EDIÇÃO 1
OUT 14
Caros Leitores
A REVISTA FET FUT tem como missão
dar a conhecer o universo do futebol e
futsal feminino nacional.
Abraçámos este projeto pois pensamos
que será interessante e uma mais valia
para o futebol feminino.
Em cada edição iremos dar destaque
ás futebolistas, treinadores e árbitros,
que dignificam estas modalidades.
Esperamos que apreciem o nosso tra-
balho.
Equipa REV FEM FUT
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O Futebol e Futsal Feminino já mere-
ciam um desafio assim.
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“Vamos ter um Benfica
lutador em todas as frentes e com a
ambição de ganhar todos os títulos em
disputa.”
- A equipa feminina de futsal do Benfica
entrou em grande nesta nova época ao vencer
a 1ª Supertaça Nacional frente ao campeão
Golpilheira por um expressivo 6 a 2. Podemos
esperar para este ano um Benfica mais forte
ao ataque do título de campeão nacional?
Não podemos fazer essa analise tão redutora, no
sentido que a 6 de Setembro apenas estávamos
a trabalhar à 3 semanas e a Golpilheira provavel-
mente ao mesmo tempo. Certo é que vamos ter
um Benfica lutador em todas as frentes e com a
ambição de ganhar todos os títulos em disputa.
Temos a mesma base do ano passado e reforça-
mo-nos com 5 atletas, e dessa forma podemos
dizer que o plantel está mais equilibrado.
- Qual o balanço que faz do 1º Campeonato
Nacional de futsal feminino?
É um balanço positivo, onde ocorreram mais
jogos com um grau de dificuldade maior, onde
quer a intensidade competitiva, quer a intensida-
de desportiva estiveram a níveis superiores aos
dos anos anteriores. No entanto, devido ao facto
da época continuar a ser muito longa, com fases
distintas, provoca um desgaste e um aperto
financeiro que nem todas as equipas conseguem
suportar. Na minha opinião, deveríamos fazer
novamente um balanço de tudo o que aconteceu,
para tentar melhorar, minimizar custos, aumentar
a visibilidade e com isso aumentar a qualidade
das equipas e atletas.
- A Rita em 2012 teve uma experiência no
campeonato espanhol. Sentiu muitas diferen-
ças entre o futsal português e o futsal espa-
nhol? quais?
Em primeiro lugar são países com culturas des-
portivas muito diferentes, que se vão reflectir nos
campeonatos e na qualidade das atletas. Devido
à dimensão do país, sua situação económica e
número de atletas, é um campeonato mais exi-
gente quer a nível desportivo, quer a nível organi-
zacional. Foi uma experiencia incrível, quer como
atleta, e como pessoa a nível pessoal e profissio-
nal.
- Como vê a evolução do futsal feminino nos
últimos anos em Portugal?
Foi uma evolução muito positiva, no sentido que
se criarem mais competições, aumentou a visibili-
dade e consequentemente um maior número de
atletas, no entanto, o caminho ainda é longo
todos os agentes desportivos têm de continuar a
mobilizar-se e a trabalhar para que o futsal femi-
nino não perca a visibilidade e o lugar que já con-
quistou!
- Um futuro em crescente passa por uma aposta
na formação de qualidade por parte dos clubes?
Não só aposta na formação, mas também muito
importante é uma aposta nos treinadores de qua-
lidade, no trabalho técnico/tático das equipas
técnicas e na aposta pessoal das atletas em
Foto: FOTOBOLISTAS.com
trabalhar para que esse dia chegue o mais breve
possível!
- A Rita é conhecida pela sua técnica indivi-
dual de excelência. Já assistimos a golos
seus do outro mundo só ao alcance dos
melhores. O que pensa no momento em que
faz um golo desses?
Não penso...simplesmente naqueles momentos e
tendo em conta a posição do adversário, da bola
e da baliza, faço o que acho que poderá resultar
melhor e umas vezes sai bem e outras não!
quererem melhorar todos os dias e focarem-se
nos pontos fulcrais do jogo. Não basta só ter
“jeito” para o futsal, se queremos ser as melhores
temos de trabalhar muitos outros aspetos que
estão para além da habilidade nata de cada uma.
- Existem cada vez mais jogadoras portugue-
sas a ingressar em equipas estrangeiras. É
um reconhecimento do valor das futsalistas
nacionais? Estas saídas podem levar a uma
diminuição da qualidade do nosso campeona-
to?
Obviamente que é um reconhecimento da nossa
qualidade, no entanto, penso que todas devem
ficar bem cientes que nem sempre essa mudan-
ça é para campeonatos mais competitivos, como
é o caso da Itália. Relativamente à qualidade do
nosso campeonato, a mesma não se põe em
causa, porque olhando para a seleção nacional,
só tens 3 atletas a jogar fora. Este “assédio” às
nossas jogadoras poderá ser um fator de motiva-
ção, para as novas gerações.
- Em Novembro a seleção nacional disputará
na Costa Rica o V Torneio Mundial de Futsal
Feminino. Depois de uma brilhante prestação
em Oliveira de Azeméis, quais são as especta-
tivas para este torneio?
Portugal sempre se assumiu como um candidato
à vitória no Torneio Mundial, no entanto não che-
ga só querer, pois o espaço selecção, é um
espaço muito competitivo e stressante, onde nem
todas as atletas conseguem potenciar a sua qua-
lidade técnica e táctica. Na minha opinião, é nes-
te factor que está a diferença entre nós e o Bra-
sil/Espanha, pois nos momentos decisivos, elas
não quebram e nós quebramos. É um trabalho
que terá de continuar-se fazer, onde a experien-
cia de umas e a irreverencia de outras, são a
combinação perfeita!
- Quem são para si as seleções mais fortes e
principais candidatas à vitória?
Brasil e Espanha, apresentam-se sempre como
fortes candidatos, onde Portugal e Rússia têm
uma palavra a dizer. Eu sei que um dia Portugal
irá ser a última equipa a entrar no campo para
receber as medalhas, e como tal, vamos é todos
Curriculum
1994 – Unidos Caxienses
1995 – 1999 – GD Os Lobinhos (Campeã
Nacional 1998)
1999 – 2004 – GDC “Novos Talen-
tos” (Campeã Nacional 2002)
2004 – 2011 – SL Benfica (5x Campeã
Nacional)
2011-2012 – FC Valladolid
2012 – 2014 – SL Benfica
Foto: FPF.pt
.
Patrícia Rino iniciou-se no futsal na Pocariça, com 12 anos. Teve uma passagem pelo futebol mas a sua paixão pelo futsal falou mais alto e regressou à equipa que a viu nascer para a modalidade. Há duas épocas ingressou na equipa da Golpilheira onde foi campeã distrital e nacional. A jovem jogadora concretizou mais um sonho, foi convoca-da por Luís Conceição para o estágio da seleção nacional de preparação para o V Torneio Mundial na Costa Rica .
- O que se sente ao se ser convocada para
representar a seleção nacional?
É o culminar de uma época de sonho, e é um
sentimento de uma enorme felicidade por poder
representar a seleção de todos nós.
- Teve uma experiência no futebol 11, o que a
fez voltar ao futsal?
Apesar de ter gostado imenso de ter jogado fute-
bol, conclui que as minhas caraterísticas se ade-
quam mais ao futsal.
- Muitas jogadoras portuguesas estão a emi-
grar, a Tita também aspira a viver uma expe-
riência num campeonato estrangeiro?
Nunca pensei seriamente no assunto. Porém ten-
do em conta que um dos meus sonhos passa por
jogar futsal de um forma profissional, não descar-
to a hipótese de poder concretizar este sonho no
estrangeiro.
- Sagrou se campeã nacional na época passa-
da, agora é chamada à seleção nacional,
podemos dizer que vive um dos melhores
momentos das sua vida futsalista?
Como já referi anteriormente, foi de fato uma épo-
ca de sonho, e aliando esta chamada à seleção
considero um dos momentos mais felizes da
minha vida.
..- Que sonhos tem como jogadora de futsal?
Jogar futsal de uma forma profissional.
- Objetivos para esta época?
A nível pessoal é fazer boas exibições e ajudar
a equipa a alcançar os seus objetivos. a nível
coletivo é pensar jogo a jogo mas sempre com
ambição.
Fotos:: Fotobolistas.com
A Seleção Nacional de futsal feminino vai
disputar o V Torneio Mundial de Futsal
Feminino, que decorrerá na Costa Rica,
entre os dias 10 e 15 de dezembro
ANA CATARINA
SS LAZIO
DANIEL RIBEIRO
SINNAI
ANA AZEVEDO
VERMOIM
RITA MARTINS
SL BENFICA
NATALINA SILVA
QTA dos LOMBOS
DANIELA FERREIRA
NOVASEMENTE
SOFIA VIEIRA
KICK OFF C5
LILIANA SALEMA
GOLPILHEIRA
CÁTIA MORGADO
NOVASEMENTE
CARLA VANESSA
SS LAZIO
INÊS FERNANDES
SL BENFICA
MELISSA ANTUNES
SANTA LUZIA
ANDREIA MARQUES
AVINTENSES
CLÁUDIA SANTOS
SL BENFICA
SOFIA FERREIRA
NOVASEMENTE
CLÁUDIA PEREIRA
QTA dos LOMBOS
RITA PALMA
QTA dos LOMBOS
JOANA MEIRA
QTA dos LOMBOS
PATRICIA RINO
GOLPILHEIRA
LUÍS CONCEIÇÃO
SELECIONADOR
Uma época de sonho para
Marco Ramos. O jovem
treinador do Ouriense gra-
vou o seu nome para sem-
pre na história do futebol
feminino nacional ao ser o
primeiro treinador de uma
equipa feminina a ultrapas-
sar a fase de apuramento
da Liga dos Campeões
Europeus.
O seu sonho é ser treinador
profissional, para isso tra-
balho todos os dias. Acredi-
tamos que está no caminho
certo.
- Em 7 meses no futebol feminino deixou o
seu nome gravado na história da modalidade.
Para além de ter conquistado o título de Cam-
peão Nacional, a Taça de Portugal, foi o pri-
meiro treinador de uma equipa portuguesa a
ultrapassar a fase de apuramento na Liga dos
Campeões Europeus.
O que se sente ao conquistar tal feito?
Como um apaixonado por futebol sinto que o
futebol feminino, ultrapassou mais uma barreira
no crescimento e desenvolvimento a nível nacio-
nal e internacional na modalidade, promovendo
assim uma mentalidade nos agentes ligados ao
futebol feminino que é possível alcançar estes
feitos quando existe uma visão bem definida em
prol de um projeto e quando o querer se aplica
dentro das 4 linhas com muita paixão e humilda-
de as consequências serão sempre feitos memo-
ráveis mesmo quando os recursos são poucos
mas os recursos humanos são par mim os princi-
pais para se chegar ao sucesso por isso sinto me
um privilegiado por ser o treinador daquelas gran-
des mulheres amadoras de sucesso.
- Podemos dizer que é um homem talhado
para o triunfo?
Não sei se estou talhado para sucesso o que sei
é que trabalho muito e sacrifico muito a minha
vida privada em prol da minha paixão o futebol e
futsal nos quais sou muito competitivo e onde me
sinto muito bem, esta época em termos desporti-
vos ganhei 4 competições coletivas e 2 prémios
individuais.
O que podemos esperar de Marco Ramos?
Sinceramente o que lhe posso dizer é que se o
Marco Ramos tivesse conseguido isto tudo no
futebol Masculino ou noutro pais, estava com a
vida muito melhor e com outras espectativas a
todo os níveis, mais oportunidades mais projetos
mais recursos financeiros, mas o que podemos
esperar da minha parte no contexto atual é muito
trabalho para continuar a ser feliz e a ter sucesso
individual e coletivamente para alcançar os meus
sonhos, ser treinador profissional ou estar ligado
à área do futebol profissionalmente.
níveis de intensidade para podemos competir com
outras equipas a nível internacional devido ao nível
de dificuldade que encontramos nas competições
internas.
- No campeonato nacional quem são na sua opi-
nião as principais equipas candidatas ao título?
Eu trabalho para que o Ourém não seja um candi-
dato mas sim o conquistador, agora sabemos que
se formos olhar para Valadares que é o vencedor
das contratações, tem também a sua obrigação
porque a aposta é grande a par do futebol Benfica,
que será sempre uma equipa que vai lutar por um
titulo. As outras, qualquer uma pode surpreender,
como nós fizemos na fase final da época passada.
- Se tivesse esse poder o que mudaria no fute-
bol feminino português?
Procurava promover as mesmas oportunidades, os
mesmos recursos, os mesmos direitos como no
futebol masculino, para que nós também pudésse-
mos exigir ainda mais de todas as jogadoras que
fazem do futebol feminino uma modalidade viva,
graças aos seus sacrifícios e esforços diários sem
terem retorno financeiro.
- O futebol feminino em Portugal não tem mui-
ta visibilidade. Na sua opinião o que poderá
ser feito para mudar isso?
Mudança de mentalidades dos agentes desporti-
vos ligados ao futebol feminino, criação de proje-
tos ao nível de clubes com objetivos mais bem
definidos, estruturação dos quadros competitivos
de acordo com os recursos e necessidades e
possibilidades dos nossos clubes.
-Existem cada vez mais jogadoras portugue-
sas a ingressar em equipas estrangeiras. É
um reconhecimento do valor das futebolistas
nacionais? Como vê estas saídas?
Além do reconhecimento do valor das nossas
jogadoras é também a necessidade destas apos-
tarem na sua carreira desportiva, já que em Por-
tugal ainda não têm essa possibilidade. Sendo
assim uma grande condicionante para o aumento
da competitividade das nossas competições inter-
nas e para existência do aparecimento de novas
jogadoras, na minha ótica , ou seja não é vantajo-
so para o desenvolvimento das nossas competi-
ções internas e do futebol feminino a saída de
algumas das melhores jogadoras do campeonato,
porque depois não temos Fotos: Facebook Marco Ramos
Ao fim de 6 épocas em Espanha, a capitã da
seleção portuguesa transfere-se para a Sué-
cia, onde defende as cores do Linkoping FC.
É uma das mais talentosas jogadoras
nacionais. Vamos conhecê-la um pouco melhor.
Nome Cláudia Teresa Pires Neto
Data Nascimento 18 Abril 1988 - 26 anos
Altura - 1,66 m
Posição - Médio
Nº - 7
Cláudia Neto é, inequivocamente, uma das
jogadoras portuguesas mais talentosa da atuali-
dade.
Começou por jogar futsal no UAC de Lagos em
2007, mas foi no futebol que mostrou todo o seu
talento.
Nunca jogou em Portugal, é uma das muitas
jogadoras portuguesas a fazer carreira no estran-
geiro.
Depois de 6 anos em Espanha rumou até à Sué-
cia onde representa o Linkoping FC.
Iniciou a sua aventura internacional no Prainsa de
Saragosa, onde permaneceu 5 épocas. Ao servi-
ço deste clube jogou uma final da Copa De La
Reina. Em Espanha Cláudia representou também
o Espanhol de Barcelona.
Aos 26 anos é capitã da seleção nacional portu-
guesa.
Datas importantes
09/3/2006 - 1ª internacionalização
Seleção A
31/03/2010 - 1ª Golo pela Seleção
principal
Conta com 72 internacionalizações pela seleção A. Foi internacional pela primeira vez em 2004 pela seleção sub 18. No seu percurso como internacional já leva 104 presenças e 10 golos marcados O seu maior sonho é representar Portugal numa fase final de um europeu ou mundial.
O QUE DIZEM DELA Patrícia Morais - “A Cláudia é uma pessoa paca-ta que gosta de estar no seu canto ...joga em qualquer equipa, porque tem uma qualidade fora do normal... como capitã é um exemplo a seguir, é uma jogadora exemplar !!! “
Foto: FOTOBOLISTAS.com
ÁLCOOL E DESPORTO NÃO COMBINAM
O álcool reduz a capacidade de resposta do organismo, acelera a perda de calor
do corpo e reduz a resistência. O nível de açúcar no sangue, que o corpo
necessita para ter energia, é produzido pelo fígado que liberta glicose na circula-ção sanguínea. O álcool reduz a capaci-dade do organismo para produzir este
açúcar; o que resulta em menos energia e menos
resistência. Durante o exercício, os músculos quei-mam açúcar, produzindo ácido láctico.
Muito ácido láctico conduz à fadiga mus-cular e cãibras.
O PODER DA BANANA
Contendo três açúcares naturais; sacarose, frutose e glucose, combinados com fibras a banana dá-te uma reserva instantânea de
energia. Pesquisas provam que somente 2 bananas
dar-te-ão energia para 90 minutos de trabalho pesado.
Mas energia não é o único benefício que a banana nos traz, ela ajuda-nos a prevenir um
substancial número de doenças. Comparando-a com a maçã: tem o quádruplo das proteínas, o dobro dos hidratos de carbo-no, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais
vitamina A e ferro, e o dobro das outras vitami-nas e minerais. É um fruto rico em potássio e
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