Interpretação da espirometria - atualização

Post on 02-Jan-2016

81 views 13 download

description

Juvêncio Câmara , Sesi. Interpretação da espirometria - atualização. Diretrizes SBPT 2002. Espirometria. Origem: spirare+metrum Definição: É a medida do ar que entra e sai do pulmão. Permite diagnóstico e quantificação dos DVs. - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of Interpretação da espirometria - atualização

Juvêncio Câmara , Sesi

Diretrizes SBPT 2002Diretrizes SBPT 2002

Espirometria

Origem: spirare+metrum Definição: É a medida do ar que entra e sai

do pulmão. Permite diagnóstico e quantificação dos

DVs. Exige: colaboração do paciente,

equipamento exato, técnica padronizada e pessoal treinado

Fatores de variação: Sexo, altura, idade, raça, peso, altitude.

Indicação

Diagnóstico do disturbio ventilatorio Determinar gravidade Detectar doença precoce Investigar dispnéia e tosse Evolução e tratamento Avaliação pré-operatória AVALIAÇÃO DE TRABALHADORES EM

AMBIENTES PROPÍCIOS A PATOLOGIA PULMONAR.

Contra-Indicação

Hemoptise Angina recente Deslocamento de retina Crise hipertensiva

Realização do Exame Espirometro calibrado Registrar idade, sexo, raça, peso e

altura Explicar e demonstrar a tecnica do

teste Realizar exame sentado Evitar vazamento em torno do bucal Usar clipe nasal Realizar no mínimo

3 manobras

Instruções

Suspender broncodilatadores de ação curta e prolongada por 4 e 12 horas antes do exame, respectivamente

Não é necessário jejum. Refeições volumosas e café devem ser

evitadas Proibido fumar 2 horas antes do exame. Álcool não deve ser ingerido nas últimas

4 horas Não usar roupas apertadas

Curva Fluxo-Volume

Análise gráfica do fluxo gerado na CVF Curva inspiratória e expiratória

registradas simultaneamente. Inspiração máxima não muito rápida

seguida de expiração rápida, sem hesitação e sustentada até se ouvir ordem de interrupção.

Inicio CPT; final VR

CURVA FLUXO-VOLUME

9

CVF

Normalmente igual a CV lenta CVF e CV não devem diferir mais de

150ml, nos casos sem obstrução. <CV: colapso e alçaponamento Tempo de expiração: 6s Reduzida na restrição( acompanha

redução do VEF1)

ALÇA FLUXO-VOLUME

11

CURVA VOLUME-TEMPO

VEF1

Volume de ar eliminado no primeiro segundo da manobra expiração forcada ...Medida mais útil na clinica

Avalia distúrbios obstrutivos Pode estar reduzido em distúrbios

restritivos Resultados expressos em volume-

tempo e fluxo-volume

Definição: Razão VEF1/CVFObs: Quando CV>CVF ela pode ser usada no denominador.

O cálculo do fluxo médio na porção média da curva expiatória é simplesmente o volume expirado dividido pelo tempo requerido entre os pontos 25 e 75% da CVFaixa normal: 60 a 65%

Critérios de aceitação do exame

A duração da expiração forçada deve ser no mínimo 6 segundos

Os dois maiores valores de CV e CVF devem diferir menos de 200ml.

Curva inspiratória e expiratória aceitáveis

Interpretação do Exame

CV(F) reduzida é achado comum nas doenças restritivas. Exemplo: fibrose pulmonar, edema pulmonar,doenças neuromusculares, deformidades da parede torácica e obesidade.

O VEF1 avalia basicamente distúrbios obstrutivos, mas o Índice de Tiffenau é mais fidedigno.

O FEF25-75% evidencia alterações das vias aéreas periféricas. Seu limite inferior é 65%.

Interpretação da espirometria

CVF 2,17 LVEF1 1,26 LPFE 1,55 L/sVEF1/CVF 13,5

Curva fluxo-volume

DVO

Redução desproporcional dos fluxos máximos com relação ao volume máximo(CVF)

Índices mais usados : redução do VEF1 e VEF1/CVF%

Redução VEF1/CVF em sintomático Considerar FEF25-75/CVF% em

sintomático Com CVF reduzida(>12%)

Interpretação do Exame CONTINUAÇÃO

O VEF1está geralmente diminuído na asma, enfisema e bronquite crônica.

Redução VEF1/CVF, sintomáticos, com VEF1 normal define distúrbio obstrutivo.

Valores de CVF >120% pode desencadear VEF1/CVF reduzida e trata-se de uma variante fisiológica se o paciente for assintomático e o teste broncodilatador for negativo.

Interpretação do Exame

Interpretação do Exame CONTINUAÇÃO

Se VEF1/CVF normal, mas FEF25-75% /CVF reduzida, sintomático, interpretar como distúrbio obstrutivo.

A CVF pode está reduzida apenas por um grande processo obstrutivo sem necessariamente tratar-se também de um disturbio restritivo.

GRAU VEF1(%) CVF(%)

LEVE 79-60 79-60

MODERADO 41-59 51-59

GRAVE <40 <50

Interpretação da espirometria

Curva fluxo-volume

Capacidade vital lenta (CV) Pode ser > do que a CVF Deve ser realizada antes da

CVF Pode ser melhor denominador

para o cálculo do IT

Rotina? Valor de referência

CVF?

Series ATS/ERS Series ATS/ERS 20052005

DVR

DVR Diminuição proporcional da CVF e

VEF1 na espirometria com VEF1/CVF N ou LI

Parâmetro-ouro para diagnóstico: CPT

Definição de DVR na Espirometria

Redução proporcional da CVF e VEF1 *

FEF25-75% /CV(F) 150% *♯

CVF 60% em ♂ ♯

CVF 50% em ♀ ♯

Alta probabilidade de doença restritiva ♯

* Diretrizes SBPT 2002* Diretrizes SBPT 2002

♯ D’Aquino LC, et al. Submetido 2009

VEF1/CV(F) < LI e VEF1 < LI

DVO com CVF reduzida

DVC? VPP para diagnóstico de restrição

19,4% (Aaron et al)

Para confirmar a restrição: Probabilidade de restrição Diferença (CVF%-VEF1%) < 12%

(Diretrizes SBPT 2002)

MEDIR A CPT!

Razões para uso do broncodilatador

Variação de fluxo em espirometria normal sugere HRB

Potencial reclassificação de um DV Reversão completa de DVO confirma

asma na maioria dos casos Em DPOC, a classificação é feita pelo

VEF1 após BD Variação significativa “justificaria”

tratamento mais agressivo da obstrução

RESPOSTA AO BRONCODILATADOR

Aguarda para repetir o exame após 10 minutos da inalação do B2.

Resposta é positiva quando o aumento do VEF1 é > 200ml e VEF1>7% DVO ou CVF> 350ml

( resposta isolada de volume) ou VEF1> 10%,sem DVO

O VEF1 é o parâmetro funcional mais importante para avaliar a resposta ao BD.

Técnica do exame

Resposta significativa ao broncodilatador. Neste caso a resposta é facilmente perceptível visualmente tanto na curva fluxo-volume como na curva de CV lenta.Resposta significativa ao broncodilatador. Neste caso a resposta é facilmente

perceptível visualmente tanto na curva fluxo-volume como na curva de CV lenta.

RESPOSTA A BDRESPOSTA A BDRESPOSTA A BDRESPOSTA A BD

Conclusões

Use equipamento e valores de referência adequados

Aparente restrição pela espirometria não exclui a possibilidade de uma doença obstrutiva

Valores normais não excluem a presença de doença

Use informações clínicas sempre para correlacionar com os resultados

O uso de broncodilatador é uma ferramenta a mais para o diagnóstico Pereira CAC

(modificado)

MENSAGEMMENSAGEM

“Espirometria é a medida do ar

que entra e sai dos pulmões.

Diga-me dos valores de tua

espirometria e te direi quantos

anos viverás. Mas tenha em mãos

um bom teste.”

“Espirometria é a medida do ar

que entra e sai dos pulmões.

Diga-me dos valores de tua

espirometria e te direi quantos

anos viverás. Mas tenha em mãos

um bom teste.”

Prof. Dr. Carlos Alberto de Castro Pereira, 2001Prof. Dr. Carlos Alberto de Castro Pereira, 2001