Assessoria Técnica Itinerante...2018/03/14  · - Família homoafetiva (Casais homoafetivos com ou...

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Secretaria Executiva de Assistência

Social

Assessoria Técnica Itinerante

Tema: Metodologias de Trabalho com Famílias

Metodologias de Trabalho com FamíliasExpositoras: Brígida Ariadne Ttaffarel e Raquel Uchôa

Profa. Raquel Uchôa

Professora do Departamento de Ciências Domésticas da UFRPE- DCD e do Programa de Pós Graduação Consumo Cotidiano e Desenvolvimento Social –PGCDS

Coordenadora do Observatório da Família

Conselheira Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional- CONSEA-PE

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO SUAS

FAMÍLIAS

Famílias trazem em si e fazem a

história

Com qual arranjo familiar você se identifica?

- Família extensa (onde várias gerações convivem)

- Família Nuclear com filhos (composta por mãe, pai e filho(s))

- Família Nuclear sem filhos (homem, mulher)

- Família monoparental (só a presença da mãe ou do pai com os filhos)

- Família homoafetiva (Casais homoafetivos com ou sem filhos)

- Família com mais de um núcleo afetivo (pais separados com novos

relacionamentos)

1. “O novo cenário tem remetido à discussão: o que é

família, uma vez que as três dimensões clássicas de

sua definição (sexualidade, procriação e convivência)

já não têm o mesmo grau de imbricamento que se

acreditava outrora”.

2. PNAS: “Um conjunto de pessoas que se acham

unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou, de

solidariedade”.

CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA E IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS/2004):

3. A família, independentemente dos formatos ou modelos

que assume, é mediadora das relações entre os sujeitos e a

coletividade (público e privado), bem como geradora de

modalidades comunitárias de vida.

4. Pressuposto de que para a família prevenir, proteger,

promover e incluir seus membros é necessário, em primeiro

lugar, garantir condições de sustentabilidade. Nesse

sentido, a formulação da política de Assistência Social é

pautada nas necessidades das famílias, seus membros e

dos indivíduos.

CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA E IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS/2004):

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

Ponto de partida: matricialidade sociofamiliar

“...centralidade da família como núcleo social fundamentalpara a efetividade de todas as ações e serviços da política deassistência social”

“...antídoto à fragmentação dos atendimentos, como sujeito à proteção de uma rede de serviços de suporte à família”.

“...Para realizar o trabalho social com as famílias é necessário focar todos os seus membros e TODAS suas demandas”

Atendimento Socioassistencial: Ação socioassistencial

voltada para a resolutividade das demandas dos usuários da

Assistência Social. Envolve vários procedimentos e

atividades da Política de Assistência Social.

Atendimento Técnico: É um procedimento de escuta e

identificação de demandas do usuário, viabilizando a

realização das intervenções pertinentes aos serviços da

Política de Assistência Social. Os atendimentos podem se

dar através de atividades e utilização de técnicas de caráter

formativo, informativo, lúdico e de socialização.

Os atendimentos podem ser de natureza:

-Pontual – atendimento que se encerra na resolução de

uma demanda específica dos indivíduos, famílias ou grupos,

com ou sem retorno;

- Processual – atendimento que se dá em um processo no

qual indivíduos, famílias ou grupos são acompanhados,

durante um período determinado, considerando suas

diferentes demandas.

(Ver ACOMPANHAMENTO)

Os atendimentos podem ser classificados em três

tipos:

-Atendimento individual: atendimento a um indivíduo;

-Atendimento familiar: atendimento a mais de um

membro do grupo familiar;

- Atendimento coletivo: atendimento realizado a um

grupo de indivíduos e/ou famílias.

Atividades: São as ações que operacionalizam e qualificam os procedimentos metodológicos.

Principais atividades:

• Grupo • Palestra • Oficina • Reunião

• Visita Domiciliar

• Contato Institucional

• Visita Institucional

• Abordagem

• Busca ativa.

Acompanhamento: Procedimento técnico realizado pelos

profissionais da Assistência Social, de caráter continuado,

por período de tempo determinado, no qual, via de regra,

faz-se necessário o estabelecimento de vínculos entre

usuários e profissionais. No processo de acompanhamento

podem ser realizadas várias atividades, procedimentos e

técnicas.

(VER ATIVIDADES; PROCEDIMENTO METODOLÓGICO)

Procedimento Metodológico: Conjunto lógico e

encadeado de rotinas, técnicas e atividades que compõem

a aplicação de métodos de organização e desenvolvimento

dos processos de trabalho.

Os principais procedimentos são:

• Atendimento

• Encaminhamento

• Supervisão

• Acompanhamento Técnico Metodológico

• Abrigamento

• Acolhimento

Construção de significados

Por que acompanhar?

O acompanhamento familiar pode ser encarado como um processo

que suscita reflexão. Qual é a sua finalidade?

A diferença entre o acompanhamento familiar e os atendimentos não é

apenas formal e terminológica, requer uma reflexão sobre

compromisso, responsabilidade, vínculo e presença. Requer um

posicionamento ético-político definido:

Ouvir e Escutar

Olhar e Enxergar

O que pode significar para a família ter um prontuário no

serviço ?

Evitar repetir a mesma história

Ter sua trajetória conhecida

Ter um documento que fortalece a identidade de política pública

onde antes a relação existente era de ajuda/favor

Reconhecimento do direito ao registro e possibilidade de

acesso

E estar em acompanhamento familiar?

1. Ter protegida sua privacidade, com ética profissional, desde

que não acarrete riscos a outras pessoas

2. Ter sua identidade e singularidade preservadas e sua história

de vida respeitada

3. Poder avaliar o serviço recebido, contando com espaço de

escuta para expressar sua opinião;

4. Ter acesso ao registro dos seus dados se assim desejar;

5. Ter acesso às deliberações das conferências municipais,

estaduais e nacionais de assistência social, entre outros.

Fonte: Brasil, Orientações Técnicas – CRAS (2009, p.14).

Vamos ver como isso se materializa no PRONTUÁRIO SUAS/PIA

INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO

- Instrumentos que organizam e qualificam informações necessáriasao trabalho social realizado com as famílias/indivíduos.

- Permite aos profissionais preservar todo o processo histórico derelacionamento da família com os serviços.

- As anotações são realizadas gradativamente, seguindo o fluxopróprio dos atendimentos no decorrer do processo ...

- o Prontuário é, sobretudo o registro do planejamento e evoluçãodo processo = nunca deve ser utilizado como um “questionário”

- Toda informação é fruto do processo natural de diálogo e deescuta qualificada que são próprios do trabalho social com asfamílias.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

Baseado em Fatos ReaisEstudos de caso: atender ou acompanhar?

Qual seria (ou quais seriam) as intervenções possíveis em cada um desses

casos?

Para qual situação caberia o acompanhamento?

Para qual caberia o atendimento?

Por quê?

Quais ações do PAIF poderiam ser aplicadas?

Quais seriam os prováveis entraves para o acompanhamento?

Entre outros...

Proteção Social entendida como ação preventiva e restaurativa

frente as situações de VULNERABILIDADE OU RISCO

Vulnerabilidade se expressa nas dimensões:

MATERIAL (objetiva/concreta) RELACIONAL (subjetiva / sociabilidade)

POBREZA E FALTA DE ACESSOS

expressa no território =

= Comprometido: alimentação,

moradia, vestuário

FRAGILIDADE VÍNCULOS

expressa nas relações

interpessoais

Sposati: O que dá identidade, o que especifica a política de assistência social são as SEGURANÇAS que ela objetiva

afiançar!

= Isolamento, discriminação, racismo,

machismo, violência relacional

A vulnerabilidade não é sinônimo de pobreza a pobreza éuma condição que agrava a vulnerabilidade vivenciada pelasfamílias

A vulnerabilidade não é um estado, uma condição dada masuma zona instável que as famílias podem atravessar, nelarecair ou nela permanecer ao longo de sua história

A vulnerabilidade é um fenômeno complexo e multifacetadonão se manifestando da mesma forma, o que exige umaanálise especializada para sua apreensão e respostasintersetoriais para seu enfrentamento

Desafio(s):

Consolidar a AssistênciaSocial como políticapública garantidora dedireitos aprimorandosuas ofertas de forma atorná-la mais condizentecom a realidade edemandas da populaçãobrasileira

Quem é a população brasileira?

Alto escalão: Secretários de Estado e Coordenadores de

Áreas

Médio escalão: Diretores de serviços e coordenadores

de projetos específicos

Burocracia do nível da rua: funcionários que atendem ao público diretamente (médicos, professores, policiais etc.)

O Fenômeno da Burocracia das Ruas no Brasil

Para a maioria dos cidadãos, suarelação com o Estado ocorreatravés desses agentes de Estado:o professor, o agente de saúde, omédico, a enfermeira, o técnico deenfermagem, o policial militar, etc.Esses servidores, em suasatividades, provêm serviçospúblicos, discriminam que tem ounão acesso a serviços e estipulamsanções aos cidadãos.

Sobre Sistemas

• “A concretização de um modelo de proteção social sofreforte influencia da territorialidade, pois ele só se instala, eopera, a partir de forças vivas e de ações com sujeitos reais.Ele não flui de fórmulas matemáticas, ou laboratóriais, masde um conjunto de relações e de forças em movimento”

Rumo....

Refletir sobre as bases para aorganização e operacionalizaçãodo SUAS enquanto SISTEMA, naperspectiva de institucionalizaçãoda Assistência Social como direitode cidadania, que se efetivaatravés de seguranças sociaistendo como fim a ampliação dascapacidades fundamentais para aconstituição de sujeitos políticos.

INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIA

ASPECTOS CONSTITUINTES DA AÇÃO

1º PASSO

DEFINIÇÃO DE METOLOGIAS, O QUE REQUER:

Identificação da realidade

Conhecimento da rede local - Vigilância Socioassistencial

Planejamento e organização das ações: Prontuário/PIA

Definição de prioridades / estratégias e metas

Organização das ações

Acompanhamento e redirecionamento permanentes:

Avaliação e monitoramento.

Método de trabalho com famílias

FAMÍLIA

ACOLHER A FAMÍLIA- Constatar, compreender, apreender suas demandas e dinâmicas nos territórios de

vivência em sua totalidade. Instrumentais e técnicas.

• Definição de técnico de referência;

• Busca ativa das famílias;

• Acolhimento às famílias no CRAS;

• Entrevista com a família;

• Prontuário

• Visitas domiciliares;

• Oficinas.

PAIF/PAEFI

Quem são as famílias?

Como elas vivem?

Como elas exercem a

proteção social?