18 de agosto de 2011

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Clipping Eletrônico

Transcript of 18 de agosto de 2011

AnoI

Número31

Data18.08.2011

Marinella CastroAs operadoras de planos de saúde terão de

divulgar na internet suas redes assistenciais, permitindo que os usuários localizem de forma rápida e fácil todos os prestadores de serviços de saúde do plano. Apesar de a proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já estar prevista no Código de Defesa do Consumidor – que estabelece o direito a informação clara e precisa – só agora pode virar norma no setor. A proposta vai para consulta pública na próxima quarta-feira.

O livro de informações fornecido pelos pla-nos de saúde será apenas um item a mais para o consumidor, que terá acesso a informação atuali-zada em tempo real. Isso significa que a entrada e saída de médicos dos convênios, assim como a rede de hospitais e produtos ofertados, deve-rão estar permanentemente disponíveis, o que permite ao consumidor ter informações precisas sobre os serviços . A coordenadora da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumi-dor), Maria Inês Dolci, aponta que a intenção da ANS de publicar uma resolução normativa sobre o tema reforça um direito a informação já garantido. “O código obriga a divulgação da informação clara. As operadoras deveriam fazer isso há bastante tempo. A informação permite a livre escolha do consumidor.” A médica-veteri-nária Lilian Mayumi considera a medida essen-cial. “Não carregamos o livro do convênio no bolso. Já a internet, existe uma facilidade muito grande de acessá-la em qualquer lugar.”

MAPAS A proposta da ANS é que as operadoras com

número superior a 100 mil usuários apresentem georreferenciamento por meio de imagens ou mapas que indiquem a localização espacial geo-gráfica de cada prestador de serviço de saúde de forma dinâmica, uma novidade no mercado. As operadoras com número de beneficiários entre 20 mil e 100 mil deverão adotar o georreferen-ciamento de mapas. A Unimed-BH, que lidera o mercado de planos de saúde na Grande BH,

informou que já oferece as informações on-line, inclusive com a possibilidade de marcação de consultas. No entanto, terá de estudar o geopro-cessamento, ainda não adotado. As operadoras menores, com até 20 mil beneficiários, deverão informar a rede credenciada na internet, perma-nentemente atualizada, não sendo obrigatório exibir o mapeamento geográfico ou mapeamen-to geográfico dinâmico. No momento de esco-lher um plano de saúde, ou verificar a rede, os consumidores ainda ficam perdidos. “É impor-tante esclarecer não só sobre médicos, mas tam-bém sobre os hospitais que atendem os planos. Vai facilitar bastante”, diz o empresário Sílvio dos Reis.

A operadora Amil informou que acaba de reformular seu site trazendo informações não só para os consumidores, mas para todos os opera-dores do sistema. O plano não comentou, entre-tanto, sobre o georreferenciamento dinâmico.

A rede assistencial deverá ser exibida por cada plano de saúde, apresentando o nome co-mercial do plano, seu número de registro na ANS. Em relação aos prestadores de serviços de saúde, a operadora deverá expor o nome fanta-sia do estabelecimento ou nome do profissional, tipo de estabelecimento, especialidade, serviço contratado e endereço.

SAIBA MAISConsulta públicaÉ um mecanismo utilizado para que todos

os participantes do setor, usuários de planos de saúde, operadoras e prestadores de serviços, bem como as entidades de defesa do consumi-dor, possam contribuir na formulação de norma-tivas. A ferramenta também abre a possibilidade de ampliar a discussão sobre o tema proposto. A consulta pública da ANS que vai tratar sobre a divulgação da rede assistencial dos convênios na internet será aberta no dia 24 e vai receber contribuições durante 30 dias. Interessados em participar devem acessar o formulário eletrôni-co disponível na página da agência reguladora (www.ans.gov.br).

PLANOS DE SAÚDE

Ache seu médico pelo computador Operadoras devem ser obrigadas a divulgar on-line sua rede assistencial de prestadores de serviços

atualizada

EStADO DE miNAS - P.14 - 18.08.2011

Cuidado dobrado nas ofertas sobre saúdeAnúncios em sites de compras coletivas devem ser claros sobre riscos de procedimentos

O gLObO - P.26 - 17.08.2011

JOÃO CERQUEIRA,especial para o DCA Câmara Municipal de Belo Horizon-

te aprovou em segundo turno, no último dia 10, o Projeto de Lei (PL) nº1552/2011 que estipula multas para os comerciantes que não destacarem a data de validade dos produtor em oferta. A proposição depende agora apenas da sansão do prefeito Már-cio Lacerda para tornar-se lei. O estabe-lecimento comercial que descumprisse a obrigação pagaria R$3 mil. O reincidente, R$6 mil.

Independente da tramitação em âm-bito municipal, esse dever já existe para os varejistas. A Lei estadual n°15.449, de 2001, já prevê que a oferta de mercadoria em promoção ou liquidaçao só pode ser feita com a informalção do prazo de vali-dade, com o mesmo destaque dado à pro-paganda da liquidalção e ao preço. Isso, desde que a metade do prazo de validade já tenha decorrido e que esse tempo seja menor que três meses.

A inovação do projeto está em de-talhar a penalidade de multa, dentro das competências do município, que é previs-ta genericamente no Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme a Lei fede-ral 8.078/1990). O Código já alenca, en-tre os incisos do ser artigo 6º, informação como direito básico de consumidor.

O autor do PL, vereador Joel Moreira Filho, justificou sua necessidade em pro-blemas observados quando atuava como advogado na área de defesa do consumi-dor. “Reparamos que os produtos, princi-palmente os laticínios, entravam em pro-moção quando chegava próximo o fim de seu período de validade. Isso sem que o consumidor fosse informado, de boa-fé ele comprava e os artigos venciam sem ser usados. Então fizemos o projeto para

trazer à legislação municipal um direito do artigo 6° do CDC”, explica.

Por não trazer ônus para comerciantes e poder público, o vereador tem expectati-va de rápida aprovação pelo Poder Execu-tivo. Se sancionada, o legislados acredita que o comércio não terá problemas em cumprir a nova lei. “Os fornecedores es-tão empenhados em cumprir a legislação como um todo. Não há problema em obe-decer a uma norma que protege também os direitos à saúde e à vida”, argumenta.

EspecificaçãoO coordenador do Procon da As-

sembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Marcelo Barbosa, apesar da já axisência do dever ao comerciante, julgou bem vindo todo suplemento à normas. “A interpretação do que é disposto generi-camente na lei fica a cargo do Judiciário. Entretanto é o melhor para o consumidor que o direito seja especificado para que os juízes o apliquem”, entende.

Barbosa lembrou que os tempos mí-nimos de atendimento em bancos e ser-viçoes telefônicos de atendimento já era previsto, mas foram necessárias novas leis detalhando como deveriam ser feitos para o consumidor se beneficiar.

Reclamações contra alimentos ven-cidos ou estragados são recorrentes no Judiciário. O coordenador dos juizados especiais de Belo Horizonte, juiz Vicen-te de Oliveira Silva, ressaltou que nesses casos há responsabilidade objetiva do co-merciante. Além de devolver em dobro o valor pago, o vendedor está sujeito ainda à indenização por dano moral. Para o ma-gistrado, o projeto de lei municipal, bem como qualquer legislação em benefício do consumidor, é bem-vindo por tronar os di-reitos já previstos no CDC mais claros.

Validade de protudos em oferta deve ter destaqueProjeto aguarda sanção do prefeito

DiáriO DO cOmérciO - P.29 - 18.08.2011

A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte quer debater as alterações de atuali-zação do Código de Defesa do Consumidor pro-postas pelo Senado Federal. Foi aprovado ontem requerimento do presidente da comissão, deputado Délio Malheiros (PV), para realizar audiência pú-blica para ouvir os membros da comissão de juris-tas do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), que estão avaliando essa revisão.

Na mesma reunião, os deputados aprovaram

requerimento da deputada Liza Prado (PSB) de ou-tra audiência pública, com o fim de debater como fica o serviço de telefonia celular após a decisão da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Minis-tério Público Federal, que classificou os aparelhos celulares como produtos essenciais.

Presenças – Deputado Délio Malheiros (PV), presidente, deputada Liza Prado (PSB), vice-presi-dente, e deputados Duilio de Castro (PMN) e Pom-pilio Canavez (PT).

Comissão quer debater Código do Consumidor

O Projeto de Lei (PL) 427/11, que tem o objetivo de coibir a atuação de cambistas no Estado, está pron-to para o Plenário em 1º turno. Ontem, o projeto re-cebeu parecer favorável da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Do deputado Sar-gento Rodrigues (PDT), o PL 427/11 tipifica como in-fração administrativa a venda de ingressos por pessoa física ou jurídica que atue como intermediária entre os organizadores de eventos e o público. Pela proposta original do autor, os cambistas poderiam ser punidos com apreensão dos ingressos, proibição de frequentar estádios e multa de até mil Ufemgs (o equivalente a R$ 2.181,30).

O relator, deputado Ulysses Gomes (PT), opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contri-buinte. O novo texto mantém a tipificação da venda de ingressos por cambistas como infração administrativa e muda a punição prevista para os infratores, que passa a ser multa e apreensão dos ingressos, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Outra alteração é o fim da previsão para os agentes de segurança apreen-derem ingressos e conduzirem os cambistas presos em flagrante à delegacia de polícia.

Consumação – Outro projeto pronto para o Plená-rio em 1º turno é o PL 1.132/11, do deputado Leonardo Moreira (PSDB), que proíbe a cobrança de consuma-ção mínima em bares, restaurantes e casas noturnas. O texto original prevê advertência, multa de até 2 mil Ufemgs (R$ 4.362,60) e até cassação do alvará de fun-cionamento para os estabelecimentos que insistirem na cobrança da consumação mínima dos clientes.

O parecer do relator, deputado Antônio Júlio (PMDB), é pela aprovação do projeto

O projeto que tenta inibir cambistas, de Rodrigues, foi relatado por Ulysses Gomes na FFO

Guilherme Bergaminina forma do substitutivo

nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto proíbe condicionar o fornecimento de produtos e serviços a limites quantitativos, ainda que a título de consumação mínima, em restaurantes, bares e boates. Os infratores da futura lei estarão sujeitos às punições do Código de Defesa do Consumidor, que variam de multa até interdição do estabelecimento.

Seguro em estrada com pedágio – Também está pronto para o 1º turno em Plenário o PL 1.130/11, do deputado Leonardo Moreira, que obriga a contratação de seguro de vida e acidentes pessoais e de assistência funeral, pelas concessionárias de rodovias estaduais, para os usuários das rodovias. A proposta original do autor prevê cobertura inclusive para os danos materiais nos veículos, em decorrência de acidentes provocados por má sinalização ou má conservação da estrada.

O relator, deputado Doutor Viana (DEM), opinou pela aprovação do PL 1.130/11 na forma do substitu-tivo nº 1,

da CCJ. Com a nova redação, o projeto passa a alterar a Lei 12.219, de 1996, que autorizou o Estado a conceder rodovias para a iniciativa privada. Esse subs-titutivo apenas obriga os concessionários de rodovias a contratarem seguro de vida e de danos físicos e a estipularem benefícios relativos a auxílio-funeral em favor dos usuários das estradas.

Em seu parecer, o relator lembra que essa exigên-cia só terá validade para os contratos assinados a partir da publicação da futura lei. Ele também alerta que a exigência do seguro vai representar um gasto adicio-nal para as concessionárias de rodovias, o que deve se refletir em aumento dos custos dos pedágios. Veja a íntegra na internet, além de outras matérias da FFO

Presenças – Deputados Zé Maia (PSDB), presiden-te; Doutor Viana (DEM), vice; Antônio Júlio (PMDB), Romel Anízio (PP), Ulysses Gomes (PT) e Sargento Rodrigues (PDT).

Pronto para Plenário projeto para coibir ação de cambistas

ALmg iNfOrmA - 18.08.2011

Mariana BrancoPublicação: 18/08/2011

02:00O Governo do Distrito Fe-

deral decidiu trazer novamente à tona uma polêmica antiga. No en-tendimento da Diretoria de Trans-porte Público Individual (Ditrin), da Secretaria de Transportes, os táxis locais não podem conceder descontos aos passageiros, porque isso representaria um desrespeito à Lei n° 4.056/2007, que prevê uma tarifa unificada. Nos últimos dias, o órgão enviou circulares a oito empresas que prestam esse tipo de serviço, notificando que os motoristas que concedessem abatimento no preço final seriam autuados. Além disso, colocou fis-cais nas ruas. A medida provocou reações por parte de centrais de radiotáxi e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

O MPDFT, que obteve deci-são favorável ao desconto na Jus-tiça local, após mover ação civil pública em 2000, alega que vedar a concessão de qualquer vanta-gem ao cliente é inconstitucio-nal. O promotor Leonardo Bes-sa, da Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon), tocou o processo à época e promete uma nova ação caso o GDF não recue da posição assumida.

“A interpretação (de que é proibido conceder desconto) é absolutamente incabível, pois ofende a livre concorrência e a Constituição. Além disso, há o precedente jurídico da ação que o MP ajuizou”, declarou Bessa.

Além do Ministério Público, a Secretaria de Transportes pode se deparar com a oposição do Con-selho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ligado ao Mi-nistério da Justiça. Em 2008, a instância fez uma recomendação ao GDF alertando que não seria correto impedir a concessão do abatimento. O promotor Leonar-do Bessa informou que pretende convocar o diretor de Transporte Público Individual da secretaria, Benedito Gilvane Cascardo, para uma conversa na próxima sema-na.

Benedito Gilvane Cascardo assina o comunicado sobre con-cessão de descontos redigido em 12 de julho último e enviado às empresas de táxi. No texto, ele afirma que, pelo fato de a legis-lação vigente estipular tarifa úni-ca, “foi estabelecida legalmente a proibição de qualquer desconto”.

À reportagem, o diretor de Transporte Individual disse que a secretaria está cumprindo a lei. “O que prevalece para a gente é a legislação que rege as atividades dos taxistas”, afirmou. Entretan-to, Cascardo garante que, após receber reclamações das centrais de táxi e ser informado de que o Ministério Público e o Cade têm ressalvas à proibição, convocou a assessoria jurídica do órgão para analisar a questão. “Pedimos ur-gência”, ressalta.

O Sindicato dos Permissio-nários de Táxis e Motoristas Au-xiliares do DF (Sinpetaxi) afirma que não tomará partido na ques-

tão dos descontos. “Ao governo é que cabe decidir”, afirmou Maria do Bonfim Pereira de Santana, presidente da entidade.

As centrais e cooperativas de táxis são as principais interessa-das na manutenção do desconto dado aos passageiros, geralmente de 30%. Motoristas independen-tes, que aguardam clientes nos pontos, não costumam ter condi-ções de bancar o abatimento. Pelo fato de a maioria dos filiados ao Sinpetaxi trabalhar por conta pró-pria, algumas empresas queixam-se de que a entidade não é neutra.

“Cerca de 40% dos taxistas do DF concedem desconto. Os que não dão são ligados ao sindicato e, claro, não concordam”, afirma Paulo Ilha, consultor de três em-presas de radiotáxi. “Não existe lei que se sobreponha à Constitui-ção”, acrescenta Giovanni Pinhei-ro, presidente da Unitaxi, uma co-operativa de motoristas.

Nas ruas, a concessão do desconto é um assunto delicado e poucos aceitam opinar sobre a questão. O motorista Avelar de Assis, 34 anos, ligado a uma empresa, nega a prática do aba-timento em caráter continuado. “Só acontece de forma negociada com o cliente”, diz. Luiz Barbosa de Jesus, 60 anos, é independente e diz que é contra o preço mais barato. “O que acontece é que a empresa explora o taxista. Ele tem de pagar um monte de taxas e a central de radiotáxi ainda pede para cobrar uma tarifa menor”, declara.

Proibido desconto em táxiExecutivo comunica às empresas que a concessão de abatimento no preço final implicará autuação do

motorista. Decisão provoca reações, a começar da Promotoria de Defesa do Consumidor, que promete nova ação judicial caso o governo não recue.

cONAmP - cOrrEiO brAziLiENSE - Df - 18.08.2011