Post on 16-Jul-2020
Novas Perspectivas da Equipe Multiprofissional para o Transplante
Haploidêntico
Enfª Msc Maria Fernanda V. Esteves
Coordenadora Enfermagem
Hospital de Câncer de Barretos
Desafios do gerenciamento do cuidado no TCTH Haploidêntico
Diante da dificuldades de encontrar doadores aparentados e não aparentados
compatíveis:
Transplante Haploidêntico
Transplante Haploidêntico
Desafio: inativar as células imunologicamentes competentes
(Linfocitos T) para não ocorrer a rejeição.
Anos 70 - Experiências catastróficas (rejeições e falha de enxertia);
Anos 80 – Depleção das células T com hemácias de carneiro - Aceitação
1994 – Grupo Italiano, seleção de células CD34 – diminuição rejeição
2007 – Grupo da Duke apresentou protocolo com depleção “in vitro”;
2008 – Grupo de Baltimore (Efrain Fuchs) consolidou o uso da Ciclofosfamida
nos dias +3 e +4 pós transplante também com depleção “in vitro”
Histórico
Disponibilidade do doador
Um paciente tem 2,7 doadores potenciais haploidênticos
25 a 30% de chances de um doador familiar HLA idêntico
16 a 75% de um doador totalmente compatível em um registro de doadores
Acesso imediato ao doador, rapidez na seleção comparado-se com o tempo
médio de busca e confirmação de um doador não aparentado que é em torno
de 3 a 4 meses
Possibilidade de uso das células do doador para terapia celular no pós TCTH;
Vantagens
Necessidade de superar a barreira imunológica
Depleção das células T in vivo ou ex vivo;
Maior incidência de infecção pelo lento processo de imuno-
reconstituição
Alta incidência de recidiva;
Maior risco de falha de enxertia
Desvantagens
Ciclofosfamida pós – transplante – Principal forma de depleção de células T
usada no mundo com adaptações aos primeiros trabalhos – Protocolo Clássico.
Utilizando Fludarabina, TBI em baixa dose (200 Gy) e ciclofosfamida)
Ciclofosfamida 50mg/kg utilizada nos dias +3 e + 4
Profilaxia de DECH com MMF e Tacrolimus
Principais estratégias atuais
Depleção de células T “in vitro” utilizando mega doses de CD34 – Grupo
Perugia
GIAC - China
Uso do G-CSF (G) para estimular o doador
Imunossupressão intensificada pós transplante (I)
Uso de ATG (A)
Uso combinado de medula óssea e Sangue periférico (C)
Principais estratégias atuais
Revisão de literatura compara a utilização do haplo com CFA
pós, vantagens e perspectivas para o futuro
Bashey, Solomon; Bone Marrow Transplantation, 2014
Bashey, Solomon; Bone Marrow Transplantation, 2014
O uso da CFA diminuição das taxas infecções quando comparado a depleção de
células T e controlando a DECH.
Futuro: otimizar os regimes de condicionamento por diagnóstico, melhorando a
seleção do dor e aumento o efeito enxerto versus leucemia
Crossmatch – Prova cruzada ( citometria de fluxo)
Painel de anticorpos Anti –HLA (Receptor)
KIR – Aloreatividade NK importante em doenças malignas na redução da recidiva
Doador Jovem
Sexo do doador ?
Escolha do Melhor Doador
Bashey, Solomon; Bone Marrow Transplantation, 2014
Hamerschlak, 2016
• Revisão Brasileira: a modalidade de transplante com doadorhaploidentico se mostrou factível e as primeiras publicaçõese resultados mostram resultados animadores.
Hamerschlak, 2016
Bashey, Solomon; Bone Marrow Transplantation, 2014
Febre D0 ao D +5 – liberação de citocinas no período de intensaalo reatividade – Cuidados NF
Seguimento pós transplante
Evitar todos os imussupressores até realizar a CFS pós - Monitorização pós transplante
Experiência HCB com Haplo
Experiência HCB com LMMJ
Grupo brasileiro (TCTH haploidêntico):
• Regime de condicionamento padrão EWOG:
- Bussulfano (12,8 a 19,2 mg/Kg – EV ) / Ciclofosfamida (120mg/Kg) /
Melfalano (140mg/m²) ± ATG
- Prof DECH: ciclosporina ± MTX
Locatelli et al., Blood 2005; 105: 410
Regime alternativo - Grupo japonês:
- Bussulfano (560mg/m² - VO) / Fludarabina (120mg/m²) / Melfalano (180 a 210mg/m²)
- Prof DECH: ciclosporina / tacrolimus ± MTX
Experiência HCB com LMMJ
Grupo brasileiro (TCTH haploidêntico):
• Bussulfano (12,8 a 19,2 mg/Kg – EV ) / Fludarabina (120mg/m²) /
• Melfalano (140mg/m²)
• Prof DECH: Ciclofosfamida 50mg/Kg/dia - D+3 e D+4
• Ciclosporina / MMF – D+5
Experiência HCB com LMMJ
De maio/2014 ao final/2017:
- 10 TCTH haploidênticos / 7 pacientes
- Todos fizeram o uso de azacitidina como ponte até o transplante, com mediana de 10 ciclos (3 a 18).
- A mediana de idade dos pacientes no momento do 1º TCTH foi de 4 anos (2 a 8).
Experiência HCB com LMMJ
Evolução:
- DECH aguda (grau III-IV:) 2/7
- DECH crônica (moderada/grave): 4/7 - um paciente ainda em uso de imunossupressão.
- Nenhum paciente faleceu por complicações relacionadas ao TCTH.
- Dois pacientes faleceram por recidiva (após 2º TCTH haploidêntico).
- Cinco pacientes se mantêm em remissão, com quimerismo completo do doador, com mediana de seguimento de 25 meses (7 a 38) após o TCTH.
Obrigada!
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina