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Centro Universitário do Triângulo Curso de Nutrição
Relatóriode Estágio
em Dietoterapia
Uberlândia 2008
Centro Universitário do Triângulo Curso de Nutrição
Relatóriode Estágio
em Dietoterapia
Relatório de Estágio apresentado à disciplina de Nutrição Clínica II,
desenvolvido no Centro Universitário do Triângulo - UNITRI, supervisionado
pela prof° Ana Cristina Tomaz de Araújo.
Uberlândia 2008
Sumário1-Introdução......................................................................................................
1.1- Insuficiência Renal Crônica .......................................................................
1.2- Definição..............................................................
1.3- Etiologia ........................................................................................
1.3- Grupos de Risco .........................................................................................
1.4- Fisiopatologia.............................................................................................
1.5- Sinais e sintomas.........................................................
1.6- Diagnóstico....................................................................... ..
1.7- Tratamento dietoterápico......................
1.8- Tratamento medicamentoso ...................................................................
2- Estudo de caso ..................................................................................
2.1- Dados gerais de identificação do paciente .......................................
2.2- Diagnóstico clínico ...........................................................................
2.3- Queixa principal e História da doença atual .....................................
2.4- Antecedentes clínicos .......................................................................
2.5- Hábitos gerais ...................................................................................
2.6- Histórico sócio-econômico ................................................................
2.7- Condições clínicas na data da internação ........................................
2.8- Exames solicitados ...........................................................................
2.9- Medicamentos prescritos ..................................................................
2.10- Prescrição médica da dieta ............................................................
2.11- Avaliação da situação nutricional ...................................................
2.12- Cálculo das necessidades nutricionais ...........................................
2.13- Prescrição dietética ........................................................................
2.14- Cálculo de cardápio ........................................................................
2.15- Orientações nutricionais .................................................................
2.16- Evolução dietoterápica ...................................................................
3- Relação de pacientes atendidos ......................................................
4- Folha de freqüência ...........................................................................
5- Conclusão .........................................................................................
6- Referência Bibliográfica ...................................................................
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1- Introdução
Os rins são órgãos de cor vermelho-escura. Têm a forma de grãos de feijão e medem cerca de 10cm de comprimento.Situam-se na cavidade abdominal, ao lado da coluna vertebral. Externamente, os rins são envolvidos por uma cápsula fibrosa. Internamente, cada rim contém cerca de 1 milhão de pequenos tubos chamados, néfrons. É no interior dos néfrons que a urina se forma.
Funções dos rins:
Eliminar substãncias tóxicas oriundas do metabolismo:como a uréia e creatinina.
Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro.
Regular o equilíbrio ácido-básico: mantendo constante o pH sanguíneo;
Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água do organismo;
Excreção de substâncias exógenas como por exemplo medicações e antibióticos;
Produção de hormônios: eritropoetina (estimula a produção de hemácias), renina (eleva a pressão arterial), calcitriol (vitamina D, atua no metabolismo ósseo e regula a concentração de cálcio e fósforo no organismo), cininas e prostaglandinas.
Degradação de hormônios: como insulina, glucagon e GH. Produção de urina para exercer suas funções excretórias.
Insuficiência Renal Crônica
1.1 Definição
É definida como uma síndrome recorrente da perda progressiva, irreversível e geralmente lenta das funções dos rins e consequente retenção de substâncias nitrogenadas no sangue.
1.2 Etiologia 7
Glomérulonefrite (crônica, aguda ou recorrente) Pielonefrite Necrose cortical renal Amiloidose Processos renais obstrutivos crônicos Hipoparatireoidismo Diabetes Mellitus Lúpus Eritromatoso Sistêmico Cálculos renais Doenças vasculares (doença isquêmica, hipertensão maligna,
nefrosclerose) Uso excessivo de analgésicos. Doenças hereditárias (ex: rins policísticos e síndrome de Alport)
Mesmo que as causas da IRC (Insuficiência renal crônica), sejam removidas, pode ocorrer progressão da doença. Isso porque os glomérulos remanescentes sofrem diversas alterações, inclusive hipertrofia, para compensar a redução da filtração glomerular 3.
1.3 Grupos de Risco
Portadores de diabetes mellitus: Diabéticos descompensados têm grandes chances de lesarem os capilares renais, por excesso de glicose no sangue.
Hipertensos: Por lesões nos capilares renais. Histórico familiar de doença renal crônica Crianças menores de 5 anos Indivíduos com infecções urinárias de repetição Indivíduos com doenças urológicas: Estas podem evoluir para
doenças ou lesões renais, o que leva a IRC. Gestantes Pessoas com enfermidades sistêmicas (como Lúpus eritromatoso
sitêmico): Devido a formação de imunocomplexos antígeno
anticorpo, que acabam se depositando nos glomérulos, levando à lesões nos mesmos.
1.4 Fisiopatologia
Lesões renais de causas variadas levam a um processo de perda progressiva e irreversível da função renal, ocorrendo uma diminuição dos números de néfrons, porém o organismo cria mecanismos adaptativos a fim de manter a homeostasia, promovendo hiperplasia renal, que é o aumento de tamanho dos néfrons remanescentes. A partir daí, ocorre um aumento nas taxas de filtração e perfusão do rim 7. Os glomérulos também sofrem adaptações, como hipertensão glomerular e perda da capacidade seletiva em restringir a passagem de macromoléculas pela urina, observando proteinúria nestes pacientes. Juntamente a isto ocorre o aumento de tamanho dos túbulos renais, e potencialização na capacidade reabsortiva dos mesmos, o que explica distúrbios quantitativos do equilíbrio de soluto e de água que provocarão edema, hipertensão e sobrecarga ventricular esquerda, hipernatremia, hiperpotassemia, acidose metabólica crônica, e retenção de produtos nitrogenados que causam a síndrome urêmica.Ocorre ainda alterações no metabolismo de PTN, CHO( hiperinsulinemia, hiperglucagonemia, hiperglicemia) e LIP( ocorre aumento da síntese hepática de triglicérides, devido a redução da acptação periférica, diminuição da ação da lípase lipoprotéica. Aumento do VLDL e diminuição do HDL, e ainda deficiência de crnitina 3).Os sintomas que caracterizam a doença renal aparecem quando atingidos os limites desse sistema de adaptação 7.
1.5 Sinais e sintomas 3
Hipertensão arterial sistêmica Uremia. Arritmia cardíaca. Sobrecarga de volume de fluidos Hiperfosfatemia Hipercalemia Cefaléia Dispnéia Edema dos membros inferiores e superiores Proteinúria Anorexia Náuseas Vômitos Dor abdominal Úlcera na cavidade oral Fadiga Anemia
1.6 Tratamento Dietoterápico 3
Conservador Hemodiálise CAPDProteínas TFG>60ml/min:
0,8g/kg/diaTFG<60ml/min:0,8g/kg/diaSíndrome nefrótica:TFG<60ml/min:0,8g/kg/dia + 1g p/ cada g de proteinúria(24h)
1,2g/kg/dia Manutenção:1,2 a 1,3g/kg/diaPeritonite: 1,4 a 1,6g/kg/dia
Calorias < 60anos:35kcal/kg/dia>60anos:30-35 kcal/kg/dia
<60anos:35 kcal/kg/dia>60anos:30-35 kacl/kg/dia
Desnutrição:30-35kcal/kg/diaManutenção:25-35kcal/kg/diaPerda de peso:20-25kcal/kg/dia
Carboidratos 55 a 60% do VCT(preferir complexos)
55 a 60% do VCT(preferir os complexos)
55 a 60% do VCT(incluindo o dialisato sendo 35%via oral)
Lipídeos 30-35% do VCTAG sat < 10% VCTAG mono 10 a 15% do VCTAG poli 10% VCT
25 a 35% do VCT
30 a 35% do VCT1:1:1
Líquidos Normalmente sem restrições
Diurese/24h + 500ml
Geralmente sem restrição
Minerais:SódioPotássioCálcioFósforoFerro
Zinco
1 a 3 g/dia1a3g/dia(se hipercalemia)1.000-1500mg/dia800mg/dia ou 10mg/kg/diaHomens: 10mg/diaMulheres: 15 a 18mg/dia12-15mg/dia
1 a 3g/dia1 a 3g/dia1.000a1.500mg/dia800 a 1.200mg/diaIndividualizado
12 a 15mg/dia
IndividualizadoIndividualizado1.000a1.500mg/dia1.000a1.200mg/diaIndividualizado
12 a 15mg/dia
Vitaminas:B1B2
1,5mg/dia1,8mg/dia
1,5 a 2mg/dia1,1 a 1,8mg/dia
1,5 a 2mg/dia1,1 a 1,8mg/dia
NiacinaAc PantotênicoPiridoxinaB12Ac FólicoVit CVit AVit DVit E Vit K
20mg/dia5mg/dia5 a 10mg/dia2,4 a 3μg/dia1mg/dia60mg/diaNão suplemenmtarIndividualizadoNão suplementarNão suplementar
20mg/dia5 a 10mg/dia10 a 50mg/dia2,4 a 3μg/dia1 a 5mg/dia60 a 100mg/diaNão suplemenmtarIndividualizadoNão suplementarNão suplementar
20mg/dia5 a 10mg/dia10 a 50mg/dia2,4 a 3μg/dia1 a 5mg/dia60 a 100mg/diaNão suplemenmtarIndividualizadoNão suplementarNão suplementar
Fibras 20 a 25g/dia 20 a 25g/dia 20 a 25g/dia
1.7 Tratamento medicamentoso
Inibidores de enzima conversora de angiotensina (IECA) Bloqueadores de receptores de angiotensina(BRAs) Diuréticos Diuréticos de alça Hipotensores como: prazozim, minoxidil, captopril e enalopril
Controle da HAS Controle glicêmico Diálise peritonial Hemodiálise
Pielonefrite
1.1 Definição
A pielonefrite é uma infecção do trato urinário ascendente, ou seja que atingiu a "pielo" (pelve) do rim.
1.2 Etiologia
Os agentes etiológicos, mais freqüentemente envolvidos com ITU, são em ordem de freqüência:
Escherichia coli, Staphylococcus saprophyticus Proteus Klebsiella Enterococcus faecalis
1.3 Grupos de Risco
Sexo feminino: Devido a própria anatomia da genitália feminina, onde a entrada do ureter fica próxima ao ânus, e ainda fica a 4 cm da bexiga.
Gravidez: Com a gravidez a urina da mulher se torna mais rica em nutrientes, o que favorece o crescimento bacteriano e acometimento de infecções nos rins.
Obstrução do trato urinário: Obstáculo ao fluxo de urina (tumores, estreitamentos, cálculos, próstata aumentada) leva a condições propícias de proliferação bacteriana e a distenção vesical (bexiga), reduz a capacidade bactericida da mucosa, levando a uma infecção renal.
Hiperplasia prostática: Os homens têm mais chance de ter pielonefrite se a próstata estiver aumentada, uma situação comum depois dos 50 anos de idade.
Infecção urinária (cistite) não tratada: Cistites não tratadas tem grandes chances de evoluírem para uma pielonefrite, já que o organismo causador da infecção encontr-se bem próximo aos rins.
Diabetes Mellitus: Quando comparados os indivíduos diabéticos com os não diabéticos do mesmo sexo e faixa etária, a freqüência de bacteriúria parece não ser maior, porém o indivíduo diabético possui atividade imunológica reduzida.
Idade e baixa imunidade: Ocasionalmente, a pielonefrite pode se tornar grave, tornando-se ameaçadora à vida, especialmente em pessoas mais velhas ou naqueles que têm um sistema imune comprometido.
Exames ou procedimentos: Que envolvam a inserção de instrumentos na bexiga (cistoscopia, sondagem vesical, etc.) aumentam o risco de infecções urinárias e pielonefrite
1.4 Fisiopatologia
Normalmente os ureteres não recebem urina de volta da bexiga, devido a mecânismos anti-refluxo. Contudo se estes mecanismos devido anomalias congenitas, inflamações ou algum tipo de obstrução do trato urinário não forem eficazes, o refluxo de urina pode transportar bactérias que infectem a bexiga ou a uretra para o rim, o que caracteriza o quadro de infecção ascendente resultando em pielonefrite.
1.5 Sinais e sintomas
Febre alta (39,4°C ou mais), Calafrios, Tremores: Devido a infecção instalada.
Dor mais abdominal súbita, intensa, ou mais concentrada nos flancos (parte de trás e de lado do abdome). Esta dor pode migrar do lado para abdome inferior, ou até a virilha. Uma pessoa pode experimentar episódios de dor intensa provocados pelos espasmos de um dos ureteres (cólica renal). Os espasmos podem ser causados pela infecção ou pela passagem de um cálculo renal
Urina turva: Devido a presença de pus na urina, devido ao processo infeccioso( piúria)
Hematúria: Pela presença de sangue, causada por cálculo e/ou pelo próprio processo inflamatório.
Cheiro extraordinariamente "forte" ou até podre na urina: um odor amoniacal, que está presente quando existem bactérias capazes de transformar nitrato em nitrito, tais como Citrobacter spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Morganella morganii, entre outros 4.
Polaciúria: Necessidade de urinar mais freqüentemente que o normal. Algúria (incômodo) ou Disúria (dor) durante a micção: devido a
infecção das vias urinárias
1.6Diagnóstico
O diagnóstico é feito com a coleta da urina (jato médio) a fim de se realizar urocultura - cultura de bactérias na urina. Contagem de germes superiores a 100 mil bactérias por mililitro é considerada infecção urinária. Nesse mesmo exame vários antibióticos são testados com a finalidade de orientar o médico na escolha do melhor tratamento
1.7 Tratamento Dietoterápico
A pielonefrite não necessita de um tratamento dietético específico. Logo a dietoterapia segue para indivíduos normais, exceto na presença de outras patologias.
Normocalórica: 20-30kcal/kg Normoglicídica: 50-60% do VCT
Normoprotéica: 0,8-1,2g/kg
Normolipídica: 25-30% do VCT
Líquidos: exceto quando contra indicados (ex: na presença de edemas), os líquidos são recomendados, beber água evita o crescimento de bactérias causadoras de infecção, “lavando” constantemente as vias urinárias. Beber vários copos de água por dia também ajuda a prevenir os cálculos renais que podem aumentar o risco de pielonefrite.
1.8 Tratamento medicamentoso
Antibióticos como Sulfametoxazol-trimetoprim, Norfloxacin , Ciprofloxacin,Levofloxacin, etc
Analgésicos, para alívio de dores e diminuição da temperatura corporal.
A correção cirúrgica das malformações ou fatores predisponentes (por exemplo, um cálculo urinário) pode ser necessária para completar o tratamento.
2 - Estudo de caso
2.1 Dados gerais de identificação do paciente
Nome: Idiocreciano Rosa
Sexo: masculino
Leito: 19
N° do prontuário:
Data de internação: 09/03/2009
Data de nascimento: 12/11/1923
Médico responsável: Dr. Ricardo Luiz Diniz
2.2 Diagnóstico clínico
Insuficiência Renal Crônica
Pielonefrite
2.3 Queixa principal e história da doença atual
Paciente relata náuseas, vômitos, tosse e dor ao urinar.
2.4 Antecedentes clínicos:
Relata ter o diagnóstico de insuficiência renal crônica há 2 anos, e pela primeira vez
apresentar pielonefrite.
2.5 Hábitos gerais:
Paciente nega a prática de qualquer tipo de atividade física. Relata que em casa se
alimenta apenas 2 vezes ao dia, sendo este almoço e jantar. Nega tabagismo e
alcoolismo.
2.6 Histórico sócio-econômico:
Aposentado, tem 5 filhos, mora com a esposa, a qual também não trabalha. Recebe em
torno de 2 salários mínimos por mês.
2.7 Condições clínicas na data de internação
Mal estar há 7 dias, dor na região lombar e ausência de edemas.
2.8 Exames solicitados
Data Valor Ref. 5 09/03 11/03 13/03
Leucócitos(mil/mm3) 4 - 11 7.100 6.500 7.700
Linfócitos(% mm3) 20 - 50 1.633 1.820 3.003
Bastonetes(mm3) Até 840 142 195 202
Segmentados(mm3) 1.700 - 8.000 4.402 3.640 3.773
Ht(%) 40 - 50 37 36,5 41
Hb(g/dl) 13,5 - 18 11,9 11,8 13,1
P(mg/dl) 2,4 - 4,6 - - 2,7
Na(mEq/l) 137 - 145 141 143 -
K(mEq) 3,6 - 5 4,1 4,0 -
Glicemia(mg/dl)
Jejum
75 - 110 - - 73
Uréia(mg/dl) 10 - 45 92 48 66
Creatinina(mg/dl) 0,8 – 1,2 3,3 2,4 2,6
TGO(U/I) Até 38 U/L - - 24
TGP(U/I) Até 41 U/L - - 37
Ac. Úrico(mg/dl) 0,34-7,0 - - 6,3
Plaquetas(mil/mm3) 150 - 450 172 165 132
Neutrófilos(mil/mm3) 1.800 - 8000 3.912 3.835 3.850
Hemácias(mil/mm3) 4,32 - 5,5 4,53 4,25 4,22
Cálcio(mg/dl) 9 - 11 9,2 - -
Interpretação dos resultados dos exames
- Uréia: Está aumentada devido ao quadro de Insuficiência Renal Crônica. Porém não é um bom marcador, pois reflete a proteína ingerida pelo paciente.
- Creatinina: Bom marcador da função renal, pois sofre menos influência da dieta do que a uréia, já que se deriva do catabolismo da massa muscular. Neste caso encontra-se aumentada devido ao quadro de IRC.
- Hemácias: A quantidade de hemácias veio diminuindo ao longo da internação, confirmando o estado de anemia presente no paciente.
-Ht e Hb: Encontram-se abaixo dos valores de referência, devido ao quadro de anemia presente no paciente.
2.9- Medicamentos prescritos( Alterações gastrintestinais )
Medicamentos Alterações do TGI 5
Rocefin(antibiótico) Uso a longo prazo leva ao aparecimento de candidíase oral, inflamação da mucosa bucal e língua, diarréia e colite pseudomembranosa.
Losec(antiúlcera, anti-secretório, anti- Diminui secreção de ácido gástrico,
DRGE) aumenta ph, Gástrico, náuseas, dor abdominal, diarréia.
Heparina(anticoagulante) Dor abdominal, sangramento gastintestinal, obstipação, fezes escuras.
Sustrate(vasodilatador) Altas doses podem causar vômitos.Digesan(regulador da atividade gastoduodenal)
Nenhuma alteração
2.10- Prescrição médica da dieta
Dieta livre para IRC + líquidos VO.
2.11- Avaliação da situação nutricionalAnamnese alimentar: Paciente relata realizar apenas 3 refeições diárias (café
da manhã 07:00,almoço11:30hs e jantar18:00hs), nas quais come bastante, exceto no café da manhã, que relata beber somente 1 copo de leite com 2 colheres de sopa de achocolatado e bastante açúcar, e entre elas bebe café simples com açúcar . Tem aversão a abacaxi, e molhos de verduras em geral.
Sua esposa prepara as refeições e utiliza óleo vegetal, porém a carne é prepara com banha. Diz gostar bastante de refrigerantes,doces(relata comer todos os dias algum tipo d edoce), leite com achocolatado e carnes em geral. Relata ter dificuldade para mastigar, já que lhe falta dentição e também não faz uso de prótese dentária.
Dados antropométricos:
Altura: 1,70mPeso atual: 60KgIMC: 20,7Kg/m² → Magreza (segundo IMC para idosos)TFG: 13,8ml/min
Peso ideal: 66 Kg% peso ideal: 90,3% → Normal
Peso usual: 70 Kg% peso usual: 85,7% → Desnutrição leve
Tempo e % perda de peso:14,2% em 3 meses→ Perda de peso grave
Prega cutânea triciptal: 12 mm P50 - P75CB: 25 cm. P5 - P10CMB: 212mm < P5AMB: 3.579mm < P5
Conclusão do estado nutricional
Paciente encontra-se desnutrido e com quadro de anemia segundo exames bioquímicos.
2.12- Cálculo das necessidades nutricionais
Harris Benedict(1919)GER: 66,5 + [13,7 x 66] + [5,0 x 170] - [6,8 x 85]GER: 66,5 + 904,2 + 850 - 578GER: 970,7 + 850 - 578GER: 1.242 Kcal/dia
GET: 1.242 x 1,2 x 1,3GET: 1.940 Kcal/dia + 400 KcalGET: 2.340 Kcal/dia ou35 Kcal/kg = 2.310Kcal/dia
Justificativas:-Peso: Foi utilizado o peso ideal para os cálculos das necessidades nutricionais do paciente já
-Fator de injúria: na literatura não existe uma referência em caso de IRC, logo foi levado em consideração de que se trata de uma doença com alterações metabólicas importantes, o que justifica um F.I. alto.
PTN: 2340 x 10% = 234 ÷ 4 = 58,5g ÷ 66kg = 0,8g/ptn/kg50% PAVB
CHO: 2340 x 60% = 1404 ÷ 4 = 351g
LIP: 2340 x 30% = 702 ÷ 9 = 78g
AGS: <7% do VCT = < 18,2 g. AGP: de 10 - 15% do VCT = até 39g.
AGM: até 20% do VCT = até 52 g
2.13- Prescrição dietoterápica
Dieta hipossódica, com 2.340 calorias, sendo 10% de proteínas (58,5g);60% de carboidratos; (351g); 30% de lipídeos(78g) respeitando perfil lipídico; Ferro 18 mg; Cálcio 1.000-1.500mg; Sódio 3g; Potássio 3g; Fósforo 800mg; Zinco 12-15mg; vitamina C 90mg; Vitamina A 700μg; Vitamina E 15mg; Vitamina D 15μg; Vitamina B6 1,7mg; Vitamina B12 2,4μg;
Ácido fólico 400μg; Fibras 20-25g.
Justificativas:-PTN:10%(58,5g) Quantidade de proteína dentro dos padrões de referência para tratamento conservador de IRC.-CHO: 60%(351g) Dentro dos padrões de referência, dando-se preferência aos complexos(afim de evitar ou amenizar alterações no metabolismo de carboidratos).-LIP: 30% (78g) Quantidade dentro dos padrões de referência, sempre respeitando perfil lipídico(afim de evitar dislipidemias e doenças cardiovasculares).
-Ferro: (18g) Mineral essencial para a recuperação da anemia, presente neste paciente, já que o mesmo exerce funções como elemento estrutural do grupo heme na hemoglobina 2.
-Cálcio: (1000-1500mg) Além de exercer suas funções na formação óssea e contração muscular 2 este mineral é importante para pacientes com IRC, pois um aporte adequado do cálcio visa a homeostase do mesmo e o impede o a osteodistrofia renal e o hiperparatireoidismo secundário 7.
-Sódio: (3g) Quantidade de sódio recomendada para pacientes com IRC, afim de evitar expanção do volume extracelular o que acarretaria hipertensão arterial e ICC.
-Potássio: (3g) A restrição de potássio é interessante já que estes pacientes apresentam hipercalemia.
-Fósforo: (800mg) Importante como constituinte de ATP, absorção e transporte de nutrientes, regulação da atividade protéica e no balanço ácido básico, deve ser monitorado, pois em fases mais avançadas da IRC, pacientes podem apresentar hiperfosfatemia.
-Zinco: (12-15mg) Age como co-fator de centenas de enzimas no organismo, ainda tem função imunológica e ajuda na melhora do apetite, pode estar reduzido em pacientes com IRC.
-Vitamina C: (90mg) Vitamina essencial para o sistema imunológico, importante para aumentar a absorção de ferro( já que reduz o íon férrico a ferroso 2) e ainda age com potente antioxidante.
-Vitamina E: (15mg) Tem função antioxidante, e age com anti-coagulante .
-Vitamina A: (700μg) Importante para o sistema imunológico e para a visão2. Deve ser monitorada na IRC, afim de não se ultrapassar os valores da UL, já que nestes pacientes o excesso da mesma pode causar toxicidade.
-Vitamina B6: (1,7mg) Age como precursor do grupo heme na hemoglobina 2, e importante também como co-fator enzimático para a redução da homocisteína em cistina, combatendo a hiperhomocisteínemia(fator de risco para DCV).
-Vitamina B12: (2,4 μg) Importante para o funcionamento normal de todas a s células, especialmente para as do TGI, medula óssea e tecido nervoso 2, importante também como co-fator enzimático para a redução da homocisteína em cistina, combatendo a hiperhomocisteínemia(fator de risco para DCV).
-Ácido fólico: (400μg) Essencial na formação de hemácias e leucócitos na medula óssea 2(importante neste paciente já que o mesmo apresenta anemia e pielonefrite), e ainda importante na refosforilação da homocisteína, combatendo a hiperhomocisteínemia(fator de risco para DCV).
-Vitamina D: (15 μg) Importante para prevenir a osteodistrofia renal 7 neste paciente, já que a mesma auxilia na absorção e fixação do cálcio no organismo.
-Fibras: (20-25g) Quantidade de fibras segundo valores de referência3.
Nutrientes que devem ser monitorados pela interação droga-nutriente:
-Sódio-Ferro-Vitamina B12
-Vitamina D-Potássio-Magnésio-Cálcio
Nutrientes que devem ser monitorados segundo a patologia:
-Sódio-Ferro-Cálcio-Potássio-Fósforo-Zinco-Vitamina A-Vitamina C-Vitamina D-Vitamina B6
-Vitamina B12
- Ácido fólico
2.14- Cardápio
Dia Alimentar
▪ Café da manhã (07:00hs)Pão francês RequeijãoLeite desnatadoNutren activeMamão formosa
▪ Lanche da manhã (10:00hs)Abacate
▪Almoço (12:00hs)AcelgaChicóriaTomateCenoura cozidaBeterraba cozidaFrango assado(coxa)Azeite extra virgem (para salada)Purê de batataArrozFeijãoBanana assada c/ canela
▪Lanche (15:30hs)Suco de Maracujá c/ açúcarPão de forma aveiaQueijo minas frescal light
▪Jantar (19:00hs)AcelgaChicóriaTomateCenoura cozidaBeterraba cozidaCarne bovina moídaAzeite (para salada)Purê de batataArrozFeijãoGoiabada ▪Ceia (22:00hs)
Iogurte natural desnatadoMel
Lista de medidas caseiras e substituição
Café da manhãAlimento Medida caseira SubstituiçãoPão francês 1 unidade com miolo 50g -Biscoito de polvilho: 12
unidades(tipo rosca).-Bisnaguinha: 2 unidades -Bolacha Água e Sal: 6 unidades- Bolacha Amanteigado: 6 unidades - Bolacha Club Social: 1 pacote- Bolacha Coco: 5 unidades - Bolacha Cream Craker: 6 unidades- Bolacha Maçã e Canela: 6 unidades - Bolacha Maisena: 6 unidades - Bolo Branco Simples:1 fatia pequena- Bolo de cenoura: 1 fatia pequena - Bolo de chocolate s/ cobertura: 1 fatia pequena- Bolo de Fubá: 1 fatia pequena - Cereal Matinal Corn Flakes: 1 ½ xícara de chá - Pão de Batata: 1 unidade média - Pão de forma integral: 2 fatias- Pão de Queijo: 1 unidade média - Torrada Caseira: 7 unidades- Torrada Industrializada: 5 unidades-Pão de forma tradicional: 2 fatias-Pão de batata: 1 unidade
médiaRequeijão 1 colher (sopa) rasa 15g - Geléia de fruta: 1 colher
de (sobremesa) rasa- Manteiga light: 1 colher de chá rasa- Mel: 1 colher de chá- Mussarela: ½ fatia média (10 g)- Queijo minas frescal: ½ fatia pequena 10g- Queijo prato: ½ fatia pequena 5g.- Ricota: ½ fatia pequena 15g
Leite desnatado 1 copo (americano) nivelado 200ml
- Coalhada: ½ pote (100 g)- Iogurte desnatado: 1 unidade de 200g- Iogurte natural: 1 pote (200 g)- Mussarela: 1 fatia média (20 g)- Queijo minas frescal: 1 fatia grande (40 g) - Queijo prato: 2 fatias médias 30 g.- Ricota: 1 fatia grande 50g- YakultR: ½ unidade- DanoninhoR: 2 unidades pequenas
Nutren active 1 colher (sopa) 15g Sustage: 1 colher sopaMamão formosa 1 fatia média 170g - Laranja 1 unidade
pequena - Banana prata: 1 unidade média- Caju: 1 unidade média- Caqui: ½ unidade média- Goiaba: ½ unidade pequena- Jabuticaba: 1 copo pequeno cheio- Kiwi: 1 unidade média- Maçã: 1 unidade pequena- Mamão: 1 fatia pequena-Manga: 1 unidade pequena- Melancia: 1 fatia média- Melão: 2 fatias médias- Mexerica: 1 unidade pequena
- Morango: 5 unidades grandes- Nectarina: 2 unidades pequenas- Pêra: 1 unidade pequena- Pêssego: 1 unidade grande- Uva: 5 unidades grandesObs: Ingerir uma fruta ou suco
LancheAlimento Medida caseira Substituição
Abacate 2 colheres (sopa) picado 90g
- Laranja 1 unidade pequena - Banana prata: 1 unidade média- Caju: 1 unidade média- Caqui: ½ unidade média- Goiaba: ½ unidade pequena- Jabuticaba: 1 copo pequeno cheio- Kiwi: 1 unidade média- Maçã: 1 unidade pequena- Mamão: 1 fatia pequena-Manga: 1 unidade pequena- Melancia: 1 fatia média- Melão: 2 fatias médias- Mexerica: 1 unidade pequena- Morango: 5 unidades grandes- Nectarina: 2 unidades pequenas- Pêra: 1 unidade pequena- Pêssego: 1 unidade grande- Uva: 5 unidades grandes
Obs: Ingerir uma fruta ou suco
AlmoçoAlimento Medidacaseira Substituição
Acelga 1 prato (sobremesa) ch
30g
Alface/Almeirão/Aspargo/ Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/
Repolho roxo/Repolho verde/AgriãoChicória 1 prato Alface/Almeirão/Aspargo/
(sobremesa) ch 30g
Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Tomate 3 rodelas pequenas 30g
Palmito/Pepino/Rabanete/Pimentão/Beterraba crua/Cenoura crua/Jiló cru/Nabo
Cenoura cozida 2 colheres (sopa) ch 40g
Abóbora cabotiá/Abobrinha verde/Berinjela/Beterraba
cozida/Chuchu/Couve-flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Beterraba cozida 2 colheres (sopa) ch 40g
Abóbora cabotiá/Abobrinha verde/Berinjela/Cenoura
cozida/Chuchu/Couve-flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Coxa de frango assada
1 unidade pequena 30g
- Almôndega bovina: 1 unidade média- Bacalhau cozido: 1 colher de sopa ch desfiado- Carne bovina ensopada: 1 pedaço médio- Carne bovina moída: 2 colheres de sopa rasa- Carne seca: 1 colher de sopa cheia picada- Costela bovina assada: ½ pedaço médio-Costela suína assada: 1 pedaço médio- Coxa de frango ensopada: 1 unidade pequena- Fígado de galinha cozido: 2 unidades pequenas- Peixe cozido picado: 2 colheres de sopa ch- Isca de carne de porco: 1 colher de sopa cheia- Isca de fígado: 1 colher de sopa ch- Lingüiça picada assada: 3 colheres de sopa cheias- Lombo de porco assado: 1 fatia pequena- Ovo de codorna: 6 unidades - Ovo de galinha mexido: 4 colheres de sopa cheias- Quibe mini assado: 3 unidades pequenas- Sobrecoxa de frango assada: 1 unidade pequena
Purê de batata 1 colher (sopa) ch 45g
-Batata inglesa: 2 colheres de sopa ch-Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 2 colheres de sopa ch-Farinha de mandioca/milho/rosca: 1 colher sopa ch-Macarronada/Inhoque: 1 colher de servir ch-Milho: 2 colheres sopa ch-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 1 colher de sopa ch
Arroz 1 escumadeira média ch 85g
-Batata inglesa: 3 colheres de sopa ch-Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 5 colheres de sopa ch-Farinha de mandioca/milho/rosca: 3 colher sopa ch-Macarronada/Inhoque: 3 colheres de servir ch-Milho: 5 colheres sopa ch
-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 3 colheres de sopa ch-Lasanha: 1 pedaço pequeno-Macarrão alho e óleo: 1 escumadeira média rasa
Feijão 1 concha média rasa 80g
-Ervilha cozida: 1 colher de servir ch-Ervilha enlatada: 2 colheres de servir ch-Grão de bico: 1 colher de servir ch-Lentilha cozida: 2 colheres de servir ch-Feijão branco: 1 concha pequena rasa-Feijão tropeiro: 1 concha pequena ch-Tutu de feijão: 1 concha pequena ch
Banana prata 1 unidade média 40g
- Abacate: 2 colheres sopa ch- Laranja 1 unidade pequena - Caju: 1 unidade média- Caqui: ½ unidade média- Goiaba: ½ unidade pequena- Jabuticaba: 1 copo pequeno cheio- Kiwi: 1 unidade média- Maçã: 1 unidade pequena- Mamão: 1 fatia pequena-Manga: 1 unidade pequena- Melancia: 1 fatia média- Melão: 2 fatias médias- Mexerica: 1 unidade pequena- Morango: 5 unidades grandes- Nectarina: 2 unidades pequenas- Pêra: 1 unidade pequena- Pêssego: 1 unidade grande- Uva: 5 unidades grandesObs: Ingerir uma fruta ou suco
Canela 2 colheres (café) ch 4g
Sem substituição
Azeite extra virgem 1 colher (sopa) ch 8ml
Sem substituição
Sal 1g - 1 tampa de caneta BIC
Sem substituição
Lanche da tardeAlimento Medidacaseira Substituição
Suco de maracujá 1 copo (americano) nivelado 200ml
- Abacate: 2 colheres sopa ch- Laranja 1 unidade pequena - Banana prata: 1 unidade média- Caju: 1 unidade média
- Caqui: ½ unidade média- Goiaba: ½ unidade pequena- Jabuticaba: 1 copo pequeno cheio- Kiwi: 1 unidade média- Maçã: 1 unidade pequena- Mamão: 1 fatia pequena-Manga: 1 unidade pequena- Melancia: 1 fatia média- Melão: 2 fatias médias- Mexerica: 1 unidade pequena- Morango: 5 unidades grandes- Nectarina: 2 unidades pequenas- Pêra: 1 unidade pequena- Pêssego: 1 unidade grande- Uva: 5 unidades grandesObs: Ingerir uma fruta ou
sucoPão de forma aveia 2 fatias 50g -Pão francês: 1 unidade
com miolo-Biscoito de polvilho: 12 unidades (tipo rosca).-Bisnaguinha: 2 unidades -Bolacha Água e Sal: 6 unidades- Bolacha Amanteigado: 6 unidades - Bolacha Club Social: 1 pacote- Bolacha Coco: 5 unidades - Bolacha Cream Craker: 6 unidades- Bolacha Maçã e Canela: 6 unidades - Bolacha Maisena: 6 unidades - Bolo Branco Simples:1 fatia pequena- Bolo de cenoura: 1 fatia pequena - Bolo de chocolate s/ cobertura: 1 fatia pequena
- Bolo de Fubá: 1 fatia pequena - Cereal Matinal Corn Flakes: 1 ½ xícara de chá - Pão de Batata: 1 unidade média - Pão de forma integral: 2 fatias- Pão de Queijo: 1 unidade média - Torrada Caseira: 7 unidades- Torrada Industrializada: 5 unidades-Pão de batata: 1 unidade
médiaQueijo minas frescal light 1 fatia pequena 20g - Geléia de fruta: 1 colher
de (sobremesa) rasa- Manteiga light: 1 colher de chá rasa- Mel: 1 colher de chá-Mussarela: ½ fatia média (10 g)- Queijo prato: 1 fatia média 15g- Ricota: 1 fatia pequena
10g- Requeijão: 2 colheres de
sopa rasa
JantarAlimento Medidacaseira Substituição
Acelga 1 prato (sobremesa) ch 30g
Alface/Almeirão/Aspargo/ Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Chicória 1 prato (sobremesa) ch 30g
Alface/Almeirão/Aspargo/ Chicória/Couve/Espinafre/Rúcula/Mostarda/Repolho roxo/Repolho verde/Agrião
Tomate 3 rodelas pequenas 30g
Palmito/Pepino/Rabanete/Pimentão/Beterraba crua/Cenoura crua/Jiló cru/Nabo
Cenoura cozida 2 colheres (sopa) ch 40g
Abóbora cabotiá/Abobrinha verde/Berinjela/Beterraba cozida/Chuchu/Couve-flor/Vagem/Guariroba/Jiló cozido/Quiabo
Beterraba cozida 2 colheres (sopa) ch 40g
Abóbora cabotiá/Abobrinha verde/Berinjela/Cenoura cozida/Chuchu/Couve-flor/Vagem/Guariroba/Ji
ló cozido/QuiaboCarne moída 1 colher (sopa)
ch 25g- Almôndega bovina: 1 unidade pequena- Bacalhau cozido: 1 colher de sopa rasa desfiado- Carne bovina ensopada: 1 pedaço pequeno- Carne seca: 1 colher de sopa rasa picada- Costela bovina assada: ½ pedaço pequeno- Costela suína assada: 1 pedaço pequeno- Coxa de frango assada ou ensopada: 1 unidade pequena- Fígado de galinha cozido: 1 unidade pequena- Peixe cozido picado: 1 colher de sopa ch- Isca de carne de porco: 1 colher de sopa rasa- Isca de fígado: 1 colher de sopa rasa- Lingüiça picada assada: 2 colheres de sopa cheias- Lombo de porco assado: ½ fatia pequena- Ovo de codorna: 4 unidades - Ovo de galinha mexido: 1 colher de servir ch - Quibe mini assado: 2 unidades pequenas
Purê de batata 1 colher (sopa) ch 45g
-Batata inglesa: 2 colheres de sopa ch-Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 2 colheres de sopa ch-Farinha de mandioca/milho/rosca: 1 colher sopa ch-Macarronada/Inhoque: 1 colher de servir ch-Milho: 2 colheres sopa ch-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 1 colher de sopa ch
Arroz 1 escumadeira média ch 85g
-Batata inglesa: 3 colheres de sopa ch-Cará/Inhame/mandioca cozida/batata doce: 5 colheres de sopa ch-Farinha de mandioca/milho/rosca: 3 colheres sopa ch-Macarronada/Inhoque: 3 colheres de servir ch-Milho: 5 colheres sopa ch-Purê de abóbora/Angu/Polenta: 3 colheres de sopa ch-Lasanha: 1 pedaço pequeno-Macarrão alho e óleo: 1 escumadeira média rasa
Feijão 1 concha média rasa 80g
-Ervilha cozida: 1 colher de servir ch-Ervilha enlatada: 2 colheres de servir ch-Grão de bico: 1 colher de servir ch-Lentilha cozida: 2 colheres de servir ch-Feijão branco: 1 concha pequena rasa-Feijão tropeiro: 1 concha pequena ch-Tutu de feijão: 1 concha pequena ch
Goiabada 1 fatia média - Doce de abóbora: 2 colheres de sobremesa
rasa- Doce de mamão: 2 colheres de sopa ch-Doce de leite: 2 colheres d esobremesa rasa-Cocada: 1 unidade grande- Doce de nozes: 1 colher de sob chObs: Tente não consumir doces todos os dias.
Azeite 1 colher (sopa) ch 8ml
Sem substituição
Sal 1g - 1 tampa de caneta BIC
Sem substituição
1
Ceia
Alimento Medida caseira Substituição
Iogurte natural 1 pote 120g - Coalhada: ½ pote (100 g)- Iogurte desnatado: 1 unidade de 120g- Mussarela: 1 fatia pequena 15g- Queijo minas frescal: 1 fatia média 30 g- Queijo prato: 1 fatia grande 20g- Ricota: 1 fatia média 35g- DanoninhoR: 1 unidade pequena
Mel 2 colheres de (sopa) ch 30g - Açúcar cristal: 2 colheres
(sobremesa) ch
- Açúcar mascavo: 2
colheres (sobremesa) ch
Prescrição de ZincoPara: Idiocreciano RosaSuplemento de zinco: suplemento mineral de zinco vital natus - 60 comprimidos com 65,21mgTomar 1/
3 do comprimido ao dia no horário do almoço
Prescrição de vitamina DPara: Idiocreciano RosaSuplemento de vitamina D: Sigmatriol - 30 cápsulas com 0,25mcgTomar 1 cápsula ao dia no horário do café da manhã
Percentual de macronutrientes:
Nutriente Gramas Calorias % atingido
Carboidratos 338,36 1.353,4 59,2
Proteínas 58,18 232,72 10,1
Lipídios 77,23 695,07 30,4
Percentual do Perfil lipídico:Tipo de Ácido Graxo Recomendação % atingidoMonoinsaturado 10 - 15% do VCT 11,6%Poliinsaturado Até 10% do VCT 6,95%Saturado < 7% do VCT 4,27%
3-Quadros de Valor Protéico da Dieta
PAVB (Gramas) PBVB (Gramas) Total (Gramas)
28,59 29,59 58,18
Proteínas Totais da
Dieta(Gramas)
Grama/PTN/Kg/Dia NPU NDPCAL (%)
58,18 0,8 28,58 5,0
Percentual de adequação dos micronutrientes:
Nutriente Quantidade
do cardápio
Recomendações % de
adequação
Potássio 3.154,82mg 3.000mg 105,1
Fósforo 790,6mg 800mg 98,8
Ferro 15,63mg 10mg 156,3
Na 2.545,21mg 1.000 - 3.000mg 254,52
Cálcio 1.186,43mg 1.000 - 1500mg 118,6
Zinco 28,05mg 12 - 15 mg 233,7
Vitamina A 1.970,7 μg 700 μg 281,5
Vitamina C 160,59mg 90 mg 178,4
Vitamina D 1,42 μg 50 μg 2,84
Vitamina E 15,828 mg 1 5 mg 105,5
Vitamina B6 2,6 mg 1,7 mg 154,7
Vitamina B12 4,3 μg 2,4μg 179,1
Ácido fólico 351,16 μg 400 μg 87,79
Justificativas do percentual de adequação do cardápio:
Ferro: A quantidade de ferro ultrapassou os valores recomendados 3 de
10mg, porém não trará danos ao paciente pelo mesmo apresentar-se
com quadro de anemia, e pelo fato da quantidade não ter ultrapassado
o valor máximo permitido segundo UL.
Zinco: Os valores de zinco não atingiram o recomendado segundo
DRI(2000), logo a suplementação se fez necessária,já que o mesmo
age como co-fator de centenas de enzimas no organismo, ainda tem
função imunológica e ajuda na melhora do apetite
Vitamina A: A quantidade de vitamina A ultrapassou bastante o
recomendado de 700μg, segundo DRI(2000), porém não trará danos ao
paciente pelo fato do valor não ter ultrapassado o máximo permitido
que é de 3000μg segundo UL.
Vitamina C: A quantidade de vitamina C contida no cardápio
ultrapassou o recomendado segundo DRI(2000), entretanto não
acarretará danos nem toxicidade ao paciente pelo fato de não ter
ultrapassado o valor máximo permitido( 2000mg), segundo UL, e
ainda deve-se levar em consideração que quantidades moderadas trará
benefício para o sistema imunológico do paciente, já que o mesmo
apresenta quadro de pielonefrite.
Vitamina B6: Os valores de vitamina B6 contidos no cardápio
ultrapassaram os valores recomendados, segundo DRI(2000), porém
não foi maior que a UL, não trazendo assim risco de toxicidade ao
paciente.
Vitamina B12: O valor da vitamina B12 encontra-se elevada, entretanto,
doses de até 30 mcg por dia parecem ser bem toleradas pelo
organismo, não apresentando toxicidade.4 Além disso, adultos acima
de 51 anos podem não absorver adequadamente esse vitamina,
necessitando de uma maior ingestão para suprir as necessidades
adequadas.1
Ácido fólico: A quantidade de ácido fólico não atingiu o recomendado
de 400μg, segundo DRI(2000), entretanto ficou acima da quantidade
mínima estabelecida pela UL, que é de 320μg.
Orientações Nutricionais:
Realize 6 refeições diárias, obedecendo sempre os horários e prescrições
dietoterápicas.
Diminua o consumo de alimentos embutidos (salsicha, presunto, lingüiça,
salames, mortadela, azeitonas, etc).
Antes do preparo de leguminosas (ervilha, feijão, grão de bico,
lentilha) deixe-a de molho, no momento da cocção despreze a água e
cozinhe em uma nova. No momento da ingestão despreze o caldo e
consuma apenas os grãos.
A comida deve ser preparada sem a adição de sal, no prato que você
deve adicionar a medida de 1 tampa de caneta BIC, afim de se evitar o
consumo excessivo de sal.
Prefira condimentos como: alho, cebola, cebolinha, vinagre, limão,
salsinha, etc.
Diminua o consumo de sal nas refeições, utilize como medida 1 tampa
de caneta “BIC” no almoço e outra no jantar.
Substitua frituras e preparações à milanesa por assados e grelhados.
Prepare a comida sempre com óleos vegetais (soja, canola, milho ou
azeite).
2.16- Evolução dietoterápica:
Data Horário Evolução e intercorrências da dieta
10/03/2009 16:10 Dieta livre para IRC, paciente aceitou bem o
cardápio oferecido, não evacuou.
Ingestão calórica do paciente: 1.158 kcal/48g
de PTN
11/03/2009 16:40 Dieta livre para IRC, paciente relata náuseas e
falta de apetite, porém acompanhante forçou
alimentação, paciente relata evacuação.
Ingestão calórica do paciente: 912 kcal/42,26g
de PTN
12/03/2009 15:20 Dieta livre para IRC, paciente relata estar com
um pouco de náuseas, mas com ausência de
vômitos, relata também não ter almoçado
direito e não ter jantado, pois diz estar sem
apetite.
Evacuou normalmente.
Ingestão do paciente: 799kcal/26,3g de PTN
13/03/2009 16:10 Dieta livre para IRC, paciente relata ausência
de apetite, apenas jantou bem, não evacuou.
Relação de pacientes atendidosPacientes(iniciais)
Patologia(s) Dieta prescrita Período de internação
J.J.C ICC,IRA,DM2,DAC,miocardite chagásica
Oral hipossódica 1g sal/refeição
18/02/09-10/03/09
I.R. IRC,pielonefrite Livre p/ IRC + líquidos V.O.
09/03/09-16/03/09
F.S. Câncer de próstata Branda+ liberado domiciliar, fortidrink 200ml 2x
09/03/09-12/03/09
M.F.A. Cradiopatia chagásia, HAS, pneumonia
Oral hipossódica 1g sal/refeição
05/03/09-13/03/09
M.A.V.S. Septoplastia,amigdolectomia Oral, líquida ou pastosa, fria ou temperatura ambiente
16/03/09- 17/03/09
M.R.S.R Cardiopata,DM2 Dieta para diebetes
17/03/09-21/03/09
O.S.G Cardiopata,DM2,HAS,RGE Hipossódica, hipogordurosa, p/ diabetes
18/03/09-20/03/09
S.R.M. HAS,hesterctomia Branda 25/03/09-27/03/09
J.R.P. Leucemia,pneumonia Livre+domiciliar+ nutridrink 200ml 2x
21/03/09-24/03/09
M.B.B. DM2,HAS,ICC,IRA,IRC,ICO,pneumonia
Novasource renal 1.500ml/24hs
01/03/09(paciente ainda se encontra no hospital)
L.A.J.P. Cardiopatia dilatada,ICC,DM2
Dieta livre, hipossódica
24/03/09-03/04/09
Folha de freqüênciaData Entrada Saída Entrada Saída Horas09/03/09 11:00 17:30 06:3010/03/09 07:00 10:00 13:00 17:30 07:3011/03/09 07:00 17:30 10:3012/03/09 13:00 18:00 05:0013/03/09 13:00 18:00 05:00
16/03/09 07:00 18:00 11:0017/03/09 07:00 10:00 13:00 18:00 08:0018/03/09 13:00 18:00 05:0019/03/09 13:00 18:00 05:0020/03/09 13:00 17:30 04:30
23/03/09 11:00 17:30 06:3024/03/09 07:00 18:00 11:0025/03/09 13:00 18:00 05:0026/03/06 13:00 18:00 05:0027/03/06 07:00 18:00 11:00
30/03/09 07:00 18:00 11:0031/03/09 07:00 10:00 13:00 18:00 08:0001/03/09 - - -02/03/09 13:00 18:00 05:0003/03/09 07:00 18:00 11:00
Conclusão
Atualmente a IRC é considerada um problema de saúde pública, pois estima-se que
cerca de 1,4 milhões de Brasileiros apresentem algum grau de disfunção renal 7. Muitos
indivíduos são portadores desta doença, porém não tem ciência disso, o qual piora o
prognóstico, pois em estágios iniciais ela não apresenta sintomas específicos então a
lesão renal vai progredindo silenciosamente até atingir um nível crítico e irreversível. A
melhor forma de evitar o aparecimento da IRC é a prevenção, principalmente em
pessoas com riscos aumentados de desenvolvê-la, como portadores de diabetes,
hipertensos e com histórico de doenças renais na família.
Quando combinados, os tratamentos vêm para oferecer uma melhor qualidade de vida
para os pacientes. Sabe-se que é de suma importância o acompanhamento nutricional na
IRC, afim de assegurar o estado nutricional do paciente e ainda corrigir alterações
sistêmicas e metabólicas, retardando ou prevenindo a progressão da doença.
Referências Bibliográficas
1- CUPARRI, L.Nutrição Clínica no Adulto. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2005.
2- MAHAN.L.K & ESCOTT-STUMP.S. –Krause - Alimentos Nutrição e
Dietoterapia. 11 ed. São Paulo: Roca, 2005.
3- NETO, F.T. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003
4- DUTRA DE OLIVEIRA .J.E & MARCHINI, J.S. Ciências Nutricionais. 2 ed. São
Paulo: Sarvier, 1998.
5- MARTINS, C., MOREIRA, S. M., PIEROSAN, S. R. Interações Droga-Nutriente.
2° ed. Curitiba: Nutro Clínica, 2003.
6- PINHEIRO, A.B.V. et al. Tabela para Avaliação do Consumo Alimentar em
Medidas Caseiras. 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
7- WEATHERALL, D.J.; LEDINGHAM, J.G.G.; WARRELL, D.A. Oxford – Tratado
de Medicina Interna. 2 ed. São Paulo: Roca, 1992.
8- http://www.policlin.com.br acessado em março de 2009
9-http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/renal_cronica_fabiola.htm acessado em março d e2009