Post on 16-Apr-2015
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A Independência do Brasil:Primeiro Reinado,
o Governo de D. Pedro I
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A chegada da Família Real
Em janeiro de 1808, a Família Real chegou ao
Brasil e implantou diversas mudanças:
• A abertura dos portos decretada por D. João
VI representou o fim do monopólio.
• Assim, o Brasil ficou livre para comercializar
com as nações amigas, principalmente com a
Inglaterra.
• Os portugueses residentes no Brasil viam
grandes possibilidades comerciais no Rio de
Janeiro.
• Em 1815, O Brasil foi elevado à categoria de
Reino Unido, isto significou o fim da condição
de colônia e favoreceu o processo de
Independência.
Embarque de D. João, príncipe regente de Portugal e da família real no porto de Belém. Quadro de 1815, de Henry L'Évêque (1768-1845).
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• Em 24 de agosto de 1820, na cidade do Porto
ao Norte de Portugal, começou a chamada
Revolução do Porto.
• Os rebelados estavam descontentes e exigiam,
o retorno de D. João VI à Portugal, eleições
para deputados, uma nova constituição e a
volta do Pacto Colonial (exclusividade do
comércio com o Brasil).
• Os portugueses achavam que D. João VI dava
mais importância ao Brasil do que a Portugal.
• Diante desta crise política, D. João retornou à
Portugal e encontrou o país numa grande crise
econômica e política.
• Está revolução foi essencial para a
Independência do Brasil.
Retrato de dom João VI, pintado por Jean-Baptiste Debret em 1816.
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• Entre 1822 e 1889, O Brasil foi governado pela
monarquia e quem exercia o poder era o
imperador.
• Nesse período tivemos dois imperadores:
D. Pedro I (1822-1831) e
D. Pedro II (1840-1889).
• De 1831 a 1840 tivemos um período chamado
Regencial, pois D. Pedro I abdicou do poder e
deixou seu filho de apenas 5 anos como
imperador.
• Regentes foram nomeados para governar o
Brasil, enquanto D. Pedro II não se tornava
maior de idade para assumir o trono.D. Pedro II quando bebê. Óleo sobre tela, de Arnaud Julien Pallière (1784-1862.
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Algumas informações sobre D. Pedro I
• D. Pedro I, nasceu em Portugal e veio para o
Brasil junto com a Família Real.
• Foi nomeado príncipe regente do Brasil por seu
pai, D. João VI, quando este retornou à Portugal.
• No Brasil, se aproximou de grupos políticos que
desejavam a separação política e econômica
entre Brasil e Portugal.
• Devido às pressões portuguesas, proclamou a
Independência do Brasil, no dia 7 de setembro
de 1822.
D. Pedro I, 1830, Simplício Rodrigues de Sá.
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• Em 1826, foi rei de Portugal por alguns meses
sob o nome de D. Pedro IV, mas abdicou do
trono em favor de sua filha, D. Maria da Glória.
• O governo de D. Pedro I no Brasil, foi
autoritário com caráter absolutista.
• Envolveu-se com grupos de comerciantes,
militares e altos funcionários portugueses,
formou-se assim, o Partido Português.
• Grupos político brasileiros, a imprensa, tropas
militares e a população, juntaram-se em
oposição ao governo português.
Coroação de D. Pedro I, pintado por Jean-Baptiste Debret.
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Independência do Brasil
• Nossa independência foi retratada por
diversos pintores.
• No detalhe ao lado, o quadro de
François-René Moreaux, pintado em 1844 a
pedido do Senado Imperial. D. Pedro é
saudado por populares após a proclamação
da independência.
• A seguir, no quadro do pintor Pedro Américo,
que também representa nossa
Independência, vemos outro “olhar” do
mesmo acontecimento.
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Óleo sobre tela, 1888. O quadro Independência ou Morte é conhecido como Grito do Ipiranga.
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Primeira Constituição do Brasil - 1824
• Em algumas províncias, D. Pedro I ao proclamar
a independência enfrentou resistências, foi
preciso organizar rapidamente o novo Estado.
• Para isso, foi convocada uma Assembléia
Constituinte que tinha a função de elaborar uma
constituição para o Império do Brasil.
• A Assembléia Constituinte era formada por
homens eleitos nas províncias, no entanto,
representavam a elite aristocrática brasileira.
• O voto não era permitido para as mulheres,
para os homens de baixa renda e para os
escravos. Só votavam os senhores de escravos
e os donos de terras no Brasil.
• A Assembléia Constituinte foi dissolvida por
D. Pedro I.
• A Constituição foi elaborada por D. Pedro I e
um grupo de viscondes e marqueses. Foi
outorgada em 25 de março de 1824, não foi
aprovada, nem elaborada pelos
representantes eleitos pelos cidadãos.
• Algumas características da nossa primeira
constituição:
– Somente homens livres com mais de 21 anos
e com uma determinada renda anual tinham
direito ao voto (voto censitário).
– O senado era vitalício.
– O Imperador não podia ser responsabilizado
por seus atos.
– O catolicismo era a religião oficial do Império.
– Foi instituído quatro poderes: o Legislativo, o
Executivo, o Judiciário e o Poder Moderador
que tinha poderes acima dos demais e era
exercido pelo Imperador.
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• O Poder Moderador, exclusivo do
imperador, nomeava os presidentes das
províncias, chefes das Forças Armadas,
podia também dissolver a Câmara dos
Deputados e demitir ministros. Além disso,
permitia a D. Pedro ocupar ao mesmo
tempo, o trono brasileiro e um trono
estrangeiro.
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Do Equador à Cisplatina
• As atitudes do imperador geraram um clima de
insatisfação e descontentamento entre os
brasileiros. A centralização do poder e a
proximidade de D. Pedro I com o Partido
Português piorava esta situação.
• Contra a dissolução da constituinte e o
centralismo da constituição levantaram-se as
forças federalistas e republicanas.
• Em Pernambuco, a 2 de julho de 1824, os
federalistas e republicanos proclamaram a
Confederação do Equador, uma república
federalista independente.
• A confederação foi derrotada pelas tropas do
governo e muitos revolucionários foram
executados, dentre os quais Frei Caneca.
Frei Caneca, um dos revolucionários que foi executado.
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• Em março de 1825, um grupo de uruguaios, os
chamados Trinta e Três, apoiado pelo governo
de Buenos Aires, iniciou a luta pela
independência da província Cisplatina, atual
Uruguai.
• O Brasil declarou guerra à Argentina e bloqueou
o porto de Buenos Aires.
• Por intervenção da Inglaterra, Argentina e Brasil
reconheceram, em agosto de 1828, a
independência da República da Banda Oriental
do Uruguai.
• A guerra da Cisplatina representou grande
desgaste para o governo de D. Pedro I. Ele era
acusado pelos insucessos militares da guerra e,
ao mesmo tempo, criticado por negar aos
uruguaios os mesmos direitos e liberdades dos
súditos brasileiros.
Juramento dos Trinta e Três orientais, óleo sobre tela de Juan Manuel Blanes.
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• Por todas estas disputas internas e externas, o
governo de D. Pedro I estava enfraquecido.
• Com a morte de D. João VI, em 1826, o trono
português foi disputado entre D. Pedro I e seu irmão,
D. Miguel.
• D. Pedro I sabia que a elite brasileira não aceitaria
que ele assumisse o trono de Portugal, pois isso
significaria a união das duas nações. Assim, levaria o
Brasil, a uma recolonização.
• D. Maria II assumiu o trono português após a
abdicação de D. Pedro I ao trono, no entanto,
D. Miguel, apoiado por setores mais conservadores
de Portugal deu um golpe de Estado e subiu ao trono
de Portugal. A rainha D. Maria II assume o poder em Portugal.
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• D. Pedro I enfrentou graves crises:
– o sul do país estava em guerra.
– a produção agrícola passava por problemas.
– o Banco do Brasil estava á beira da falência.
– a moeda brasileira sofreu uma desvalorização
enorme, o que gerou um aumento de preços nas
mercadorias.
• Por causa desse conjunto de fatores a
impopularidade do imperador cresceu e a
insatisfação do povo aumentou.
• No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I não teve
saída abdicou do trono brasileiro, deixou seu filho
Pedro de Alcântara de 5 anos na sucessão. Partiu
para Portugal no dia 13 do mesmo mês com o
simples título de duque de Bragança.
• Morreu dias depois. D. Pedro II, na abertura da assembléia geral, óleo sobre tela, 1872, tela pintada por Pedro Américo.
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