1 O Produto da cadeia de suprimento/logística Profa. Márcia Mazzeo Grande.

Post on 07-Apr-2016

218 views 3 download

Transcript of 1 O Produto da cadeia de suprimento/logística Profa. Márcia Mazzeo Grande.

1

O Produto da cadeia de O Produto da cadeia de suprimento/logísticasuprimento/logística

Profa. Márcia Mazzeo Grande

2

O Produto Logístico

Um produto é o fruto, ou resultado, de qualquer atividade ou processo (Juran). Parte tangível Parte intangível

3

Natureza do Produto Logístico Parte Física do produto: peso, volume, forma,

desempenho e durabilidade.

Parte Intangível do produto: suporte pós-venda, a reputação da empresa, a comunicação destinada a proporcionar informação correta e atualizada, flexibilidade na adaptação às necessidades individuais dos clientes, ou mesmo a disposição de reconhecer e retificar erros.

4

Classificação dos produtos Categorização tradicional divide os

produtos e serviços em: Produtos de consumo; Produtos industriais.

As necessidades de nível de serviço logístico para cada tipo de produto são diferentes.

5

Classificação dos produtos Produtos de consumo: Dirigem-se aos

consumidores finais.

Produtos de Conveniência; Produtos de Concorrência; Produtos de Especialidades.

6

Bens de consumo Produtos de conveniência:

São os bens e serviços adquiridos rotineiramente, com freqüência e sem grandes comparações. Dependem de ampla distribuição e muitos pontos-de-venda.

Os custos de distribuição são quase sempre altos, e acabam se justificando pelo potencial de vendas que uma distribuição cada vez mais ampla e de maior alcance proporciona. Ex: Refrigerantes

7

Bens de consumo

Produtos de concorrência: São aqueles que os consumidores preferem

pesquisar em diferentes lojas e fazer comparações. O número de pontos de estocagem é consideravelmente menor.

Os custos de distribuição são menores e a distribuição não precisa ser tão ampla como para os produtos de conveniência. Ex: Serviços médicos especializados de alto nível

8

Bens de consumo

Produtos de especialidade:

São aqueles pelos quais os clientes se dispõem a fazer sacrifícios e inclusive a esperar o tempo que for necessário pela respectiva compra.

Os custos de distribuição são os menores dentre todas as categorias. A distribuição é centralizada e os níveis de serviço não precisam ser tão exigentes quanto aqueles dominantes entre os produtos de conveniência e/ou concorrência. Ex: Roupas feitas sob encomenda.

9

Bens industriais São aqueles dirigidos a indivíduos ou

organizações que os utilizam para produzir outros produtos ou serviços.

Exemplos: Bens que são parte do produto acabado: matéria-

prima e peças componentes; Bens que são usados no processo de manufatura:

instalações e equipamentos; Bens que não entram no processo diretamente:

insumos. Compradores industriais não costumam manifestar

preferências por níveis diferentes de serviços nas variadas espécies de produtos.

10

Ciclo de vida do produtoCiclo de vida do produto

11

Ciclo de vida do produto Estágio de Lançamento:

A estratégia de distribuição física é cautelosa, com estoques restritos a algumas poucas localizações.

A disponibilidade é limitada.

Estágio de Crescimento: A disponibilidade do produto aumenta rapidamente

numa ampla área geográfica. É comum não se dispor de um histórico de vendas

pelo qual orientar o melhor nível de estocagem em determinados pontos, muito menos o número de locais de estocagem a serem utilizados.

12

Ciclo de vida do produto Estágio de Maturidade:

Distribuição ampla com muitos depósitos sendo utilizados.

Existe controle adequado sobre a disponibilidade do produto, e com volume de produção estabilizado.

Estágio de Declínio: Gerado por mudanças tecnológicas e esgotamento do

interesse dos clientes. O número de armazéns é reduzido, sendo o produto

recolhido para depósitos mais centralizados.

13

Curva 80-20

A maior parte das vendas é gerada por um conjunto de relativamente poucos produtos.

Nem todos os itens de produtos devem receber o mesmo tratamento logístico, pois é preciso levar em conta as atividades de vendas de cada um.

Junto com a utilização da curva 80-20, o conceito da curva ABC é útil para o planejamento da distribuição quando os produtos são classificados conforme seu nível de vendas.

14

Curva ABC

Cada categoria de itens pode ter uma distribuição diferente: Os 20% mais bem classificados podem ser chamados

de itens A, os 30% seguintes de itens B, e o restante de item C.

Itens A recebem distribuição extensiva e têm altos níveis de disponibilidade.

Itens C são distribuídos a partir de um único depósito central com níveis de estoque menores do que os praticados para itens A.

Itens classe B podem ter uma estratégia intermediária de distribuição.

15

Curva ABC

16

Características do produto As características mais importantes do produto que

influenciam a estratégia de distribuição são: Peso; Volume; Valor; Perecibilidade; Inflamabilidade; Substituibilidade.

Essas características indicam as necessidades para armazenagem, estoques, transporte, manuseio e processamento do pedido.

17

Características do produto

Combinam-se em quatro categorias: Quociente peso-volume (densidade); Quociente valor-peso (valor específico); Substituibilidade; Características de risco (periculosidade).

18

Quociente Peso-Volume Produtos densos (quocientes altos):

Apresentam boa utilização dos equipamentos de transporte e das facilidades de armazenagem.

Tanto os custos de transporte como de armazenagem tendem a ser baixos.

Produtos pouco densos (quocientes baixos): A capacidade volumétrica do equipamento de

transporte é preenchida antes de seu limite de carregamento em peso ser atingido.

Os custos de manuseio e de espaço tendem a ser elevados comparados ao preço de venda.

19

Quociente Peso-Volume

20

Quociente Valor-Peso Produtos de baixo valor específico

(quocientes baixo): Têm custos de estoque baixos, mas custos de

transporte elevados, se medidos como porcentagem de seus preços de venda.

Tenta-se negociar fretes favoráveis.

Produtos com alto valor específico (quocientes altos): Altos custos de estoque e baixos custos de

transporte. Reação típica: minimizar o estoque mantido.

21

Quociente Valor-Peso

22

Substituibilidade

O produto é altamente substituível quando o consumidor compra uma segunda marca caso a primeira não esteja disponível.

Pode ser medida em termos de perda de vendas para o fornecedor.

Os executivos de distribuição tentam prover disponibilidade de produto num nível tal que os consumidores não precisem selecionar um produto substituto.

Ex.: Muitos produtos alimentícios e farmacêuticos.

23

Substituibilidade

24

Substituibilidade

25

Características de risco

As características de risco do produto se referem aos atributos de: Valor; Perecibilidade; Inflamabilidade; Facilidade de roubo.

26

Características de risco

Quando um produto mostra alto risco, ele impõe uma série de restrições ao sistema de distribuição.

Tanto os custos de transporte como de armazenagem são maiores.

Em transporte, armazenagem ou embalagem, tratamento especial representa aumento dos custos de distribuição.

27

Características de risco

28

Embalagem do produto Objetivos

Fornecer um elenco revisado das características do produto;

Facilitar manuseio e armazenagem; Promover melhor utilização do equipamento de

transporte; Proteger o produto; Promover venda do produto; Alterar a densidade do produto; Facilitar uso do produto; Prover valor de reutilização para o consumidor.

29

Embalagem do produto A embalagem protetora é uma despesa

adicional compensada por tarifas de transporte e armazenagem mais baixas, gerando também menos reclamações.

O profissional de logística traz esses custos

ao contexto ao trabalhar com a engenharia no aspecto da embalagem para despacho e com a influência nas vendas.

30

Formação de preço A logística tem influência nas decisões de preço:s

clientes tendem a estar geograficamente Dispersos, e incentivos de preço estão amarrados com a estrutura de fretes.

Uso de critérios geográficos: O custo total para distribuição varia de cliente para cliente, conforme sua localização.

As categorias de precificação geográfica FOB; Zona; Única ou Uniforme; Equalização de frete; Ponto-base.

31

Formação de preço Precificação FOB:

”free on board“, ou seja, livre de despesas de transporte;

FOB fábrica: Preço único estabelecido no local da fábrica; Cliente responsável pelo transporte.

FOB destino: Preço praticado na área do cliente; Custos de transporte inclusos no preço final.

Há inúmeras combinações de precificação FOB dependendo da maneira como os fretes são pagos.

32

Formação de preço

Precificação por Zona: Estabelecimento de um preço único em uma

ampla área geográfica.

Precificação Única: Preço único para todos os clientes,

independentes da sua localização; Política que mascara a real diferença em custos

de distribuição para diferentes clientes.

33

Formação de preço Precificação por Equalização de Fretes:

A existência de duas fábricas com a mesma eficiência em produção coloca os custos de transporte numa posição decisória: empresa mais distante do mercado pode se dispor a absorver uma percentagem dos custos do frete suficiente para enfrentar o preço da concorrente, sob a conseqüência de ter seu lucro líquido reduzido.

34

Formação de preço Precificação por Ponto-Base:

Estabelecimento de pontos extras (chamados pontos-base), a partir dos quais o preço é computado como se o produto fosse despachado a partir dali. O custo real de abastecimento é diferente, mas para o cliente as indústrias ficam no mesmo lugar.

Esse método é eficiente quando: O produto tem alto custo de transporte; Os clientes preferem outros fornecedores; A empresa possui poucos fornecedores e a concorrência

é árdua.

35

Arranjos de incentivo ao preçoDois destes incentivos são:

Desconto por quantidade: É justificado em termos das economias de escala

na manufatura, venda e distribuição. O comprador paga preços menores quando

obtém grandes quantidades, e o fornecedor consegue lucros maiores.

Acordos: Incentivos especiais caso distribuidores

comprem mercadorias antecipadamente.

36

Descontos para grandes volumes