunstâncias que os rodeiam. Considera-se que as omissões ou declarações incorretas de itens são materialmente relevantes se puderem, individual ou coletivamente, influenciar as decisões económicas tomadas por parte dos utentes com base nas demonstrações financeiras. Um item que não seja materialmente relevante para justificar a sua apresentação separada na face das demonstrações financeiras pode porém ser materialmente relevante para que seja apresentado separadamente nas notas do presente anexo.
3.1.5. - COMPENSAÇÃOOs ativos e os passivos, os rendimentos e os gastos, não são compensados exceto quando tal for exigido ou permitido por uma NCRF. Assim, o rédito deve ser mensurado tomando em consideração a quantia de quaisquer descontos comerciais e abatimentos de volume concedidos pela Entidade.
3.1.6. - INFORMAÇÃO COMPARATIVAA informação está comparativa com respeito ao período anterior para todas as quantias relatadas nas demonstrações financeiras. A informação comparativa foi incluída para a informação narrativa e descritiva quando é relevante para uma compreensão das demonstrações financeiras do período corrente, a menos que uma NCRF o permita ou exija de outra forma.
3.2.– POLÍTICAS DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO3.2.1.– ACTIVOS FIXOS TANGÍVEISOs ativos fixos tangíveis são inicialmente registados ao custo de aquisição ou produção, o qual inclui o custo de compra, quaisquer
custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida.
Qualquer aumento resultante das revalorizações é registado no capital próprio como excedente de revalorização.
Os ativos fixos tangíveis são apresentados pelo respetivo valor líquido de depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
Os ativos fixos tangíveis são depreciados em duodécimos durante as vidas úteis estimadas:
Edifícios e outras construções - 50 anosEquipamento básico - 4 a 10 anosEquipamento de transporte - 4 anosEquipamento administrativo - 4 a 8 anosOutros ativos fixos tangíveis - 8 anos
3.2.2. – PARTICIPAÇÕES FINANCEIRASOs investimentos em subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas são reconhecidos pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com este método, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte da Entidade nos ativos líquidos das correspondentes empresas. Os resultados da Entidade incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas empresas.
3.2.3. – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOO imposto sobre o rendimento do período corresponde à soma do imposto corrente e diferido. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio, nestes casos os impostos diferidos são igualmente registados nas respetivas rubricas do capital próprio.
O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em outros períodos, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e dos passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.
Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente aprovadas na data de relato.
NOTA 5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
5.1 Movimentos ocorridos no períodoDurante os períodos findos em 31/12/2013 e em 31/12/2014, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:
3.2.4. – INVENTÁRIOSAs mercadorias encontram-se valorizadas ao custo de aquisição. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento.
O método de custeio dos inventários adotado pela Entidade consiste no “custo médio ponderado”.
3.2.5. – RECONHECIMENTO DO RÉDITOO rédito compreende o justo valor da contraprestação recebida ou a receber pela prestação de serviços decorrentes da atividade normal da entidade. O rédito é reconhecido líquido do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), abatimentos e descontos.
3.2.6. – PROVISÕESSão reconhecidas provisões apenas quando a entidade tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum acontecimento passado, e seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor estimativa a essa data.
3.2.7. – TRANSACÇÕES E SALDOS EM MOEDA ESTRANGEIRAAs demonstrações financeiras da e entidade são apresentadas em euros, sendo o euro a moeda funcional e de apresentação.
As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da entidade) são registadas às taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data.
NOTA 4. FLUXOS DE CAIXA
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes.
A caixa e seus equivalentes em 31/12/2014 e 31/12/2013 detalha-se conforme se segue:
2014 2013
Numerário 15.334 12.023
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
416.658 397.338
Aplicações de tesouraria 81.000 1.749.646
512.992 2.159.007
R&C 2014 | 37
2013Terrenos
e recursos naturais
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis TOTAL
Activos
Saldo inicial 166.725 719.707 172.585 117.318 549.284 223.729 - 1.949.348
Aquisições 14.080 17.378 7.206 38.664
Alienações -
Transferências -
Revalorizações (Nota 5.2) 238.787 238.787
Outras variações -
Saldo final 166.725 958.494 186.665 134.696 556.490 223.729 - 2.226.799
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial - 21.032 151.928 89.878 497.180 222.524 982.542
Amortizações do exercício 54.729 12.994 21.026 12.331 1.250 102.330
Perdas por imparidade do exercício -
Reversões de perdas por imparidade -
Alienações -
Transferências -
Abates -
Outras variações -
Saldo final - 75.761 164.922 110.904 509.511 223.774 - 1.084.872
Ativos líquidos 166.725 882.733 21.743 23.792 46.979 (45) - 1.141.927
Montantes expressos em Euros
2014Terrenos
e recursos naturais
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis TOTAL
Activos
Saldo inicial 166.725 958.494 186.665 134.696 556.490 223.729 - 2.226.799
Aquisições 49.926 42.651 10.041 102.618
Alienações -
Transferências -
Revalorizações (Nota 5.2) -
Outras variações -
Saldo final 166.725 958.494 236.591 177.347 566.531 223.729 - 2.329.417
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial - 75.761 164.922 110.904 509.511 223.774 - 1.084.872
Amortizações do exercício 62.151 37.150 13.185 11.301 75 123.862
Perdas por imparidade do exercício -
Reversões de perdas por imparidade -
Alienações 120 (120) -
Transferências -
Abates -
Outras variações -
Saldo final 166.725 820.582 34.519 53.258 45.599 - - 1.120.683
5.2. Revalorizações
2014 2013
Custo históricoExcedente
revalorizaçãoValor
revalorizadoCusto histórico
Excedenterevalorização
Valor revalorizado
Terrenos e recursos naturais 82.302 84.423 166.725 82.302 84.423 166.725
Edifícios e outras construções 283.568 453.147 736.715 283.568 453.147 736.715
365.870 537.570 903.440 365.870 537.570 903.440
2014
Sede Ativo PassivoCapital próprio
Total de rendimen-
tos
Resultado líquido
% detidaProporção no
resultado
Subsidiárias:
SDT Eletrônica Brasil Ltda Recife 780.273 933.359 (153.086) 860.124 (151.623) 95% (144.042)
SDT TIC Lisboa - - - - (411) 100% (411)
(144.453)
2013
Sede Ativo PassivoCapital próprio
Total de rendimen-
tos
Resultado líquido
% detidaProporção no
resultado
Subsidiárias:
SDT Eletrônica Brasil Ltda Recife 26.357 27.038 (681) - (77.378) 95% (73.510)
SDT TIC Lisboa 99.917 - 99.917 - (914) 100% (914)
(74.424)
Excedente derevalorização
Saldo no início do período 903.440
Revalorizações do período
Amortizações e imparidades 162.440
Alienações e abates
Outros movimentos
Saldo no final do período 741.000
NOTA 6. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM SUBSIDIÁRIAS
A SDT TIC encerrou a sua atividade em 4 de Novembro de 2014
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
R&C 2014 | 39
Em 2014 está considerado o valor de 194.753€ de existências em poder de terceiros. Também em 2014 foi aplicado o justo valor a algumas existências tendo daí resultado uma perda por imparidade de 32.851€.
NOTA 7. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM SUBSIDIÁRIAS
NOTA 8. INVENTÁRIOS.
NOTA 9. RÉDITO.
As vendas de Mercadorias e as Prestações de Serviços reconhecidas em 31/12/2014 e em 31/12/2013 têm o seguinte detalhe:
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
2014 2013
Não correntes:
Obrigações Metro do Porto - 625.000
Obrigações CGD 100.000 100.000
Obrigações Santander 200.000 200.000
Ações Lisgarante (PME Crescimento) 15.000 15.000
Ações Banco Popular - 9.968
Ações Banif 29.812 12.361
Unidades de Participação Montepio 27.134 27.134
Fundo Investimento JPMorgan_Global 195.396 -
Fundo Compensação Trabalho 307 -
567.649 989.463
Correntes:
567.649 989.463
2014 2013
Montantebruto
Perdas porimparidade
Montantelíquido
Montantebruto
Perdas porimparidade
Montantelíquido
Mercadorias 2.241.760 (32.851) 2.208.909 1.035.435 - 1.035.435
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
Produtos e trabalhos em curso
Adiantamentos por conta de compras
2.241.760 (32.851) 2.208.909 1.035.435 - 1.035.435
2014 2015
Venda de mercadorias 34.288.113 34.214.938
Prestação de serviços 414.857 945.126
34.702.970 35.160.064
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
NOTA 10. ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES
NOTA 11. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
2014 2013
Changzhou Dahua Imp. & Exp. 11.243 29.772
Sichuan Digital Telemedia - 6.816
Fibermint Telecom Equipment - 10.575
Syntech Technology Limited 95.581 -
Hing Lung Technology Company 190.470 -
Tatung Technology Inc. 33.071 -
Outros 30.933 12.204
361.298 59.367
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Entidade dos anos de 2010 ao atual poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras de 2011 a 2014.
Em 2014 foi criado um escalão para PME de 15% até 17K€O que exceder 17K€ incide a taxa de 23%Em 2013 a taxa foi de 25%
2014 2015
Resultado antes de impostos 380.163 311.584
Taxa efetiva de imposto 48% 42,2%
Taxa nominal de imposto 15%/23% 25%
Gastos não aceites fiscalmente 217.624 98.987
Benefícios Fiscais (Quotizações) (1.184) (2.289)
Lucro Tributável 596.603 408.282
Coleta 136.319 102.070
Benefícios Fiscais (CFEI) - (4.257)
Tributações Autónomas 36.478 27.404
Derrama 8.949 6.124
Imposto sobre o rendimento (IRC) 181.746 131.341
R&C 2014 | 41
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
NOTA 12. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
NOTA 13. CONTAS A RECEBER
NOTA 14. PROVISÕES
Ativos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos
2014 2013 2014 2013
Revalorização Imóvel Rua Rodrigo da Fonseca, 103-3º
- - 57.158 58.281
- - 57.158 58.281
Esta provisão foi constituída na sua totalidade para servir de contrapartida a parte do resultado líquido negativo registado na nossa filial SDT eletrônica Brasil Ltda.
2014 2013
Montantebruto
Imparidadeacumulada
Montantelíquido
Montantebruto
Imparidadeacumulada
Montantelíquido
Não Correntes:
Clientes 189.542 (189.542) - 189.542 (189.542) -
Outras contas a receber - - - - - -
Empresas do grupo - - - - - -
Dev. por acresc. rendimentos - - - - - -
Diversos - - - - - -
189.542 (189.542) - 189.542 (189.542) -
Correntes:
Clientes 6.575.082 6.575.082 8.914.160 8.914.160
Outras contas a receber - - - - - -
Empresas do grupo 836.465 - 836.465 68.324 - 68.324
Dev. por acresc. rendimentos 470.033 - 470.033 226.354 - 226.354
Diversos 70.992 - 70.992 57.281 - 57.281
7.952.572 - 7.952.572 9.266.119 - 9.266.119
8.142.114 (189.542) 7.952.572 9.455.661 (189.542) 9.266.119
2014 2013
Saldo inicial
Aumentos Reversões Saldo finalSaldo inicial
Aumentos Reversões Saldo final
Outras provisões - 115.048 - 115.048 - - - -
115.048 - 115.048 - - - -
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
NOTA 15. DIFERIMENTOS ATIVOS
NOTA 17. CONTAS A PAGAR
NOTA 16. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
2014 2013
Rendas 5.578 4.621
Seguros 20.880 28.719
Transportes 15.397 26.419
Outros Gastos Diferidos 23.801 8.916
65.656 68.675
2014 2013
Fornecedores:
Fornecedores, conta corrente 5.863.086 5.602.766
Fornecedores, títulos a pagar - -
Fornecedores, fat. em receção e conferência - -
5.863.086 5.602.766
Outros passivos financeiros:
Empresas do Grupo 162.560 387.860
Remunerações a Liquidar 116.543 106.460
Juros a Liquidar 11.342 28.008
Credores Diversos 25.316 96.576
Estimativos custos de projetos em curso 362.021 -
Outros Acréscimos de Custos 157.360 99.094
835.142 717.998
6.698.228 6.320.764
2014 2013
Montante utilizado Montante utilizado
Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Empréstimos bancários:
Contas caucionadas 224.731 - 25.000 -
Empréstimos mútuo - 491.124 - 1.725.072
Empréstimos indexados a obrigações CGD e Santander - 190.000 - -
Linhas financiamento à importação 329.314 991.456 -
PME crescimento - 788.242 1.257.461
554.045 1.469.366 1.016.456 2.982.533
R&C 2014 | 43
2014 2013
Ativo Não ativo Ativo Não ativo
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas:
Pagamentos por conta 85.898 - 79.145 -
Estimativa de imposto - 181.746 4.257 135.599
Retenção na fonte 14.080 36.738 33.755 20.238
Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares:
Imposto sobre o valor acrescentado - 611.664 - 1.483.046
Contribuições para a segurança social - 33.749 - 29.853
Outros impostos - - - -
99.978 863.897 117.157 1.668.736
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
NOTA 18. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
NOTA 19. DIFERIMENTOS PASSIVOS
NOTA 19. DIFERIMENTOS PASSIVOS
2014 2013
Subcontratos 34.135 37.301
Trabalhos Especializados 622.911 589.658
Rendas e Alugueres 191.785 155.329
Honorários 11.708 33.598
Transporte de Mercadorias 99.152 48.083
Deslocações e Estadas 194.558 127.022
Combustíveis e Outros Fluidos 41.725 49.478
Ferramentas e Utensílios 16.914 19.004
Comunicação 28.963 25.797
Comissões 102.420 -
Conservação e Reparação 41.453 31.368
Eletricidade 15.476 15.120
Seguros 17.477 18.266
Material de Escritório 10.164 12.452
Despesas de Representação 485 3.644
Outros Serviços/Diversos 54.385 42.380
1.483.711 1.208.500
2014 2013
Faturação Antecipada 63.207 60.000
63.207 60.000
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
NOTA 20. HONORÁRIOS FATURADOS
NOTA 21. GASTOS COM O PESSOAL
NOTA 22. RESULTADOS FINANCEIROS
2014 2013
Revisão legal das contas anuais 14.452 15.240
14.452 15.240
2014 2013
Sede 23 22
Delegação Norte 5 5
28 27
2014 2013
Remunerações dos órgãos sociais 42.451 33.301
Remunerações do pessoal 742.549 694.528
Indemnizações 212 74.776
Encargos sobre remunerações 157.624 144.794
Seguros de ac. Trabalho e doenças prof. 21.708 19.464
Gastos de ação social 2.117 2.285
Outros 14.772 2.680
981.433 971.828
Número Médio de Colaboradores
Gastos financeiros
2014 2013
Juros suportados:
Financiamentos bancários 360.109 - 389.770 -
Outros financiamentos - 360.109 - 389.770
Outros gastos de financiamento 190.197 227.343
550.306 617.113
R&C 2014 | 45
Montantes expressos em Euros
Montantes expressos em Euros
NOTA 23. OUTROS23.1 Outros rendimentos e ganhos
23.2 Outros gastos e perdas 23.3 Garantias bancárias
2014 2013
Descontos de pronto pagamento obtidos 6.258 -
Ganhos em inventários - 12.865
Rendimentos e ganhos nos restantes ativos financeiros 66.591 218.199
Correções relativas a exercícios anteriores 80.260 -
Outros 1.992 729
155.101 231.793
2014 2013
Impostos 52.132 52.189
Perdas em inventários 45.631 42.480
Correções relativas a exercícios anteriores 63.608 207
Outros 566.650 356.233
728.021 451.109
2014 2013
Banco Popular (Projeto RF Overlay) - 4 Garantias
145.704 145.704
Banco Popular(Telefónica) - 1 Garantia
30.000 -
Banco Santander( MEO-Smartphones) - 2 Garantias
128.000 128.000
303.704 273.704
Rendimentos financeiros
2014 2013
Juros obtidos:
Depósitos em instituições de crédito 9.612 44.351
Outras aplicações em meios financeiros líquidos 15.813 22.406
Financiamentos concedidos a subsidiárias 27.379 -
Outros 2.238 55.042 450 67.207
Outros rendimentos similares - -
55.042 67.207
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(Raul Lobato)
(Raul Lobato) (Bertrand Bouet)
(Hely Bouet)
JOANA ASTOLFIPor um fio, 2013Mix media
R&C 2014 | 47
sustentabilidade financeira. o futuro.
perspetivasfuturas Em termos macroeconómicos prevê-se que a Zona Euro tenha um desempenho positivo em 2015 sobretudo a nível de crescimento do PIB. Se as taxas de juros se mantiveram baixas, o preço do barril de petróleo entre os 50 e 60 USD e o câmbio Eur/USD aos níveis atuais, é de prever um ano 2015 de crescimento para Portugal. Caso a economia cresça será importante observar-se, visto ser um ano de eleições legislativas, que o governo possa implementar ações de redução de carga fiscal por forma a promover o consumo interno.
Para o setor das telecomunicações prevê-se que o ano 2015 também seja de retoma económica. Os primeiros indicadores de desempenho do ano são positivos. Em termo de investimento os principais operadores seguem com planos de expansão de rede sobretudo ao nível do acesso por fibra ótica. 2015 será um ano de lançamento de novas ofertas de serviço e de produtos inovadores o que irá contribuir para a referida retoma.
Na administração central prevê-se um ano com mais investimento já que existirá mais disponibilidade no Orçamento de Estado e por ser ano de eleições. Além disso com o lançamento do Programa Comunitário Horizonte 2020, serão lançados vários projetos em diversas áreas nomeadamente na Segurança Interna.
O desempenho das nossas atividades no mercado da Defesa irá depender das verbas que foram alocadas para o setor pelo Orçamento de Estado. A Lei de Programação Militar foi apresentada recentemente na Assembleia da Republica embora sendo 2015 ano de eleições legislativas se prevê que a nova estratégia de investimento para o setor transite para o próximo governo.
Especificamente em relação à SDT encaramos 2015 com muito otimismo. Por um lado o volume de encomendas em carteira permite-nos prever que iremos crescer em volume de negócios. No primeiro trimestre de 2015 prevemos faturar 12M€r ou seja com um crescimento de 66% em relação a Q1/2014 (7,2M€ neste período).
No mercado das telecomunicações a SDT permanecerá muito forte nos mercados tradicionais ou seja no Home Networking – equipamentos terminais para o mercado residencial. Para além do mercado grossista (operadores) prevemos também investir no retalho sobretudo com uma oferta de Smartphones com uma marca nova que vamos lançar e que se irá chamar LAIQ. Nas redes de acesso, a SDT conquistou projetos importantes na Vodafone e NOS e que terão forte contribuição nas vendas no período 2015-2018. Finalmente a nível internacional, prevemos um incremento importante nas vendas em Angola com crescimento de 100% e no Brasil estamos fortemente empenhados em assegurar um projeto muito relevante com o maior operador de cabo no Brasil.
A nível interno prosseguimos com os nossos esforços no sentido de tornar a empresa mais flexível, eficiente e competitiva. Vamos iniciar este ano o desenvolvimento da norma ISO9001 com o objetivo de certificação até ao final do ano.
Em termos comerciais, queremos diferenciar-nos pelo nosso sentido de inovação tanto ao nível tecnológico como nos diferentes modelos de negócio que apresentamos ao mercado. Apostamos na capacidade de antecipação das necessidades futuras para propor aos nossos clientes soluções competitivas e tecnologicamente evoluídas.
Em 2015 vamos prosseguir a aposta na nossa estratégia de internacionalização essencialmente no Brasil onde estamos a abordar diversos operadores de telecomunicações mas também em países emergentes da América Latina. Em Africa vamos realizar projetos em Angola e aproveitar esse facto para desenvolver oportunidades de negócio na região.
Estamos focados no desenvolvimento de um plano estratégico de médio prazo que permitirá à empresa continuar a ter um papel importante no mercado em Portugal mas também alargar os seus horizontes para outros mercados que representam um potencial de negócio interessante.
Encaramos o futuro com otimismo mas com a consciência que os mercados são globais e cada vez mais exigentes pelo que é obrigação da empresa trabalhar arduamente para merecer a confiança dos nossos clientes e parceiros.
É nossa missão continuar a projetar a marca SDT como marca de prestígio e de confiança.
Investimos numa gestão rigorosa e profissionalizada dos projetos que nos são confiados. Assumimos o desafio de exceder as expectativas dos nossos clientes. A cultura SDT está orientada em função da satisfação do cliente e dos objetivos dos projetos e estabelecemos como meta a excelência operacional.
Estamos comprometidos em desenvolver dentro da nossa organização iniciativas de liderança, talento e excelência porque temos consciência que desta forma seremos criativos e eficientes para os nossos clientes.
Em termos financeiros o nosso objetivo passa por crescer o nosso volume de negócios mas com a garantia que conseguiremos manter os rácios de gestão e financeiros, demonstrando mais uma vez ao mercado e aos nossos parceiros a sustentabilidade da nossa empresa.
R&C 2014 | 49
ContactosRua Rodrigo da Fonseca Nº 103, 1º 1099-074 Lisboa
Tel: 00 351 213823100Fax: 00 351 213823155
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R&C 2014 | 51
SDT electrónica S.A.