UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO
FERRAMENTA PARA AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM XBRL
ROSANE APARECIDA BRAZ
BLUMENAU2010
2010/1-24
ROSANE APARECIDA BRAZ
FERRAMENTA PARA AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM XBRL
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Regional de Blumenau para a obtenção dos créditos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de Sistemas de Informação— Bacharelado.
Prof. Wilson Pedro Carli, Mestre - Orientador
BLUMENAU 2010
2010/1-24
FERRAMENTA PARA AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM XBRL
Por
ROSANE APARECIDA BRAZ
Trabalho aprovado para obtenção dos créditos na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, pela banca examinadora formada por:
______________________________________________________Presidente: Prof. Wilson Pedro Carli, Mestre – Orientador, FURB
______________________________________________________Membro: Prof. Francisco Adell Péricas, Mestre, FURB
______________________________________________________Membro: Prof. Paulo Fernando da Silva, Mestre, FURB
Blumenau, 08 de junho de 2010.
Dedico este trabalho a todos os amigos, especialmente aqueles que me ajudaram diretamente na realização deste.
AGRADECIMENTOS
A Deus primeiramente, por ter iluminado nos momentos difíceis.
À minha família, meus pais e principalmente a minha irmã Denise e meu cunhado
Maciel que me incentivaram a ingressar na faculdade.
Ao meu namorado Valdecir Vieira, pela compreensão e companheirismo durante a
realização deste trabalho.
Aos meus amigos, pela ajuda e amizade.
A todos os professores e colaboradores da FURB.
Ao professor Oscar Dalfovo, que me sugeriu está idéia e incentivou no
desenvolvimento deste trabalho.
Ao meu orientador, Wilson Pedro Carli, por ter acreditado e me orientado da melhor
forma possível para a conclusão deste trabalho.
E a todos que direta ou indiretamente, contribuíram na realização deste trabalho, meus
sinceros agradecimentos.
“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertence”.
Albert Einstein
RESUMO
Este trabalho apresenta uma ferramenta para a avaliação da linguagem eXtensible Business Reporting Language (XBRL) em relação a linguagem eXtensible Markup Language (XML). O objetivo principal é a partir de um arquivo texto com dados financeiros verificar as diferenças, como o tempo e o tamanho de geração dos arquivos em relação aos demais formatos já utilizados no mercado. As demonstrações são especificadas e projetadas através da visualização de um arquivo cadastrado na ferramenta. A mesma foi desenvolvida em linguagem PHP utilizando-se o banco de dados MySQL. Como resultado, quando comparadas as linguagens em diferentes extensões de um mesmo arquivo tem-se valores diferentes em relação ao tempo de geração, tamanho do arquivo, número de linhas e quantidade de caracteres.
Palavras-chave: Área Financeira. XBRL. Comparação de Arquivo.
ABSTRACT
This work presents a tool for the evaluation of the language eXtensible Business Reporting Language (XBRL) in relation to language eXtensible Markup Language (XML). The main objective is starting from a file text with data financiers to verify the differences, as the time and the size of generation of the files in relation to the other formats used already at the market. The demonstrations are specified and projected through the visualization of a file registered in the tool. The same was developed in language PHP being used the database MySQL. As result, when compared the languages in different extensions of a same file has are valued different in relation to the time of generation, size of the file, number of lines and amount of characters.
Word-key: Financial area. XBRL. Comparison of File.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
QUADRO 1 – EXEMPLO PARCIAL DE UM DOCUMENTO TEXTO.........................20
QUADRO 2 – EXEMPLO DE UMA MENSAGEM XML.................................................20
QUADRO 3 – EXEMPLO DE LINGUAGENS XML ESPECÍFICAS.............................21
FIGURA 1 – EXEMPLO DOS COMPONENTES DA XBRL ..........................................25
FIGURA 1 – EXEMPLO DOS COMPONENTES DA XBRL ..........................................25
FIGURA 2 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO A XBRL, ESTRUTURA DE TAXONOMIA
..............................................................................................................................................27
QUADRO 4 - EXEMPLO DE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA CRIAÇÃO DE
TAXONOMIA XBRL........................................................................................................28
QUADRO 5 – EXEMPLO DA TAXONOMIA EM XML..................................................28
QUADRO 6 – EXEMPLO DE INSTANCE DOCUMENT DE UMA DETERMINADA
ENTIDADE.........................................................................................................................29
QUADRO 7 - EXEMPLO DE DOCUMENTO STYLE SHEET.......................................30
FIGURA 3 – EXEMPLO DE DEMONSTRATIVO SEM O USO DA XBRL..................32
FIGURA 4 – EXEMPLO DE DEMONSTRATIVO COM O USO DA XBRL.................33
FIGURA 5 – EXEMPLO INTEGRAÇÃO DA XBRL........................................................33
QUADRO 8 - EXEMPLO DE VANTAGENS NA DIVULGAÇÃO PELA INTERNET
VIA XBRL..........................................................................................................................35
QUADRO 9 - EXEMPLO DAS DESVANTAGENS NA DIVULGAÇÃO PELA
INTERNET VIA XBRL....................................................................................................36
QUADRO 10 - DEFINIÇÃO DOS REQUISITOS FUNCIONAIS ...................................40
QUADRO 11 – DEFINIÇÃO DOS REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS..........................40
FIGURA 6 – DIAGRAMA DE CASO DE USO DO USUÁRIO........................................41
FIGURA 8 – FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES DOS CADASTROS...........................43
FIGURA 9 – MODELO ENTIDADE E RELACIONAMENTO.......................................44
QUADRO 12 – CÓDIGO FONTE PARA DEMONSTRAÇÃO DO ARQUIVO “TXT”
..............................................................................................................................................45
FIGURA 10 – EXEMPLO DE ARQUIVO COM EXTENSÃO “.TXT”..................46
FIGURA 11 – TELA DE CADASTRO.................................................................................47
FIGURA 12 – TELA PARA EXCLUSÃO............................................................................47
FIGURA 13 – TELA PARA VISUALIZAÇÃO...................................................................48
FIGURA 14 – VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.TXT”................................................48
FIGURA 15 – VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.HTML”............................................49
FIGURA 16 – VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.XML”..............................................49
FIGURA 17 –VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.XBRL”..............................................50
FIGURA 18 – CÁLCULO NO FORMATO “.TXT”...........................................................51
FIGURA 19 – CÁLCULO NO FORMATO “.HTML”.......................................................52
FIGURA 20 – CÁLCULO NO FORMATO “.XML”..........................................................52
FIGURA 21 – CÁLCULO NO FORMATO “.XBRL”........................................................52
QUADRO 13 – UC01.01 – EFETUAR LOGIN....................................................................59
QUADRO 14 – UC01.02 – EFETUAR CADASTRO DE ARQUIVO................................60
QUADRO 15 – UC01.03 – GERAR ARQUIVO PARA HTML, XML E XBRL..............60
QUADRO 16 – UC01.04 – VISUALIZAR ARQUIVO........................................................61
QUADRO 17 – TABELA USUÁRIO....................................................................................62
QUADRO 18 – TABELA ARQUIVO...................................................................................62
Lista de tabelas
TABELA 1 – RESUMO COMPARATIVO DAS LINGUAGENS PARA
DEMONSTRAÇÃO DE DADOS.....................................................................................54
LISTA DE SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AICPA – American Institute of Certified Public Accountats
ASCII - American Standard Code for Information Interchange
BP – Balanço Patrimonial
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
CPA - Certified Public Accountant
CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis
CVM - Comissão de Valores Mobiliários
DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
DOAR – Demonstração das Origens e Aplicação dos Recursos
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
EAN BRASIL – Associação Brasileira de Automação
EBXML - Electronic Business using eXtensible Markup Language
EDI – Eletronic Data Interchange
EDIFACT - United Nations Electronic Data Interchange for Administration Commerce and
Transport
ETL - Extração, Transformação e Transporte
HTML – Hyper Text Markup Language
IAS - International Accounting Standards
IASB - International Accounting Standard Bord
ICAEW - Institute of Chartered Accountants in England and Wales
IFRS - International Financial Reporting Standards
ISO - International Organization for Standardization
MER – Modelo de Entidade Relacional
ONU - Organização das Nações Unidas
PDF - Portable Document Format
PHP – Hypertext Preprocessor
SGML - Standard Generalized Markup Language
SQL - Structure Query Language
TXT – Text
UK - United Kingdown
XBRL - eXtensible Business Reporting Language
XFRML - eXtensible Financial Reporting Markup Language
XML - eXtensible Markup Language
XLink - XML Linking Language
XPE - XBRL Processing Engine
W3C - World Wide Web Consortium
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16
1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................................17
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO.......................................................................................17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 18
2.1 COMUNICAÇÃO FINANCEIRA.....................................................................................18
2.1.1 EAN BRASIL..................................................................................................................18
2.2 XML....................................................................................................................................19
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 168).........................20
QUADRO 1 – EXEMPLO PARCIAL DE UM DOCUMENTO TEXTO........................20
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 168).......................20
QUADRO 2 – EXEMPLO DE UMA MENSAGEM XML................................................20
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 168).........21
QUADRO 3 – EXEMPLO DE LINGUAGENS XML ESPECÍFICAS............................21
2.2.1 Vantagens da XML..........................................................................................................21
2.2.2 Desvantagens da XML....................................................................................................22
2.3 A LINGUAGEM XBRL.....................................................................................................22
2.3.1 A distinção entre XML e XBRL......................................................................................24
2.3.2 Componentes da XBRL ..................................................................................................24
FIGURA 1 – EXEMPLO DOS COMPONENTES DA XBRL .........................................25
2.3.2.1 A Taxonomia XBRL....................................................................................................26
FIGURA 2 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO A XBRL, ESTRUTURA DE
TAXONOMIA....................................................................................................................27
QUADRO 4 - EXEMPLO DE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA CRIAÇÃO DE
TAXONOMIA XBRL........................................................................................................28
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 172).........................28
QUADRO 5 – EXEMPLO DA TAXONOMIA EM XML.................................................28
2.3.2.2 Instance Document.......................................................................................................29
QUADRO 6 – EXEMPLO DE INSTANCE DOCUMENT DE UMA DETERMINADA
ENTIDADE.........................................................................................................................29
2.3.2.3 Style Sheet...................................................................................................................30
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 175)......................30
QUADRO 7 - EXEMPLO DE DOCUMENTO STYLE SHEET......................................30
2.3.4 XBRL no Brasil...............................................................................................................31
FIGURA 3 – EXEMPLO DE DEMONSTRATIVO SEM O USO DA XBRL.................32
FIGURA 4 – EXEMPLO DE DEMONSTRATIVO COM O USO DA XBRL................33
FIGURA 5 – EXEMPLO INTEGRAÇÃO DA XBRL.......................................................33
2.3.5 A implantação da XBRL no Brasil..................................................................................34
2.3.5.1 Vantagens da XBRL.....................................................................................................35
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 178).................35
QUADRO 8 - EXEMPLO DE VANTAGENS NA DIVULGAÇÃO PELA INTERNET
VIA XBRL..........................................................................................................................35
2.3.5.2 Desvantagens da XBRL...............................................................................................36
FONTE: RICCIO, SAKATA, MOREIRA E QUONIAM (2006, P. 178).......................36
QUADRO 9 - EXEMPLO DAS DESVANTAGENS NA DIVULGAÇÃO PELA
INTERNET VIA XBRL....................................................................................................36
2.4 TRABALHOS CORRELATOS.........................................................................................36
3 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 39
3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES.......................................................................39
3.1.1 Requisitos da ferramenta..................................................................................................40
QUADRO 10 - DEFINIÇÃO DOS REQUISITOS FUNCIONAIS ..................................40
QUADRO 11 – DEFINIÇÃO DOS REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS.........................40
3.2 ESPECIFICAÇÃO..............................................................................................................41
3.2.1 Diagramas de Caso de Uso..............................................................................................41
FIGURA 6 – DIAGRAMA DE CASO DE USO DO USUÁRIO.......................................41
3.2.3 Diagrama de atividades....................................................................................................42
FIGURA 8 – FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES DOS CADASTROS..........................43
FIGURA 9 – MODELO ENTIDADE E RELACIONAMENTO......................................44
3.3 IMPLEMENTAÇÃO..........................................................................................................44
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas....................................................................................44
QUADRO 12 – CÓDIGO FONTE PARA DEMONSTRAÇÃO DO ARQUIVO “TXT”
..............................................................................................................................................45
3.3.2 Operacionalidade da implementação...............................................................................45
FIGURA 10 – EXEMPLO DE ARQUIVO COM EXTENSÃO “.TXT”.................46
FIGURA 11 – TELA DE CADASTRO................................................................................47
FIGURA 12 – TELA PARA EXCLUSÃO...........................................................................47
FIGURA 13 – TELA PARA VISUALIZAÇÃO..................................................................48
FIGURA 14 – VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.TXT”...............................................48
FIGURA 15 – VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.HTML”...........................................49
FIGURA 16 – VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.XML”.............................................49
FIGURA 17 –VISUALIZAÇÃO NO FORMATO “.XBRL”.............................................50
FIGURA 18 – CÁLCULO NO FORMATO “.TXT”..........................................................51
FIGURA 19 – CÁLCULO NO FORMATO “.HTML”......................................................52
FIGURA 20 – CÁLCULO NO FORMATO “.XML”.........................................................52
FIGURA 21 – CÁLCULO NO FORMATO “.XBRL”.......................................................52
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................53
TABELA 1 – RESUMO COMPARATIVO DAS LINGUAGENS PARA
DEMONSTRAÇÃO DE DADOS.....................................................................................54
4 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 55
4.1 EXTENSÕES......................................................................................................................55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................57
APÊNDICE A – Detalhamento dos casos de uso................................................................59
QUADRO 13 – UC01.01 – EFETUAR LOGIN...................................................................59
QUADRO 14 – UC01.02 – EFETUAR CADASTRO DE ARQUIVO...............................60
QUADRO 15 – UC01.03 – GERAR ARQUIVO PARA HTML, XML E XBRL.............60
QUADRO 16 – UC01.04 – VISUALIZAR ARQUIVO.......................................................61
APÊNDICE B – Dicionário de dados das tabelas utilizadas pela ferramenta.................62
QUADRO 17 – TABELA USUÁRIO...................................................................................62
QUADRO 18 – TABELA ARQUIVO..................................................................................62
1 INTRODUÇÃO
A globalização, a nova economia e a sociedade da informação estão presentes no dia-
a-dia, independentemente das atividades a que se dediquem. Os países e as pessoas estão cada
vez mais interligados. Antes, pelos meios tradicionais de comunicação, e agora,
principalmente por meio da internet, empresas divulgam suas informações financeiras visando
atender às legislações específicas e às entidades reguladoras dos mercados em que atuam.
Estas também dependem da sociedade, que cobra uma nova imagem, na qual as empresas
devem se mostrar mais modernas, abertas e transparentes. Para tanto, são necessários meios
capazes de transmitir informação financeira, de forma mais ágil e dinâmica do que as
tecnologias apresentadas até hoje.
Atualmente a tecnologia de comunicação mais difundida é a eXtensible Markup
Language (XML), estando em diversos mercados, inclusive no mercado financeiro. Já a
eXtensible Business Reporting Language (XBRL), é uma tecnologia baseada na eXtensible
Markup Language (XML). Suas atribuições são bastante aproximadas, mas sendo o foco da
XBRL o diálogo financeiro. Ela se torna centralizadora, pois a XML permite diversas formas
de definição das tags de comunicação. Já a XBRL define determinadas tags para que o
diálogo seja completo com diversas estruturas pré-definidas (RICCIO; SAKATA;
MOREIRA; QUONIAM, 2006, p.167).
Segundo Riccio, Sakata, Moreira, Quoniam (2006, p.3), a XBRL foi rapidamente
adotada pelas entidades reguladoras de vários países, para substituir os relatórios financeiros
em papel, arquivos no formato Portable Document Format (PDF), planilhas e outros
formatos. Diante deste comportamento internacional quanto a esta tecnologia, se objetiva com
este trabalho a comparação da linguagem XBRL, com outras formas de troca de informações,
focadas para o mercado financeiro.
Observando-se o mercado financeiro, entre as imensas flutuações do mercado de
valores e as comunicações entre empresas e estruturas financeiras, detecta-se que para cada
diálogo, uma linguagem é utilizada. Isto sugere a coexistência de uma comunicação única e
estável, analisando a utilização da XBRL como linguagem para essas comunicações. Sob esta
ótica a XBRL tem no mercado concorrências como a XML, a Text (TXT) e a Hyper Text
Markup Language (HTML). Desta forma, atualmente a XML é sua maior concorrente e com
um nível de abrangência maior. A comparação entre estas linguagens possibilita uma real
visualização das vantagens a serem obtidas com a aplicação de uma ou de outra tecnologia.
16
1.11.1 OBJETIVOSOBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é avaliar a linguagem XBRL em relação a XML quanto a sua
aplicabilidade para a divulgação de informações financeiras através de uma ferramenta
computacional.
Os objetivos específicos do trabalho são:
a) implementação de uma ferramenta para avaliação das linguagens através de um
estudo de caso;
b) demonstração das vantagens e desvantagens entre as linguagens em relação ao
tempo de processamento, tamanho, linhas e caracteres.
1.21.2 ESTRUTURA DO TRABALHOESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho está estruturado em quatro capítulos. No primeiro capítulo aborda-se a
introdução, objetivos gerais e específicos a serem alcançados e a sua estrutura.
No segundo capítulo aborda-se a fundamentação teórica com os principais assuntos
abordados tais como a comunicação financeira, a linguagem XML, a XBRL e os trabalhos
correlatos.
No terceiro capítulo aborda-se o desenvolvimento da ferramenta com o levantamento
de informações, a especificação e modelagem com os diagramas gerados, a operacionalidade
da ferramenta e as considerações finais.
Finalizando, no quarto capítulo descrevem-se as conclusões e as sugestões para
trabalhos futuros.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo aborda assuntos a serem apresentados nas seções a seguir, tais como a
Comunicação Financeira, a linguagem XML, a linguagem XBRL e os trabalhos correlatos.
2.12.1 COMUNICAÇÃO FINANCEIRACOMUNICAÇÃO FINANCEIRA
Em uma economia global em que os sistemas de informação e de tecnologias de
comunicação possibilitam a transação do capital em escala global e num curto espaço de
tempo, as questões relacionadas com o governo das sociedades, transparência e informação ao
investidor têm obtido cada vez mais visibilidade.
A área da comunicação financeira e de relações com os investidores assumem hoje um
papel determinante na construção e manutenção de relacionamentos mutuamente benéficos
entre todos aqueles que integram os mercados financeiros.
Conforme a Associação Brasileira de Automação (EANBrasil), conhecer o
funcionamento dos mercados financeiros e os processos de capitalização e relacionamento
com os investidores e de diálogo com as instituições financeiras é hoje um fator crítico para o
sucesso (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO, 2009).
2.1.1 EAN BRASIL
Segundo o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (2005 apud
POLIDORO, 2007, p. 29), EAN Brasil quer dizer Associação Brasileira de Automação. A
mesma foi fundada em oito de novembro de 1983 e recebeu do governo federal a
responsabilidade de administrar no território brasileiro a troca eletrônica de dados e o código
nacional de produtos, também conhecido como o código de barras.
Conforme Associação Brasileira de Automação (2009) cita, ela tem o intuito de
proporcionar aos seus associados um padrão de qualidade, evitando mudança desordenada
18
destes padrões no futuro, oferecendo melhoria contínua de processos e serviços com ética e
imparcialidade.
A partir de 2006, a Associação Brasileira de Automação (EANBrasil) declara ter
ampliado seus conceitos, criando uma divisão, a qual denomina de “marca”, chamada GS1
Brasil.
Segundo Araujo (2007 apud POLIDORO, 2007, p. 29), a GS1 Brasil é uma associação
multissetorial e sem fins lucrativos e sua missão é a de implementar e disseminar globalmente
padrões para melhoria das cadeias de suprimentos colaborando para o processo de automação
desde a matéria-prima até o consumidor final.
Conforme declara a própria GS1 Brasil, seu objetivo é ser a organização com maior
preparo para o gerenciamento da cadeia de suprimentos e de demanda. Seu significado
continua sendo Associação Brasileira de Automação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
AUTOMAÇÃO, 2009).
2.22.2 XMLXML
Conforme a Associação Brasileira de Automação (2009), eXtensible Markup
Language (XML) foi desenvolvido pela Word Wide Web Consortium (W3C), consórcio
internacional que regulamenta padrões para a web e surgiu para trazer o poder do Standard
Generalized Markup Language (SGML) para a web, agregando semântica aos seus
conteúdos, contornando as limitações do HTML e tornando possível novos tipos de
aplicações na internet.
A XML é considerada de grande importância na internet e em grandes intranets
porque provê a capacidade de interoperação dos computadores por ter um padrão flexível e
aberto e independente de dispositivo. As aplicações podem ser construídas e atualizadas mais
rapidamente e também permitem múltiplas formas de visualização dos dados estruturados. A
mais importante característica da XML se resume em separar a interface com o usuário
(apresentação) dos dados estruturados.
Conforme Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), a XML é uma linguagem para
construir linguagens e, dessa maneira, não poderia uma única linguagem servir para todos os
tipos de necessidades. Uma extensa gama de aplicações para a XML vem surgindo ao longo
19
do tempo, e com isso essa linguagem está sendo utilizada em diversos campos, como o da
matemática e da física, bem como tem sido aplicada a atividades de negócios, como no caso
do comércio eletrônico, entre outros. Assim, cada grupo desenvolve a linguagem XML
voltada para suas necessidades específicas. O quadro 1 apresenta um exemplo de documento-
texto (parcial).
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 168).Quadro 1 – Exemplo parcial de um documento texto
No exemplo do quadro 2, demonstram-se as informações financeiras no formato
XML.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 168).Quadro 2 – Exemplo de uma mensagem XML
20
No quadro 3 apresenta-se as linguagens XML específicas.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 168).Quadro 3 – Exemplo de linguagens XML específicas
2.2.1 Vantagens da XML
Algumas das principais vantagens existentes são:
a) flexível: é possibilita a representação, quer de dados estruturados, quer de dados
semi-estruturados;
b) auto-contida: as organizações podem utilizá-la para desenvolver padrões
específicos definindo esquemas comuns, de modo a trocarem, eficientemente,
dados entre si;
c) portável: permite criar estrutura bastante complexas;
d) fácil de utilizar: pelas aplicações de software, o que torna possível atingir níveis
de automação bastante elevados;
e) extensível: a possibilidade de criar etiquetas de um modo arbitrário (respeitando
sempre as regras de alinhamento), permite adaptar a estrutura de um documento
XML a praticamente qualquer situação específica;
f) legível: os documentos são, relativamente fáceis de interpretar, manipular e
interrogar. Esta característica pode também revolucionar o modo como as
pesquisas são efetuadas na W3C, permitindo o aparecimento de motores de
21
pesquisa que realizem as pesquisas tendo em conta o significado (contexto) dos
dados, em vez de se basearem unicamente na associação de palavras-chave.
2.2.2 Desvantagens da XML
Segundo o World Wide Web Consortium (2005), a sintaxe de XML é muito prolixa e
redundante, com repetição das tags. Isto acarreta em um custo mais alto de armazenamento de
transmissão de dados. Algumas das principais desvantagens serão apresentadas:
a) tamanho: é maior que o de formato binário;
b) custo de processamento: por exigir maior tempo de processamento;
c) complexidade: consome maior largura de banda de rede e espaço de
armazenamento.
2.32.3 A LINGUAGEM XBRLA LINGUAGEM XBRL
Conforme Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), a linguagem eXtensible
Business Reporting Language (XBRL) é uma das variantes da XML, com o propósito de se
tornar a linguagem padrão para divulgação de demonstrativos financeiros, que está sendo
desenvolvida pelo consórcio XBRL Internacional. O início do desenvolvimento da XBRL
data de abril de 1998, com Charles Hoffman, um Certified Public Accountant (CPA) da
empresa Knight Vale and Gregory, na cidade de Tacoma, estado de Washington, nos Estados
Unidos da América. O mesmo passou a pesquisar o uso da linguagem (XML para relatar
informações financeiras para divulgação eletrônica). Em julho de 1998, ele levou suas idéias
ao American Institute of Certified Public Accountats (AICPA), que se interessou pela idéia e
criou um projeto para o desenvolvimento de um protótipo da linguagem, o qual foi
apresentado em 15 de janeiro de 1999.
O AICPA então se convenceu da utilidade da linguagem e, em junho de 1999, deu
início a um projeto que teve o nome inicial de eXtensible Financial Reporting Markup
Language (XFRML). Em agosto daquele ano, mais onze companhias também se juntaram ao
projeto e formaram o comitê de desenvolvimento da linguagem, sob o comando do AICPA.
22
Eram elas, a Arthur Andersen, a Deloitte e Touche, a e-content Company, a Ernest e Young
Edgar Online, a Frx Software Corporation, a Grate Pains, a KPMG, a Microsoft Corporation,
a Price Water House Coopers e a The Woodburn Group. Em outubro daquele ano, já
acontecia o primeiro evento público sobre o assunto na cidade de Nova Iorque, sendo que
neste encontro já se definiu que seria criada a primeira taxonomia dirigida para divulgação
financeira dos setores comercial e industrial dos Estados Unidos, uma vez que estas
representavam cerda de 80% das companhias norte-americanas (RICCIO; SAKATA;
MOREIRA; QUONIAM, 2006).
O consórcio teve seu nome mudado oficialmente para eXtensible Business Reporting
Language (XBRL) em abril de 2000, sendo que em julho daquele mesmo ano, anunciam-se
não só a conclusão da taxonomia para companhias comerciantes e industriais dos Estados
Unidos, mas também a internacionalização do consórcio, visando à rápida expansão da
linguagem. Em fevereiro de 2001, realizou-se a primeira XBRL International Conference na
cidade de Londres, contando com representantes de 10 países. Nesse evento, a International
Accounting Standard Bord (IASB), já apresentou, para ser apreciada, uma versão da
taxonomia International Accounting Standards (IAS). Também o The Institute of Chartered
Accountants in England and Wales (ICAEW), anunciou a formação de um grupo para
desenvolver a versão United Kingdown (UK) da taxonomia da XBRL. Dessa maneira, fica
claro que a XBRL não surgiu por acaso e nem foi uma descoberta, mas, como acontece em
todas as áreas da ciência, é fruto de uma evolução de conhecimentos (RICCIO; SAKATA;
MOREIRA; QUONIAM, 2006).
Para Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), a XBRL foi desenhada para suportar
todos os formatos de relatórios financeiros e de negócios e, sendo baseado na linguagem
XML, aumenta a velocidade do envio das informações eletrônicas. Na liderança de seus
estudos e pesquisas nos Estados Unidos e no mundo, o AICPA está apostando fortemente na
linguagem e encabeça o consórcio internacional XBRL. Os pesquisadores afirmam que a
XBRL em breve será a linguagem padrão para todos os relatórios financeiros, desde a
distribuição de informações financeiras a bancos e investidores para cumprir as regras das
instituições de controle até carregar informações financeiras em um site da web.
O desenvolvimento certamente irá revolucionar a maneira como a informação é
disponibilizada, usada e processada. Segundo um artigo publicado no The Certified Public
Accountant (CPA) Journal, o AICPA anunciou naqueles dias, sua lista de top 10 de
tecnologias que mais iriam afetar a profissão contábil em 2004, sendo que entre essas 10
23
estava à tecnologia de troca de informações de negócios, via internet, tendo citado
especificamente a linguagem XBRL (RICCIO; SAKATA; MOREIRA; QUONIAM, 2006).
2.3.1 A distinção entre XML e XBRL
Apesar dos termos eXtensible Markup Language (XML) e eXtensible Business
Reporting Language (XBRL) estarem fortemente relacionados, faz-se necessário uma
distinção clara entre cada um deles. Desta forma tem-se, conforme Riccio, Sakata, Moreira e
Quoniam (2006), as seguintes definições:
a) eXtensible Markup Language (XML), utiliza-se de tags, entretanto não limita o
número desses rótulos, mas sim permitem uma rede desses componentes
(taxonomia) as devidas relações entre elas. A linguagem XML é mantida pelo
W3C, na qual os dados são independentes e podem ser encaminhados a qualquer
dispositivo, como computador, telefone celular e outros, e permite a seus
desenvolvedores oferecer os dados de maneira uniforme e consistente;
b) eXtensible Business Reporting Language (XBRL) é baseado na XML, tendo
sido desenvolvido especificamente para a emissão de relatórios financeiros, sendo
assim um complemento daquela linguagem, permitindo que os usuários
identifiquem de maneira única os itens que são disponibilizados em seus
demonstrativos. A XBRL é um modelo livre e aberto desenvolvido pelo consórcio
XBRL International.
2.3.2 Componentes da XBRL
A linguagem XBRL possui os seguintes componentes, conforme Riccio, Sakata,
Moreira e Quoniam (2006):
a) entende-se que a taxonomia, definindo os fatos financeiros a serem descritos nos
relatórios, constitui-se do vocabulário ou dicionário de termos a serem usados no
instance document, na forma como eles se relacionam entre si, sendo que uma ou
mais taxonomias podem ser usadas em um único instance document;
b) o instance document: é neste arquivo que serão informados os valores e sua
24
aplicação dentre os elementos da taxonomia;
c) o style sheet: pode ser utilizado, sendo assim, não é obrigatório, e age como
complemento no momento da conversão da saída para o formato desejado,
definindo propriedades visuais a serem utilizadas na leitura do documento.
Da leitura e interpretação desses documentos, a aplicação da XBRL gerará as
informações sobre os relatórios financeiros, no formato de arquivo XML. Estas informações
poderão então ser baixadas para outros programas, que farão processamentos posteriores, ou
então poderão ser formatadas para visualização que permitirá transformar as informações para
qualquer formato desejado, como outro arquivo XML, ou um arquivo PDF, ou um arquivo em
formato HTML, arquivos impressos ou qualquer outro tipo de saída desejada (RICCIO;
SAKATA; MOREIRA; QUONIAM, 2006).
Na figura 1, apresenta-se a relação mútua entre instance document, uma taxonomia e
um style sheet, relacionado entre os componentes da XBRL. Tem-se uma determinada
taxonomia, previamente criada, sendo acessada para fornecer elementos que permitem validar
os dados contidos no instance document, sendo que o style sheet é posteriormente acessado, a
fim de se transformarem os dados, então no formato XBRL, para qualquer outro formato
necessário, dependendo dos interesses e necessidades de seus usuários.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 176).Figura 1 – Exemplo dos componentes da XBRL
25
2.3.2.1 A Taxonomia XBRL
Segundo Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), os grandes estudos e discussões
atuais da eXtensible Business Reporting Language (XBRL) estão focados na definição das
taxonomias específicas para seus usuários. São na taxonomia, por meio de um vocabulário
controlado, que poderão ser construídos documentos para a área financeira. Essa
especificação dos dados, que é a explicação técnica do que vem a ser a XBRL e de como
funciona (a metalinguagem) forma a base da linguagem e viabiliza a função principal da
mesma. Esta função facilita a divulgação de ampla gama de conteúdos contábil-financeiros
apesar da complexidade das informações e regras que esse deve seguir, de maneira que
possam ser facilmente compartilhados, compreendidos e manuseados pelos usuários.
A taxonomia define os termos que serão utilizados nos demonstrativos, assim como os
tipos de dados que serão obrigados por cada um destes termos, que serão dados pelas
especificações de cada item, e ainda as relações entre cada um destes termos, que resultarão
em um relatório final.
De acordo com a Enciclopédia Britânica, o termo taxonomia, na biologia, é a
classificação de um organismo em hierarquias de agrupamento, do geral para o particular, que
reflete as relações evolucionais e morfológicas. Assim, de uma forma geral, entende-se por
taxonomia o estudo de princípios gerais de classificação científica (MERRIAN-WEBSTER,
2004).
Assim, de acordo com Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), a taxonomia da
XBRL pode ser entendida como um dicionário para fornecer definições-padrão para as
informações dos relatórios financeiros, construindo a partir de sua estrutura e hierarquias.
Nele estariam contidas as descrições dos dados numéricos e textuais a serem reportados em
cada caso especificam e preparados de acordo com tal especificação. O cuidado que está
sendo tomado na construção dessa taxonomia é decorrência da complexidade que existe
quando se pensa em relatórios financeiros oriundos de diferentes tipos de organização,
devendo seguir diferentes padrões, regras e regulamentos de diversos países, e que contêm os
mais variados tipos de informação.
É então a taxonomia que irá permitir a característica de extensibilidade, ou
expansibilidade ou customização, da XBRL. Ela precisa contemplar as necessidades de todos
os participantes da cadeia de usuários de relatórios financeiros. Isto inclui diferentes
26
organizações em diferentes países e jurisdições contábeis, todos com diferentes pontos de
vista do mundo desta maneira, expansibilidade é uma característica crítica da XBRL. Para
satisfazer às necessidades de cada jurisdição contábil, cada setor da indústria, cada
organização individual, é que a XBRL foi concebida, buscando ser extensível, solução
encontrada nas chamadas taxonomias.
Outra característica encontrada na XBRL é a flexibilidade que proporciona, pois foi
concebida possibilitando criar pares nome-valor, de maneira a fornecer informações
fundamentais sobre eles, como atributos, tipos de dados, formatos e outros, e isso pode ser
explorado visando a adaptar a linguagem às diferentes características das entidades
envolvidas.
A taxonomia é a biblioteca de termos financeiros usados na preparação dos relatórios,
e sua função é definir o conjunto de elementos, com seus atributos, e os relacionamentos que
ocorrem entre si. Na especificação de uma taxonomia, vários elementos são relatados visando
descrever como serão aceitos os dados informados e como serão disponibilizadas as
informações (RICCIO; SAKATA; MOREIRA; QUONIAM, 2006).
Na figura 2, tem-se aplicado a XBRL, o esquema básico que define as estruturas dessa taxonomia.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 171).Figura 2 – Exemplo de aplicação a XBRL, estrutura de taxonomia
27
O quadro 4 apresenta um exemplo de uma lista de informações necessárias para criação de taxonomia XBRL.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 172).Quadro 4 - Exemplo de informações necessárias para criação de taxonomia XBRL
No quadro 5, apresenta-se um exemplo da taxonomia em XML.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 172).Quadro 5 – Exemplo da taxonomia em XML
28
2.3.2.2 Instance Document
Segundo Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), neste documento se representam
os fatos financeiros reais acontecidos na entidade no período relatado, expressos em termos de
esquema XML, utilizando-se a taxonomia XBRL previamente definida. Nele são informados
os valores assumidos pelas variáveis que já foram previamente definidas na taxonomia, no
período considerado.
O quadro 6 mostra os fatos financeiros de instance document de uma determinada entidade.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 172).Quadro 6 – Exemplo de instance document de uma determinada entidade
29
2.3.2.3 Style Sheet
Segundo Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), a relação mútua entre um
instance document, uma taxonomia e um style sheet é ilustrada na figura 1. A figura mostra
determinada taxonomia, previamente criada, sendo acessada para fornecer elementos que
permitem validar os dados contidos no instance document, sendo que o style sheet é
posteriormente acessado, a fim de se transformarem os dados, então no formato XBRL, para
qualquer outro formato necessário, dependendo dos interesses e necessidades de seus
usuários. No quadro 7, tem-se um exemplo de um documento style sheet.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 175).Quadro 7 - Exemplo de documento style sheet
30
2.3.4 XBRL no Brasil
Para a Associação Brasileira de Automação, a rápida difusão de um produto ou
conceito através da Internet, pode criar novos modelos de divulgação das informações. De
uma forma pontual, essa questão pode ser aplicada ao caso da XBRL. Saber suas perspectivas
e sua evolução, avaliar o estágio atual de nosso país na divulgação de informações
financeiras, via Internet, e procurar mostrar possíveis caminhos a serem aqui buscados,
visando estar alinhado com o desenvolvimento mundial (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
AUTOMAÇÃO, 2009).
Para isso procurou-se descobrir como surgiu à linguagem. Conhecer suas vantagens e
desvantagens. Saber onde estão localizados os principais pólos de desenvolvimento no
mundo. Conhecer grupos de pesquisa, instituições envolvidas e os eventos relacionados ao
assunto, saber quais empresas no mundo está se preparando para divulgar suas informações,
utilizando desta tecnologia, reconhecer como as entidades governamentais e reguladoras do
mercado financeiro dos diversos países estão se envolvendo em sua implementação. Detectar
as principais iniciativas que estão sendo tomadas e as buscas e perspectivas do crescimento da
XBRL no meio organizacional, e paralelamente, no meio acadêmico mundial.
As pesquisas apontam que países como Estados Unidos, Alemanha e Japão se
destacam nas iniciativas de implementação da XBRL, e outros países da Ásia e da Europa têm
criado jurisdições que estão empenhadas neste desenvolvimento. Pesquisando algumas
empresas de capital aberto do país, percebe-se que a internet já está sendo utilizada pela
grande maioria para divulgação de suas informações financeiras, mas que a XBRL ainda está
em fase de tomada de conhecimento pela grande maioria das empresas, necessitando de apoio
por parte da estrutura governamental e das instituições reguladoras do mercado financeiro,
visando concentrar esforços para que aparelhe com o desenvolvimento já verificado a nível
mundial (RICCIO; SAKATA; MOREIRA; QUONIAM, 2006).
Segundo Riccio, Silva e Sakata (2005), XBRL no Brasil ainda é tratado de forma
pouco fundamentada, mas já despertam interesse por parte de entidades públicas, privadas e
regulatórias para a criação de suas jurisdições. Em 03 de Fevereiro de 2005, por iniciativa do
TECSI/EAC/FEA/USP, foi realizada uma reunião para discutir as iniciativas a ser tomada
visando à implementação de uma jurisdição XBRL no Brasil. A reunião ocorreu na sede da
Bovespa com a participação de representantes do Bovespa, Banco Central do Brasil e da
Secretaria da Fazenda do estado de Pernambuco. Houve grande interesse por parte dos
31
integrantes onde aprovaram a continuidade dos trabalhos, marcando novas reuniões para
iniciarem efetivamente as ações necessárias para a criação da jurisdição no Brasil.
Conforme Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), no Brasil, as companhias
abertas devem obrigatoriamente divulgar suas demonstrações financeiras seguindo as
diretrizes da Lei 6.404/76 e também as instruções normativas da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). Estas demonstrações financeiras representam o conjunto das informações
referentes aos recursos e às obrigações dessas entidades, aos acionistas e a outros investidores,
em determinado intervalo de tempo. Desta maneira devem ser apresentados o Balanço
Patrimonial (BP), a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), a
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração das Origens e Aplicação
dos Recursos(DOAR), além das notas explicativas que complementam tais relatórios. O
processo pode ser visualizado na figura 3.
A XBRL, por sua vez, elimina a necessidade de transcrição de dados entre as
aplicações, porque o dado passa a ser independente do aplicativo no qual ele é criado (os
dados são mantidos de forma independente e sob uma denominação estabelecida e
padronizada). Essa definição faz com que múltiplos usuários sejam capazes de extrair e
reposicionar as informações financeiras. Assim, o próprio usuário recupera as informações
financeiras pela internet e passa para o formato que desejar, de acordo com suas necessidades.
Este processo pode ser visualizado na figura 3.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreirae Quoniam (2006, p. 176).Figura 3 – Exemplo de demonstrativo sem o uso da XBRL
32
A linguagem pode ser representada através da figura 4 que apresenta um
demonstrativo com o uso da XBRL.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 176).Figura 4 – Exemplo de demonstrativo com o uso da XBRL
Conforme Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), a integração da XBRL dentro de
um sistema de informação é possível acessando o banco de dados da entidade. Usando a
taxonomia necessária para a formatação dos dados baseados nos princípios fundamentais de
contabilidade e outras definições específicas para os usuários. Permitir a entrada de dados e
notas e gerar um arquivo no formato XML, que pode ser utilizado para as mais diversas
finalidades, como os das agências regulatórias, impressão de demonstrações financeiras,
geração de outros arquivos no formato de dados World ou Excell, por exemplo, e emitir as
informações diretamente no meio Internet.
A figura 5 mostra a integração da XBRL, dentro de um sistema de informações.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 177).Figura 5 – Exemplo integração da XBRL
33
2.3.5 A implantação da XBRL no Brasil
Segundo Conselho Federal de Contabilidade (2008), e o Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), com o apoio das entidades que o integram, estão desenvolvendo esforços no
sentido de colocar em prática, no Brasil, a tecnologia Extensible Business Reporting
Language (XBRL), com a constituição da jurisdição brasileira. O padrão começou a ser
pesquisado há dez anos, nos Estados Unidos, pelo contador Charles Hoffmann. A XBRL
International promove o uso da linguagem XBRL como solução através da utilização de
jurisdições.
De acordo com estudos realizados e experiências obtidas em outros países, a adoção
da XBRL pode trazer muitas vantagens em relação a métodos de relatórios tradicionais,
decorrente do fato de que a informação uma vez produzida e representada em formato XBRL,
pode ser reutilizada muitas vezes sem manipulação ou distorção. Fornece importantes
benefícios para os reguladores e os governos por meio de um menor volume de informações,
assim como assegura a precisão dos dados.
Todos os tipos de entidades (empresas, reguladores, governo) podem utilizar a XBRL
para reduzir custos e melhorar a eficiência no tratamento dos seus negócios e informações
financeiras. Ao utilizar a linguagem XBRL, empresas e outros preparadores de dados
financeiros e de relatórios financeiros podem automatizar os processos de coleta de dados. As
condições para a adoção global da XBRL estão construindo-se gradualmente. Embora várias
organizações brasileiras já venham contribuindo para o desenvolvimento da mesma, não havia
ainda a Jurisdição Brasileira da XBRL para congregar as diversas partes interessadas, atuando
como coordenador.
A taxonomia da XBRL pode ser utilizada como parte do projeto de convergência às
normas internacionais International Financial Reporting Standards (IFRS), facilitando a
preparação dos dados a serem manuseados interna e externamente. A linguagem XBRL não
tem a implicação no desenvolvimento de novas normas contábeis, mas serve como reforço da
informação e impacta em como otimizar a produção, utilização e manutenção da informação
contábil e financeira (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008).
34
2.3.5.1 Vantagens da XBRL
Segundo Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006), alguns aspectos devem ser
discutidos quanto à implementação da XBRL. A divulgação de informações financeiras das
entidades sempre foi limitada ao material impresso, sendo que uma mudança para meio
eletrônico certamente demandará estudos e discussões amplos, até que sejam aceitos e
consolidados os novos procedimentos. Isto porque nela encontraremos vantagens e
desvantagens nem sempre fáceis de serem avaliadas, muitas vezes compreendendo valores
difíceis de serem mensurados, como agilidade, segurança, transparência e também os custos,
difíceis de serem comparados, em parte devido à dificuldade de avaliar monetariamente
benefícios intangíveis.
Segundo Moreira (2005), a utilização da XBRL facilitará o agrupamento e análise de
informações, bem como a sua comparação. Também beneficiará a preparação de relatórios e
sua análise. Sua utilização diminui os custos de preparação de relatórios e a freqüência de
erros, uma vez que elimina a necessidade de redigitação de dados, de um formato de relatório
para outro.
No quadro 8 apresentam-se as vantagens na divulgação pela internet, via XBRL.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 178).Quadro 8 - Exemplo de vantagens na divulgação pela internet via XBRL
35
2.3.5.2 Desvantagens da XBRL
Segundo Moreira (2005), as desvantagens de disponibilizar informação na internet
consistem principalmente na manutenção de web sites, que pode revelar-se custosa e a sua
segurança pode estar permanentemente em risco, particularmente aquelas seções que contêm
informação financeira, que são de importância primordial para o revisor.
O quadro 9 apresenta as desvantagens na divulgação pela internet, via XBRL.
Fonte: Riccio, Sakata, Moreira e Quoniam (2006, p. 178).Quadro 9 - Exemplo das desvantagens na divulgação pela internet via XBRL
2.4 TRABALHOS CORRELATOS2.4 TRABALHOS CORRELATOS
No trabalho de Polidoro (2007), defende-se o uso dos padrões da EAN Brasil para
aplicações de Eletronic Data Interchange (EDI), utilizando-se tecnologias como eXtensible
Markup Language (XML) para troca de informações, buscando aplicar o conceito just-in-
time para o mercado varejista, visando à integração entre parceiros neste mercado,
possibilitando a troca de informações com os mais diversos fins.
Neste trabalho utilizou-se de ferramentas como a linguagem PHP, o banco de dados
MySQL e um dos formatos padrão para EDI em pequenas empresas, a XML. EDI é gerido
pela área comercial, criando um modelo de centralização pela área de negócio com o intuito
de dispor de recursos com um nível estratégico maior, assim tendo uma maior capacidade de
36
negociação com seu cliente, tratando os problemas em nível de negócio e não a nível técnico.
Buscou-se alternativas de mercado de forma a agregar valor em seus serviços e regras de
negócios e auxiliando na tomada de decisão dos operadores logísticos.
No trabalho do Souza (2005), a XML é utilizada como base de dados para a criação de
planos de aula, que permite especificar unidades didáticas, interagindo com o ambiente do
Delphi para a viabilização da criação e armazenamento de dados. Vislumbrou-se a sua
aplicação prática tanto por alunos de disciplinas de práticas de ensino da FURB quanto por
professores atuantes no Ensino Médio.
O desenvolvimento deste trabalho permitiu que fossem alcançados objetivos pré-
determinados no intuito de viabilizar a implementação da ferramenta e proporcionar
facilidade ao professor na criação de planos de aula. As ferramentas utilizadas foram as
interfaces do Delphi, que por sua vez utilizam a XML Data Binding. Os esquemas XML
foram gerados através da ferramenta XML Spy.
No trabalho do Reif (2004), a Electronic Business using eXtensible Markup Language
(EBXML) é utilizada como base para o intercâmbio eletrônico de dados, onde o estudo
desenvolveu um protótipo utilizando web services para a realização de intercambio eletrônico
entre parceiros comerciais. A troca de informações de transação comercial por meio
eletrônico, entre duas ou mais empresas, sistemas de administração de relação com clientes
através da web, aplicações de EDI.
Desta forma, não importa o que está sendo vendido, o objetivo básico é obter algum
tipo de mensagem/informação de uma empresa por outra empresa, de uma forma que
signifique algo para ambas as partes. No trabalho, utilizou-se as especificações do padrão
Electronic Business using eXtensible Markup Language (EBXML) para o desenvolvimento
de registros EBXML. Para desenvolver os web services LM e QM utilizou-se o ambiente de
desenvolvimento Visual Studio .Net 2003 e a linguagem escolhida foi Visual Basic. Para
armazenar as informações submetidas pelos clientes do registro foi utilizado o Sistema
Gerenciador de Banco de Dados PostgreSQL 7.2 versão Windows, fornecido pela empresa
DBEXPERTS. O servidor Hypertext Transfer Protocol (HTTP) ou acrônimo utilizado para
armazenar a web services é a Internet Information Services (IIS) versão 5.1 da Microsoft.
No trabalho de Moreira (2005), a rápida difusão de um produto ou conceito, através da
Internet, pode criar novos modelos de divulgação das informações. De uma forma pontual,
essa questão pode ser aplicada ao caso da eXtensible Business Reporting Language (XBRL),
linguagem que está sendo estudada em vários países do mundo, para divulgação das
informações financeiras pela Internet. Este trabalho teve como objetivo principal conhecer o
37
estado da arte da XBRL, saber suas perspectivas e sua evolução, avaliar o estágio atual de
nosso país na divulgação de informações financeiras, via internet, visando estar alinhado com
o desenvolvimento mundial.
Realizando-se uma pesquisa exploratória com as empresas de capital aberto no Brasil,
através da aplicação de questionário de pesquisa, procurou-se detectar como está a divulgação
de demonstrações financeiras pela internet, por nossas empresas, e as perspectivas de
crescimento da XBRL em nosso meio empresarial. Os resultados dos questionários aplicados
às empresas de capital aberto do país apontaram também que a internet já está sendo utilizada
pela grande maioria das empresas de capital aberto do país, para divulgarem suas informações
financeiras. A XBRL ainda está em fase de tomada de conhecimento pela grande maioria de
nossas empresas, necessitando uma alavancagem, principalmente de instituições
governamentais ou reguladoras do mercado financeiro, visando concentrar esforços para que
se emparelhe com o desenvolvimento já verificado a nível mundial.
38
3 DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo estão descritos as particularidades técnicas da ferramenta, tais como o
levantamento de informações, a apresentação dos requisitos funcionais e não funcionais, os
principais diagramas de caso de uso e a sua descrição, os diagramas de atividades, o diagrama
de entidade e relacionamento e a operacionalidade da ferramenta, encerrando-se com as
considerações finais.
3.13.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕESLEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES
Para o desenvolvimento da ferramenta de comparação das tecnologias utilizadas no
mercado, foi necessária a criação de um cadastro de registros financeiros. O mesmo deve
possuir a funcionalidade de gerar arquivos financeiros baseados nas seguintes tecnologias:
a) eXtensible Business Reporting Language (XBRL);
b) eXtensible Markup Language (XML).
Através destes arquivos é possível comparar a aplicabilidade dos mesmos em uma
estrutura comercial. A comparação é baseada em formas de comunicação utilizadas pelo
mercado de softwares para gestão financeira, respeitando a utilização desses arquivos para o
tráfego de informação.
As formatações irão respeitar padrão XML, que apresenta como características, a
capacidade de armazenar e organizar todo tipo de informação em um formato adequado,
aceitar um grande número de símbolos, de oferecer várias maneiras para verificação da
qualidade de um documento e por oferecer uma estrutura clara e simples facilitando a leitura e
análise, tanto por seres humanos como por programas.
Utilizando esta formatação será possível ter uma visibilidade da vantagem da
linguagem e compará-la com a XBRL e dessa forma visualizar as vantagens e desvantagens
desta nova tecnologia sob o aspecto das outras técnicas utilizadas nesse mercado.
A ferramenta deve ler um arquivo previamente criado pelo usuário para obter os
parâmetros que serão utilizados durante sua execução. A partir destes parâmetros a ferramenta
39
deve visualizar o arquivo em tela mostrando suas informações de controle de dados e
processamento existente na conversão.
3.1.1 Requisitos da ferramenta
Neste trabalho, os requisitos foram divididos em dois grupos, sendo eles requisitos
funcionais e não funcionais. Os requisitos funcionais descrevem funcionalidades da
ferramenta que dizem respeito à forma com que o mesmo deve se comportar.
Em seguida apresentam-se os requisitos funcionais propostos para a ferramenta
conforme quadro 10.
Identificado
r
Requisito Funcional Caso de Uso
RF01 O usuário deve preencher os dados no menu, informando o
nome do arquivo e cadastrar no banco de dados
UC01
RF02 A ferramenta deve exibir listagem de arquivos cadastrados e o
formulário para o novo cadastro
UC02
RF03 O usuário pode selecionar o arquivo desejado para
visualização
UC03
RF04 O usuário deve selecionar o formato do arquivo desejado e
confirmar a visualização do arquivo
UC03
RF05 A ferramenta deve exibir o arquivo no formato desejado para
o usuário
UC04
Quadro 10 - Definição dos requisitos funcionais
Os descritivos dos requisitos não funcionais são apresentados no quadro 11.
Identificador Requisito Não Funcional
RNF01 A ferramenta deve ser uma aplicação web acessível para qualquer browser
RNF02 A ferramenta deve ser desenvolvida utilizando linguagem PHP
RNF03 A ferramenta deve ser desenvolvida utilizando banco de dados MySQL
Quadro 11 – Definição dos requisitos não funcionais
40
3.23.2 ESPECIFICAÇÃOESPECIFICAÇÃO
Para a especificação foram utilizados diagramas da UML, sendo eles, o diagrama de
caso de uso, o diagrama de classes, o diagrama de atividades e o modelo de entidade e
relacionamento. Os diagramas foram gerados através da ferramenta Enterprise Archiect.
3.2.1 Diagramas de Caso de Uso
Conforme Guedes (2004), o diagrama de casos de uso é a especificação das interações
entre um sistema e seus agentes externos, chamados também atores e que utilizam o sistema.
A Figura 6 apresenta o diagrama de caso de uso que representa as funcionalidades que a
ferramenta utiliza para a visualização das informações.
Figura 6 – Diagrama de caso de uso do usuário
No apêndice A encontra-se o detalhamento dos casos de uso apresentados no diagrama.
41
3.2.3 Diagrama de atividades
Segundo Guedes (2004), o “diagrama de atividades preocupa-se em descrever os
passos a serem percorridos para a conclusão de um método ou algoritmo específico”. Este
diagrama representa o fluxo de controle de uma atividade. O autor cita também que é um dos
diagramas mais detalhistas da UML e o mais parecido com os antigos fluxogramas podendo-
se utilizar, para identificação dos processos, linguagens de programação ou pseudocódigos.
O diagrama de atividade que foi modelado tem o intuito de mostrar o cadastro e a
exibição de arquivos realizada na ferramenta. O usuário realiza a busca do arquivo no banco
de dados e a partir dos dados cadastrados gera um arquivo na extensão HTML, XML e
XBRL. Neste momento faz-se a conversão do formato do arquivo de TXT que foi importado
para o formato escolhido permitindo assim visualizar o documento TXT em diferentes
formatos.
Resumidamente cria-se uma ferramenta para conversão de arquivo TXT que irá
funcionar da seguinte maneira:
a) usuário efetua o login;
b) usuário escolhe menu cadastro;
c) usuário informa o nome do arquivo, seleciona o arquivo e confirmar o
cadastro;
d) ferramenta efetua o cadastro e importa o arquivo, cadastrando o conteúdo do
arquivo no banco e importando o arquivo para uma pasta de upload;
e) ferramenta exibe a listagem de arquivos cadastrados;
f) usuário seleciona exportar arquivo e informa o formato desejado dentre as
opções disponíveis (HTML, XML e XBRL);
g) ferramenta efetua a conversão do arquivo para o formato selecionado e o
arquivo é enviado para uma pasta de arquivos;
h) usuário acessa a pasta de arquivos e lá está o arquivo exportado no formato
informado.
42
Na figura 8 apresenta-se o fluxograma de atividades dos cadastros e exibição do
arquivo.
Figura 8 – Fluxograma de atividades dos cadastros
3.2.4 Modelo Entidade e Relacionamento – MER
Os dados e informações utilizados pela ferramenta são armazenados em um banco de
dados MySQL. A Figura 9 destaca o MER, apresentando as tabelas.
43
Figura 9 – Modelo Entidade e Relacionamento
No apêndice B encontra-se o detalhamento do dicionário apresentado.
3.33.3 IMPLEMENTAÇÃOIMPLEMENTAÇÃO
Os assuntos a seguir descrevem as ferramentas utilizadas durante o desenvolvimento
deste trabalho bem como a operacionalidade da ferramenta desenvolvida.
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas
Neste trabalho a ferramenta foi desenvolvida utilizando linguagem PHP 5.3.1 e banco
de dados MySQL 5.1.41, servidor web Apache 2.2.14, gerenciador de banco de dados
PhpMyAdmin 3.2.4
PHP é uma linguagem de código aberto que executa no lado servidor permitindo a
criação de sites web dinâmicos, possibilitando uma interação com o usuário através de
formulários, parâmetros da URL e links (CONVERSE, 2001, p.42).
O MySQL pode ser usado em sistemas de produção com alta carga e missão crítica
bem como pode ser embutido em programa de uso em massa. O MySQL é um dos mais
utilizados sistemas de gerenciamento de banco de dados relacional open souce e sem dúvida o
mais utilizado com a linguagem PHP para aplicações baseadas na web (Suehring, 2002).
Através do arquivo TXT foi definida a visualização dos formatos em XML e XBRL.
Desta forma serve para validar os documentos gerados pela ferramenta, a partir da
especificação, podendo gerar as interfaces na linguagem PHP.
No quadro 12 apresenta-se um o código PHP implementado.
44
Quadro 12 – Código fonte para demonstração do arquivo “txt”
3.3.2 Operacionalidade da implementação
Nesta sub-seção apresenta-se um estudo de caso prático para demonstrar a utilização
de um processo de conversão da ferramenta desenvolvida. O objetivo principal deste estudo é
promover a demonstração do arquivo TXT para arquivos com extensão em XML e XBRL,
aproveitando esta conversão para utilizar dos benefícios da análise da demonstração. Este
arquivo é gerado com nome “resumo-1.Janeiro.txt” no bloco de notas.
Na figura 10 apresenta-se parte do arquivo com extensão “.txt”.
45
Figura 10 – Exemplo de arquivo com extensão “.txt”
Esta ferramenta está dividida em duas classes denominadas de classes de acesso a uma
fonte de dados, que pode ser um banco de dados, usando PHP e arquivos simples. Para
organizar o código fonte foi criada a classe usuário e a classe arquivo que são responsáveis
por manipularem os atributos dos objetos.
Na classe usuário há o método que é realizado o acesso a ferramenta através do login e
senha. O usuário tem acesso ao cadastro de arquivo, a exclusão de arquivo, e a visualização de
arquivo.
A classe arquivo possui o método que é realizado o cadastro, a exclusão e a
visualização do arquivo em tela, onde são efetuadas consultas no banco de dados e listados
todos os arquivos cadastrados.
Na opção cadastro coloca-se o nome do arquivo desejado, em seguida efetua-se a
busca da informação no arquivo com extensão “.txt”, conforme já cadastrado no banco de
dados, clica-se em enviar arquivo e conclui-se na opção cadastrar.
Na figura 11 apresenta-se tela que o usuário tem acesso para realizar cadastro.
46
Figura 11 – Tela de cadastro
Na opção excluir, após definir o arquivo desejado, o usuário clica na opção “X” e o
arquivo é excluído conforme apresentado na figura 12.
Figura 12 – Tela para exclusão
Na visualização do arquivo busca o arquivo cadastrado no banco de dados, faz a
conversão e exibe o arquivo. Também é gerado um arquivo na pasta de arquivos, no formato
desejado, para posteriormente visualizar.
Na figura 13 é apresentado tela para visualização.
47
Figura 13 – Tela para visualização
Na figura 14, apresenta-se arquivo com extensão “.txt” no bloco de notas.
Figura 14 – Visualização no formato “.txt”
48
Na figura 15 apresenta-se a visualização do arquivo com extensão “.html”.
Figura 15 – Visualização no formato “.html”
Na figura 16 apresenta-se a visualização do arquivo com extensão “.xml”.
Figura 16 – Visualização no formato “.xml”
Na figura 17 apresenta-se a visualização do arquivo com extensão “.xbrl”.
49
Figura 17 –Visualização no formato “.xbrl”
Quando comparadas linguagens em diferentes extensões de um mesmo arquivo,
constataram-se diferenças nos resultados de cálculo entre as visualizações às informações
geradas atendam o controle de tempo de processamento, o tamanho do arquivo, o número de
linhas, a quantidade de caracteres. Para a conversão o usuário deve clicar no botão para
visualizar o arquivo. A ferramenta grava o tempo de início de processamento, vai ao banco de
dados gravar a informação no formato dentro do padrão escolhido e após abrir o arquivo,
calcula a diferença entre o tempo final e o tempo inicial. Na seqüência mostra em tela o
cálculo realizado do tempo de processamento, do tamanho do arquivo, do número de linhas e
da quantidade de caracteres.
Na figura 18 apresenta-se o resultado de cálculo do arquivo com extensão “.txt”.
50
Figura 18 – Cálculo no formato “.txt”
Na figura 19 apresenta-se o resultado de cálculo do arquivo com extensão “.html”.
51
Figura 19 – Cálculo no formato “.html”
Na figura 20 apresenta-se o resultado de cálculo do arquivo com extensão “.xml”.
Figura 20 – Cálculo no formato “.xml”
Na figura 21 apresenta-se o resultado de cálculo do arquivo com extensão “.xbrl”.
Figura 21 – Cálculo no formato “.xbrl”
52
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo realizado sobre o processo de aquisição como toda a pesquisa bibliográfica
sobre a linguagem XBRL, os trabalhos correlatos ajudaram no desenvolvimento deste
trabalho. A partir deste foi possível realizar um análise e verificar as vantagens e
desvantagens das linguagens. A ferramenta realizou um comparativo de algumas
características das linguagens.
Segundo Premuroso e Bhattacharya (2007), em estudo que demonstrou que o uso da
XBRL é entendido pelo mercado como um sinal de um melhor nível de governança
corporativa e do desempenho operacional, afirmam que a XBRL propicia aos órgãos
reguladores a promoção da padronização e da harmonização dos padrões internacionais de
divulgação financeira. Complementam que em virtude da adoção dos IFRS, por muitos
países,
incluindo os sul-americanos, espera-se que o uso da XBRL reduza as complicações associadas
a harmonização.
O estudo desta nova linguagem XBRL com o propósito de demonstração de conversão
de arquivos é de grande importância e pode determinar o sucesso ou não do projeto, porém é
muito difícil encontrar uma metodologia que se enquadre perfeitamente a cada situação.
Portanto, buscou-se adaptar e aplicar alguns conceitos, metodologias, critérios e abordagens
estudadas para executar o processo de conversão que se aproxima mais da metodologia
XBRL. Serão observadas as dificuldades, problemas e soluções encontradas ao longo do
estudo, para que ao final dele, haja sugestões para a prevenção de erros e uma forma
conceituada para seguir, para que o processo atinja os resultados esperados de forma simples.
A demonstração das informações foi realizada de forma simples quanto aos itens
básicos de visualização, pois foram encontrados problemas quanto à complexidade e
disponibilidade do código para demonstração das informações na linguagem XBRL, com isso
a análise da linguagem merece atenção quanto a melhoramentos na ferramenta.
Com relação aos trabalhos correlatos, Polidoro (2007), foi sugerido um sistema para
facilitar a ligação de parceiros comerciais do ramo varejista, adotando o padrão XML de
intercâmbio de dados. Estabelecer uma ponte entre sistemas ERPs de empresas parceiras,
controlarem ruptura de entrega de produtos, atualizarem automaticamente o estoque e tabelas
de preços, avisarem à transportadora quando há novas cargas a serem embarcadas. Calcular o
tempo ganho neste processo, movimento eletrônico de dados dentro ou entre empresas. Inserir
53
automaticamente no sistema, transações que antes eram inseridas de forma manual. O
desenvolvimento do sistema utilizou infra-estrutura de baixo custo, usando integração com
ERP. As ferramentas foram Enterprise Architect e Dbdesigner. A implantação do sistema
deve ser feita por meio de um software integrador.
O grande benefício da XML para informações financeiras é sua grande adoção pelo
mercado, a XML é utilizada em diversas aplicações para delimitar e representar dados,
fazendo com que surgissem diversos desenvolvedores que programam com XML e
linguagens de programação que fornecem funcionalidades para a criação e demonstração de
informações através da XML.
Apesar de a sintaxe XML ser mais fácil para os programadores compreender, não é
este o motivo que levará os pesquisadores a abandonar a XBRL para utilizar XML como
formato das informações financeiras. Pois, estudo referente este nova ferramenta apresenta
que terá mais segurança nas informações disponibilizadas na internet.
A linguagem XBRL utilizada para demonstração financeira apresentou grandes
dificuldades para localizar modelo de código fonte para definição das informações, pois o
Brasil ainda não tem padrão definido das informações financeiras.
Na tabela 1 apresenta-se o resultado da execução da ferramenta com um resumo
comparativo entre as linguagens.
Tabela 1 – Resumo comparativo das linguagens para demonstração de dados.
Características TXT HTML XML XBRL
Tempo de
processamento
0.0067 seg 0.0071 seg 0.0063 seg 0.0061 seg
Tamanho do arquivo 939 bytes 2250 bytes 2272 bytes 4206 bytes
Número de linhas 15 100 78 112
Quantidade de
caracteres
939 2250 2272 4206
54
4 CONCLUSÕES
Certamente cada vez mais a XML será utilizada por novas aplicações para o
intercâmbio eletrônico de dados, porém, apenas a utilização da XML como formato das
informações ou simplesmente convertendo as mensagens XML em XBRL não trará grandes
vantagens em relação à XBRL, por isso, a utilização de padrões como XML se torna
necessário. Implementação de uma ferramenta para avaliação das linguagens através de um
estudo de caso, se mostrou adequada para realização de demonstrações de dados financeiros
via internet.
Demonstração das vantagens e desvantagens entre as linguagens em relação ao tempo de
processamento, tamanho, linhas e caracteres, apesar de possibilitar grandes vantagens de
demonstrações financeiras via internet, apresenta limitações por não haver disponibilidade de
exemplos de código fonte para desenvolvimento no Brasil. Não é implementado nenhum
mecanismo de segurança, possibilitando que as informações possam ser manipuladas por
outros usuários.
Por ser uma linguagem aberta e global para a realização de pesquisas e possíveis
descobertas, os documentos de especificação são bastante extensos e demandam um grande
tempo para o estudo, compreensão e desenvolvimento dos mesmos. Estes documentos
definem diversas informações e situações, que não foram possíveis de ser implementadas
durante o tempo estipulado para o desenvolvimento da ferramenta.
Apesar da dificuldade de encontrar material com exemplos de código fonte, foi
possível realizar um modelo para demonstrar as informações nesta nova linguagem. A escolha
da ferramenta PHP com o uso de banco de dados MySQL para o desenvolvimento desta
ferramenta, facilitou bastante o entendimento das informações.
4.1 EXTENSÕES4.1 EXTENSÕES
A partir deste trabalho sugere-se:
a) aprimorar a ferramenta desenvolvida para fornecer melhor solução nas
demonstrações financeiras e utilização da linguagem XBRL, e investigar o
55
desenvolvimento do relatório eletrônico no Brasil;
b) usar o padrão EDI que é vantajoso quando houver grande volume de troca de
informações.
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONVERSE, T. PHP 4. A bíblia. Tradução de Edson Furmankiewicz e Joana Figueiredo. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
GUEDES, G. T. A. UML: uma abordagem prática. São Paulo: Novatec Editora, 2004.
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MERRIAN-WEBSTER. Online dictionary. Disponível em: <http://www.m-w.com/cgi-bin/dictionary?book=Dictionary&va=taxonomy>. Acesso em: 14 jun. 2010.
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PREMUROSO, Ronald F.; BHATTACHARYA, Som. Do Early and Voluntary Filers of Financial Information in Xbrl Format Signal Superior Corporate Governance and Operating Performance? Social Science Research Network, Nova Iorque, 2007. Disponível em: <http://ssrn.com/abstract=911263>. Acesso em: 10 jun. 2010.
REIF, F. J. Estudo do padrão para intercâmbio eletrônico dos dados ebXML. 2004. Monografia (Bacharelado) – Curso de Ciências da Computação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau.
RICCIO, E. L.; SAKATA, M.; MOREIRA, O. e QUONIAM, L. Introdução ao “XBRL” – nova linguagem para divulgação de informações empresariais pela internet. Ciência da Informação, Brasília, v.35, n.3, p. 166-182, set/dez 2006. Disponível em: <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf>. Acesso em: 28 mai. 2010.
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57
RICCIO, E. L.; SILVA, P. C. da e SAKATA, M. C. G. A Divulgação de Informações Empresariais. 1. Ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna Ltda, 2005.
SOUZA, R. F. Software para o planejamento de unidades didáticas estruturadas através de XML schema. 2005. Monografia (Bacharelado) – Curso de Ciências da Computação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau.
SUEHRING, S. MySQL. A bíblia. Tradução de Edson Furmankiewicz. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
World Wide Web Consortium. XML. São Paulo, 2005. Disponível em:<http://www.w3c.org/>. Acesso em: 18 jun. 2010.
58
APÊNDICE A – Detalhamento dos casos de uso
No quadro 13 tem-se a descrição do caso de uso Efetuar Login.
Nome do Caso de Uso UC01.01 – Efetuar LoginDescrição usuário informa os dados login e senha e clica em confirmar. A
ferramenta verifica os dados informados, se estiverem corretos
efetua o login e exibe o menu para o usuário, senão informa
mensagem de erro “[Login inválido]. O usuário ou senha
informado estão incorretos! Verifique se você digitou
corretamente e tente novamente.”Ator Usuário.Pré-condição Usuário estar cadastrado na ferramenta.Fluxo principal 1. ferramenta exibe formulário de login;
2. usuário informa os dados login e senha e clica em confirmar;
3. ferramenta verifica os dados informados pelo usuário, se
estiver correto autêntico ao usuário na ferramenta, exibe o
menu, senão informa mensagem “[Login inválido]. O usuário
ou senha informado estão incorretos! Verifique se você digitou
corretamente e tente novamente.”Fluxo alternativo (a) nome de usuário e/ou senha inválido(s) alerta com mensagem
“[Login inválido]. O usuário ou senha informado estão incorretos! Verifique se você digitou corretamente e tente novamente.” é mostrada.
Pós-condição usuário ter efetuado o login.
acesso aos menus.Quadro 13 – UC01.01 – Efetuar Login
No quadro 14 tem-se a descrição do caso de uso Efetuar Cadastro de Arquivo.
Nome do Caso de Uso UC01.02 – Efetuar Cadastro de ArquivoDescrição usuário seleciona menu arquivo e a ferramenta exibe a listagem
dos arquivos cadastrados e o formulário para um novo cadastro.
usuário preenche o formulário informando o dado nome do
arquivo e arquivo e clica em confirmar ferramenta verifica os
dados informados e efetua o cadastro.Ator usuário.Pré-condição usuário ter efetuado o login.
59
Fluxo principal 1. ferramenta exibe listagem de arquivos cadastrados e o
formulário para o novo cadastro;
2. usuário preenche os dados do formulário informando o nome
do arquivo e o arquivo e clica em confirmar;
3. ferramenta verifica os dados informados, efetua o cadastro e
exibe a listagem de arquivos com o arquivo cadastrado.
Pós-condição arquivo cadastrado na ferramenta.Quadro 14 – UC01.02 – Efetuar Cadastro de Arquivo
No quadro 15 tem-se a descrição do caso de uso do UC01.03 – Gerar arquivo para HTML, XML e XBRL.
Nome do Caso de Uso UC01.03 – Gerar arquivo para HTML, XML e XBRLDescrição usuário seleciona o formato desejado para a visualização do
arquivo na listagem de arquivos cadastrados e a ferramenta exibe
a geração do arquivo no formato desejado.Ator usuário.Pré-condição usuário ter efetuado o login.Fluxo principal 1. ferramenta exibe listagem de arquivos;
2. usuário seleciona o formato do arquivo desejado e confirmar a
geração do arquivo;
3. ferramenta exibe o arquivo no formato desejado para o
usuário. Fluxo alternativo (a) nome de usuário e/ou senha inválido(s) alerta com mensagem
“[Login inválido]. O usuário ou senha informado estão incorretos! Verifique se você digitou corretamente e tente novamente.” é mostrada.
Pós-condição Geração do arquivo no formato desejado.Quadro 15 – UC01.03 – Gerar Arquivo para HTML, XML e XBRL
No quadro 16 tem-se a descrição do caso de uso do UC01.04 – Visualizar Arquivo.
Nome do Caso de Uso UC01.04 – Visualizar ArquivoDescrição usuário seleciona o formato desejado para a visualização do
arquivo na listagem de arquivos cadastrados e a ferramenta exibe
o arquivo no formato desejado.Ator usuário.
60
Pré-condição usuário ter efetuado o login.Fluxo principal 4. ferramenta exibe listagem de arquivos;
5. usuário seleciona o formato do arquivo desejado e confirmar a
visualização do arquivo;
6. ferramenta exibe o arquivo no formato desejado para o
usuário. Fluxo alternativo (a) nome de usuário e/ou senha inválido(s) alerta com mensagem
“[Login inválido]. O usuário ou senha informado estão incorretos! Verifique se você digitou corretamente e tente novamente.” é mostrada.
Pós-condição visualização do arquivo no formato desejado.Quadro 16 – UC01.04 – Visualizar Arquivo
61
APÊNDICE B – Dicionário de dados das tabelas utilizadas pela ferramenta
Os quadros 17 e 18 apresentam a relação das tabelas da ferramenta.
Tabela usuárioNome Tipo de dados Descrição
Id INTEGER(2) código identificador do usuárioNome VARCHAR(255) nome do usuárioLogin VARCHAR(255) login do usuárioSenha VARCHAR(255) senha do usuário
Quadro 17 – Tabela usuário
Tabela arquivoNome Tipo de dados Descrição
Id INTEGER(3) código identificador do arquivoNome VARCHAR(255) nome do arquivoConteudo TEXT conteúdo do arquivo
Quadro 18 – Tabela arquivo
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