Post on 21-Jan-2019
1
ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI – ENSINO FUNDAMENTAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
2011
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE 23
1.1 Apresentação geral da disciplina 23
1.2 Conteúdos Estruturantes e Específicos 27
1.3 Encaminhamento Metodológico 31
1.4 Avaliação 31
1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS 34
2.1 Apresentação geral da disciplina 34
2.2 Conteúdos 35
2.2.1 Conteúdos Estruturantes 35
2.2.2 Conteúdos Específicos 35
6º ano 36
7º ano 38
8º ano 40
9º ano 43
2.3 Encaminhamento Metodológico 45
2.4 Avaliação 46
2.5 Referências Bibliográficas 47
3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 49
3.1 Apresentação geral da disciplina 49
3.2 Justificativa 52
3.3 Conteúdos 53
3.4 Conteúdos de Educação Física 54
6º ano 54
7º ano 57
8º ano 59
3
9º ano 61
3.5 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes 63
3.6 Encaminhamento Metodológico 69
3.7 Avaliação 70
3.8 Referências Bibliográficas 72
4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO
RELIGIOSO
73
4.1 Apresentação geral da disciplina 73
4.2 Conteúdos 74
4.2.1 Conteúdos Estruturantes 75
4.2.2 Conteúdos Específicos 76
4.3 Encaminhamento Metodológico 76
4.4 Avaliação 77
4.5 Referência Bibliográfica 78
5- PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA 79
5.1 Apresentação geral da disciplina 79
5.2 Conteúdos 82
5.2.1 Conteúdos Estruturantes 82
5.3 Encaminhamento Metodológico 84
5.4 Avaliação 84
5.5 Referências Bibliográficas 86
6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA 87
6.1 Apresentação geral da disciplina 87
6.2 Conteúdos 88
6.3 Encaminhamento Metodológico 100
6.4 Avaliação 101
4
6.5 Referências Bibliográficas 103
7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA
PORTUGUESA
105
7.1 Apresentação geral da disciplina 105
7.2 Conteúdos 108
7.3 Encaminhamento Metodológico 120
7.4 Avaliação 122
7.5 Referências Bibliográficas 123
8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURICULAR DE MATEMÁTICA 124
8.1 Apresentação geral da disciplina 124
8.2 Conteúdos 127
8.3 Conteúdos Estruturantes 128
6º ano 128
7º ano 129
8º ano 130
9º ano 131
8.4 Encaminhamento Metodológico 132
8.5 Avaliação 136
8.6 Referências Bibliográficas 138
9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM -INGLÊS 140
9.1 Apresentação geral da disciplina 140
9.2 Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social 142
9.3 Encaminhamento Metodológico 143
9.4 Avaliação 146
9.5 Referências Bibliográficas 147
10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM – ESPANHOL /
5
CELEM 149
10.1 Apresentação geral da disciplina 149
10.2 Conteúdos 151
10.3 Encaminhamento Metodológico 152
10.4 Avaliação 155
10.5 Referências Bibliográficas 156
11 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
PORTUGUESA - 6º E 9º ANOS
157
11.1 Apresentação Geral da Disciplina 157
11.2 Justificativa 158
11.3 Objetivos 158
11.4 Conteúdos 160
11.4.1 Conteúdos 6º ano 160
11.4.2 Conteúdos 9º ano 162
11.5 Metodologia 164
11.6 Avaliação 165
11.7 Critérios de Participação 166
11.8 Referências 166
12 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA 6º E 9º
ANO
168
12.1 Apresentação Geral da Disciplina 168
12.2 Justificativa 169
12.3 Objetivos 170
12.4 Conteúdos 173
12.4.1 Conteúdos 6º ano 173
12.4.2 Conteúdos 9º ano 173
12.5 Metodologia 173
12.6 Avaliação 175
12.7 Critérios de Participação 176
12.8 Referências 177
6
INTRODUÇÃO
Elaborar a proposta pedagógica da escola requer análise e
reflexão a respeito da função da escola, que pessoas queremos formar,
que sociedade vivemos e qual buscamos. Essas questões, porém, passam
sem dúvida pelo campo pedagógico, na elaboração do Projeto Político
Pedagógico, seleção de conteúdos, metodologia, avaliação, e no próprio
processo de ensino aprendizagem, bem como na gestão democrática e na
garantia de direitos estabelecidos. Assim, analisar o caminho pedagógico
da escola requer compreender o processo de produção e socialização do
saber, o qual é produzido pelo conjunto dos homens e transmitido às
novas gerações através da escola, que tem o papel fundamental de
garantir o acesso ao conhecimento científico bem como, sua apropriação.
Temos uma história de exploração e dominação em que a educação
não foi vista como prioridade, mas como meio de favorecer em cada
momento histórico e político a classe dominante. A escola nasceu para as
elites e continua elitizada, repassando saberes pré-determinados pela
classe dominante, servindo assim como instrumento para doutrinar o
pensamento. No entanto o momento em que a escola ao longo da história
vai ganhando importância e caracteriza-se como a principal forma de
educação ela é usada como um meio de favorecer a um modelo
socioeconômico, atualmente tornando-se paternalista e assumindo
funções que são do Estado.
A escola é hierarquizada, burocrática e excludente, com espaço
físico inadequado, sem autonomia de gestão, com falta de profissionais e
recursos financeiros. Nesse contexto a escola hoje não da conta dos
problemas emergentes, tem-se a vaga, mas não as condições necessárias
para atender a todos com suas diversidades. Acaba por formar o
competidor, o empregado, para a sociedade que está posta, não
cumprindo a sua função de socializar os conhecimentos produzidos.
Nossos educandos são reflexos da sociedade em que vivemos não
possuem conceitos formados, são manipulados pela mídia, tem ideias
estanques e fragmentadas, com dificuldades de refletir sobre o cotidiano,
7
problemas sociais e sua própria realidade.
São filhos de trabalhadores, que em sua maioria possuem o básico
para viver. Todos têm acesso à comunidade, a escola, porém, tem suas
particularidades e diferenças culturais e sociais, o que gera diferentes
expectativas em relação à escola, ou seja, a encaram como um meio de
adquirir conhecimento, ou estar preparado para o trabalho e ainda como
um meio de ter um futuro melhor.
A maioria dos educandos estuda pouco, tem televisão como o
principal meio de informação e como uma das formas de lazer, além de
esportes e música, concentrando nessas atividades seus principais
interesses, enquanto não estão na escola.
Sabemos que “conhecer” é fundamental para o exercício da
cidadania, contribuindo assim, para a transformação social. Neste sentido
ter o conhecimento das diferentes linguagens, contribui para uma leitura
contextualizada e críticas de mundo, assim, adotamos como eixo
norteador em nossa escola a leitura, interpretação e produção, como
característica básica do ensino fundamental em todas as disciplinas.
Ao pensar o ensino fundamental e definir suas diretrizes, precisamos
analisar os preceitos legais e ao mesmo tempo seu cumprimento, tanto
dos setores provedores, como administrativos. Muito precisamos avançar
para garantir o direito de todos a educação, principalmente a qualidade
educacional, a qual não é tarefa fácil de realizar. A educação não se faz
somente de boas intenções e números, é necessário investimentos em
estrutura física e humana, e um resgate da educação como real
prioridade, para assim ser tratada com o devido respeito juntamente com
seus profissionais.
Sabemos, no entanto, de nossa responsabilidade e possibilidades
de contribuir para a melhoria da educação, porém não se pode perder a
visão do todo, das implicações sociais, culturais, políticas, econômicas e
estruturais que influenciam a sociedade a escola e consequentemente o
trabalho do educador e a aprendizagem do aluno.
Assim, ao elaborar a proposta pedagógica traduz-se a
possibilidade que temos de organizar e selecionar sistematicamente os
8
caminhos da aprendizagem em cada disciplina, definindo sua essência,
seus fundamentos, os objetivos a serem alcançados com o processo de
ensino a metodologia a ser aplicada e a avaliação mais adequada, a fim
de diagnosticar e redefinir o trabalho.
Legalmente o que nos garante e regulamenta a educação é a
Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Base para a Educação
Nacional (LDBEN) 9.394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs),
e as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs).
Constituição Federal: A educação direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (Art. 205).
LDB: A educação básica é formada pela educação infantil, ensino
fundamental e médio, tendo como finalidades “desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores” (Art. 21).
O Ensino Fundamental é determinado pela LDB como prioridade
no atendimento escolar, inclusive para as pessoas que não tiveram acesso
a escolarização em idade própria, constituindo-se um direito público
subjetivo. A partir de 2007 o Ensino Fundamental regular tem nove anos
de duração, organizados em dois segmentos - cinco anos iniciais e quatro
anos finais – atendendo a crianças e jovens na faixa etária em torno de 6
a 14 anos.
No entanto, além da observância dos preceitos legais, a garantia
de uma educação de qualidade, bem como a valorização do pedagógico
na escola, perpassa pela necessidade de conhecer as especificidades da
escolarização fundamental. Dentre elas está o atendimento a diversidade
social, econômica e cultural, a inclusão de todos os sujeitos no processo,
e a garantia do acesso e permanência e a aprendizagem dos alunos.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:
9
1. As escolas da rede pública estadual que ofertam o ensino
fundamental pautarão todas as suas ações visando à garantia
de acesso, de permanência e de aprendizagem para todos os
alunos em idade escolar e para aqueles que não tiveram acesso
ao ensino fundamental em idade própria.
Tem-se assim, a necessidade de criar condições para que crianças
e jovens possam exercer seu direito a escolarização. Para que isso
aconteça deve-se partir da realidade do educando, aonde o professor
conduza o seu trabalho e também a escola como um todo no sentido de
compreendê-la como ponto de partida para a aprendizagem,
enriquecendo as relações que os professores fazem com o conhecimento
e com seus educandos nas múltiplas situações do processo, criando
condições para que se ampliem os conhecimentos e a leitura de mundo.
Neste enfoque, elaborar a proposta nos permite sistematizar,
implementar, avaliar e ao mesmo tempo diagnosticar o trabalho na escola
e seus possíveis resultados, contribuindo para que a escola construa
coletivamente um currículo que oriente com maior clareza o que ela
pretende com sua atuação, bem como as possibilidades de concretização
dos objetivos propostos.
2. O processo de escolarização fundamental contribuirá para o
enfrentamento das desigualdades sociais, visando uma
sociedade justa.
Tornar a sala de aula um espaço de debates acerca da realidade
tomando como base conhecimentos específicos e assim, universalizando
os conhecimentos contribui para a compreensão crítica da realidade.
Neste ponto a postura do professor é fundamental enquanto pesquisador
e investigador da realidade, tendo a observação e a reflexão como seus
pontos chave para conduzir o trabalho, utilizando-se de diferentes
linguagens e procedimentos na abordagem e transmissão de saberes, os
quais devem estar direcionados na conscientização de que os
10
conhecimentos não são dados, mas construídos historicamente, portanto
possíveis de serem transformados. Poder agir no enfrentamento das
desigualdades é uma tarefa política da escola, bem como sendo um
espaço de reflexão e tomada de decisões coletivas, fazendo a diferença na
vida dos educandos e na busca da valorização da educação e de seus
profissionais.
3. As escolas elaborarão as suas propostas curriculares, tendo
como referência as diretrizes curriculares para o ensino
fundamental, objetivando o zelo pela aprendizagem dos alunos.
A aprendizagem do educando deve ser o foco central do trabalho,
a fim de socializar os conhecimentos produzidos, formando o indivíduo
em seu integral, instrumentalizando-o a partir dos conhecimentos para
vida em sociedade.
4. O coletivo da escola elaborará suas propostas curriculares,
com vistas à valorização dos conhecimentos sistematizados e
dos saberes escolares.
Os conhecimentos científicos, culturais e sociais, são
transformados em saberes escolares, isso por terem características
pedagógicas, ou seja, passíveis de serem ensinados e apropriados pelos
sujeitos do processo. Neste ponto o fundamental é o processo
desencadeado pela relação professor, educando e conhecimento, em que
conteúdos serão selecionados e desenvolvidos na escola, produzindo e
reproduzindo cultura.
11
Além dos fatores acima mencionados, outro fator importante para
o processo de ensino é a gestão que se faz na escola. Primar pela gestão
democrática é garantir a presença da comunidade escolar nas decisões,
seja através do Projeto Político Pedagógico, Conselho Escolar, APMF,
Grêmio Estudantil, entre outros. Podendo assim garantir, que as
necessidades do coletivo sejam respeitadas, garantindo não só o direito a
escolarização, mas a aprendizagem efetiva e o acesso aos bens culturais
da sociedade na qual faz parte.
Com a observância legal, o conhecimento da realidade em que o
trabalho se pautará e o respaldo as diretrizes curriculares, elencamos
também outros temas importantes a serem trabalhados na proposta
pedagógica da escola:
• Inclusão:
A questão da inclusão vem ganhando espaço nas discussões
educacionais tanto a nível nacional como local, sendo necessário
aprofundar a discussão bem como o acesso a informações e a formação
dos profissionais da escola, além de adaptações e melhoramentos
estruturais, de equipamentos e materiais didáticos e pedagógicos.
A Escola Estadual Cristo Rei, desde sua criação, tem como uma de
suas características a preocupação com a diversidade dos educandos que
atende, procurando realizar dentro de suas limitações, a inclusão de
educandos, seja ela social, econômica, pedagógica, étnica-cultural. Isso
ocorre na prática na medida em que professores, pais e equipe
pedagógica discutem problemas emergentes da sala de aula, como
dificuldades de aprendizagem, preconceito, discriminação, buscando
valorizar a formação humana, numa ação conjunta de diagnóstico,
acompanhamento e trabalho diferenciado, sempre que necessário.
Outro espaço de avaliação e tomada de decisão é o conselho de
classe e as reuniões pedagógicas, onde são discutidos e avaliados os
casos de atendimento especial, sendo encaminhados para sala de apoio à
aprendizagem de língua portuguesa e matemática, para educandos de 6º
e 9º ano, e sala de recursos para educandos de 6º à 9º anos, que
12
apresentam dificuldades de aprendizagem, bem como atendimento
individualizado na sala de aula, de acordo com o trabalho de cada
disciplina, podendo haver adaptações curriculares, de metodologia,
conteúdos e avaliação, na tentativa de atender o educando em suas
especificidades.
Sabemos de nossa limitação, mas em todos os casos de educandos
que necessitam de um atendimento inclusivo, a escola e os professores
têm feito o possível para atender com responsabilidade, e em alguns
casos buscando apoio de outros profissionais e órgãos competentes.
Compreendemos que o ponto chave do trabalho inclusivo na escola
é o trabalho coletivo, pautado no acompanhamento da aprendizagem por
meio de diagnóstico e tomada de decisão, modificando valores
comportamentais e atitudinais, tanto de professores, pais e educandos,
sendo necessário uma constante avaliação e redimensionamento do
trabalho.
Cultura Afro-brasileira:
Atendendo a Lei 10.639/03 e a Lei 11.645/08 que
sucessivamente alteram a LDB 9.394/96 foram publicadas pela SEED a
Resolução Nº 3399/2010 e a Instrução Nº 10/2010, que definem os
critérios de composição das Equipes Multidisciplinares nos
estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação, a Escola
Estadual Cristo Rei, compôs a Equipe Multidisciplinar, a fim de atender a
legislação, garantindo assim, um espaço de estudos, debates e ações a
cerca dessa temática.
A partir dessas leis, o ensino da historia e cultura Afro-brasileira e
indígena, passou a ser incluída nos currículos oficiais como obrigatória,
traduzindo assim, o resgate da nossa história étnica-cultural,
perpassando por decisões políticas, com forte repercussão social,
pedagógica e também na formação dos professores.
O grande objetivo deste trabalho é valorizar devidamente a nossa
história política, econômica, social, religiosa e cultural, buscando reparar
as distorções históricas na construção da identidade e dos direitos do
13
negro e afro descendentes no Brasil. Assim, o estudo de temas
decorrentes da cultura afro-brasileira e africana, não se restringe a
população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros
educados como cidadãos, em uma sociedade multicultural e pluri-étnica,
em que estamos inseridos, não se tratando da mudança de foco
etnocêntrico marcado pela cultura européia para cultura africana, mas
para ampliar a abrangência dos currículos escolares, visando a
diversidade cultural, racial, social e econômica do nosso país.
Dessa forma, incluiremos nos estudos e atividades, temas
referentes à cultura afro-brasileira, bem como, as contribuições histórico-
culturais dos povos indígenas, exigindo um repensar das relações étnico
raciais, sociais e pedagógicas, nos procedimentos de ensino, nas
condições oferecidas para a aprendizagem, bem como a efetivação do
Projeto Político Pedagógico e das Propostas Curriculares.
Através do coletivo da escola procuramos abordar com
significação esses temas, através da seleção de conteúdos relevantes, e
projetos de estudo, bem como incluindo vivências e depoimentos, além do
acesso a material bibliográfico, áudio-visual, palestras e atividades que
possam surgir como necessidade da sala de aula e do próprio processo
pedagógico, pois entendemos que boa parte do preconceito e
discriminação são gerados pela falta de conhecimento.
Para realizar ações que efetivem a cultura Afro-brasileira como
tema relevante, deve-se levar em conta alguns eixos norteadores:
Consciência política e histórica da diversidade;
• A igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;
• Compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que
pertencem a grupos étnico-raciais distintos, possuindo histórias
próprias, igualmente valiosas;
• Ao conhecimento e valorização da história dos povos africanos e da
cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira;
• A superação da indiferença, injustiça e desqualificação com os
negros, os povos indígenas e também as classes populares;
• A desconstrução da ideologia do branqueamento;
14
• O estudo da história e busca de informações superando concepções
baseadas em preconceito;
• Primar pelo diálogo, visando uma sociedade mais justa.
Fortalecimento da identidade e dos direitos;
• O desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de
historicidade negada ou distorcida;
• O rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios
de comunicação, contra os negros e povos indígenas;
• Esclarecer equívocos, quanto a uma identidade humana universal;
• O combate a privação e violação dos direito;
• Acesso à informação sobre a diversidade da nação brasileira;
• Qualificar a formação e instrução, nos diferentes níveis e
modalidades de ensino.
Ações educativas de combate ao racismo e a discriminação;
• Estratégias de ensino e atividades com a experiência de vida dos
educandos;
• Direção, equipes pedagógicas e professores estar atentos aos
materiais didáticos discriminatórios;
• Valorização da oralidade, da corporeidade e da arte;
• Valorização do patrimônio cultural;
• Prover sentido positivo a participação dos diferentes grupos sociais
e étnico-raciais;
• Contemplar no Projeto Político Pedagógico e Proposta Pedagógica
Curricular.
• Educação Ambiental:
As imagens difundidas pelos currículos escolares, em relação ao
meio ambiente, podem aparecer com distorções, onde o olhar humano
sobre o ambiente adquire características exageradas, parecendo emergir
de um ser humano não natural, destacado da natureza e independente.
Assim, delineia-se uma visão utilitária instrumental para o ambiente
terrestre.
15
Nas últimas três décadas a educação ambiental vem ganhando
evidência e adquirindo um papel significativo no processo de
escolarização, visto que o meio ambiente é algo próximo e real, e que
exige com urgência a tomada de consciência e a tradução em atitudes e
comportamentos, pois não podemos mais fazer análises
descontextualizadas e individualistas, visto que, vivemos em sociedade,
com grupos humanos e dependentes do meio natural para sobreviver.
Na década de 90 o MEC implantou uma política curricular
centralizada e padronizada. A educação ambiental nos Parâmetros
Curriculares Nacionais era tratada como temas transversais, com a de
uma estratégia de abertura de caminhos para promover certa
interdisciplinaridade curricular. Neste novo cenário, destinou-se à
educação ambiental um papel importante, tendo a compreensão do
educando, sobre as múltiplas dimensões dos problemas ambientais, para
além da segmentação do saber em disciplinas, visualizando os aspectos
físicos e históricos-sociais, analisando de forma articulada a ligação que
há entre o ambiente escolar (próximo) e global.
Todavia esses avanços promoveram um realce tecnista na imagem
ambiental, uma imagem de ensino em que veiculam uma sociedade
universal despolitizada e desideologizada, enfatizando o engajamento
ativista, voluntarista e idealista do cidadão frente às causas ambientais.
Ficando claro as formas usuais do currículo escolar de promover a
ocultação ou distorção da imagem de ambiente incorporando uma
educação ambiental instrumental e utilitária.
O desafio hoje é revelar o ambiente nos currículos escolares,
evitando ou atenuando as distorções em sua imagem. A mudança no
ensino da Educação Ambiental dentro da escola se faz necessária desde o
trato com metodologia do ensino, os procedimentos didáticos, seleção de
conteúdos, e objetivos educacionais claros, partindo sempre do
entendimento e do ambiente próximo para o amplo, permitindo ao
estudante estabelecer uma relação entre a teoria e a prática.
16
Portanto um ensino comprometido com a perspectiva de
revelar plenamente o ambiente nos currículos escolares está centrado
nos princípios e diretrizes metodológicas:
• Utilização de critérios de relevância social e cultural (além de
critérios de relevância científica) na seleção dos conteúdos;
• Incorporação do cotidiano do aluno, em termos temáticos e
metodológicos: dele emergem conceitos, valores, informações,
situações acerca dos ambientes natural, transformado e cultural;
• Aproveitamento das concepções prévias do aluno, no processo de
ensino aprendizagem;
• Tratamento dos assuntos de acordo com suas manifestações espaço
- temporais adequadas ao desenvolvimento psico-sócio-cognito do
aluno.
• Respeito às formas não científicas de conhecimento da realidade,
buscando as articulações possíveis entre o conhecimento científico
e o senso comum;
• Abordagem do ambiente como algo em total e permanente
transformação, abrangendo tanto o ambiente natural como o
humanizado e não dissociando o ser humano do restante da
natureza;
• Contextualização histórica do conhecimento e suas condições de
produção;
• Flexibilização do currículo de acordo com a diversidade da
realidade escolar seja física, biológica, social e cultural;
• Proporcionar a aprendizagem significativa, estimulando a
construção e reconstrução do conhecimento pelo próprio aluno.
Tais princípios constituem um importante caminho para a
efetivação do trabalho sobre o meio ambiente, mas não é exclusivo da
educação ambiental, mas utilizados conjuntamente, tornam-se fatores
relevantes no processo de conscientização, ampliando assim, o trabalho
que já é realizado na escola, visto que, este tema é abordado através de
um projeto coletivo da escola, em que a cada ano adquire um enfoque
diferente, mas sem perder a visão do todo. Alguns dos temas trabalhados
17
foram: água, aterro sanitário, coleta e aproveitamento de materiais
recicláveis, o ambiente do colonizador e o atual, proteção de fontes e
nascentes, desmatamentos entre outros.
Pretende-se dar continuidade a este trabalho, visto que os
resultados são consequências da conscientização, a qual não ocorre em
curo prazo.
Educação Fiscal:
Incluir a educação fiscal na escola, nada mais é do que garantir o
acesso a informações quanto aos direitos e deveres do cidadão. A
cidadania fiscal visa trabalhar de forma consciente e didática, questões
como pagamento de impostos e tributos, recursos públicos e seus
investimentos, geração de riquezas, valores de custo e o preço final dos
produtos, o caminho desde a produção até o consumidor final, emissão de
notas fiscais, conhecendo os impostos acrescidos em cada setor de
produção, como o agrícola, industrial e comercial, entre outros.
A educação fiscal deve ser trabalhada a partir dos conteúdos
escolares, visto que faz parte da vida cotidiana, e da formação
permanente da pessoa. Por isso não se deve tratar do tema de forma
desvinculada, mas primar pela compreensão da vida social e cultural,
contextualizando o modo de organização da sociedade em que vivemos.
Trabalhar como funciona o recolhimento e a redistribuição dos
impostos é meta fundamental no sentido de formar o cidadão fiscal, e a
vivência escolar pode contribuir nesta importante tarefa.
Neste sentido a Escola Estadual Cristo Rei, mais uma vez
primando pelo coletivo, buscará garantir os princípios do ensino
fundamental ao educando que o frequente, bem como abordar os temas
acima mencionados no sentido de participar de discussões pertinentes e
atuais no âmbito da formação humana, visando a cidadania plena, através
do acesso ao conhecimento elaborado e acumulado pela humanidade,
sempre partindo do entendimento da realidade passando a compreensão
do meio social, cultural e político em que vivemos.
18
Sexualidade humana:
A vida humana é permeada de sentimentos e emoções refentes ao
mundo que nos cerca e as relações que temos com nossa realidade e com
o outro. Estamos constantemente procurando nos conhecer e nos
entender, refletindo sobre nossas ações e comportamentos.
Nosso corpo e nossa maneira de entender a realidade, influência
diretamente em nossa vida, a qual é ampla e complexa em suas várias
dimensões, incluindo-se nesta formação humana a sexualidade,
compreendida como parte ao mesmo tempo natural e social do ser
humano. Conforme a compreensão que temos vamos dirigindo as ações
formando um conjunto de características físicas, psicológicas e sociais
determinando um ser humano único em sua personalidade e sexualidade.
Neste sentido, a escola como instituição que tem como um de seus
objetivos trabalhar a formação humana, contemplará o estudo e a
reflexão a respeito da sexualidade humana, em sua via natural (biológica)
e social histórica (cultura, hábitos, costumes, padrões), procurando
desvelar preconceitos e tabus por meio do conhecimento científico
abordado nos conteúdos das várias disciplinas e das experiências vividas,
oportunizando a cada um conhecer, e a partir disso redimensionar a
forma de pensar e agir a respeito da sua sexualidade.
A reflexão baseada no modelo social que vivemos é ponto chave nos
debates, visto que, a comercialização do corpo e até mesmo das atitudes,
onde o humano torna-se mais um objeto de consumo, gera um
desmantelamento dos valores corporais e emocionais em todas as faixas
etárias, sendo necessário a conscientização das pessoas principalmente
do adolescente em relação aos princípios da sexualidade, não como um
padrão ou exigência social, mas como um princípio fundamental da vida
humana.
Enfrentamento a violência e prevenção ao uso indevido de drogas:
A vida em sociedade é uma característica e necessidade dos seres
humanos, porém, a reunião de um grande número de pessoas sem
planejamento, baseado em sistema capitalista que visa o lucro e o
19
descaso com o ser humano que é visto exclusivamente como mão de obra,
gera problemas econômicos e sociais que em consequência faz crescer a
violência e o uso de drogas em todas as faixas etárias e meios sociais,
sendo mais grave nas camadas mais carentes da sociedade.
A escola por estar inserida na sociedade, ser uma instituição social
com grande importância e por receber alunos de todas as camadas
sociais, reflete drasticamente a realidade deste modelo social. A violência
e as drogas tem entrado na escola com grande força, visto que a escola
não tem respaldo e amparo legal para impedir ou coibir este tipo de
atitudes. Esta instituição caracteriza-se como um espaço de direito e
pouco pode fazer quanto ao cumprimento dos deveres dos cidadãos
(aluno) e desta forma está obrigada a receber a todos sem o mínimo de
segurança e apoio.
Ter este posicionamento, não é forma de negar o direito ou de
contribuir com a exclusão social, mas é forma de reivindicar apoio e
segurança, pois problemas sociais graves estão entrando dentro das
escolas de forma desordenada. Sobrecarrega-se a escola que não
consegue realizar devidamente a sua função social de transmissão do
conhecimento.
Neste sentido, a escola não está omissa, pois sabe de sua
relevância social e do importante papel que desempenha na formação da
pessoa, trabalhando junto aos alunos o conhecimento, prevenção, causas
e consequências hábitos e atitudes saudáveis de vida, utilizando como
eixo os conteúdos das disciplinas e a realidade da escola, realizando aulas
expositivas, palestras, depoimentos, orientações legais, dinâmicas de
grupos, trabalhos de pesquisa, cartazes painéis entre outras atividades,
buscando a formação consciente e preventiva as atitudes de violência e
uso de drogas sejam elas lícitas ou ilícitas.
A escola irá conduzir o trabalho confrontando conhecimento e
realidade, estudado e do vivido realizando um trabalho de
conscientização frente a este problema que tem mutilado a vida de
muitas pessoas principalmente de jovens.
A Escola Estadual Cristo Rei séries finais do Ensino Fundamental,
20
expõe o acima descrito como norte de seu trabalho, estando em acordo o
P.P.P. e Regimento Interno e P.P.C. com as Diretrizes Curriculares
Estaduais.
Sistema de avaliação
Além da proposta de avaliação de cada disciplina, a escola buscando
superar o processo metodológico individual de avaliar, procurou definir
coletivamente alguns critérios quanto a aplicação e registros das
avaliações, ficando definido que o professor deverá oportunizar ao aluno
no mínimo duas avaliações cada uma com peso dez, por trimestre. Ao
aluno fica garantido o direito de realizar a recuperação de conteúdos, de
forma contínua, com aplicação de avaliação, com instrumentos
diferenciados, para confirmar a apropriação dos conteúdos trabalhados.
O resultado da avaliação de recuperação de estudos deverá substituir a
menor nota do aluno, sendo vedado submeter o aluno a uma única
oportunidade de avaliação e recuperação, conforme está previsto no
Regimento Escolar.
As informações devem estar obrigatoriamente registradas no livro
de Registro de Classe, a disposição para qualquer consulta e
comprovação.
A seguir temos a matriz curricular como ordenadora da proposta
de cada disciplina, estando esta aprovada e utilizada nas escolas:
21
NRE: 12 – Francisco Beltrão MUNICÍPIO: 0850 – Francisco Beltrão
ESTABELECIMENTO: 00039 Escola Estadual Cristo Rei – Ensino
Fundamental.
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná.
CURSO: 4039 – Ensino Fundamental 6º/ 9º Ano TURNO: Matutino
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012
MÓDULO: 40 Semanas
FORMA: Simultânea
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Artes 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3Educação Física 3 3 3 3Ensino religioso* 1 1 0 0Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4
SUBTOTAL 23 23 23 23
Inglês 2 2 2 2SUBTOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
22
NRE: 12 – Francisco Beltrão MUNICÍPIO: 0850 – Francisco Beltrão
ESTABELECIMENTO: 00039 Escola Estadual Cristo Rei – Ensino
Fundamental.
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná.
CURSO: 4039 – Ensino Fundamental 6º/ 9º Ano TURNO: Noturno
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012
MÓDULO: 40 Semanas
FORMA: Simultânea
DISCIPLINA/A
NOS
6º 7º 8º 9º
Artes 2 2 2 2Ciências 4 4 4 3Educação Física 3 3 3 3Ensino religioso* 1 1 0 0Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4
SUBTOTAL 24 24 23 23
Inglês 2 2 2 2SUBTOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 26 26 25 25
231 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
1.1 Apresentação Geral da Disciplina.
Desde os tempos da Pré-História, quando o homem exprimia seu
cotidiano e suas emoções nas pinturas e nos desenhos das paredes da
caverna, o ensino da arte está presente, de forma indireta e informal.
Mais tarde, com o surgimento da escrita, certamente esses
conhecimentos passaram a ser registrados e o ensino passou a ser feito
de forma mais sistemática. Isso aconteceu nas grandes civilizações do
mundo antigo: Assíria, Egito, Grécia e Roma.
Na Idade Média, a igreja se tornou a grande responsável pela arte.
Era o principal patrocinador da arte e dos artistas e, no ambiente
eclesiástico, aconteciam os grandes eventos, tanto no sentido da
produção e da apresentação artística, quanto no sentido da educação em
arte.
Com o retorno ás fontes clássicas e o conseqüente desenvolvimento
do pensamento humanista, a partir do século XIII. No Renascimento,
houve a laicização da arte, ou seja, a igreja perde o domínio exclusivo
sobre a arte e os leigos passam a também produzi-la. Nesse contexto,
surge à idéia de propriedade intelectual, a relação dos patronos das artes
com o artista (mecenato) e a combinação do conhecimento humanista
com a educação em arte, por meio de oficinas educativas.
Surgem, nos séculos seguintes, as academias, que irão ser
fundamentais no processo educativo em artes, pois vão desenvolver os
diversos estilos estéticos. Passa a haver uma preocupação maior com o
ensino da arte no currículo das escolas e multiplicam-se os espaços de
fruição artística, como os museus de arte.
Nos Séculos XVIII e XIX, com o advento da industrialização, a arte
passa a servir à indústria, visando fins comerciais. O ensino da arte passa
24a ser utilitarista, visando à produção de artistas reprodutores de técnicas
e desenhos industriais, sem o desenvolvimento da capacidade de livre
expressão.
Nos séculos XX e XXI, a arte reconquista sua liberdade com o
surgimento de movimentos em prol do artista e de sua criatividade. No
Brasil, sente-se isso com a realização de eventos como a Semana da Arte
Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado
aos movimentos nacionalistas da época. O movimento modernista
valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo de
colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a
arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz
da cultura popular brasileira. A partir do século XX, a arte popular
começa a adquirir o status de arte.
Só em 1948, no Rio de Janeiro surge a primeira Escolinha de Arte
no Brasil, criada pelo artista e educador Augusto Rodrigues, na forma de
ateliês-livres de artes plásticas, fundamentada nas teorias de John Dewey
e Jean Piaget.
Somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos,
o ensino de Arte se generalizou e uma mesma metodologia foi adotada na
maioria das escolas brasileiras. Com a nomeação de Villa Lobos no
Governo de Getúlio Vargas, o ensino de música tornou-se obrigatório nas
escolas por meio da teoria e do canto orfeônico.
No Paraná destaca-se a Escolinha de Arte do Ginásio Belmiro César,
criada pelo Artista Guido Viaro, em 1937, que tinha como proposta
oferecer atividades livres e funcionava em período alternativo às aulas
dos alunos.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos
se intensificavam: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos
contrários a elas; com a Bossa Nova e os festivais; no Teatro, com o
Teatro Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal e no cinema, com o
Cinema Novo de Glauber Rocha. Esses Movimentos tiveram forte caráter
25ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente,
deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.
Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº 5262/71, e cujo artigo 7º
determina a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino
Fundamental ( a partir da 5ª série) e do Ensino Médio.
O ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de
comunicação e expressão, da mesma forma que a produção artística ficou
sujeita a atos que instituíram a censura militar.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização
social pela redemocratização e para a nova constituição, promulgada em
1988.
Em 1990, a pedagogia histórico-crítica fundamentou o Currículo
Básico para o Ensino de 1º grau, e o Documento de Reestruturação do
Ensino do 2º grau da Escola Pública do Paraná. Tais propostas
curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento para a
transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno
pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho
artístico.
A nova LDB 9394/96 mantém e assegura a obrigatoriedade do
ensino de arte nas Escolas de Educação Básica.
O Ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e
passa a se preocupar também com desenvolvimento do sujeito frente a
uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.
Segundo a atual Legislação Educacional Brasileira, a disciplina de
Arte passa a vigorar como área de conhecimento obrigatório na Educação
Básica com 2h/a semanal por série abrangendo as linguagens artísticas:
artes visuais, música, teatro e dança.
A arte, compreendida como área de conhecimento apresenta
relações com a cultura por meio das manifestações expressas em bens
materiais e imateriais. É possível que toda produção artística e cultural
seja um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam sua existência no
26mundo.
Entende-se cultura como toda produção humana resultante do
processo de trabalho que envolve as dimensões artística, filosófica e
científica do fazer e do conhecer (DCE, 2008, p.56).
A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é
transformar e nesse processo o sujeito também se recria, por meio de
suas criações ele amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo
trabalho. Esta característica da arte ser criação é um elemento
fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do
conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de
construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo
de criação.
A arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se
torna consciente de sua existência individual e social; percebe-se e se
interroga, é levado a interpretar o mundo e si mesmo (DCE, 2008, p.56.).
O ensino de arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do
universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Neste sentido a Proposta Curricular vem enriquecer o Projeto
Político Pedagógico da escola norteando o trabalho docente visando um
ensino/aprendizagem dialético, buscando não só formar um cidadão
crítico, mas com visão estética voltada para a arte.
De acordo com as propostas das diretrizes, a disciplina de Arte tem
por objetivo: Propiciar desenvolvimento pessoal e profissional, através do
conhecimento artístico, considerando os aspectos humano, econômico e
social para contribuir no enriquecimento do repertório cultural do aluno;
Proporcionar ao aluno as possibilidades de apropriação dos conteúdos e
artes visando ampliar sua interpretação de mundo e realidade; Levar ao
aluno reconhecer e interpretar os elementos formais utilizados nas
composições artísticas articulando-os aos movimentos e períodos
estudados; Propiciar aos alunos conhecimentos sobre a diversidade de
27pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de
criação e desenvolver o pensamento crítico; Promover o conhecimento
das diversas linguagens artísticas; artes visuais, teatro, música e dança,
levando ao aluno perceber e reconhecer as diferenças e a função de
cada uma delas; Possibilitar ao aluno conhecimentos sobre um maior
número técnicas utilizadas na criação e confecção de obras de arte nas
mais diversas linguagens artísticas.
1.2 Conteúdos Estruturantes e Específicos
6º ano
1º Trimestre
Área: Artes Visuais e Teatro
Elementos Formais: Ponto, linha, forma, superfície, textura,
personagem, ação, espaço, expressão corporal, vocal, gestual e facial.
Composição: Figurativa, enredo, roteiro, espaço cênico, adereços, jogos
teatrais, técnicas, gêneros.
Movimentos e períodos: Greco-Romana, Arte Pré-Histórica, Teatro
Oriental e Teatro Medieval.
2º – Trimestre
Área: Artes Visuais, Música, Dança
Elementos Formais: Forma, cor, luz, movimento corporal, tempo,
espaço, duração, intensidade, timbre, ação.
Composição: Ritmo, figurativo, cenas de mitologia, movimentos
articulares, fluxo (livre e interrompido), deslocamento (direto/indireto),
improvisação, gênero (circular), escala: diatônica, pentatônica,
cromática; técnicas: pintura, escultura, arquitetura.
Movimentos e Períodos: Arte Africana, Greco-Romana.
283º – Trimestre
Área: Artes Visuais, Teatro, Dança.
Elementos Formais: Ponto, superfície, volume, cor, luz, tempo, espaço,
ação, personagem, kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos
circulares, fluxo (livre e interrompido) rápido e lento, formação de níveis
(alto, médio, e baixo), deslocamento (direto e indireto), técnicas, gêneros.
Composição: Bidimensional, figurativo, geométrico, simetria, gênero,
improvisação.
Movimentos e Períodos: Dança e Teatro no Renascimento, Dança
Clássica, Arte Oriental, Arte Indígena.
7º ano
1º Trimestre
Áreas: Artes Visuais, Dança
Elementos Formais: Ponto, linha, forma, cor, movimento corporal,
tempo e espaço.
Composição: proporção, tridimensional, figura fundo, abstrata, técnica,
gênero, ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda, peso (leve e
pesado) fluxo (livre, interrompido, conduzido), lento, rápido e moderado,
níveis (alto, médio e baixo), formação e direção.
Movimentos e Períodos: Arte Brasileira e Paranaense, Arte Popular,
Arte Indígena, Renascimento, Barroco, Dança Popular, Africana, Indígena,
Brasileira e Paranaense, Arte Moderna.
2º Trimestre
Área: Artes Visuais, Teatro
Elementos Formais: Textura, luz; Personagem: expressão corporal,
vocal, gestual e facial, ação, espaço.
Composição: Abstrata, figurativa representação, leitura dramática,
29cenografia, gêneros, técnicas.
Movimentos e Períodos: Arte Popular, Arte Moderna, Teatro Popular,
Teatro Africano, Comédia Dell’Arte.
3 º Trimestre
Áreas: Artes Visuais, Música
Elementos Formais: Superfície, volume, altura, duração, timbre,
intensidade, densidade.
Composição: Perspectiva, figura fundo, ritmo, melodia, escalas, gêneros,
técnicas.
Movimentos e Períodos: Arte Popular, Arte Brasileira, Arte Paranaense,
Música Popular e Ética (Ocidental e Oriental).
8º ano
1º Trimestre
Áreas: Artes Visuais, Música
Elementos Formais: Linha, cor, luz, volume, intensidade, densidade,
altura, duração, timbre.
Composição: Contraste, ritmo visual, deformação, estilização, desenho,
fotografia, áudio-visual, eletrônica, rap, rock, tecno, sertanejo,
vanguarda, clássica, melodia, harmonia, tonal, modal e a fusão de ambos;
técnicas: vocal, instrumental e mista.
Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Arte Contemporânea,
Minimalista, Eletrônica, Arte Acadêmica.
2º Trimestre
Áreas: Artes Visuais, Dança, Teatro
Elementos Formais: Linha, cor, luz, textura, forma, densidade, timbre,
movimento corporal, tempo, espaço, volume, superfície.
30Composição: Ritmo, melodia, harmonia, vocal, instrumental, eletrônica,
direção, improvisação, coreografia, sonoplastia, contraste, semelhança,
ritmo visual, desenho, fotografia, audiovisual, estilização.
Movimentos e Períodos: Arte do Século XX, Indústria Cultural, Arte
Antiga, Arte Contemporânea,Teatro Greco-romano, Dança Popular, Dança
Moderna.
3º Trimestre
Área: Música, Artes Visuais, Teatro, Dança
Elementos Formais: Personagem, expressão corporal, gestual, e facial,
tempo e espaço, ação, forma, luz cor volume, intensidade, densidade,
movimento corporal.
Composição: representação teatral e musical, semelhança, ritmo visual,
fotografia, áudio-visual, direção, improvisação, coreografia, sonoplastia,
giro, rolamento, saltos, gêneros, técnicas.
Movimentos e Períodos: Realismo, Expressionismo, Arte Antiga, Arte
Contemporânea, Dança Moderna, Hip Hop, Hap.
9º ano
1º Trimestre
Área: Artes Visuais, Teatro
Elementos Formais: Ponto, linha, forma, cor, personagem, ação, espaço,
luz, superfície.
Composição: Bidimensional tridimensional, figura fundo, dramaturgia,
cenografia, sonoplastia, iluminação, figurino, gêneros, técnicas.
Movimentos e Períodos: Realismo, Vanguarda, Arte Latino-Americano,
Muralismo, Teatro Engajado, Teatro Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do
Absurdo.
312º Trimestre
Área: Artes Visuais, Dança
Elementos Formais: Superfície, volume, movimento corporal, tempo,
espaço, forma.
Composição: Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, queda, saldo, giro,
rolamento, extensão (perto e longe), coreografia, tridimensional, figura
fundo, gêneros, técnicas.
Movimentos e Períodos: Movimentos de Vanguarda, Dança Moderna,
Dança Contemporânea, Hip Hop, Dança Popular.
3º Trimestre
Área: Artes Visuais, Música
Elementos Formais: Textura, luz, altura, duração, timbre, intensidade,
densidade, linha, forma, superfície.
Composição: Ritmo, melodia, harmonia, gêneros, técnicas, ritmo visual.
Movimentos e Períodos: Música Popular Brasileira, Música
Contemporânea, Música Engajada, Arte Moderna, Arte Contemporânea.
1.3 Encaminhamento Metodológico
A disciplina de Arte foi estruturada sobre os três eixos do saber
artístico; Teorizar: conhecimento historicamente produzido sobre arte,
alcançado pelo trabalho com conteúdos estruturantes elementos formais,
composição, movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro. Sentir e Perceber: formas de apreciação, fruição,
leitura e acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais.
Trabalho Artístico: A prática artística, trabalho criador, é expressão
privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. O processo de
produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os
processos artísticos e humaniza seus sentidos.
32Considerando estes eixos norteadores de todo trabalho educativo
desenvolvido, o professor terá autonomia para articulá-los de acordo com
seus conteúdos e conhecimentos específicos, entretanto, os
encaminhamentos devem estar relacionados com a realidade do aluno e
do seu entorno, considerando artistas, produções e bens culturais da
região, bem como outras produções de caráter universal.
1.4 Avaliação
Avaliação será feita de forma contínua, cumulativa, diagnóstica e
processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e sua
relação com as atividades desenvolvidas.
O método de avaliação proposto inclui observação e registro do
processo de aprendizagem, com avanços e dificuldades percebidos na
apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar
como o aluno soluciona problemas apresentados e como ele se relaciona
com os colegas nas discussões de grupo. Como sujeito do processo, a
aluno também deve elaborar seus registro de forma sistematizada. As
propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o
aluno apresentar, refletir e discutir sua produção, sem perder de vista a
dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de Arte.
A avaliação na disciplina de arte considera processo e produto, bem
como os trabalhos deverão estar de acordo com as propostas
desenvolvidas pelo professor, sendo estas no mínimo duas avaliações,
todas com peso dez por trimestre. A recuperação de estudos será
contínua, sendo garantida ao aluno sempre que houver necessidade de
retomar o conteúdo e posteriormente aplicar uma nova avaliação, com
instrumento diferenciado, para confirmar a apropriação do mesmo pelos
alunos. O resultado da avaliação de recuperação de estudos deverá
substituir a menor nota do aluno. As informações devem estar
obrigatoriamente registradas no livro de Registro de Classe, a disposição
33para qualquer consulta e comprovação.
1.5 Referências Bibliográficas
COSTA, Cristina. Questões de Arte – O belo, a percepção, estética e o
fazer artístico. São Paulo: Moderna, p;12,13.
ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI. Projeto Político Pedagógico.
Francisco Beltrão, 2006.
GUALDA, Ivani Martins Maria e GUERRA, Terezinha Telles. Arte é
conhecimento. TV escola, ensino à distância. São Paulo: CENP/SE.
MARTINS. Miriam, C. Didática do Ensino da Arte: poetizar, fruir e
conhecer Arte. São Paulo: FTD, 1998, p. 36.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Departamento da Educação
Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte.
Curitiba,2008.
342 PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR DE CIÊNCIAS
2.1 Apresentação Geral da Disciplina
O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com
a escola. Por isso, aprendizado e desenvolvimento estão inter-
relacionados desde o primeiro dia de vida e qualquer situação de
aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.
Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o
aprendizado escolar. O primeiro não é sistematizado, o segundo é, além
disso, este objetiva a aprendizagem do conhecimento científico e produz
algo fundamentalmente novo no desenvolvimento do estudante.
Esse processo de conhecimento constitui diferentes saberes sociais
e seus respectivos significados. Contribuindo assim para a construção do
conhecimento científico pelos estudantes.
A Ciência se constitui num conjunto de conhecimentos científicos
necessários para compreender e explicar fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo. Estabelece relações entre os conhecimentos
químicos, físicos e biológicos do cotidiano favorecendo a reflexão, a
contextualização e a articulação dos conteúdos específicos,
proporcionando uma análise crítica sobre a relação entre a Ciência, a
tecnologia e a sociedade.
O educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o
conhecimento científico, no entanto, constantemente reconstrói suas
representações a partir do conhecimento cotidiano, formando as bases
para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua vida diária.
A disciplina de Ciências busca propiciar ao educando o
conhecimento da história da ciência, associando os conhecimentos
científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que
originaram sua construção. Conhecer os métodos científicos empregados
na produção dos conhecimentos, utilizando-se de estratégias de ensino
35que propiciem a construção de conhecimentos significativos pelos
estudantes, propiciar aos alunos não apenas a transmissão de
conhecimentos, mas também aspectos históricos, culturais, étnicos,
políticos, sociais, tecnológicos, entre outros, que marcam o
desenvolvimento científico. Busca também promover o debate sobre
desenvolvimentos científicos recentes, ampliando assim a compreensão
da produção científica e o caráter de provisoriedade e falibilidade das
teorias cientificas.
2.2 Conteúdos
De acordo com as Diretrizes do Estado do Paraná (DCEs) os
conteúdos estruturantes do ensino De Ciências: Astronomia, Matéria,
Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade são saberes
fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos da
disciplina, essenciais para a compreensão do seu objeto de estudo e as
áreas afins.
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados de 5ª á 8ª
séries do Ensino Fundamental buscando a articulação dos conteúdos
específicos.
2.2.1 Conteúdos Estruturantes
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
2.2.2 Conteúdos Específicos
366º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
UniversoSistema solarMovimentos Celestes Movimentos TerrestresAstros
Teoria heliocêntrica e geocêntricaCaracterísticas dos corpos celestesMovimento de rotação e translação dos planetas constituintes do Sistema solarCidadania (investimentos tecnológicos x desigualdade social)
MATÉRIA
Constituição da matéria
Matéria: Constituição, propriedades e transformações.Água: composição da água e fundamentos teóricos(estados físicos: pressão e vasos comunicantes Água e Saúde Camadas atmosféricasA Terra antes do surgimento da vidaCrosta terrestreManto terrestreNúcleo terrestreSolosRochasMineraisEducação ambiental, Cidadania e Educação fiscal
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização Celular
Características gerais, orgânicas e fisiológicas dos seres vivosTeoria celularNíveis de organização celular (Unicelulares,Pluricelulares, Procariontes, Eucariontes, Autótrofos, Heterótrofos).
37
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivosEcossistemaEvolução dos seres vivos.
Diversidade das espéciesExtinção das espéciesComunidadePopulaçãoEcossistemas-caracterização
ENERGIA
Formas de energiaConversão de energiaTransmissão de energia
Energia mecânicaEnergia elétricaCiclos da matériaFontes de energia renováveis e não-renováveisIrradiaçãoConvecçãoConduçãoSistemas de transmissão de energiaMudanças de Estados físicos da águaEnergia eólica
RELAÇÕES CONCEITUAIS: Chuva ácida, vulcões, tsunamis,
terremotos, desertos, fósseis.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: esportes aquáticos, territórios
brasileiros,lendas indígenas, formação dos fósseis.
38 RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Poluição da água, contaminação da
água, tratamento e distribuição da água, elevadores hidráulicos,
conservação dos aquíferos, tratamento da água, conservação da mata
ciliar, Instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação
tecnológica, unidades de conservação, código florestal brasileiro, fauna
brasileira ameaçada de extinção ocupação da mata atlântica, exploração
da Amazônia, exploração das matas de araucárias, tráfico de animais,
óculos, telescópios, desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios
e outros, mineração, sismógrafos, poluição do solo, queimadas,
desmatamentos, manejo do solo para a agricultura, compostagem,
contaminação do solo, lixo tóxico,coleta seletiva de lixo, tratamento de
esgotos, panela de pressão, ultra-sonografia, poluição sonora,
aquecimento global.
7º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
UniversoSistema solarMovimentos Celestes Movimentos TerrestresAstros
Formação do Universo Formação e idade do Sistema SolarEclipse do Sol, da LuaFases da LuaConstelaçõesConstituição químico-físico do Sol
MATÉRIA
Constituição da matéria Composição do Planeta Terra primitivo A Terra antes do surgimento da vidaAtmosfera terrestre primitivaEstrutura química da célulaEducação ambiental
39
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização CelularMorfologia e fisiologia dos seres vivos
FotossínteseTeoria celularTipos celulares Estrutura celularÓrgãos e sistemas animais e vegetais
BIODIVERSIDADE
Origem da vidaSistemática Organização dos seres vivos .
BiodiversidadesOrigem da vida: Teorias evolutivas e eras geológicasClassificação dos seres vivos em cinco reinos
Monera, Fungi, Protozoa, animalia e plantae.
Taxonomia ,FilogeniaEducação ambientalHistória e cultura Afro e Indígena
ENERGIA
Formas de energiaTransmissão de energia
Energia luminosa, cores, radiaçõesEnergia térmicaFotossínteseSistemas ectotérmicos Educação ambiental
RELAÇÕES CONCEITUAIS: efeito estufa, ação do vento,
luminosidade,tornados, camada de ozônio.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: literatura brasileira e os casos de
doenças, influencia da altitude na pratica de esportes, medida de
grandeza, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta.
Revolta da vacina, crescimento da população humana, as doenças e as
condições sociais de moradia representação da natureza em obras de
arte.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Ação humana nos
ecossistemas,Espécies exóticas, desenvolvimento industrial, impactos
ambientais, , desmatamentos, exploração da caça e pesca, tráfico de
40animais e vegetais, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de voo ,
aquecimento global, resíduos químicos no ambiente,, uso de agrotóxicos
na agricultura, instituições governamentais e ONG , tecnologia na
produção vegetal, estufas, bactérias,e degradação do petróleo, dengue e
saúde pública no Brasil , vigilância epidemiológica , biotecnologia de
fungos, auto- medicação: antibióticos, polinização , provocada pelo
homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos
de comercialização , saneamento básico, comercialização de carnes
exóticas , vacinas e soros.
8º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
Universo -Galáxias-Movimento das galáxias-Aglomerados-Quasares Nebulosas-Buracos negros-Lei de Hubble
Origem e evolução do universo -Teorias sobre a origem do universo (teorias cosmogônicas)-Modelos de universo finito-Modelos de Universo Infinito-Modelos de Universo inflacionário-Modelos de Universo em expansão
41
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização -Organismos-Sistemas-Órgãos -Tecidos
Célula -Mecanismos celulares-Respiração celular-Reserva energética
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
-Estrutura e funcionamento dos tecidos-Tipos de tecidosSistema cardiovascularSistema respiratórioSistema excretorSistema urinárioSistema digestório
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos Teorias evolutivas
MATÉRIA
Constituição da matéria -Modelos Atômicos-Elementos químicos-Íons-Ligações químicas-Substâncias-Reações químicas-Funções químicas inorgânicas:Ácidos, sais, Bases e óxidos-Lei de conservação de massa-Compostos orgânicos
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: Evolução cultural do ser
humano, formas de comunicação e suas relações com o sagrado, mitos e
outras explicações sobre a origem da vida, práticas esportivas,
distribuição da população humana, importação e exportação de alimentos
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: tecnologia e testes diagnósticos,
exames sanguíneos, transfusões e doações sanguíneas, soros e vacinas,
medicamentos, hemodiálise, terapia genica, CTNBio, influencia da
42alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, fome
e desnutrição, questões de higiene, saneamento básico, obesidade
anorexia e bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos
transgênicos, organização mundial de saúde
RELAÇÕES CONCEITUAIS: A ação de substâncias químicas no
organismo, gases.:.
9º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA
UniversoOrigem e evolução do UniversoMovimentos Celestes TerrestresAstros
Teoria da Relatividade e a cosmologia Lei de KeplerLei de NewtonMares
MATÉRIA
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
Compressibilidade, Elasticidade, Divisibilidade, Indestrutibilidade, Impenetrabilidade, Maleabilidade, Ductibilidade,Flexibilidade, Elasticidade,
43
Permeabilidade,Condutibilidade, Dureza, Tenacidade, Cor, brilho, sabor, textura,e odor.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização CelularMorfologia e fisiologia dos seres vivosMecanismo de Herança genética
Sistema Sensorial ,Sistema EndócrinoSistema Nervoso, Sistema ReprodutorCromossomosGeneDNA, RNAMitose e MeioseSexualidade Humana, Prevenção ao uso indevido de drogas. História e cultura Afro e Indígena, Educação para os direitos humanos.
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivosEcossistemaEvolução dos seres vivos.Interações ecológicas
Ciclos biogeoquímicosRelações interespecíficasRelações intraespecíficas
ENERGIA
Formas de energiaConversão de energiaTransmissão de energia
Energia mecânicaEnergia elétricaCiclos da matériaFontes de energia renováveis e não-renováveisIrradiaçãoConvecçãoConduçãoSistemas de
44
transmissão de energiaMudanças de Estados físicos da águaEnergia eólica
RELAÇÕES CONCEITUAIS: fontes de energia renováveis e não
renováveis, ilhas de calor, máquinas simples , alavancas, polias,
engrenagens.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: taxas de natalidade,
mortalidade,e fecundidade, medidas de grandeza, o contexto da
Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Instrumento de medidas, tecnologia
em produtos de eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas
metálicas, aterro sanitário, biodísel, corantes e tingimento de tecidos,
estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos
,coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos
e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas,
chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica,residencial, bússola,
microfone e alto falante,pára-quedas e asa delta, tecnologia de
comunicação, reprodução humana assistisa, progeto genoma humano,
gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias, questões ambientais, código de
trânsito – acidentes de trânsito
45
2.3 Encaminhamento Metodológico
No processo de construção do saber escolar, os conhecimentos e
conceitos científicos se constituem através da construção do
conhecimento científico e os conhecimentos do cotidiano que têm origem
nas experiências do cotidiano do educando.
Observe-se que tanto os conhecimentos empíricos quanto os
alternativos, estes derivados do conhecimento cotidiano, devem ser
construídos nas interações do conhecimento científico, posto que, no
contexto escolar este último, implica na superação dos obstáculos
conceituais.
Ainda que possa haver fatores de incoerência com os
conhecimentos do cotidiano e o alternativo, em relação ao conhecimento
científico, é necessário esclarecer que a correta interação entre estes
conhecimentos, tem por objetivo final, tornar-se útil na vida prática para
o desenvolvimento de novas concepções.
Todas essas particularidades, permitem ao estudante construir seu
próprio modelo mental ou sua rede de relações conceituais sobre o
conhecimento científico escolar, nada disso seria possível se não houvesse
uma rede de interações composta de três requisitos: o estudante, os
conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências.
Pois, enquanto ao aluno cabe a primordial tarefa de sua
responsabilidade, adquirir o processo de aprendizagem, ao professor,
exige-se que determine as estratégias que possibilitam maior ou menor
grau de generalização e especificidade dos significados construídos.
Equivale a dizer que ele direciona os estudos para áreas de
conhecimento físico, químico e biológico, integrando-as e ao mesmo
tempo, envolvendo conceitos e questões tecnológicas, sociais, culturais,
éticas e políticas. Por isso, ele é o mestre mediador do processo de
ensino-aprendizagem.
46Toda esse processo far-se-á mediante observações, trabalho de
campo, redação, textos, fóruns, seminários, debates, conversação
dirigida, aula expositiva, leitura de textos complementares, experimentos,
esquemas e desenhos, estudo dirigido (Livro Didático), relatos de
experiências do cotidiano, confecção de cartazes, atividades escritas,
vídeos, pesquisas e palestras. Atendimento individualizado sempre que
possível e necessário a alunos portadores de necessidades especiais ou
distúrbios de aprendizagem, projetos e trabalhos individuais e coletivos.
Recursos didáticos: Para o ensino de Ciências, utilizaremos: O
Livro didático fornecido pelo MEC, materiais impressos pela escola,
jornal escrito, revistas, mapas, vídeos, acervo da biblioteca da escola, TV
Multimídia, laboratório de informática e Internet.
2.4 Avaliação
A avaliação deve considerar a interação feita entre aspectos físicos,
químicos e biológicos. Dessa forma, deverá apresentar as seguintes
características: diagnóstica (investigar os conhecimentos assimilados
pelo aluno) contínua ( acompanhar o rendimento, desenvolvimento do
aluno) e formativa (processo de construção de conhecimentos que
acontece na sala de aula). Utilizando-se da forma escrita, ou oral, através
de provas, atividades e trabalhos de pesquisa, relatos em grupos e
individual, registro de debates, observações de filmes e experimentos,
sendo usados os seguintes critérios:
• Compreensão dos conteúdos conforme objetivos citados no quadro
de conteúdos acima.
• utilização de saberes culturais, científicos e tecnológicos (que
foram abordados) para compreender a realidade e para abordar
situações e problemas do quotidiano;
• Utilização adequada de linguagens das diferentes áreas do saber
cultural, científico e tecnológico para se expressar;
47• Demonstrar os conhecimentos formais da disciplina, estudados em
sala de aula, na
• Produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados;
• Uso correto da língua portuguesa para comunicar de forma
adequada e para estruturar pensamento próprio;
• Pesquisar, selecionar e organizar informação transformando-a em
conhecimento;
• Realizar atividades de forma autônoma e responsável;
• Comunicar-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma
padrão da língua portuguesa.
• Cooperar com outros em tarefas e projetos comuns;
A avaliação sera mediada pelo professor e deverá oportunizar ao
aluno no mínimo duas avaliações por trimestre . Ao aluno fica garantido o
direito de realizar a recuperação de estudos,de forma contínua, com
aplicação de uma avaliação, com instrumentos diferenciados, para
confirmar a apropriação dos conteúdos trabalhados. O resultado da
avaliação de recuperação de estudos deverá substituir a menor nota do
aluno.
As informações devem estar obrigatoriamente registradas no livro
de Registro de Classe, a disposição para qualquer consulta e
comprovação.
2.5 Referências Bibliográficas
PPP. Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Cristo Rei,
2006.
SEED, Secretaria de Estado da Educação: Diretrizes Curriculares
de Ciências para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
PPC, Proposta Pedagógica Escolar da Escola Estadual Cristo Rei,
2006.
48GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências, conteúdo: 5ª série O planeta
Terra; 6ª série A vida na Terra; 7ª série nosso corpo; 8ª série Matéria e
energia, São Paulo: Ática, 2002.
APEC – Ação e Pesquisa em Educação com Ciências, Construindo
Consciências: ciências, 5ª e 6ª séries/- 1ª edição, São Paulo: Scipione,
2006.
http://ciencias.seed.pr.gov.br/ . Acesso em 08/02/2010.
http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=89 .
493 PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
3.1 Apresentação Geral da Disciplina de Educação Física
A disciplina de Educação Física tem grande relevância na situação
histórica que ora vivemos, pois possibilita ao individuo através das mais
variadas formas de linguagem e comunicação, que não necessariamente
as formais, a busca de seu espaço na sociedade, a auto – afirmação, seu
resgate como ser humano e cidadão crítico e consciente de seus direitos e
deveres, que sabe respeitar, mas que também gosta e quer se sentir
respeitado, além de seu auto-conhecimento, de conhecer e respeitar seus
próprios limites e limitações, e suas capacidades.
A Educação Física passou através dos tempos por várias
transformações, atingindo em alguns momentos da maturidade, um senso
crítico amparado pela comunidade científica e cultural. Hoje se faz
necessário um repensar sobre as necessidades atuais de ensino,
buscando a superação de uma visão fragmentada de homem e de
sociedade, onde devemos buscar o sentido da coletividade e do
tratamento igualitário, bem como a formação do cidadão omnisciente,
conhecedor de si próprio. De uma forte acepção marcada pelas ciências
da natureza, a Educação Física permite abordagens biológicas,
antropológicas, psicológicas, filosóficas e políticas das práticas corporais,
justamente por seu constituinte interdisciplinar. Apesar disso, a Educação
Física não pode ser um apêndice das demais disciplinas e projetos da
escola, nem um momento de compensação às atividades em sala de aula,
onde se premia ou pune o educando conforme o comportamento nas
demais disciplinas.
Ela é parte integrante do processo de escolarização e como tal,
deve articular-se ao Projeto Político Pedagógico da escola, onde o
professor deverá ser comprometido com a escola e com o projeto de
50escolarização.
Considerando os antecedentes históricos da Educação Física,
pode-se dizer que este é o momento da superação, de aproveitar tudo que
de bom houve nas concepções e atuações anteriores e aprender com o
que não deu certo. Devemos considerar a Educação Física de uma
maneira mais abrangente, oportunizando uma educação voltada para o
desenvolvimento de uma consciência critica do cidadão.
Desde os primórdios dos tempos que a vida humana em sociedade
se desenvolve pelas relações do homem com a natureza, e com o próprio
homem. Nessa relação, o homem desenvolveu várias habilidades físicas e
organizacionais, com o intuito de superar obstáculos. Outras
manifestações corporais eram realizadas em festas, em rituais, nas
celebrações dos frutos dos trabalhos.
Sendo assim, o trabalho é para o homem histórico, que ao longo do
tempo vem assumindo diferentes papéis. No capitalismo tornou–se
alienante, desumanizador, criou estereótipos, disciplinou, o que são
características essenciais para atender a produção capitalista.
Há que se propor, então, discussões teóricas acerca da área de
conhecimento da disciplina de Educação Física, da necessidade de se
compreendê-la em um contexto mais amplo, como parte integrante de
uma totalidade que interage social, política, econômica e culturalmente.
Precisamos entender de que forma o capitalismo dita as regras do pensar
e do agir sobre o corpo, e qual a sua influência em nossa prática
pedagógica, sendo para tanto, necessário nosso entendimento de que:
“(...) o profissional de Educação Física precisa compreender–se como aquele intelectual responsável pela organização e sistematização competente e crítica das práticas corporais conscientes do homem e suas determinações pelas relações com o trabalho, a linguagem e o poder, elementos estruturantes de uma sociedade cindida em classes e, consequentemente, em interesses antagônicos. O trabalho, no sentido de transformação da condição natural do homem, produzindo, este, a sua própria história. Porém, esta produção
51da história (cultura) não se dá sem um substrato ideológico que determina as formas de linguagem. A conformação dos signos sociais (palavras, gestos, etc.) se dá sempre num contexto de relações sociais e orientações ideológicas (...) . Finalmente, as relações de poder, também orientadas pelo jogo de forças determinado ideologicamente pela própria cultura, que cristaliza a condição dos sujeitos em determinada estrutura social. Pensar a Educação Física no interior da escola, sem pensar os seus determinantes culturais é, como a sua história bem tem demonstrado, torná–la acéfala.”(OLIVEIRA, 1998, p. 126)”.
Considerando o exposto, o objeto de estudo da Educação Física,
citado nas DCEs (Diretrizes Curriculares Estaduais) é a CULTURA
CORPORAL, ou seja, o conhecimento científico produzido pelos homens
ao longo da história, e os conteúdos estruturantes: os jogos e
brincadeiras, os esportes, as danças, as lutas e as ginásticas.
Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram
historicamente as teorizações em Educação Física escolar no Brasil,
desde as mais reacionárias até as mais críticas, opta-se, nas Diretrizes
Curriculares, por interrogar a hegemonia que entende esta disciplina tão
somente como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer
corporal.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do
Paraná, entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções,
deve garantir o acesso dos alunos ao conhecimento produzido
historicamente pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino,
Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o
acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações
ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na
busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser
humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto,
mas também agente histórico, político, social e cultural.
523.2 Justificativa
Os conteúdos estruturantes e específicos (básicos), citados nas
Diretrizes e logo abaixo dividido em séries e trimestres, são os
conhecimentos fundamentais e necessários para cada série dos anos
finais do Ensino Fundamental. O acesso a esses conhecimentos é direito
do aluno na fase de escolarização em que se encontra e é imprescindível
para sua formação. O trabalho pedagógico com tais conteúdos é de
responsabilidade do professor da série, que poderá acrescentar outros
conteúdos, conforme a necessidade, como os Desafios Educacionais
Contemporâneos e a ligação dos conteúdos estruturantes e, entendendo
que o plano de trabalho docente do professor não é um plano engessado,
podendo sofrer alterações no decorrer do ano.
Não se trata de uma simples lista de conteúdos a serem trabalhados
por série. Os quadros indicam como esses conteúdos se articulam com
os conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-
metodológica devem receber e, finalmente, a que expectativas de
aprendizagem estão atrelados.
Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa proposta de
seriação/
sequenciação de conteúdos básicos e, sem uma leitura atenta e
aprofundada das
DCEs, a compreensão desses quadros estará comprometida.
Além disso, os quadros de conteúdos básicos por série não
substituem a proposta pedagógica curricular, nem devem ser confundidos
com uma concepção curricular conteudista e imobilizadora. Eles
complementam e dão concretude às DCEs, pois focam o trabalho
pedagógico das disciplinas naquilo que as constitui como conhecimento
especializado e sistematizado, para que fique garantido, ao aluno, uma
formação conceitual de qualidade. O quadro de conteúdos básicos
auxiliará a implementação das DCEs e a organização da proposta
53pedagógica nesta escola.
No Plano de Trabalho Docente tais conteúdos serão abordados e,
quando necessário, desdobrados, considerando-se o necessário
aprofundamento para a série e nível. O plano é o lugar da criação
pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão abordagens
contextualizadas de forma histórica, social e politica, de modo que façam
sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e
econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.
O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele
estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção
curricular construída nas discussões coletivas.
O PTD só será construído com base nesta Proposta Pedagógica
Curricular construída coletivamente no âmbito escolar. Juntos, os
professores de Educação Física, com base nas Diretrizes, construíram
esta PPC, que vem de encontro com a Proposta Política Pedagógica e o
Regimento Escolar da Escola Estadual Cristo Rei.
3.3 Conteúdos
JOGOS E BRINCADEIRAS
• Contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de
um sujeito a outros.
• Reconhecer as formas particulares que os jogos e as brincadeiras
tomam em distintos contextos históricos, cabendo à escola valorizar
pedagogicamente as culturas locais e regionais que identificam
determinada sociedade.
LUTAS
54• Trabalhar as diferentes formas de lutas existentes, fazendo com que
as mesmas façam parte do contexto escolar, pois se constituem das
mais variadas formas de conhecimento da cultura humana,
historicamente produzidas e repletas de simbologias.
• Abordar esse conteúdo, valorizando os conhecimentos que
permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar
onde as lutas foram ou são praticadas.
GINÁSTICA
• Dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu
corpo.
• Conhecer e vivenciar as diferentes formas de representação das
ginásticas.
DANÇA
• Trabalhar com a dança no espaço escolar, tratando-a de maneira
especial, considerando-a conteúdo responsável por apresentar as
possibilidades de superação do limites e das diferenças corporais.
• Conhecer e vivenciar as diferentes manifestações de dança
existentes na cultura corporal, produzidas historicamente pelos
homens.
3.4 Conteúdos de Educação Física
6º ano
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURAN
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
55TE
JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogos de Tabuleiro
Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiros;
Jogos e BrincadeirasPopulares
Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos;
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Possibilitar a vivência das brincadeiras e cantigas de roda;Fazer um resgate histórico das mesmas.
GINÁSTICA
Ginástica Geral Estudar a origem e histórico da ginástica e das diferentes manifestações;Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas;Estimular a ampliação da consciência corporal.
ESPORTE
ColetivosHandebolVoleibol
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução e seu contexto atual;Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis
IndividuaisAtletismo
2º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogos Cooperativos
Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.Possibilitar a vivência dos jogos cooperativos com e sem materiais alternativos;
ESPORTE
ColetivoFutsalBasquetebol
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução e seu contexto atual.Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
IndividualBadminton
Pesquisar e discutir sua origem, sua evolução e seu contexto atual.Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos deste esporte e possíveis adaptações às regras.
DANÇA
Dança FolclóricaDança de RuaDanças
Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças;Contextualizar os diversos tipos de danças folclóricas;Conhecer sobre a origem e alguns
56Criativas significados( místicos, religiosos, entre outros)
das diferentes danças;Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
3º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
ESPORTES
ColetivoVoleibolFutsalBasquetebolHandebol
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução e seu contexto atual.Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
IndividualXadrezTênis de Mesa
Vivenciar este esporte através da prática de atividades introdutórias e do próprio jogo;.sua relação com os jogos populares;.seus movimentos básicos, ou seja, dos fundamentos.
GINÁSTICA
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Aprender e vivenciar os diferentes movimentos da ginástica (ex.: saltos, rolamentos, paradas de mão, roda);Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas;Pesquisar a cultura do circo;
LUTAS
Lutas deaproximaçãoCapoeira
Pesquisar a origem e histórico da capoeira;Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos das lutas;Experimentar a vivência de jogos de oposição;Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;Vivenciar movimentos característicos das lutas, como: a ginga, esquiva e golpes.
577º ano
1º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Reflexão e discussão a cerca da diferença entre jogo, brincadeira e esporte;Construção coletiva dos jogos;Estudar os jogos e suas diferenças regionais.Vivenciar os grandes jogos e os que exigem do aluno a cooperação – diferença entre cooperação e competição.
GINÁSTICA Ginástica Circense
Ginástica Geral
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica circense e geral;Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos;Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da cultura circense.Vivenciar os movimentos específicos desta ginásticas;Entender e praticar o alongamento, o aquecimento e o relaxamento como elementos constitutivos das ginásticas.
ESPORTE
ColetivoHandebolVoleibol
IndividuaisAtletismo
Estudar a origem destes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no decorrer da história;Aprender e vivenciar os fundamentos, as regras e os elementos básicos;Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva;
2º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogos de tabuleiros
Construção coletiva dos jogos;Estudar os jogos de tabuleiro e suas diferenças regionais.Vivenciar os grandes jogos e os que exigem do aluno concentração e atenção as estratégias de cada jogo.
Dançafolclóricas
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;Experimentação de movimentos corporais
58
DANÇADança de rua
Dança Criativa
Danças Circulares
rítmico/expressivos;Criação e adaptação de coreografias (rítmicas e expressivas);Vivenciar os mais diversos tipos de danças existentes.Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da dança.
ESPORTE
ColetivoBasquetebolFutsalIndividuaisBadminton
Estudar a origem destes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no decorrer da história;Aprender e vivenciar os fundamentos, as regras e os elementos básicos;
3º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
ESPORTES ColetivoVoleibolFutsalBasquetebolHandebol
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução e seu contexto atual.Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
IndividualXadrezTênis de Mesa
Vivenciar este esporte através da prática de atividades introdutórias e do próprio jogo;.sua relação com os jogos populares;.seus movimentos básicos, ou seja, dos fundamentos.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica
Aprender e vivenciar os diferentes movimentos da ginástica (ex.: saltos, piruetas, rolamentos, equilíbrios, giros);Construção e experimentação de materiais utilizados na GR;
LUTAS Lutas deaproximação
Capoeira
Karatê
Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos das lutas;Experimentar a vivência de jogos de oposição;Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;Vivenciar movimentos característicos das lutas, como: a ginga, esquiva e golpes.Conhecer a história da capoeira, judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos;
598º ano
1° TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogos dramáticos
Recorte histórico delimitando tempos eespaços, nos jogos;Festivais de mímica e expressão;Construção coletiva dos jogos;
GINÁSTICA
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Recorte histórico delimitando tempos eespaços, na ginástica.Noções de postura e elementos ginásticos.Origem da Ginástica com enfoqueespecifico nas diferentes modalidades,pensando suas mudanças ao longo dosanos.Manuseio dos materiais e vivência dos elementos da Ginástica Geral e Circense;Movimentos acrobáticos diversos.
ESPORTE
ColetivoHandebolVoleibol
IndividuaisAtletismo
Recorte histórico delimitando tempos eespaços, no esporte.Possibilidade do esporte como atividadecorporal: lazer, esporte de rendimento,condicionamento físico;Esporte e mídia;Esporte: benefícios e malefícios; Pratica dos fundamentos das modalidades esportivas.Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.Estudar a origem destes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no decorrer da história;Aprender e vivenciar os fundamentos, as regras e os elementos básicos;Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva;
2º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Construção coletiva dos jogos;Estudar os jogos de cooperação e verificar as
60JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogoscooperativos
diferenças regionais.Vivenciar os grandes jogos e os que exigem do aluno a criação das mais diversas estratégias de jogo.
DANÇA
Dança Criativa
Danças Circulares
Recorte histórico delimitando tempos eespaços, na dança.Elementos e técnicas de dançaEsquetes (são pequenas sequênciascômicas).Vivenciar os mais diversos tipos de danças, dando ênfase aos movimentos criativos e ritmados.
ESPORTE
ColetivoBasquetebolFutsal
IndividuaisBadminton
Radicais
Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde.Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes.Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.Estudar a origem destes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no decorrer da história;Aprender e vivenciar os fundamentos, as regras e os elementos básicos;
3º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
ESPORTES ColetivoVoleibolFutsalBasquetebolHandebol
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução e seu contexto atual.Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
IndividualXadrezTênisde Mesa
Vivenciar estes esportes através da prática de atividades introdutórias e do próprio jogo;.sua relação com os jogos populares;.seus movimentos básicos, ou seja, dos fundamentos.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica
Aprender e vivenciar os diferentes movimentos da ginástica (ex.: saltos, piruetas, rolamentos, equilíbrios, giros);Construção e experimentação de materiais utilizados na GR;
61
LUTAS
Lutas como instrumento mediador
Roda de capoeiraProjeto e imobilizaçãoVivenciar atividades que utilizem materiais alternativos das lutas;Experimentar a vivência de jogos de oposição;Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;Vivenciar movimentos característicos das lutas, como: a ginga, esquiva e golpes.Conhecer a história da capoeira, judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos;
9º ano
1° TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
JOGOS E BRINCA-DEIRAS
Jogos dramáticos
Jogos Cooperativos
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo que é umjogo de estratégia e imaginação, em que osalunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos:- Visão do jogo;- Objetivo;- O outro;- Relação;- Resultado;- Consequência;- Motivação.
GINÁSTICA
Ginástica Rítmica
Ginástica Geral
Noções de postura e elementos ginásticos.Manuseio dos materiais e vivência dos elementos da Ginástica Geral e Rítmica;Movimentos acrobáticos diversos.Origem da Ginástica: trajetória até osurgimento da Educação Física.Construção de coreografias.Análise sobre o modismo.Vivencia das técnicas especificas dasginásticas desportivas.Recursos ergo-gênicos (doping).
ColetivoHandebol
Recorte histórico delimitando tempos eespaços.
62
ESPORTEVoleibol
IndividuaisAtletismo
Organização de festivais esportivosAnalise dos diferentes esportes no contextosocial e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.A pratica dos fundamentos das diversasmodalidades esportivas.Súmulas, noções e preenchimento.
2° TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
GINÁSTICA Ginástica de Condicionamento Físico (academia)
Análise sobre o modismo.Vivência das ginásticas de academia (aeróbica, localizada, pilates...);Recursos ergo-gênicos (doping).
DANÇA
Dança Criativa
Danças Circulares
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histórico.Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos presentes no forro, vanerão e nasdanças africanas.Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
ESPORTE
ColetivoBasquetebolFutsal
IndividuaisBadminton
Radicais
Recorte histórico delimitando tempos eespaços.Organização de festivais esportivosAnalise dos diferentes esportes no contextosocial e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.A pratica dos fundamentos das diversasmodalidades esportivas.Súmulas, noções e preenchimento.
3º TRIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
63
ESPORTES
ColetivoVoleibolFutsalBasquetebolHandebol
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução e seu contexto atual.Propor a vivência dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
IndividualXadrez
Tênisde Mesa
Vivenciar estes esportes através da prática de atividades introdutórias e do próprio jogo;.sua relação com os jogos populares;.seus movimentos básicos, ou seja, dos fundamentos.
LUTAS Lutas como instrumento mediador
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas e vivenciar algumas manifestações;Conhecer a história da capoeira, judô, karatê, Taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos;
OBS.: Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão contemplados no decorrer da aplicação dos conteúdos propostos neste planejamento (Educação Ambiental, Sexualidade Humana, Violência nas Escolas, Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação Fiscal).
3.5 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as
práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é
possível por meio dos Elementos Articuladores.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos,
nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.
Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da
Educação Física na
escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos.
As Diretrizes Estaduais Curriculares para a disciplina de Educação
Física, propõe os seguintes elementos articuladores:
64
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia.
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas
corporais, indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica
em situações que surgem no cotidiano escolar. São, ao mesmo tempo, fins
e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois devem transitar pelos
Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulá-los o tempo
todo.
• Cultura Corporal e Corpo
O corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser humano é o
seu corpo, que sente, pensa e age. Os aspectos subjetivos de valorização –
ou não – do corpo devem ser analisados sob uma perspectiva crítica da
construção do referencial de beleza e saúde, veiculado por mecanismos
mercadológicos e midiáticos, os quais fazem do corpo uma ferramenta
produtiva e um objeto de consumo.
Esse elemento articulador tem também como pressuposto a reflexão
crítica sobre as diferentes visões constituídas ao longo da história da
humanidade em relação ao corpo que favoreceram a dicotomia corpo-
mente e sua repercussão no interior das aulas de Educação Física, nas
práticas corporais.
65•Cultura Corporal e Ludicidade
Ao vivenciar os aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras,
o aluno torna-se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o
real, e de refletir sobre os papéis assumidos nas relações em grupo.
Reconhece e valoriza, também, as formas particulares que os
brinquedos e as brincadeiras tomam em distintos contextos e diferentes
momentos históricos, nas variadas comunidades e grupos sociais.
O lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se
constitui nas interações sociais, sejam elas na infância, na idade adulta ou
na velhice. Essa problemática precisa ser discutida e vivenciada pelos
alunos, para que a ludicidade não seja vivida através de práticas
violentas.
• Cultura Corporal e Saúde
Permite entender a saúde como construção que supõe uma dimensão
histórico-social. Propõem-se alguns elementos a serem considerados
como constitutivos da saúde:
Nutrição: refere-se à abordagem das necessidades diárias de ingestão de
carboidratos, de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos, e
também de seu aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico
que ocorre durante uma determinada prática corporal;
Aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal: trata-se de conhecer o
funcionamento do próprio corpo, identificar seus limites na relação entre
prática corporal e condicionamento físico, e propor avaliação física e seus
protocolos;
Lesões e primeiros socorros: abordam-se informações sobre as lesões
mais frequentes ocorridas nas práticas corporais e como tratá-las a partir
das noções de primeiros socorros. Trata-se, ainda, de discutir as
consequências ou sequelas do treinamento de alto nível no corpo dos
atletas;
Doping: discutem-se as influências das condições econômicas, sociais,
66políticas e históricas no uso de substâncias ilícitas por atletas e não-
atletas, numa sociedade pautada na competição exacerbada. Assim como
os motivos e os valores determinantes no uso de esteroides anabolizantes
e seus efeitos.
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho
Com efeito, a Educação Física que, outrora esteve associada à
formação corporal do aluno visando adequá-lo ao modelo de produção
social, perde sua centralidade, ficando relegada a segundo plano
(NOZAKI, 2001).
Na crítica a esse processo, o professor poderá propor atividades
que alertem os alunos para os reais sentidos de tal prática, como exemplo
dos exercícios calistênicos, tão difundidos no interior da escola no
período de ditadura militar.
• Cultura Corporal e Desportivização
A desportivização deve ser analisada à luz da padronização das
práticas corporais. Isso significa que o primeiro objetivo de tornar
qualquer atividade um
esporte é colocá-la sob normas e regras padronizadas e subjugadas a
federações
e confederações, para que sua difusão seja ampla em todo o planeta,
deixando o
aspecto criativo da expressão corporal num segundo plano.
Com esse olhar, o professor poderá discutir com seus alunos as
contradições
presentes nesse processo de desportivização das práticas corporais, visto
que no ensino de Educação Física é preciso compreender o processo pelo
qual uma prática corporal é institucionalizada internacionalmente com
regras próprias e uma estrutura competitiva e comercial.
67• Cultura Corporal – Técnica e Tática
Os aspectos técnicos e táticos são elementos que estão presentes nas
mais diversas manifestações corporais, especificamente naquelas que
constituem os conteúdos da Educação Física na escola.
A técnica é, nesse sentido, fundamento central para pensar os
diferentes conteúdos da Educação Física, fruto do rigor científico e do
desejo humano em criar estratégias e métodos mais eficientes para
educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.
As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e
identificam o legado cultural das diferentes práticas corporais, por isso,
não se trata de negar a importância do aprendizado das diferentes
técnicas e elementos táticos. Trata-
se, sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito
além dos
elementos técnicos e táticos. Do contrário, corre-se o risco de reduzir
ainda mais
as possibilidades de superar as velhas concepções sobre o corpo,
baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de habilidades
motoras e no treinamento físico, por meio das conhecidas progressões
pedagógicas.
• Cultura Corporal e Lazer
A disciplina de Educação Física tem, entre outros, o objetivo de
promover experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que
o lazer se torne um dos elementos articuladores do trabalho pedagógico.
Por meio dele, os alunos irão refletir e discutir as diferentes formas de
lazer em distintos grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das
comunidades culturais, e a maneira como cada um deseja e consegue
ocupar seu tempo disponível.
Sob esse viés, trabalhar a questão do lazer nas aulas de Educação
Física pode
68possibilitar aos alunos, no tempo disponível – fora das obrigações
escolares, familiares, religiosas ou de trabalho – uma apropriação crítica
e criativa de seu tempo, por meio da interiorização do conhecimento.
• Cultura Corporal e Diversidade
Aqui, propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a
ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de
Educação Física podem revelar-se, excelentes oportunidades de
relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de
desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro seja
considerado.
Busca-se, com isso, uma conscientização das diferenças existentes
entre as pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto
básico de convivência.
• Cultura Corporal e Mídia
Esse elemento articulador deve propiciar a discussão das práticas
corporais
transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo, diariamente
exibido nos meios de comunicação para promover e divulgar produtos.
A atuação do professor de Educação Física é de suma importância para
aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões
veiculadas pela mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar
ao aluno discussão e reflexão sobre: a supervalorização de modismo,
estética, beleza, saúde, consumo; os extremos sobre a questão salarial
dos atletas; os extremos de padrões de vida dos atletas; o preconceito e a
exclusão; a ética que permeia os esportes de alto nível, entre outros
aspectos que são ditados pela mídia.
693.6 Encaminhamento Metodológico
A Educação Física está fundamentada nas reflexões sobre as
necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de
contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental
importância considerar os contextos e experiências da nossa região,
clientela escolar/comunidade escolar e professores.
Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas
que permitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja,
na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto
pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como
tal, deve estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu
objeto de estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes
na escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação
Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares,
nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das
aulas em sala.
Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares
do ambiente escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu
compromisso, tal como o de todos os professores, é com o projeto de
escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. Esses
pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo
como objetivo formar a atitude crítica perante a Educação Física/Cultura
Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua
construção a partir da escola.
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física,
com base nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a Cultura Corporal, por
meio dos conteúdos estruturantes propostos – esporte; dança; ginástica;
lutas; jogos e brincadeiras – a Educação Física tem a função social de
70contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o
próprio corpo, adquirir uma expressão corporal consciente e refletir
criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de
organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o
que possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No
processo pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode
transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de
conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas
práticas e nas reflexões.
Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao
conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas
corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
Isso representa uma mudança na forma de pensar o tratamento
teórico-metodológico dado às aulas de Educação Física. Significa, ainda,
repensar a noção de corpo e de movimento historicamente dicotomizados
pelas ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o movimento é
predominantemente um comportamento motor, visto que também é
histórico e social.
Sendo assim, tais consequências na prática pedagógica vão para
além da preocupação com a aptidão física, a aprendizagem motora, a
performance esportiva.
3.7 Avaliação
A avaliação da disciplina de Educação Física, está vinculada ao
projeto político-pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a
metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os critérios para a
avaliação são estabelecidos, considerando o comprometimento e
envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
71- Comprometimento e Envolvimento – Se os alunos entregam as
atividades propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos
propostos, por meio da reorganização de jogos e regras; se o aluno
consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem
desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo
e propondo soluções para as divergências; se os alunos se mostram
envolvidos nas atividades, seja através de participação nas atividades
práticas ou realizando relatórios/pesquisas.
Partindo-se destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como
um processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a
LDB 9394/96, em que o professor organizará e reorganizará o seu
trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica; o
esporte; os jogos e brincadeiras; a dança; e as lutas.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos Encaminhamentos
Metodológico, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é,
tanto o professor quanto os alunos, poderão rever o trabalho realizado,
identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com
objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os
acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.
Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor
utilizar-se-á de outros instrumentos de avaliação, como dinâmicas em
grupo, seminários, debates, júri simulado, (re)criação de jogos, pesquisa
em grupos, inventário do processo pedagógico, onde os estudantes
possam expressar suas opiniões aos demais colegas.
Outra forma de avaliação é a organização e realização de festivais e
jogos, tendo como finalidade demonstrar a apreensão dos conhecimentos
e como estes se aplicam numa situação real de atividade que demonstre a
capacidade de liberdade e autonomia dos alunos.
O critério notas sera mediado pelo professor e deverá oportunizar
ao aluno no mínimo d avaliações todas com peso dez por trimestre. Ao
72aluno fica garantido o direito de realizar a recuperação de estudos,de
forma contínua, com aplicação de uma avaliação, com instrumentos
diferenciados, para confirmar a apropriação dos conteúdos trabalhados.
O resultado da avaliação de recuperação de estudos deverá substituir a
menor nota do aluno e trabalhos escritos podem ser utilizados para
avaliação das aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva
exclusivamente para hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou
piores; aprovados e reprovados; mas que sirva, também, como referência
para redimensionar a ação pedagógica.
Por fim, a avaliação não deve ser pensada à parte do processo de
ensino-aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando
coletivamente no espaço escolar sobre as estratégias didático-
metodológicas entendendo esse processo como algo contínuo,
permanente e cumulativo.
3.8 Referências Bibliográficas
PARANÁ. DCEs – Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação Física para a Educação Básica. SEED/PR/2008.
PARANÁ. Livro Didático Público. Educação Física – Ensino Médio. Vários autores. Curitiba: SEED/PR, 2006 – 232p.
SOARES et all. Metodologia do Ensino de Educação Física . São
Paulo: Cortez, 1993.
734 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
4.1 Apresentação geral da disciplina
O Ensino Religioso é de matrícula facultativa e parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais
das escolas públicas da Educação Básica, assegurado o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedada qualquer forma de
proselitismo. (Lei 9475/97 art. 33 da LDBN/96).
O Ensino Religioso era tradicionalmente lecionado como
catequese nas escolas públicas brasileiras. Neste sentido tinha como
conteúdo a doutrinação católica e seus fundamentos. A partir das novas
orientações da LDB para o Ensino religioso, que prevê uma disciplina de
caráter laico que objetiva um ensino que promulga o respeito à
diversidade e o entendimento de que a alteridade e o reconhecimento do
outro enquanto sujeito com deveres e direitos, deve ser respeitado em
suas convicções de fé e crença. Portanto , ficando definido como objeto de
estudo do Ensino Religioso o Sagrado e tendo como objetivo conceituar o
Sagrado e pensar sua dimensão histórica , política , social e cultural.
A disciplina de Ensino Religioso busca expressar a necessidade de
reflexão em torno dos modelos de ensino e dos processos de
escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas que exigem
a compreensão ampla da diversidade cultural posta como também no
âmbito religioso, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no
apresente, a sociedade esteve consciente da unidade do destino do
homem em todo o planeta e das radicais diferenças culturais que marcam
a humanidade.
Faz parte do foco de trabalho do Ensino Religioso, conteúdos
que tratam da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das
suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais,
74sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas estas relações.
Alguns fatores ajudam a entender o enfoque do Ensino Religioso. O
primeiro atribuindo à pluralidade social, num estado não confessional,
laico e que garante, pela Constituição, à liberdade religiosa.
Outro diz respeito à própria maneira de aprender o conhecimento,
devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia
da educação e da comunicação, além da globalização dos meios de
comunicação que atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo
também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de
interpretar o Sagrado.
Destaca-se ainda, que as chamadas tecnologias da comunicação
aliadas aos estudos relativos à aprendizagem, têm aplicado as
possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos
saberes ao longo da vida, condição para a vida em sociedade, marcada
pelas exigências do capitalismo.
A disciplina de Ensino Religioso deverá Proporcionar aos educandos
a oportunidade de identificação, de entendimento, conhecimento, de
aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas
presentes na sociedade de tal forma que amplie sua própria cultura em
que estão inseridos, bem como a possibilidade de refletir e entender
como os grupos sociais se constitui culturalmente e como se relacionam
com o Sagrado e ampliar a abordagem no que se refere a diversidade
religiosa tendo como objeto de estudo o Sagrado e como foco do
Fenômeno Religioso como algo que está presente em todas as
manifestações religiosas e como cerne da experiência religiosa do
cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
4.2 Conteúdos
O Ensino Religioso assim como as demais áreas do conhecimento
75que compõem esta disciplina contribuem para o desenvolvimento do
sujeito. A LDB tem como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo, assim como a compreensão do ambiente natural e
social do sistema político da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade, também do desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vista a aquisição do conhecimento, habilidades e
a formação de atitudes e valores.
4.2.1Conteúdos Estruturantes
a) A paisagem religiosa: se refere à materialidade fenomênica do
Sagrado, a qual é aprendia através dos sentidos. Refere-se à
exterioridade do Sagrado e sua concretude, ou seja, os espaços sagrados.
b) O símbolo: apreensão conceitual da razão, onde se concebe o
Sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica.
Sendo assim, entende-se como sistema simbólico e projeção cultural.
c) Texto Sagrado: é a tradição e a natureza do Sagrado enquanto
fenômeno pode ser manifestado de forma material ou imaterial. Neste
sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das tradições
orais sagradas e dos mitos.
d) Sentimentos Religiosos: tem seu caráter transcendente,
imanente, não-racional. É uma dimensão muito presente na experiência
religiosa. É a experiência do Sagrado em si, trata-se daquilo que qualifica
uma sintonia entre o sentimento religioso e o fenômeno sagrado.
Sagrado
Paisagem religiosa ____ Símbolo ____ Texto sagrado
764.2.2 Conteúdos Específicos
6º ano
- Respeito à diversidade religiosa;
- Lugares Sagrados;
- Textos Orais e Escritas Sagradas;
- Organizações Religiosas;
7º ano
- Universo Simbólico Religioso;
- Ritos;
- Festas Religiosas;
- Vida e Morte;
4.3 Encaminhamento Metodológico
O processo de ensino e aprendizagem defendido pelo ensino
Religioso visa a construção/produção do conhecimento e que, por
conseqüência se caracteriza por uma metodologia de promoção do debate
da hipótese divergente, da dúvida, do confronto de idéias, de informações
discordantes, da pesquisa e também da exposição competente de
conteúdos formalizados.
Este processo tem como primícia, o educando como sujeito social
do conhecimento científico que interage com os conteúdos, objeto social
do conhecimento, tendo o professor como mediador social desse
conhecimento.
A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a
intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou
expressões do sagrado, desconhecidas ou pouco conhecidas dos
educandos para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de
77manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo
cultural da comunidade.
Os conteúdos do Ensino Religioso não têm o compromisso de
legitimar manifestações do Sagrado em detrimento de outras, uma vez
que a escola não é espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de
ritos, símbolos, campanhas e celebrações.
Tendo em vista que o conhecimento religiosos constitui
patrimônio da humanidade , conforme a legislação brasileira que trata do
assunto , o currículo do Ensino religioso pressupões:
-Colaborar com a formação da pessoa;e
-Promover a escolarização fundamental para que o educando se aproprie
de saberes para entender os movimentos religiosos específicos de cada
cultura (DCE ,Pg 20).
Ao adotar uma abordagem pedagógica e não religiosa dos
conteúdos, o professor estabelecerá uma relação com os conhecimentos
que compõem o universo sagrado das manifestações religiosas como
construção histórico-social, agregando-a ao patrimônio cultural da
humanidade. Não estará, portanto, propondo que se faça juízo desta ou
daquela prática religiosa.
4.4 Avaliação
É necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem
adotados em Ensino Religioso, uma vez que este componente curricular
não segue as mesmas orientações das demais disciplinas, no que se
refere a atribuição de notas ou conceitos. O Ensino Religioso não se
constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de
notas ou conceitos na documentação escolar. Mesmo assim a avaliação
não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo da
disciplina de Ensino Religioso.
78Cabe ao professor utilizar práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação do conhecimento pelo educando e
pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus
objetivos.
Serão utilizados instrumentos que auxiliam a registrar o quanto o
educando e a turma se apropriaram dos conteúdos e atingidos os
objetivos como: trabalhos em grupo, análise de textos, apresentação de
trabalhos, construção de textos individuais, dramatizações, poesias, etc.
A avaliação paralela deverá ocorrer quando o professor perceber
que os educandos ou a turma encontraram dificuldades de identificar
conteúdos referenciais para a compreensão das manifestações do
Sagrado.
4.5 Referência Bibliográficas
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: ed Scipione, 1994.
ELIADE, Mirceia. O Sagrado e o Profano. A essência das Religiões. São
Paulo. ed. Paulinas, 1989.
ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI. Projeto Político Pedagógico.
Francisco Beltrão 2007.
MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do Eterno: Religiões no Brasil.
São Paulo: ed. Moderna Ltda, 1989.
OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Ed. 70, 1992.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da
Educação. Diretrizes curriculares de Ensino Religioso para
Educação Básica. Curitiba, ed. MEMVAVMEM, 2006.
795 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
5.1 Apresentação Geral da Disciplina
A geografia é uma ciência que tem como foco as relações homem-
natureza. Desde os primórdios essa dependência é muito forte por isso o
ser humano sempre se preocupou em explicar o enfoco a sua volta,
conhecê-lo para dominá-lo.
O conhecimento geográfico tem seu inicio há séculos quando o
homem busca representar com detalhes os espaços devido aos interesses
militares de conquista e expansão e interesses mercantis (rotas
marítimas, lugares, etc.).Os saberes geográficos, nesse processo
histórico, passaram a serem evidenciadas nas discussões filosóficas,
econômicas, políticas, que buscavam explicar questões referentes ao
espaço e a sociedade. Temas como: comércio, formas de poder,
organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais,
crescimento populacional, formas de representação de territórios,
extensões territoriais eram preocupações dos grandes impérios e “cabia
indagações cientificas” (MORAES, 1987).
Estudos sobre esses questionamentos subsidiaram o surgimento de
escolas nacionais de pensamento geográfico com destaque na Europa p/ a
escola alemã com Humboldt (1769-1859).Ritter (1779-1859) e Ratzel
(1844-1904) fundador da geografia sistematizada, considerada
cientifica.E a escola francesa com Vidal de La Blache (1845-1918).
No Brasil a institucionalização da geografia se consolidou a partir
de 1930 com pesquisas que buscavam compreender e descrever o
ambiente físico nacional a fim de servir aos interesses políticos do estado
80
na perspectiva do nacionalismo econômico. Essa forma de abordagem do
conhecimento geográfico prolongou-se por boa parte do séc. XX tendo
como papel principal à descrição do espaço.
As transformações históricas dos modos de produção, após a 2°
Guerra Mundial, trouxeram muitas mudanças no contexto mundial e
interferiram no saber geográfico originando novos enfoques para a
análise, apropriação e uso do espaço, bem como para as relações de
trabalho e a exploração da natureza. A escola enquanto instituição
formadora passa por um processo de readequação para satisfazer as
necessidades de mão-de-obra que o mercado industrializado exige.
Essas mudanças influenciaram o pensamento geográfico brasileiro,
as discussões teóricas, centravam-se em torno das idéias de Ives Lacoste
e seu livro “a Geografia: Isso serve antes de tudo para fazer a
guerra”.Surge a Geografia Crítica, a disciplina desprende-se da
abordagem meramente da observação, descrição e memorização dos
elementos naturais e humanos para uma análise social, política e
econômica sobre o espaço geográfico.
A geografia no atual contexto procura tornar-se uma ciência mais
plural, mais comprometida socialmente, democrática, que aborda
situações regionais e locais principalmente no que tange as questões
ambientais, no entanto, ainda encontra-se retraída, passiva a situações
sociais, político-econômicas que exigem ações mais arrojadas de
enfrentamento e busca de possíveis soluções.
Podemos pensar que a contribuição da geografia para a formação
do aluno está na compreensão que ele terá da realidade, ao estudar o
espaço geográfico "objeto de estudo" da geografia, entendido como o
81
espaço produzido e apropriado pela sociedade(LEFEBVRE, 1974),
composto pela inter-relação entre sistemas de objetos: naturais, culturais
e técnicos, e sistemas de ações: relações sociais, culturais, políticas e
econômicas(Santos 1996). O educando refletirá sobre a analise da
dinâmica social, da dinâmica da natureza e a relação que existe entre os
seres humanos e entre estes e a natureza. Este conhecimento deve servir
para que o aluno seja “Sujeito” do seu espaço de vivencia com capacidade
de promover a leitura crítica deste e agir como cidadão consciente neste
processo de transformação.
O objetivo é que o educando compreenda o espaço geográfico como
uma construção das sociedades humanas, e sua relação com os conceitos
básicos de região, paisagem, natureza, território, lugar e sociedade, em
diferentes escalas e configurações geográficas.
82
5.2 Conteúdos
5.2.1 Conteúdos Estruturantes 5ª série/6º ano
83
845.3 Encaminhamento Metodológico
Deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da geografia e compreendam o processo
de produção e transformação do Espaço Geográfico.
No ensino de geografia, tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial prévio do aluno para
relacioná-lo ao conhecimento científico no sentido de superar o censo comum. Para tal recomenda-se que o professor
crie uma situação problema, instigante e provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno
para o conhecimento. Por isso deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de
modo que se torne sujeito do seu processo de aprendizagem (Vasconcelos, 1993).
Para a construção do conhecimento em sala de aula a contextualização do conteúdo é mais do que relacioná-la
à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas,
culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.
5.4 Avaliação
É imprescindível que a avaliação seja diagnóstica, contínua e priorize a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. O professor deve usar instrumentos de
avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, tais como: leitura e interpretação de textos, fotos,
85
imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de campo, apresentação de
seminários, construção e análise de maquetes; provas escritas e orais.
Deve dar ênfase ao aprender, considerar que os alunos apresentam ritmos e processos de aprendizagem
diferente. Oportunizar aos alunos que apresentaram dificuldades a retomada dos conteúdos através da recuperação
paralela, a qual ocorrerá sempre que o educando necessitar com novas explicações e exercícios, de trabalhos
individuais ou em grupos. O professor deve observar, então, se os alunos formaram os conceitos geográficos e
assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para compreender o espaço nas diversas
escalas geográficas.
A avaliação sera mediada pelo professor e deverá oportunizar ao aluno no mínimo duas avaliações por
trimestre todas com peso dez. Ao aluno fica garantido o direito de realizar a recuperação de estudos,de forma
contínua, com aplicação de uma avaliação, com instrumentos diferenciados, para confirmar a apropriação dos
conteúdos trabalhados. O resultado da avaliação de recuperação de estudos deverá substituir a menor nota do aluno.
86
5.5 Referências Bibliográficas
DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO DO ESTADO DO PARANÁ. 2006
LEMOS, A.I.G de. Geografia da modernidade e geografia da pós-
modernidade.
GeoUsp, São Paulo, n.5,1999.
MENDONÇA, F.Geografia sócio-ambiental.In: MENDONÇA,F. e KOZEL,S.
(orgs.)Elementos de epistemologia da geografia contemporânea,
Curitiba:Ed. da UFPR,2002,p.121-144.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e
emoção. São Paulo: HUCITEC,1996.
SPOSITO, Eliseu S. Geografia e filosofia:contribuição para o ensino do
pensamento geográfico. São Paulo:Editora da UNESP, 2004.
SPOSITO, M. E. B. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino de
geografia:pontos e contrapontos para uma análise.In: OLIVEIRA,A.U. e
CARLOS,A.F.A.(orgs.)Reformar no mundo da educação, parâmetros
curriculares e geografia.São Paulo: Contexto,1999,p.19-34.
Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos.
P.P.P. ( Projeto Político Pedagógico ) da Escola.
ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI – EF, PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO, Francisco Beltrão, 2008
876 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
6.1 Apresentação geral da disciplina
Em princípio é importante destacar que o Ensino da História atual
tem como perspectiva a análise histórica de movimentos sociais
organizados e consideram a memória nacional e a diversidade cultural de
todos e não como ocorria na década de 1970, quando valorizava-se a
História metódica do Positivismo, ou seja, apenas a valorização política
dos heróis e o modelo conservador de sociedade, onde a História Oficial
tinha como objetivo , legitimar os valores aristocráticos, no qual o
processo histórico conduzido por líderes excluía a possibilidade das
pessoas comuns serem entendidos como sujeitos históricos.
A História é a ciência que tem como objeto de estudo os processos
históricos relativos as ações humanas, relacionadas com a natureza e do
Homem com o Homem, no tempo e no espaço , desde seu aparecimento
na terra até a atualidade.
Pretende reinterpretar o passado, a partir das possibilidades
abertas pela ação humana coletiva , permitindo que o conhecimento
adquirido possibilite o desbravar de fronteiras imaginadas no presente e
no futuro.
O Ensino da História tem como objetivo a formação da visão
crítica , pois proporciona ao educando instrumentos que irão auxilia-lo na
interpretação da realidade vivenciada.
Os conteúdos estruturantes da Disciplina de História contemplam
as Relações de Trabalho , Relações de Poder e Relações Culturais e
podem ser identificadas no processo histórico da constituição da
disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação histórica
em uma nova racionalidade , não linear e temática.
88A inclusão desses temas no currículo de História pretende
aproximar os conteúdos da vivência e da história dos educandos. Essa
orientação temática pretende contribuir para atualização e a renovação
do Ensino de História, respeitando a autonomia de o professor decidir
como , quando e por que inserir esses temas no seu trabalho em sala de
aula.
O ensino de História deve estimular a formação da visão crítica ao
fornecer ao educando um instrumental que o auxilie na interpretação da
realidade vivenciada por ele. Mostrando, por exemplo, que o mundo de
hoje foi construído ao longo do tempo, como resultados de processos
históricos que envolveram vários grupos sociais. Assim, o aluno poderá
perceber que a realidade vivenciada por ele não é eterna e tampouco,
imutável, mas consequências de pessoas como ele, que viveram em
tempos e espaços diferentes.
O ensino de História presta-se também, de modo particular, para
dotar o educando de espírito participativo, qualidade que ele deve ter
tanto na vida familiar, quanto escolar e, mais tarde, no trabalho, na
administração de seu município, do estado e do país.
A visão crítica e espírito participativo são duas faces de uma
mesma moeda. Uma não existe sem a outra. O objetivo maior é formar
educandos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas que
o cercam e pelo futuro que irão legar às novas gerações.
6.2 Conteúdos
6º ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
89Experiência humana no Tempo;
Sujeitos suas relações com outro no Tempo;
As Culturas locais e a Cultura Comum;
Conteúdos Específicos
1º trimestre
1- Produção do conhecimento históricos
1.1 O historiador e a produção do conhecimento histórico,
1.2 Tempo, temporalidade, fontes, documentos, patrimônio material e
imaterial, pesquisas.
2- Articulação da História com outras áreas do conhecimento.
2-1 Arqueologia, antropologia, paleontologia,
geografia,geologia,sociologia,etnologia e outras.
3- Arqueologia no Brasil
3-1 Lagoa Santa Luzia (MG)
3-2 Serra da Capivara(PI)
3-3 Sambaquis(PR)
4- A humanidade e a História
4-1 De onde viemos, quem somos, como sabemos? (fontes,história do
aluno, História da Escola)
5- Surgimento e desenvolvimento da humanidade; grandes
migrações:
5-1 Teorias do surgimento do homem na América.
5-2 Mitos e lendas da origem do homem
5-3 Desconstrução do conceito de Pré- História.
5-4 Povos ágrafos, memória e história oral.
90
2º trimestre
1- Povos indígenas no Brasil e no Paraná
1.1 Ameríndios do território brasileiro (Kaingang, Guarani, Xetá e
Xokleng)
a)Organização política, social e trabalho;
b)Religião;
c)Catequização ( Jesuítas);
d)Massacres e doenças;
e)Troncos lingüísticos.
2- As Primeiras civilizações na América
2.2Olmecas, Mochicas, Tinawacus, Maias, Incas e Astecas .(arqueologia)
2.3.Ameríndios da América do Norte
a)Aspectos gerais da organização social,trabalho e poder.
3- Primeiras Civilizações na Ásia
3.1.China;
3.2.Índia;
a)Relações de poder, trabalho e Cultura.
4- Situação do índio no Paraná atual.
3º trimestre
5- Primeiras Civilizações na África
5.1.Egito;
5.2.Mesopotâmia
5.3. Fenícios, Hebreus e Persas
91a) Aspectos da vida social, política, cultural, religiosa e econômica.
6- Povos da Europa
6.1.Gregos;
6.2.Romanos;
a)Relações de poder, Cultura e Trabalho.
7ª Ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
As relações de propriedades;
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a cidade;
Conflitos e resistência/ e produção cultura campo/cidade
Conteúdos Específicos
1º Trimestre
1- Idade Média
Sociedade, Religião, economia e política
1-2 Renascimento
2- O Protestantismo e a Reforma católica
3- Consolidação dos Estados Nacionais
3-1 Absolutismo (inglês e francês)
4- A formação de Portugal e da Espanha
4-1 A Reconquista
4-2 A Revolução de Avis
92
5- A expansão marítima européia
6- O Mercantilismo
7- África e Ásia
7-1 Reinos africanos
7-2 Os impérios asiáticos
8- O Continente americano-
(séc. XV_XVI)
8-1 Incas, Maias, Astecas e Tupi-Guarani
8-2 .Modo de vida e de Guerra
2º Trimestre
1- América espanhola, Portuguesa,
1.1 Colônias francesas, holandesas e inglesas
3- Escravidão e Resistência
(Quilombos Brasil e Paraná)
4- As sociedades nas colônias americanas ( XVI-XVII)
5- A administração da colônia portuguesa
6- A América holandesa
7- A expansão territorial da América portuguesa
8- As sociedades mineiras
8.1 Transformações na Colônia
938.2 Guerra dos Emboabas
8.3 Economia /impostos/sociedade na mineração
9- As Revoluções Inglesas( 1640- 1689)
3º TRIMESTRE
1 - Independência das Treze Colônias da América do Norte
( Iluminismo)
2- Revolução Francesa
3- Movimentos de Contestação no Brasil:
3.1 Inconfidência Mineira
3.2 Conjuração Baiana
3.3 Insurreição Pernambucana
3.4 revolta da Cachaça
3.5 Revolta da Maneta
3.6 Guerra dos Mascates
4- Independência do Haiti
5- Expansão Militar na França
4.1 Bloqueio Continental
4.2 Congresso de Viena
4.3 Vinda da Família Real para o Brasil
8º Ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
94O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
Conteúdos Específicos
1º Trimestre
1 Revisão: Iluminismo./Revolução Francesa / Inglesa.
2- Revolução Industrial ( contexto histórico)
2.1 - o movimento operário e os socialismos.
2.2 - imperialismo e neocolonianismo.
2.3- a expansão dos Estados Unidos da América.
3- Brasil
3.1– Brasil: o primeiro reinado (1822-1831)
3.2- Brasil: o governo dos regentes (1831-1840)
3.3- Brasil: as revoltas contra o império (1835-1845)
4- A sociedade brasileira no Segundo Reinado.
5- Processos de Independência na América Espanhola
6- O processo de independência política do Brasil
7- Paraná
7.1 Emancipação Política.
2º Trimestre
1- Os conflitos entre os países sul-americanos.
1.1 – Conflitos Platinos.
1.2 - Alianças perigosas.
1.3 - A Guerra da Tríplice Aliança.
1.4 – A Guerra do Pacífico.
95
2- A Segunda Revolução Industrial.
2.1 – Números da industrialização.
2.2 – Aumento da produtividade.
2.3 – A linha de produção.
2.4 – Cartéis,Trustes, Holdings.
3- As Revoluções liberais. ( França – Alemanha)
4- As imigrações para o Brasil.
4.1 – Substituição de mão-de- obra. ( livres e escravos)
4.2 – Parceria e colonato.
4.3 – Imigração.
5-Brasil: Abolição da Escravidão (1845-1888)
5.1 Lei de Terras- 1850
3º Trimestre
1- A proclamação da República Brasileira (1870-1889)
1.1 – Os projetos republicanos.
1.1 – A questão religiosa.
1.2 – Os militares querem o poder.
1.3 – A preparação do golpe.
1.4 – Oligarquia, coronelismo ,clientelismo
2- O primeiro governo militar brasileiro ( 1889-1894).
2.1 – A República da Espada.
2.2 – O encilhamento.
2.3 – Governos de Deodoro e Floriano Peixoto..
2.4 – Revolução federalista.
963- Brasil: o governo dos cafeicultores.
3.1 – Coronelismo.
3.2 – O poder do café.
3.3 – A política dos governadores.
3.4 – O voto do cabresto.
3.5 – O cangaço e suas implicações sócio-culturais
4- Messianismo no Brasil
4.1 – Canudos, (relação com a denominação “favela”)
4.2 – O Contestado
(Obs.: Utilizar material fornecido no NRE-Itinerante/ 2009)
5- Urbanização e higienismo no Brasil.
5.1 – As cidades e as doenças.
5.2 – A Revolta da Vacina.
5.3 – Urbanização do Paraná ( nova sugestão)
6- Breve contextualização da Revolução Mexicana.
6.1 – Camponeses e latifundiários.
6.2 – Guerra Civil.
6.3 – A Constituição de 1917.
6.4 – O fim da Revolução.
9ºAno
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
A constituição das instituições sociais.
97A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
Conteúdos Específicos
1º Trimestre
Revisão : neocolonialismo
1 - Primeira Guerra Mundial. ( o avanço do capitalismo)
1.1 – Conflito ( causas), confronto
1.2 – Estados Unidos entram na guerra.
1.3 – O tratado de Versalhes
1.4 – Brasil: participação e conseqüências
2- Revoluções Russas.
2.1 – A Rússia czarista.
2.2 – A Revolução de 1905; Revolução de Fevereiro; Revolução de
Outubro.
2.3 – Governo socialista; medidas capitalistas.
2.4 – Fortalecimento do Estado. (Comunismo?)
3- A Semana da Arte Moderna
4- A crise de 29 – conseqüências no Brasil
4-1 A quebra da bolsa de Nova York.
4-2 O New Deal. ( Planos econômicos no Brasil)
4.3 Brasil - Crise do café/ Industrialização
5 - Brasil 1930 : golpe ou revolução?
5-1 O movimento de 1930.
5-2 As eleições ( Getúlio Vargas)
5-3 O poder do voto.
98
6 - Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-1934).
6-1 Revolta de 1932
6-2 A Frente Única Paulista.
7- Comunistas e fascistas no Brasil (1930-1938). (Fascismo,
origem na Itália)
7-1 Integralistas e comunistas.
7-2 AIB e ANL
8- O Estado Novo. Getúlio Vargas
8-1 Golpe de Estado.
8-2 Controle e propaganda.
9 – A Segunda Guerra Mundial
9.1 O início da guerra ( causas).
9.2 Os campos de concentração.
9.3 Frentes de batalha.
9.4 fim da Guerra; conseqüências.
10 - A Guerra Fria.
10.1 A criação da ONU
2º Trimestre
11- A Descolonização da África e da Ásia.
12- A Revolução Chinesa
12.1 De império a República Popular.
12.2 A revolução camponesa.
12.3 Governo comunista.
12.4 Revolução Cultural.
13- Os Conflitos no Oriente Médio.
13-1 criação de Israel.
9913-2 A guerra árabe-israelense.
13.3 Os Palestinos.
13.4 A guerra dos Seis Dias.
13.5 A Guerra Irã-Iraque.
3º Trimestre
14- Populismo na América Latina.
(Argentina - Bolívia)
15 – Construção do Paraná Moderno
15.1 Contextos dos Governos Manoel Ribas; Moisés Lupion; Bento
Munhoz da Rocha Neto; Ney Braga.
15.2 - A Revolta dos Colonos.
15.3 - Década de 50 no Paraná.
15.4 O Regime Militar no Paraná.
16 - A Guerra no Vietnã (movimentos sócios- culturais)
17- A Revolução Cubana
17.1 Comunistas na América
17.2 Repercussões no Brasil
18 – As Ditaduras na América Latina
19 - BRASIL (1961-1964)
19.1 Golpe de Estado (1961-1964)
19.2 Governo militares (1964-1969)
19.3 Milagre econômico (1969-1979)
19.4 Fim da ditadura (1974-1989)
19.5 Fim da Guerra Fria (1980-1991)
19.6 Brasil – Collor à Lula (1990 à 2010)
100
6.3 Encaminhamento Metodológico
Quando se pretende que o ensino da História contribua com a
consciência histórica é imprescindível que o professor retome
constantemente com seus educandos como se dá o processo da
construção do conhecimento histórico.
Ao planejar as aulas, caberá ao professor problematizar, a partir
do conteúdo a ser trabalhado, a produção do conhecimento histórico,
considerando que a apropriação dos conteúdos é processual e deverá ser
constantemente retomado.
O professor terá que ir além do livro didático, uma vez que ele é
um instrumento limitado. Isso não significa que o livro didático seja
eliminado da sala de aula, mas implica na busca por outros referenciais
para complementar os conteúdos. Isso exige que o professor esteja atento
à grande produção historiográfica de livros, revistas especializadas,
muitas disponibilizadas nos meios eletrônicos.
O uso da biblioteca é indispensável para a ampliação do
conhecimento do educando, sendo orientados pelo professor de História a
conhecer o acervo específico e as obras que poderão ser pesquisadas ao
longo do ano letivo.
Além disso, as imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos,
fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas,
Visitas virtuais etc, são documentos que podem ser utilizados pelos
professores de História como materiais didáticos de grande valor na
construção do conhecimento histórico.
Há também que haver a consciência por parte do professor de
História que a interdisciplinaridade ocorre na articulação dos conceitos e
metodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas,
imagens, sons, etc., de outras disciplinas relacionadas devem ser tratadas
como documentos a ser abordados historiograficamente.
101Os Desafios Educacionais Contemporâneos e os Temas da
Diversidade deverão ser desenvolvidos ao longo do ano letivo na Escola ,
através dos conteúdos específicos, quando forem abordados e
aprofundados. São eles:
• Cidadania e Educação Fiscal;
• Educação em/para os Direitos Humanos;
• Educação Ambiental (Lei 9795/99);
• Enfrentamento à Violência na Escola;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
Os temas da Diversidade são:
• História da Cultura Afro Brasileira Africana e Indígena (Lei
10639/03 , Lei 11645/08).
• Sexualidade Humana.
Pretendemos construir o conhecimento a partir de:
• Problematização do presente/passado por meio de pesquisas, fontes
histórica.
• Interpretação de imagens através de livros, figuras, sites , filmes,
fotos e documentos em geral.
• Análise de diferentes visões historiográficas através da oralidade,
em seus variados aspectos.
• Reconstruções de trajetórias históricas através da oralidade e
leituras, em seus variados aspectos.
• Uso constante da cartografia e objetos históricos.
• Analisar a concepção de poder de forma a representar outros atores
sociais e outros espaços de poder , o que ficou conhecido como a
“Historia vista de baixo.”
6.4 Avaliação
102A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os
educandos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e
não como elemento externo a este processo, ou seja, classificatória.
Diante disso, propõe-se uma avaliação formal, processual, continuada e
diagnóstica.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os
educandos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, para
identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos para superar dificuldades
constatadas.
Retomar a avaliação com os educandos permite situá-los como
parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja
assumida com vistas à aprendizagem de todos.
Propondo maior participação dos educandos no processo
avaliativo, não se objetiva esvaziar o papel do professor, mas ampliar o
significado das práticas avaliativas para todos os envolvidos. No entanto,
é necessário destacar que cabe ao professor planejar situações
diferenciadas das avaliações.
A avaliação consistirá em alguns critérios a serem observados na
avaliação dos alunos ao longo do Ensino Fundamental:
• Conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;
• Conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o nível
de ensino em questão;
• O emprego de conceitos históricos para analisar diferentes
contextos;
• Compreensão da História como prática social, da qual participam
como sujeitos de seu tempo;
• Análise das diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões
econômico, social, política e cultural no Ensino Fundamental;
103• Compreensão de que o conhecimento histórico é produzido com
base no método da problematização de distintas fontes
documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa
histórica;
• Explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social
e econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos, e
se compreendem que a produção do conhecimento histórico pode
validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já
existente.
A avaliação consistirá nos seguintes instrumentos:
• produção e interpretação de textos;
• pesquisas bibliográficas;
• questões orais e escritas;
• debates;
Ao aluno sera proporcionado no mínimo duas avaliações por
trimestre todos com peso dez , e ao fica garantido o direito de realizar a
recuperação de estudos,de forma contínua, com aplicação de uma
avaliação, com instrumentos diferenciados, para confirmar a apropriação
dos conteúdos trabalhados. O resultado da avaliação de recuperação de
estudos deverá substituir a menor nota do aluno.
6.5 Referências Bibliográficas
BURKE, Peter. Abertura: a nova história, seu passado, seu futuro. In.: (org). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo, Unesp, 1992. Pp.7-37.
CADERNOS TEMÁTICOS DE HISTÓRIA.SEED.Curitiba, 2005.
CADERNOS TEMÁTICOS DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA. SEED. Curitiba, 2005.
DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: Ensaio, 2004.
104ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI. Projeto Político Pedagógico. Francisco Beltrão, 2007.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes, 2001.
*HOBSBAWM, Eric. Sobre a História.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs). História: 2005. novos problemas. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Francisco Alves , 1979.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares de História para Educação Básica. Curitiba, ed. MEMVAVMEM, 2006.
PCN.( PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS)
1057 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
7.1 Apresentação Geral da Disciplina
A constituição brasileira prescreve que todos somos iguais perante
a lei, sendo assim a Língua Portuguesa deve desempenhar um importante
papel, dando ao estudante brasileiro a oportunidade de aprimoramento
de sua competência linguística para que o educando possa garantir uma
inserção ativa e crítica na sociedade.
Numa sociedade repleta de conflitos e tensões a Língua Materna tem
desempenhado seu papel no sentido de interagir o sujeito na sociedade,
nas diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e
privadas. É no processo educativo e nas aulas de Língua Materna que ele
aprende a ter voz e fazer uso da palavra.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no
Brasil iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento
fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo tempo em que se
propunha a alfabetizar e catequizar os indígenas.
Entendia-se que a linguagem reproduzia o modo de pensar, então a
escolarização dos indígenas estava vinculada a uma concepção filosófica
intelectualista.
As práticas pedagógicas da época eram restritas a alfabetização
que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da igreja e
organizava-se a partir de dois objetivos: a catequese indígena que visava
a expansão católica e a um modelo econômico de subsistência da
comunidade que objetivava a formação de elites, ambas com o aparato
repressivo para inculcar a obediência, “a fé, ao rei e a lei”. Nessa época a
língua mais utilizada era o Tupi. O português era a língua da burocracia.
Em 1758, Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial
no Brasil como medida para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em
106todo o território. Foi nessa época que os jesuítas foram expulsos do
Brasil.
Em 1759 surge a Reforma Pombalina, onde a educação brasileira
passa por mudanças estruturais, onde além do ler e escrever surgiram os
cursos de Teologia, letras e Filosofia e eram restritos a elite colonial que
preparavam estudantes para estudos posteriores na Europa.
Neste momento histórico foi criado o subsidio literário um imposto
que era direcionado para a manutenção dos ensinos primários e
secundários, e o ensino passa a ser financiado pela metrópole coma
intenção de modernizar a educação e o ensino torna-se laico e é colocado
a serviço da Coroa Portuguesa.
Com a chegada da Família Real no Brasil, foram instaladas as
primeiras instituições de ensino superior no Brasil que privilegiavam as
camadas superiores da sociedade. Enquanto as classes populares ficaram
negligenciadas, sem aprender ler e escrever.
Somente no século XIX a disciplina de Língua Portuguesa passou a
integrar os currículos escolares brasileiros.
Seguindo os moldes do latim, o ensino de Língua Portuguesa
fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética, e os
professores possuíam formação humanística.
Com o Advento da República no século XIX e a crescente
industrialização a estrutura curricular teve novas influências. A formação
de professores humanística deixou de ser prioritária e fortaleceu-se a
caráter utilitário da educação e o ensino passou a atender às
necessidades da industrialização. Nesse momento a escola passa a abrir-
se para camadas maiores da população.
Em 1871 foi criado no Brasil, por Decreto Imperial, o cargo de professor
de Português e com isso o latim começou a perder o prestígio e passou-se
a valorizar a língua nacional.
A literatura vinculada na variedade brasileira da língua portuguesa
foi retomada pelos modernistas que defendiam o rompimento com os
107modelos tradicionais portugueses e passam a privilegiar o falar brasileiro,
porém, somente na década de 1960 é que se expande o ensino primário
público e a ampliação de vagas para o ensino.
A lei 5692/71 vincula a qualificação voltada para o trabalho, visando
a pedagogia tecnicista que pautava-se na concepção de linguagem como
meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como código) e objeto
de estudo.
Surgem os livros didáticos como porta-vozes da concepção tradicional de
linguagem, reforçando metodologias que não possibilitavam a todos os
estudantes o aprimoramento no uso da Língua Materna tanto no ensino
da língua quanto na literatura.
A literatura nessa época objetivava o sentimento nacionalista e
formação de cidadãos respeitadores das ordens estabelecidas.
Nesta época, no rigor do regime militar, não era tolerada uma
prática pedagógica que visasse despertar o espírito crítico e criador dos
alunos e a leitura literária era compreendida como subversiva, pois
levava o sujeito a reflexão e compreensão do mundo e esta prática não
agradava a ditadura.
Considerando um percurso histórico da disciplina de Língua
Portuguesa na Educação Básica brasileira, hoje requerem-se novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino que resultam nas DCE,
tornando-se uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em
constante movimentação, permanente, reflexiva e produtiva.
O trabalho coma língua deve considerar as práticas liguística que o
aluno trás ao ingressar na escola e a partir disso trabalhar a inclusão dos
saberes necessários ao uso da norma padrão e o acesso ao conhecimento
e com isso inserir o sujeito em um sociedade cheia de conflitos sociais,
raciais, religiosos e políticos de forma ativa e capazes de enfrentar o
contexto histórico em que estão inseridos
Sendo a Língua Portuguesa um instrumento indispensável na
formação do ser humano, na sua totalidade, pretendemos com o ensino
108da mesma, oferecer ao educando condições para que ele possa empregar
a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano familiar e social e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles, bem como, aprimorar, pelo contato com os
diversos gêneros textuais, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética.
É na escola que um imenso contingente de alunos, que frequentam
as redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta
da língua , ao conhecimento social e historicamente construído e à
instrumentalização que favoreça sua inserção social e exercício da
cidadania.
7.2 Conteúdos
6º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura.Oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
LEITURAÉ importante que o professor:- Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;- Considere os conhecimentos prévios dos alunos; - Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;- Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;- Contextualize a produção: suporte/fonte,
LEITURAEspera-se que o aluno:- Identifique o tema;- Realize leitura compreensiva do texto;- Localize informações explícitas no texto;- Posicione-se argumentativamente;- Amplie seu horizonte de expectativas;- Amplie seu léxico;- Identifique a ideia principal do texto.
109Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
* Vide relação dos gêneros ao final deste documento.
LEITURA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Léxico;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Argumentatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do
interlocutores, finalidade, época;- Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais. Como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros.- Relacione o tema com o contexto atual;- Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITAÉ importante que o professor:- Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;- Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;- Acompanhe a produção do texto; - Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.)- Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;- Conduza na re-escrita, a
ESCRITA Espera-se que o aluno:- Expresse as ideias com clareza;- Elabore/re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: * às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);* à continuidade temática;- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;- Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
ORALIDADEEspera-se que o aluno:- Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);- Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;- Compreenda
110gênero;- Divisão do texto em parágrafos;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;- Processo de formação de palavras;- Acentuação gráfica;- Ortografia;- Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE- Tema do texto;- Finalidade;- Argumentatividade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADEÉ importante que o professor:- Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;- Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;- Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;- Estimule contamento de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros;- Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
argumentos no discurso do outro;- Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;- Respeite os turnos de fala
7º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
LEITURAÉ importante que o
LEITURAEspera-se que o
111Para o trabalho das práticas de leitura.Oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
* Vide relação dos gêneros ao final deste documento.
LEITURA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Aceitabilidade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Informações explícitas e implícitas;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;
professor:- Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;- Considere os conhecimentos prévios dos alunos; - Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;- Encaminhe discussões sobre: tema, intenções;- Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;- Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais. Como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros.- Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos;- Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
ESCRITAÉ importante que o professor:- Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;- Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;- Acompanhe a produção do texto; - Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos
aluno:- Identifique o tema;- Realize leitura compreensiva do texto;- Localize informações explícitas no texto;- Posicione-se argumentativamente;- Amplie seu horizonte de expectativas;- Amplie seu léxico;- Perceba o ambiente no qual circula o gênero;- Identifique a ideia principal do texto;- Analise as intenções do autor;- Identifique o tema;- Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
ESCRITA Espera-se que o aluno:- Expresse as ideias com clareza;- Elabore textos atendendo: * às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);* à continuidade temática;- Diferencie o
112- Repetição proposital de palavras;- Léxico;- Ambiguidade;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;- Processo de formação de palavras;- Acentuação gráfica;- Ortografia;- Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE- Tema do texto;- Finalidade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos:
argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.)- Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;- Conduza na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADEÉ importante que o professor:- Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;- Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;- Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;- Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;- Estimule contamento de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como
contexto de uso da linguagem formal e informal;- Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
ORALIDADEEspera-se que o aluno:- Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);- Apresente suas ideias com clareza;- Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;- Compreenda argumentos no discurso do outro;- Exponha objetivamente seus argumentos; - Organize a sequencia de sua fala;- Respeite os turnos de fala;- Analise os argumentos dos
113entonação, pausas, gestos...;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;- Semântica.
entonação, pausas, expressão facial e outros;- Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;- Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
8º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível
LEITURAÉ importante que o professor:- Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;- Considere os conhecimentos prévios dos alunos;- Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;- Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;- Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;- Utilize textos verbais
LEITURAEspera-se que o:- Realize leitura compreensiva do texto;- Localize de informações explícitas e implícitas no texto;- Posicione-se argumentativamente;- Amplie seu horizonte de expectativas;- Amplie seu léxico;- Perceba o ambiente no qual circula o gênero;- Identifique a ideia principal do texto;- Analise as intenções do autor;- Identifique o tema;- Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e
114de complexidade adequado a cada uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste documento.
LEITURAConteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade; - Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Semântica;#operadores argumentativos;#ambiguidade;#sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;#expressões que denotam ironia e humor no texto.
diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros.- Relacione o tema com o contexto atual;- Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;- Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;- Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITAÉ importante que o professor:- Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;- Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;- Acompanhe a produção do texto;- Analise a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;- Estimule o uso de figuras de linguagem no
humor no texto;- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;- Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;- Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ESCRITAEspera-se que o aluno:- Expresse suas ideias com clareza;- Elabore textos atendendo:#às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);#à continuidade temática;- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;- Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
115 ESCRITA- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Informatividade;- - Situacionalidade; - Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Concordância verbal e nominal;- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;- Semântica;#operadores argumentativos;#ambiguidade;#significado das palavras;#sentido conotativo e denotativo;#expressões que denotam ironia e humor no texto.
texto;- Incentive a utilização de recursos de causas e consequências entre as partes e elementos do texto;- Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;- Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.)- Conduza na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADEÉ importante que o professor:- Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;- Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
- Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;- Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;- Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
ORALIDADEEspera-se que o aluno:- Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);- Apresente ideias com clareza;- Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;- Compreenda os argumentos no discurso do outro;- Exponha objetivamente seus argumentos;- Organize a sequencia da fala;- Respeite os turnos de fala;- Analise os argumentos dos
116ORALIDADE- Conteúdo temático;- Finalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Oriente sobre o contexto social e uso do gênero oral selecionado;- Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;- Estimule a contração de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros;- Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas;- Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros trabalhados;- Participe ativamente de diálogos relatos, discussões, etc.;- Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.- Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
1179º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste documento.
LEITURAConteúdo temático;- Interlocutor;- Finalidade e intencionalidade do
LEITURAÉ importante que o professor:- Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;- Considere os conhecimentos prévios dos alunos;- Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;- Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;- Proporcione analises para estabelecer a referencia textual;- Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;- Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros.- Relacione o tema com o contexto atual;- Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
LEITURAEspera-se que o:- Realize leitura compreensiva do texto;- Localize de informações explícitas e implícitas no texto;- Posicione-se argumentativamente;- Amplie seu horizonte de expectativas;- Amplie seu léxico;- Perceba o ambiente no qual circula o gênero;- Identifique a ideia principal do texto;- Analise as intenções do autor;- Identifique o tema;- Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;- Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre
118texto;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade; - Intertextualidade;- Temporalidade;- Discurso ideológico presente no texto;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Semântica;#operadores argumentativos;#polissemia;#sentido conotativo e denotativo;#expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA- Conteúdo temático;- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Informatividade;
- Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;- Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;- Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITAÉ importante que o professor:- Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;- Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer referência textual;- Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;- Acompanhe a produção do texto;- Analise a produção textual está coerente e
as partes e elementos do texto.- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencia;- Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros;
ESCRITAEspera-se que o aluno:- Expresse suas idéias com clareza;- Elabore textos atendendo:#às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);#à continuidade temática;- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;- Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informalidade, intertextualidade, etc.;- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;- Empregue palavras e/ou expressões no
119- Situacionalidade; - Intertextualidade;- Temporalidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Sintaxe de concordância;- Sintaxe de regência;- Processo de formação de palavras;- Vícios de linguagem;- Semântica;#operadores argumentativos;#modalizadores;#polissemia.
ORALIDADE- Conteúdo temático;- Finalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Papel do locutor e
coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;- Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor, figuras de linguagem no texto;- Incentive a utilização de recursos de causas e consequências entre as partes e elementos do texto;- Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;- Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece etc.;- Conduza na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADEÉ importante que o professor:- Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
sentido conotativo;- Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
ORALIDADEEspera-se que o aluno:- Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);- Apresente ideias com clareza;- Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;- Compreenda os argumentos no discurso do outro;- Exponha objetivamente seus argumentos;- Organize a sequencia da fala;- Respeite os turnos de fala;- Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou
120interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;- Semântica;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;- Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Oriente sobre o contexto social e uso do gênero oral selecionado;- Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;- Estimule a contamento de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros;- Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
nos gêneros trabalhados;- Participe ativamente de diálogos relatos, discussões, etc.;- Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.- Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
7.3 Encaminhamento Metodológico
O ato de ler e escrever vai além da decifração e envolve a reflexão
sobre os seus significados, a extrapolação dos fatos expressos na
leitura, na fala do outro, os gestos do olhar, da interpretação de imagens,
121de símbolos , de ritmos, enfim, do mundo que nos cerca e que se amplia
cada dia em novas formas de comunicação.
Dessa forma, quanto mais variado for o contanto de aluno com
diferentes gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será
assimilar as regularidades que determinam o uso da língua em diferentes
esferas sociais. (Bakhtin, 1992).
O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a
oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também
a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais. É através do aprimoramento linguístico
que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas sociais,
usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas
quantos nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin.
Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que
pretende com o gênero oral escolhido, EX.: debate, seminário,
declamação de poesia, comentários de livros ..
Na prática da leitura, ela é vista como um ato dialógico, inter
locutivo. Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em
diversas esferas sociais: jornalísticas, artísticas, judiciária, científica,
didático-pedagógica, cotidiana, literária, publicitária, etc. Também, é
preciso considerar as linguagens não-verbais. Como:fotos, cartazes,
propagandas,imagens digitais e virtuais, etc.
A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade,
garante o envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando
“seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais,
políticos, cognitivos, linguística e até mesmo econômicos” (Soares, 1998
p. 18).
Ao considerar o conceito de letramento, é necessário ampliar o
conceito de texto, o qual envolve não apenas a formalização do discurso
verbal ou não-verbal, mas o evento que abrange o antes, isto é, as
condições de produção e elaboração; e o depois, ou seja, a leitura ou a
122resposta ativa. Todo texto é, assim, articulado de discursos, vozes que se
materializam, é linguagem em uso em seus limites formais (Bakhtin,
1999).
Sendo assim, o texto, não é um objeto fixo num dado momento no
tempo, ele lança seus sentidos no diálogo intertextual , ou seja, o texto é
sempre uma atitude responsiva a outro textos, de modo, estabelecer
relações dialógicas.
Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de
aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas
deles e as sugestões sobre texto que gostariam de ler, para, então,
oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as
leituras dos educandos.
A leitura e a escrita devem ser tratadas pela escola, como um
caminho pelo qual todos devem chegar ao seu fim, minimizando assim,
as desigualdades sociais. Portanto, deverá levar em conta que a língua é
um instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica , é
legítimo e é direito para todos os cidadãos.
7.4 Avaliação
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e o
seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus
resultados e atribuir-lhes valor. A avaliação é contínua, cumulativa e
processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e
considerar as características individuais deste no conjunto dos
componentes curriculares cursados , com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Os resultados da avaliação deve proporcionar dados que permitam
123a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola
possa organizar conteúdos, instrumentos e métodos de ensino. Na
avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas.
A avaliação sera mediada pelo professor e deverá oportunizar ao
aluno no mínimo duas avaliações por trimestre todas com peso dez. Ao
aluno fica garantido o direito de realizar a recuperação de estudos,de
forma contínua, com aplicação de uma avaliação, com instrumentos
diferenciados, para confirmar a apropriação dos conteúdos trabalhados.
O resultado da avaliação de recuperação de estudos deverá
substituir a menor nota do aluno. A recuperação de estudos é direito do
aluno , independente do nível de apropriação dos conhecimentos.
7.5 Referências Bibliográficas
ARTIGAS, N. A organização do trabalho pedagógico e o aprimoramento da prática de avaliação da aprendizagem. Curitiba: UFPR, 2009 (Monografia de Especialização em OTP)
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza C. - Português – Linguagem, 5º série: língua portuguesa- 4º ed.- São Paulo: Atual, 2006.
DCEs. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado
da Educação
1248 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
8.1 Apresentação geral da disciplina
É razoável admitir a matemática como ciência e uma das
precursoras do conhecimento científico já com Galileu que expressa a
famosa frase que a matemática é a ciência com que Deus escreveu o
universo, desta forma o homem se desvincula do mitológico e se coloca
ainda na idade média como protagonista de seu tempo.
O período pós modernista, traz consigo novas relações de trabalho,
as mulheres ocupam um novo mercado de trabalho, as contradições se
tornam aparentes, e o uso da matemática se dá na educação brasileira em
diferentes momentos, na década de setenta em pleno tecnicismo a
intenção é a de que a disciplina seja evocada na formação de técnicos
para que assumam o trabalho em um país desenvolvimentista.
Passado este período surgem as teorias críticas, momento de
abertura democrática e o retorno das expectativas além da profunda
crítica a matematização como estratégia de produzir ou refutar o
conhecimento, isto se dá fortemente contra os métodos estatísticos.
De qualquer forma a matemática continuou sendo uma ciência se
não apenas utilitária, passou para uma caráter mais reflexivo, cita -se
Ubiratan D'Ambrósio que desenvolve o que se denominou de
etnomatemática que será abordada mais a frente nos Encaminhamentos
Metodológicos, fruto das contradições e possíveis relações com outras
disciplinas surgem possibilidades recentes de novas formas de ver a
matemática, cita -se a interdisciplinaridade como possibilidade de
reprocidade entre as disciplinas que vai além da multi e da pluri
disciplinaridade que continham apenas a junção das disciplinas e se
encaminha para que possamos ir além das disciplinas no caso a
transdisciplinaridade.
125Estabelecer neste momento um diálogo entre as disciplinas parece
ser a coisa mais razoável, parece salutar compreender que há bons
prognósticos para a matemática, cita -se a olimpíada nacional, no entanto
se alerta que de certa forma a diminuição da carga horária da disciplina
pode comprometer o trabalho, isto se dá no momento em que o diálogo
das disciplinas é iniciado e que não é razoável se admitir a diminuição da
carga horária por conta de contingências que incluem outras disciplinas.
Do ponto de vista histórico a palavra “Matemática” vem do termo
grego Máthema que quer dizer “ciência, conhecimento aprendizagem” e
da palavra Mathematikós que significa “apreciador do conhecimento”. Os
primeiros documentos escritos conhecidos remontam ao ano 2000 a.C. na
Babilônia, que correspondiam ao que hoje se chama de álgebra
elementar. Mas só na Grécia do século VI e V a.C. que a Matemática foi
considerada uma ciência num sentido próximo do atual. Muitos séculos
depois, continua a estar na ordem do dia e a preocupar milhares de
alunos, professores e pais por todo o mundo.
Existem várias formas de definir a matemática: o estudo de
padrões de quantidade, estrutura, mudanças e espaço; a ciência do
raciocínio lógico; a investigação de estruturas abstratas. De qualquer
forma, um dos seus maiores valores parece ser o fato de constituir uma
verdadeira ferramenta, uma vez que contém em si mesma a capacidade
de resolução de problemas. Com ela podemos organizar, simplificar e
interpretar dados bem como efetuar inúmeros cálculos, além de muitas
outras potencialidades que nos podem ajudar no dia-a –dia de casa, de
escola, do trabalho.
É certo, pois os nossos alunos e educandos não poderão viver sem
ela. Esta falta de sintonia vem de longa data, além do preconceito contra
a disciplina no sentido de que é a matéria que reprova, que os alunos não
aprendem entre outros.
A Matemática, quando trabalhada de maneira adequada, ajuda no
desenvolvimento do raciocínio, favorece o modo de pensar independente
126e contribui para que se aprenda a tomar decisões. Ela é útil nas
profissões e na formação de cidadãos.
O ensino da Matemática na educação básica é justificado pela
riqueza proporcionando ao aluno oportunidades de exercitar e
desenvolver suas faculdades intelectuais. A Matemática deve ser
ensinada nas escolas porque é parte substancial do patrimônio cognitivo
da Humanidade. O ensino da Matemática se justifica pelos elementos
enriquecedores do pensamento Matemático na formação intelectual do
aluno, seja pela exatidão do pensamento lógico - demonstrativo que ela
exibe, seja pelo exercício criativo da intuição, da imaginação e dos
raciocínios por indução e analogia. O ensino da Matemática é também
importante para dotar o aluno do instrumental necessário no estudo das
outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que
envolvem aspectos, quantidades da realidade, tendo como objeto de
estudo as formas espaciais e as quantidades.
Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação
Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de
produção de conhecimento – natureza científica – e a melhoria da
qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática a natureza
pragmática. A finalidade da Educação Matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.” Outra
finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa,
por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,
particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.
O ensino da matemática que leva essa formação do estudo será
feito com metodologias que procuram alterar as maneiras pelas quais se
ensina matemática, que podem ser através da resolução de problemas,
modelagem matemática, história da matemática, etnomatemática e uso
de mídias tecnológicas.
O ensino de matemática terá por objetivos demonstrar a
127Matemática como Ciência em processo de construção de forma a
relacionar ensino, aprendizagem e conhecimento matemático visando a
formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas
relações sociais. Para isso, o conhecimento matemático será construído,
por meio de uma visão histórica em que os conceitos são apresentados,
discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias
e das tecnologias.
Assim, será possível contribuir para que o estudante tenha
condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e
apropriações de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento, e
ainda, que a partir desse conhecimento matemático, seja possível o
estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas,
fazendo um comparativo do conhecimento elaborado da humanidade
historicamente produzido com a prática cotidiana, de modo que o aluno
se sinta parte do processo educativo.
Cabe ao professor de matemática transpor para a prática docente
o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante
ser um conhecedor desse objeto através de uma ação docente,
fundamentada numa ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática
como uma atividade humana que se encontra em construção,
demonstrando a Matemática do ponto de vista do seu fazer, do seu pensar
e de sua construção histórica, assim, buscando a sua compreensão.
8.2 Conteúdos
Os conteúdos do ensino básico estão de acordo com as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná.
Os conteúdos estruturantes são referencias que permitem aos
128professores contemplar a tradição da matemática com disciplina escolar.
Estas orientações têm como objetivo dar certa uniformidade aos
conteúdos específicos da Matemática ofertados aos diferentes níveis e
modalidades de ensino.
Para o ensino básico da Rede Pública Estadual e para essa escola,
temos a seguinte distribuição.
8.3 Conteúdos Estruturantes
6º ano
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDO ESPECÍFICO
NÚMEROS E ALGÉBRA * Conjuntos numéricos
- Operações fundamentais
- Expressões numéricas
- Números naturais
- Números decimais
- Sistema de numeração decimal
- Múltiplos e divisores
GRANDEZAS E
MEDIDAS
* Medidas de comprimento
Medidas padrão
- Múltiplos e submúltiplos do metro
- Perímetro de polígonos
* Medidas de massa
- Medida padrão
- Múltiplos e submúltiplos do metro
* Medidas de tempo
- Milênios, séculos ano, mês e dia
- Horas e minutos
* Medidas de volume
129- Múltiplos e submúltiplos do litro
* Sistema monetário
- Sistema brasileiro e suas relações com os
demais sistemas
GEOMETRIAS * Geometria plana
- Ponto
- Reta
- Figuras planas
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
* Estatística
- Média Aritmética
7º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
* Conjuntos numéricos- Números inteiros (operações fundamentais e expressões numéricas)- Números racionais (operações fundamentais e expressões numéricas)
* Equações e inequações- Equação do 1º grau
* Proporcionalidade- Razão e proporção- Escalas- Regra de três
GRANDEZAS E MEDIDAS
* Medidas de ângulo- Ângulo reto- Ângulo raso- Ângulo agudo- Ângulo obtuso- Ângulos no círculo
* Medidas de velocidade- Metro por segundo- Km/h
130
* Medidas de aceleração- M/s²
* Medidads de temperatura- Escala ºC- Escala ºF- Escala K
* Geometria plana- Espaço bidimensional
* Geometria espacial- O espaço tridimensional- Sólidos geométricos
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
* Matemática financeira- Porcentagem- Juros simples
8º ano
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
* Conjuntos numéricos
- Números irracionais
- Números reais
* Equações e inequações
- Sistema de equação do 1º grau
* Polinômios
- Monômios e polinômios
- Produtos notáveis
- Fatoração algébrica
* Medidas de comprimento
- Comprimento da circunferência
131GRANDEZAS E
MEDIDAS * Medidas de volume
- Metro cúbico
GEOMETRIAS
* Geometria plana
- Circunferências e círculo
* Geometria analítica
- Sistema cartesiano
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
* Estatística
- Pesquisa estatística
- Gráficos de barras
- Gráficos de linhas
- Gráficos de setores
- Pictogramas
9º ano
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
NÚMEROS E
ÁLGEBRAS
* Conjuntos numéricos
- notação científicas
- potenciação
- radicação
* Equações e inequações
- Equação do 2º grau
- Equações irracionais
- Equações biquadradas
- Inequações do 1º grau
132
GRANDEZAS E
MEDIDAS
* Medidas da área
- Medidas convencionais
- Medidas não convencionais
- Área de figuras planas
- Área do círculo
* Trigonometria
- Relações métricas no triângulo retângulo
- trigonometria no triângulo retângulo
FUNÇÕES * Função quadrática
- Noção de função quadrática
GEOMETRIAS * Geometria plana
- Congruência e semelhança de figuras
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
* Estatística
- Moda
- População e amostra
8.4 Encaminhamento Metodológico
A proposta Metodológica da disciplina visa desenvolver os diversos
campos de investigação e de produção do conhecimento de natureza
científica, propiciando melhor qualidade de ensino e de aprendizagem da
Matemática, de modo a que o estudante possa construir através do saber
matemático, valores e atitudes de naturezas diversas, visando a formação
integral do ser humano e particularmente da sociedade, do cidadão e do
homem público.
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos
estruturantes evocam outros conteúdos estruturantes e conteúdos
específicos, priorizando relações e interdependências que,
133consequentemente, enriquecem os processos pelos quais acontecem
aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos
estruturantes não são herméticos. A articulação entre os conhecimentos
presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que
os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando
situações de aprendizagens possibilitam, por ser retomados e
aprofundados.
Portanto, busca-se direcionar nesse documento o trabalho docente
de forma que o mesmo se paute em abordagens a partir dos inter-
relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada conteúdo
específico.
Com a perspectiva de um trabalho docente com conteúdos de
Matemática, pensados a partir de uma noção que vise romper com
abordagens que apregoam a fragmentação de tais conteúdos como se
eles existissem em patamares distintos e sem vínculos.
Dessa forma, segue-se considerações sobre as tendências
metodológicas elencadas e estudadas pela Educação Matemática, as
quais devem dar ação no processo ensino e aprendizagem dos conteúdos
estruturantes e seus desdobramentos propostos para a disciplina de
Matemática.
Com efeito, tem -se o caminho que deve ser buscado para que se
efetue uma aprendizagem para os filhos dos trabalhadores, este fato se
dá na medida em que efetiva proposições a partir da etnomatemática, da
modelagem matemática, da história da matemática, a resolução de
problemas, as mídias tecnológicas.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem conhecimento matemático. Esta
tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas
vários saberes distintos e nenhum menos importante que outro. As
manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e
práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
134A etnomatemática considera uma organização da sociedade que
permite o exercício da crítica e na análise da realidade. Nesse sentido, é
um importante campo de investigação que, por meio da Educação
Matemática, prioriza um ensino que valoriza a história dos educandos
através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
Com relação a modelagem matemática,tem como pressuposto que
o ensino e a aprendizagem da Matemática podem ser potencializados
quando se problematizam situações do cotidiano. A Modelagem
Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do educando
no contexto social, procura levantar problemas que sugerem
questionamentos sobre situações de vida.
A Modelagem Matemática consiste na arte de transformar
problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.
Diante das possibilidades de situações diferenciadas de
aprendizagens oriundas da Modelagem Matemática, esta tendência
contribui para a formação do educando ao possibilitar maneiras pelas
quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática docente,
cujo resultado será um aprendizado significativo.
Uma das razões de ensinar Matemática é a resolução de
problemas, é abordar os conteúdos matemáticos a partir da resolução de
problemas, meio pelo qual, o educando tem a oportunidade de aplicar
conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução
de um problema, o educando precisa ter condições de buscar várias
alternativas que almejam a solução.
É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de
problemas são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de
exercícios os educandos dispõem, utilizam mecanismos que os levam, de
forma imediata, pois muitas vezes, é preciso levantar hipóteses e testá-
las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para alguns
e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.
135As mídias tecnológicas estão no contexto da Educação
Matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos
informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o
processo de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado
novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação
Matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de
novas teorias matemáticas (Borba 1999). Atividades realizadas com o uso
do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de
gráficos, por exemplo, como o uso dos computadores amplia as
possibilidades de observação e investigação, visto que algumas etapas
formais de construção são sintetizadas.
Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as
calculadoras, os aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as
experimentações matemáticas, potencializando formas de resolução de
problemas.
A Internet segundo é outro recurso que também pode favorecer a
formação de várias comunidades virtuais que, relacionadas entre si,
promovem trocas e ganhos de aprendizagem.
É importante entender a História da Matemática no contexto da
prática escolar como componente necessário de um dos objetivos
primordiais da Matemática. Sendo assim se faz necessário que os
educandos compreendam a natureza da Matemática e a sua relevância na
vida da humanidade. Não se trata com esta tendência histórica de,
apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de
matemáticos famosos, mas sim, de vincular as descobertas matemáticas
aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes
filosóficas que determinavam o pensamento e influenciavam no avanço
científico de cada época.
Considera-se a História da Matemática como um elemento
orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-
problema, na fonte de busca, na compreensão e como elemento
136esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a
discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e
procedimentos por parte do educando, a história permite refletir sobre
as explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a
promoção de ensino e da aprendizagem da Matemática escolar baseada
na compreensão e na significação. É pela História da Matemática que se
tem possibilidade do estudante entender como o conhecimento
matemático é construído historicamente.
Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é
oportunizar ao educando conhecer a Matemática como campo do
conhecimento que se encontra em construção e pensar em um ensino,
não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem
nenhuma relação com os outros campos do conhecimento. É também,
uma possibilidade de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que
levam à construção da Ciência Matemática.
Os desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental,
sexualidade, enfrentamento a violência nas escolas, prevenção ao uso
indevido de drogas, educação fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana; serão abordagens realizadas ao trabalhar os conteúdos
específicos da disciplina de forma natural, sem parar o conteúdo ou
perder seu caráter científico.
8.5 Avaliação
Mudanças na maneira de conceber a aprendizagem e de abordar
os conteúdos matemáticos implicam mudar o modo de avaliar e seus
objetivos. Deve-se olhar a avaliação como parte integrante do processo
educativo. Sendo assim ela não pode ter apenas caráter de finalização de
etapas.
O processo de avaliação é trimestral, contínua e praticada sob
137forma de atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo
por base seus aspectos essenciais, como objetivo final, uma tomada de
decisão que direciona o aprendizado e, conseqüentemente, o
desenvolvimento do aluno. Seu registro é expresso em documento
próprio, considerando a atuação da mesma frente ao processo ensino-
aprendizagem.
Observa-se que a utilização de formas inovadoras de avaliação traz
benefícios ao processo educativo, pois assim ela assume uma nova
função: a de auxiliar e orientar os educandos sobre o desenvolvimento de
suas capacidades, bem como auxiliar o professor a identificar se os
objetivos a que se propôs foram atingidos.
A avaliação também fornece ao professor informações sobre como
está ocorrendo a aprendizagem de seus educandos quanto a conceitos
adquiridos, raciocínios desenvolvidos e domínio de certas regras,
possibilitando uma reflexão continua sobre sua prática em sala de aula.
As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos,
participação em atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela,
devem contemplar explicações, justificativas e argumentações orais, uma
vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam
evidentes em avaliações escritas.
As estratégias alternativas de avaliação devem possibilitar que o
professor verifique se os educandos sabem utilizar corretamente o
pensamento Matemático para questionar, argumentar, formular hipóteses
e apresentar diferentes soluções para situações desafiadoras, ao aluno
sera encaminhado no mínimo duas avaliações por trimestre . Ao aluno
fica garantido o direito de realizar a recuperação de estudos,de forma
contínua, com aplicação de uma avaliação, com instrumentos
diferenciados, para confirmar a apropriação dos conteúdos trabalhados.
O resultado da avaliação de recuperação de estudos deverá substituir a
menor nota do aluno.
138Critérios de avaliação
• Cumpre as tarefas propostas;
• Participa (é atento, acompanha, questiona, responde);
• Autonomia;
• Confronta opiniões fundamentais;
• Adota estratégias adequadas à resolução de situações problemas.
• Memoriza e reproduz informações;
• Utiliza vocabulário específico da disciplina;
• Amplia o seu conhecimento através de pesquisa.
Instrumentos de avaliação
- Observações diárias;
- Registro de atividades;
- Interação dialógica com o educando;
- Trabalhos de pesquisa;
- Tarefas diárias;
- Provas e testes;
- Participação nas atividades propostas;
- Aulas práticas;
- Recuperação paralela.
8.6 Referências Bibliográficas
ÁVILA, G. Objetivos do Ensino da Matemática. Revista do Professor de
Matemática 27. 1995.
ENZENSBERGUER, Hans Magunus. O Diabo dos Números. São Paulo:
Ed.Schwarcz, Cia. Das Letras, 1997.
139ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI. Projeto Político-Pedagógico.
Francisco Beltrão, 2006.
GROENWALD, C. L. O. A Matemática e o Desenvolvimento do
Raciocínio lógico. Educação Matemática em Revista- RS janeiro de
1999.
IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos: 8ª série, 4° ciclo/ São
Paulo: Scipione, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da
Educação. Diretrizes curriculares de matemática para Educação
Básica. Curitiba, ed. MEMVAVMEM, 2006.
TOSATTO, Cláudia Miriam. Idéias e Relações: 8ª Série- Matemática,
ed.1- Curitiba, 2002.
do Paraná, 2008.
1409 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE L.E.M- INGLÊS
9.1 Apresentação geral da disciplina
A Língua Estrangeira passou por várias etapas desde sua
implantação em nosso país, sofreu mudanças consequentes da
organização social, econômica e política sendo que as propostas de
ensino visam atender às expectativas sociais contemporâneas e
proporcionar aprendizagem dos conhecimentos produzidos
historicamente.
A pedagogia crítica é o referencial teórico sustentado pelas
Diretrizes Curriculares, as quais trazem uma abordagem que valoriza a
escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação
crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
das relações sociais e para a transformação da realidade.
Com base nisso é importante ressaltar a necessidade de se
resgatar o ensino da Língua Estrangeira e a função social e educacional
da mesma no currículo da educação básica. O educando deve ter a
compreensão de que a Língua Estrangeira Moderna constitui um espaço
para construção de significados em relação ao mundo em que vive,
objetiva-se que analisem as questões sociais, políticas, econômicas e suas
implicações, perceberem-se como integrantes da sociedade
desenvolvendo com isso uma consciência crítica e transformadora.
O educando vem para a escola trazendo consigo determinadas
leituras de mundo que constitui a sua cultura . Ao utilizar uma língua
estrangeira na interação com outras culturas os mesmos podem ser
levados a refletir sobre a língua como um meio de cultura, como um
produto que constrói e é construído por determinadas comunidades,
podendo reconhecer a diversidade cultural e modo de pensar
compreendendo que os significados são sociais e historicamente
141construídos.
Com isso, tem possibilidade de constatar e vivenciar a diversidade
cultural sem perder sua identidade local, embora possa ser transformada
por tal contato. Por isso é importante trabalhar na escola como um todo,
temas sociais contemporâneos, tarefas que se encaixam perfeitamente na
Língua inglesa, disciplina que se presta a utilização dos diversos gêneros
textuais , podendo ser verbais ou não verbais, levando em conta a grande
quantidade de informações que circulam na sociedade e também superar
a visão tradicional da leitura meramente condicionada a extração de
informações.
Trata-se de abordar o uso da LEM como espaço de construção de
significado, permitindo reconhecer no uso da mesma, diferentes
propósitos comunicativos. Demanda uma escola participativa onde a
disciplina de Língua Inglesa exerce uma contribuição significativa na
formação geral do educando, proporciona ao aluno uma visão mais ampla
visto que ela permite explorar a leitura, escrita e oralidade como práticas
que incentivam a reflexão e a pesquisa.
Cabe pontuar algumas considerações importantes sobre ensino da
Língua Estrangeira:
• É fundamental que o professor compreenda o que se pretende com
o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica;
• A sala de aula deve ser vista como espaço de interação entre
professor e aluno;
• Superar a concepção do ensino de Língua Estrangeira direcionada
apenas para o aspecto linguístico e fins utilitaristas;
• A mesma deve contribuir para formar alunos críticos e
transformadores;
• Possibilitar ao aluno estabelecer relações entre ações individuais e
coletivas;
• Usar a Língua estrangeira em situações de comunicação bem como
142compreender os diversos gêneros textuais;
• Compreender que significados são historicamente construídos,
portanto, passíveis de transformação;
• Fazer uso da Língua Estrangeira permite ao educando, reconstruir
sua identidade como agente social;
• Possibilita reconhecer e respeitar a diversidade linguística e
cultural assim como entender os benefícios que a mesma
proporciona para o desenvolvimento cultural do país.
9.2 Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
CONTEÚDO BÁSICO: Gêneros Textuais
ESFERAS SOCIAS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA Carta Pessoal, Causos, Cantigas de Roda, Álbum de Família, Adivinhas, Anedotas, Bilhete, convite, comunicado.
LITERÁRIA/ARTIÍSTICA Crônicas de Ficção, Contos de Fadas, Contos de Fadas Contemporâneos, Contos, Histórias em Quadrinhos, Lendas, Literaturas.
CIENTÍFICAS Debate, Palestra, Pesquisa.
ESCOLAR Pesquisas, Mapas, Palestras, Expressão Oral, Cartazes, Debate Regrado, Diálogo/Discussão Argumentativa.
IMPRENSA Caricatura, Cartum, Agenda Cultural, Charge, Classificados, Crônica Jornalística, Entrevista(oral e escrita).
PUBLICITÁRIA Anúncios, Cartazes, Comercial para TV, Fotos, Folder, Slogan, músicas.
POLÍTICA Debate, Assembleia, Carta de Emprego, de Reclamação e de Solicitação.
JURÍDICA Discurso de Defesa e de acusação,Boletim de Ocorrência, Contrato, Declaração dos Direitos, Depoimentos.
PRODUÇÃO DE CONSUMO Placas, Bulas, Manual Técnico.
MIDIÁTICA Filmes, Entrevista, Desenho Animado, Blog, E-mail,vídeo clip .
143Será trabalhado dentro da Práticas Discursivas
1. Finalidade do texto;
2. Informatividade;
3. Situacionalidade;
4. Informações Explícitas;
5. Discurso direto e indireto;
6. Elementos composicionais do Gênero;
7. Repetição proposicional de palavras;
8. Léxicos;
9. Marcas Linguísticas: coerência, coesão, pontuação, função das
classes gramaticais no texto, recursos gráficos (aspas, travessão,
negrito);
10. Figuras de linguagem.
Observação Geral: Os conteúdos contemplarão também a história e
cultura afro-brasileira e africana em cumprimento a lei 10.639/3
9.3 Encaminhamento Metodológico
Partindo do pressuposto de que o objetivo da educação básica é a
formação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo a sua
volta, o ensino de Língua Inglesa ofertado nas escolas públicas, deve
contribuir para esse fim. É preciso trabalhar a língua enquanto discurso,
entendido como prática social, contemplando questões linguísticas,
sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da
língua: leitura, oralidade e escrita tendo como ponto de partida o texto
verbal e não verbal.
Para o cumprimento dos objetivos propostos não utilizaremos um
único método. As aulas devem ser um espaço onde se desenvolvam
práticas de leitura de textos de vários gêneros, com atividades que
explorem diferentes recursos e fontes possibilitando ao educando a
144vinculação daquilo que é estudado com o que o cerca. Tal abordagem
apresenta vantagens podendo ser flexível e adaptada as diversas
situações de ensino e fazendo uso da bagagem de conhecimento que
cada educando traz à comunidade escolar. Assim sendo, de mero receptor
de conteúdo, o educando torna-se um elemento participante e consciente
de sua posição como individuo no processo de ensino-aprendizagem, ou
seja, torna-se o centro do processo ensino-aprendizagem.
Com referência a LDB que norteia todo o ensino e especificamente
sobre a LEM destacamos alguns princípios educacionais fundamentais:
O atendimento á necessidade da sociedade contemporânea
brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina em
relação às demais obrigatórias do currículo;
O resgate da função social e educacional do ensino LEM no
currículo da educação básica;
O respeito á diversidade cultural pautada no ensino de língua que
não priorize a manutenção da hegemonia cultural.
Entende-se por tanto, que a escola tem o compromisso de
promover aos educandos meios necessários para que não apenas
assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua
produção, e a sua transformação da realidade.
Nosso trabalho geralmente emperra-se em fatores que o professor
muitas vezes não conseguem resolver, devido a falta de material
atualizado e variado disponível e atualização constante do professor e
dificilmente poderão ser aplicados levando em consideração as varias
situações de comunicação, o meio social dos falantes, as relações que eles
tem entre si e na sua própria cultura, por isso, é importante que nosso
educando tenha diante de si material variado (jornais, revistas,
prospectos, letras de musicas, jogos etc.).
A linguística ensina que é importantíssimo, no aprendizado de um
idioma estrangeiro, assimilar as estruturas básicas, o que só se obtém por
meio de muitos exercícios orais e escritos, envolvendo o universo do
145educando. Para isso todas as atividades comunicativas serão amplamente
contempladas de uma maneira gradativa, contextualizada e temática.
A fim de despertar a atenção dos educandos, abordaremos tópicos
e situações diversas, próximas da sua realidade interesse, para motivar
sua participação ativa. Recursos variados tais como textos, fatos,
diagramas, tabelas, historia em quadrinhos, historias ilustradas, cartoons,
etc., serão utilizados com a finalidade de facilitar e dinamizar o
aprendizado, deixando mais agradável, divertido e proveitoso.
O conteúdo que será apresentado a partir do diagnóstico dos
conhecimentos prévios sobre o assunto, sendo abordados através de
atividades para sensibilizar o educando. Para tanto o professor poderá
iniciar sempre a aula com uma atividade ou uma conversa relacionada ao
que se vai estudar naquele dia. Pode ser um texto, uma música ou
simplesmente um bate-papo motivador.
Apresentação do Chat ou situação que visa apresentar o texto
inicialmente por meio do CD’s ou DVD’s com a finalidade de desenvolver
a compreensão auditiva.
Propomos um trabalho em que o educando saiba enfrentar uma
situação de leitura com sucesso, sabendo reconhecer as informações
essenciais de um artigo curto de jornal, de publicidade, uma pagina de
instrução de um produto, texto informativo, texto literário, etc. Para isso,
é fundamental que se estude diferentes tipos de textos, material paralelo
como jornais, revista, prospectos de propaganda, anúncios, lembrando
que também podem ser considerados como textos uma figura, gesto,
slogan um trecho de fala em áudio etc. Oportunizar os educandos a
praticar uma comunicação de forma simples e agradável nas mais
variadas situações sendo sujeito de uma educação crítica.
Para o desenvolvimento das aulas serão adotados instrumentos
tais como:
- Comentários e debates sobre os assuntos vistos
- Exercícios sobre estrutura dos gêneros aprendidos
146- Exercício com vocabulário variado
- Exercícios escritos
- Leituras, interpretação de textos informativos e diversificados
- Trabalho coletivo e individual.
Utilizaremos como recurso didáticos:
• Folders de lugares turísticos, propaganda de supermercado,
cartazes de divulgação, filmes, músicas, livros, textos digitados,
CD/DVD, Dicionário revistas, canções populares da cultura inglesa,
entre outros.
9.4 Avaliação
A avaliação não deve ser encarada como mero instrumento que
decide o destino dos educandos, mas sim subsidiar discussões sobre as
dificuldades e os avanços dos alunos, a partir de suas produções. Deve
ser permanente diagnóstica e formativa já que o objetivo da avaliação é
acompanhar a aprendizagem, observando atentamente o rendimento dos
educandos no cotidiano e de sua participação nas atividades propostas,
nesse sentido não fica restrita a provas, testes, etc., pois é mais um
elemento que integra o processo ensino e aprendizagem. A avaliação tem
por meta o ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica visando a
aprendizagem da forma mais adequada. É um elemento de reflexão
contínua para o professor sobre sua prática educativa e um instrumento
para que o educando possa tomar consciência de seus progressos,
dificuldades e possibilidades entendido como um processo de ação-
reflexão-ação.
É necessário também, avaliar nosso procedimento enquanto
professor, e ajustá-los sempre que necessário, tendo em vista que o
147centro do processo é o educando. Elaborar questões com técnicas e
instrumentos diversificadas com critérios pré-estabelecidos no Plano de
Trabalho Docente.
Considerando a avaliação como processo, tem um sentido
dinâmico de crescimento e de progresso, no entanto o ato avaliativo só se
completa quando se tomam decisões a respeito da intervenção a ser
realizada a partir do diagnóstico realizado ou seja a ação-reflexão-ação.
Por isso, tanto o professor quanto os educandos poderão
acompanhar o desenvolvimento e identificar as atividades realizadas,
bem como o planejamento e propondo outros procedimentos que visem à
superação das dificuldades constatadas. O processo avaliativo não se
limita somente ao espaço da sala de aula.
Com a reformulação do regimento escolar, a escola em consonância
com a LDB 9.394/96 busca garantir a efetivação da recuperação paralela
por meio da retomada de conteúdos não aprendidos diagnosticados em
avaliações, utilizando metodologias variadas e materiais de apoio,
durante o trimestre, sendo realizada duas avaliações por trimestre todas
com peso dez, a recuperação é substitutiva da menor nota que o aluno
tenha obtido em avaliações anteriores. As informações devem estar
obrigatoriamente registradas no Livro de Registro de Classe, a disposição
para qualquer consulta e comprovação.
9.5 Referências Bibliográficas
ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI. Projeto Político Pedagógico.
Francisco Beltrão, 2006.
FOUCALT, MA Ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996, p. 50.
GIMENEZ, T, Inovação educacional e o ensino de línguas
estrangeiras modernas: O caso do Paraná. Signum, v.2, 1999.
LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,
1481995.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da
Educação. Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna
para Educação Básica. 2008
RAMOS. Reflexão e ações no ensino aprendizagem de línguas.
Campinas: Mercado de Letras, 2003.
14910 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE L.E.M- CELEM
ESPANHOL
10.1 Apresentação geral da disciplina
A Língua Estrangeira passou por várias etapas desde sua
implantação em nosso país, sofreu mudanças consequentes da
organização social, econômica e política sendo que as propostas de
ensino visam atender às expectativas sociais contemporâneas e
proporcionar aprendizagem dos conhecimentos produzidos
historicamente.
A pedagogia crítica é o referencial teórico sustentado pelas
Diretrizes Curriculares, as quais trazem uma abordagem que valoriza a
escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação
crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
das relações sociais e para a transformação da realidade.
Com base nisso é importante ressaltar a necessidade de se
resgatar o ensino da Língua Estrangeira e a função social e educacional
da mesma no currículo da educação básica. O educando deve ter a
compreensão de que a Língua Estrangeira Moderna constitui um espaço
para construção de significados em relação ao mundo em que vive,
objetiva-se que analisem as questões sociais, políticas, econômicas e suas
implicações, perceberem-se como integrantes da sociedade
desenvolvendo com isso uma consciência crítica e transformadora.
O educando vem para a escola trazendo consigo determinadas
leituras de mundo que constitui a sua cultura . Ao utilizar uma língua
estrangeira na interação com outras culturas os mesmos podem ser
levados a refletir sobre a língua como um meio de cultura, como um
produto que constrói e é construído por determinadas comunidades,
podendo reconhecer a diversidade cultural e modo de pensar
compreendendo que os significados são sociais e historicamente
construídos.
150Com isso, tem possibilidade de constatar e vivenciar a diversidade
cultural sem perder sua identidade local, embora possa ser transformada
por tal contato. Por isso é importante trabalhar na escola como um todo,
temas sociais contemporâneos, tarefas que se encaixam perfeitamente na
Língua espanhola, disciplina que se presta a utilização dos diversos
gêneros textuais , podendo ser verbais ou não verbais, levando em conta
a grande quantidade de informações que circulam na sociedade e
também superar a visão tradicional da leitura meramente condicionada a
extração de informações.
Trata-se de abordar o uso da LEM como espaço de construção de
significado, permitindo reconhecer no uso da mesma, diferentes
propósitos comunicativos. Demanda uma escola participativa onde a
disciplina de Língua Espanhola exerce uma contribuição significativa na
formação geral do educando, proporciona ao aluno uma visão mais ampla
visto que ela permite explorar a leitura, escrita e oralidade como práticas
que incentivam a reflexão e a pesquisa.
Cabe pontuar algumas considerações importantes sobre ensino da
Língua Estrangeira:
• É fundamental que o professor compreenda o que se pretende com
o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica;
• A sala de aula deve ser vista como espaço de interação entre
professor e aluno;
• Superar a concepção do ensino de Língua Estrangeira direcionada
apenas para o aspecto linguístico e fins utilitaristas;
• A mesma deve contribuir para formar alunos críticos e
transformadores;
• Possibilitar ao aluno estabelecer relações entre ações individuais e
coletivas;
• Usar a Língua estrangeira em situações de comunicação bem como
compreender os diversos gêneros textuais;
• Compreender que significados são historicamente construídos,
151portanto, passíveis de transformação;
• Fazer uso da Língua Estrangeira permite ao educando, reconstruir
sua identidade como agente social;
• Possibilita reconhecer e respeitar a diversidade linguística e
cultural assim como entender os benefícios que a mesma
proporciona para o desenvolvimento cultural do país.
10.2 Conteúdos
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdo Básico: Gêneros Textuais
ESFERAS SOCIAS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA Carta Pessoal, Causos, Cantigas de Roda, Álbum de Família, Adivinhas, Anedotas Bilhete, convite, comunicado.
LITERÁRIA/ARTIÍSTICA Crônicas de Ficção, Contos de Fadas, Contos de Fadas Contemporâneos, Contos, Histórias em Quadrinhos, Lendas, Literaturas, de Cordel.
CIENTÍFICAS Debate, Palestra, Pesquisa.
ESCOLAR Pesquisas, Mapas, Palestras, Expressão Oral, Cartazes, Debate Regrado, Diálogo/Discussão Argumentativa.
IMPRENSA Caricatura, Cartum, Agenda Cultural, Charge, Classificados, Crônica Jornalística, Entrevista(oral e escrita).
PUBLICITÁRIA Anúncios, Cartazes, Comercial para TV, Fotos, Folder, Slogan.
POLÍTICA Debate, Assembleia, Carta de Emprego, de Reclamação e de Solicitação.
JURÍDICA Discurso de Defesa e de acusação,Boletim de Ocorrência, Contrato, Declaração dos Direitos,
152Depoimentos.
PRODUÇÃO DE CONSUMO Placas, Bulas, Manual Técnico.
MIDIÁTICA Filmes, Entrevista, Desenho Animado, Blog, E-mail.
Será trabalhado dentro da Práticas Discursivas
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações Explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do Gênero;
• Repetição proposicional de palavras;
• Léxicos;
• Marcas Linguísticas: coerência, coesão, pontuação, função das
classes gramaticais no texto, recursos gráficos (aspas, travessão,
negrito);
• figuras de linguagem.
Observação Geral: Os conteúdos contemplarão também a história e
cultura afro-brasileira e africana em cumprimento a lei 10.639/3
10.3 Encaminhamento Metodológico
Partindo do pressuposto de que o objetivo da educação básica é a
formação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo a sua
volta, o ensino de Língua Espanhola ofertado nas escolas públicas, deve
contribuir para esse fim. É preciso trabalhar a língua enquanto discurso,
entendido como prática social, contemplando questões linguísticas,
153sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso
da língua: leitura, oralidade e escrita tendo como ponto de partida o texto
verbal e não verbal.
Para o cumprimento dos objetivos propostos não utilizaremos um
único método. As aulas devem ser um espaço onde se desenvolvam
práticas de leitura de textos de vários gêneros, com atividades que
explorem diferentes recursos e fontes possibilitando ao educando a
vinculação daquilo que é estudado com o que o cerca. Tal abordagem
apresenta vantagens podendo ser flexível e adaptada as diversas
situações de ensino e fazendo uso da bagagem de conhecimento que
cada educando traz à comunidade escolar. Assim sendo, de mero receptor
de conteúdo, o educando torna-se um elemento participante e consciente
de sua posição como individuo no processo de ensino-aprendizagem, ou
seja, torna-se o centro do processo ensino-aprendizagem.
Com referência a LDB que norteia todo o ensino e especificamente
sobre a LEM destacamos alguns princípios educacionais fundamentais:
O atendimento á necessidade da sociedade contemporânea
brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina em
relação às demais obrigatórias do currículo;
O resgate da função social e educacional do ensino LEM no
currículo da educação básica;
O respeito á diversidade cultural pautada no ensino de língua que
não priorize a manutenção da hegemonia cultural.
Entende-se por tanto, que a escola tem o compromisso de
promover aos educandos meios necessários para que não apenas
assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua
produção, e a sua transformação da realidade.
Nosso trabalho geralmente emperra-se em fatores que o professor
muitas vezes não conseguem resolver, devido a falta de material
atualizado e variado disponível e atualização constante do professor e
dificilmente poderão ser aplicados levando em consideração as varias
situações de comunicação, o meio social dos falantes, as relações que eles
154tem entre si e na sua própria cultura, por isso, é importante que nosso
educando tenha diante de si material variado (jornais, revistas,
prospectos, letras de musicas, jogos etc.).
A linguística ensina que é importantíssimo, no aprendizado de um
idioma estrangeiro, assimilar as estruturas básicas, o que só se obtém por
meio de muitos exercícios orais e escritos, envolvendo o universo do
educando. Para isso todas as atividades comunicativas serão amplamente
contempladas de uma maneira gradativa, contextualizada e temática.
A fim de despertar a atenção dos educandos, abordaremos tópicos
e situações diversas, próximas da sua realidade interesse, para motivar
sua participação ativa. Recursos variados tais como textos, fatos,
diagramas, tabelas, historia em quadrinhos, historias ilustradas, cartoons,
etc., serão utilizados com a finalidade de facilitar e dinamizar o
aprendizado, deixando mais agradável, divertido e proveitoso.
O conteúdo que será apresentado a partir do diagnóstico dos
conhecimentos prévios sobre o assunto, sendo abordados através de
atividades para sensibilizar o educando. Para tanto o professor poderá
iniciar sempre a aula com uma atividade ou uma conversa relacionada ao
que se vai estudar naquele dia. Pode ser um texto, uma música ou
simplesmente um bate-papo motivador.
Apresentação do Chat ou situação que visa apresentar o texto
inicialmente por meio do CD’s ou DVD’s com a finalidade de desenvolver
a compreensão auditiva.
Propomos um trabalho em que o educando saiba enfrentar uma
situação de leitura com sucesso, sabendo reconhecer as informações
essenciais de um artigo curto de jornal, de publicidade, uma pagina de
instrução de um produto, texto informativo, texto literário, etc. Para isso,
é fundamental que se estude diferentes tipos de textos, material paralelo
como jornais, revista, prospectos de propaganda, anúncios, lembrando
que também podem ser considerados como textos uma figura, gesto,
slogan um trecho de fala em áudio etc. Oportunizar os educandos a
praticar uma comunicação de forma simples e agradável nas mais
155variadas situações sendo sujeito de uma educação crítica.
Para o desenvolvimento das aulas serão adotados instrumentos
tais como:
• Comentários e debates sobre os assuntos vistos;
• Exercícios sobre estrutura dos gêneros aprendidos;
• Exercício com vocabulário variado;
• Exercícios escritos;
• Leituras, interpretação de textos informativos e diversificados;
• Trabalho coletivo e individual.
Utilizaremos como recurso didáticos:
• Folders de lugares turísticos, propaganda de supermercado,
cartazes de divulgação, filmes, músicas, livros, textos digitados,
CD/DVD, Dicionário revistas, canções populares da cultura
espanhola, entre outros.
10.4 Avaliação
A avaliação não deve ser encarada como mero instrumento que
decide o destino dos educandos, mas sim subsidiar discussões sobre as
dificuldades e os avanços dos alunos, a partir de suas produções. Deve
ser permanente diagnóstica e formativa já que o objetivo da avaliação é
acompanhar a aprendizagem, observando atentamente o rendimento dos
educandos no cotidiano e de sua participação nas atividades propostas,
nesse sentido não fica restrita a provas, testes, etc., pois é mais um
elemento que integra o processo ensino e aprendizagem. A avaliação tem
por meta o ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica visando a
aprendizagem da forma mais adequada. É um elemento de reflexão
continua para o professor sobre sua prática educativa e um instrumento
para que o educando possa tomar consciência de seus progressos,
dificuldades e possibilidades entendido como um processo de ação-
156reflexão-ação.
É necessário também, avaliar nosso procedimento enquanto
professor, e ajustá-los sempre que necessário, tendo em vista que o
centro do processo é o educando. Elaborar questões com técnicas e
instrumentos diversificadas com critérios pré-estabelecidos no Plano de
Trabalho Docente.
Considerando a avaliação como processo, tem um sentido
dinâmico de crescimento e de progresso, no entanto o ato avaliativo só se
completa quando se tomam decisões a respeito da intervenção a ser
realizada a partir do diagnóstico realizado ou seja a ação-reflexão-ação.
Por isso, tanto o professor quanto os educandos poderão
acompanhar o desenvolvimento e identificar as atividades realizadas,
bem como o planejamento e propondo outros procedimentos que visem à
superação das dificuldades constatadas. O processo avaliativo não se
limita somente ao espaço da sala de aula.
10.5 Referências Bibliográficas
ESCOLA ESTADUAL CRISTO REI. Projeto Político Pedagógico.
Francisco Beltrão, 2006.
FOUCALT, MA Ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996, p. 50.
GIMENEZ, T, Inovação educacional e o ensino de línguas
estrangeiras modernas: O caso do Paraná. Signum, v.2, 1999.
LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,
1995.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da
Educação. Diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna
para Educação Básica. 2008
RAMOS. Reflexão e ações no ensino aprendizagem de línguas.
Campinas: Mercado de Letras, 2003.
15711 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
6º E 9º ANO
11.1 Apresentação Geral
De acordo com a Instrução nº 007/2011 SUED/SEED, as escolas
terão abertura automática de 01 (uma) sala de apoio de Língua
Portuguesa para alunos matriculados no 6º e 9º ano do Ensino
Fundamental, a fim de garantir o acesso aos conteúdos necessários para
o domínio da Língua, nos eixos oralidade, leitura e escrita.
As Salas de Apoio à Aprendizagem, fazem parte do programa de
atividades curriculares complementares e, portanto, devem funcionar em
contraturno escolar. Seu funcionamento está condicionado à frequência
de alunos, existência de espaço físico adequado, professor e Plano de
Trabalho Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola.
O trabalho com a língua deve considerar as práticas linguísticas
que o aluno trás ao ingressar na escola e a partir disso trabalhar a
inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e o acesso ao
conhecimento e com isso inserir o sujeito em uma sociedade cheia de
conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa e capazes de
enfrentar o contexto histórico em que estão inseridos
Sendo a Língua Portuguesa um instrumento indispensável na
formação do ser humano, na sua totalidade, pretendemos com o ensino
da mesma, oferecer ao educando condições para que ele possa empregar
a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano familiar e social e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles, bem como, aprimorar, pelo contato com os
diversos gêneros textuais, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética.
É na escola que um imenso contingente de alunos, que frequentam
as redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta
da língua, ao conhecimento social e historicamente construído e à
158instrumentalização que favoreça sua inserção social e exercício da
cidadania.
11.2 Justificativa
A Sala de Apoio à Aprendizagem é uma atividade que faz parte do
programa de atividades complementares, que tem por objetivo planejar e
executar ações pedagógicas para o enfrentamento dos problemas
relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa dos alunos, no que se
refere a conteúdos básicos da disciplina.
O trabalho de sala de apoio visa atender a necessidade dos alunos,
que chegam ao 6º ano e 9º ano, com defasagem em conteúdos,
dificultando o progresso do aluno e a assimilação dos demais conteúdos.
Portanto, esse trabalho é de fundamental importância, pois trabalha com
o aluno de forma a atender a sua necessidade específica, que ao ser
superada, possibilita a inserção do mesmo na aprendizagem em grupo, ou
seja, é uma forma de garantir que a função da escola seja cumprida, ao
proporcionar o acesso ao conhecimento científico historicamente
construído.
11.3 Objetivos
Superar a defasagem de conteúdos a partir do trabalho e análise
dos seguintes objetivos:
Objetivos para o 6º ano:
• Tem noções básicas de argumentação, atendendo aos objetivos do
texto e aos do interlocutor;
• Observa a concordância verbal e nominal, nos casos mais comuns,
levando em conta o contexto de produção;
• Tem adequação vocabular, considerando as o contexto de uso e as
variantes lingüísticas;
• É capaz de recontar o que leu ou ouviu, mantendo a seqüência na
exposição das ideias;
• Percebe as diferenças básicas entre a oralidade e a escrita;
159• Lê com relativa fluência, entonação e ritmo, observando os sinais
de pontuação;
• Reconhece a ideia central de um texto;
• Localiza informações explícitas no texto;
• Percebe informações implícitas no texto;
• Reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada;
• Identifica a finalidade e os objetivos dos textos de diferentes
gêneros;
• É capaz de fazer relações de um texto com novos textos e/ou textos
já lidos;
• Interpreta linguagem não verbal;
• Escreve com clareza, coerência e utiliza a argumentação;
• Escreve conforme a norma padrão, utilizando as regras ortográficas
vigentes;
• Tem noções básicas de utilização dos sinais de pontuação;
• Tem noções básicas de acentuação;
• Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita;
• Faz concordância verbal e nominal;
• Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes,
adjetivos, conjunções...) substituindo palavras repetidas no texto;
Objetivos para o 9º ano:
• Tem noções de argumentação, posicionando-se com objetividade;
• Tem adequação vocabular, considerando o contexto de uso;
• Expressa as ideias com clareza e coerência;
• Lê com fluência e entonação, respeitando a pontuação do texto;
• Identifica tema/tese/argumentos do texto;
• Identifica a intencionalidade presente no texto;
• Localiza informações explícitas e infere informações implícitas no
texto;
• Reconhece marcas linguísticas no texto: coesão, coerência, função
160das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão e negrito;
• Reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada;
• Identifica a finalidade de diferentes gêneros textuais;
• Estabelece relações intertextuais;
• Reconhece os elementos gráficos (não verbais) na compreensão do
texto;
• Identifica o grau de formalidade da linguagem em diferentes textos;
• Escreve com clareza e coerência, atendendo aos propósitos
comunicativos do gênero;
• Escreve conforme a norma padrão, utilizando as regras ortográficas
e de acentuação vigente;
• Utiliza os sinais de pontuação em favor dos efeitos de sentido que
pretende provocar com seu texto;
• Emprega a concordância e a regência verbal e nominal;
• Elimina as marcas da oralidade na escrita de textos, excetuando-se
as situações em que o texto permite/exige que essas marcas
estejam presentes;
• Utiliza os elementos coesivos (pronomes, adjetivos, conjunções...),
substituindo e/ou suprimindo palavras repetidas no texto;
• Elabora textos atendendo às situações de produção (gênero,
interlocutor, finalidade, suporte, esfera de circulação).
11.4 Conteúdos
11.4.1 Conteúdos 6º ano
• Oralidade, leitura, escrita.
LEITURA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
161- Informatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
ESCRITA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Argumentatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Divisão do texto em parágrafos;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursosgráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentatividade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
162- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos
11.4.2 Conteúdos 9º ano
• Oralidade, leitura, escrita:
LEITURA
Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Finalidade e intencionalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Discurso ideológico presente no texto;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Semântica;
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Marcas línguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais e
pontuação;
- Linguagem figurada;
- Gêneros textuais: narrativos, argumentativos, dissertativos;
- Ortografia: norma padrão, regras ortográficas de acentuação;
163- sinais de pontuação;
- modos e tempos verbais;
- morfologia: pronomes, adjetivos e conjunções.
ESCRITA
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência;
- Processo de formação de palavras;
- Vícios de linguagem;
- Semântica;
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
164- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação,expressões facial, corporal e
gestual, pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Semântica;
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
11.5 Metodologia
O ato de ler e escrever vai além da decifração e envolve a
reflexão sobre os seus significados, a extrapolação dos fatos expressos
na leitura, na fala do outro, os gestos do olhar, da interpretação de
imagens, de símbolos, de ritmos, enfim, do mundo que nos cerca e que se
amplia cada dia em novas formas de comunicação.
Dessa forma, quanto mais variado for o contanto de aluno com
diferentes gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será
assimilar as regularidades que determinam o uso da língua em diferentes
esferas sociais. (Bakhtin, 1992).
O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a
oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também
a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais. É através do aprimoramento linguístico
que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas sociais,
usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas
quantos nas relações mais complexas.
Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala
de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de
expectativas deles e as sugestões sobre texto que gostariam de ler, para,
165então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar
as leituras dos educandos.
Ao professor de sala de apoio necessário conhecer os fundamentos
psicopedagógicos da faixa etária, ter domínio dos conteúdos básicos das
series iniciais bem como os conteúdos relativos ao segundo segmento do
ensino fundamental e principalmente aplicá-los com metodologia
adequada. O professor deve ser criativo, dinâmico, perspicaz, gostar de
sentar no chão, cantar , contar historias, utilizar jogos, brincadeiras e
debates para efetivação da aprendizagem lembrando que estes alunos
ainda estão vivenciando a fase da infância e/ou adolescência.
11.6 Avaliação
A avaliação desenvolvida na Sala de Apoio de Língua Portuguesa
tem por objetivo primordial buscar preencher lacunas e sanar as
defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam
o 6º e 9º ano do Ensino Fundamental, referente a oralidade, leitura e
escrita.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e o
seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus
resultados.
A sala de poio representa uma oportunidade para os alunos com
dificuldades de acompanhar os conteúdos, por meio de atividades
diferenciadas e trabalho individualizado, visando a superação e a
compreensão do papel social da linguagem e do seu papel como
interlocutor de diferentes discursos que circulam na sociedade.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período de atendimento ao aluno, observando os avanços e as
necessidades para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Assim, o objetivo da avaliação da sala de apoio é aprimorar o
processo de ensino aprendizagem durante o período de atendimento ao
166aluno, e dar suporte ao trabalho do professor da sala de aula regular, ou
seja, a avaliação deve acontecer a partir da análise do progresso do
aluno, diante da dificuldade observado no momento do encaminhamento,
tanto na sala regular como na sala de apoio.
11.7 Critérios de Participação
As Salas de Apoio à aprendizagem é destinada a alunos
matriculados no 6º e 9º ano do Ensino Fundamental, que apresentam
defasagem em conteúdos básicos e específicos da Língua Portuguesa,
sendo necessário a rotatividade de alunos, que são encaminhados pelo
professor regente da turma a partir de ficha específica e análise do
domínio dos conhecimentos básicos da Língua.
As turmas deverão ser organizadas com no máximo 20 alunos, e
carga horária de 04 horas aula devendo ser ofertadas prioritariamente
em aulas geminadas. Os alunos poderão ser encaminhados e dispensados
a qualquer tempo, durante o ano letivo, levando em conta a
aprendizagem e as dificuldades dos educandos.
11.8 Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da
Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação Básica.
Curitiba, 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED. Ensino
Fundamental de nove anos: Orientações Pedagógicas para os anos
iniciais. Curitiba, 2010.
PPP, Projeto Político Pedagógico. Escola Estadual Cristo Rei - E.F.
2011.
167Legislação:
Lei 11.274/06 Ensino Fundamental de nove anos
Instrução 007/2011 SUED/SEED - Sala de Apoio à Aprendizagem
Instrução 008/2011 SUED/SEED - Ensino Fundamental de nove anos
Lei 10.639/03 e 11.645/08 – Ensino da Historia e Cultura afro-brasileira
e indígena
Parecer nº 407/2011
Resolução nº 2772/2011 GS/SEED
16812 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA 6º E 9º
ANO
12.1 Apresentação Geral
De acordo com a Instrução nº 007/2011 SUED/SEED, as escolas
terão abertura automática de 01 (uma) sala de apoio de Matemática para
alunos matriculados no 6º e 9º ano do Ensino Fundamental, a fim de
garantir o acesso aos conteúdos básicos necessários contemplados na
disciplina.
As Salas de Apoio à Aprendizagem, fazem parte do programa de
atividades curriculares complementares e, portanto, devem funcionar em
contraturno escolar. Seu funcionamento está condicionado à frequência
de alunos, existência de espaço físico adequado, professor e Plano de
Trabalho Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola
O ensino da Matemática na educação básica é justificado pela
riqueza proporcionando ao aluno oportunidades de exercitar e
desenvolver suas faculdades intelectuais. A Matemática deve ser
ensinada nas escolas porque é parte substancial do patrimônio cognitivo
da Humanidade. O ensino da Matemática se justifica pelos elementos
enriquecedores do pensamento Matemático na formação intelectual do
aluno, seja pela exatidão do pensamento lógico - demonstrativo que ela
exibe, seja pelo exercício criativo da intuição, da imaginação e dos
raciocínios por indução e analogia. O ensino da Matemática é também
importante para dotar o aluno do instrumental necessário no estudo das
outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que
envolvem aspectos, quantidades da realidade, tendo como objeto de
estudo as formas espaciais e as quantidades.
Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação
Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de
produção de conhecimento – natureza científica – e a melhoria da
qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática a natureza
pragmática. A finalidade da Educação Matemática concebida como um
169conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.” Outra
finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o estudante
construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes
de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,
particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.
O ensino da matemática que leva essa formação do estudo será
feito com metodologias que procuram alterar as maneiras pelas quais se
ensina matemática, que podem ser através da resolução de problemas,
modelagem matemática, história da matemática, etnomatemática e uso
de mídias tecnológicas.
O ensino de matemática terá por objetivos demonstrar a
Matemática como Ciência em processo de construção de forma a
relacionar ensino, aprendizagem e conhecimento matemático visando a
formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas
relações sociais. Para isso, o conhecimento matemático será construído,
por meio de uma visão histórica em que os conceitos são apresentados,
discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias
e das tecnologias.
Dessa forma, será possível contribuir para que o estudante tenha
condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e
apropriações de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento, e
ainda, que a partir desse conhecimento matemático, seja possível o
estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas,
fazendo um comparativo do conhecimento elaborado da humanidade
historicamente produzido com a prática cotidiana, de modo que o aluno
se sinta parte do processo educativo.
12.2 Justificativa
A Sala de Apoio à Aprendizagem é uma atividade que faz parte do
170programa de atividades complementares, que tem por objetivo planejar e
executar ações pedagógicas para o enfrentamento dos problemas
relacionados à aprendizagem de Matemática dos alunos, no que se refere
a conteúdos básicos da disciplina.
O trabalho de sala de apoio visa atender a necessidade dos alunos,
que chegam ao 6º ano e 9º ano, com defasagem em conteúdos,
dificultando o progresso do aluno e a assimilação dos demais conteúdos.
Portanto, esse trabalho é de fundamental importância, pois trabalha com
o aluno de forma a atender a sua necessidade específica, que ao ser
superada, possibilita a inserção do mesmo na aprendizagem em grupo, ou
seja, é uma forma de garantir que a função da escola seja cumprida, ao
proporcionar o acesso ao conhecimento científico historicamente
construído.
12.3 Objetivos
Superar a defasagem de conteúdos a partir do trabalho e análise
dos seguintes objetivos:
Objetivos para o 6º ano:
• Reconhece e utiliza características do sistema de numeração
decimal, tais como agrupamento e troca na base 10 e princípio do
valor posicional;
• Compreende classificação e seriação numérica;
• Calcula o resultado de uma adição ou subtração de números
naturais;
• Calcula o resultado de uma multiplicação ou divisão de números
naturais;
• Resolve problemas com números naturais, envolvendo diferentes
significados da adição ou subtração;
• Resolve problemas com números naturais, envolvendo diferentes
significados da multiplicação ou divisão;
• Identifica diferentes representações de um mesmo número
171racional;
• Identifica fração como representação que pode estar associada a
diferentes significados;
• Resolve problemas com números racionais expressos na forma
decimal envolvendo diferentes significados da adição ou subtração;
• Resolve problemas utilizando a escrita decimal, a partir de cédulas
e moedas do sistema monetário brasileiro;
• Estima a medida de grandeza utilizando unidades de medida
convencionais ou não;
• Resolve problemas significativos utilizando unidades de medida
padronizadas como km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml;
• Estabelece relações entre unidades de medida de tempo (dia e
semana, hora e dia, dia e mês, mês e ano, ano e década, ano e
século, década e século, hora e minuto, minuto e segundo),
incluindo leitura de calendário;
• Resolve problemas envolvendo o cálculo do perímetro;
• Resolve problemas envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de
figuras planas, desenhadas em malhas quadriculas;
• Identifica a localização/movimentação de objetos em mapas e
outras representação gráfica;
• Identifica propriedades comuns e diferenças entre figuras
bidimensionais pelo número de lados;
• Identifica propriedades comuns e diferenças entre poliedros e
corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas
planificações;
• Lê informações e dados apresentados em tabelas;
• Lê informações e dados apresentados em gráficos (particularmente
gráficos de colunas);
• Retira dados e informações de gráficos, tabelas e textos para
resolver problemas;
172Objetivos para o 9º ano:
• Opera com Números Reais em suas diferentes formas;
• Localiza os Números Reais na reta numérica;
• Resolve Regra de Três Simples e composta;
• Reconhece Razão e Proporção entre grandezas e realiza operações;
• Identifica e opera Polinômios;
• Resolve equações e inequações de 1º grau e 2º grau;
• Calcula o valor numérico de uma expressão algébrica;
• Resolve Sistemas de Equação de 1º Grau;
• Realiza conversão das unidades de medida de comprimento, massa,
ângulo, grau, superfície, tempo, volume, velocidade e do Sistema
Monetário;
• Compreende e resolve problemas envolvendo conceitos de
perímetro, área e volume;
• Identifica, classifica e opera com as propriedades de figuras planas,
corpos redondos e sólidos geométricos;
• Reconhece a planificação dos sólidos geométricos;
• Identifica as coordenadas em gráfico cartesiano;
• Interpreta informações apresentadas por meio de coordenadas
cartesianas;
• Reconhece o Princípio Fundamental da Contagem e desenvolve
raciocínio combinatório;
• Realiza o cálculo de Média Aritmética e Moda a partir de dados
estatísticos;
• Utiliza a estimativa no cálculo e solução de problemas;
• Realiza cálculo de Porcentagem e Juro Simples;
• Reconhece a lei de formação de uma função do 1º Grau e
compreende a relação de dependência entre elementos de um
conjunto;
• Apresenta noções intuitivas de Função Quadrática e identifica a
173concavidade da parábola através do sinal da função;
• Funções de 2º grau;
• Resolver problemas que envolvam porcentagem.
12.4 Conteúdos
12.4.1 Conteúdos 6º ano
- Números e Álgebra;
- Grandezas e Medidas;
- Geometrias;
- Tratamento da Informação;
- Funções;
Domínio das formas espaciais e quantidades nas operações básicas
e elementares, dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
12.4.2 Conteúdos 9º ano
- Números e Álgebra;
- Grandezas e Medidas;
- Geometrias;
- Tratamento da Informação;
- Funções;
Características e propriedades dos triângulos e quadriláteros,
porcentagem, leitura, construção e interpretação de tabelas e gráficos,
números e suas diversas representações, operações com números, cálculo
de perímetro e área de polígonos, cálculo de conversão de medidas
(tempo, temperatura, comprimento e capacidade), noções de função afim
e quadrática.
12.5 Metodologia
A metodologia a ser empregada em sala de apoio, deve partir dos
eixos que norteiam o estudo da matemática, sendo a etnomatemática, a
modelagem matemática, história da matemática, a resolução de
problemas e as mídias tecnológicas, observando a necessidade da
174alfabetização matemática.
Ao professor de sala de apoio é necessário conhecer os
fundamentos psicopedagógicos da faixa etária, ter domínio dos conteúdos
básicos das series iniciais bem como os conteúdos relativos ao segundo
segmento do ensino fundamental e principalmente aplicá-los com
metodologia adequada. Deve ser criativo, perspicaz, propor atividades em
ambientes externos a sala de aula desenvolvendo medições e contagens,
o desenvolvimento de cálculos, utilizar jogos e brincadeiras, bem como
materiais manipuláveis, recursos tecnológicos e investigação matemática,
lembrando que estes alunos ainda estão vivenciando a fase da infância
e/ou adolescência.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem conhecimento matemático. Esta
tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas
vários saberes distintos e nenhum menos importante que outro. As
manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e
práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
Com relação à modelagem matemática, tem como pressuposto que
o ensino e a aprendizagem da Matemática podem ser potencializados
quando se problematizam situações do cotidiano. A Modelagem
Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do educando
no contexto social, procura levantar problemas que sugerem
questionamentos sobre situações de vida.
Uma das razões de ensinar Matemática é a resolução de
problemas, é abordar os conteúdos matemáticos a partir da resolução de
problemas, meio pelo qual, o educando tem a oportunidade de aplicar
conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução
de um problema, o educando precisa ter condições de buscar várias
alternativas que almejam a solução.
As mídias tecnológicas estão no contexto da Educação
Matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos
informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o
175processo de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado
novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação
Matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de
novas teorias matemáticas (Borba 1999). Atividades realizadas com o uso
do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de
gráficos, por exemplo, como o uso dos computadores amplia as
possibilidades de observação e investigação, visto que algumas etapas
formais de construção são sintetizadas.
É importante entender a História da Matemática no contexto da
prática escolar como componente necessário de um dos objetivos
primordiais da Matemática. Sendo assim se faz necessário que os
educandos compreendam a natureza da Matemática e a sua relevância na
vida da humanidade, considerando a História da Matemática como um
elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das
situações-problema, na fonte de busca, na compreensão e como elemento
esclarecedor de conceitos matemáticos. É pela História da Matemática
que o estudante tem a possibilidade de entender como o conhecimento
matemático é construído historicamente.
12.6 Avaliação
A avaliação desenvolvida na Sala de Apoio de Matemática tem por
objetivo primordial buscar preencher lacunas e sanar as defasagens de
aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam o 6º e 9º ano do
Ensino Fundamental, pois a avaliação interfere diretamente na formação
integral do aluno, onde além de verificação de aprendizado, reorienta o
trabalho do professor. Sendo assim, as avaliações devem ser
diversificadas delimitando os conhecimentos essenciais de cada assunto.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e o
seu próprio trabalho, tornando-se um espaço de mediação entre as
práticas pedagógicas, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus
176resultados.
A sala de poio representa uma oportunidade para os alunos com
dificuldades de acompanhar os conteúdos, por meio de atividades
diferenciadas e trabalho individualizado, sendo que os resultados das
atividades realizadas serão analisados durante o período de atendimento
ao aluno, observando os avanços e as necessidades para o
estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Assim, o objetivo da avaliação da sala de apoio é aprimorar o
processo de ensino aprendizagem durante o período de atendimento ao
aluno, e dar suporte ao trabalho do professor da sala de aula regular, ou
seja, a avaliação deve acontecer a partir da análise do progresso do
aluno, diante da dificuldade observado no momento do encaminhamento,
tanto na sala regular como na sala de apoio.
Nesse contexto, podemos destacar alguns critérios:
• Observação do processo de construção do conhecimento avaliando
o progresso do aluno;
• exploração das possibilidades que resultam em erros, tendo assim,
uma visão de como o aluno contemplou o conteúdo;
• reflexão por parte do aluno com relação ao seu “erro”, através da
intervenção do professor;
• Coerência entre avaliação e objetivos propostos;
12.7 Critérios de Participação
As Salas de Apoio à aprendizagem é destinada a alunos
matriculados no 6º e 9º ano do Ensino Fundamental, que apresentam
defasagem em conteúdos básicos e específicos de Matemática, sendo
necessário a rotatividade de alunos, que são encaminhados pelo professor
regente da turma a partir de ficha específica e análise do domínio dos
conhecimentos básicos da Língua.
As turmas deverão ser organizadas com no máximo 20 alunos, e
carga horária de 04 horas aula devendo ser ofertadas prioritariamente
em aulas geminadas. Os alunos poderão ser encaminhados e dispensados
177a qualquer tempo, durante o ano letivo, levando em conta a
aprendizagem e as dificuldades dos educandos.
12.8 Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da
Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação Básica.
Curitiba, 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED. Ensino
Fundamental de nove anos: Orientações Pedagógicas para os anos
iniciais. Curitiba, 2010.
PPP, Projeto Político Pedagógico. Escola Estadual Cristo Rei - E.F.
2011.
Legislação:
Lei 11.274/06 Ensino Fundamental de nove anos
Instrução 007/2011 SUED/SEED - Sala de Apoio à Aprendizagem
Instrução 008/2011 SUED/SEED - Ensino Fundamental de nove anos
Lei 10.639/03 e 11.645/08 – Ensino da Historia e Cultura afro-brasileira
e indígena
Parecer nº 407/2011
Resolução nº 2772/2011 GS/SEED