Patologias Emocionais

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Perturbações Emocionais e Comportamentais na Criança – ELI Montemor-o-Velho/Soure PATOLOGIAS EMOCIONAIS/COMPORTAMENTAIS PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO AUTISTA

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Perturbações Emocionais e Comportamentais na Criança – ELI Montemor-o-Velho/Soure

PATOLOGIAS EMOCIONAIS/COMPORTAMENTAIS

PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO AUTISTA

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO AUTISTA

Manifestam-se nas áreas

interação social, comunicação e interesses, associadas a dificuldades

no aproveitamento da imaginação, em aceitar alterações de rotinas e à

exibição de comportamentos estereotipados e restritos. Estas

perturbações implicam um défice na flexibilidade de pensamento e uma

especificidade no modo de aprender, comprometendo, particularmente, o

contacto e a comunicação do indivíduo com o meio.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO AUTISTA

O autismo é uma alteração invasiva do desenvolvimento e compreende uma tríade comportamental: défices qualitativos na interação social, na comunicação e repertório restrito de comportamentos, atividades e interesses.

Sinais de Alerta/Características:

Observam-se distúrbios a nível da atenção, apego e outras particularidades da interação social. Os habituais jogos de imitação que decorrem durante a infância não são aliciantes para estas crianças. Estas podem ainda despender uma grande quantidade de tempo a explorar o ambiente inanimado.As habilidades lúdicas, além da exploração sensorial dos brinquedos, podem estar completamente ausentes.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO AUTISTA

Podemos encontrar três maneiras distintas, por parte destas crianças, para lidar com as dificuldades na interação:

-a criança fecha-se e fica alheada do que a rodeia;

-a criança responde a uma interação social, embora se possa revelar incapaz de iniciá-la;

- a criança ativa, mas imprevisível, que procura relacionar-se, contudo, fá-lo de uma forma desajeitada dado a sua inexperiência em termos de relacionamento social.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO AUTISTA

Os défices no brincar podem incluir falha no desenvolvimento de padrões usuais de desempenho de papéis, ou no jogo simbólico. A criança autista pode explorar aspetos não funcionais dos brinquedos ou usar determinadas partes do mesmo para a autoestimulação.

Atrasos na aquisição da linguagem são as reclamações mais frequentemente efetuadas pelos pais, no entanto, a problemática do autismo reporta-se mais à comunicação do que propriamente à linguagem em si.

Quando as crianças com autismo começam a falar, a sua linguagem é notória de várias formas. Podem repetir o que lhes é dito (ecolália imediata) ou o que é ouvido, por exemplo, através da televisão (ecolália tardia). Pode haver omissão de pronomes no seu discurso, podendo referir-se a si mesmo como “tu”, “ele” ou ela”, ou pelo seu nome, imitando o modo como ouvem os outros tratá-las.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO AUTISTA

Estas crianças fazem uma compreensão literal do discurso, por isso o humor e o sarcasmo podem ser uma fonte de confusão, na medida em que estas podem não conseguir apreciar a intencionalidade da comunicação do falante, resultando numa interpretação literal do discurso.

Em geral, a entoação da voz é apagada ou monótona e os demais aspetos comunicativos da voz, ênfase, altura, volume e ritmo ou expressões, são idiossincráticos e pobremente modulados.

As crianças autistas não conseguem compensar eficazmente a linguagem falada através de outros modos de comunicação, ou seja, os gestos que auxiliam o discurso são limitados e nunca recorrem a simbolismos, e a sua comunicação é imprevisível, difícil e utiliza expressões únicas.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO AUTISTA

Para além das dificuldades nos aspetos linguísticos da gramática e da semântica, o tratamento da informação está alterado, o que faz com que a compreensão e o significado das coisas seja diferente, ou seja, há uma incapacidade notória dos mecanismos de execução.

Assim sendo, o seguir instruções, e, consequentemente, a aprendizagem (incluindo a sequenciação), (principalmente se forem dadas fora do contexto familiar e/ou não acompanhadas de indicadores visuais, como os gestos) estão dificultados.

Estas crianças aprendem mais facilmente decorando, sendo-lhes muito difícil generalizar o que aprenderam.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO AUTISTA

As crianças que padecem de um autismo clássico possuem um

repertório restrito de comportamentos, atividades e interesses.

Esta característica reflete-se na apresentação de comportamentos estereotipados repetitivos (andar nas pontas dos pés, estalar os dedos, balançar o corpo e outros maneirismos) e, em algumas crianças, numa reação exagerada face a qualquer alteração da rotina. Uma tentativa de alterar a sequência de algumas atividades pode deparar-se com um terrível sofrimento por parte destas crianças.

A criança com autismo pode desenvolver ainda um interesse

exagerado e obsessivo por uma atividade repetitiva.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO DE ASPERGER

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO DE ASPERGER

As Crianças com Síndrome de Asperger são usualmente caracterizadas por um défice de empatia. O contacto ocular encontra-se afetado e é caracterizado por ser evitante, fugaz, escasso, pouco intenso ou apresentar uma fixação excessiva no interlocutor. É traduzido, pelos familiares, por “não olha para os outros ou desvia o olhar”.

Os gestos bizarros, peculiares ou estranhos são evidentes em crianças que têm esta síndrome. Estas crianças apresentam frequentemente tiques ou mímicas faciais agrestes, uma expressão facial pobre e, por vezes, aproximam-se demasiado do interlocutor. Por vezes estas crianças andam aos encontrões às pessoas e aos móveis.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO DE ASPERGER

-inabilidade destas crianças no relacionamento com os pares

-estas crianças isolam-se com muita frequência

-estas crianças não têm um amigo especial

-estas crianças sofrem muitas vezes discriminação por parte dos pares

-têm uma enorme dificuldade em interiorizar regras sociais,

-o contacto físico é outra questão problemática para estas crianças

-antes dos cinco anos é evidente um fascínio incontrolável por folhear livros

e revistas, um determinado vídeo, anúncios de televisão e um interesse

intenso numa história particular e atividades repetitivas, como abrir e fechar

portas de forma ritmada

-as rotinas e rituais rígidos são característicos destas crianças

-as estereotipias motoras são manifestações muito comuns

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO DE RETT

Nos primeiros meses de vida verifica-se um desenvolvimento normal, no entanto, por volta dos 6-18 meses de idade, começam a aparecer os primeiros sinais clínicos associados à perda de aquisições motoras e cognitivas adquiridas anteriormente.

O quadro clínico que está mais presente nas crianças com Síndrome de Rett está relacionado com a desaceleração do crescimento craniano, perda da fala e das competências motoras adquiridas, particularmente, do movimento ativo da mão, desenvolvendo movimentos estereotipados das mesmas e atraso mental. As crianças podem, ainda, desenvolver irregularidades respiratórias, ataxia e convulsões.

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PERTURBAÇÕES INVASIVAS DO DESENVOLVIMENTO

PERTURBAÇÃO DE RETT

O padrão de regressão desta Síndrome tem o seu início antes dos quatro anos de idade, habitualmente durante o 1º ou 2º ano de vida e a perda de aptidões é persistente e progressiva.

A fala está sempre muito comprometida e, muitas vezes, totalmente ausente. Algumas crianças chegam a falar, contudo à medida que a deterioração avança esta capacidade vai sendo gradualmente perdida. Uma ínfima minoria destas crianças aprende alguns vocábulos isolados.

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PERTURBAÇÃO DESINTEGRATIVA DE SEGUNDA INFÂNCIA

PERTURBAÇÃO DESINTEGRATIVA DE SEGUNDA INFÂNCIA

Perturbação Desintegrativa da Segunda Infância, é uma condição muito rara que atinge, sobretudo, o sexo masculino, geralmente associada a causa orgânica.

Corresponde a uma evidente e bem comprovada regressão em diversas áreas do funcionamento psicomotor, antecedida por um período, nunca inferior a dois anos, do desenvolvimento aparentemente convencional.

Depois dos primeiros dois anos de vida (sempre antes dos dez anos), são verificadas perdas significativas de competências psicomotoras adquiridas.

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PERTURBAÇÃO DESINTEGRATIVA DE SEGUNDA INFÂNCIA

PERTURBAÇÃO DESINTEGRATIVA DE SEGUNDA INFÂNCIA

A regressão deve ser notada em pelo menos duas das seguintes áreas: - Linguagem expressiva ou compreensiva - Comportamento social ou adaptativo- Controlo do intestino ou bexiga- Capacidade de brincar- Capacidades motoras

Estabelecida a regressão, estas crianças apresentam alterações comportamentais muito semelhantes às verificadas no autismo (como se tratasse de um autismo com inicio tardio).

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE

ATENÇÃO (PHDA)

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO (PHDA)

“padrão persistente de falta de atenção e/ou impulsividade-hiperatividade, com uma intensidade que é mais frequente e grave

que o observado habitualmente nos sujeitos com um nível semelhante de desenvolvimento”

É classificada como uma síndrome neurológica com a clássica tríade de sintomas, que inclui a impulsividade, a falta de concentração e a hiperatividade e excesso de energia.

A PHDA é uma perturbação bio-psico-social, isto é, apresenta medidas de ordem genética, biológica, social e vivencial que concorrem para a sua intensidade.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO (PHDA)

Salientam-se como causas diferentes fatores genéticos/ hereditários, neuroanatómicos/ neuroquímicos e ambientais. É de reforçar o carácter multifactorial da PHDA. (Lopes, 2004)

Muitas vezes tanto pais, como professores e pessoas que trabalham diariamente com crianças e adolescentes que possuem PHDA, rotulam-nos de ‘problemáticos’, ‘desmotivados’, ‘aluados’, ‘mal-educados’, ‘indisciplinados’, e ‘irresponsáveis’. Estas crianças e jovens são vistos de um ponto de vista claramente negativo e enviesado devido, sobretudo, à falta de conhecimentos que muitos agentes de educação têm sobre a PHDA.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

Fonseca (1998) apresenta-nos algumas explicações etiológicas possíveis quanto à origem da hiperatividade:

• Falta de aptidões educativas dos pais;• Fatores hereditários;• Açúcar e outros alimentos;• Neurotoxinas no sangue (por exemplo chumbo);• Complicações perinatais;• Perturbações no processo de vinculação filho-mãe;• Traumatismos crânio-encefálicos;• Resistência generalizada à hormona da tiróide (GRTH);• Infeções virais e bacterianas;• Síndrome do cromossoma X frágil e outras anomalias genéticas;• Desequilíbrio de neurotransmissores (como dopamina, serotonina, norepinefrina);

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

Fonseca (1998) apresenta-nos algumas explicações etiológicas possíveis quanto à origem da hiperatividade:

• Famílias caóticas ou perturbadas no seu modo de funcionamento;• Ausência de modelos adequados de comportamentos na família;• Lesões ou anomalias na estrutura de várias áreas do cérebro;• Atraso do desenvolvimento cerebral e/ou motor;• Baixa atividade elétrica do cérebro;• Atividade metabólica reduzida nas regiões frontais do cérebro;• Défices regulatórios da atenção;• A hiperatividade como um simples traço da personalidade.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

Características:

a)Movimenta excessivamente as mãos e os pés e move-se enquanto está sentado; b) Levanta-se da sala de aula ou noutras situações em que se espera que esteja sentado;c) Corre ou salta excessivamente, em situações em que é inadequado fazê-lo ;d) Tem dificuldade em jogar ou dedicar-se tranquilamente a atividades de ócio;e) Parece ‘ligado à corrente’;f) Fala excessivamente.

Estes excessos de atividade mostram flutuações em diferentes contextos e situações e com diferentes pessoas. Tendem a alcançar maior grau de severidade em lugares públicos, quando há visitas em casa e evidentemente na sala de aula. Também se manifestam perante exigências demasiado rígidas dos pais e professores, na realização de tarefas aborrecidas ou com recompensas escassas.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

Impulsividade

A criança com esta perturbação, com frequência:

g) Precipita as respostas antes que as perguntas tenham acabado;

h) Tem dificuldade em esperar pela sua vez;

i) Interrompe ou interfere negativamente nas atividades dos outros.

Verifica-se que alguns sintomas da falta de atenção ou de hiperatividade - impulsividade surgem antes dos 7 anos, manifestam-se em dois ou mais contextos e têm uma interferência clinicamente significativa no funcionamento social, académico ou laboral.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

OUOU

2) Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperactividade-impulsividade persistiram pelo menos durante 6 meses com uma intensidade que é desadaptativa e inconsciente com o nível de desenvolvimento.

Hiperactividade

(2-a) Com frequência movimenta excessivamente as mãos e os pés, move-se quando está sentado;

(2-b) Com frequência levanta-se na sala de aula ou noutras situações em que se espera que esteja sentado;

(2-c) Com frequência corre ou salta excessivamente em situações em que é inadequado fazê-lo (em adolescente ou adultos pode limitar-se a sentimentos de impaciência);

(2-d) Com frequência tem dificuldades para jogar ou dedicar-se tranquilamente a actividades de ócio;

(2-e) Com frequência "anda" ou só actua como se estivesse "ligado a um motor";

(2-f) Com frequência fala em excesso.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

Impulsividade

(2-g) Com frequência precipita as respostas antes que as perguntas tenham acabado;

(2-h) Com frequência tem dificuldades em esperar pela sua vez;

(2-i) Com frequência interrompe ou interfere nas actividades dos outros (ex. intromete-se nas conversas ou jogos).

B. Alguns sintomas de hiperactividade-impulsividade ou de falta de atenção que causam défices surgem antes dos 7 anos de idade

C. Alguns défices provocados pelos sintomas estão presentes em dois ou mais contextos [por exemplo, escola (ou trabalho) e em casa].

D. Devem existir provas claras de um défice clinicamente significativo do funcionamento social, académico ou laboral.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante uma Perturbação Global de Desenvolvimento; Esquizofrenia ou outra Perturbação Psicótica e não são melhor explicadas por outra Perturbação Mental (por exemplo: Perturbação do Humor, Perturbação de Ansiedade, Perturbação Dissociativa ou Perturbação de Ansiedade)

Codificação baseada no tipo:

Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção, Tipo Misto: se estão preenchidos os critérios A1 e A2 durante os últimos seis meses;

Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção Tipo Predominantemente Desatento: se esta preenchido a critério A1 mas não o critério A2 durante os últimos seis meses;

Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção Tipo Predominantemente Hiperactivo-Impulsivo: se o critério A2 está preenchido mas não o critério A1 durante os últimos 6 meses.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

A.(1) ou (2):

(1) Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de falta de atenção devem persistir pelos menos durante seis meses com uma intensidade que é desadaptativa e inconsciente, em relação com o nível de desenvolvimento.

Falta de Atenção:

(1-a) Com frequência não presta atenção suficiente aos pormenores ou comete erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras actividades lúdicas;

(1-b) Com frequência tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou actividades;

(1-c) Com frequência parece não ouvir quando se lhe dirigem directamente;

(1-d) Com frequência não segue as instruções e não termina os trabalhos escolares, encargos, ou deveres no local de trabalho (sem ser por oposição ou por incompreensão das instruções);

(1-e) Com frequência tem dificuldade em organizar tarefas ou actividades;

(1-f) Com frequência evita, sente repugnância ou está relutante em envolver-se em tarefas que requeiram um esforço mental mantido (tais como trabalhos escolares ou de casa);

(1-g) Com frequência perde objectos necessários a tarefas ou actividades (por exemplo brinquedos, exercícios escolares, lápis, livros ou ferramentas);

(1-h) Com frequência distrai-se facilmente com estímulos irrelevantes;

(1-i) Esquece-se com frequência das actividades quotidianas.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE OPOSIÇÃO OU DESAFIO

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE OPOSIÇÃO

A característica essencial da Perturbação Desafio Opositor é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos 6 meses (Critério A) e caracteriza-se pela ocorrência frequente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos:

• Perder a paciência (Critério A1);• Discutir com adultos (Critério A2); • Desafiar activamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos (Critério A3); • Deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas (Critério A4); • Responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento (Critério A5); • Ser susceptível ou facilmente aborrecido pelos outros (Critério A6); • Mostrar-se enraivecido e ressentido (Critério A7);• Ser rancoroso ou vingativo (Critério A8).

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE OPOSIÇÃO

A fim de se qualificarem para a Perturbação Desafio Opositor, os comportamentos devem ocorrer com mais frequência do que se observa tipicamente em indivíduos de idade e nível de desenvolvimento comparáveis e deve acarretar prejuízo significativo no funcionamento social, académico ou ocupacional (Critério B).

O diagnóstico clínico não é feito se a perturbação do comportamento ocorre exclusivamente durante o curso de uma Perturbação Psicótica ou do Humor (Critério C) ou se são satisfeitos os critérios para Perturbação de Conduta ou Perturbação da Personalidade Anti-Social (num indivíduo com mais de 18 anos).

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE OPOSIÇÃO

De referir que o técnico de saúde só irá considerar este diagnóstico se achar que este tipo de comportamentos ocorrem mais frequentemente, ou com maior severidade, do que o habitual para a faixa etária e grau de desenvolvimento do adolescente em causa.

Os comportamentos negativistas ou desafiadores são expressos por teimosia persistente, resistência a ordens e relutância em comprometer-se, ceder ou negociar com adultos ou seus pares. Durante os anos escolares, pode haver baixa auto-estima, instabilidade do humor, baixa tolerância à frustração, blasfémias e uso precoce de álcool, tabaco ou drogas ilícitas.

Habitualmente os adolescentes com este tipo de Perturbação tendem a culpar outros pelos seus problemas.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE CONDUTA

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE CONDUTA

padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras

sociais importantes apropriadas à idade (Critério A).

A Perturbação de Conduta (PC) é diagnosticada quando um adolescente tem comportamentos graves contra pessoas, animais ou propriedades. Este tipo de comportamento é caracterizado por ser violento, destrutivo, cruel, enganador, desonesto ou desobediente. Pode incluir roubar, magoar outros intencionalmente ou abusar sexualmente de outra pessoa.

De notar que este tipo de comportamento é um padrão severo e repetitivo de passagem ao ato e não incidentes isolados ocasionais.

A PC é em resumo um padrão de comportamento persistente em que o adolescente não respeita os direitos básicos dos outros ou em que as regras e valores principais da sociedade são violados.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE CONDUTA

Para o diagnóstico desta perturbação é necessário observar a presença de 3 (ou mais) dos seguintes, nos últimos 12 meses:

Agressão a pessoas ou animais:

Frequentemente ameaça ou intimida outras pessoas. Pratica bullying .Inicia com frequência lutas físicas.Usou uma arma que pode causar ferimentos sérios a outros (ex: faca,

garrafa partida, etc.).Foi fisicamente cruel para alguém.Foi fisicamente cruel para animais.Fez um assalto em confronto com a vitima (ex: extorsão, roubo à mão

armada, etc).Forçou alguém a ter atividade sexual.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE CONDUTA

Destruição de propriedade:Iniciou deliberadamente um fogo com a intenção de causar danos.Destruiu deliberadamente propriedade de outros (para além de fogo

posto).

Roubo ou engano:Arrombou uma casa, um edifício ou um carro de outra pessoa.Com frequência mente para obter coisas ou favores, ou para evitar

obrigações.Roubou objetos de valor, mas sem confrontar a vítima (ex: roubos em

lojas, etc.).

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE CONDUTA

Violação grave das regras:

Frequentemente fica fora de casa durante a noite, apesar da proibição dos pais e com início antes dos 13 anos.

Fugiu de casa, pelo menos por duas vezes e no mínimo de uma noite, enquanto vivia com os pais ou numa instituição (ou pela menos uma vez por um período prolongado).

Frequentemente opta por faltar às aulas para “vadiar”, com início antes dos 13 anos.

Para o diagnóstico de PC é necessário que este tipo de padrão leve a problemas graves, incluindo problemas escolares, com amigos, com família ou mesmo problemas com a lei.

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PERTURBAÇÕES DE DÉFICE DE ATENÇÃO E DO COMPORTAMENTO DISRUPTIVO

PERTURBAÇÃO DE CONDUTA

ATENÇÃO: se um adolescente se envolver num problema grave deste género uma vez, mas aprender com a experiência e não o voltar a

repetir, é pouco provável que se faça este diagnóstico que se define como um padrão persistente e repetitivo.

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PERTURBAÇÕES ALIMENTARES NA INFÂNCIA

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PERTURBAÇÕES ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Na infância, a recusa do peito ou do biberão, a dificuldade em aceitar novos alimentos e o desinteresse pela comida, são alguns exemplos destes problemas que frequentemente preocupam os pais mas são geralmente transitórios e não têm consequências graves.

Na adolescência, a anorexia nervosa inicia-se com a redução da quantidade de alimentos até à sua recusa total, perdendo por vezes muito peso e, apesar de já estar muito magro, o adolescente continua a sentir-se gordo. Na sua maioria são perfeccionistas, excelentes alunos e praticam muito exercício físico, necessitando de sentir controlo absoluto sobre o meio e pessoas que os rodeiam. Se a família não intervir a tempo, o anoréxico pode colocar em risco a sua própria vida, seja pela debilidade provocada ao organismo, seja por meio do suicídio.

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PERTURBAÇÕES ALIMENTARES NA INFÂNCIA

Na bulimia nervosa o adolescente tem momentos em que come grandes quantidades de alimentos descontroladamente, depois destas crises há geralmente comportamentos de compensação para evitar o aumento de peso, tais como: vómitos, uso de laxantes ou diuréticos e períodos de jejum, etc.

Como nos adultos, a obesidade infantil e juvenil é consequência de um desequilíbrio entre as calorias consumidas e as gastas. Este desequilíbrio deve-se a um conjunto de fatores sociais que influenciam a forma como as crianças se alimentam, praticam exercício físico ou brincam. 

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PERTURBAÇÕES DO SONO

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PERTURBAÇÕES DO SONO

0-1 ANO

Inadequação do regime alimentar. Incompatibilidade dos horários da criança com os horários da mãe. Falta de estímulos em geral. Sobreestimulação capaz de provocar hiperexcitabilidade. Ausência de contacto materno. Personalidade hiperativa da criança. Falta de um ambiente mais acolhedor e tranquilo.Transtorno de Associação Transtornos do sono - De 1 a 2 anos Entre os fatores externos capazes de provocar ansiedade e, consequentemente perturbar o sono, os principais são a irregularidade dos horários, ambientes barulhentos e agitados e a Sobreestimulação por parte dos pais e parentes

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PERTURBAÇÕES DO SONO

2-5 ANOS

A quantidade de horas que a criança dorme, assim como a profundidade do sono e a sua distribuição durante as 24 horas do dia, depende das diferentes etapas do desenvolvimento, pois a evolução do sono é paralela ao processo de maturação cerebral e funcional do organismo.

A possibilidade de separação da mãe ao ir para a cama é um dos motivos que interferem no sono durante o segundo ano. Se a estimulação durante a vigília não é adeqüada e não há uma boa relação mãe-filho, o sono não será de boa qualidade. Mas, de modo geral, entre os 3 e 5 anos o sono tende a normalizar-se, embora possam haver alguns episódios de despertar no meio da noite, pedir para dormir com os pais, ter sonhos desagradáveis.

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PERTURBAÇÕES DO SONO

PERTURBAÇÕES DO SONO

Segundo o DSM.IV, a característica essencial do Transtorno de Terror Noturno é a ocorrência repetida de terror durante o sono, representada por um despertar abrupto, geralmente começando com um grito de pânico. O terror noturno habitualmente inicia-se durante a primeira terça parte do principal episódio de sono e dura cerca de 1 a 10 minutos. Os episódios são acompanhados por excitação e manifestações comportamentais de intenso medo. Durante um episódio, é difícil despertar ou confortar o indivíduo mas, se a pessoa é acordada após o episódio de terror noturno, nenhum sonho é recordado, ou então existem apenas imagens fragmentadas e isoladas.

Os episódios de terror noturno para serem considerados Transtornos de Terror Noturno, devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional.

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PERTURBAÇÕES DO SONO

Sonambulismo

A característica essencial do Transtorno de Sonambulismo são os episódios repetidos de comportamento motor complexo, iniciado durante o sono, incluindo levantar-se da cama e andar.

Durante esses episódios, a pessoa apresenta uma redução do estado de alerta, um olhar vazio e uma relativa ausência de resposta à comunicação com outras pessoas.

Quando o sonâmbulo é acordado na manhã seguinte, pode ter uma recordação precária do episódio. Após o episódio, quando é despertado, pode haver um breve período de confusão ou dificuldade para orientar-se.

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PERTURBAÇÕES DO SONO

Pesadelos

O DSM.IV fala de Transtorno de Pesadelo, cuja característica é a ocorrência repetida de sonhos assustadores que levam ao despertar. A pessoa com pesadelos torna-se plenamente alerta ao despertar, ao contrário dos sonâmbulos.

Os pesadelos tipicamente ocorrem em numa sequência onírica extensa e elaborada, sendo altamente indutores de ansiedade ou aterrorizantes. O conteúdo do sonho focaliza, mais comumente, um perigo físico iminente, perseguições, ataques, ferimentos, morte. Em outros casos, o perigo percebido pode ser mais sutil, envolvendo fracasso ou embaraço social, como estar em situação vexatória, nu, mal vestido, enfim, qualquer situação traumática para (e só para) a pessoa que sonha. .

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TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

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TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

Durante os dois primeiros anos de vida nenhuma criança têm ainda controle voluntário dos esfíncteres e quando começam a controlá-los, o controle diurno aparece antes que o noturno. O controle total dos esfíncteres aparece, na maioria das crianças, entre os 2 e 4 anos, tanto para o controle diurno quanto noturno, pelo que não podemos considerar patológicos ainda, os descontroles até os 5 anos.

Enurese (esfíncter vesical) A Enurese é a falta de controle na emissão da urina, com micções completas na cama ou na roupa que podem aparecer durante o dia ou a noite de forma involuntária, e que se mantêm ou aparecem depois de ultrapassada a idade de aquisição normal do controle esfincteriano. O controle esfincteriano normal deve ser alcançado em uma idade cronológica de, no máximo, 5 anos. A enurese aparece mais freqüentemente em meninos que em meninas.

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TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

Enurese Noturna. Este é o subtipo mais comum, definido como a passagem da urina apenas durante o sono noturno. O evento enurético tipicamente ocorre durante o primeiro terço da noite. Às vezes, o esvaziamento ocorre durante o estágio do sono de movimentos oculares rápidos (REM), podendo a criança recordar um sonho que envolvia o ato de urinar.

Enurese Diurna. Este subtipo é definido como a passagem da urina durante as horas de vigília. A Enurese Diurna é mais comum no sexo feminino, sendo incomum após os 9 anos. O evento enurético ocorre mais habitualmente nas primeiras horas da tarde, em dias de escola. A enurese diurna ocasionalmente se deve à relutância em usar o banheiro, em virtude de ansiedade social ou de uma preocupação com a escola ou com a atividade lúdica.

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TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

Enurese Noturna e Diurna:

Este subtipo é definido como uma combinação dos dois subtipos acima.

Enurese Primária e Secundária:

A primária acontece quando o controle nunca foi adquirido e a secundária quando, após um período de tempo em que este controle foi adquirido, passa a existir de novo uma falta de controle dos esfincteres.

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TRANSTORNOS ESFINCTERIANOS

Encoprese

A encoprese é a evacuação intestinal parcial ou total na roupa que acontece depois da idade normal de controle (mais de 4 anos), desde que não seja devida a algum tipo de problema orgânico ou medicamentoso (laxante). Sua característica é a evacuação repetida de fezes em locais inadequados, como por exemplo nas roupas, na cama ou no chão (DSM.IV).

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MUTISMO SELECTIVO

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MUTISMO SELECTIVO

MUTISMO SELECTIVO

O mutismo seletivo pode ser compreendido como um medo inadequado de falar fluente e espontaneamente, que surge particularmente em contextos fora de casa e que se pode prolongar até à fase da adolescência. Para os especialistas da saúde mental o mutismo seletivo surge como uma perturbação de ansiedade na infância.

Na realidade estas crianças não apresentam nenhuma perturbação da linguagem, nenhum atraso cognitivo ou alterações profundas de desenvolvimento, a não ser este medo/ansiedade que gera nelas o silêncio perante estranhos ou junto de pessoas com as quais não se sentem à vontade.

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MUTISMO SELECTIVO

Características predominantes:

-crianças tímidas, retraídas, socialmente inseguras, por norma dependentes, com excessiva rigidez e perfeccionistas.

-comunicam muito por gestos (p.e acenando a cabeça) e quando usam a fala, fazem por vezes com que o volume da sua voz seja muito baixo, limitando-se outras a apenas sussurrar ao ouvido;

- evitam o olhar (p.e olham para o chão), escondem-se através dos objetos ou das figuras parentais, sendo as suas intervenções muito breves e curtas, tentando sempre evitar/escapar a todas as situações sociais em que se sintam expostas (p.e demorarem muito tempo na casa de banho ou a vestirem-se de modo a evitarem ir a algum lugar) como forma de alívio ao mal-estar produzido pelas suas respostas de ansiedade perante tal situação.

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ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

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ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

As crianças com Ansiedade de Separação podem ser incapazes de permanecer num quarto sozinhas, podem exibir um comportamento muito adesivo à pessoa de forte vínculo afetivo (normalmente a mãe), costumam andar juntos como uma sombra atrás dos pais, não só fora de casa como até por toda a própria casa e sofrem muito diante da possibilidade de ficarem separadas.

Os sintomas de ansiedade são relativamente comuns em crianças e adolescentes, e a ansiedade patológica, incluindo a Perturbação de Separação na Infância é um problema clínico frequente nesta faixa etária.

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ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO

As crianças com Ansiedade de Separação podem ser incapazes de permanecer num quarto sozinhas, podem exibir um comportamento muito adesivo à pessoa de forte vínculo afetivo (normalmente a mãe), costumam andar juntos como uma sombra atrás dos pais, não só fora de casa como até por toda a própria casa e sofrem muito diante da possibilidade de ficarem separadas.

Os sintomas de ansiedade são relativamente comuns em crianças e adolescentes, e a ansiedade patológica, incluindo a Perturbação de Separação na Infância é um problema clínico frequente nesta faixa etária.

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DEPRESSÃO INFANTIL

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DEPRESSÃO INFANTIL

DEPRESSÃO INFANTIL

O Transtorno Depressivo Infantil é um transtorno do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do

adolescente e interferir com seu processo de maturidade psicológica e social. São diferentes as manifestações da

depressão infantil e dos adultos, possivelmente devido ao processo de desenvolvimento que existem na infância e

adolescência.

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DEPRESSÃO INFANTIL

SINAIS:

1- Mudanças de humor significativa2- Diminuição da atividade e do interesse3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção4- Distúrbios do sono5- Aparecimento de condutas agressivas6- Auto depreciação7- Perda de energia física e mental8- Queixas somáticas9- Fobia escolar10- Perda ou aumento de peso

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DEPRESSÃO INFANTIL

11- Cansaço matinal12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil)13- Negativismo e Pessimismo14- Sentimento de rejeição15- Ideias mórbidas sobre a vida16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama)17- Condutas anti-sociais e destrutivas18- Ansiedade e hipocondria

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DEPRESSÃO INFANTIL

As mudanças de comportamento na criança são de extrema importância, tão mais importante quanto mais súbitas forem. Assim, crianças anteriormente bem adaptadas socialmente, passam a apresentar condutas irritáveis, destrutivas, agressivas, com a violação de regras sociais anteriormente aceitas, oposição à autoridade, preocupações e questionamentos de adultos. Esses comportamentos podem ser decorrentes de alterações depressivas. Quando essas alterações não são graves o suficiente para serem consideradas Episódios Depressivos podemos chamá-las de Disforias.