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14 Derivadas Parciais

James Stewart – Cálculo – Volume 2

2 Copyright © Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

14.5 A Regra da Cadeia

3

A Regra da Cadeia

Lembremo-nos de que a Regra da Cadeia para uma

função de uma única variável nos dava uma regra para

derivar uma função composta: se y = f (x) e x = g (t), com f e g

funções diferenciáveis, então y é uma função indiretamente

diferenciável de t e

Para as funções de mais de uma variável, a Regra

da Cadeia tem muitas versões, cada uma delas

fornecendo uma regra de diferenciação de uma função

composta.

4

A Regra da Cadeia

A primeira versão (Teorema 2) lida com o caso em

que z = f (x, y) e cada uma das variáveis x e y é uma função

de t.

Isso significa que z é indiretamente uma função de t,

z = f (g (t), h (t)), e a Regra da Cadeia permite obter uma

fórmula para diferenciar z como uma função de t, desde

que f seja uma função diferenciável.

5

A Regra da Cadeia

Lembre-se de que este é o caso quando fx e fy são

contínuas.

Como frequentemente escrevemos ∂z/∂x no lugar de ∂ f /∂x,

podemos reescrever a Regra da Cadeia na forma

6

Exemplo 1

Se z = x2y + 3xy4, com x = sen 2t e y = cos t, determine

dz/dt quando t = 0.

Solução: A Regra da Cadeia fornece

Não é necessário substituir as expressões de x e y em

função de t.

7

Exemplo 1 – Solução

Nós simplesmente observamos que quando t = 0,

temos x = sen 0 = 0 e y = cos 0 = 1. Portanto,

continuação

8

A Regra da Cadeia

Vamos considerar agora a situação em que z=f (x, y),

mas x e y são funções de outras duas variáveis s e t:

x = g(s, t), y = h(s, t).

Então z é indiretamente uma função de s e t e

desejamos determinar ∂z /∂s e ∂z /∂t.

Lembre-se de que para calcular ∂z /∂t mantemos s fixo e

calculamos a derivada ordinária de z em relação a t.

Portanto, aplicando o Teorema 2, obtemos

9

A Regra da Cadeia

Argumento análogo serve para ∂z /∂s, e assim

demonstramos a seguinte versão da Regra da Cadeia.

O Caso 2 da Regra da Cadeia contém três tipos de

variáveis: s e t são as variáveis independentes, x e y são

chamadas variáveis intermediárias e z é a variável

dependente.

10

A Regra da Cadeia

Observe que o Teorema 3 tem um termo para cada

variável intermediária e que cada um desses termos se

assemelha à Regra da Cadeia unidimensional na

Equação 1.

Para lembrar a Regra da Cadeia, é útil desenhar o

diagrama em árvore da Figura 2.

Figura 2

11

A Regra da Cadeia

Desenhamos os ramos da árvore saindo da variável

dependente z para as variáveis intermediárias x e y a fim de

indicar que z é uma função de x e y. Então, desenhamos os

ramos saindo de x e y para as variáveis independentes s e

t.

Em cada ramo indicamos a derivada parcial

correspondente. Para determinar ∂z /∂s, nós determinamos

o produto das derivadas parciais ao longo de cada

caminho de z a s e somamos esses produtos:

12

A Regra da Cadeia

Da mesma forma, para determinar ∂z /∂t usamos os

caminhos de z a t.

Consideremos agora a situação mais geral, na qual

a variável dependente u é uma função de n variáveis

intermediárias x1, …, xn, cada uma das quais, por seu turno,

é função de m variáveis independentes t1,…, tm.

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Diferenciação Implícita

A Regra da Cadeia pode ser usada para dar uma

descrição mais completa do processo de diferenciação

implícita.

Suponha que uma equação da forma F (x,y)=0 defina

y implicitamente como uma função diferenciável de x, isto

é, y = f (x), em que F (x, f (x)) = 0 para todo x no domínio de f.

Se F é diferenciável podemos aplicar o Caso 1 da

Regra da Cadeia para diferenciar ambos os lados da

equação F (x, y) = 0 com relação a x, obtendo

14

Diferenciação Implícita

No entanto, dx /dx = 1. Assim, se ∂F /∂y ≠ 0 obtemos

15

Diferenciação Implícita

Para derivar a equação F (x,y)=0 em relação a x,

fizemos a suposição de que ela define y implicitamente

como função de x.

O Teorema da Função Implícita fornece condições

sob as quais essa suposição é válida. Esse teorema afirma

que se F é definida em um bola aberta contendo (a, b), em

que F (a,b) = 0, Fy(a, b) ≠ 0 e Fx e Fy são funções contínuas

nessa bola, então a equação F (x, y) = 0 define y como uma

função de x perto do ponto (a, b) e a derivada dessa função

é dada pela Equação 6.

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Exemplo 8

Determine y se x3 + y3 = 6xy.

Solução: A equação dada pode ser escrita como

F (x, y) = x3 + y3 – 6xy = 0

e, dessa forma, a Equação 6 nos dá

17

Diferenciação Implícita

Suponha agora que z é dado implicitamente como

uma função z = f (x, y) por uma equação da forma

F (x, y, z) = 0.

Isso significa que F (x, y, f (x, y)) = 0 para todo (x, y) no

domínio de f. Se F e f forem diferenciáveis, utilizamos a

Regra da Cadeia para derivar a equação F (x, y, z) = 0 da

seguinte forma:

18

Diferenciação Implícita

Mas, e

portanto, essa equação se torna

Se ∂F /∂z ≠ 0, resolvemos para ∂z /∂x e obtemos a

primeira fórmula nas Equações 7.

A fórmula para ∂z /∂y é obtida de maneira

semelhante.

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Diferenciação Implícita

Novamente, uma versão do Teorema da Função

Implícita estipula condições sob as quais nossa suposiçao

é válida: se F é definida dentro de uma esfera contendo o

ponto (a, b, c), em que F (a, b, c) = 0, Fz (a, b, c) ≠ 0 e Fx, Fy e

Fz são contínuas na esfera, então a equação F (x, y, z) = 0

define z como uma função de x e y perto do ponto (a, b, c), e

as derivadas parciais dessa função são dadas por .

20

Exercícios recomendados

14.5: 1 ao 16, 21 ao 26, 35, 36, 37.

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14.6 Derivadas Direcionais

e o Vetor Gradiente

Nesta seção, estudaremos um tipo de derivada, chamada

derivada direcional, que nos permite encontrar a taxa de

variação de uma função de duas ou mais variáveis em

qualquer direção.

22

Derivadas Direcionais

Lembremo-nos de que, se z = f (x, y), as derivadas

parciais fx e fy são definidas como

e representam as taxas de variação de z nas direções x e y,

ou seja, na direção dos vetores unitários i e j.

23

Derivadas Direcionais

Suponha que queiramos determinar a taxa de

variação de z em (x0, y0) na direção de um vetor unitário

arbitrário u = a, b. Para fazê-lo, devemos considerar a

superfície S com equação z = f (x, y) e tomar z0 = f (x0, y0).

Então o ponto P(x0, y0, z0) está em S.

Figura 2

Um vetor unitário u = a, b = cos , sen

24

Derivadas Direcionais

O plano vertical que passa por P na direção de u

intercepta S em uma curva C, como ilustrado na Figura 3.

Figura 3

25

Derivadas Direcionais

A inclinação da reta tangente T a C em P é a taxa de

variação de z na direção de u. Se Q(x, y, z) é outro ponto

em C e P, Q são as projeções de P, Q sobre o plano xy,

então o vetor é paralelo a u e, portanto

= hu = ha, hb

para alguma escalar h.

Logo, x – x0 = ha, y – y0 = hb, portanto,

x = x0 + ha, y = y0 + hb, e

26

Derivadas Direcionais

Se tomarmos o limite quando h 0, obteremos a

taxa de variação de z na direção de u, que é chamada

derivada direcional de f na direção de u.

27

Derivadas Direcionais

Comparando a Definição 2 com as Equações ,

vemos que, se u=i=1, 0, então Dif = fx e se u=j =0, 1, então Djf = fy. Em outras palavras as derivadas parciais de

f em relação às variáveis x e y são apenas casos especiais

da derivada direcional.

28

Derivadas Direcionais

Quando calculamos a derivada direcional de uma

função definida por uma fórmula, geralmente usamos o

seguinte teorema.

29

Derivadas Direcionais

Se o vetor unitário u faz um ângulo com o eixo x positivo

(como na Figura 2), então podemos escrever

u = cos , sen e a fórmula do Teorema 3 fica

Duf (x, y) = fx(x, y) cos + fy(x, y) sen

Figura 2

Um vetor unitário u = a, b = cos , sen

30

Os Vetores Gradientes

Observe no Teorema 3 que a derivada direcional de

uma função diferenciável pode ser escrita como o produto

escalar de dois vetores:

Duf (x, y) = fx(x, y)a + fy(x, y)b

= fx(x, y), fy(x, y) a, b

= fx(x, y), fy(x, y) u

O vetor à esquerda no produto escalar acima ocorre não

somente no cálculo da derivada direcional, mas também

em muitas outras situações. Por isso ele tem um nome

especial (o gradiente de f ) e uma notação especial (grad f

ou f).

31

Os Vetores Gradientes

32

Exemplo 3

Se f (x, y) = sen x + exy, então

f (x, y) = fx, fy = cos x + yexy, xexy

e f (0, 1) = 2, 0

Com essa notação de vetor gradiente, podemos

reescrever a Equação 7 para a derivada direcional de uma

função diferenciável como

Isso expressa a derivada direcional na direção de u como

a projeção escalar do vetor gradiente em u.

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Funções de Três Variáveis

Para as funções de três variáveis podemos definir

derivadas direcionais de maneiraodo semelhante.

Novamente Duf (x, y, z) pode ser interpretado como a taxa

de variação da função na direção de um vetor unitário u.

34

Funções de Três Variáveis

Se usarmos notação vetorial, podemos escrever

tanto a definição (2) quanto a definição (10) da derivada

direcional na forma compacta

em que x0 = x0, y0 se n = 2 e x0 = x0, y0, z0 se n = 3.

Isso era esperado, porque a equação vetorial da

reta que passa por x0 na direção do vetor u é dada por

x = x0 + t u, e, portanto, f (x0 + hu) representa o valor de f em

um ponto dessa reta.

35

Funções de Três Variáveis

Se f (x, y, z) for diferenciável e u = a, b, c, então

Duf (x, y, z) = fx(x, y, z)a + fy(x, y, z)b + fz(x, y, z)c

Para uma função f de três variáveis, o vetor gradiente,

denotado por f ou grad f, é

f (x, y, z) = fx(x, y, z), fy(x, y, z), fz(x, y, z)

ou, de modo mais abreviado,

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Funções de Três Variáveis

De maneira similar às funções de duas variáveis, a

Fórmula 12 para a derivada direcional pode ser reescrita

como o produto escalar do vetor gradiente com o vetor que

define a direção da derivada.

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Exemplo 5

Se f (x, y, z) = x sen yz,

(a) determine o gradiente de f e

(b) determine a derivada direcional de f em (1, 3, 0) na

direção de v = i + 2 j – k.

Solução:

(a) O gradiente de f é

f (x, y, z) = fx(x, y, z), fy(x, y, z), fz(x, y, z)

= sen yz, xz cos yz, xy cos yz

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Exemplo 5 – Solução

(b) No ponto (1, 3, 0) temos f (1, 3, 0) = 0, 0, 3. O vetor

unitário na direção de v = i + 2 j – k é

Portanto, a Equação 14, vem

Duf (1, 3, 0) = f (1, 3, 0) u

continuação