Post on 08-Jul-2015
INSTALAÇÕES DE
COMBATE À
INCÊNDIO
FENÔMENO DA COMBUSTÃOQUALQUER SUBSTÂNCIA CAPAZ DE PRODUZIR CALOR POR MEIO DA REAÇÃO QUÍMICA
substância que alimenta a reação química da combustão (o oxigênio é a mais comum)
energia térmica que se transfere de um sistema para outro em virtude da diferença de temperatura entre os dois;
OBJETIVOS DA PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS• proteger a vida dos ocupantes das
edificações e áreas de risco, em caso de
incêndio;
• dificultar a propagação do incêndio,
reduzindo danos ao meio ambiente e ao
patrimônio;
• proporcionar meios de controle e extinção
do incêndio;
• dar condições de acesso para as operações
do Corpo de Bombeiros;
• proporcionar a continuidade dos serviços
nas edificações e áreas de risco.
REGULAMENTAÇÃO
• No Brasil o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/CB24) é o organismo responsável pela Normalização desses projetos. É o órgão de planejamento, coordenação e controle das atividades de elaboração de Normas relacionadas com os assuntos de Segurança Contra Incêndio.
• Também a consulta à Prefeitura Municipal, pois podem existir exigências locais.
• SUCOM –superintendência de controle e ordenamento do uso do solo;
• COBOM - Comando de Operações de Bombeiros Militares
PRINCIPAIS NORMAS
• NBR 10897 - Proteção contra Incêndio por Chuveiro Automático;
• NBR 11742 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência;
• NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;
• NBR 13435: Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;
• NBR 13714: Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob comando, por Hidrantes e Mangotinhos;
• NBR 13523 - Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo;
• NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificações;
• NBR 9441 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO• PROTEÇÃO ATIVA -são medidas complementares
aos de proteção passiva, e somente entram em ação quando da ocorrência de incêndio, dependendo para isso de acionamento manual ou automático.
• PROTEÇÃO PASSIVA - é conjunto de medidas de proteção contra incêndio incorporadas à construção do edifício e que devem, portanto, ser previstas e projetadas pelo arquiteto. Seu desempenho ao fogo independe de qualquer ação externa.
Constituem proteção passiva:
• Compartimentação (horizontal e vertical): é dividir o edifício em células que devem ser capazes de suportar o calor da queima dos materiais em seu interior por certo período de tempo, contendo o crescimento do fogo nesse ambiente.;
• A importância da compartimentação vertical em um edifício está no fato de se garantir o refúgio e fuga, apesar de as chamas terem tomado uma ou mais partes de um dos pisos, permitindo inclusive que os outros pavimentos sejam usados pelas equipes de combate contra o incêndio.
• A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal.
COMPARTIMENTAÇÃO
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
• No caso de um incêndio, é necessário que os usuários tenham a possibilidade de sair do edifício por meios próprios, utilizando rotas de fuga seguras, livres dos efeitos do fogo (calor, fumaça e gases). Além de permitir a entrada da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros,
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA-ABNT 9077• NÚMERO MÍNIMO DE SAÍDAS - é calculado em função do
tipo de ocupação do edifício, da sua altura, dimensões em planta e características construtivas;
• A saída de emergência compreende o seguinte:
• a)acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas;
• b)escadas ou rampas;
• c)descarga
DISTÂNCIA MÁXIMA A PERCORRER ATÉ UMA SAÍDA SEGURA -
consiste na distância entre o ponto mais afastado e o acesso a uma saída segura/protegida
CONDIÇÕES DAS ESCADAS DE SEGURANÇA (ROTA DE FUGA VERTICAL) E DOS CORREDORES E PASSAGENS (ROTAS DE FUGA HORIZONTAIS)
• - o número mínimo de pessoas que as escadas precisam comportar é calculado a partir da lotação da edificação ;
• A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula:
• N= P/C
Onde:
• N =número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro
• P =população, conforme coeficiente de uma Tabela ;
• C =capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela
• LOCALIZAÇÃO DAS SAÍDAS E DAS ESCADAS DE SEGURANÇA -deve permitir um acesso rápido e seguro às mesmas. Estando suficientemente afastadas umas das outras, no caso de edifícios com mais de uma saída, para aumentar as chances de fuga dos usuários com
• DESCARGA DAS ESCADAS DE SEGURANÇA E SAÍDAS FINAIS -o ideal é que a descarga das escadas de segurança leve os usuários diretamente ao exterior, em pavimento ao nível da via pública, onde estes possam se afastar do edifício sem risco à vida e sem causar tumulto rotas alternativas;
• PROJETO E CONSTRUÇÃO DAS ESCADAS DE SEGURANÇA: São denominadas “escadas de segurança” aquelas enclausuradas por paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo (compartimentação) para evitar a propagação de calor e fumaça por meio da caixa da escada, além de proteger os seus usuários dos efeitos do incêndio.
• A largura mínima das escadas de segurança varia conforme as Normas Técnicas e os códigos; normalmente é de 2,20 m para hospitais e varia de 1,10 m a 1,20 m para as demais ocupações.
• ELEVADORES DE EMERGÊNCIA - os edifícios altos devem contar com elevadores de emergência. Estes devem ser alimentados por fonte e circuito independentes, concebidos de maneira a não serem afetados pelas ações de um incêndio.
PORTAS CORTA FOGO• Seu papel é o de conter as chamas e o calor provenientes do fogo,
deve existir nas saídas de emergência e nas escadas de incêndio, oferecendo um caminho seguro tanto para a fuga dos civis quanto para o acesso dos bombeiros que irão combater o fogo.
• Norma 11742 prevê:• Que a porta seja instalada com três dobradiças. Elas podem variar
de modelo (fechamento por gravidade ou por dispositivo hidráulico – mola), mas nunca de quantidade, além do uso da fechadura de sobrepor com trinco.
• A porta não pode apresentar cantos vivos cortantes que possam provocar ferimentos ao usuário, quando em sua utilização normal.
• Cada porta deve receber uma identificação indelével e permanente, por gravação ou por plaqueta metálica, com as seguintes informações:
a) porta corta-fogo conforme esta Norma;b) identificação do fabricantec) classificação;d) Numero de ordem, data da fabricação.
Reação ao Fogo dos Materiais de Acabamento e revestimento• Os materiais utilizados nos acabamentos e
revestimentos internos são de extrema importância para a segurança contra incêndio, pois dependendo de sua composição, podem contribuir, em maior ou menor grau, na evolução do fogo.
MATERIAIS
• Forro de teto resistente ao fogo
• Revestimento contra Fogo em tubos de PVC
CURIOSO!
A transmissão de calor da madeira é 12 vezes menor que a do concreto, 250 vezes menor que a do aço, e 1.500 vezes menor que a do alumínio.
Separação entre edificações• As edificações
verticalizadas devem ser
separadas umas das outras
para prevenir a propagação
de edifício para edifício. A
distância mínima de
separação entre torres
deve ser relacionada à
natureza do revestimento
externo e às áreas vazadas
das fachadas. Quando as
distâncias mínimas de
separação não puderem
ser atendidas deverão ser
tomadas medidas
alternativas de proteção;
Controle de fumaça
• O fenômeno da combustão num incêndio produz quatro elementos de perigo ao ser humano: calor, chamas, fumaça e insuficiência de oxigênio. Dentre os quatro, a fumaça é a maior responsável por mortes em situações de sinistro
• Abas de contenção: posicionadas nos tetos/forros, cuja função é reter a propagação horizontal da camada de fumaça. É efetiva até que a espessura (altura) da camada atinja a altura da aba;
CONTROLE DE FUMAÇA
CONTROLE DE FUMAÇA• Exaustão natural ou
mecânica:
• os dois casos objetivam retirar a fumaça do interior do edifício, com captação junto ou rente ao teto;
• Pressurização: evita, por diferença de pressão, que a fumaça entre em um determinado ambiente.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO ATIVA• SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME – NBR 9441: instalações
prediais para detecção e alarme do incêndio (que dá o alerta para inicio da desocupação e o combate);
• Detector automático de incêndio: sensor que pode responder a anomalias no ambiente, tais como aumento de temperatura, presença de fumaça, gás ou chama;
DETECTOR AUTOMÁTICO DE INCÊNDIO
Acionador manual ou botoeira
• destinado ao acionamento do sistema de alarme por qualquer usuário do edifício (deve transmitir um sinal para uma estação de controle, a partir da qual, as providências necessárias devem ser tomadas;
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA•Para permitir uma saída fácil e segura da população do edifício no caso de um incêndio, a iluminação de emergência pode ser de dois tipos:
•Balizamento;
•Aclareamento.
• de balizamento
• associada à sinalização de indicação das rotas de fuga, permite a orientar os usuários no sentido e na direção, em caso de emergência;
ACLAREAMENTO
• •destina-se a iluminar o ambiente de permanência e as rotas de fuga, possibilitando aos ocupantes uma evacuação segura;
SINALIZAÇÃO• A sinalização de segurança
tem caráter de emergência, advertência, mandatário, de proibição e indicação de uso. Devem levar às rotas de escape, mostrar os riscos potenciais, requerer ações ou atividades que contribuam para segurança, evitar ações perigosas e indicar a localização e uso de equipamentos de alarme, comunicação e combate ao fogo.
SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA• A sinalização de emergência deve ser planejada, de forma a
estar compatível com o projeto de comunicação visual da edificação, notando-se que existem padrões universais de caracteres e pictogramas, assim como de dimensionamento, adotados em normas e códigos de segurança contra incêndio
COMBATE AO FOGO
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS - “sprinklers”
sprinklers
• Pode-se dizer que, o sistema de chuveiros automáticos é a medida de proteção contra incêndio mais eficaz quando a água for o agente extintor mais adequado.
• De seu desempenho, espera-se que:
a. atue com rapidez;
b. extinga o incêndio em seu início;
c. controle o incêndio no seu ambiente de origem, permitindo aos bombeiros a extinção do incêndio com relativa facilidade.
Sistema de hidrantes
• Componentes do sistema
• Os componentes de um sistema de hidrantes são:
a. reservatório de água, que pode ser subterrâneo, ao nível do piso elevado;
b. sistema de pressurização: O sistema de pressurização consiste normalmente em uma bomba de incêndio, dimensionada a propiciar um reforço de pressão e vazão, conforme o dimensionamento hidráulico de que o sistema necessitar.
Sistema de hidrantes
SISTEMA DE MANGOTINHOS
SISTEMA DE MANGOTINHOS
• Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder ser operado de maneira rápida por uma única pessoa.
• Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode contar com grande autonomia do sistema.
• Por esses motivos os mangotinhos são recomendados pelos bombeiros, principalmente nos locais onde o manuseio do sistema é executado por pessoas não habilitadas (Ex.: uma dona de casa em um edifício residencial).
SISTEMA DE HIDRANTES
SISTEMA DE MANGOTINHO
EXTINTORES
• Extintores portáteis é um equipamento de combate ao fogo de acionamento manual, constituído por recipiente, acessório e agente extintor.
EXTINTORES
• extintor sobre rodas : é constituído pelos mesmos itens, com a adição de uma carreta para o manuseio, devido a seu peso elevado (por conter agente extintor em maior quantidade).
EXTINTORES
• A principal função dos extintores é combater o foco de um incêndio. Para que isso possa acontecer, é necessário que a operação do equipamento seja simples (qualquer usuário do edifício pode acioná-lo) e de preparação rápida (é necessário que o usuário não perca muito tempo preparando-o para o uso).
CLASSE DOS EXTINTORES
FONTES
• http://www.ppcifacil.com.br/StandardB.pdf;
• http://www.lmc.ep.usp.br/People/Valdir/livro/cbca/manual_prevencao_contra_incendio.pdf;
• http://www.cga.ind.br/IT%2020.pdf;
• http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAMGQAC/nbr-9077-saidas-emergencia;
• http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAMGQAC/nbr-9077-saidas-emergencia