PATOLOGIAS CARDIACAS

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PATOLOGIAS CARDIACAS

Dorival Blaquer Hernandes

Angina Pectoris

A angina pectoris é uma síndrome caracterizada por paroxismos de dor ou por uma sensação de opressão na região anterior do tórax que surge como conseqüência de um fluxo sangüíneo coronariano insuficiente ou de um surgimento inadequado de oxigênio ao tecido miocárdio.

ETIOLOGIA

Aterosclerose; Obstrução de uma artéria

coronariana importante. Estenose ou insuficiência aórtica

grave; Hipertireoidismo; Anemia; Aortite e taquicardia.

Manifestação clínica:

Dor de intensidade variável localizada atrás da parte média ou terço superior do esterno, sentida profundamente, no tórax.

O paciente pode colocar a mão fechada sobre o local da dor. Podendo esta dor se irradia para o pescoço, os ombros, ou as extremidades superiores, mais freqüentemente no lado esquerdo.

Manifestação clínica: Sensação de fraqueza nos braços,

punhos e mãos e mesmo de morte iminente, acompanhada de apreensão intensa, pode ser experimentada pelo paciente.

Cada crise costuma Ter duração inferior a três minutos, mas pode perdurar por cinco a quinze minutos, quando o paciente se encontra em repouso.

FATORES DESENCADEANTES DAS CRISES

Esforço físico exagerado; Ingestão de refeição copiosa; Emoções forte; Excitação; Exposição termica.

Diagnóstico:

Observação das manifestações clínicas;

Teste de nitroglicerina com resposta positiva;

ECG; Teste de esforço.

Tratamento:

Reduzir a carga do trabalho cardíaco;

Consiste, ainda, em aliviar a dor com fármacos, especialmente a nitroglicerina;

Prevenir o infarto agudodo miocárdio.

Cirúrgica.

Infarto Agudo do miocárdio - IAM

O infarto agudo do miocárdio refere-se ao processo em que o tecido miocárdio é destruído em áreas cardíacas que foram privadas do suprimento sangüíneo adequado.

Etiologia

Aterosclerose; Arterioosclerose; Trombose; Embolia.

OBS: Oclusão coronariana, ataque cardíaco e infarto do miocárdio são expressões usadas como sinônimos, porém, o ermo infarto do miocárdio é utilizado com maior freqüência.

Epidemiologia

Esta patologia normalmente acomete indivíduos do sexo masculino, com idade superior a 40 anos e portadores de aterosclerose dos vasos coronarianos. Entretanto, podem ocorrer crises em mulheres e homens mais jovens, na faixa etária entre 20 e 30 anos.

Manifestações clínicas: Dor súbita, geralmente na parte inferior da

região esternal e no abdome superior; É uma dor constante e constritiva, podendo

aumentar a sua intensidade até tornar-se insuportável;

Esta dor intensa, tipo garra, pode irradiar-se para os ombros e braços, geralmente para o lado esquerdo;

Persiste por horas ou dias e não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitroglicerina.

Manifestações clínicas: sinais de choque; Sianóse de estremidades; Sudorese intensa e viscosa; Hipotensão em níveis muito baixos e a

temperatura corporal eleva-se em poucas horas;

São freqüentes ainda sintomas como ansiedade, inquietação, dispnéia, fraqueza, vertigem, náuseas e vômitos.

Diagnóstico: Sinais e sintomas já descritos; História clínica, de exames físicos e

laboratoriais, como o eletrocardiograma – ECG, a dosagem de transaminase glutâmico oxalacética – TGO, a creatinofosfoquinase – CPK e CPKMB, a desidrogenase que apresentam em níveis elevados logo após a instalação do infarto;

Cineangiocoronariografia.

Tratamento:

O tratamento objetiva detectar e tratar as arritmias, aliviar o choque e a dor, proporcionar repouso ao miocárdio, evitar possíveis complicações e interromper a evolução da arteriosclerose, que é basicamente responsável pelo IAM.

Insuficiência cardíaca

congestiva ICC.

Conceito

A insuficiência cardíaca se dá quando o coração torna-se incapaz de bombear uma quantidade adequada de sangue que possa satisfazer as necessidade de oxigênio e de nutrientes dos tecidos.

Manifestações clínicas:

I – Na insuficiência cardíaca esquerda – ICE – As manifestações são: dispnéia de esforço, respiração superficial, dispnéia noturna, ortopnéia, tosse e fadiga, insônia, taquicardia, inquietação.

Manifestações clínicas:

ll – Na insuficiência cardíaca direita – ICD: – Congestão de veias e capilares

sistêmicos;- Edema nos tornozelos, que aumenta

no final do dia e diminui com o repouso e a elevação dos membros;

- Outras manifestações são a congestão hepática, a dilatação das veias do pescoço, a anorexia e náuseas, a nictúria e fraqueza.

Diagnóstico: Exame físico e a anamnese, com

achados cardiovasculares significativos; Exame de sangue para dosagem de

sódio e potássio; RX de tórax; Gasometria; Cateterismo cardíaco; PVC; ECG.

Tratamento:

A terapêutica tem por objetivo melhorar a força contrátil e a eficiência do miocárdio, reduzindo a demanda circulatória e eliminando os fatores que estimulam a ação cardíaca. Objetiva, também, eliminar o excesso de líquidos no organismo.

repouso; dieta branda, fracionada, com pouco

resíduo e hipossódica; administração de digitálicos, que

aumentam a contratilidade miocárdica e de diuréticos, que auxiliam na eliminação do excesso de líquidos;

oxigenoterapia no alívio da dispnéia.

ANEMIAS

É a definição laboratorial para a diminuição do número de glóbulos vermelhos, de hemoglobina ou de hematócrito a níveis inferiores aos padrões de normalidade.

Causas: Relacionada tanto a falha na medula

óssea; Perda excessiva de hemácias; Exposições excessivas a radiações e a

determinadas drogas que deprimem a medula;

Malformações congênitas; Insuficiência da medula óssea; Deficiência de ferro, de vitamina B12 e

de ácido fólico e hemorragias.

Classificação:

Hemorrágica; Aplástica; Falciforme; Perniciosa; Ferropriva:

Manifestações clínicas:

Ocorrem palidez da pele e mucosas; Astenia; Tonturas; Vertigens; Cefaléias; Anorexia; Sonolência; Dispnéia; Hipotermia; Irritabilidade;

Diagnóstico:

Exame físico e anamnese; Exame laboratorial dos níveis de

hemácias, hemoglobina e hematócrito. Os exames solicitados inicialmente

constam de hemograma completo e hematócrito. Podem ainda ser solicitados aspiração de medula óssea e esfregaço de sangue periférico.

Tratamento:

O tratamento tem por finalidade eliminar a causa, ou seja, controlar os processos hemorrágicos por transfusão sangüínea, fazer a reposição de ferro e de vitamina B12, e de hemácias. Proceder ao transplante de medula óssea quando houver indicação.

Inclui, ainda, no tratamento o repouso, que, de acordo com a gravidade do caso, deverá ser absoluto, e a suplementação dietética.