Post on 21-Feb-2016
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Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Química Trabalho de Conclusão de Curso
“Isolamento, identificação e produção de etanol, utilizando uma levedura obtida do suco de caju”
Aluno: Emanuel Meneses Barros Orientadora: Profa Dra Luciana Rocha Barros Gonçalves Co-Orientadora: Profa Dra Maria Valderez Ponte Rocha
INTRODUÇÃO
ETANOL: JUSTIFICATIVAS
Problemas ambientais da
atualidade
Redução da emissão de carbono na atmosfera
Diminuição da dependência de
combustíveis fósseis
Investimento em fontes renováveis de energia
Brasil: Segundo maior produtor
mundial
Investimento da Petrobrás
INTRODUÇÃO
ETANOL: PROPRIEDADES E APLICAÇÕES
Combustível
Indústria Química
Elevado número de octanagem
Verde
Produzido a partir de matérias-primas
acessíveis
Utilizado puro ou misturado
a gasolina
Produção de eletricidade
INTRODUÇÃO
AGROINDÚSTRIA DO CAJU
Desempenha importante papel na economia do estado Do Ceará.
Somente 12% do pedúnculo total é processado
Abundância e baixo
custo(R$ 0,25/kg).
Rica composição
de nutrientes do pedúnculo
Benefício econômico -ambiental
Meio de cultura
ideal para produzir
etanol
INTRODUÇÃO
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
2C6H12O6 + H2O C2H5OH + CH3COOH + 2CO2 + 2C3H8O3
MONOSSACARÍDEO ÁLCOOL ÁC. ACÉTICO GLICERINA
FERMENTAÇÃO
OBJETIVOS
• Isolar uma levedura do suco de caju integral.
• Realizar a identificação molecular da levedura isolada do suco de caju, de forma a descobrir a qual gênero essa levedura está relacionada.
• Avaliar o efeito da temperatura na produção do etanol utilizando a levedura isolada do suco de caju
• Avaliar o efeito do pH na produção do etanol utilizando a levedura isolada do suco de caju
• Ajustar um modelo cinético aos processos fermentativos
MATERIAIS E MÉTODOS
ISOLAMENTO DA LEVEDURA PRESENTE NO SUCO DE CAJU
30 mL de suco
fermentado
120 mL de meio caldo
YEPD
30 °C, 150 rpm, durante 24 horas
Centrifugação a 6000 rpm por 10 minutos.
Precipitado
Placa petri com meio Ágar Sabouraud
Estufa bacteriológica à 30°C durante 48 horas.
MATERIAIS E MÉTODOS
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR
O procedimento de Identificação molecular foi realizado no Laboratório de Ecologia Microbiana e Biotecnologia pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará
MATERIAIS E MÉTODOS
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR
A cepa de levedura cresceu em meio complexo YEPD à 25 °C, durante 24 horas com agitação. 4 mL foram, então, centrifugados à 10000 rpm por 5 minutos e o pellet de células foi lavado com água. O DNA genômico foi obtido com extração usando reagente CTAB (brometo de cetiltrimetilamônio)
MATERIAIS E MÉTODOS
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR
O opéron de rRNA, abrangendo o gene de rRNA 5.8S e o acompanhamento interno dos espaçadores transcritos ITS1 e ITS2, foram amplificados por PCR usando o conjunto de primers ITS1 (5’-CTT GGT CAT TTA GAG GAA GTA A-3’) e ITS4 (5’-TCC TCC GCT TAT TGA TATGC-3’) As reações de amplificação foram realizadas num volume final de 25 uL contendo 50 ng de DNA genômico, 20 mM Tris-HCl, pH 8,4, 50 mM KCl, 3,0 mM MgCl2, 200 uM de cada dATP, dCTP, dGTP e dTTP, 20,0 pmoles de cada iniciador e 1,0 unidades de Taq DNA polimerase
MATERIAIS E MÉTODOS
ESTUDO DA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA ISOLADA DO SUCO DE CAJU
MATERIAIS E MÉTODOS
PREPARO DO INÓCULO
30 °C, 150 rpm, durante 24 horas
Solução turva
Centrifugação a 6000 rpm por 10 minutos.
Precipitado de massa celular
300 mL de meio YEPD esterilizado
6 alçadas
Obtenção de 5 g.L-1 de
massa celular
Células ativadas em meio YEPD com ágar
MATERIAIS E MÉTODOS
ESTUDO DO EFEITO DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Foi utilizado o meio de cultura sintético com os seguintes componentes:
Componente Concentração
Glicose (C6H12O6) 45g/L
Frutose (C6H12O6) 45g/L
Sulfato de amônio ((NH4)2SO4) 2,5g/L
Fosfato monobásico de potássio (KH2PO4)
0,5g/L
Sulfato de magnésio heptahidratado (MgSO4.7H2O)
0,65g/L
Sulfato de zinco (ZnSO4) 0,65g/L
O meio teve o pH ajustado para 4,5 ± 0,1 e foi autoclavado à 110°C durante 10 minutos.
FERMENTAÇÃO BATELADA
MATERIAIS E MÉTODOS
Ensaio de Produção de etanol utilizando 250 mL de meio de
cultura a 150 rpm e utilizando 5 g.L-1 de células
Estudo da Temperatura (28, 30,
32, 34, 36 e 38 °C
Determinação da
concentração celular
Separação das células
Análise do sobrenadante
CLAE: Análise da concentração de glicose, frutose e etanol.
Centrifugação a 6000 rpm por 10 minutos.
Densidade óptica a 660 nm.
MATERIAIS E MÉTODOS
ESTUDO DO EFEITO DA TEMPERATURA POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Após, foi escolhida a temperatura média do intervalo mais adequado ao processo e realizado um ensaio com o suco de caju na mesma temperatura e mesmo pH inicial. Com isso, foi realizada a comparação entre os parâmetros cinéticos da fermentação com o suco de caju e com o meio sintético.
FERMENTAÇÃO BATELADA
MATERIAIS E MÉTODOS
Ensaio de Produção de etanol utilizando 250 mL de meio de
cultura a 150 rpm e utilizando 5 g.L-1 de células
Comparação entre MS e o CAJ
Determinação da
concentração celular
Separação das células
Análise do sobrenadante
CLAE: Análise da concentração de glicose, frutose e etanol.
Centrifugação a 6000 rpm por 10 minutos.
Densidade óptica a 660 nm.
MATERIAIS E MÉTODOS
ESTUDO DO EFEITO DO pH POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU.
Foi utilizado o suco de caju integral como fonte de carbono
A temperatura utilizada em todos os ensaios foi a mais adequada resultante dos estudos anteriores do efeito da variação da temperatura utilizando a levedura iso- lada do suco de caju
MATERIAIS E MÉTODOS
ESTUDO DO EFEITO DO pH POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU.
• O suco de caju integral foi cedido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa CE. • O suco foi centrifugado a 10.000 rpm durante 15 minutos e a concentração inicial de açúcares redutores (glicose e frutose) foi ajustado para 90 g.L-1. • O meio teve seu pH ajustado para 4,5 ± 0,1 com HCl 1N, sendo posteriormente esterilizados em autoclave a 110°C por 10 min
• Foi utilizado o suco de caju integral como meio de cultura
FERMENTAÇÃO BATELADA
MATERIAIS E MÉTODOS
Ensaio de Produção de etanol utilizando 250 mL de meio de
cultura a 150 rpm e utilizando 5 g.L-1 de células
Estudo do pH (3,0, 4,5, 5,5 e 6,3)
Determinação da
concentração celular
Separação das células
Análise do sobrenadante
CLAE: Análise da concentração de glicose, frutose e etanol.
Centrifugação a 6000 rpm por 10 minutos.
Densidade óptica a 660 nm.
VELOCIDADES ESPECÍFICAS DE TRANSFORMAÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
X = Concentração de células (g/L) P = Concentração de etanol produzido (g/L) S = Concentração de substrato (A.R.T) (g/L)
Classificar o processo fermentativo
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DOS PROCESSOS FERMENTATIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Para descrever a cinética dos processos fermentativos, utilizou-se o modelo proposto por Monod:
Velocidade específica de crescimento celular é relacionada com a concentração de substrato limitante com ausência de inibição pela mesma.
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DOS PROCESSOS FERMENTATIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Assumindo o modelo de Monod, o balanço de massa do biorreator pode ser representado pelo seguinte sistema de equações diferenciais:
Balanço para células
Balanço para substrato
Balanço para produto
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DOS PROCESSOS FERMENTATIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente, os parâmetros cinéticos do modelo de Monod foram estimados pelo método não-linear de mínimos quadrados de Levenberg-Marquardt a partir de uma rotina de ajuste desenvolvida em FORTRAN versão 6.1.
Para resolver o sistema de equações diferenciais utilizou-se o método de Runge-Kutta-Gill de 4ª ordem.
Para avaliar a qualidade da predição do modelo de Monod aos dados experimentais foi utilizado o teste do desvio padrão residual (Residual Standard Desviation-RSD):
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DOS PROCESSOS FERMENTATIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Os valores de RSD são mais comumente encontrados na literatura como uma porcentagem da média dos valores experimentais (ӯ):
Para engenharia de bioprocessos, valores de RSD (%) abaixo de 10% podem ser considerados aceitáveis. Logo, o modelo pode ser utilizado para predizer a cinética fermentativa do processo.
PARÂMETROS DE TRANSFORMAÇÃO E RENDIMENTO
MATERIAIS E MÉTODOS
Conversões ou rendimentos da fermentação alcoólica
PARÂMETROS DE TRANSFORMAÇÃO E RENDIMENTO
MATERIAIS E MÉTODOS
• Porcentagem Volume de etanol por volume de solução:
• A produtividade volumétrica de etanol (QP, g.L-1.h-1):
• A eficiência da conversão de açúcar em etanol (η, %):
• O consumo de substrato (Ѳs, %):
(YP/S)teórico é igual a 0,511 g.g-1
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ISOLAMENTO DA LEVEDURA PRESENTE NO SUCO DE CAJU
30 mL de suco
fermentado
120 mL de meio caldo
YEPD
30 °C, 150 rpm, durante 24 horas
Centrifugação a 6000 rpm por 10 minutos.
Precipitado
Placa petri com meio Ágar Sabouraud
Estufa bacteriológica à 30°C durante 48 horas.
Solução se tornou
turva
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ISOLAMENTO DA LEVEDURA PRESENTE NO SUCO DE CAJU
RESULTADOS E DISCUSSÕES
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DA LEVEDURA ISOLADA DO SUCO DE CAJU
A sequência de 665 pb obtidos apresentaram 100% de identidade com Hanseniaspora opuntiae e estirpes Hanseniaspora uvarum sendo classificados como Hanseniaspora sp e depositados na base de dados NCBI com o número de acesso XXXXX.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
T = 28 °C
Tempo (h)
Co
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g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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Eta
no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
T = 30°C
Tempo (h)
Co
nc d
e c
élu
las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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e S
ub
stra
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Eta
no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
T = 32 °C
Tempo (h)
Co
nc d
e c
élu
las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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e S
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stra
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Eta
no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
T = 34 °C
Tempo (h)
Co
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las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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e S
ub
stra
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Eta
no
l (g.L
-1)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
T = 36 °C
Tempo (h)
Co
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e c
élu
las (
g.L
-1)
0
20
40
60
80
100
Co
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e S
ub
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Eta
no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
T = 38 °C
Tempo (h)
Co
nc d
e c
élu
las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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e S
ub
stra
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Eta
no
l (g.L
-1)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Visto que o modelo de Monod se adequou bem aos dados experimentais, como etapa seguinte calculou-se o desvio padrão residual (RSD) para que o modelo seja validado estatisticamente
Variável de
saída
RSD (%)
T = 28 °C T = 30 °C T = 32 °C T = 34°C T = 36°C T = 38 °C
X 4,9 5,3 2,2 4,1 4,0 3,4
P 2,8 3,0 6,0 4,0 6,3 4,3
S 7,7 3,2 4,6 5,7 7,4 3,6
Valores de RSD entre 2,2 e 7,7%. Segundo Cleran et al. (1991), na engenharia de bioprocessos os valores de RSD devem se encontrar abaixo de 10% para serem considerados aceitáveis.
MODELO DE MONOD PODE SER UTILIZADO PARA PREDIZER DADOS EXPERIMENTAIS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Parâmetros
Cinéticos
Temperatura
28ºC 30 °C 32 °C 34 °C 36 °C 38 °C
µmáx 0,050 ± 0,002 0,054 ± 0,003 0,064 ± 0,005 0,063 ± 0,001 0,069 ± 0,001 0,054 ± 0,000
YP/S (g.g-1) 0,44 ± 0,00 0,44 ± 0,02 0,44 ± 0,02 0,43 ± 0,00 0,45 ± 0,02 0,43 ± 0,01
YP/X (g.g-1) 11,88 ± 1,93 10,99 ± 0,19 11,19 ± 0,43 11,43 ± 0,12 10,87 ± 2,47 9,34 ± 0,75
YX/S (g.g-1) 0,033 ± 0,005 0,034 ± 0,005 0,038 ± 0,003 0,035 ± 0,003 0,038 ± 0,002 0,045 ± 0,005
Pmáx (g.L-1) 37,98 ± 0,89 37,14 ± 1,02 37,07 ± 0,37 36,92 ± 0,20 37,60 ± 0,52 32,40 ± 0,57
V/V (%) 4,81 ± 0,11 4,71 ± 0,13 4,69 ± 0,03 4,67 ± 0,12 4,80 ± 0,14 4,11 ± 0,08
QP (g.L-1.h-1) 2,37 ± 0,06 2,32 ± 0,06 2,31 ± 0,02 2,24 ± 0,12 2,35 ± 0,03 1,95 ± 0,13
ѲS (%) 99,53 ± 0,17 99,72 ± 0,00 97,77 ± 1,35 99,12 ± 0,43 98,57 ± 0,56 83,66 ± 1,76
η (%) 86,56 ± 0,79 86,59 ± 4,41 86,98 ± 3,69 84,15 ± 0,68 86,11 ± 1,20 84,92 ± 2,06
TESTE DE VARIÂNCIA ANOVA FOI REALIZADO NOS PARÂMETROS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
• 38 °C Diminuição da viabilidade celular Não está no intervalo operacional adequado.
• Caráter mesófilo das leveduras
• 28 a 36 °C intervalo operacional adequado
• Em seguida foi realizada a comparação entre uma fermentação no meio sintético e uma fermentação realizada utilizando o suco de caju como fonte de carbono. Para esse ensaio comparativo foi escolhida a temperatura de 32 °C
• 32 °C menor temperatura no intervalo operacional adequado com maior velocidade específica de crescimento celular e porque segundo Atala et al (2001), as fermentações alcoólicas industriais são realizadas mais comumente acima de 30 °C.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Parâmetros
Cinéticos
Meio de Cultivo
Sintético Suco
µmáx (h-1) 0,054 ± 0,003 0,010 ± 0,000
YP/S (g.g-1) 0,44 ± 0,02 0,48 ± 0,02
YP/X (g.g-1) 11,19 ± 0,43 9,16 ± 0,44
YX/S (g.g-1) 0,038 ± 0,003 0,061 ± 0,000
V/V (%) 4,69 ± 0,03 5,07 ± 0,19
QP (g.L-1.h-1) 2,31 ± 0,02 4,40 ± 0,72
ѲS (%) 97,77 ± 1,35 95,22 ± 0,16
η (%) 86,98 ± 3,69 95,96 ± 1,64
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Fermentação utilizando suco de caju como fonte de carbono foi mais eficiente e, de modo geral, apresentou parâmetros cinéticos mais adequados.
Rocha (2010): suco de caju apresenta uma composição mais rica que o meio sintético em nutrientes como, vitaminas, metais e aminoácidos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO pH NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
pH = 3,0
Tempo (h)
Co
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las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
pH = 4,5
Tempo (h)
Co
nc d
e c
élu
las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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e S
ub
stra
to e
Eta
no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
pH = 5,5
Tempo (h)
Co
nc d
e c
élu
las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
nc d
e S
ub
stra
to e
Eta
no
l (g.L
-1)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
pH = 6,3
Tempo (h)
Co
nc d
e c
élu
las (
g.L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Co
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e S
ub
stra
to e
Eta
no
l (g.L
-1)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO pH NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Visto que o modelo de Monod se adequou bem aos dados experimentais, como etapa seguinte calculou-se o desvio padrão residual (RSD) para que o modelo seja validado estatisticamente
Valores de RSD entre 2,7 e 6,8%. Segundo Cleran et al. (1991), na engenharia de bioprocessos os valores de RSD devem se encontrar abaixo de 10% para serem considerados aceitáveis.
MODELO DE MONOD PODE SER UTILIZADO PARA PREDIZER DADOS EXPERIMENTAIS
Variável de
saída
RSD (%)
pH = 3,0 pH = 4,5 pH = 5,5 pH = 6,3
X 2,7 4,9 5,9 4,2
P 3,1 4,0 6,8 3,3
S 4,7 4,9 5,1 5,2
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO pH NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
1
2
3
4
5
6
pH
Tempo (h)
• Variação do pH ao longo dos processos fermentativos:
CAPACIDADE TAMPONANTE DO SUCO DE CAJU EM pHs MAIS BAIXOS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO pH NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
• Classificação do processo fermentativo:
ETANOL: METABÓLITO PRIMÁRIO
0 2 4 6 8 10 12
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Ve
locid
ad
es e
sp
ecific
as
Tempo (h)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO pH NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
Parâmetros
Cinéticos
pH
3,0 4,5 5,5 6,3
µmáx (h-1) 0,104 ± 0,000 0,100 ± 0,000 0,106 ± 0,002 0,140 ± 0,001
Yp/s (g.g-1) 0,48 ± 0,02 0,48 ± 0,01 0,49 ± 0,01 0,48 ± 0,00
YP/X (g.g-1) 12,43 ± 0,25 9,16 ± 0,12 8,45 ± 0,15 6,06 ± 0,20
YX/S (g.g-1) 0,038 ± 0,007 0,061 ± 0,000 0,052 ± 0,009 0,069 ± 0,006
Pmáx (g.L-1) 43,26 ± 0,89 41,05 ± 1,10 42,10 ± 1,11 40,03 ± 0,59
V/V (%) 5,48 ± 0,11 5,07 ± 0,19 5,34 ± 0,14 5,20 ± 0,07
QP (g.L-1.h-1) 4,33± 0,09 4,10 ± 0,05 4,17 ± 0,11 4,10 ± 0,06
ѲS (%) 93,74 ± 1,74 86,32 ± 1,48 94,00 ± 0,82 93,80 ± 0,47
η (%) 94,83 ± 3,05 93,23 ± 3,64 95,89 ± 2,77 93,71 ± 1,21
TESTE DE VARIÂNCIA ANOVA FOI REALIZADO NOS PARÂMETROS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO pH NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR UMA LEVEDURA OBTIDA DO SUCO DE CAJU
• O intervalo adequado de pH é igual a 3,0 a 5,5
• As fermentações conduzidas em meios mais ácidos resultam em maiores rendimentos de etanol, devido à baixa produção de glicerol. Esta condição também auxilia no controle da infecção, pois reduz o crescimento de bactérias contaminantes (Martins, 2009).
• Se um pH inicial tiver de ser escolhido para o processo fermentativo, o pH igual a 3,0
CONCLUSÕES
• Uma levedura produtores de etanol foi isolada do suco de caju e identificada com pertencente ao gênero Hanseniaspora sp • O modelo de Monod se adequou aos dados experimentais demonstrando que não ocorreu inibição pelo substrato no processo fermentativo de produção de etanol. •O intervalo de temperatura adequado ao processo foi de 28 a 36 °C, sendo que para um processo isotérmico a temperatura de 32 °C é a mais adequada, e a partir de 38 °C foi verificada uma diminuição da viabilidade celular. •O intervalo de pH adequado ao processo foi de 3,0 a 4,5. Se um pH tiver de ser escolhido, esse é pH = 3,0.
AGRADECIMENTOS