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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Jogos e Brincadeiras no Desenvolvimento Sociocultural e Motor dos Alunos do 6º Ano
Autor Silvana Aparecida Geremia Silva
Disciplina/Área Educação Física
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Escola Estadual São Pedro Rua: Andirá, nº 125
Município da escola Telêmaco Borba
Núcleo Regional de Educação
Telêmaco Borba
Professor Orientador Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira Junior
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Relação Interdisciplinar História, Ciências, Matemática.
Resumo:
A presente produção didático-pedagógica está fundamentada na pesquisa sobre jogos e brincadeiras e sua relevância para o desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Para tanto, atende três critérios de relevância: operativa, contemporânea e humana, demonstrando a necessidade de pesquisas no trabalho cotidiano dos profissionais de educação e os inúmeros benefícios que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento do aluno. Tem como objetivo: apresentar a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos tornando a intervenção pedagógica mais significativa; resgatar jogos e brincadeiras antigas através de pesquisas e vivências; organizar atividades que possibilitem a convivência harmônica entre os alunos; promover o desenvolvimento motor através das capacidades físicas; oportunizar o conhecimento de novos jogos e brincadeiras, despertando o interesse do grupo. A metodologia utilizada é a pesquisa-ação, pois como define David Tripp: “pesquisa-ação é toda tentativa continuada, sistemática e empiricamente fundamentada de aprimorar a prática e consequentemente o aprendizado de seus alunos, intervindo na prática de
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
modo inovador”. Efetiva-se por meio de atividades que contemplem jogos com regras, organizadas de forma democrática, que promovam a convivência em grupo respeitando-se entre si e atividades motoras que atendam a abordagem desenvolvimentista aliada à cultura corporal, tornando a prática corporal mais reflexiva e contextualizada. No entanto, os jogos e brincadeiras são reconhecidos por muitos autores, são eles: KISHIMOTO (2010), FREIRE (2005), VILA e SANTANDER (2003), VYGOTSKY (2007), DARIDO e SOUZA JR. (2007), COLETIVO DE AUTORES (2012). Espera-se que esta Produção Didático-Pedagógica possa melhorar a coordenação motora dos alunos, contribuir para uma melhor convivência em grupo e, consequentemente, melhorar a aprendizagem.
Palavras-chave: Jogos e Brincadeiras, Aprendizagem, Desenvolvimento.
Formato do Material Didático
Caderno Pedagógico
Público Alvo: Alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
APRESENTAÇÃO
O presente material didático aborda Jogos e Brincadeiras e suas possibilidades de
aprendizagem e desenvolvimento. Será aplicado com alunos do 6º ano da Escola
Estadual São Pedro, de forma sistemática nas aulas de Educação Física, proporcionando
aos alunos uma melhor vivência em relação à cultura corporal, estimulando a
compreensão da convivência em grupo, através de atividades culturais, esportivas,
lúdicas e sociais, além de ampliar a abordagem do desenvolvimento do corpo humano.
Este caderno pedagógico, vinculado ao Programa de Desenvolvimento
Educacional do Estado do Paraná (PDE), pretende subsidiar teórica e metodologicamente
reflexões sobre os Jogos e Brincadeiras nas aulas de Educação Física, tornando sua
prática mais significativa.
Segundo o Coletivo de Autores:
Nessa perspectiva da reflexão da cultura corporal, a expressão corporal é uma linguagem, um conhecimento universal, patrimônio da humanidade que igualmente precisa ser transmitido e assimilado pelos alunos na escola. A sua ausência impede que o homem e a realidade sejam entendidos dentro de uma visão de totalidade. (COLETIVOS DE AUTORES, 2012, p. 43).
Os trabalhos com os jogos e brincadeiras são relevantes para o desenvolvimento
do ser humano, pois atuam como maneira de representação do real através de situações
imaginárias, cabendo por um lado aos pais e, por outro, à escola fomentar e criar as
condições apropriadas para as brincadeiras e os jogos, podendo ser abordado conforme a
realidade regional e cultural da comunidade, valorizando suas manifestações corporais.
Os jogos também comportam regras, mas têm autonomia para que sejam adaptados
conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as possibilidades das ações
humanas. (DCE, 2008, p.66)
Nesse sentido, torna-se fundamental a utilização de jogos e brincadeiras no
desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos, mostrando-se um poderoso
instrumento de ensino e aprendizagem, contribuindo significativamente para o êxito
escolar e no desenvolvimento integral dos alunos.
Dessa maneira, este material tem por finalidade apresentar a importância dos jogos
e brincadeiras no desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos do 6º ano, definindo e
conceituando-os, tornando a intervenção pedagógica mais significativa e apresentando
possibilidades de aprendizagem através da abordagem desenvolvimentista, em que seus
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
objetivos são: promover o desenvolvimento motor dos alunos através de atividades que
contemplem as capacidades físicas, respeitando as características motoras de cada
aluno, e a cultura corporal, pois permite tornar as práticas corporais mais reflexivas e
contextualizadas, ampliando a dimensão motriz, enriquecendo os conteúdos com
experiências corporais das mais diferentes culturas (DCE, 2008, p.62); e oportunizar o
conhecimento de novos jogos e brincadeiras, despertando o interesse e união do grupo.
Freire faz referência ao desenvolvimento corporal ressaltando que “os professores
devem estar permanentemente preocupados com as habilidades motoras. Devem
certificar-se de que seus alunos são capazes de correr, saltar, girar, rolar, trepar, lutar,
lançar e pegar objetos, equilibrar-se e que através disso possa se desenvolver
plenamente”. (FREIRE, p.68)
Na perspectiva de oferecer caminhos para o aprofundamento das reflexões sobre
os jogos e brincadeiras no desenvolvimento sociocultural e motor dos alunos é que esta
produção didática é composta por três unidades:
Unidade I: será realizado um resgate histórico com os alunos, através de
entrevistas e questionários, sobre os jogos e brincadeiras vivenciados por seus familiares,
servindo de alicerce para reflexões em grupo e atividades práticas, bem como realização
de tabelas de comparação para verificarmos coletivamente quais jogos e brincadeiras
eram vivenciados no passado e quais são vivenciados atualmente.
Na unidade II: será enfatizada a importância dos jogos e brincadeiras para o
desenvolvimento sociocultural dos alunos, numa abordagem sociocultural proposta por
Vygotsky, onde a influência do meio cultural e das relações entre os indivíduos na
definição de um percurso de desenvolvimento humano é ressaltada, oportunizando
momentos de integração e possibilitando a convivência harmônica entre eles.
Na unidade III: nesta unidade serão trabalhados os jogos e brincadeiras na
abordagem desenvolvimentista, proporcionando ao aluno condições para que seu
comportamento motor seja desenvolvido, oferecendo experiências de movimento
adequadas às faixas etárias (DARIDO e RANGEL, 2011, p.9). Nessa perspectiva serão
propostas atividades que desenvolvam as capacidades coordenativas dos alunos, sendo
elas: força, flexibilidade, resistência aeróbia, velocidade e equilíbrio.
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Segundo Kishimoto (1993), antigamente, a rua, enquanto prolongamento da
casa do operário integrava o cotidiano infantil. Atualmente, a urbanização e a
industrialização alteraram o panorama da cidade e da vida das crianças e
consequentemente o ritmo acelerado da vida moderna tem colaborado para que as
crianças brinquem cada vez menos. Em muitos casos, as brincadeiras são substituídas
pelos jogos online (internet, celular) ou por atividades monitoradas.
Neste primeiro capítulo, para abordar o tema jogos e brincadeiras, resgataremos
os jogos e brincadeiras que foram vivenciados no ambiente familiar ou escolar.
Refletiremos sobre a importância deles em sua vida e quais as mudanças que ocorreram
com o passar do tempo. Vamos realizar com os pais, avós ou responsáveis, uma
entrevista e, através dela, descobrir quais jogos e brincadeiras eles brincavam em sua
infância; após a pesquisa socializaremos as respostas com os colegas.
Esta entrevista será utilizada apenas como pesquisa, enriquecendo o debate sobre
o conteúdo, portanto os nomes não serão divulgados.
UNIDADE I
JOGOS E BRINCADEIRAS: UM RESGATE HISTÓRICO
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
VAMOS SOCIALIZAR?
Agora que você já realizou a entrevista, conte aos seus colegas o que
descobriu.
Vamos vivenciar as brincadeiras relatadas por vocês?
ENTREVISTA PARA PAIS, AVÓS OU RESPONSÁVEIS:
Nome:_______________________________________________idade________
1- Quais os jogos ou brincadeiras que vocês brincavam em sua infância?
______________________________________________________________
____________________________________________________________
2- Qual era o tempo que vocês tinham para brincar e qual era o local?
______________________________________________________________
____________________________________________________________
3- Em sua casa, seus filhos brincam? De quais brincadeiras? Em que local?
______________________________________________________________
____________________________________________________________
4- Em sua opinião, qual a importância dos jogos e brincadeiras para o
desenvolvimento de seu filho(a)? Você incentiva seus filhos a brincarem?
______________________________________________________________
____________________________________________________________
5- Você acha que a Disciplina de Educação Física na escola proporciona
atividades e condições para que seu filho(a) possa se desenvolver no
aspecto social e motor?
______________________________________________________________
____________________________________________________________
6- O que os jogos e brincadeiras significaram e significam para você?
______________________________________________________________
____________________________________________________________
Obrigado pela sua participação!
Criança que brinca é criança feliz!
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS
1)- O que é brincadeira? Pode assinalar mais de uma opção: ( ) diversão, alegria e felicidade; ( ) jogar bola com os amigos; ( ) brincar de carrinho; ( ) brincar de boneca; ( ) Outros____________________________________________________________ 2- As suas atividades em seu tempo livre estão relacionadas a: ( ) Jogos on line (internet, celular); ( ) TV ( ) Esporte (futebol, vôlei, basquete, queimada) ( ) Brincadeiras com os colegas; ( ) Lutas; ( ) Danças ( ) Outros___________________________________________________________ 3- Cite as suas principais brincadeiras: ________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Em que local você brinca: ( ) Na rua; ( ) Na escola; ( ) Na casa com a família; ( ) No parque; ( ) Outros____________________________________________________________ 5- Você prefere brincar: ( ) Sozinho(a); ( ) Com os colegas; ( ) Com a família; ( ) Com animais ( ) Outros; Com quem___________________________________________________________
Agora é com você!
Vamos responder um questionário sobre quais jogos e brincadeiras vocês mais
gostam?
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
PARA ANALISAR E COMPARAR
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Jogos e brincadeiras vivenciadas por
seus pais e avós:
Jogos e brincadeiras vivenciados por
você:
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
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Vamos refletir?
Quais jogos e brincadeiras antigas ainda fazem parte da nossa cultura e quais
brincadeiras são utilizadas hoje em nossa casa ou escola?
Quais as atividades mais realizadas pelos alunos nos dias de hoje?
Existem semelhanças com as brincadeiras antigas?
Quais benefícios os jogos e brincadeiras trazem para nossa vida e para o nosso
desenvolvimento?
Com base na reflexão realizada, Vamos produzir um texto
descrevendo o que aprendemos sobre jogos e brincadeiras.
.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Nesta segunda unidade, abordaremos
a importância dos Jogos e
Brincadeiras para o desenvolvimento
sociocultural dos alunos do 6º ano,
tornando-se uma possibilidade de
vivenciar diferentes tipos de
movimentos corporais no ambiente escolar, propiciando aos alunos uma maneira de
expressar sua cultura, valores, crenças e costumes, auxiliando no processo educativo e
colaborando para o seu desenvolvimento pessoal e coletivo. Por meio da valorização da
cultura corporal, os alunos terão oportunidades de vivenciar diferentes jogos e
brincadeiras, construindo e reconstruindo regras, estabelecendo sentido entre o que já
conhecem e um novo conteúdo, propiciando uma aprendizagem mais significativa que
contemple o ser humano de forma integral (ROSSETO JÚNIOR, 2009).
Alguns teóricos abordam o jogo como:
Para Huizinga (2012) o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida
dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo,
acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser
diferente da vida quotidiana.
Para você qual a
diferença entre Jogos e
Brincadeiras?
UNIDADE II
JOGOS E BRINCADEIRAS NA ABORDAGEM SOCIOCULTURAL
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Darido (2011) ressalta alguns princípios que podem ser verificados no jogo: ser
regrado, prazeroso, estar fora da realidade, sem obrigação, absorvente, possuir tempo e
lugar próprios etc. Dessa forma, o jogo possui a ideia de limites, liberdade e invenção. Ele
torna fácil o que era difícil, possuindo um papel vital na história da autoafirmação da
criança e na formação da sua personalidade.
É importante destacar que os jogos para Piaget (1975) estão divididos em: jogos de
exercício (não modificam as estruturas de pensamento, são meros exercícios de
repetição, como por exemplo, o jogo da criança pequena que atira a colher no chão
seguidas vezes); o jogo simbólico (exercita uma “forma singular de pensamento que é a
imaginação” (PIAGET, p.155)); e o jogo de regras, que aparece, sobretudo dos 7 aos 11
anos, mas que, diferentemente dos dois anteriores, desenvolve-se durante toda a vida,
sendo verificado nos esportes, jogos de cartas, xadrez etc.
Quanto à brincadeira, Brougère (2010) analisa o brincar como fenômeno cultural
que se origina das interações sociais. Froebel (2010) concebe o brincar como atividade
livre e espontânea da criança e ao mesmo referenda a necessidade de supervisão do
professor. Segundo ele, na brincadeira a criança tenta compreender seu mundo ao
reproduzir situações da vida. Kishimoto (2010) traz sua contribuição no sentido de
introduzir a brincadeira como uma oportunidade para a criança explorar, aprender a
linguagem e solucionar problemas. Para ela, educar e desenvolver a criança significa
introduzir brincadeiras mediadas pela ação do adulto, sem omitir a cultura. Cada autor, de
acordo com sua visão e pesquisa contribui com as reflexões acerca dos jogos e
brincadeiras.
Pode-se assim dizer que os jogos e brincadeiras são um importante momento de
socialização e interação, pois muitas vezes são nestes momentos que conhecemos os
hábitos, cultura, costumes de outras pessoas, com habilidades, valores, comportamentos
e atitudes diferentes das nossas, mas é importante lembrar que é possível aprender com
o outro.
Brincadeira de esconde-esconde
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Vamos brincar um pouco?
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Corrida em Grupos Objetivo: trabalho em equipe Os alunos correm livremente pela quadra, e ao comando do professor eles devem juntar-se de 2 em 2. Voltam novamente a correr, e ao comando do professor, juntam-se em grupos. Ex.: grupos de 4, 5, 7, e assim sucessivamente. Àqueles que não conseguirem juntar-se a um grupo, deve pagar uma prenda. Quando o professor der o próximo comando, os alunos rapidamente procurarão juntar-se a um grupo, quem não conseguir pagará uma prenda. Observação: caso o aluno não queira pagar a prenda combinada, todos podem pagá-la coletivamente. Fonte: Atividade realizada no decorrer de minha experiência profissional.
Agora é com vocês! Usem a imaginação!
Em grupos, escolham exercícios para que toda turma realize junta. Lembrando
sempre a sequência da atividade anterior. Um grupo de cada vez iniciará a
atividade.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Curiosidade:
Pular corda: uma brincadeira simples de ser posta em prática, pode melhorar
a coordenação, a força dos membros inferiores e até a resistência aeróbica e
anaeróbica.
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=415
Acesso em: 26/11/2013
Brincadeiras com Corda:
Para que as atividades com corda tenha um maior sentido para os alunos, é importante que o professor os instigue sobre o que eles sabem sobre essa brincadeira. Por exemplo: quem sabe pular ou brincar com corda? De que maneira isso é feito? Onde essas brincadeiras são realizadas? Dessa maneira, é possível planejar as atividades de acordo com o nível de vivência que os alunos possuem com este material. Objetivo: Trabalhar a coordenação; noção de tempo e espaço; cooperação; equilíbrio e agilidade. Os alunos devem ficar espalhados na quadra dentro de um espaço delimitado, para que eles possam correr de um lado para outro. Dois alunos vão segurar a corda. Cada um segura em uma ponta da corda e irão comandar as variações que serão feitas com a corda, com orientação do professor. Será passado de um lado para outro com a corda baixa, na altura da cabeça, na altura da cintura, variando a velocidade com que a corda será passada. Cada aluno vai achar a melhor forma de transpor a corda. O professor pode trocar sempre os alunos que estão segurando a corda ou criar juntamente com os alunos uma regra para quem vai segurar a corda. Fonte: Atividade adaptada de: FREIRE, 2009. Educação de Corpo Inteiro.
Variações de atividades com cordas:
Colocar cordas no chão e pedir para que os alunos passem por cima;
Deixar a corda esticada e pular com os pés juntos de um lado para outro;
Pedir para que os alunos pulem a corda, individual ou em mais pessoas,
como achar melhor;
Fonte: Atividades retiradas do livro de João Batista Freire. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da
Educação Física, 2009.
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Bola Presa
O Professor poderá manter as mesmas equipes formadas anteriormente. Com uma
bola em jogo, cada equipe poderá executar três passes em sua quadra de jogo, e,
passar a bola para a outra equipe. Se a equipe deixar cair a bola no chão, o ponto
será para a equipe adversária. Vence a equipe que fizer primeiro 10 pontos.
No decorrer do jogo, o professor poderá reconstruir as regras com os alunos: fazer
mudança de lugares na quadra para que todos os alunos joguem igualmente; incluir
ou diminuir o número de passes; deixar a bola pingar no chão, etc.
Fonte: Atividade realizada no decorrer de minha experiência profissional.
VOLEIBOL COM BALÕES
O professor poderá dividir a turma em dois grupos. Solicitar aos alunos que se
posicionem em sua área de jogo, separados pela rede. Cada aluno de posse de um
balão deverá enchê-lo. Com o início da música, todos os alunos deverão passar o
balão para o campo adversário, devolvendo os que passarem para seu campo. A
cada interrupção da música o professor efetuará a contagem. No momento da
interrupção o grupo que tiver menos balões em seu campo marca ponto.
Observação: o professor poderá parar o jogo e juntamente com os alunos,
reconstruir as regras.
Adaptado de:
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=221. Acesso em
26/11/13.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
BOLICHE COM GARRAFA PET
Imagem cedida por Kelly Cristina Lins e Silvana Aparecida Geremia Silva
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Agora é com vocês! Quais regras podem mudar?
Contribuam com novas regras!
O professor poderá confeccionar as garrafas juntamente com seus alunos. Para que a
atividade fique mais interessante, as garrafas poderão ser numeradas, por exemplo,
(50, 100, 150, 200), e assim sucessivamente. Poderão se organizar em grupos. Na
medida em que cada grupo de alunos for arremessando a bola de borracha ou uma
bola similar, o professor, ou um aluno escolhido por ele, irá anotando a pontuação
adquirida.
Observação: O professor poderá reconstruir as regras com seus alunos no decorrer do
jogo.
Fonte: Atividade construída por Kelly Cristina Lins, 2012.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Queimada sentados
Objetivo: Descobrir coletivamente estratégias para conseguir queimar o
colega. Os alunos ficam sentados aleatoriamente dentro da quadra de vôlei ou num espaço previamente combinado pelo professor. Todos os alunos ficam sentados, enquanto outro fica em pé para ser queimado. Ele pode se movimentar dentro do mesmo espaço em que os colegas estão sentados. Aquele que conseguir queimar primeiro o colega que está em pé, trocará de lugar com ele. Não é permitido o aluno levantar no momento de arremessar a bola para queimar o colega. Caso isso aconteça o arremesso será inválido. Observação: No decorrer do jogo os alunos construirão coletivamente estratégias para queimar o aluno que está em pé.
Fonte: Atividade retirada de minha experiência profissional.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
“O educador deve ser um provocador de desequilíbrios, desde que eles sejam compatíveis
com o nível da criança, isto é, desde que ela possa superá-los. Na estabilidade não há
desenvolvimento”.
(FREIRE, J. B. p. 86)
De acordo com Gallahue (2005) a transição da
infância para a adolescência é marcada por uma
série de eventos físicos e culturais significativos,
que contribuem notavelmente para o crescimento e
desenvolvimento motor. Esse desenvolvimento
motor não ocorre no vácuo, mas em um ambiente
social que inclui atividade física. A participação de
crianças e de adolescentes que precisam de liderança competente e de experiências
apropriadas do ponto de vista do desenvolvimento.
Os jogos e as brincadeiras são um dos conteúdos estruturantes da Educação
Física que compõe um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a
interpretação da realidade. A sua inclusão no processo educativo nesta disciplina é muito
válida, pois o aluno adquire maior confiança, motivação, iniciativa e desenvolve suas
habilidades motoras, como: coordenação, velocidade, força, noção espaço-temporal,
equilíbrio, etc. Além disso, a sua vivência estimula a expressão corporal, ludicidade, e
cooperação dos discentes, possibilitando a flexibilização das regras e da criação coletiva
de novas atividades motoras. (DCEs, Paraná, 2008).
Para avaliar este processo de aquisição de habilidades motoras proposta na
abordagem desenvolvimentista, Darido (2008) sugere que os professores observem
sistematicamente o comportamento de seus alunos, no sentido de verificar em que fase
os mesmos se encontram, localizar os erros e oferecer informações relevantes para que
os erros de desempenho sejam superados.
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
UNIDADE III
JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO MOTOR: UMA
ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Para tanto, as atividades propostas nesta unidade têm como objetivos contribuir
para detectar e desenvolver habilidades motoras dos alunos como: força, resistência,
equilíbrio, velocidade e flexibilidade.
VAMOS EXERCITAR A FORÇA?
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?language=pt&id=136700609
O que é força?
Exercício para peitoral e tríceps: Os alunos devem deitar-se no chão, em decúbito ventral (barriga para baixo) e apoiar as palmas das mãos no chão, ao lado dos peitorais, ficando apoiados apenas nas mãos e na ponta dos pés unidos. Devem realizar movimentos de flexão e extensão dos braços, aproximando-se e distanciando do solo. Para os alunos que apresentarem dificuldades, podem-se apoiar também os joelhos no solo. Fonte: Jhonson e Nelson (1986, Apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p303, 304).
Exercício para peitoral, costas, ombros e abdômen: Entrelaçar os dedos das mãos à frente do corpo, na altura do pescoço, mantendo os cotovelos na altura dos ombros. Em seguida, pedir aos alunos para que forcem os braços para fora, como se quisessem separá-los, mas com as mãos “grudadas”. Observação: Recomendam-se cinco repetições para cada lado ou grupo muscular, com duração de dois a seis segundos, usando força máxima, com pausa de 30 segundos entre as repetições. Fonte: Jhonson e Nelson (1986, Apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p303, 304).
Força é a qualidade física que permite a um músculo ou um grupo de músculos, produzir uma tensão e vencer uma resistência na ação de empurrar, tracionar, elevar, apertar, abaixar, segurar etc. Barbanti (1979 apud DARIDO e SOUZA JR, 2007, p.302).
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Corrida de Saco: (Exercícios para os membros inferiores) Esta é uma corrida de revezamento, realizada com saco de pano ou de plástico. Dividir a turma em algumas colunas com o mesmo número de alunos. Ao sinal do professor, os alunos vão saltando até o fim da quadra ou um ponto já determinado e voltam. Ao voltarem, devem sair do saco e o próximo da fila entra no saco e repete o caminho. Repetir a atividade até todos participarem o mesmo número de vezes. Fonte: Jhonson e Nelson (1986, Apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p303, 304).
Como Podemos Avaliar a Força?
Vamos fazer o teste de impulsão horizontal? (Avalia a potência muscular dos
membros inferiores). Para realizá-lo marque no chão uma escala em
centímetros (com uma régua, fita métrica ou trena). No ponto zero, marca-se
uma linha perpendicular à régua. Esta será a marca da qual o saltador partirá. O
saltador saltará para frente, com os dois pés paralelos, e deverá cair com os
dois pés. Para a marca final, deve-se contar a marca mais atrás na hora da
queda.
Vamos realizar o teste de flexões de braço? (Avalia a resistência muscular
dos membros superiores). Comece deitado de bruços, apoiando as mãos no
chão. O aluno deve levantar o tronco e o quadril com a força dos braços até
estendê-los completamente. Após estar com todo o corpo fora do chão, desça
devagar até tocar o peitoral e a barriga no chão. Repita o máximo de vezes
possível. Peça para um colega contar. Depois, invertem-se as funções.
Fonte: Jhonson e Nelson (1986, Apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p304, 305).
VAMOS JUNTAR TODOS ESSES EXERCÍCIOS E BRINCAR?
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
VAMOS DEBATER?
Quais exercícios que fazemos no dia a dia que envolvem força?
Quais os esportes, jogos e brincadeiras que vocês conhecem que
precisam de força?
Vamos vivenciar um jogo, brincadeira ou esporte coletivo que foi
citado?
Carrinho de Mão: (Exercícios para os membros superiores) Dividir a turma em duplas. Um colega deita com a barriga para baixo, no chão. O outro colega, de pé, vai pegar na canela do colega deitado, como se fosse o braço do carrinho de mão. Para mover o carrinho, em vez de rodas, teremos os braços do aluno que está no chão. Pedir aos alunos para andarem um pouco e depois trocarem de papel nas duplas. Fonte: Jhonson e Nelson (1986, Apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p303, 304).
Em dupla, um aluno deve deitar com as costas no chão, flexionar suas pernas colocando a planta dos pés no peito do outro aluno. Executar a flexão e extensão da perna. Após a realização de algumas repetições, trocar de posição. Observação: Nesta atividade pode-se sugerir que as duplas se separem entre meninas e meninos. Fonte: Atividade adaptada de COICEIRO, G. A. 1000 Exercícios e Jogos para Atletismo, 2008.
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
O que é Flexibilidade?
Curiosidades e Características da Flexibilidade
RECOMENDAÇÕES ANTES DE INICIAR OS EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE
http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?language=pt&id=133203932
Os exercícios devem ser executados diariamente.
Antes de iniciar os exercícios é necessário um bom aquecimento.
Cada exercício deve ser repetido suficientemente.
É a capacidade de aproveitar as possibilidades de movimentos articulares, os mais amplos possíveis, em todas as direções. Os exercícios devem ser realizados entre três a cinco vezes cada um, e os alunos devem permanecer na posição solicitada entre 10 a 30 segundos. (BARBANTI, 1979, p.132).
A flexibilidade sofre influência de alguns fatores que podem ser caracterizados
pela idade e pelo sexo. Do nascimento até a velhice, a flexibilidade tem picos e
quedas. Nos bebês, as articulações não estão formadas por completo, por isso,
eles conseguem por os pés na boca.
Até a fase pré-púbere, a flexibilidade é grande. Na adolescência, há uma
diminuição, que tende a se acentuar na fase adulta e na velhice.
As meninas, em geral, tem flexibilidade maior do que os meninos, porque,
entre outros fatores, elas tendem a ter uma quantidade menor de massa muscular,
possibilitando uma maior mobilidade articular. Existem meninos com mais
flexibilidade do que as meninas, mas é uma minoria. A prática tem confirmado que
os atletas que possuem alto grau de mobilidade são os que menos se machucam.
Fonte: Barbanti, Teoria e Prática do Treinamento Desportivo, 1979.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Após cada exercício, relaxar, “soltar a musculatura”.
Executar inicialmente exercícios de flexibilidade geral e depois os exercícios de
flexibilidade específica.
Fonte: BARBANTI (1979). Teoria e Prática do Treinamento Desportivo.
VAMOS EXERCITAR A FLEXIBILIDADE? http://pixabay.com/pt/mulher-esportes-aer%C3%B3bica-fitness-156892/
Abertura Lateral: os alunos ficam em pé, com a ponta dos pés voltada para frente, procurando afastar gradual e lentamente as pernas, até sentir um alongamento na parte interna da coxa. Na sequência, apoiar as mãos no chão, para manter o equilíbrio. Manter-se nesta posição por 10 segundos. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Alongamento de Braço e Pescoço: Os alunos devem colocar os braços para cima, flexionando um dos braços de modo que a mão fique atrás da cabeça. Eles devem segurar o cotovelo do braço flexionado com a outra mão. Puxar delicadamente o cotovelo por trás da cabeça, criando um alongamento. Manter-se nesta posição por 10 segundos. Ainda em pé, os alunos devem colocar qualquer uma das mãos acima da cabeça. Oriente para que puxem a cabeça para o lado da mão, como se quisessem encostar a orelha no ombro, sem inclinar o tronco para o lado Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Sentar e Alcançar: Os alunos devem sentar com as pernas estendidas a frente, com as pontas dos pés voltadas para cima. Logo em seguida, eles devem inclinar-se para frente, como se quisessem alcançar as pontas dos pés, sempre mantendo a coluna reta. Permanecer na posição por 10 segundos. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
. “Arado”: Também neste exercício, utilize um colchonete, para que os alunos possam deitar-se com as costas nele. Na sequência eles devem rolar os pés e as pernas acima da cabeça, tentando tocar a ponta dos pés atrás, no chão. Colocar as mãos no quadril para ter apoio e manter o equilíbrio. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Exercícios em Círculos: Organizar com os alunos uma roda de mãos dadas, afastando as pernas lateralmente. Em seguida, devem soltar as mãos e tocar as laterais dos pés nas laterais dos pés dos colegas ao lado. Orientar aos alunos para que toquem com a mão esquerda, o pé direito do colega que está à direita, sem tirar a sola dos pés do chão. Depois devem tentar, com a mão direita, tocar no pé esquerdo do outro colega (do lado esquerdo). Ainda em círculos, podemos criar com alunos outros exercícios de flexibilidade. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Exercício em Duplas: Divida a turma em duplas. Um colega deve sentar-se com as pernas estendidas à frente. O outro, em pé, deve se posicionar atrás, com as pernas encostadas nas costas do colega. O colega que está sentado deve entrelaçar os dedos das mãos atrás da cabeça. O que está em pé deve apoiar os cotovelos do colega sentado e fazer o movimento dos braços para cima e para trás, alongando os músculos do peitoral e do ombro. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Exercício em Duplas: Divida a turma em duplas, colocando-os um de frente para o outro. Um deve estender as pernas à frente e o outro deve tocar as solas dos pés do colega com as suas (flexionando ou não as pernas). Cada dupla deve dar-se as mãos. Um de cada vez deve puxar o outro, forçando a parte posterior da coxa. Segurar por 10 segundos. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
“Bolinha”: Neste exercício, utilize um colchonete ou superfície almofadada. Os alunos devem estar sentados. Eles devem abraçar os joelhos e puxá-los na direção do peito, inclinando a cabeça na direção dos joelhos. Orientá-los a rolar para trás e para frente bem devagar. Podem repetir o exercício várias vezes. Fonte: Barbanti (1979, apud DARIDO E SOUZA JR, 2007, p. 307).
Vamos fazer o teste de Sentar e Alcançar? O objetivo deste teste é alcançar a maior distância possível (com as mãos), na posição sentada. Precisamos de uma caixa com as seguintes dimensões: superfície superior (55 cm x 45 cm). Essa superfície superior se estende 15 cm além da superfície de apoio dos pés. Fonte: Eurofit: Teste Europeu de Aptidão Física, 1988. Conselho da Europa.
Tarefa de Casa Realize esses exercícios com os seus familiares e socialize a experiência com os colegas?
VAMOS BRINCAR DE BOLINHA?
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
O que é Resistência Aeróbia?
Para trabalhar a resistência aeróbia são necessários três elementos:
FREQUÊNCIA: o número de vezes que se devem praticar exercícios. Os
programas de atividade física devem ser executados no mínimo três dias por
semana.
INTENSIDADE: o trabalho na faixa ótima de treinamento, que é entre 75% e 90%
da frequência cardíaca máxima.
DURAÇÃO: Tempo mínimo de duração de exercícios.
A resistência é uma qualidade física que recebe muita atenção dos fisiologistas,
pelo valor que ela possui no contexto geral da saúde.
Fonte: BARBANTI, V.J. Teoria e Prática do Treinamento Desportivo, 1979.
A maratona, as corridas de longa distância do atletismo, como a prova de 10 mil metros, a marcha atlética, o triatlo, o duatlo, o ciclismo, a natação de longa distância são exemplos de atividades físicas que requerem bons níveis de resistência aeróbia. Esse tipo de resistência permite manter o esforço de intensidade moderada durante longo tempo, com equilíbrio entre o que se capta de oxigênio e o que se consome. Fonte: K.H. COOPER (1983 apud DARIDO e SOUZA JR, 2007, p. 310).
Imagem cedida por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
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mulher-207525/
LEITURA: OS BENEFÍCIOS DA CAMINHADA
A prática regular de atividade física traz
uma série de benefícios para o
organismo. Alguns são de caráter
psicológico e outros, de caráter físico.
Uma atividade física simples e de baixo
custo é a caminhada. Você pode
caminhar com colegas ou com sua
família. A caminhada é uma prática que
apresenta índices quase inexistentes de
lesões, portanto, é muito proveitosa para todas as idades. Quando caminha regularmente,
você se sente melhor, tem mais energia, fica menos estressado, melhora sua
autoimagem, aumenta sua resistência ao cansaço e contribui para que todo seu corpo
esteja preparado para as atividades do dia a dia.
Fonte: Caminhada: o exercício ideal. Bristol-Myers Squibb Brasil (2001 apud DARIDO E
SOUZA JR. 2007).
VAMOS TRABALHAR A RESISTÊNCIA?
Observação: Esta atividade pode ser adaptada para a rua, praças da cidade, ou qualquer espaço em que as crianças possam correr com segurança.
Atividade: Para trabalhar a resistência
aeróbia, vamos fazer um passeio no Parque
Ecológico, onde existe uma trilha própria
para caminhada em meio à natureza.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
VAMOS DEBATER?
Em grupos, vamos buscar no texto quais os benefícios que a caminhada traz
para nosso organismo. Podem citar outros benefícios que o texto não aponta.
Vamos expor para os colegas as nossas considerações?
O que é Velocidade?
Podemos utilizar a velocidade em muitas atividades esportivas e recreativas, assim
como no nosso cotidiano. Nas atividades esportivas, a velocidade aparece no futebol, no
atletismo (corridas, saltos e arremessos), no basquete, no vôlei, na natação, no ciclismo.
Já nas atividades recreativas, está em jogos como os de queimada, pique bandeira, pega-
pega. Em nosso cotidiano, aparecem situações como “atravessar a rua correndo”, “correr
porque vai chover”, “velocidade ao apanhar um objeto que está caindo” etc.
Fonte: BARBANTI (1990 apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p.314).
A velocidade pode ser considerada como a capacidade de execução de um movimento ou cobertura de uma distância no menor tempo possível ou como a capacidade de realizar um esforço de máxima frequência e amplitude de movimentos durante um tempo curto. BARBANTI (1990 apud DARIDO e SOUZA JR. 2007, p.314).
Curiosidades e características sobre a velocidade
Vamos refletir? Após a leitura do texto, analise por que é importante adquirirmos
velocidade? Socialize com a turma.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
VAMOS NOS EXERCITAR?
Sol e Lua: Divida a turma em duas equipes. As duas equipes se colocarão em linha (uma ao lado da outra), a um metro de distância da linha central da quadra. Uma equipe ficará de costas para outra. Uma equipe será o “SOL” e a outra a “LUA”. O chefe (pode ser o professor ou sortear um aluno) tem a função de gritar sol ou lua. Quando gritar sol, a equipe sol deve correr para pegar a equipe lua, que vai fugir na direção do fundo da quadra para se salvar. Se o chefe gritar lua, inverte-se a situação. Se um pegador pegar um fugitivo, este se torna sol ou lua, trocando de equipe. Variação: Para aumentar o grau de complexidade, solicite que o chefe, em vez de falar simplesmente sol e lua, diga palavras ligadas ao sol e à lua. Exemplo: sol (calor, dia, claro, quente etc.); lua (noite, estrelas, escuro, dormir etc.); solicitem que os alunos retornem sempre para o centro da quadra, para iniciar mais uma rodada. A brincadeira acaba quando todos os alunos tornam-se sol ou lua. Fonte: COICEIRO, G. A.2008, DARIDO E SOUZA JR. 2007. Observação: Pode-se mudar o nome da atividade. Ex.: TIGRE X LEÃO, DIA x NOITE, de acordo com a sua realidade. Os alunos podem propor outra maneira de ficar exposto na fileira. Ex.: sentado de frente, sentado de costas.
MOMENTO PARA DEBATE:
Quais outras brincadeiras de pega-pega vocês conhecem?
Quais regras são semelhantes?
Vamos vivenciá-las?
Guarda- bolas: Colocar as bolas dentro de pneus ou sacos. Dividir a turma em grupos e pedir para que fiquem espalhados pela quadra. Ao sinal do professor um aluno que ficará responsável por jogar as bolas, irá jogá-las em diferentes direções. O professor deve pedir aos alunos que tragam a bola o mais rápido possível. Variação: Pode-se, também, pedir para que cada grupo participe de uma vez e cronometrar o tempo. Ao final da atividade compara-se o melhor tempo. Fonte: (adaptada do livro de Suraya Darido, 2007).
Após a vivência desta atividade, os alunos podem debater com a turma sobre a criação de outras regras que acharem relevantes para a realização da atividade. Vivenciá-la novamente e socializar com a turma os resultados.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
Teste de Velocidade: Este é um teste bem simples. É um teste de corrida de 30 metros. São necessários um cronômetro e papel para anotar. Divida a turma em duplas, um dos alunos da dupla corre, enquanto o colega procura anotar o tempo percorrido. Realize o teste duas vezes e peça para que os participantes anotem numa ficha os tempos obtidos. Observação: Se não tiver na sua escola um espaço de 30 metros, pode ser feito na distância do comprimento da quadra. Neste dia os alunos podem usar o cronômetro de seu celular. Quem não tiver celular, fica com um colega que tenha. Fonte: (DARIDO, 2007, p316).
Jogo dos Números: Divida a classe em duas equipes iguais. Coloque as duas equipes em linha (um do lado do outro) nas linhas laterais da quadra, uma equipe de cada lado. Dê um número para cada aluno (de 1 até x, número de alunos da equipe). Faça o mesmo com a outra equipe. Coloque no centro da quadra duas bolas ou dois objetos, uma para cada equipe. O número chamado pelo professor deverá pegar a bola da sua equipe e levá-la até o lugar pré-determinado, que pode ser embaixo do gol, ou fazer uma cesta. Ganha o ponto aquele que chegar primeiro de volta na sua equipe. Observações: - Lembre-se de chamar todos os alunos (números), para que todos participem. - Lembre-se de separar os alunos de maneira que as duplas sejam equilibradas, para tornar a brincadeira mais interessante. Variação: Pode-se também colocar apenas uma bola para pegar. Neste caso podemos chamar dois, três ou quatro números, formando uma equipe, e tornando um pequeno jogo. Ganha a equipe que fizer cesta ou gol primeiro. Fonte: atividade realizada no decorrer de minha experiência profissional com Ensino Fundamental e Médio.
Pegar a cobra: Dividir a turma em duas fileiras, ou mais dependendo do número de alunos, de mãos dadas, a certa distância. Deixe que os alunos determinem a cabeça e a cauda da cobra. Ao comando do professor, a cabeça deverá pegar a cauda.
Observação: o aluno que foi cabeça deverá ser cauda e assim sucessivamente. O professor deve ficar atento para que os alunos não soltem as mãos.
Fonte: Atividade adaptada do livro de Geovana Alves Coiceiro. (1000 Exercícios e Jogos para o Atletismo, 2008).
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
O que é Equilíbrio?
O equilíbrio é capacidade de manter o corpo estável em uma posição estática ou em movimento. O equilíbrio é uma das capacidades físicas mais importantes e precisamos dele em diferentes situações: ficar em pé, andar, andar de bicicleta, de patins, de skate etc. Tubino (1984 apud DARIDO, e SOUZA JR, 2007, p.318).
Andar devagar em cima de uma corda esticada no chão. Para aumentar o grau de dificuldade, o professor pode deixar a corda com pequenas curvas. Fonte: experiência profissional
Solicite que cada um dos alunos desenhe no chão um círculo de 50 cm a um metro de diâmetro, dividido em quatro partes iguais por duas linhas retas. O aluno deve entrar no ponto central do círculo (de pé) e tentar saltar e girar no ar, procurando terminar o salto equilibrado. No começo, os alunos podem saltar meio giro até chegar à volta completa. Fazer o movimento para a direita ou para esquerda. Fonte: atividade retirada do livro de (DARIDO, 2007, p.317)
Corrida dos quatro cantos: A turma será dividida em grupos de quatro. A cada canto da quadra será colocado um cone e numerado de 1 a 4. A cada cone, em seu lado externo, ficará um aluno. O professor dará ao aluno número 1, um bastão. Ao sinal do professor, ele sai correndo e passa o cone para o número 2, que passa para o número 3 e termina com o número 4. O professor irá anotar o tempo de cada grupo.
Fonte: Adaptado do Livro de Freire J.B. e experiência profissional.
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
DEBATE:
Quais as dificuldades em realizar os movimentos?
O tamanho dos bastões interfere na realização do movimento de equilíbrio?
Andar sobre pedaços quadrados de madeira. Os tamanhos podem ser variados. Fonte: experiência profissional
Bastões de madeira
Os bastões podem ser feitos com cabos de vassoura em diferentes tamanhos.
Colocar os alunos na quadra ou em outro espaço disponível na escola, distante um
do outro aproximadamente um a dois metros. Distribuir para eles um bastão, e
orientá-los a colocar em uma das partes do corpo (testa, dedo, palma da mão, pé,
etc.), andar equilibrando o bastão.
Fonte: Atividade adaptada de: FREIRE, 2009. Educação de Corpo Inteiro.
AGORA É SUA VEZ!
Em grupos, elaborem atividades de equilíbrio com os seguintes materiais que
estão disponíveis na quadra: (bambolês, arcos, bastões, bolas, cones etc.) e
socializem com a turma.
Imagens cedidas por Fátima de Jesus Guimarães
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus que renova a cada dia as minhas forças e me
concede a graça de recomeçar.
Ao meu orientador, que pacientemente me mostrou o caminho da
pesquisa e com seriedade e responsabilidade me incentivou a superar
as dificuldades e a enxergar novos horizontes.
A minha família, que sempre me apoiou em todas as minhas decisões,
sendo meu porto seguro, que me mostra constantemente que sem ela
a vida não tem sentido.
A minha segunda família, a família Guimarães, que nunca me
desamparou. Que fez com que eu saísse de casa todos os dias de
madrugada, tranquila, sabendo que cuidariam dos meus filhos.
As minhas grandes amigas do PDE, que conheci há tão pouco tempo
e que já ganharam minha profunda admiração e respeito, por serem
mulheres de coragem e por compartilharem aquilo que sabem.
Por tudo isso, eu só posso dizer:
Obrigado Senhor!
Silvana Aparecida Geremia Silva
Silvana Aparecida Geremia Silva – Caderno Pedagógico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBANTI, Valdir J. Teoria e Prática do Treinamento Esportivo. 2ª Edição. São Paulo, Editora Edgard Blücher, 1979.
Coletivo de Autores. Metodologia do Ensino da Educação Física. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.
COICEIRO, Geovana Alves. 1000 Exercícios e Jogos para o Atletismo. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.
DAOLIO, Jocimar. Da Cultura do Corpo. 11ª ed. Campinas – SP: Papirus, 1995.
DARIDO. Suraya Cristina. RANGEL. Irene Conceição Andrade. Educação Física na
Escola: Implicações para a Prática Pedagógica. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola: Questões e Reflexões. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
DARIDO, Suraya Cristina. SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira. Para Ensinar Educação
Física: Possibilidades de Intervenção na Escola. Campinas, SP: Papirus, 2007.
FREIRE, João Batista. SCAGLIA, Alcides José. Educação como Prática Corporal.
(Coleção Pensamento e ação na sala de aula). São Paulo: Editora Scipione, 2009.
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Física. (Coleção Pensamento e ação na sala de aula). São Paulo: Editora Scipione,
2009.
GALLAHUE, David L. OZMUN, John C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2005.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O Jogo como Elemento da Cultura. São Paulo: 7ª
Ed. Perspectiva, 2012.
KUNZ, Elenor (Org). Didática da Educação Física 2. 3ª Ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005.
PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo e Sonho, Imagem
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ROSSETO JÚNIOR, Adriano José et al. Jogos Educativos: Estrutura e Organização da
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