Dfato vestibular fasciculo 2

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vestibular Sábado, 10 de outubro de 2009Jornal de Fato

www.defato.comtelefone (84)3315-8900

GEOGRAFIAO professor Avelino

com ‘Projeções

Cartográficas’

HISTÓRIAO professor Bruno

Balbino descreve

‘Imperialismo’

GEOGRAFIAO professor Blênio

Marcos define

‘Fontes de Energia’

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

2

vestibularSábado, 10 de outubro de 20092 Jornal de Fato

vestibular EDITOR GERALWilliam Robson

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICASávio Marcellus

EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL DE FATO • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

DIAGRAMAÇÃOTelêmaco Sandino

IMPRESSÃOGráfica de Fato

SANTOS EDITORA DE JORNAIS LTDA • Redação e oficinas: Avenida Rio Branco, 2203, Centro, Mossoró-RN - CEP: 59.611-400

TTÔÔ NNAA ÁÁRREEAAENEM

NOVAS DATASAs instituições de ensino su-perior que vão utilizar o Exa-me Nacional do Ensino Médiocomo forma de selecionar no-vos alunos estão dispostas a fa-zer mudanças em seus calen-dários desde que não haja atra-so no início das aulas em 2010.O adiamento do Enem prova-velmente vai coincidir com ves-tibulares de universidades fe-derais. Com isso, o MEC apre-sentou um levantamento comas datas de todas as seleções dopaís. Devido à data do novoexame ser de responsabilidadedo Ministério da Educação eCultura, as universidades terãoapenas de se adequar. Qualquermudança do processo seletivoserá de plena responsabilida-de de todas as universidades,que poderão, inclusive, deixarde utilizar as notas do Enem,como é o caso da Universida-de do Estado do RN (UERN).

DEFESAO MEC deve contar com o to-tal apoio dos representantes doConselho Nacional de Secre-

tários de Educação (CONSED),pois a entidade vai apresentarum pedido formal às institui-ções federais que vão utilizar oEnem como forma de seleçãode novos alunos para que man-tenham a adesão ao exame na-cional, mesmo com atraso daprova. Com uma nota de apoioao Ministério da Educação eCultura, manifestando apoioao Enem e lamentando os acon-tecimentos e defendendo a to-tal apuração dos fatos.

DIA DO PROFESSORA criação da data se deu emvirtude de D. Pedro I, no anode 1827, ter decretado que to-da vila, cidade ou lugarejo doBrasil criasse as primeiras esco-las primárias do país, que fo-ram chamadas de "Escolas dePrimeiras Letras". Comemora-do mundialmente no dia05/10, no Brasil o feriado foiinstituído nacionalmente pormeio do decreto 52.682/63, as-sinado pelo então presidenteda República João Goulart, em1963, e tendo como base reli-giosa Santa Tereza d'Ávilla,

considerada a padroeira dosprofessores.

SALÁRIOSegundo pesquisa patrocinadapela Organização das NaçõesUnidas para Educação e Cul-tura (UNESCO), metade dosprofessores do Brasil ganhamenos de R$ 720,00, com sa-lários baixos e formação defi-ciente. Essa é a realidade de2.803.761 brasileiros. O quechama mais atenção é a situa-ção do Nordeste. A realidadesalarial é pior ainda, pois se-gundo a pesquisa esse índicesalarial é de R$ 420,00. Faltavontade política, e que só po-derá vir da melhor forma pos-sível através da articulação daUnião, dos Estados e dos Mu-nicípios. Sem essa articulação,com certeza, teremos aindamuitos problemas.

RANKINGDe acordo com pesquisa pu-blicada pela Organização dasNações Unidas (ONU), e querelata o Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH), a No-ruega é o país onde a vida daspessoas é melhor. Já, o Brasilficou em 75ª posição no ran-king de 182 países avaliados pe-lo IDH, com a inclusão de An-dorra e Liechtenstein pela pri-meira vez e a volta do Afega-nistão, que havia saído do ín-dice em 1996. O IDH brasi-leiro subiu levemente, de 0,808para 0, 813. Mas, mesmo assim,o país, que no ano passado ocu-pava a 70ª posição no rankingdo Pnud, após uma revisão doíndice, passou a ser o 75º (comIDH de 0,808). Agora, com os

Prof. Sávio Marcelus

novos números, o Brasil man-teve a posição e permaneceu nogrupo dos países com alto de-senvolvimento humano. Já, aChina foi o país que registrouo maior aumento, subindo se-te posições, seguida pela Co-lômbia e pelo Peru, que me-lhoraram cinco posições noranking.

BOLSA EMPRESAÉ um programa adotado porempresas que visam a investirna capacitação dos funcioná-rios. A companhia financia osestudos do contratado atravésde bolsas parciais ou integrais,permitindo o crescimento pro-fissional do empregado e qua-lificação de mão-de-obra paraa empresa.

REGRAS PARA A BOLSAComo a iniciativa de custear agraduação do funcionário par-te da empresa, cada grupo em-presarial possui as próprias re-gras de seleção. A dica paraquem quer se candidatar a es-se tipo de bolsa é investir numcurso relacionado a sua áreade atuação na companhia pa-ra compensar a qualificação re-cebida.

QUANTIDADE DE BOLSASA quantidade de bolsas ofere-cidas varia conforme a compa-nhia. Tudo depende do acor-do feito entre patrões e empre-gados. Para requerer o benefí-cio, consulte o setor de recur-sos humanos ou de treinamen-to do grupo em que você tra-balha para ficar por dentro dascondições para concorrer a es-se tipo de bolsa.

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) vai apli-car o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM-2009)nos dias 5 e 6 de dezembro. O anúncio foi feito peloministro da Educação, Fernando Haddad, depois dereunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro, que ofe-receu apoio da Polícia Federal e da Força Nacional deSegurança para aplicação das provas. A nova data, alémde provocar o adiamento de vestibulares em pelo me-nos seis universidades federais e seis estaduais, tam-bém vai adiar a realização de dois grandes concursospúblicos federais: IBGE e Receita Federal.

vestibular Sábado, 10 de outubro de 2009 3Jornal de Fato

AVELINO SOUZA

Professor colaborador

Marcos Garcia

nas ou azimutais.

A projeção cilíndrica resul-ta da projeção dos paralelos e me-ridianos sobre um cilindro en-volvente, que é posteriormentedesenvolvido (planificado). Essetipo de projeção:

apresenta os paralelos re-tos e horizontais e os meridia-nos retos e verticais;

acarreta um crescimento(deformação) exagerado das re-giões de elevadas latitudes;

é o mais utilizado para arepresentação total da Terra (ma-pas-múndi).

A projeção cônica resultada projeção do globo terrestre so-bre um cone, que posteriormen-te é planificado. Esse tipo de pro-jeção:

apresenta paralelos circu-lares e meridianos radiais, isto é,retas que se originam de um úni-co ponto;

é usado principalmente pa-ra a representação de países ou re-giões de latitudes intermediárias,embora possa ser utilizado paraoutras latitudes.

A projeção azimutal resul-ta da projeção da superfície ter-restre sobre um plano a partirde um determinado ponto (pon-to de vista). De acordo com Er-win Raisz (famoso cartógrafoamericano), as projeções azimu-tais são de três tipos: polar, equa-torial e oblíqua. Elas são utiliza-das para confeccionar mapas es-peciais, principalmente os náu-ticos e aeronáuticos, isso porqueé do tipo Eqüidistante, fato quefacilita o cálculo com precisãodas distâncias entre os diversospontos da Terra.

Vejamos, a seguir, alguns dos

Projeção cartográfica é a re-presentação de uma superfícieesférica (a Terra) num plano (omapa), ou seja, trata-se de um"sistema plano de meridianos eparalelos sobre os quais pode serdesenhado um mapa" (ErwinRaisz. Cartografia geral. P. 58).

O grande problema da car-tografia consiste em ter de repre-sentar uma superfície esféricanum plano, pois, como é sabi-do, a esfera é um sólido não- de-senvolvível, isto é, não-achatáv-el ou não planificável. Assim,sempre que achatarmos uma es-fera, necessariamente ela sofre-rá alterações ou deformações.

Experimente, por exemplo,cortar uma laranja ao meio edepois pressionar (achatar) umadessas partes sobre uma super-fície plana. Isso quer dizer quetodas as projeções apresentamdeformações, que podem ser emrelação às distâncias, às áreas ouaos ângulos. Assim, cabe ao car-tógrafo escolher o tipo de pro-jeção que melhor atenda aos ob-jetivos do mapa.

Obs: A melhor forma de representar a Terra é através do Globo TerrestreOs tipos de propriedades

geométricas que caracterizam asprojeções cartográficas, em suasrelações entre a esfera (Terra) eum plano, que é o mapa, são:

a) Conformes - conservam asformas, porém distorcem asáreas. Ex: Mercator

b) Equivalentes - conservamas áreas, mas distorcem as for-mas. Ex: Peters

c) Equidistantes - conservamas distâncias, mas distorcem for-mas e áreas

A maior parte das projeçõeshoje existentes deriva dos trêstipos ou métodos originais, asaber: cilíndricas, cônicas e pla-

LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAAPROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

CONTINUA...

vestibular4 Sábado, 10 de outubro de 2009Jornal de Fato

mais conhecidos tipos de projeção cartográfica.

Projeção de MercatorNesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que

se cortam em ângulos retos. Publicada pela primeira vez no augedas grandes navegações, a projeção de Mercator valoriza as áreas demédia e de baixa latitude, dando a elas um tamanho maior do queo real Nela as regiões polares aparecem muito exageradas. Essa pro-jeção é do tipo cilíndrica, conforme e eurocêntrica

Projeções de Mercator, cilíndrica e conforme

Projeção de PetersOutra projeção muito utilizada para planisférios é a de Arno Pe-

ters, que data de 1973. Essa projeção valoriza as áreas pobres da Ter-ra, fazendo com elas apareçam em suas proporções reais. Sua baseé cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos parale-los com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos, co-mo podemos observar no mapa a seguir.

Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters

Projeção de MollweideNesta projeção os paralelos são linhas retas e os meridianos, li-

nhas curvas. Sua área éproporcional à daesfera terrestre,tendo a for-ma elíptica.

As zonasc e n t r a i sapresentamgrande exatidão,tanto em área comoem configuração, mas as ex-tremidades apresentam grandes distorções.

Vale salientar que destacamos aqui, apenas alguns tipos deprojeções cartográficas, pelo menos as mais usadas e também co-bradas nos vestibulares, porém existem diversos outros tipos deprojeções.

01 Todo mapa é confeccionado num determinado sistema de

projeção. Observe o mapa a seguir e assinale o tipo de proje-ção em que foi desenhado.

a) Cônica b) Cilíndrica c) Policônica d) Circular

02 (Ufscar)

Durante os anos 1970, esse mapa era visto como uma rea-ção simbólica dos países subdesenvolvidos - o Sul geoeconô-mico - contra a cartografia tradicional, em especial a projeção

Exercícios

CONTINUA...

Sábado, 10 de outubro de 2009 5Jornal de Fatovestibular

de Mercator, que mostra o norte "acima" do sul e a Europa nocentro. Mas essa idéia logo foi abandonada por falta de con-sistência.

Analise as seguintes afirmativas sobre essa questão:

I. A projeção de Peters mostra a proporção exata de cadaárea sem distorcer os seus formatos.

II. O impacto político-ideológico de se colocar o sul "aci-ma" do norte é diminuído ou anulado pelo fato de que aimensa maioria dos países está no hemisfério norte, sendo osul mais oceânico.

III. Tanto faz colocar o norte ou o sul na parte de cima domapa, pois a posição mais correta para analisar um mapa é nahorizontal, estando ele sobre uma mesa.

IV. A projeção de Peters é melhor para a navegação do quea de Mercator.

As afirmativas corretas são:

a) I e II.b) II e III.c) III e IV.d) I e IV.

03 Os conhecimentos sobre projeções cartográficas e uso de

mapas possibilitam afirmar:

a) A projeção azimutal fornece uma visão eurocêntrica domundo e, por isso, ela não é mais utilizada.

b) As distorções da representação, nas projeções cilíndri-cas, são maiores no Equador e menores nos pólos.

c) A projeção de Peters é a única que não pretende privile-giar nenhum continente, porque ela reproduz rigorosamentea realidade.

d) A projeção cônica só pode ser utilizada para represen-tar grandes regiões, porque as distorções são pequenas entreos trópicos, não representando, portanto, a realidade dasáreas mapeadas.

e) As projeções cartográficas permitem que, na constru-ção dos mapas temáticos, os meridianos e os paralelos terres-tres sejam transformados de uma realidade tridimensionalpara uma realidade bidimensional.

04 Observe as representações do continente africano, realiza-

das por meio das projeções de Mercator e de Peters.

Adaptado de Oswald Freyer - Eimbeke, p.40)

Assinale a alternativa correta:

a) Na projeção de Peters, as distâncias entre os paraleloscrescem à medida em que se afastam do Equador, gerando umaumento exagerado das áreas localizadas próximas aos pólos.

b) A projeção de Mercator não se presta para a compara-ção de superfícies ou para medir distâncias, uma vez que foicriada para atender às necessidades de navegação do século XVI.

c) Tanto a projeção de Mercator como a de Peters falseiama superfície dos continentes, seja pela deformação latitudinal(Mercator) ou pela deformação longitudinal (Peters).

d) Por situar a África no centro, a projeção de Peters tor-na a África maior do que de fato ela é, se comparada aos de-mais continentes.

LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAAA INVENÇÃO DO ORIENTALISMO: O ORIENTE COMO ESPELHO DO OCIDENTE

Muitas vezes acreditamosque as palavras, as coisas, asideias, os sentimentos, os hábi-tos e os costumes são elemen-tos naturalizados e que desdesempre existiram como um apriori. Geralmente somos leva-dos a pensar que a nossa ma-neira de amar, de relacionar com

os pares, de comer, de cheirar,de sentir e de se identificar co-mo nordestino, brasileiro, po-tiguar, mossoroense, é algo na-tural e, portanto, a-histórico.Dificilmente nos indagamospor que comemos assim e nãoassado? Por que nos vestimosde uma maneira e não de ou-

tra? Por que selecionamos chei-ros e odores?Por que somos cha-mados de nordestinos? Por quesomos sul-americanos? Por quesomos Ocidentais e outros sãoOrientais?

Esse conjunto de indagaçõeschega para nós historiadores co-mo objeto de estudo. Nosso mé-

tier é desnaturalizar algo tidocomo naturalizado, dado, de-sencarnado, fixo, ou seja, mos-trar através do conhecimentohistórico que o mundo e tudoaquilo que está inserido nele,desde as vestimentas, passando

CONTINUA...

vestibularSábado, 10 de outubro de 20096 Jornal de Fato

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

BRUNO BALBINO

Professor colaborador

Marcos Garcia

mo tempo em que escamoteouas diferenças locais através deum movimento de homogenei-zação. Dessa representação doOriente surgiu o conceito de"orientalismo".

O Orientalismo nasceu co-mo campo de estudo que en-globa um conjunto de conhe-cimentos e de disciplinas espe-cializadas em estudar o Orien-te. Entretanto, seu significado

não para por aí. O referido ter-mo possui várias definições:uma delas se expressa numa for-ma de pensamento ou de umatradição na qual se baseiam es-critores e artistas, sobretudo daEuropa, agrupados num com-plexo de determinadas ideiasque se acreditam constituir oOriente. E por último, o orien-talismo é uma forma de nego-ciar com o Oriente, uma for-

ma de dominação típica do im-perialismo europeu do séculoXIX.

Foi no século XIX que sur-giram os termos "orientalismo"e "orientalistas" para designaros estudiosos que traduziam ostextos orientais para o Inglês.A prática de tradução nesse mo-mento da história européia era

pelos hábitos gastronômicosaté as identidades locais, regio-nais e nacionais, é, na verda-de, uma construção política,econômica, cultural, e, abso-lutamente, histórica. Nesse sen-tido, queremos esboçar breve-mente nesse texto uma histó-ria dos conceitos, isto é, de co-mo uma determinada ideia for-mulada pelo discurso e, portan-to, transformado em conheci-mento se constituiu como umadada maneira de ver e de dizersobre o Ocidente, o Oriente eo Orientalismo, conceitos es-tes que foram 'inventados' e lo-calizados historicamente.

Partiremos daqui!O Oriente é um conceito,

uma construção discursiva,uma ideia, elaborada pelo pen-samento europeu desde a Ida-de Média, mas que ganhou for-ça com o Imperialismo fran-cês e inglês no século XIX. Oque a Europa chama de Orien-te era a região colonial adja-cente ao seu mundo, rica emcivilizações que os europeusconsideravam seu próprio pas-sado. Era a região hoje identi-ficada como Oriente Médio,o Egito e o mundo árabe. Essavastíssima área, imaginada geo-graficamente, permitiu a gene-ralização dessa região, ao mes- CONTINUA...

vestibular Sábado, 10 de outubro de 2009 7Jornal de Fato

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

motivada pela noção de que aconquista colonial necessitavade um conhecimento do povoconquistado. Desta forma, a re-lação entre o Oriente e Ociden-te, via o pensamento calcadono orientalismo, passou a serde dominação. O Ocidentecriou uma visão distorcida doOriente como o Outro, numatentativa de diferenciação queservia os interesses do colonia-lismo permeando graus varia-dos de uma complexa hegemo-nia do primeiro em detrimen-to ao segundo. A construção doOriente pela Europa, se deu pri-meiro como ideia e depois co-mo realidade política baseadana conquista e na colonização.Era preciso reunir um conjun-to de saberes acadêmicos sobreo Oriente para que possibilitas-se -através do saber- uma for-ma de colonização.

É válido destacar tambémque a invenção do conceitoOriente não serviu somente co-

CONTINUA... O Concerto da Concubina do Grão-Turco, Carle Vanloo, 1737

vestibularSábado, 10 de outubro de 20098 Jornal de Fato

mo uma tentativa de impor umacerta autoridade no jogo do po-der entre as duas espacialida-des (Oriente e Ocidente). A cul-tura européia ganhou força eidentidade comparando-se como Oriente como uma espécie deidentidade substituta e até mes-mo subterrânea, clandestina.Dessa maneira, para que existaum Ocidente, mesmo que naimaginação de seus integrantes,é preciso que exista também umOriente.

As duas entidades geográfi-cas imaginadas apóiam-se atra-vés de um espelho que ref leteuma à outra. O Ocidente pro-duziu um conjunto de imagensestereotipadas para representaro que considerava ser a culturaocidental- ou seja, a cultura doOriente Médio e do mundo ára-be. O Oriente era entendido co-mo sensual com seus haréns, des-pótico, violento e primitivo.Nesse sentido, o orientalismo doséculo XIX foi responsável porconstruir obras eruditas sobrecostumes árabes e egípcios e tam-bém por produzir uma enxur-rada de literatura popular naFrança, Inglaterra e Alemanhasobre os estereótipos orientais.

No início do século XX, a des-coberta da tumba de Tutanca-mon no Egito, por exemplo, fas-cinou o público europeu e gerouuma onda orientalista na mo-da e nos móveis. Várias versõesd'As mil e uma noites foram pu-blicadas nesse período. Tal su-cesso se deveu à popularizaçãodo discurso orientalista que en-fatizava o Oriente como sen-sual e mágico. O fascínio e asensualidade caracterizaram noinício do século XX imagens ediscursos sobre um espaço exó-tico e Outro. Entretanto, os sen-tidos criados para o Oriente fo-ram sendo, ao longo do tempo,resignificados através de umanova conjuntura política e eco-nômica pautada em outros ní-veis de Imperialismo e de novasformas de negociar - sobretudo,com o aparecimento de novosagentes como os EUA - com omundo oriental.

Atualmente, as formas quese estabelecem no diálogo en-tre Ocidente e Oriente se con-tornam pelas expressões do ter-rorismo e do fundamentalismo.

Estes conceitos produzem efei-tos de dizibilidade e visibilida-de que se constituem como umanova maneira de olhar para oOriente através do signo dos ata-ques terroristas e do radicalis-mo religioso. Nesse sentido, apa-rece uma reorganização da geo-grafia imaginária, de um lado,o Ocidente representado pelosEUA, apresentados como cora-josos e defensores dos valoreshumanos e democráticos e dooutro, o mundo oriental, ten-do como representante o mun-do islâmico. Assim, as imagensdo exótico, do sensual e do ma-ravilhoso, dantes criadas peloperíodo oitocentista, foram sen-do cambiados por novos este-reótipos alçadas por novas con-dições geopolíticas. O Orientepassa a ser o inimigo, o infiel,o radical, o não-cristão, o fun-damentalista. Em posição opos-ta o Ocidente se define através

de um jogo de espelho como obenevolente, o fiel, o cristão, opromotor da paz.

Em breves palavras, concluí-mos que: o Oriente é uma inven-ção do Ocidente e, portanto,não existe como civilização nemmesmo como região. Ambos sãoconstruções Históricas. OOriente é um conjunto de ideias,visões, imagens, textos, tipos hu-manos, representações domina-do por preconceitos, construí-dos pelo Ocidente como formade se identificar como superior.Ao considerar o Oriente primi-tivo, violento, despótico, o Oci-dente, ao mesmo tempo, está seconsiderando avançado, demo-crático, esclarecido. O Ociden-te se constrói a partir da Euro-pa, e mais tarde pelos EUA, co-mo um discurso que identificao Oriente como o Outro, co-mo a oposição, como o que oOcidente não deveria ser. É im-

portante destacar que o Orien-te nunca foi passivo a essa cons-trução e até hoje resiste à domi-nação cultural do Ocidente.Dessa maneira, podemos per-ceber que a invenção dos espa-ços perpassa por relações de po-der que tentam homogeneizarrepresentar o Outro. Como nosmostra o crítico literário pales-tino Edwar Said a representaçãodo Oriente é obra do Ocidentee que o orientalismo é exteriore afastado do Oriente dependen-do mais do Ocidente que do pró-prio mundo oriental. As manei-ras de representar o Outro, istoé, o Oriente, tornam-o visível,claro e "lá" no discurso sobre ele.É no discurso sobre o outro quese tenta legitimar e apontar assuas próprias diferenças, em su-ma, apresentar o Oriente comoo outro e o "lá" para se identi-ficar a partir dele a diferençado mundo ocidental.

Oriente x Ocidente

vestibular Sábado, 10 de outubro de 2009 9Jornal de Fato

BLÊNIOMARCOS

Professor colaborador

Marcos Garcia

carboneto formado pela decom-posição de restos vegetais que so-freram um lento processo de so-lidificação. Milhões de anos fo-ram necessários para que ele fos-se constiuído. A transformaçãoda matéria vegetal em carvão sóse completa em ambientes propí-cios. É necessário que haja pou-ca oxigenação, pois isso dificul-ta a ação de bactérias aeróbias,impedindo a decomposição to-tal dos vegetais. Nos ambientestropicais, a vegetação é mais exu-berante, porém a maior quanti-dade de oxigênio disponível fazcom que a ação bacteriana de-componha os restos vegetais an-tes da sua carbonização. As maio-res reservas carboníferas do glo-bo estão localizadas nas zonastemeperadas.

No Brasil, o carvão é encon-trado na bacia sedimentar do Pa-raná, destacando-se nela as se-guintes localidades: vale do RioCinzas no Paraná, vale do Jacuíno Rio Grande do Sul e princi-palmente vale do Tubarão emSanta Catarina, nos municípiosde Crisciúma, Lauro Muller, Si-

derópolis, Araranguá e Urussan-ga. O carvão extraído é do tipohulha, de baixa qualidade comgrande concentração de cinzas eenxofre. O transporte é feito pe-la estrada de ferro Dona TeresaCristina até o porto de Imbitu-ba, em Santa Catarina, e de lávai para o porto de Angra dosReis, onde é misturado ao carvãoimportado e posteriormente uti-lizado nas siderúrgicas concen-tradas no Sudeste.

Petróleo: é um hidrocarbone-to que se apresenta sob a formafluída, formado por restos vege-tais e animais em ambientes ma-rinhos. Os restos dos animais evegetais microscópicos (plânc-ton) que vivem na superfície, sãodepositados junto com lama eareia no fundo do mar. Essa fon-te passou a ser encarada comofator estratégico durante o Esta-do Novo (1937-1945). O naciona-lismo industrialista de GetúlioVargas foi responsável pela cria-ção do Conselho Nacional do Pe-tróleo (CNP), em 1938. Maistarde, no pós-guerra, também se-ria Vargas, o criador da Petro-

brás empresa estatal monopolis-ta, em 1953.

Contudo, até o início de 1970,os maiores investimentos da Pe-trobras concentravam-se em seuparque de refino. As reservas doRecôncavo Baiano e da bacia se-dimentar do Nordeste já eram co-nhecidas e exploradas, mas o pre-ço do petróleo no mercado in-terncaional era baixo demais pa-ra justificar grandes investimen-tos em pesquisa e prospecção doóleo no Brasil.

A extração de petróleo no sub-solo dos oceanos é uma ativida-de cara e exposta a muitos ris-cos. Mesmo assim, atualmente70% do petróleo extraídono Bra-sil provém da plataforma conti-nental. O grande destaque é oestado do Rio de Janeiro, ondese localizamas dezoito platafor-mas da Bacia de Campos.

Atualmente, no contexto daabertura da economia brasilei-ra, o monopólio da Petrobras foirompido. A Agência Nacionaldo Petróleo (ANP), estabeleci-

Energia é a capacidade deproduzir trabalho. Na história,a descoberta de novas fontesenergéticas e o aumento do con-sumo de energia sempre acom-panharam a ampliação da ca-pacidade produtiva das socie-dades.

O aumento do consumo e adiversificação das fontes respon-deram às mudanças das neces-sidades sociais. O homem pri-mitivo limitava o seu consumoenergético às necessidades pos-tas pelo preparo dos alimentos.Mais tarde, necessidades vincu-ladas ao conforto doméstico eà produção agrícola ou indus-trial, passaram a predominar. Háquase dois séculos as necessida-des energéticas foram ampliadaspela evolução das técnicas deprodução e de transportes. O ho-mem do século XIX consumiaquase quarenta vezes a energiadespendida pelo homem primi-tivo. O homem atual consomemais de três vezes a energia des-pendida no tempo da revolu-ção industrial. Essa explosão doconsumo energético é um fenô-meno característico dos paísesdesenvovidos.

Atualmente, os recursosenergéticos mais utilizados nomundo são o carvão mineral, opetróleo, a água e o átomo; jun-tos eles correspondem a maisde 90% da oferta mundial deenergia. A utilização de qualquerum deles acarreta danos ambien-tais: o petróleo e o carvão, alémde extremamente poluentes,contribuem para o aquecimen-to do planeta; as usinas hidrelé-tricas exigem a inundação de vas-tas áreas, o que pode ser bastan-te grave em regiões florestadas;a energia nuclear, além do riscode acidentes, gera resíduos comgrande poder de contaminação.

O potencial energético do BrasilCarvão Mineral: é um hidro-

LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAAFONTES DE ENERGIA DO BRASIL

CONTINUA...

vestibularSábado, 10 de outubro de 200910 Jornal de Fato

da em 1998, concedeu áreas deprospecção para empresas trans-nacionais. Assim, um sistemamisto - estatal e privado - pas-sou a vigorar no setor petrolífe-ro do país.

As Usinas NuclearesA história das usinas termo-

nucleares no Brasil começou em1969, quando o governo com-prou da empresa norte-ameri-cana Westinghouse a usina deAngra I, com capacidade de 600MW, alimentada por urânio en-riquecido. Como o acordo devenda não previa a transferênciaa tecnologia de enriquecimento,o Brasil precisava importar dospaíses desenvolvidos o urânio aser consumido na usina.

Em 1975, o general ErnestoGeisel assinou um acordo coma Alemanha para a construçãode reatores nucleares que gera-riam 10.400 MW em 1990 e75.000 MW no ano 2000. o cus-to dos reatores atingiria trintabilhões de dólares, cerca de d-uas vezes o preço de Itaipu, cu-ja capacidade ultrapassa os12.000 MW. O acordo NuclearBasil-Alemanha jamais chegariaa ser completado. Dos oitos rea-tores previstos, apenas dois - An-gra II e III, iniciariam a fase deconstrução. Além da energia, asusinas geram também umaimensa quantidade de resíduosradioativos. Esse é um dos prin-cipais alvos da crítica dos am-bientalistas com relação às usi-nas nucleares brasileiras: ainda

não se resolveu o que fazer como material radiativo, estocadoem depósitos "provisórios".

A Energia HidréletricaA capacidade instalada do

Brasil para a produção de ele-tricidade é de aproximadamen-te 58.140 MW, e as usinas hidre-létricas são responsáveis pormais de 90% desse total. O al-to potencial hidrelétrico brasi-leiro é determinado pela conjun-ção de dois fatores: o volumede águas e o relevo. As elevadasmédias pluviométricas, decor-rentes do predomínio de climasequatoriais e tropicais no terri-tório, e a disposição dos diviso-res de águas que delimitam asprincipais bacias hidrográficasbrasileiras têm como resultadoa existência de muitos rios cau-dalosos e planálticos no país.Nas bacias do Amazonas, Tocan-tins e Paraná encontra-se a maiorparte do potencial hidrelétriconacional.

Distribuição geográfica do potencial instaladoA concentração espacial da

indústria no Brasil reflete-se naconcentração espacial da deman-da energética. A região Sudeste,pólo industrial do país, é respon-sável por cerca de 50% do con-sumo total da eletricidade. As re-giões Sul e Nordeste ocupam, res-pectivamente, o segundo e ter-ceiro lugares.

A Bacia do Paraná é a prin-cipal fornecedora de hidreletri-

cidade para as regiões Sudeste eSul. Nela estão instalados cercade 70% do potencial gerador na-cional. O Sudeste conta aindacom a hidrelétrica de Três Ma-rias, na Bacia do São Franciscoe as usinas de Salto Grande eMascarenhas no Rio Doce. Emmeados da década de 1970, abriu-se mais uma onde de investimen-tos no setor elétrico, desta vezdestinados à construção de hi-drelétricas de grande porte emregiões distantes dos mercadosurbano-industriais. Em 1975 foiassinado um tratado associandoo Brasil ao Paraguai na constru-ção de Itaipu, uma das maioresusinas hidrelétricas do mundo.

Na região Nordeste, a cons-trução de usinas hidrelétricas naBacia do São Francisco integrouo plano de desenvolvimento re-gional implantado pelo gover-no federal na década de 1960. as-sim nasceram as usinas do siste-ma Centrais Hidrelétricas do SãoFrancisco (Chesf), completadonas décadas de 1980 e 1990 pelasusinas de Itaparica e Xingó.

O Programa Nacional do Álcool - ProálcoolO Proálcool foi lançado em

1975, no contexto da primeiracrise do petróleo, deveria contri-buir para aliviar a conta de im-portações do país e reduzir a de-pendência em relação ao petró-leo. O programa tinha como me-ta a substituição paulatina da ga-solina pelo álcool nos carros depasseio. Para incentivar o au-

mento da produção de álcoolde cana-de-açúcar, o Proálcoolprevia a concessão de uma sériede benefícios financeiros aosplantadores de cana e aos pro-prietários de usinas, principal-mente os da região Sudeste. aomesmo tempo, as indústrias au-tomobilísticas foram incentiva-das a passar a produzir carrosmovidos a álcool e, aos usuá-rios desses automóveis, foramconcedidos benefícios fiscais.

O auge do Proálcool ocorreuem 1986, quando o consumo deálcool combustível ultrapassouo de gasolina automotiva. Entre-tanto, a redução dos preços in-ternacionais do petróleo colo-cou limites para a substituiçãoda gasolina, acabando por arras-tar o próprio Proálcool para umacrise. A Guerra do Golfo, em1991, e a subsequente diminui-ção da influência da Opep rea-cenderam o debate em torno dofuturo do combustível automo-bilístico no Brasil.

Os críticos do Proálcool ten-dem a insistir no elevado custoeconômico dos subsídios, defen-dendo uma atitude liberal emrelação à questão energética, quedeveria se regulada pelas leis demercado. Alguns deles tambémenxergam no programa uma in-f luência negativa para o setoragrícola, já que a lucratividadeartificial do cultivo de cana-de-açúcar para as usinas alcoolei-ras estaria desviando terras ap-tas para a produção de alimen-tos e matérias-primas industriais.

01 O petróleo é um recurso básico para

a moderna sociedade industrial. Assi-nale o que for correto sobre as caracte-rísticas desse recurso natural.

a) Os inúmeros derivados do petró-leo produzidos pela indústria petroquí-mica são biodegradáveis, ou seja, não tra-zem problemas para o ambiente.

b) Como se trata de uma riqueza na-tural renovável, o petróleo jamais se es-gotará.

c) No Brasil, a extração do petróleo

é realizada basicamente em poços ter-restres, sendo que a maior parte está lo-calizada na bacia sedimentar amazôni-ca.

d) O petróleo é a matéria-prima bá-sica para inúmeros tipos de indústriasquímicas, como de plásticos, de asfaltoe de borracha sintética.

e) As maiores reservas mundiais depetróleo conhecidas na atualidade lo-calizam-se na América Central, particu-larmente, em Cuba.

02 Os conhecimentos sobre fontes de

energia e sua utilização no Brasil permi-tem afirmar:

a) As mais modernas fontes de ener-gia, utilizadas amplamente no Brasil, sãoa maremotriz e a solar.

b) O carvão vegetal produzido na re-gião Nordeste possui alto teor de com-bustão e é utilizado nas indústrias side-rúrgicas da região.

c) O petróleo foi elemento básico naprodução de energia no Brasil, todaviafoi plenamente substituído pelo álcool.

Exercícios

CONTINUA...

vestibular Sábado, 10 de outubro de 2009 11Jornal de Fato

d) A utilização de lenha como fon-te de energia foi totalmente substituí-da pelo gás vindo da Bolívia.

e) No Brasil, mais de 85% da ener-gia elétrica consumida são geradas nasusinas hidrelétricas.

03 Algumas fontes de energia, com o

petróleo e o carvão mineral são consi-deradas não renováveis. Isso preocu-pa, e tem levado alguns países a adota-rem medidas no sentido de:

a) parar de usar essas fontes, prote-lando assim seu esgotamento.

b) investir mais em fontes de ener-gia renováveis, visando a diminuir a de-pendência em relação aos recursos nãorenováveis.

c) proibir o consumo desse tipo deenergia como combustível, reservado oseu uso apenas como matéria prima.

d) limitar a comercialização dessesrecursos, encarecendo o preço dos pro-dutos deles derivados.

e) substituí-las totalmente por ou-tras fontes de energia.

04 Atualmente, um dos objetivos da Pe-

trobrás é aumentar, até 2010, a partici-pação do gás natural dos atuais 7,5%para 12%.

Sobre esse combustível, é corretoafirmar que

a) a descoberta de reservas no Re-côncavo Baiano deve tornar o país au-to-suficiente e beneficiar os setores au-tomotivo e residencial, principais con-sumidores de gás.

b) novos acordos com a Venezuelae com o Equador devem ampliar a ofer-ta de gás natural e propiciar a instala-ção de novas usinas termelétricas.

c) a instabilidade política do nos-so maior fornecedor preocupa princi-palmente o setor industrial que con-some cerca de metade do gás ofereci-do.

d) a Bolívia, nossa principal forne-cedora de gás natural, tem subsidiadoa construção de novos gasodutos como objetivo de aumentar o consumo bra-sileiro do combustível.

e) as usinas térmicas brasileiras,abastecidas com o gás boliviano, tra-balham com capacidade máxima e con-somem pouco mais da metade do com-bustível importado.

05 Um problema ainda não resolvido

da geração nuclear de eletricidade é adestinação dos rejeitos radiativos, o cha-mado "lixo atômico". Os rejeitos maisativos ficam por um período em pisci-nas de aço inoxidável nas próprias usi-nas antes de ser, como os demais rejei-tos, acondicionados em tambores quesão dispostos em áreas cercadas ou en-cerrados em depósitos subterrâneos se-cos, como antigas minas de sal. A com-plexidade do problema do lixo atômi-co, comparativamente a outros lixoscom substâncias tóxicas, se deve ao fa-to de

a) emitir radiações nocivas, por mi-lhares de anos, em um processo quenão tem como ser interrompido artifi-cialmente.

b) acumular-se em quantidades bemmaiores do que o lixo industrial conven-cional, faltando assim locais para reu-nir tanto material.

c) ser constituído de materiais or-gânicos que podem contaminar mui-tas espécies vivas, incluindo os própriosseres humanos.

d) exalar continuamente gases ve-nenosos, que tornariam o ar irrespirá-vel por milhares de anos.

e) emitir radiações e gases que po-dem destruir a camada de ozônio e agra-var o efeito estufa.

06 Assinale a alternativa que aponta,

corretamente, uma dificuldade para oaproveitamento dos rios da Bacia Ama-zônica, no que se refere à geração de ener-gia elétrica.

a) A baixa declividade ao longo deseus cursos, que, ao serem represados,causam grande impacto com o alaga-mento de grandes áreas f lorestadas.

b) A navegação, uma das principaisformas de deslocamento na região ama-zônica, é limitada em represas utiliza-das para geração de energia elétrica.

c) A economia da região amazôni-ca, baseada no extrativismo mineral,vegetal, na pecuária extensiva e ainda aausência de indústrias, não gera gran-de consumo de energia elétrica.

d) O clima Equatorial, predominan-te na região amazônica, apresenta umaestação seca no inverno, que reduz avazão dos rios e inviabiliza a produçãode energia elétrica.

e) As entidades ambientalistas in-ternacionais argumentam que as termoe-létricas, que utilizam carvão vegetal, cau-sam menos impactos ambientais à Flo-resta Amazônica do que as hidroelétri-cas.

07 O Brasil apresenta elevado potencial

hidrelétrico determinado pela interaçãoentre regime pluvial e relevo. Sobre asusinas hidrelétricas instaladas no terri-tório brasileiro, pode-se afirmar que

I. localizam-se em áreas com gran-de volume de águas f luviais, inf luen-ciado pelo clima e com predomínio derelevo do tipo planalto.

II. concentram-se em função da de-manda urbano-industrial, da viabilida-de econômica e das políticas públicasque definem o modelo energético.

III. ocasionam impactos que provo-cam a perda de solos agricultáveis e aremoção das populações ribeirinhas.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.b) I e II, apenas.c) I e III, apenas.d) II e III, apenas.e) I, II e III.

08 As crises de petróleo dos anos 70 le-

varam o Brasil a ampliar sua produçãointerna e a estimular a busca de fontesalternativas de energia, como o álcool,na tentativa de substituir parcialmenteo consumo do petróleo.

NÃO é conseqüência e/ou ref lexoambiental do uso do álcool como fon-te alternativa:

a) O álcool substitui a gasolina, masnão o óleo diesel, que é a base do trans-porte de carga e dos equipamentos agrí-colas no País.

b) A substituição de lavouras de pro-dução de alimentos pela monoculturacanavieira favoreceu a concentração dapropriedade da terra.

c) A utilização de queimadas noscanaviais facilita o corte, mas favorecea mineralização do solo, afetando a pro-dutividade.

d) As empresas usineiras, por inte-resse de proteção ambiental, impedem,como padrão de comportamento, queo vinhoto se torne agente de poluição.

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO