ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL
Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85
Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000
CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195
E-mail: [email protected]
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
FRANCISCO BELTRÃO-PR
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
AGOSTO/2008
REALEZA-PR
ÍNDICE
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................1CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ........................................................... 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 5 1 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 9 3 MARCO SITUACIONAL E OPERACIONAL ................................................................................................... 11 4 MARCO CONCEITUAL .................................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 28 ANEXOS ................................................................................................................................................................ 29 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................30CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 30
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 30 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................31CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 31
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 31 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................37CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 37 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO .................................. 37 AGOSTO/2008 ....................................................................................................................................................... 37 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 37 ÍNDICE ................................................................................................................................................................... 38 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 40 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................41CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ...................................................................................................... 41 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 41 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES .................................................................................. 42 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 42 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................... 43 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE .......................................................................................................... 44 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS ............................................................................. 54 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 54 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................... 73 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 73 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO ................................................................. 81 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 81 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 81 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 82 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................... 83 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ........................................................................ 88 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 88
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 88 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 89 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ............................................................................. 99 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 99 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 99 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................. 101 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................................. 116 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 116 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 134 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ................................................................................................... 134 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................. 136 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES .................................................................................................................... 136 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE ........................................................................................................ 137
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ................................................................. 147 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 149 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 151 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.................................................162CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ....................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................................................................................... 162 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 162 REALEZA-PR ...................................................................................................................................................... 162 AGOSTO/2008 ..................................................................................................................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO MÉDIO .................................................. 163 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA .......................................................................... 177 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 177 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 177 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................... 187 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 187 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA ......................................................................... 199 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 199 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA ................................................................................. 206 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 206 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ...................................................................... 212 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 212 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 214 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ........................................................................... 223 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 223 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 223 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA/LITERATURA - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 236 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 251 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 251 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 251 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 254 CONTEUDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS .............................................................. 254 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 260 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA ............................................................................ 262 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 262 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ..................................................................... 279 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 279 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 286 LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005..........................................................................................................................................................292
5
APRESENTAÇÃO
O presente documento tem por objetivo apresentar os aspectos fundamentais
que fazem parte do Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual de Flor da Serra
– Ensino Fundamental.
O Projeto Político-Pedagógico deve representar o compromisso de um grupo
com uma determinada trajetória no cenário educacional. Há necessidade, porém, de
clareza sobre a força e os limites deste projeto. A corporeidade do projeto acontece
na interação entre os sujeitos: professores, alunos, equipe de coordenação, direção
escolar, pais e funcionários que são as pessoas que dão vida à escola. Mais do que
o papel, o projeto compromete pessoas com uma idéia, com uma prática libertadora,
transformadora. A forma de firmar este compromisso implica planejar, dando lugar e
sentido a uma ação conduzida pelas diretrizes do mesmo.
O Projeto Político-Pedagógico como um todo deve ser compreendido numa
perspectiva dinâmica, em constante reformulação. No seu conjunto é sempre uma
manifestação de sujeitos concretos que devem estar sintonizados com os avanços
da ciência da educação e que, por isto, ousam reinventar as relações pedagógicas.
Acreditamos que a escola constitui uma expressão e uma resposta á
sociedade na qual está inserida. Neste sentido nunca é neutra, mas sempre
ideológica e politicamente comprometida. Por isso, cumpre uma função específica.
Nessa perspectiva, o novo indicador da aprendizagem escolar consistirá na
demonstração do domínio teórico do conteúdo científico e no seu uso prático pelo
aluno, em função das necessidades sociais a que deve responder, garantindo sua
ação sobre a sociedade enquanto sujeito fazedor de sua história. Esse procedimento
implica um novo posicionamento, uma nova atitude do professor e dos alunos em
relação ao conhecimento e a sociedade: o conhecimento escolar passa a ser
teórico–prático como um elemento fundamental na compreensão e na transformação
da sociedade.
Com a participação da Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente, Pais, e
com toda a comunidade escolar, justificamos e fundamentamos o Projeto Político-
Pedagógico em consonância com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Currículo Básico Para as Escolas Públicas do Paraná, respaldados pela
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Legislação Educacional em vigor e de acordo com as necessidades da comunidade
escolar.
A elaboração do Projeto Político-Pedagógico reforça a importância para a
melhoria da qualidade da Educação e implica em mudanças significativas estruturais
e pedagógicas essenciais para formação de um sujeito consciente de sua ação
histórica, na construção de uma sociedade mais justa e humana. A escola irá atuar
através da instrumentalização dos alunos via socialização do conhecimento
historicamente acumulado (científico e cultural), que lhes possibilite compreender,
analisar e agir criticamente diante da realidade social em que está inserido, no
sentido de promover ações transformadoras na sociedade.
Organizamos o Projeto Político-Pedagógico da escola da seguinte forma:
Apresentação, Introdução, Objetivos Gerais e Específicos, Marco Situacional, Marco
Conceitual, Marco Operacional e Avaliação do P.P.P.
O P.P.P. foi elaborado coletivamente pelos profissionais de educação da
escola a partir da leitura de textos encaminhados pela SEED nas semanas
pedagógicas; as famílias contribuíram a partir do preenchimento de questionário
contendo dados sócio-econômicos. Realizaram-se ainda, debates coletivos com
toda equipe escolar.
A construção do P.P.P. deu-se com a participação de toda a comunidade
escolar. Porém encontramos dificuldade na organização do tempo escolar, pois
temos um calendário específico a ser cumprido.
A Escola Estadual de Flor da Serra Ensino Fundamental pretende com a
elaboração e implantação do presente Projeto Político-Pedagógico assegurar a
socialização do conhecimento elaborado a todos os alunos, o enfrentamento das
desigualdades sociais e da exclusão do aluno nos processos educativos e sociais,
procurando dessa forma minimizar as diferenças e propiciar oportunidades de
inserção social ao aluno.
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1 CARACTERÍSTICAS
A Escola Estadual de Flor da Serra - Ensino Fundamental - código 00471 –
localiza-se no município de Realeza – código 2160, localidade de Flor da Serra, na
Pr 182, KM 75. Possui como entidade mantenedora o Governo do Estado do
Paraná, cuja Dependência Administrativa é a SEED-PR – código 02 - e está
subordinada ao Núcleo Regional de Francisco Beltrão – código 12. Possui
Autorização de Funcionamento do Estabelecimento – Res.274/84 de 12/03/84,
Autorização de Reconhecimento do Estabelecimento – Res. 4913/85 de 06/11/85 e
Regimento Escolar - parecer de aprovação no 296/2001.
A Escola foi criada a partir da união dos pais da comunidade da Linha Flor da
Serra, que sentindo a dificuldade de deslocamento de seus filhos à zona urbana,
solicitaram ao Poder Executivo Municipal a criação de uma escola. Em resposta, no
ano de 1.982, chegou à localidade uma Extensão da Escola Estadual Dom Carlos
Eduardo – Ensino de 1º Grau, no período noturno, onde funcionavam 5ª e 7ª séries.
No ano de 1.983, com o empenho e colaboração do Prefeito Municipal da
época, criou-se a Escola Municipal Modesto de Palma – Ensino de 1º Grau, mantida
pela Prefeitura Municipal de Realeza, conforme decreto nº 2252/83, no período
noturno, onde funcionava duas turmas de 5ª e 6ª séries.
No ano de 1.984, a escola passou a denominar-se Escola Estadual de Flor da
Serra – Ensino de 1º Grau, sendo mantida pelo Governo do Estado do Paraná, no
período noturno, com turmas de 5ª a 7ª séries, de acordo com a Resolução 274/84
criado na data 26/01/84 e publicado no Diário Oficial D.O.U. de 12/03/84.
A partir de 1.987, a Escola passou a ofertar turno vespertino, inicialmente com
duas turmas e em 1.989 passou totalmente ao período vespertino.
Em 1.998, a Escola mudou sua nomenclatura, passando a denominar-se
Escola Estadual de Flor da Serra – Ensino Fundamental, conforme Resolução nº
3120/98, publicada no D.O.E. DE 11/09/98.
No ano de 2.007, por determinação da Administração Municipal, houve
alteração do turno de funcionamento, passando a funcionar integralmente no turno
matutino.
O estabelecimento de ensino está passando pelo processo de implantação do
Ensino Médio, para o ano letivo de 2008.
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Na organização escolar atendemos 04 (quatro) turmas de 5ª a 8ª séries do
Ensino Fundamental e 01(uma) turma de 1ª série do Ensino Médio no turno
matutino, num total de 140 alunos em uma faixa etária entre 10 e 20 anos.
Este Estabelecimento de Ensino ocupa um prédio construído há vários anos,
cedido pela Prefeitura Municipal de Realeza, no período matutino. No período
vespertino atua a Escola Municipal Modesto de Palma – Educação Infantil e Ensino
Fundamental.
A estrutura física é composta de 06 salas de aula, 01 laboratório de
informática, 01 biblioteca, 01 cozinha, 01 sala de direção, 01 secretaria, 01
almoxarifado, 08 banheiros para os alunos, 02 banheiros para os professores e
funcionários.
A parte administrativa do estabelecimento é composta atualmente de 01
diretor, 01 secretária e 03 auxiliares de serviços gerais.
A equipe pedagógica é formada por 01 professora pedagoga e mais o corpo
docente que é constituído de 09 professores, todos habilitados e pós-graduados e
cada qual atua em sua área específica. Incluem-se nesse conjunto APMF e
Conselho Escolar – parecer de aprovação n.º 343/2001 - e cada setor funciona com
regimento próprio.
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2 OBJETIVOS
“É preciso entender o Projeto Político-
Pedagógico da escola como num situar-se num
horizonte de possibilidades na caminhada, no
cotidiano, imprimindo uma direção que se deriva
de respostas a um feixe de indagações tais
como: que educação se quer e que tipo de
cidadão se deseja, para que projeto de
sociedade? A direção se fará ao se entender e
propor uma organização que se funda no
entendimento compartilhado dos professores,
dos alunos e demais interessados em educação”
(Romão & Gadotti, 1994:42)
O Projeto Político-Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que
visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola de uma forma
sistematizada, consciente, científica e participativa. É o caminho mais acertado para
organizar a escola, ressignificando suas finalidades e objetivos.
A função, portanto, do Projeto é delinear o horizonte da caminhada
pedagógica, estabelecendo a referência geral, expressando o desejo e o
compromisso do grupo. O referencial teórico de cada disciplina é fundamental para
garantir a competência pedagógica. É preciso tomar decisões sobre metodologia do
ensino, sobre conteúdos programáticos e avaliação.
Os objetivos para o presente Projeto Político-Pedagógico são:
• promover alterações necessárias no contexto escolar, conquistando um
melhor espaço para a socialização, problematização, reflexão coletiva,
que assegure o direito de aprender, decidir e agir tendo como base o
conhecimento científico;
• estabelecer e definir ações coletivas que assegurem a prática
educacional, servindo como um documento norteador do processo.
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• garantir condições para o desenvolvimento das capacidades e
aprendizagens dos conteúdos necessários, oferecendo instrumentos de
compreensão da realidade, sendo o aluno o centro do processo educativo,
valorizando o seu saber para que este coloque em prática seus
conhecimentos sociais, culturais, políticos e éticos historicamente
produzidos.
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3 MARCO SITUACIONAL E OPERACIONAL
O Projeto Político-Pedagógico é elaborado através da participação coletiva
dos segmentos que compõem a comunidade escolar, baseado na legislação vigente,
Estadual e Federal. Passa por constante revisão após avaliações – semestralmente
- feitas pelo coletivo da comunidade escolar, e através de acompanhamento
realizado pelo Núcleo Regional de Educação.
A Escola Estadual de Flor da Serra trabalha em dualidade com a Escola
Municipal Modesto de Palma. Uma vez ocupando o mesmo espaço físico está
restrita a limitações inerentes a Administração Municipal, tendo em vista que o
prédio pertence ao município.
Portanto, sabemos que o Estado dificilmente viabiliza reformas, por isso a
direção do estabelecimento solicita à Administração Municipal algumas melhorias
mais urgentes, e sempre que possível é atendido.
Sendo assim, necessitamos de melhores condições físicas na estrutura do
prédio como a construção de ambiente específico para atendimento pedagógico,
uma vez que a professora pedagoga divide a sala com a secretaria, readequação da
sala de professores e banheiros, bem como um espaço reservado ao almoxarifado.
Para melhoria das dependências da escola seriam necessárias ainda à aquisição de
ar condicionado e pintura nova.
Com a implantação do curso de Ensino Médio para o ano letivo de 2008,
serão necessárias a construção de mais salas de aula e laboratórios, para tanto, o
Prefeito Municipal se comprometeu com a construção de sala, até suprir o que for
necessário.
A direção do Estabelecimento de Ensino tem feito aquisição de materiais
didático-pedagógicos, e já encaminhou ofícios de solicitação de materiais de
laboratório, e ampliação de acervo bibliográfico ao setor competente da SEED-PR,
para adequação ao curso de Ensino Médio.
Além disso, será necessária a ampliação do quadro de funcionários, pois há
apenas uma secretária, uma auxiliar de serviços gerais e uma merendeira atuando
na escola. Essa situação acarreta trabalho excessivo fora das funções que
competem a alguns profissionais da escola.
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A gestão democrática e colegiada da instituição escolar é entendida como o
processo que rege o funcionamento da mesma, compreendendo a tomada de
decisões conjuntas na execução, acompanhamento e avaliação das questões
administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda comunidade
escolar através da representação do Conselho Escolar e APMF. Dessa forma, as
opiniões do grupo que atua na escola e da comunidade são relevantes para as
tomadas de decisões. A direção comunica os trâmites de diversos assuntos para os
alunos antes do início das aulas, para os professores durante o intervalo e através
do quadro de recados, para os pais via reuniões administrativas e pedagógicas.
Estas ações são pertinentes para manter toda a comunidade escolar informada e
envolvida nas atividades escolares.
Outras formas de efetivação da gestão democrática na escola é a eleição de
líderes de turma e professores representante de turma, que ocorrem no início de
cada ano letivo. E ainda o trabalho das Instâncias Colegiadas do Estabelecimento
de Ensino.
Essas ações serão mantidas, pois contribuem para prática cidadã e
democrática do coletivo da escola.
O Conselho Escolar e a APMF, atuam efetivamente nas decisões e ações
pertinentes a sua função, no sentido de resolver dificuldades que se apresentam no
cotidiano da escola, seja no âmbito administrativo, didático ou pedagógico.
A partir, deste ano letivo os órgãos colegiados terão uma participação
ampliada no que tange ao pedagógico, através de reuniões com a comunidade
escolar e também no auxílio ao desenvolvimento de projetos.
Quanto às questões pedagógicas, levamos em consideração que a sociedade
atual é organizada de forma heterogênea em todos os âmbitos sociais, econômicos
e culturais o que gera um individualismo de forma generalizada, apesar disto, a
escola procura desenvolver no aluno a capacidade de reconhecer suas condições,
para que este tenha atitudes que visem transformações, a partir da aplicação do
conhecimento elaborado em seu cotidiano.
O objetivo de nossa escola é a socialização do conhecimento científico,
apesar de sermos influenciados por políticas educacionais voltadas para o
assistencialismo, sendo que muitas vezes, com exigências além das condições
físicas e humanas reais da escola. A superação desta dificuldade não compete a
nós enquanto instituição educacional, mas gostaríamos que esses projetos sociais
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fossem desenvolvidos em outro âmbito. Nos detemos em programas não educativos
como o “Leite das Crianças” e que não deveria estar vinculado ao ambiente escolar.
Os conteúdos serão trabalhados de maneira contemplar o desenvolvimento
das capacidades cognitivas, a produção de novos conhecimentos, proporcionando
condições para que os educandos se tornem cidadãos críticos, capazes de
interpretar e interferir na realidade.
Dessa forma, o professor planeja suas atividades de ensino, através do Plano
de Trabalho Docente, de maneira a oportunizar e valorizar a participação do
educando com respeito a diversidade sócio-econômica, cultural de cada um.
Para o desenvolvimento de sua prática o professor utiliza recursos como
laboratório, multimídias, vídeo, pendrive, etc.
A Equipe Pedagógica incentivará a busca por novas metodologias para
atendimento das necessidades apresentadas.
No trabalho didático-pedagógico realizado em nosso estabelecimento de
ensino, somos conscientes que existem limitações que impedem a efetivação de um
trabalho mais condizente com a seguinte realidade: alunos com dificuldades de
aprendizagem; alguns sem os elementos básicos para freqüentar a 5ª série, alunos
sem domínio de leitura, escrita e cálculos; outros aparentam carência afetiva;
dificuldades financeiras e estruturais graves; desinteresses familiares e falta de
perspectiva de vida, entre outros.
Devido ao porte de nosso estabelecimento de ensino, a SEED não autoriza a
implantação de sala de apoio, o que contribuiria para melhorar o desempenho
educacional de parte de nossos educandos. Assim pretendemos juntamente com a
Escola Estadual de Saltinho – Ensino Fundamental, através da equipe pedagógica,
elaborar um projeto para que consigamos, uma forma de garantir um atendimento
diferenciado aos educandos que necessitarem.
O estabelecimento de Ensino não tem alunos com necessidades especiais
(físicas, visuais, auditivas ou mentais), por outro lado, contempla uma comunidade
com diversidade cultural, social e também alunos com dificuldades de
aprendizagem. A inclusão é uma realidade nas escolas públicas, por isso há
necessidade das adaptações curriculares/flexibilização, para garantir o respeito à
individualidade de cada sujeito escolar.
Para atendimento de alunos com necessidades especiais podemos dizer
que a estrutura física da escola ainda não oferece a adequação necessária para o
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atendimento dos mesmos. Não possui material didático adequado e os professores
ainda entendem que a inclusão é um grande desafio. Contudo, diante de um
atendimento diferenciado, o coletivo da escola está disposto a buscar recursos e
formas de encaminhamentos para lidar com a situação.
Nossa comunidade escolar descende de famílias de nível sócio-econômico
baixo e médio baixo, a maioria filhos de pequenos agricultores, sendo muitos
agregados. Grande parte dos pais não possui escolaridade superior às series iniciais
e alguns são analfabetos. A maioria das famílias dos alunos tem trabalho
temporário, alguns trabalham no campo e outros na informalidade, mantendo-se
apenas com auxílio de programas assistenciais. Nesse sentido, a escola informa e
incentiva sobre programas sócio-educacionais.
Acredita-se também ser necessário ampliar a participação dos pais e da
sociedade no processo educativo para que possam apoiar a escola na prática de
uma educação de qualidade. Neste sentido, a escola organizará reuniões trimestrais
a fim de orientar pais e responsáveis para a importância do acompanhamento de
seus filhos com relação às suas atividades escolares, não somente no sentido
didático, pois como já dissemos, muitos não possuem essa condição, mas
acompanhando o andamento de seu filho na escola, orientando-o a reservar um
tempo para estudo em casa, incentivando e conscientizando quanto à necessidade
do estudo, conversando com a Equipe Pedagógica do estabelecimento, retirando o
boletim de notas ao final de cada trimestre, entre outras ações.
O Projeto Permanente de Envolvimento da Família na Vida Escolar, do
Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, e o Projeto Valorização da
Escola do Campo e Qualidade na Educação deste Estabelecimento de Ensino,
serão desenvolvidos com o intuito de envolver os pais cada vez mais às atividades
da escola.
Devemos partir do conhecimento da realidade do aluno, associando a cultura
popular ao saber científico elaborado e historicamente acumulado.
Assim, os projetos desenvolvidos estão voltados para formar um aluno
consciente de sua ação histórica na construção de uma sociedade mais justa e
humana, pois são constituídos de atividades que despertam a criatividade,
promovem o espaço para exposição de idéias, através de debates, momentos
culturais, exposições de trabalhos e pesquisas, levando ao aluno a valorização da
auto-estima, confiança em si mesmo e no meio em que se relaciona.
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Os projetos que o estabelecimento de ensino desenvolve são:
• Projeto Carnaval na Escola;
• Homenagem às mães;
• Homenagem aos pais;
• Homenagem ao Estudante;
• Declamação de poesias;
• Gincana cultural e esportiva;
• Exposições de trabalhos;
• Visitas e viagens de estudo;
• Festival de Xadrez;
• Projeto Permanente de Envolvimento da Família na Vida Escolar;
• Projeto Valorização da Escola do Campo e Qualidade na Educação;
• Além desses, quando possível, a escola participa de projetos em nível
estadual, como o Fera Com Ciência e Jocop's; e outros em nível
municipal.
No Calendário Escolar 2008 está prevista realização da Semana Cultural, na
qual parte desses projetos serão desenvolvidos.
Para a implementação desses projetos pedagógicos é proporcionado aos
professores condições para embasamento teórico e prático através de grupos de
estudo, reuniões pedagógicas, planejamentos, elaboração de projetos, cursos de
formação continuada, integração, havendo a necessidade de repensar a
organização da hora atividade e aumento da mesma.
A escola organiza formas para que os profissionais em educação possam
participar de eventos de formação continuada ofertados pela SEED, ou outros que
forem disponibilizados por outras instituições.
Além disso, na hora-atividade são possibilitados diversos momentos de
estudos, com o acompanhamento da equipe pedagógica, pois acreditamos ser de
extrema importância para a prática do professor.
Algumas das atividades que são desenvolvidas na hora-atividade:
• Momento de estudo individual ou em grupo;
• Correção de avaliações;
• Elaboração do plano de trabalho docente e planejamento;
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• Atendimento a alunos e a pais;
A Equipe Pedagógica procura desenvolver sua prática escolar de acordo com
especificações da SEED, para acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico, mediando o processo escolar como um todo.
O trabalho do Professor Pedagogo refere-se a finalidades da ação educativa
implicando objetivos sócio-políticos na área de conhecimento.
Ao longo do ano letivo a ação do pedagogo auxilia na transformação do saber
específico em saber escolar assessorando o processo de ensino-aprendizagem
desenvolvido na relação professor/aluno.
Assessora e orienta os professores quanto a elaboração, (re)adequação, uso
adequado e interpretação dos resultados obtidos na prática pedagógica; busca
possibilitar o acesso à cultura organizando o processo de formação cultural;
coordena sistemática e intencionalmente as formas de organização do processo de
formação cultural que se dá no interior da escola.
Para dar continuidade a essas práticas serão utilizados momentos como a
hora-atividade, pré-conselhos e conselho de classe.
A avaliação educacional, em nosso estabelecimento de ensino, se caracteriza
como diagnóstica, contínua, cumulativa e somativa, de acordo com a legislação
vigente e o Regimento Escolar do estabelecimento.
Ao analisar o Relatório Final do ano letivo de 2007 de um total de 111 alunos
matriculados, obtivemos os seguintes dados:
RESULTADO 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE GERALAprovação 89% 92% 100% 100% 95%Reprovação 11% 0% 0% 0% 3%Abandono 0% 8% 0% 0% 2%
Verificamos que o maior índice de reprovação aconteceu na 5ª série. Grande
parte da turma apresentou muita dificuldade de aprendizagem. Apesar de diferentes
metodologias aplicadas, houve pouca evolução.
O sistema de avaliação será trimestral, a partir do ano letivo de 2008, com
atribuição de valores numéricos de 0,0 a 10,0; e o regime de promoção será de
progressão parcial para os alunos do Ensino Médio que não conseguirem aprovação
em até três disciplinas.
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O processo avaliativo é muito complexo, e a intenção dos profissionais da
escola é efetivar os objetivos de educação, contudo todo processo possui
possibilidades e limites, assim procura-se a conciliação entre teoria e a prática, na
busca por uma avaliação que considere a diversidade existente entre os educandos,
pois sabemos que cada um aprende de forma diferente e em tempos diferentes.
O professor acompanhará diretamente, as atividades propostas aos alunos,
utilizando-se de diversos instrumentos, como avaliação oral e escrita, trabalhos de
pesquisa, exposição de trabalhos práticos, seminários, entre outros, a partir de
critérios pré-definidos com intuito de verificar o desempenho do aprendizado,
valorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, relevando a capacidade
crítica e a elaboração pessoal sobre a memorização.
A recuperação paralela de estudos será ofertada pelo professor aos alunos
para garantir um aproveitamento de aprendizagem satisfatório. A partir do conteúdo
já trabalhado, o professor realiza nova explicação e define os critérios, bem como,
os instrumentos de avaliação que melhor atender as necessidades educacionais dos
alunos.
A Escola utiliza o Conselho de Classe para avaliar todo o processo educativo,
através do pré-conselho de classe que acontece com professores e alunos com o
preenchimento de fichas com questões relacionadas ao andamento pedagógico e
administrativo da escola. O Conselho de Classe acontece com a participação de
todos os professores, direção e professor pedagogo, onde a preocupação maior é a
aprendizagem dos alunos, tendo por objetivos proporcionar uma avaliação
diagnóstica da ação pedagógica da escola. O que é uma busca conjunta de
alternativas de ação que levem a execução dos objetivos propostos ao aluno e a
aprendizagem. O Pós-conselho de classe para repassarmos aos alunos e a
comunidade escolar as providências ou formas de avanço diante de cada problema
detectado.
A partir deste ano letivo para o Pré-conselho o professor fará análise do
aproveitamento escolar de cada aluno, em sua respectiva disciplina, e apresentará à
Equipe Pedagógica e Direção para definição de ações antes do Conselho de Classe.
O Pós-Conselho continuará sendo um momento para apresentar aos alunos e a
comunidade escolar as discussões realizadas no Conselho, para que possam
contribuir com sugestões que visem à melhoria do processo educativo.
18
Os pais recebem o resultado do aproveitamento escolar de seus filhos,
através de boletins, que são entregues em reuniões específicas.
19
4 MARCO CONCEITUAL
A comunidade local reflete o contexto da sociedade capitalista e conhece os
desafios da vida moderna. Percebe-se a velocidade da mudança, impulsionada pela
aceleração da produção, da aplicação do conhecimento científico, sua concretização
em processos e produtos tecnológicos, que invadem o cotidiano individual e coletivo.
Como escola, sabemos que precisamos interagir com essa realidade
constituindo-se em instrumento de transformação através da educação, do
conhecimento acumulado ao longo das experiências vividas e da cultura, que
possibilita a mudança através das relações sociais, da participação, da organização
pessoal e coletiva. Nessa sociedade injusta, desigual e excludente a escola deve ser
o espaço onde todos devem chegar ao nível mais elevado de formação, o que é
alcançado na esfera pessoal com disciplina e dedicação, e na esfera social, com o
apoio da família e do Estado.
Na era da informação, enquanto escola, temos que possibilitar o
conhecimento para enfrentar a vida no cotidiano e ter a oportunidade de viver a
riqueza de uma cultura que seu meio social não oferece. Trata-se de harmonizar
conteúdo e estrutura, desenvolvendo âmbitos culturais de relação, intercâmbio e
convivência coletiva, em que os conteúdos estudados pelos alunos encontrem
utilidade e significado. A aprendizagem relevante requer um tempo e um método
para novos modos de interação humana bem diversos daqueles do ensino como
transmissão.
Por isso entendemos que o homem como ser de relações deve contribuir, em
primeiro lugar, com um compromisso social com o seu semelhante, acreditando que
as pessoas são capazes e podem lutar sempre, por si e na coletividade de forma
crítica, construtiva e cidadã. Nessa perspectiva queremos um novo homem fazendo-
se presente na luta pela educação, cultura, pelo saber na constituição da sua
identidade e cidadania.
Compreendemos que a construção dos conceitos científicos e seu
desenvolvimento superam o desenvolvimento dos conceitos espontâneos através da
ação da escola para o crescimento intelectual e cultural coletivos e como sujeito.
Segundo LUCKESI, “...uma aula começa pela constatação da prática real,
havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referí-la aos termos
20
do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação
do professor.” (1994, p.71)
O educador deve propriciar o questionamento, a produção criativa, o trabalho
coletivo, a prática de valores, o incentivo à pesquisa, ou seja, formar o aluno com o
intuito de desenvolver sua autonomia para que este quando fora da escola consiga
ampliar seus conhecimentos através de argumentos e discussões, incorporando
esta prática ao seu cotidiano. Deve conceber que o conhecimento é uma construção
histórica e social, e na sala da aula, pela ação do professor, constituída na mediação
pedagógica deve se realizar o processo de internalização, sistematizando,
valorizando, interpretando a informação, através da explicitação do conteúdo
científico, de perguntas, indicação de como desenvolver a tarefa, diálogo,
experiências e colaboração.
Nessa dinâmica escolar os alunos podem apropriar-se dos conhecimentos
científicos básicos, aprender com a história, livros, cinema, música, dança, teatro,
esportes práticas físicas sociais e individuais, com a linguagem e arte, pois a
experiência com essas produções constitui a formação cultural necessária para
enfrentar desafios ainda mais graves da vida contemporânea.
Com base nessa perspectiva é proporcionado aos envolvidos no processo
educacional o exercício da cidadania, com a valorização de sua cultura, com o
respeito às diferenças sociais, econômicas, étnicas e de potencialidades.
LUCKESI apresenta uma definição clara da atividade do educador quando diz
que “Ensinar é uma forma técnica de possibilitar aos alunos a apropriação da cultura
elaborada da melhor e mais eficaz forma possível”. (1994, p.116).
Então, o educador enquanto mediador do conhecimento precisa possuir
qualificação científica, técnica e política para estar comprometido com a realidade
social aliada à educacional.
As condições de aquisição de conhecimentos sistematizados, científicos, pelo
aluno são muito diversas daquelas em que se originam os conceitos espontâneos. O
novo contexto das interações escolares tem uma orientação deliberada e explícita.
Tudo é previamente organizado, por isso toda ação escolar e docente, deve centrar-
se na organização do conteúdo, dos processos pedagógicos, isto é, procedimentos,
metodologias, uso de critérios e instrumentos pedagógicos adequados da avaliação
da aprendizagem, na organização do espaço do tempo escolar vivido para a
aprendizagem.
21
O tempo definido relacionado ao período letivo, ao planejamento pedagógico,
a realização dos conselhos de classe, aos recessos escolares, as atividades
burocráticas, as reuniões bimestrais, expressas no calendário escolar, impõem os
ritmos na ação educativa da vida de toda comunidade escolar. Dessa forma, a
escola precisa estar atenta com a sua função social, a proposição da sua filosofia, a
execução dos princípios educacionais e de seus objetivos.
Diante disso, a escola acredita na Pedagogia Histórico-Crítica como a
possibilidade de realizar uma educação voltada para a superação dos
condicionamentos sociais.
Conforme SAVIANI, “...compreender a Educação no seu desenvolvimento
histórico-objetivo e, por conseqüência, a possibilidade de se articular uma proposta
pedagógica cujo ponto de referência, cujo compromisso, seja a transformação da
sociedade e não sua manutenção, a sua perpetuação.”
A partir da realidade dada é preciso trabalhar na perspectiva de que todos
são iguais, valorizando a variedade de níveis de conhecimento dentro de um
processo pedagógico escolar intencional, que precisa ser orientado pela previsão do
que se pretende alcançar no trabalho educacional da instituição e do trabalho
docente.
Portanto, a filosofia da escola é atender a todos a partir do direito ao acesso e
permanência na escola, com um ensino de qualidade preparando o aluno para o
exercício da cidadania.
A escola na sua especificidade deve desenvolver os seguintes objetivos:
• Resgatar a intencionalidade da ação educativa na formação humana;
• Assegurar o direito à educação respaldada nos princípios da
universalidade, eqüidade, integralidade, igualdade de condições,
liberdade, valorização profissional, gestão democrática e das suas
diretrizes organizacionais que são a descentralização e a participação da
comunidade escolar.
• Superar o caráter fragmentado das práticas em educação;
• Priorizar recursos para atingir os fins do processo educacional;
• Superar as imposições ou disputas de vontades individuais pelo trabalho
coletivo;
22
• Gerar esperança e solidariedade a todos os envolvidos no processo
educativo.
A democratização da escola pública deve ser entendida como uma ampliação
das oportunidades, difusão de conhecimentos e sua reelaboração crítica,
aprimoramento da prática educativa escolar, visando à elevação cultural e científica
das camadas populares, contribuindo, ao mesmo tempo, para responder as suas
necessidades e aspirações mais imediatas, isto é melhoria de vida e à sua inserção
num projeto coletivo de mudança da sociedade.
Diante deste contexto, a gestão democrática do trabalho pedagógico é
essencial para que a escola cumpra sua função educativo-pedagógica. Essa
mudança amplia o aprofundamento de relações de colaboração, co-
responsabilidade e solidariedade de toda comunidade escolar. Por serem relações
humanas, estão presentes as contradições, complexidades e desencontro de idéias.
Na gestão democrática devemos avaliar o trabalho escolar, o trabalho
docente, a aprendizagem dos nossos alunos de maneira progressiva e contínua,
através da organização de encontros pedagógicos com os professores, para
melhorar sua auto-estima, desempenho e interesse em classe. Criar atitudes
positivas de vida com os alunos, oferecendo sugestões de leituras, dos mais
diversos temas que estimulem a informação, o aprendizado, a participação em
atividades extra-curriculares e projetos significativos.
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da
reflexão, da compreensão e da transformação que envolve um projeto pedagógico
libertador. A representatividade da comunidade escolar se faz pelos diferentes
segmentos: pais, representados pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF); dos alunos, pelos representantes de turma; dos professores, no Conselho
de Classe de forma colegiada e pelos diferentes segmentos da escola no Conselho
Escolar, que contribuem significativamente, a partir da compreensão das suas
atribuições e visualizam resultados positivos no sucesso escolar dos alunos, na
conservação física do ambiente escolar e sua melhoria, na execução de projetos
pedagógicos, na aplicação de recursos financeiros provindos da esfera pública ou
através de promoções.
O Conselho Escolar é o órgão máximo de Direção da Escola com sentido
organizador, deliberativo e fiscal. Oferece condições para a realização do projeto de
ação pedagógica e gestão democrática, tendo em vista, não apenas as aspirações
23
da escola, como também a necessidade da maioria da população. Atua no sentido
de resolver dificuldades que se apresentam incomuns ao cotidiano da escola, seja
no âmbito administrativo, didático ou pedagógico.
A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é instituição auxiliar do
estabelecimento de ensino com a finalidade de gerencial a melhor forma de
aplicação de verbas recebidas pela escola. Participa também da organização de
eventos promovidos pela escola.
Para os alunos, autonomia se conquista pela possibilidade de participação
efetiva nas decisões e pela possibilidade de aprender a democracia na escola,
entendendo que é possível e desejável vivê-la no seu espaço escolar, familiar, de
trabalho e comunitário.
Outro elemento da gestão democrática é a organização escolar para a
formação continuada de professores e funcionários, oferecida Secretaria de Estado
da Educação, pelos encontros descentralizados organizados pelo N.R.E., através de
cursos à distância ou presenciais proporcionados pelas diferentes esferas públicas –
SEED/MEC ou instituições particulares, contando com estímulo da escola, para
aperfeiçoamento e qualificação, atitude primordial para a consolidação das
mudanças necessárias no ensino. A formação continuada pode e se efetiva por meio
de várias modalidades de eventos, educacionais, encontros, grupos de estudo
organizados pela própria instituição educacional, ou oportunizar momentos de
estudo em hora atividade realizada no horário escolar por disciplina.
A Inclusão é um tema que tem repercutido entre os educadores em âmbito
nacional e é uma realidade presente no sistema educacional brasileiro. A
Constituição Federal, a LDBEN, o Decreto Legislativo nº 198 e o Decreto nº 3.956
tratam da inclusão como direito de igualdade ao acesso à educação, independente
da diferença de gênero, de cor, de ser portador de necessidades especiais, de ter
dificuldade de aprendizagem, entre outras situações.
No caso de pessoa com necessidades educacionais especiais o desafio se
torna maior e gera uma grande polêmica, muitas vezes motivada pela falta de
capacitação do educador, falta de apoio técnico e pedagógico, estrutura física
inadequada, etc. Porém, de acordo com a Fundação Procurador Pedro Jorge de
Melo e Silva “O direito de acesso ao Ensino Fundamental é um direito humano
indisponível, por isso, as pessoas com deficiência, em idade de frequentá-lo, não
podem ser privadas dele.” (2004, p.12).
24
Diante disto, a escola sendo pública e democrática não deve excluir e sim
garantir o acesso e permanência à educação.
Na busca pela superação da cultura de gestão autoritária o conceito de
currículo vem se modificando ao longo do tempo, podemos defini-lo como a relação
de um conjunto de experiências educacionais organizadas pela escola e pelas quais
a mesma se responsabiliza a apresentar aos alunos, com o objetivo de que
aprendam. O eixo desse currículo deve ser o conhecimento escolar.
Suas características devem ser:
• Um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo escolar,
onde materializa-se a ação educativa;
• Envolver intenções e práticas para sua concretização;
• Um gerador de efeitos que contribui para a construção de um conhecimento
que fica em cada aluno, com marcas diferenciadas, mas que estão presentes;
As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva, onde o planejamento, a
implementação e a avaliação devem ser tarefa de cada um e requer
responsabilidade ao futuro dos alunos.
O currículo escolar deve assegurar alguns princípios para possibilitar o
embasamento das nossas reflexões, como propiciar ferramentas teóricas e práticas
através dos conteúdos das diversas áreas do conhecimento e que capacitem toda
comunidade escolar, como sujeitos escolares a ler a realidade, interpretar,
posicionar e influenciar sobre ela:
• Que respeite e incentive a liberdade de pensamento, as discussões, a
capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do
debate no interior da escola;
• Possibilite a prática da reflexão, da resistência à sociedade capitalista e aos
seus valores desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e
à natureza;
• Coloque os educandos em movimento, mostrando a necessidade de
participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares;
• Crie entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação
continuada e atualizada, o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender, para
desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das
informações e das elaborações, da dominação cultural e burguesa.
25
• Um currículo que permita aos educandos o domínio do conhecimento, o
acesso à fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das
ciências, das letras e da tecnologia.
• Permita aos educandos conhecerem, valorizarem e vivenciarem as
manifestações populares, compreendendo as relações de interpendência
entre as culturas e sem desqualificar uma delas das outras;
• Possibilite a prática da solidariedade para lutar contra a discriminação de
gênero, opção sexual, portadores de necessidades especiais e outras;
• Garantir a organização do currículo que assegure a identidade da escola, o
desenvolvimento da cidadania, incluindo temas específicos de história,
geografia, da cultura, das manifestações artísticas, científicas, dos
trabalhadores do campo e suas influências e contribuições para toda
comunidade escolar e para a sociedade.
Em relação à avaliação da aprendizagem necessita o cumprimento do seu
verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem
bem sucedida.
A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de
ser utilizada como recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando
e assume o papel de auxiliar o seu crescimento.
Deve-se proceder uma avaliação diagnóstica que conduza o professor e
aluno a verificar o mínimo necessário, com atividades racionalmente definidas dentro
de um encaminhamento decisório como instrumento de compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o aluno, para uma aprendizagem suficiente e
satisfatória, para avançar em termos dos conhecimentos necessários.
A avaliação diagnóstica tem como princípio básico ser um instrumento auxiliar
de aprendizagem em harmonia com os objetivos e conteúdos e não como um
instrumento de aprovação ou reprovação dos alunos.
Na avaliação entendida como processo, o professor deve diagnosticar os
avanços conquistados pelo aluno e que conteúdos ainda é preciso reforçar, retomá-
los sob novas formas e metodologias, para que o aluno possa aprender realmente.
A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, somativa e cumulativa.
Ela deve também ser variada, oportunizando, assim, a todos os alunos, com
capacidades diversas, demonstrar seu aprendizado.
26
É preciso se valer de diferentes instrumentos de avaliação sem perder de
vista os critérios que orientam e norteiam o que deve ser avaliado, ou seja, o que é
relevante e que o aluno deve aprender, capaz de estabelecer relações, refletir,
entender, transformar, reelaborar conhecimentos, tornar-se cidadão crítico e
participativo na sociedade.
Para que a avaliação se torne instrumento subsidiário significativo da prática
educativa, precisa de rigor científico e metodológico, é importante na condução
enquanto construção dos resultados que se manifestam no desenvolvimento do
aluno.
O tempo da aprendizagem é diferente do tempo escolar, pois cada educando
tem a capacidade de aprender conhecimentos e valores, diferentemente um dos
outros, assim a escola deve respeitar seus tempos humanos. Baseado em Arroyo
(2004), parte da consciência cultural de nossa sociedade é formada pelo substrato
ideológico da classificação o que torna difícil acabar com essa prática escolar e
docente, mas se queremos práticas e concepções democráticas e igualitárias, é
necessário revermos os valores educacionais e reverter a situação inicial.
Ainda conforme ARROYO “Essas culturas de retenção, reprovação,
segregação e enturmação estão distantes dos ideais que inspiraram a defesa da
educação básica universal como direito inerente à igualdade de todo ser humano”.
(2004, p. 362). Isto é, a reprovação é considerada como um processo excludente, o
que foge ao caráter da instituição escolar de ser democrática.
Quando a escola respeita os alunos e suas temporalidades a reprovação fica
subjugada ao aprendizado, pois as práticas classificatórias ficam em detrimento ao
processo de ensino aprendizagem.
Para HOFFMANN “... discute-se avaliação para tentar melhorar a
aprendizagem dos alunos, quando se deveria fazer exatamente o inverso: discutir a
aprendizagem dos alunos para aperfeiçoar o processo avaliativo e a educação”.
(2005, p. 67).
Ao salientar a aprendizagem e não a avaliação como ponto principal para a
educação, e se a escola trabalhar nessa perspectiva, a recuperação de estudos
também será menos discutida, porque os resultados serão atingidos em primeiro
momento avaliativo. Contudo, quando da necessidade a recuperação deverá ser
paralela aos estudos conforme prevê a orientação proveniente da SEED-Pr.
27
O Conselho de Classe é um dos momentos mais importantes para o processo
de gestão democrática na instituição escolar, pois possibilita discussões sobre
questões pedagógicas como ensino, aprendizagem, avaliações e resultados,
ocasionando, dessa forma, tomadas de decisões para melhoria das atividades que
são desenvolvidas na escola.
Conforme DALBEN “... permitem que se desenvolva o processo educativo de
reflexão e discussão coletiva sobre o fazer de toda a escola, permitindo um olhar de
conjunto e a percepção da dinâmica de construção do projeto pedagógico em
curso”. (2004, p. 32)
Dessa forma, os profissionais em educação devem ressaltar a relevância do
Conselho de Classe como um dos meios de se garantir a qualidade da educação.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná: Curitiba: SEED, 1990.
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n.º 8069/90.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.º 9.394/96.
DALBEN, Angela Imaculada Loureiro de Freitas. Trabalho Escolar e Conselho de
Classe. 4ª ed., Papirus: São Paulo, 2000.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª ed., Cortez: São
Paulo, 2002.
PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª ed., Ática: São
Paulo, 2003.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo, Uma Reflexão Sobre a Prática. 3ª ed.,
Artmed: Porto Alegre, 2000.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico Crítica. 8ª ed., Campinas: Autores
Associados, 2003.
SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, Currículo e Didática: Problemas, da unidade
conteúdo/método no processo pedagógico. 4ª ed., Autores Associados: Campinas,
2003.
VEIGA, Ilma Passos A. Perspectivas para Reflexão em Torno do Projeto
Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
ANEXOS
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL
Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85
Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000
CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195
E-mail: [email protected]
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
FRANCISCO BELTRÃO - PR
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
2008
31
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL
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E-mail: [email protected]
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Plano de Ação da Escola representa o trabalho coletivo pautado na
realidade deste estabelecimento de ensino com o envolvimento de todos os
profissionais que nele atuam, juntamente com os órgãos colegiados.
Apresenta o planejamento de ações da prática pedagógica e administrativa ao
definir um prévio cronograma do que será realizado, considerando os elementos
necessários a uma gestão democrática.
É dinâmico e flexível, portanto passível de alterações dada uma necessidade,
para atender a diversidade dos sujeitos escolares, na busca constante de se cumprir
a função social da escola.
32
AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoParticipação na formação continuada ofertada pela SEED, para readequação e
implementação do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular das Disciplinas.
oElaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino.
07, 08 e
11/02/2008
Profissionais da
escola
oPlanejamento das atividades e elaboração do Plano de Trabalho Docente: elementos
que constituem a organização do trabalho pedagógico, para viabilizar o processo de
ensino-aprendizagem.
12 e 13/02, e
01/08/2008
Profissionais da
escola
oGarantir o acesso e permanência dos educandos neste estabelecimento de ensino ao
trabalhar com qualidade de ensino, valorizando e respeitando as diferenças dos sujeitos
sociais.
Ao longo do
período letivo.
Profissionais da
escola
oBuscar a efetivação e reconhecimento do Curso de Ensino Médio em nosso
estabelecimento de ensino, através de trâmites legais junto à SEED-PR.
Ao longo do
ano letivo.
Profissionais da
escola oRealização de reunião administrativa com todos os profissionais que atuam na escola
para tratar sobre assuntos pertinentes à organização do trabalho escolar.
27/02/2008 Direção
oRealização de reunião com pais e responsáveis para repasse de informações
administrativas e pedagógicas que permeiam a organização do trabalho escolar.
14/03/2008 Direção
oDiscussão e análise do processo de ensino-aprendizagem através de Conselho de
Classe para diagnosticar os limites e possibilidades, e projetar novos encaminhamentos.
09/06/200822/09/200815/012/2008
DireçãoEq. PedagógicaCorpo Docente
oRealização de reunião com pais e responsáveis para acompanhamento do
aproveitamento escolar dos educandos e entrega de boletins após o conselho de
classe.
A cada
trimestre.
DireçãoEq. PedagógicaCorpo Docente
AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoOrganização do trabalho escolar para garantir a participação em Formação Continuada,
cursos e reuniões técnicas pelos profissionais que atuam na escola.
Ao longo do
ano letivo.
DireçãoEq. Pedagógica
33
oPromover a Avaliação Institucional com o envolvimento de toda comunidade escolar de
acordo com orientações da SEED-PR, dentro de dos princípios da democracia, de forma
legítima e transparente.
1º e 2º
Semestre.
DireçãoEquipe
Pedagógica
oReorganização do Projeto Político-Pedagógico sempre que houver necessidade de
readequá-lo à realidade da comunidade escolar.
Ao longo do
ano letivo.
Equipe
PedagógicaoAcompanhamento pedagógico aos alunos com objetivo de verificar baixo
aproveitamento e definir ações que visem sanar as dificuldades apresentadas.
Ao longo do
ano letivo.
Equipe
PedagógicaoRealização de Reunião Pedagógica para análise e discussão de temas pertinentes ao
fazer pedagógico da escola, como forma de orientar, capacitar e definir metas para
continuidade do trabalho.
10/06/200823/09/200813/11/2008
Equipe
Pedagógica
oAcompanhamento da Hora-Atividade para orientar e dar suporte ao trabalho docente. Durante o ano
letivo.
Equipe
PedagógicaoOrientar o processo de construção das Propostas Pedagógicas Curriculares das
disciplinas e do Plano de Trabalho Docente.
Durante o ano
letivo.
Equipe
PedagógicaoCoordenação da escolha de Representantes de Turma (professores e alunos). Orientar
quanto ao conceito de liderança e as atribuições pertinentes a um líder
Início do ano
letivo
Equipe
Pedagógica
AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoParticipação da Equipe Pedagógica na Jornada Pedagógica com o objetivo de refletir a
melhorar sobre a prática educativa.
Conforme
agenda da
SEED.
Equipe
Pedagógica
oBuscar formas de capacitação e entendimento de como trabalhar os Desafios
Educacionais Contemporâneos e demais programas instituídos pela SEED-PR, para
Ao longo do
ano letivo.
Eq. PedagógicaEquipe
34
juntamente com o corpo docente desenvolver esse trabalho que atenda esses temas. Multidisciplinaro Readequar a Proposta Pedagógica Curricular e implementá-la de acordo com as
orientações das Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná.
Sempre que
necessário.
Corpo Docente
oElaboração do plano de trabalho docente para nortear a prática docente garantindo a
qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Durante o ano
letivo.
Corpo Docente
oRealização da hora-atividade para preparar aulas, estudar e desenvolver atividades
referentes ao trabalho docente.
Durante o ano
letivo.
Corpo Docente
oPromover palestra que trabalhe sobre os Desafios Educacionais Contemporâneos. Primeiro
trimestre
Equipe
MultidisciplinaroRealizar jogos inter-séries para promover maior integração entre os educandos e
incentivar a prática de esportes.
Mês de agosto Professor de
Educação Física oRealização da Semana Cultural com atividades culturais e esportivas de todas as áreas
para promover o conhecimento de forma diferenciada aos educandos.
oFestival de Xadrez; Declamação de Poesia; Mostra de Artes; Apresentações Artísticas;
27 a
31/10/2008
Corpo DocenteEq. Pedagógica
AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoParticipação em programas e projetos viabilizados pela SEED-PR, pela Prefeitura
Municipal de Realeza e outros órgãos. De forma a contribuir para a formação global do
educando.
A ser definido
pelos órgãos
organizadores
Corpo Docente
Equipe
PedagógicaoPromover Viagens de Estudo para complementar e aprimorar o conhecimento dos
educandos através de conteúdos trabalhados em sala de aula.
A ser definido. Corpo DocenteEq. Pedagógica
oDar continuidade ao Projeto de Integração realizado entre este estabelecimento de
ensino e a Escola Estadual de Saltinho, que juntamente promovem viagem ao Anila
Thermas para os alunos.
A ser definido. Direções da E.E.
de Flor da Serra
e da E.E. de
Saltinho.oRealização da Festa Junina para comemorar e valorizar esta festa religiosa/cultural do 07/06/2008 Direção
35
país. Corpo DocenteEq. Pedagógica
oRealizar a Formatura da 8ª série do Ensino Fundamental para formalizar o término do
curso.
17/12/2008 DireçãoEq. PedagógicaCorpo Docente
oOrganizar e manter os serviços de escrituração, documentação, correspondência e
processos referentes à vida dos educandos e profissionais deste Estabelecimento.
Em todo o
tempo escolar.
Secretaria
oRealizar os serviços de conservação, manutenção, preservação, segurança e da
alimentação escolar.
Em todo o
tempo escolar.
Equipe Auxiliar
Operacional.oPreparar e servir a merenda escolar cuidando em manter a higiene que envolve todo o
processo, assim como, promover relacionamento cooperativo de trabalho com os alunos
e professores.
Em todo o
tempo escolar.
Equipe Auxiliar
Operacional.
AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoZelar pela limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios
e instalações, assim como, promover relacionamento cooperativo de trabalho com os
alunos e professores.
Em todo o
tempo escolar.
Equipe Auxiliar
Operacional.
oRealizar reunião com a comunidade escolar para eleição de membros representantes
da APMF e do Conselho Escolar.
Mês de abril. Comunidade
escolaroGarantir a gestão democrática através da participação do Conselho Escolar e APMF
nas decisões de assuntos relevantes para a comunidade escolar.
Durante o
período
escolar.
DireçãoÓrgãos
Colegiados
oAcompanhar a organização do trabalho escolar e participar das decisões pertinentes ao
Conselho Escolar, intervindo e contribuindo para a qualidade em educação.
Durante o
tempo escolar.
Conselho Escolar
oAtravés de reuniões periódicas analisar e discutir as necessidades da comunidade
escolar, contribuindo dessa forma para a melhoria da qualidade de ensino.
Durante o ano
letivo.
Direção, APMF,
Conselho EscolaroDesenvolver melhorias na estrutura física, adquirir materiais didático-pedagógicos, e Durante o Direção
36
ampliação de acervo bibliográfico, visando a qualidade de ensino. período letivo. APMFoAdministração e aplicação dos recursos financeiros provenientes do Fundo Rotativo e
PDDE para melhorias e aquisição de materiais didático-pedagógicos e de consumo, de
acordo com as necessidades do estabelecimento de ensino.
Ao longo do
ano letivo.
APMF
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL
Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85
Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000
CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195
E-mail: [email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
AGOSTO/2008
REALEZA-PR
ÍNDICE
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................1CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ........................................................... 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 5 1 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 9 3 MARCO SITUACIONAL E OPERACIONAL ................................................................................................... 11 4 MARCO CONCEITUAL .................................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 28 ANEXOS ................................................................................................................................................................ 29 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................30CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 30
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 30 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................31CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 31
PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 31 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................37CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 37 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO .................................. 37 AGOSTO/2008 ....................................................................................................................................................... 37 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 37 ÍNDICE ................................................................................................................................................................... 38 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 40 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................41CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ...................................................................................................... 41 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 41 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES .................................................................................. 42 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 42 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................... 43 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE .......................................................................................................... 44 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS ............................................................................. 54 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 54 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................... 73 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 73 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO ................................................................. 81 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 81 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 81 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 82 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................... 83 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ........................................................................ 88 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 88 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 88 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 89 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ............................................................................. 99 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 99 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 99 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................. 101 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................................. 116 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 116 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 134 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ................................................................................................... 134 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................. 136 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES .................................................................................................................... 136 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE ........................................................................................................ 137
39
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ................................................................. 147 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 149 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 151 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.................................................162CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ....................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................................................................................... 162 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 162 REALEZA-PR ...................................................................................................................................................... 162 AGOSTO/2008 ..................................................................................................................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO MÉDIO .................................................. 163 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA .......................................................................... 177 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 177 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 177 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................... 187 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 187 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA ......................................................................... 199 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 199 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA ................................................................................. 206 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 206 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ...................................................................... 212 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 212 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 214 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ........................................................................... 223 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 223 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 223 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA/LITERATURA - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 236 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 251 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 251 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 251 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 254 CONTEUDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS .............................................................. 254 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 260 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA ............................................................................ 262 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 262 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ..................................................................... 279 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 279 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 286 LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005..........................................................................................................................................................292
40
INTRODUÇÃO
A Escola Estadual de Flor da Serra – Ensino Fundamental está em
processo de implantação do curso de Ensino Médio para o ano letivo de 2008.
O Estabelecimento de Ensino elaborou a Propostas Pedagógicas
Curriculares das Disciplinas a partir das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná,
considerando os princípios de democracia e dinamicidade que devem estar
presentes no currículo, com a busca constante pela qualidade da educação.
Atendemos alunos provenientes de famílias com nível sócio-econômico
diversificado, filhos de pequenos agricultores, arrendatários, comerciantes e
comerciários, domésticas, funcionários públicos, com trabalho informal e temporário.
Através da organização do trabalho pedagógico, a escola visa garantir os
direitos de acesso e permanência do aluno. Portanto, a prática pedagógica da
escola está voltada para o atendimento da diversidade dos sujeitos sociais que
fazem parte da comunidade escolar, tendo em vista um trabalho inclusivo por
entender que é necessário o respeito às diferenças, inclusive no processo de
ensino-aprendizagem, pois são múltiplas as formas de se aprender.
Pelo fato do estabelecimento de ensino estar situado em área rural
pretende-se adequar a prática pedagógica à questão da Educação do Campo,
enquanto política pública, que valoriza a realidade do sujeito do campo quanto à sua
cultura e necessidades humanas sociais.
Nas Propostas Pedagógicas Curriculares constam os Desafios
Educacionais Contemporâneos, quais sejam: História e Cultura Afro-brasileira e
Africana, Relações Étnico-Raciais, Educação Fiscal, Sexualidade Humana,
Enfrentamento à Violência e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, que serão
temas trabalhados nas disciplinas como forma de construir conhecimentos voltados
à realidade da sociedade atual.
Acreditamos que o currículo escolar que contempla conhecimentos
científicos historicamente construídos unidos aos temas sociais da atualidade
proporcionará ao educando uma participação social efetiva, enquanto cidadão ativo
e reflexivo que busca a transformação da sociedade.
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL
Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85
Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000
CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195
E-mail: [email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
REALEZA-PR
AGOSTO/2008
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Artes tem que ser visto como conhecimento e não meramente
um meio para o destaque de dons inatos. O ensino de Arte tem o objetivo de se
preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. Arte é
criação e manifestação do poder criador do homem, por meio de suas criações, o
sujeito amplia e enriquece a realidade tornando-se capaz de refletir, de interpretar, e
de se posicionar diante do objeto de estudo.
Na educação, o ensino de Artes amplia o repertório cultural do aluno a partir
dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações. Nessa proposta,
pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamentos,
aprender e expandir suas potencialidades criativas. Alguns campos conceituais que
contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina.
• Conhecimento artístico – está relacionado com o fazer e o processo
criativo. Considera-se desde o imaginário e a elaboração e a formalização
do objeto artístico até o contato com o público. As formas resultantes das
sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir
da experiência com materiais, com técnicas e com elementos formais
básicos constitutivos das Artes Visuais, da dança, da música e do teatro.
• Conhecimento Contextualizado – envolve o contexto histórico, político,
econômico e sociocultural, dos objetivos artísticos e contribui para a
compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um
aprofundamento na investigação desse objeto.
Em Artes, a prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança, a
Música e o Teatro; tendo uma organização semelhante entre os níveis e modalidade
da Ed. Básica adotada com referência as relações estabelecidas entre a Arte e a
Sociedade.
43
Do ponto de vista antropológico é possível considerar que toda produção
artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a sua
existência no mundo.
Os conteúdos pessoais de cada sujeito interligados a produção cultural (local,
regional, global) são fonte geradora de significados em arte.
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade
serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a
cultura e da arte com a linguagem.
O aluno terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes formas de
relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade das mesmas com o
seu universo. Ao selecionar os conteúdos específicos o professor enfocará as
formas de relação da arte com a sociedade enfatizando e abordando objeto de
estudo por meio dos conteúdos estruturantes.
O ensino de Artes deixa de ser coadjuvante e passa a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em
constante transformação.
OBJETIVO GERAL
• Desenvolver o sentido social do aluno, apreciação dos produtos de
expressão e de tecnologia, de outras civilizações como manifestações
diferentes a que está habituada.
• Favorecer o desenvolvimento da percepção, da observação, da
imaginação e da sensibilidade do aluno, valorizando aspectos históricos e
culturais em que estão inseridos.
• Perceber a arte em sua globalidade, onde o cognitivo, o sensível, o
perceptível e o reflexivo atuam e interagem com as mesmas propriedades,
possibilitando assim o desenvolvimento de um leitor de mundo mais crítico
e eficiente em seus posicionamentos, um novo agente de produção
cultural.
44
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla: Artes visuais, Dança,
Música e Teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina vem
constituir a base da prática pedagógica.
Tais conteúdos, como basilares na organização da disciplina de Artes, não
podem ser vistos como elementos limitadores ou segmentados, pois todos eles:
Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos, Tempo e Espaço
apresentam uma unidade interdependente, além de permitir uma correspondência
entre as linguagens. De cada um dos conteúdos estruturantes pode-se destacar os
seguintes aspectos a serem observados nas artes visuais, na dança, na música e no
teatro.
5ª SÉRIE
ÁREAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
o Ponto
o Linha
o Plano
o Textura
o Luz
o Cor
o Volume
o Bidimensional
o Figurativa
o Geométrica
o Simetria
o Gêneros
o Releitura de obras
o Pré-história
o Arte indígena
o Idade antiga: Egito
o Antiguidade Clássica
o Arte brasileira
o Indústria cultural
MÚSICA
o Duração
o Altura
o Timbre
o Intensidade
o Densidade
o Ritmo
o Melodia
o Intervalo melódico
o Improvisação
o Técnicas
o Greco Romana
o Oriental
o Ocidental
o Africana
TEATRO
o Expressõe
s corporais
o Personage
ns
o Representação
o Improvisação
o Adereços
o Sonoplastia
o Cenografia
o Greco-Romana
o Teatro Oriental
o Teatro Medieval
o Renascimento
45
o Maquiagem
o Espaço cênico
DANÇA
o Movimento
corporal
o Ritmo
o Espaço
o Rotação
o Técnica
o Salto
o Ponto de apoio
o Pré-história
o Greco-Romana
o Medieval
o Idade Média
6ª SÉRIE
ÁREAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
46
ARTES
VISUAIS
o Cor
o Forma
o Ponto
o Linha
o Textura
o Superfície
o Volume
o Policromia
o Monocromia
o Isocromia
o Releitura de obras
o Tecelagem
o Tridimensional
o Figura e fundo
o Abstrata
o Logomarcas
o Gêneros: paisagem
retrato, natureza
morta.
MÚSICA
o Altura
o Duração
o Intensidade
o Timbre
o Ritmo
o Melodia
o Harmonia
o Improvisação
o Técnicas
o Gêneros: folclórico,
indígena, popular e
étnico.
o Técnicas: vocal,
instrumental, mista.
o Idade moderna:
Renascimento
o Arte romântica, gótica,
vitrais, mosaicos
o Cultura afro
o Folclore brasileiro
o Barroco
o Rococó
o Brasil colonial
o Ditos populares
47
TEATRO
o Expressõe
s corporais
e gestuais
o Personage
ns
o
o Cenografia
o Sonoplastia
o Figurino
o Maquiagem
o Adereços
o Jogos teatrais
DANÇA
o Movimento
corporal
o Tempo
o espaço
o Ponto de apoio
o Salto
o Rotação
o Sonoplastia
o Coreografia
o Formação
o Deslocamento
7ª SÉRIE
ÁREAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
48
ARTES
VISUAIS
o Ponto
o Traço
o Linha
o Textura
o Superfície
o Volume
o Cor
o forma
o Mídia
o Desenho figurativo,
geométrico e
abstrato
o Leitura de imagem
o História em
quadrinhos
o Semelhanças e
contrastes
o Ritmo visual
MÚSICA
o Duração
o Intensidade
o Altura
o Timbre
o Ritmo
o Equilíbrio
o Intervalo melódico
o Harmonia
o Melodia
o Improvisação
TEATRO
o Expressões
corporais
o Personagens
o Ação
o Espaço
o
o
o Representação no
cinema
o Mídias
o Texto dramático
o Roteiro
o Maquiagem
o Técnicas: jogos
teatrais, sombra.
o Romantismo
o Realismo
o Impressionismo
o Cultura afro
o Xilogravura
o MPB, samba,
sertanejo
o Drama, comédia e
tragédia
o Arte brasileira
o Dança moderna
o Indústria Cultural
o Vanguardas
DANÇA
o Movimento
corporal
o Tempo
o Espaço
o Ponto de apoio
o Rotação
o Coreografia
o Técnicas
o Hip Hop
o Dança clássica
8ª SÉRIE
ÁREAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
49
ARTES
VISUAIS
o Textura
o Forma e
contorno
o Cores
o Volume
o Superfície
o Linha
o Forma
o Natureza
morta e viva
o Escultura
em argila
o Fotografia
o Origami
o Simetria
o Bidimension
al
o Tridimension
al
o Figura e
fundo
o Estética
o Século XX: futuralismo,
concretismo e cubismo
o Cultura afro
o Ciclos da arte – vida
o Semana da arte moderna
o Cultura oriental
o Grafismo, dadaísmo
o Artistas brasileiros e
paranaenses
o Industria cultural
MÚSICA
o Altura
o Timbre
o Duração
o Intensidad
e
o Ritmo
o Melodia
o Intervalo
o Técnicas:
vocal,
instrumental,
mista
o Gêneros:
popular,
folclórico,
étnico
o Música Popular Brasileira
o Música Contemporânea
TEATRO
o Expressõe
s
corporais,
gestuais e
faciais
o Personage
ns
o Adereços
o Roteiro
o Enredo
o Maquiagem
o Jogos
teatrais
o Sonoplastia
o Teatro engajado
o Teatro do oprimido
o Teatro pobre
o Teatro do absurdo
50
o Espaço
o Tempo
o Arte na rua
o Arte no
palco
o Dramaturgia
o Figurino
DANÇA
o Movimento
corporal
o Tempo
o Espaço
o Ponto de
apoio
o Rotação
o Salto e
queda
o Coreografia
o Formação
o Vanguardas,
o Dança
contemporâ
nea
o Realismo
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Nos anos finais do ensino fundamental, o ensino de artes toma a dimensão
de aprofundamento na exploração das linguagens artísticas, no reconhecimento dos
conceitos e elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o
aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da
idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais. Em suas aulas o
professor poderá explicitar elementos que identificam determinadas sociedades e de
que forma se deu artisticamente a estilização de seus pensamentos e ações.
Contemplará as manifestações e produções artísticas através de elementos
básicos, contidos em cada linguagem artística, priorizando e valorizando o
conhecimento nas aulas de Artes.
Nas artes visuais, o professor explorará as visualidades em formato bi,
tridimensional e virtual. Em dança, o principal elemento a ser estudado é o
movimento. A linguagem musical tem que priorizar no tratamento escolar a escuta
dos sons, a identificação das propriedades, variações e as maneiras intencionais de
como esses sons são distribuídos na estrutura musical. E na linguagem teatral,
explorar conteúdo, dança, improvisação e composição.
51
Precisa também, ao longo de cada atividade, desenvolver atitudes de
valorização da Sexualidade Humana, da História e Cultura Afro-brasileira e Africana
e principalmente trabalhar as Diferentes Formas de Violência. Estes considerados
Desafios Educacionais Contemporâneos são de extrema importância para a
formação do aluno como ser humano e parte integrante de uma sociedade que está
em constante evolução.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
A avaliação de Artes deve levar em conta as relações estabelecidas pelo
aluno entre os conhecimentos em Artes e a sua realidade. É necessário avaliar o
conhecimento específico das linguagens artísticas, práticos e teóricos que o aluno
produz em todas as aulas. Assim, estará discutindo dificuldades e progressos de
cada em a partir da sua própria produção. Propostas podem ser socializadas em
sala, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua
produção e dos seus colegas.
Avaliar exige que se saiba aonde quer chegar, que se estabeleça critérios e
procedimentos.
Cada trabalho será avaliado de acordo com sua principal característica seja
ela proporção, linhas, formas, textura, leitura de obras entre outras. Essa avaliação
acontecerá através da observação dos trabalhos; relatos e registro de conceitos;
avaliação escrita, acompanhamento dos trabalhos práticos, organização do espaço,
estética e harmonia na composição.
As notas serão somatórias de acordo com as normas estabelecidas pela
escola e a recuperação, se necessária, será imediata após cada trabalho realizado
promovendo a reelaboração do mesmo.
Na recuperação paralela, o professor revisa conteúdos e aplica atividades
diferenciadas.
52
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico. Realeza, 2007
KANDELA, I. D. Jogos teatrais. 4 ed. São Paulo
MARQUES, I. Dançando na escola. 2 ed. São Paulo , 2005
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina de Artes.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
SOUZA NETO, Manoel J. de. A (des) construção da música na cultura
paranaense.
54
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Há um consenso entre aqueles que se dedicam a pensar na Educação: o
Ensino Tradicional não é adequado à nossa sociedade contemporânea. Porém, a
sua inadequação não significa, necessariamente, que dele nada se aproveite. A
tentativa de superação do tradicional foi empreendida por mais de uma forma de
pensamento, que buscaram, através da negação do anterior, legitimar-se. Contudo,
estas tentativas mostraram tantas lacunas quantas às deixadas pelo Ensino
Tradicional. Este cenário é presente na Educação, em geral, e nas disciplinas
específicas, em particular.
Entre os muitos desafios que nosso país deverá enfrentar neste milênio está a
situação de nosso sistema de ensino e da Educação. Em vista disso, inúmeros
intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento, além de comunidades,
políticos e a própria mídia, tem se dedicado à sua discussão.
A problemática é ampla, o que justifica o esforço que tem sido despendido em
pensá-la. A diversidade de pessoas ocupadas neste esforço reflete-se no amplo
mosaico de pensamentos e contribuições, de diferentes naturezas (teóricas,
reflexivas e práticas) e de diferentes orientações epistêmicas. Neste conjunto, há a
preocupação com as políticas públicas, com a influência das políticas econômicas
internacionais, com a formação dos professores, com a qualidade dos livros
didáticos, com as tecnologias e metodologias de ensino, com os conteúdos
organizados nos currículos e trabalhados em sala de aula, com a infra-estrutura das
instituições, com os problemas psíquicos e emocionais dos alunos e dos
professores, sua situação socioeconômica entre outras. Cada área do conhecimento
e cada pesquisador contribuem de acordo com suas habilidades e suas
especificidades.
O trabalho baseado em textos complementares com os desafios educacionais
contemporâneos que, além de outras abordagens, terão em seus conteúdos a
Educação Ambiental, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade
Humana, possibilitando debates, seminários, problematização e busca de soluções
que norteiam seu cotidiano.
55
Como ensino e aprendizagem, o conhecimento da história da ciência
propicia uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades
temporais e, principalmente, ao relacionar essa história com as práticas sociais às
quais está diretamente vinculada.
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta,
e aprender com eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o
caráter sistematizador do conhecimento. Mesmo antes da descoberta do fogo, o
homem já utilizava técnicas próprias para a busca de satisfazer suas necessidades.
A partir daí alguns processos importantes da história marcaram o pensamento da
humanidade e, por efeito, a ciência.
No Iluminismo, o pensamento científico ganhou considerável importância
sob a idéia de um resgate, não inédito, do conhecimento acumulado até então e
assim sucessivamente, inúmeros estudiosos redefiniram a ciência, até os dias
atuais.
Esta proposta valoriza uma educação continuada e a busca pela integração
entre a teoria e a prática pedagógica, em constante movimento, expresso em ciclos
de ação-reflexão-ação por parte do educador.
Segundo Malucelli (2003, p.17):
“O problema do ensino de ciências, da compreensão dos conceitos
pelos alunos, sugere a necessidade de um processo contínuo de
interação professor-aluno, o qual compreenda as relações
intrínsecas entre o conteúdo a ser ensinado e a metodologia de
ensino.”
No entanto, partindo do conceito de modelo do ensino das ciências como
conjunto organizado, coerente e integrado de idéias sobre o homem, a sociedade, a
educação, a aprendizagem, a ciência e a tecnologia, este conjunto de idéias,
embora oriundas de campos diversificados do saber, constitui um sistema complexo
e dinâmico.
Assim os modelos do ensino das ciências e da tecnologia, as mudanças
sociais, econômicas, políticas e culturais, levando em conta os dados provenientes
da investigação pedagógica e de outros domínios afins das ciências da educação,
como a sociologia e a psicologia.
Assiste-se ao emergir de concepções que propõem uma formação cientifica
básica para todos, alicerçada em aprendizagens desenvolvidas fundamentalmente
56
em torno de problemas do cotidiano e em questões relacionadas, por exemplo, com
o ambiente, a saúde, a alimentação, a gestão dos recursos, sem esquecer que o
desenvolvimento tecnológico e as suas implicações é pertinente.
Segundo Campos (1999), é de assinalar que se verifica uma preocupação
crescente com o sentido e a importância da “cultura técnica” a par da “cultura
científica”, a qual deve ser pensada não apenas em termos de “saber-fazer”, mas
como um novo conjunto de valores (de cidadania) a desenvolver através do
processo educativo.
Promover estas e outras aprendizagens requer não apenas a
contextualização do conhecimento científico, técnico e tecnológico, como ainda o
recurso à informação proveniente de campos teóricos diversos relacionados com os
processos pedagógicos e com questões sociais e culturais, que possam configurar
as orientações desejáveis para o ensino básico de Ciências.
Os conteúdos da “ciência escolar” deverão ser ensinados contextualizando-
os no dia-a-dia do aluno e não sobrevalorizando a preparação exclusivamente
teórica, como é tradicional, em detrimento da formação para a cidadania baseada
em valores de natureza técnica, social e cultural.
A sociedade tecnológica e democrática em que vivemos é muito diferente
das sociedades agrária e industrial do passado e essa diferença deve refletir-se nos
processos de ensino e aprendizagem das ciências.
Para Malucelli (2003, p. 19) isso quer dizer que o professor de ciências que
pretende desenvolver a aprendizagem de conteúdos atitudinais deve ter claro que é
preciso ouvir os alunos, valorizar a expressão de suas idéias; preocupar-se em
organizar a turma de forma que todos possam ouvir e entender as idéias dos
demais; mostrar que acredita nas vantagens de usar um método científico; exigir,
promover e buscar a coerência nas respostas dos alunos; valorizar as respostas
criativas, mesmo que sejam diferentes das esperadas.
Para que tudo isso ocorra é preciso que os professores de ciências tenham,
sempre, coerência de comportamentos na atuação docente.
Dentro de uma perspectiva, de que a formação, a prática pedagógica e a
identidade/profissionalidade docente devam ter como suporte a relação entre o
saber teórico e o saber técnico com as vivências e significações sócio-históricas que
nos agentes escolares estabelecem com o conhecimento cientifico.
57
Até meados da década de 70, as pesquisas focalizavam mais a
aprendizagem que o processo de ensino ou o trabalho didático-pedagógico.
Quando os estudo sobre o processo de ensino começaram a aparecer com
mais freqüência, estes revelavam uma preocupação maior com os efeitos dos
diferentes métodos ou materiais de ensino na aprendizagem dos alunos. Estes
estudos compreendiam basicamente testagem ou validação de nova técnicas ou
materiais de ensino.
A partir da metade da década de 80, os pesquisadores passaram a
interessar-se por um lado, sobre como os professores manifestam seus
conhecimentos e suas crenças no processo de ensino e, por outro lado, sobre como
os alunos aprendem e compreendem aspectos específicos da Ciência.
No início da mesma década, Thompson (1984) deu início às investigações
sobre a relação entre as concepções e crenças dos professores e sua prática
pedagógica. Os resultados dos estudos transformam-se continuamente e afetam, de
modo significativo, a forma como o professor organiza e ministra suas aulas.
A partir dos anos 80, surgem também estudos que investigam os
conhecimentos profissionais dos professores. Estudos mais recentes, partindo do
pressuposto que os professores produzem, na prática, saberes práticos sobre as
Ciências no âmbito escolar, currículo, atividade, ensino, aprendizagem, mostra que
esses saberes práticos transformam-se continuamente, sobretudo quando realizam
uma prática reflexiva ou investigativa.
Os estudos sobre os saberes profissionais do professor têm revelado baixos
níveis de compreensão e domínio do conhecimento matemático a ser ensinado.
Relacionado a esse problema, ainda continua em alta o debate sobre que tipo de
conhecimento matemático deve ter os professores e como devem combiná-lo com
seu conhecimento pedagógico. Se a pesquisa não pode decidir sobre isso, pelo
menos ela pode aprofundar nossa compreensão sobre como os professores utilizam
seu conhecimento no ensino.
Os estudos de correlação entre as características dos professores e sua
relação com o desempenho dos alunos têm sido, em sua maior parte, improdutiva.
Por isso, os pesquisadores começaram a entrar em sala de aula para avaliar de
perto a ação e o desempenho docente.
Os estudos que relacionam ações específicas do professor com o
desempenho dos alunos, muito freqüentes na década de 70.
58
Muitas mudanças curriculares fracassaram porque entraram em conflito com
as avaliações externas. Existe hoje um esforço para que as mudanças da prática
docente em sala de aula venham acompanhadas de mudanças também no processo
de avaliação.
A ciência ocupa hoje lugar de destaque, principalmente graças ao avanço e
à divulgação dos conhecimentos sobre o mundo, o universo, o planeta e os seres
vivos. Porém, está presente desde que o homem começou a se interessar pelos
fenômenos à sua volta, isto à aproximadamente 10.000 anos. A descoberta do fogo
foi o marco da história da humanidade, a partir disto o homem tornou-se um
observador mais atento da natureza como: a observação das plantas, dos ciclos
vitais dos animais, do céu com o objetivo de tirar proveito para a sua subsistência. A
partir disso fabricou instrumentos, aprendeu a armazenar as suas produções,
desenvolveu noções aritméticas criou calendários através de observações celestes.
Formulou crenças e valores para o aparecimento de uma ciência racional, a filosofia.
A ciência é fascinante, falível, tem suas aplicações, intencional e está
relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.
Um marco da história da ciência foi o período do iluminismo que além da
filosofia é um movimento artístico, literário e político. A ciência torna-se cada vez
mais independente das religiões, com isso, o pensamento científico adquire
importância considerável no resgate do conhecimento.
A disciplina foi inserida no currículo a partir da reforma Francisco Campos,
através do Decreto 19890/31, com isso o estado passou a organizar o sistema de
Educação Nacional, propondo o ensino de ciências físicas e naturais. Os conteúdos
englobavam o estudo do ar e da Terra.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 4024/61, ampliou o
espaço da disciplina de Ciências Físicas e Naturais, que passou a ser denominada
Iniciação às Ciências, estendendo a sua obrigatoriedade, a disciplina tinha função de
preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, tomar decisões com base em
informações de dados.
No início dos anos 90, foi implantado o Currículo Básico para a Escola
Pública do Paraná e propôs a integração dos conteúdos a partir de três eixos
norteadores: noções de astronomia, transformação e interação da matéria, energia e
saúde: melhoria da qualidade de vida. Permitindo aos alunos estabelecer relações
59
entre o mundo natural (conteúdo da ciência), o mundo construído pelo homem
(tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).
Objetivando observar, refletir, articular e contextualizar os conteúdos,
propiciando uma análise crítica sobre a relação entre a ciência, a tecnologia e a
sociedade, considerando os aspectos sociais, políticos e éticos, cada vez mais
importantes para o exercício da cidadania e para a preservação do ambiente
terrestre habitável, do qual todos nós dependemos.
A partir de 1996, à luz de políticas públicas federais, o ensino de ciências
teve o objeto de estudo redirecionado. Seus conteúdos clássicos se esvaziaram em
decorrência da publicação e ampla distribuição dos Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental – Ciências Naturais (PCN) e Temas
Transversais.
A trajetória do currículo de ciências sempre esteve alinhada a interesses
políticos, econômicos e sociais, determinantes da proposta pedagógica. Por isso, a
concepção de cidadania, de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e
educação se alteram historicamente.
A partir de 2003, iniciou-se um novo período na história da educação
paranaense. Isso se deve à reformulação da política educacional do Estado. Como
aspecto relevante destaca-se o descrédito à proposta neoliberal, o resgate da
função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das
disciplinas escolares.
OBJETIVOS
○ Compreender que a ciência não é um conjunto de conhecimentos
definitivamente estabelecidos, mas que se modifica ao longo do tempo,
buscando sempre corrigí-los e aprimorá-los;
○ Compreender as idéias científicas básicas, de modo que possa entender
melhor e prever fenômenos, sobretudo aqueles relacionados ao cotidiano,
e acompanhar as descobertas científicas divulgadas pelos meio de
comunicação, avaliando os aspectos éticos dessas descobertas;
60
○ Desenvolver o pensamento lógico e o espírito crítico, utilizados para
identificar e resolver problemas, formulando perguntas e hipóteses,
testando, discutindo e redigindo explicações para os fenômenos naturais;
○ Relacionar o conhecimento científico ao desenvolvimento da tecnologia e
às mudanças na sociedade, entendendo que esse conhecimento é uma
parte da cultura e está ligado ao fatores políticos, sociais e econômicos de
cada época e aos fatores políticos, sociais e econômicos de cada época e
que suas aplicações podem servir a interesses diversos;
○ Aplicar os conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a
contribuir para a melhoria das condições ambientais, da saúde e das
condições gerais de vida de toda a sociedade;
○ Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano
parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, em
relação essencial com os demais seres vivos e o ambiente.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Corpo humano e saúde;
○ Ambiente;
○ Matéria e energia;
○ Tecnologia.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Inter-Relações entre os seres vivos e o ambiente;
○ População: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam;
○ Comunidade: transferência de matéria e energia (ciclos bioquímicos, teias
e cadeias alimentares);
○ Fotossíntese: a importância do processo de produção e armazenamento
de energia química (glicose);
○ Seres vivos – seres vivos;
○ Seres vivos – ambiente;
61
○ Biosfera – ecossistema – comunidade – população – indivíduo;
○ Habitát e nicho ecológico;
○ Divisões da biosfera: biociclos terrestres; marinho e de água doce;
○ Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores;
○ Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos e seus nutrientes;
• Solo no Ecossistema:
○ Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo;
○ Composição do solo: tipos de solo;
○ Agentes de transformação do solo;
○ Utilidades do solo;
○ Adubação: orgânica e inorgânica;
○ Processos que contribuem para o empobrecimento do solo;
○ Combate à erosão: tipos de erosão;
○ Mata ciliar;
○ Contaminação do solo – prevenção e tratamento;
○ Condições para manter a fertilidade do solo;
• Água no Ecossistema:
○ Estados físicos da água;
○ Forças de atração e repulsão entre as partículas da água;
○ Pressão e temperatura;
○ Densidade;
○ Pressão exercida pelos líquidos;
○ Água como recurso energético;
○ Composição da água;
○ Potencial de Hidrogênio;
○ Salinidade;
○ Água como solvente universal;
○ Ciclo da água;
○ Disponibilidade da água na natureza;
○ Água e os seres vivos;
○ Contaminação da água: doenças – preservação e tratamento;
62
• Ar no Ecossistema:
○ Existência do ar;
○ Ausência do ar;
○ Atmosfera: camadas;
○ Propriedades: compressibilidade, expansão, exercer pressão;
○ Movimentos do ar: formação e tipos de vento, brisa terrestre e marítima;
○ Velocidade e direção dos ventos;
○ Pressão atmosférica;
○ Meteorologia e previsão do tempo;
○ Ar como recurso energético;
○ Composição do ar;
○ Oxigênio e Gás Carbônico – fotossíntese, respiração e combustão;
○ Outros elementos presentes no ar;
○ Gases nobres: suas propriedades e aplicações;
○ O ar e os seres vivos;
○ Contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus;
○ Medidas para diminuir a poluição do ar;
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Biodiversidade – Características Básicas dos Seres Vivos:
○ Temperatura;
○ Calor;
○ Diferenças entre os conceitos de calor e temperatura;
○ Equilíbrio térmico;
○ Isolamento térmico;
○ Metabolismo – transformação da matéria e da energia;
○ Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não-vivos;
○ Adaptações e controle da temperatura corporal nos organismos.
• Níveis De Organização Dos Seres Vivos – Organização Celular:
○ Equipamentos para observação e descrição de células;
63
○ Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e
inorgânicas;
○ Aspectos morfofisiológicos básicos das células;
○ Células animais e vegetais;
○ Divisão celular;
○ Aspectos morfofisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais;
○ Conceitos básicos: biosfera – ecossistema – comunidade – população –
indivíduo – sistemas – órgãos – tecidos – células – organelas – moléculas
– átomos.
• Biodiversidade – Classificação E Adaptações Morfo-Fisiológicas:
○ Capilaridade; fototropismo; geotropismo;
○ Movimento e locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração;
○ Osmose;
○ Gutação;
○ Fermentação;
○ Decomposição;
○ Modos de agrupar os seres vivos;
○ Critérios de classificação;
○ Cinco reinos dos seres vivos;
○ Biosfera: adaptações dos seres vivos nos ambientes terrestres e
aquáticos;
○ Biotecnologia da utilização industrial de microrganismos e vegetais;
○ Vegetais: reprodução e hereditariedade;
○ Animais: digestão, respiração, circulação, excreção, locomoção,
coordenação, relação com o ambiente, reprodução e hereditariedade.
• Doenças, Infecções, Intoxicações E Defesas Do Organismo:
○ Diagnósticos: exames clínicos por imagem;
○ Intoxicações por agentes físicos e químicos;
○ Imunização artificial;
○ Tratamentos: radioterapia e quimioterapia;
○ Doenças causadas por animais e microorganismos;
○ Sistema imunológico;
64
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Segurança No Trânsito:
○ Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;
○ Velocidade, velocidade média e aceleração;
○ Equipamentos de segurança nos meios de transporte;
○ Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito;
○ Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas;
○ Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo que não
ingeriu drogas e um que ingeriu;
○ Prevenção de acidentes;
○ Efeitos do álcool e outras drogas no organismo.
• Corpo Humano Como Um Todo Integrado:
○ Ação mecânica da digestão;
○ Transporte de nutrientes;
○ Pressão arterial;
○ Inspiração e expiração;
○ Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;
○ Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células
tronco;
○ Tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos;
○ A luz e a visão;
○ Propagação retilínea da luz e a formação das sombras;
○ Olho humano como instrumento óptico;
○ Modelo físico do processo de visão;
○ Propagação do som no ar;
○ Reflexos sonoros;
○ Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo;
○ Aparelhos e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas
deficiências físicas;
65
○ Tecnologias utilizadas para diagnosticas problemas relacionado aos
sistemas sensorial, nervoso, endócrino, locomotor, genital, digestório,
respiratório, cardiovascular e urinário;
○ Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central;
○ Correção de lesões ósseas e musculares;
○ Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares;
○ Ação química da digestão;
○ Substâncias químicas de uso industrial e doméstico;
○ Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação
de neurormônios, como por exemplo a adrenalina.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Transformações da Matéria e da Energia:
○ Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, etc;
○ Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança
e prevenção;
○ Magnetismo;
○ Fotossíntese;
○ Fermentação;
○ Energia na célula;
○ Nutrientes: tipos e funções;
• Atronomia E Astronáutica:
○ Sol: fonte de luz e calor;
○ Instrumentos construídos para estudar os astros;
○ Sol: composição química;
○ Composição da terra;
○ Movimentos da terra e suas conseqüências;
○ Inclinação do eixo da terra em relação ao plano da órbita;
66
○ Medidas de tempo: instrumentos construídos pelo homem para marcar os
dias no tempo e no espaço;
○ Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações;
○ Utilizações de satélites na meteorologia;
○ Sistema solar: posição da terra e dos demais planetas;
○ A lua como satélite natural da terra;
○ O ser humano no espaço;
○ Estrutura da terra: atmosfera, litosfera e hidrosfera.
• Corpo Humano Como Um Todo Integrado:
○ Sistema digestório e suas disfunções;
○ Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia, da bulimia, dentre
outros;
○ Sistema cardiovascular e suas disfunções;
○ Sistema respiratório e suas disfunções;
○ Sistema urinário e suas disfunções;
○ Sistema genital feminino e masculino, bem como suas disfunções;
○ Métodos anticoncepcionais;
○ Tecnologias associadas ao tratamento de DST´s;
○ Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação
genética;
○ Doenças sexualmente transmissíveis;
○ Síndrome da imunodeficiência adquirida;
○ Defesa do organismo;
○ Sistema sensorial;
○ Necessidades educacionais especiais;
○ Sistema nervoso;
○ Sistema esquelético e suas disfunções;
○ Sistema muscular e suas disfunções.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
67
A partir da concepção de Ciências, o docente deve criar situações que
auxiliem a aprendizagem, a qual transcorre de forma autônoma, respeitando-se as
características individuais e os estilos próprios de cada um. Promovendo a
articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, desenvolvendo
habilidades intelectuais de modo que o desenvolvimento dos conhecimentos
científicos e as inter-relações estejam próximas da prática social dos alunos. A
disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer e complementar o
entendimento das múltiplas relações físicas, químicas, biológicas, geológicas, dentre
outras, que ocorre no ambiente.
Na Base Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o
trabalho com questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e
exploratórias. Nesse sentido, a disciplina se traduz em mais um momento de
reflexão, discussão e ação acerca dos conteúdos de Ciências e sua articulação com
os aspectos relevantes da cidadania. O espaço de intercessão entre esta área do
conhecimento e os temas da vida cidadã, através da articulação entre vários dos
seus aspectos como a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio
ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura e as linguagens, orientam as
práticas pedagógicas, no sentido de permitir que cada aluno busque na vida em
sociedade, a justiça, a igualdade e a equidade (BRASIL, 1998). Isso permite a
ampliação das discussões sobre essas questões e contribui para a constituição de
saberes, conhecimentos, valores e práticas sociais essenciais ao exercício da
cidadania.
A escola é um lugar privilegiado para a aprendizagem e o exercício de
valores sociais, morais e éticos, os quais podem contribuir para a formação de
pessoas que aspiram a uma sociedade mais igualitária, solidária e democrática, e
que ainda que desempenhe um papel importante no desenvolvimento tecnológico do
país. Para que isso aconteça, não podemos nos deter a um único método, e sim
utilizarmos de algumas possibilidades como: a observação, o trabalho de campo,
visita a indústrias, jogos de simulação, projetos individuais e em grupos, palestrantes
convidados, entrevistas, fóruns, debates, seminários, conversação dirigida.
Desse modo, espera-se que por meio das atividades práticas, mais
especificamente através das “aulas práticas” os educandos compreendam e reflitam
as noções e conceitos pertinentes aos fenômenos em estudo, bem como sobre os
processos de extração e industrialização da matéria-prima, os impactos ambientais
68
decorrentes desses processos, os materiais utilizados, os procedimentos dessas
atividades e o destino dos resíduos, caracterizando uma abordagem ampla e
processual dos fenômenos estudados.
Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos e equipamentos
precisa ser reconhecido pelos educandos, considerando desde a sua origem,
composição química, funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da
atividade prática para estudo do fenômeno em questão, mas também na vida
cotidiana, sem deixar de considerar, sempre, os princípios específicos da disciplina
de Ciências e os aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais, ambientais,
éticos, históricos e religiosos envolvidos.
Nesse sentido, o essencial é o desenvolvimento da educação para a ciência.
A experimentação formal em laboratórios didáticos, por si só, não resulta na
apropriação dos conteúdos/conceitos pelos alunos. Sendo assim, é importante
lembrar que as atividades práticas acontecem em diversos ambientes, na escola ou
fora dela, ou seja, o laboratório não é o único cenário para o desenvolvimento
dessas ações.
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos
conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas
com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de
Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a
necessidade de períodos pré e pós atividade (vinculando teoria e prática), visando à
construção de noções e conceitos significativos. Esse encaminhamento evita a
dicotomia entre teoria e prática, eliminando o caráter autoritário e dogmático,
conferido pela utilização de roteiros e procedimentos que induzem a respostas
prontas ou a comprovação de leis, teorias ou fenômenos.
Para tanto, sugere-se algumas estratégias pedagógicas, tais como:
o Observação;
o Trabalho de campo;
o Experimentação;
o Construção de modelos;
o Jogos de simulação e desempenho de papéis;
o Visitas a indústrias, fazendas, museus;
o Projetos individuais e em grupos;
69
o Redação de cartas para autoridades;
o Palestrantes convidados;
o Estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
o Leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
o Fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre
outros.
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores
poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais
variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s
educativos, entre outros.
Outras atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as
que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,
dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre
outras.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor observar seus alunos diariamente, para verificar em que
medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse
processo, utilizando instrumentos avaliativos diversificados para que os alunos
possam expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam,
produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e
argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
A reestruturação do processo de educação se dará com base em uma auto-
avaliação, que orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu
70
redimensionamento, realizando intervenções coerentes com os objetivos
previamente propostos para o ensino de Ciências.
A avaliação da aprendizagem precisa superar a concepção de mero
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura
como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades
e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino e
aprendizagem.
Nessa perspectiva, a avaliação se dará em um processo contínuo, com
produções de textos, estudos dirigidos, resolução de atividades, tanto escritas como
orais, considerando a participação dos alunos nos trabalhos extra-classe.
Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina de Ciências acontecerá ao
longo do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o
diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos envolvidos, o
conhecimento e a diversidade cultural, bem como a interação entre a ação e a
reflexão. No processo avaliativo o professor deve considerar os seguintes critérios:
a) a clareza sobre a concepção de Ciências adotada que deve ser
consonante com a fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de
projeto político pedagógico e de sua proposta curricular;
b) o entendimento da construção do conhecimento científico como histórica,
não neutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte do
conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados pela Ciência e sua aplicação
em situações cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no
contexto social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das
análises realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por
exemplo: textos, desenhos, recortes e colagens, entre outras;
h) o envolvimento dos alunos nos debates empreendidos em sala de aula e
nas atividades desenvolvidas.
71
Depreende-se dessas discussões que o resgate do sentido do avaliar
enquanto processo é uma necessidade premente. O processo avaliativo não poderá,
em hipótese alguma, ser reduzido a um único instrumento, nem restrito a um só
momento ou a uma única maneira. Nesse sentido, os professores precisam utilizar
diversos instrumentos avaliativos com intenção de diagnosticar os avanços
apresentados pelos alunos, bem como planejar as intervenções necessárias ao
processo de aprendizagem. O processo de recuperação de conteúdos será paralelo,
com atividades diversificadas, atingirá a todos os alunos para que, além de se
apropriar do conhecimento científico específico, saibam relacioná-lo à prática de seu
cotidiano.
Os instrumentos utilizados para a avaliação dos conteúdos da disciplina de
Ciências serão diversificados com avaliação escrita na forma de: questões
discursivas, de múltipla escolha, de somatória, de interpretação, relatórios e
documentos, aulas práticas, vídeos, atividades extra-classe e em sala de aula,
individuais e em grupo.
Tais instrumentos permitem ao professor verificar se o aluno se apropriou de
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, relacionar aspectos sociais, políticos,
econômicos, étnicos e históricos, articulando-os com a Ciência, Tecnologia e
sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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atuais de renovação. In BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do ensino
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Brasil S/A .
72
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VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2 ed. Martins Fontes: São Paulo,
1989.
73
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física tem avançado muito nos últimos tempos, preocupando-se
em entender o corpo em sua complexidade com uma abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais,
justamente por sua constituição interdisciplinar.
A Educação Física é parte geral do projeto de escolarização e como tal deve
estar articulada ao projeto político pedagógico da escola. Se a atuação do professor
é na quadra ou em outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso é com a
escola, com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação
humana.
A compreensão da educação física significa entender que esta área do
conhecimento é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se
estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais
dos povos.
A Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Educação Física tem como
realidade do Estabelecimento de Ensino, trabalhar com alunos de camadas sociais
heterogêneas, filhos de assalariados, com idade entre 10 a 17 anos.
Nosso propósito, enquanto educadores é buscar através do conhecimento a
formação de verdadeiros cidadãos, aptos a buscar o seu lugar na sociedade de
forma digna e crítica.
Desde o início dos tempos, a vida humana em sociedade vem se
desenvolvendo pelas relações homem-natureza e homem-homem. A educação
física contempla a enorme riqueza das manifestações culturais produzidas na
formação humana.
Com o resgate de sua autonomia cabe ao professor reconhecer as maneiras
de como o capitalismo dita as formas de pensar e agir sobre o corpo influenciando a
crítica construtiva, voltada à diversidade que deve ser o eixo norteador da inclusão
educacional e resgate da historicidade do negro. A garantia do acesso e
permanência na escola com a apropriação e valorização do conhecimento
contribuirá para que o cidadão seja agente transformador da sociedade.
74
OBJETIVO GERAL
Promover a construção histórica do ser humano e de sua materialidade
corporal constituindo atividades comunicativas com significados e sentidos
diferentes desenvolvidas através das práticas corporais buscando a modificação das
relações sociais com o propósito e compromisso de firmar uma educação
transformadora.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
o Manifestações esportivas;
o Manifestações ginásticas;
o Jogos, brinquedos e brincadeiras;
o Manifestações estético-corporais na dança e no teatro
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
o Manifestações Esportivas:
o Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
o Possibilidade dos esportes como atividade corporal;
o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,
deslocamentos, passes, fintas;
o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
o Manifestações Ginásticas:
o Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
o Diferentes tipos de ginástica;
o Cultura da rua;
o Cultura do circo.
o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:
o A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
75
o Danças tradicionais e folclóricas;
o Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
o Mímica, imitação e representação;
o Expressão corporal com e sem materiais.
o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:
o Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e
cirandas;
o Diferentes manifestações e tipos de jogos;
o Jogos e brincadeiras com e sem materiais.
6ª SÉRIE
o Manifestações Esportivas:
o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,
deslocamentos, passes, fintas;
o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
o Manifestações Ginásticas:
o Diferentes tipos de ginásticas;
o Cultura da rua;
o Cultura do circo.
o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:
o A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal;
o Danças tradicionais e folclóricas;
o Desenvolvimento de formas corporais rítmico-espressivas;
o Mímica, imitação e representação;
o Expressão corporal com e sem materiais.
o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:
o A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e
cirandas;
o Diferentes manifestações e tipos de jogos;
o Jogos e brincadeiras com e sem materiais.
76
7ª SÉRIE
o Manifestações Esportivas:
o O sentido da competição esportiva;
o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,
deslocamentos, passes, fintas;
o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
o Manifestações Ginásticas:
o Diferentes tipos e ginástica;
o Práticas ginásticas;
o Cultura da rua;
o Cultura do circo: malabares, acrobacia.
o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:
o A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
o Diferentes tipos de dança;
o Danças tradicionais e folclóricas;
o Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
o Mímica, imitação e representação;
o Expressão corporal com e sem materiais.
o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:
o A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
o Pro que brincamos?;
o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e
ciranda;
o Diferentes manifestações e tipos de jogos;
o Jogos e brincadeiras com e sem materiais.
8ª SÉRIE
o Manifestações Esportivas:
o O esporte como fenômeno de massa;
o Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
o O sentido da competição esportiva;
77
o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,
deslocamentos, passes, fintas;
o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamento.
o Manifestações Ginásticas:
o Diferentes tipos de ginástica;
o Práticas ginásticas;
o Cultura da rua;
o Cultura do circo: malabares e acrobacia.
o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:
o A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:
o A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
o Por que brincamos?;
o Oficina de construção de brinquedos;
o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados,rodas e
cirandas;
o Diferentes manifestações e tipos de jogos;
o Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
o Diferenças entre jogos e esportes.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia é um instrumento teórico-prático que permite o conhecimento o
mais real possível e a prática mais real e clara. Deve estar voltada para a construção
dos conhecimentos dos alunos em relação ao objeto do estudo. O professor deve
recorrer a materiais diversificados, que fazem o aluno sentir-se inserido no mundo a
sua volta. Problematizar a realidade, buscando soluções que envolvam a consulta
de livros didáticos, testando hipóteses e elaboração de sínteses. A metodologia deve
ser acompanhada de muito preparo, pesquisa e tempo, para que as dinâmicas
sejam ricas e criativas, bem como os conteúdos atualizados.
78
Assim, o papel da disciplina é o de transcender aquilo que se apresenta como
um senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o
entendimento das diversas práticas e manifestações corporais. Desse modo,
prioriza-se a construção do conhecimento e manifestações corporais. Desse modo,
prioriza-se a construção do conhecimento sistematizado como oportunidade ímpar
de reelaboração de idéias e práticas que, por meio de ações pedagógicas
intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos e suas
implicações para a vida. A diversidade cultural serve como exemplo em termos
corporais com o intuito de que os alunos respeitem as diferenças e se posicionem
com autonomia realizando opções nos conhecimentos realizados pelo professor.
Para a construção do conhecimento com respeito às diferenças, as aulas
serão:
− Expositivas, dialogadas e práticas;
− Uso de materiais esportivos;
− Jogos;
− Recursos audiovisuais;
− Desafio prático de fundamentos;
− Pesquisa na Internet;
− Trabalhos individuais, em duplas e em grupos;
− Os temas sociais contemporâneos serão abordados através de palestras,
teatros, danças, homenagem;
As atividades extraclasse ocorrerão com a participação em eventos estaduais,
regionais e municipais, como: Jogos Colegiais, Interséries, Open de Xadrez, Festival
de Xadrez, entre outros.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
79
A avaliação da aprendizagem e desempenho em Educação Física tem
conduzido os professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando
buscar novas formas de entendimento e compreensão de seus significados no
contexto escolar, contudo: na educação física, a avaliação da aprendizagem escolar
tem gerado dificuldades, principalmente pelas limitações e complexidade.
A partir dos conteúdos específicos apontam-se elementos articuladores que
integram e interligam as práticas corporais, visando aprofundamento e diálogo com
as diferentes expressões do corpo.
A partir da avaliação diagnóstica, o professor e o aluno poderão revisar o
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas, utilizando-
se alguns instrumentos: registro de classe, observações na realização de atividades
práticas, apresentações de trabalhos e provas escritas.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações
corporais evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos e da dança,
possibilitando, assim, que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o
intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
A avaliação deve estar em sintonia com os conteúdos propostos, ocorrendo
de forma contínua, diagnóstica, participativa por meio de aferições escritas, orais,
observação em grupo e individualmente.
A Recuperação Paralela será realizada através da revisão e retomada dos
conteúdos de forma diferenciada; com trabalhos de monitoria e trabalhos em grupo e
individual.
80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAOLIO, J. Educação Física e o Conceito de Cultura. Campinas. Autores e
Associados: 2004.
FIAMONCINI, L., SARAIVA, M. do. Dança na Escola: A Criação e a Co-educação
em Pauta. In: Kunz, Ensino Didático da Educação Física 1.3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí,
2003, p 95-120.
FLOR DA SERRA, Escola Estadual de – Ensino Fundamental. Projeto Político
Pedagógico – Realeza: 2007.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Curitiba:
SEED/Pr, 2006.
81
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Nos espaço escolar, o Ensino Religioso passou por vários contextos
históricos, marcos que diferenciaram a metodologia e os objetivos da disciplina.
Inicialmente o Ensino Religioso era tradicionalmente, o ensino da religião Cristã,
Católica Apostólica Romana. Após a Proclamação da República, o ensino passou a
ser laico, público, gratuito e obrigatório. A partir da Constituição de 1934, o Ensino
Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com
matrícula facultativa e em meados da década de 1960, surgiram grandes debates
sobre a questão da liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e
da sociedade civil organizada.
A partir desta contextualização percebe-se que a disciplina durante esses
anos alargou o seu horizonte de abrangência deixando de ser doutrinária, para ser
manifestação do pluralismo religioso e suas manifestações na sociedade brasilieira.
O Ensino Religioso, de matrícula facultativa é parte integrante da formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
educação básica assegurado o respeito na diversidade cultural religiosa do Brasil,
vedadas quaisquer formas de proselitismo.
A disciplina de Ensino Religioso tem por base a diversidade expressa nas
diferentes expressões religiosas, garantindo a liberdade de crença e expressão.
Tendo como foco o Sagrado e suas diferentes manifestações, a disciplina
pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o
acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso, colaborando com
a formação da pessoa e com as diversas formas de ver o Sagrado.
O objetivo do Ensino Religioso é o sagrado e suas diferentes expressões
verificadas na paisagem religiosa nos textos sagrados e no símbolo. A paisagem
religiosa refere-se a materialidade fenomênica do Sagrado, apreendida por meio dos
sentidos. Os textos sagrados referem-se as formas escritas que denotam as
82
manifestações divinas. E o símbolo como realidade que torna concreto as
expressões e experiências.
O Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender
como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
sagrado, para compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar,
estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças para que no
entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber marcado
pela religiosidade.
O Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos
básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre interferências das
tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado e ajudará a
formar a consciência cidadã de religiosa dos alunos.
OBJETIVOS
○ Propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de
entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade de tal forma
que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere;
○ Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa
do cotidiano que o contextualiza no universo cultural;
○ Explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas
tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras manifestações
mais recentes;
○ Compreender a construção dos processos de explicação para os
acontecimentos que ultrapassam as leis da natureza, do físico... e que são
atribuídas às manifestações do Sagrado;
○ Contribuir para o desenvolvimento integral do educando, tendo em vista a
aquisição de conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e
valores, realçando o respeito e o convívio co m o diferente;
83
○ Fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e
valorizando o Universo cultural dos alunos, trabalhando o princípio
Transcendente /Imanente;
CONTEÚDOS POR SÉRIE
OBJETO DE ESTUDO = O Sagrado
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
o Paisagem Religiosa
A paisagem religiosa é concretização da história e relação de um povo com o
Sagrado. Essa experiência cultural, social, humano-comunitaria é explicitada em
formas de relacionamento que se dão no cotidiano das pessoas, tendo como
referencial lugares físicos que abrigam toda essa riqueza histórica e espiritual. A
paisagem religiosa aproxima o transcendental do cotidiano da humanidade.
o Textos Sagrados
Os textos sagrados são a concretização, abstração e descrição da relação
humana com o transcendente. Geralmente são demonstração da cultura e história
de uma civilização e por tal permitem a percepção da interferência da crença na vida
das pessoas. Os textos registram a experiência, mas também permitem a
continuidade de certa expressão religiosa proporcionando as varias interpretações a
partir da evolução histórica; ao mesmo tempo que realiza a experiência religiosa,
também permite novas interpretações.
o Símbolo
No contexto social e religioso o símbolo é essencial para o relacionamento
humano, consigo, com o mundo e com o transcendente. Religiosamente o símbolo
realiza a função de tornar presente o transcendente entre os homens. O símbolo une
as pessoas em torno da sua experiência religiosa, da visibilidade e ao mesmo tempo
facilita as experiências individuais. O símbolo amplia a possibilidade da relação
humana com o transcendente.
84
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
o Conceituação de religião;
o Direitos humanos;
o Visão de mundo homem e sociedade;
o Cultura de paz;
o Respeito à diversidade religiosa;
o Solidariedade;
o Lugares sagrados;
o Valores;
o Textos orais e escritos sagrados;
o Organização religiosa;
o Influência dos fatores sociais e culturais na religião.
6ª SÉRIE:
o Conceituação de religião;
o Visão de mundo homem, sociedade e Deus;
o Liberdade e fé;
o Universo simbólico religioso;
o As grandes religiões;
o Ritos;
o Festas religiosas;
o Religiões e Cultura Afro-brasileira e Africana;
o Cultura de vida e morte;
o Realização do ser humano.
85
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Propor um ensino da disciplina onde não se detenha em determinados
métodos e conteúdos que possam ser utilizados durante as aulas. Vai de cada
professor dispor de ações que possam embasar o desenvolvimento do conteúdo a
ser trabalhado com um bom método teórico e também dinâmico, assim o aluno
poderá dispor de várias formas de entender o conteúdo proposto pelo professor.
Devemos superar as práticas tradicionais que têm marcado o Ensino
Religioso, e nos propor a despertar interesse em formar cidadãos que tenham censo
crítico em relação a sociedade. Para isso acontecer, teremos como objetivo
fomentar conteúdos que se utilizem de uma linguagem pedagógica que viabilize a
prática do ensino da religião.
Em relação aos conteúdos, o professor fará relações pedagógicas com
conhecimentos que componham o universo sagrado das manifestações religiosas.
Buscaremos através dos conteúdos estabelecidos, fazer a construção histórico-
social, agregando valores do patrimônio cultural da humanidade.
As reflexões e análises se darão por meio do tratamento dos conteúdos
propostos, destacando aspectos científicos que compõe o universo das diferentes
culturas, nas quais se estabeleça uma expressão coletiva.
Os desafios educacionais contemporâneos como a Cultura Afro-brasileira e
Africana, Educação Fiscal, Prevenção do Uso Indevido de Drogas, Sexualidade
Humana e Enfrentamento a Violência serão abordados e trabalhados juntamente
com os conteúdos de todas as séries.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
Por ser de caráter facultativo da matrícula na disciplina, ela não constitui
como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na
86
documentação escolar. Cabe ao professor estabelecer práticas avaliativas onde os
alunos possam acompanhar o processo de construção do conhecimento. Para que o
aluno tenha uma melhor compreensão, nos amparamos nos conteúdos e objetivos já
mencionados.
O ato de avaliar deve servir como um instrumento que permita aos alunos e
a escola diagnosticarem o processo de avaliação obtido na disciplina.
O professor estabelecerá técnicas avaliativas como auto-avalição educando
e educador. Utilizaremos técnicas e procedimentos como: comunicação oral e
escrita, participação nos trabalhos, pesquisas e também reflexões e interpretações
de textos. Sendo de fundamental consideração as avaliações contínuas das aulas.
87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental . Projeto Político-
Pedagógico da Escola.
MARCHON, Benoit. As grandes religiões do mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino
Religioso para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2006.
88
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia é uma ciência que busca pesquisar, analisar e compreender as
relações homem-natureza, procurando modificá-la para sua sobrevivência e
influenciando nas relações políticas e econômicas.
Na antiguidade clássica, estudos descritivos ampliaram os conhecimentos
geográficos, porém na Idade Média, contestações da Igreja, afirmando que muitos
conhecimentos, não eram verdades, estes foram abandonados.
A partir do século XV, com o desenvolvimento do comércio e das grandes
navegações, a geografia volta a ser evidenciada devido à necessidade do homem
de se expandir para outros espaços.
A partir do século XIX, na Europa com a sistematização do conhecimento
geográfico, surgiram escolas nacionais de pensamento geográfico, destacando-se a
alemã e a francesa. Na escola alemã destacou-se os precursores Humboldt, Ritter e
Ratzel, enquanto que na escola francesa destacou-se Vidal de La Blache.
No Brasil consolidou-se a partir da década de 1930, as pesquisas enfocavam
a compreensão e a descrição do ambiente físico nacional, servindo aos interesses
políticos do Estado, perpetuando-se por boa parte do século XX, caracterizando-se,
na escola, pelo caráter decorativo/enciclopedista, focado na descrição do especo e
na formação e fortalecimento do nacionalismo, sendo muito significativo na
consolidação do Estado Nacional Brasileiro. Neste período ficou sendo conhecida
como geografia tradicional.
Nos anos 60, o ensino da geografia passou por modificações na organização
curricular, devido às necessidades de melhorar a qualificação profissional, a qual foi
instituída através da lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional),
que envolvia as Ciências Humanas, a qual denominava-se Estudos Sociais, que no
1º grau envolveria História e Geografia, sendo meramente ilustrativa e superficial.
Nos anos 80 é que desmembrou-se a disciplina em História e Geografia.
89
No Estado do Paraná, não ocorreu o desmembramento imediato da disciplina
de Estudos Sociais, isto só ocorreu após a resolução nº 6 de 1986 do Conselho
Federal de Educação.
Durante a Segunda Guerra Mundial ocorreu renovação do pensamento
geográfico, surgindo a geografia crítica. Através de organizações como a AGB –
Associação de Geógrafos Brasileiros, em Fortaleza, discutida através da publicação
do livro de Ives Lacoste, no qual afirmava que a Geografia servia antes de mais
nada para fazer a guerra. Pensamento este, que deu novas interpretações aos
conceitos geográficos e ao objeto de estudo da geografia, enfocando as questões
econômicas, políticas e sociais.
No Paraná, na década de 80, a Secretaria de Estado da Educação publicou o
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, o qual repensava os
fundamentos teóricos e os conteúdos básicos das disciplinas da pré-escola à 8ª
série. Neste contexto, a geografia crítica passa por transformações com avanços e
retrocessos em função do contexto histórico e organização política.
Na década de 90 ocorreu a produção e aprovação da nova Lei de Diretrizes e
Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção dos PCN
(Parâmetros Curriculares Nacionais). Entre as mudanças destacam-se os conteúdos
de ensino vinculados as discussões ambientais e multinacionais, onde ocorre a
presença de um resgate e aprofundamento das discussões sobre esses assuntos
que ganharam forças tanto com as transformações políticas quanto com os avanços
nos sistemas técnicos de comunicação e informações que possibilitam a ampliação
do mercado mundial.
Estas diretrizes curriculares repensam a prática pedagógica dos professore
com o objetivo de estimular as reflexões a respeito da geografia e do seu ensino
problematizando e compreendendo o espaço geográfico no atual período histórico.
OBJETIVOS
o Oportunizar o educando condições de se localizar no espaço em que vive
e a partir daí, entender os problemas sociais, culturais, políticas e
90
econômicos para agir e interagir com autonomia da sociedade e no
espaço em que está inserido.
o Compreender as escolhas das localizações e as relações políticas ,
sociais, econômicas e culturais que as orientam a partir de um referencial
teórico, são os conceitos geográficos que sustentam tal conceito e
reflexão.
o Conceituar e destacar a paisagem a partir de conceitos considerados
básicos para o ensino da geografia, enfocando o lugar e o que nele existe.
o Analisar os aspectos e a distribuição da população e racioná-los com os
aspectos econômicos, sociais e políticos, interagindo com a natureza na
construção do espaço, singularidade do local e diferenciar o local, do
global.
o Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos
políticos, os avanços técnicos e tecnológicos, as transformações sócio-
culturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos que ainda não
são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas
possibilidades, empenhar-se em democratizá-las.
o Desenvolver no aluno o espírito de pesquisa, fundamentado na idéia de
que, para compreender a natureza do território, paisagens das imagens e
de vários documentos que possam oferecer informações, ajudando a fazer
sua leitura para desvendar essa natureza.
o Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de
humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam
elas naturais ou históricas, a exemplo das grandes paisagens naturais, as
sócio-políticas como dos Estados-nacionais e cidade-campo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
• Dinâmica Cultural Demográfica do Espaço Geográfico
• Dimensão Política do Espaço Geográfico
91
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE:
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
o Sistemas de produção industrial;
o Empresas agrícolas e agroindustrial;
o Economia e desigualdades sociais;
o As diferenças na produção agrícola mundial;
o Sistemas de produção agrícola;
o O comércio e a prestação de serviços;
o Construção e desenvolvimento de diferentes espaços com base na
economia local.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
o As eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;
o A origem do Planeta Terra e a deriva continental;
o Rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações
antrópicas e desafios para a sustentabilidade;
o O espaço urbano e rural e suas paisagens;
o Problemas ambientais no campo;
o Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças
climáticas;
o Distribuição espacial e as conseqüências sócioambientais dos
desmatamentos, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do
efeito estufa, entre outros;
o Os principais problemas ambientais urbanos.
92
• Dinâmica Cultural Demográfica do Espaço Geográfico
o Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural;
o Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de
comunicação nas manifestações culturais e na (re) organização social do
espaço geográfico;
o Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico
o Orientação e localização como elemento de domínio do espaço;
o Paisagem, espaço e lugar;
o Cartografia;
o Recursos energéticos e as atividades econômicas;
o Movimentos sociais e os conflitos no campo;
o Biopirataria.
6ª SÉRIE:
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
o (Re) organização econômica da produção no espaço rural e urbano;
o Tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico
em nível mundial, nacional, regional e local;
o O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico (comércio,
turismo, energia, entre outros);
o Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua
espacialidade.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico
o Formação espacial dos Estados Nacionais;
o Formação e organização do espaço brasileiro a partir de políticas
econômicas, manifestações culturais e sócioambientais.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
o Ambiente urbano e rural;
o Sistemas de energia;
93
o Ocupação de áreas irregulares;
o Desigualdades sociais e problemas ambientais;
o Interdependência entre homem e natureza;
o Rios e bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná;
o Formação vegetal do Brasil e do Paraná – desmatamento;
o Ocupação e organização do espaço paranaense.
• Dinâmica Cultural Demográfica do Espaço Geográfico
o O êxodo rural;
o Urbanização e favelização no Brasil;
o Fatores e tipos de migrações e imigrações – suas influências no espaço
geográfico e cultura afro-brasileira;
o Movimento migratório do Paraná;
o Estrutura etária da população brasileira;
o A população brasileira: miscigenação de povos;
o Análise de dados do IBGE sobre a população brasileira;
7ª SÉRIE:
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
o Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
o Sistema de produção industrial;
o Globalização;
o A inserção do Paraná na globalização;
o Acordos e blocos econômicos;
o Economia e desigualdades sociais mundiais e no Paraná;
o Dependência tecnológica.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico
o Diferentes tipos de regionalizações do mundo e suas diversas paisagens
naturais;
o Desigualdades dos países: norte x sul;
o Conflitos mundiais;
94
o Órgãos internacionais (ONU, FMI, OMC...);
o Neoliberalismo;
o Narcotráfico;
o Cartografia.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
o As eras geológicas;
o A teoria da deriva continental e placas tectônicas;
o Impactos ambientais.
• Dinâmica Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
o Fatores e tipos de imigrações e suas influências no espaço geográfico –
cultura afro-brasileira;
o Histórias das migrações mundiais;
o Conflitos étnico-religiosos e políticos na América Latina;
o Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re)
divisões territoriais;
o Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países;
o Discussões a respeito de prática de segregação racial.
8ª SÉRIE:
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
o Globalização;
o Sistema de produção industrial;
o Acordos e blocos econômicos.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico
o Guerra Fria;
o Conflitos mundiais;
o Políticas ambientais;
o Órgãos internacionais (FMI, ONU, OMC...);
95
o Neoliberalismo;
o Biopirataria;
o Meio ambiente e desenvolvimento;
o Terrorismo;
o Cartografia;
o Narcotráfico.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
o Movimentos sócioambientais;
o Desmatamentos;
o Chuvas ácidas;
o Efeito estufa;
o Impactos ambientais;
o Desigualdades sociais e problemas ambientais;
o Problemas ambientais do Paraná.
• Dinâmica Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
o Urbanização e favelização;
o História das migrações mundiais;
o Formação e conflitos étnico-religiosos no contexto mundial;
o Conflitos raciais e a cultura afro-brasileira;
o Consumo e consumismo;
o Identidade nacional.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A disciplina de Geografia busca abordar o espaço natural e humano,
pesquisar e compreender as relações homem - natureza.
No processo de ensino e aprendizagem a Geografia busca analisar a
realidade do aluno, partindo do local para o global, facilitando assim, a compreensão
do mundo globalizado a partir das questões, quais sejam: onde ocorre o fato, por
96
que ocorre nesse lugar e não em outro; como é esse lugar; por que os objetos estão
dispostos dessa maneira; quais significados podem ser atribuídos ao ordenamento
espacial e possíveis conseqüências.
A Geografia como ciência social deve direcionar os educandos a
compreender o mundo onde vivem, tornando-os críticos e participativos.
Os desdobramentos recebem ênfase específica de cada conteúdo
estruturante, uma vez que envolvem a realidade concreta nas dimensões
socioambiental , cultural, demográfica, econômica e política do espaço, em diversas
escalas geográficas, abordados numa linguagem cartográfica, de forma aprofundar o
conhecimento e apreensão do aluno; de ações cotidianas que permitem a
discussão, problematização e reflexão das temáticas.
O professor de Geografia deverá respeitar e conhecer a Lei 10639/03, a qual
torna obrigatória abordar temas que envolvam os conteúdos relacionados a história
e cultura afro-brasileira e africana. Pode-se ser trabalhado nas diferentes séries
através de mapas, textos, imagens, fatos, filmes, teatros que contenham diversos
conhecimentos sobre: a população brasileira – miscigenação, distribuição espacial
dos afros-descendentes no Brasil e no mundo, a contribuição do negro na
construção da nação brasileira, o movimento do povo africano no tempo e no
espaço, relação do trabalho e renda, colonização do africano se configurou
espacialmente e práticas de segregação racial.
O estudo do conteúdo deve possibilitar ao aluno que compreenda o espaço
onde está inserido, a partir das relações estabelecidas com o mundo globalizado
para que estes ampliem sua compreensão acerca do mundo real, na esfera local,
regional e nacional.
A educação do campo, o tema questão agrária é importante para a
compreensão das atividades humanas produtivas pelos povos do campo, como
forma de reflexão sobre a organização produtiva na sociedade capitalista.
Com as transformações políticas, econômicas e sociais, o processo produtivo
na construção do espaço, são movidos por interesses econômicos e pelas relações
de poder geradas por essas transformações. Diante desse contexto, o ensino de
Geografia deve contemplar os Desafios Educacionais Contemporâneos, como:
Educação Fiscal. Sexualidade Humana, Enfrentamento de Violência, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas e Educação Ambiental; visando a formação do cidadão
diante das necessidades do mundo atual para análise do espaço geográfico e a
97
compreensão da relação entre o global e o local caracterizados por suas
configurações socioespaciais, numa perspectiva crítica e consciente da realidade na
qual encontra-se inserido.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação é realizado de forma diagnóstica, contínua,
cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos qualitativos estão
sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento integral do aluno,
considerando as características individuais de cada um.
O processo de avaliação deve ser de maneira a contemplar o desempenho
dos alunos por meio de leitura, interpretação de textos, fatos, acontecimentos,
leitura, interpretação de imagens e mapas; apresentações de pesquisas, testes orais
e provas escritas.
A partir das formas de avaliação apresentadas será possível verificar se o
aluno aprendeu os conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações
socioespaciais, as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza
para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas; com clareza de
idéias, capacidade de argumentação e conclusão dos conteúdos trabalhados,
mediante a participação do aluno em atividades individuais e coletivas para que se
torne sujeito do processo de aprendizagem.
A recuperação paralela de conteúdos será realizada quando necessária
através da retomada do conteúdo, a partir de um novo encaminhamento e avaliação
específica para cada situação.
98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana. Distrito Federal, 2005.
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico da Escola. Realeza, 2007.
PARANÁ, Secretaria De Estado da Educação Do. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná – Geografia. Curitiba, 2006.
_____. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. Curitiba, 2005.
_____. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-raciais. Curitiba,
2006.
_____. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba,
2005.
99
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História tem como objeto de estudo as ações e as relações humanas que
são praticadas no tempo, tendo ou não consciência das ações definidas como
estrutura sócio históricos que estão na forma de agir, de pensar ou raciocinar, de
representar, de imaginar de instituir e de se relacionar social, cultural e
politicamente. Através da investigação histórica de relações humanas internas e
externas, com produção do conhecimento histórico, com métodos específicos
baseados na explicação dos fatos. Com finalidade de expressar o processo de
produção de conhecimento humano voltado para interpretação do pensamento
histórico, para a compreensão deste conhecimento da historiografia possui
diferentes formas de explicar as investigações e as experiências dos sujeitos.
O ensino de História, após a implantação do Regime Militar (1964), manteve
seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado
apensa do ponto de vista factual.
A partir da Lei nº 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos
e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista,
voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho.
Apesar dos PCN´s proporem uma valorização do ensino humanístico, a
preocupação era preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez mais
competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.
Essa situação repercutiu na Rede Pública Estadual do Paraná quando
reduziu a carga horária da disciplina de História a partir da aprovação da
Deliberação 14/99 pelo Conselho Estadual da Educação, que dividiu a carga horária
da matriz curricular em base nacional comum (75%) e parte diversificada (25%).
A SEED organizou um projeto de formação continuada para os professores
da disciplina, articulada ao processo de construção de diretrizes curriculares,
visando a definição de orientações comuns ao ensino de História para a rede pública
estadual, incluindo os conteúdos de História do Paraná, Cultura Afro-brasileira e
Africana, Cultura Indígena, seguida das “Diretrizes Curriculares Nacionais para a
100
Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História, e Cultura Afro-
brasileira e Africana”.
A organização do currículo para o ensino de História terá como referência os
conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e organizam
os campos da História e seus objetos. Os conteúdos estruturantes são identificados
no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico atual que
sustenta os campos de investigação da História política, econômico-social e cultural,
a luz da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural.
OBJETIVOS
o Desenvolver no educando o gosto pela pesquisa, leitura, bem como o
conhecimento dos fatos históricos das primeiras civilizações à atualidade
nos âmbitos culturais, econômicos, sociais e políticos, para que o aluno
desenvolva a reflexão e um senso crítico construtivo que o permita
compreender as origens das desigualdades sociais contemporâneas para
que se tornem seres conscientes e participantes para contribuir com a
criação de uma sociedade mais justa.
o Compreender a formação e organização das primeiras civilizações com
sua cultura, religião, economia e política, incluindo a ocupação do território
brasileiro pelos diversos aborígines com sua cultura até a chegada do
branco europeu na América.
o Conhecer o processo de colonização até a independência do Brasil,
comparando simultaneamente aos acontecimentos na África, Europa e a
Ásia, com a formação de colônias e a ampliação dos territórios pelos
europeus bem como, a formação do território paranaense e a
miscigenação dos povos nas colônias.
o Despertar o senso crítico construtivo da idéia referentes à nacionalidade
na França, Estados Unidos e Brasil. E a formação da sociedade
envolvendo a América, África, Europa e Ásia, com enfoque à
Emancipação Política do Paraná.
101
o Analisar a união e o desmembramento de países na Ásia, Europa e África,
observando a cultura, a economia, a religião na formação social da história
na construção de uma sociedade democrática capitalista com a formação
blocos econômicos (globalização), na atualidade.
o Possibilitar a apreensão de conteúdos e conceitos históricos, a partir do
estudo e análise das diferentes dimensões e contextos históricos;
o Compreender a História como prática social, da qual participam como
sujeitos de seu tempo, uma vez que o conhecimento histórico é produzido
com base no método da problematização de distintas fontes documentais;
o Trabalhar o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos;
o Compreender que a produção do conhecimento histórico pode validar,
refutar ou complementar a produção historiográfica já existente;
o Entender as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento
histórico, a partir do desenvolvimento da capacidade de argumentação em
relação ao fato histórico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE:
• Produção do conhecimento histórico:
• O historiador e a produção do conhecimento histórico;
• Tempo, temporalidade;
• Fontes, documentos;
• Patrimônio material e imaterial;
• Pesquisa.
• Articulação da história com outras áreas do conhecimento:
• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,
sociologia, etnologia e outras;
102
• Observação: o estudo da produção do conhecimento histórico e a
articulação da História com outras áreas do conhecimento se faz
necessário em todas as séries do ensino fundamental, não
necessariamente no início do ano letivo como está proposto na 5ª
série.
• A humanidade e a história:
• De onde viemos, quem somos, como sabemos?
• Arqueologia no Brasil:
• Lagoa Santa: Luzia (MG);
• Serra da Capivara (PI);
• Sambaquis (PR).
• Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:
• Teorias do surgimento do homem na América;
• Mitos e lendas da origem do homem;
• Desconstrução do conceito de Pré-história;
• Povos ágrafos, memória e história oral.
• Povos indígenas no Brasil e no Paraná:
• Ameríndios do território brasileiro;
• Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng.
• As primeiras civilizações na América:
• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;
• Ameríndios da América do Norte.
• As primeiras civilizações na áfrica, Europa e Ásia:
• Egito, Núbia, Gana e Mali*;
• Hebreus, gregos e romanos*;
103
• Observação: não se trata aqui, de “esgotar” a história destas
civilizações, mas sim, levantar alguns aspectos como religiosidade,
organização social...
• A chegada dos europeus na América:
• (Des)encontros entre culturas;
• Resistência e dominação;
• Escravização;
• Catequização.
• Península ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:
• Reconquista do território;
• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;
• Comércio (África, Ásia, América e Europa).
• Formação da sociedade brasileira e americana:
• América portuguesa;
• América espanhola;
• América franco-inglesa;
• Organização política-administrativa (capitanias hereditárias,
sesmarias);
• Manifestações culturais (sagrada e profana);
• Organização social (família patriarcal e escravismo);
• Escravização de indígenas e africanos;
• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
• Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa:
• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomatapa (Zimbabwe) e outros;
• Comércio;
• Organização política-administrativa;
• Manifestações culturais;
• Organização social;
104
• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...
6ª SÉRIE
• Expansão e consolidação do território:
• Missões;
• Bandeiras;
• Invasões estrangeiras.
• Consolidação dos estados nacionais europeus e reforma pombalina:
• Reforma e contra-reforma.
• Colonização do território “paranaense”:
• Economia;
• Organização social;
• Manifestações culturais;
• Organização política-administrativa;
• Movimentos de contestação:
• Quilombos (BR e PR);
• Irmandades: manifestações e religiosas-sincretismo;
• Revoltas nazistas e nacionalistas:
• Inconfidência mineira;
• Conjuração baiana;
• Revolta da cachaça;
• Revolta do maneta;
• Guerra dos mascates.
• Independência das treze colônias inglesas da América do norte;
• Diáspora africana;
• Revolução francesa:
• Comuna de Paris;
105
• Chegada da família real ao Brasil:
• De Colônia a Reino Unido;
• Missões artístico-científicas;
• Biblioteca nacional;
• Banco do Brasil;
• Urbanização na capital;
• Imprensa régia.
• Invasão napoleônica na península ibérica;
• O processo de independência do Brasil:
• Governo de D. Pedro I;
• Constituição outorgada de 1824;
• Unidade territorial;
• Manutenção da estrutura social;
• Confederação do Equador;
• Província Cisplatina;
• Haitianismo;
• Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,
Farroupilha.
• O processo de independência das Américas:
• Haiti;
• Colônias espanholas.
7ª SÉRIE
• A construção da nação:
• Governo de D. Pedro II;
• Criação do IHGB;
• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850;
• Início da imigração européia;
• Definição do território;
• Movimento Abolicionista e emancipacionista;
106
• Revolução industrial e relações de trabalho (XIX e XX):
• Luddismo;
• Socialismos;
• Anarquismo.
• Emancipação política do Paraná (1853):
• Economia;
• Organização social;
• Manifestações culturais;
• Organização política-administrativa;
• Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e
externas (europeus);
• Os povos indígenas e a política de terras.
• A guerra do Paraguai e/ou a guerra da tríplice aliança
• O processo de abolição da escravidão:
• Legislação;
• Resistência e negociação;
• Discursos:
• Abolição;
• Imigração – senador Vergueiro;
• Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,
Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na
Argentina).
• Colonização da áfrica e da Ásia;
• Guerra civil e imperialismo estadunidense;
• Carnaval na América latina: entrudo, murga e candomblé;
• Os primeiros anos da república:
• Idéias positivistas;
• Imigração asiática;
107
• Oligarquia, coronelismo e clientelismo;
• Movimentos de contestação: campo e cidade;
• Movimentos messiânicos;
• Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro;
• Movimento operário: anarquismo e comunismo;
• Paraná:
• Guerra do Contestado;
• Greve de 1917 – Curitiba;
• Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná,
Langue de Morretes, João Turim.
• Questão agrária na América Latina:
• Revolução Mexicana.
• Primeira guerra mundial;
• Revolução russa.
8ª SÉRIE
• A semana de 22 e o repensar da nacionalidade:
• Economia;
• Organização social;
• Organização político-administrativa;
• Manifestações culturais;
• Coluna Prestes.
• Crise de 29;
• A “revolução” de 30 e o período Vargas (1930 a 1945):
• Leis trabalhistas;
• Voto feminino;
• Ordem e disciplina no trabalho;
• Mídia e divulgação do regime;
• Criação do SPHAN, IBGE;
108
• Futebol e carnaval;
• Contestações à ordem;
• Integralismo;
• Participação do Brasil na II Guerra Mundial.
• Ascensão dos regimes totalitários na Europa;
• Movimentos populares na América Latina;
• Segunda guerra mundial;
• Populismo no Brasil e na América Latina:
• Cárdenas – México;
• Perón – Argentina;
• Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.
• Independência das colônias afro-asiáticas;
• Guerra fria;
• Construção do Paraná moderno:
• Governos de:
• Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto e
Ney Braga;
• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa:
• Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...;
• Movimentos culturais;
• Movimentos sociais no campo e na cidade:
• Ex.: Revolta dos colonos década de 50 – Sudoeste;
• Os Xetá.
• O regime militar no Paraná e no Brasil:
• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;
• O uso ideológico do futebol na década de 70:
• O tricampeonato mundial;
• A criação da liga nacional (campeonato brasileiro);
109
• Cinema Novo;
• Teatro;
• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
• Guerra fria e os regimes militares na América Latina:
• Política de boa vizinhança;
• Revolução Cubana;
• 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende;
• Censura aos meios de comunicação;
• O uso ideológico do futebol na década de 70;
• A copa da Argentina – 1978.
• Movimentos de contestação no Brasil:
• Resistência armada;
• Tropicalismo;
• Jovem Guarda;
• Novo sindicalismo;
• Movimento Estudantil.
• Movimentos de contestação no mundo:
• Maio de 68 – França;
• Movimento Negro;
• Movimento Hippie;
• Movimentos Homossexual;
• Movimentos Feminista;
• Movimento Punk;
• Movimento ambiental.
• Paraná no contexto atual;
• Redemocratização:
• Constituição de 1988;
110
• Movimentos populares rurais urbanos: MST (Movimento dos Sem
Terra), MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT
(Central Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.;
• Mercosul;
• Alca.
• Fim da bipolarização mundial:
• Desintegração do bloco socialista;
• Neoliberalismo;
• Globalização;
• 11 de setembro nos EUA.
• África e América latina no contexto atual;
• O Brasil no contexto atual:
• A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A importância do ensino da História na construção da consciência histórica e
científica, possibilitando a ênfase no conhecimento histórico relacionando-o com o
tempo e o espaço onde aconteceram marcos determinantes da nossa História. Para
possibilitar a melhor compreensão dos educandos, buscaremos referências em
documentos e registros que comprovem a legitimidade do fato, pois assim é de
fundamental importância para os nossos alunos, a análise dos mesmos, pois é
através desta que formaremos cidadãos mais críticos para sua inserção na
sociedade.
Cabe ao professor problematizar o conhecimento histórico possibilitando ao
educando contextualizar através de diversas fontes e de acervos históricos, uma
visão crítica para sua própria construção do conhecimentos histórico.
Para que nossa metodologia se torne eficaz, será necessário uma
preparação do professor e também alguns meios áudios-visuais, documentos
111
históricos, sempre lembrando de que é necessário que se faça uma ponte de ligação
entre o passado e o presente.
A partir destes recursos temos como objetivo metodológico que os alunos
adquiram o hábito de problematizar determinadas passagens históricas, não
somente detendo-se no livro didático, mas temos que tê-lo como base de apoio.
Com esta metodologia, nós educadores temos a consciência de que
teremos que nos dedicar para que este processo de aprendizagem se torne
realmente fundamental em nossa escola.
Os desafios educacionais contemporâneos como a Cultura Afro-brasileira e
Africana, Educação Fiscal, Prevenção do Uso Indevido de Drogas, Sexualidade
Humana e Enfrentamento a Violência serão abordados e trabalhados juntamente
com os conteúdos de todas as séries.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, somativa e cumulativa tendo em vista a
participação do aluno no processo avaliativo, buscando superar as dificuldades
apresentadas pelo educando, respeitando as suas diferenças mediante a construção
do conhecimento.
Para que o ensino-aprendizagem se torne válido, faz-se necessário o
diálogo entre professor e educando. Esse diálogo deve envolver questões relativas
aos critérios adotados por cada conteúdo. Do mesmo modo que a avaliação é de
soma coletiva, também é necessário ao professor uma análise crítica perante o
conhecimento do aluno.
O ensino de História tem como elo de aprendizagem o professor interagindo
com seu educando, a partir deste processo avaliativo, tanto educador quanto
educando constrói um conhecimento a partir de suas experiências em sala de aula.
112
A avaliação deverá ser assumida como instrumento de compreensão do
estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno.
Na avaliação diagnóstica professor-aluno poderão revistar as práticas
desenvolvidas para identificar as lacunas no processo de ensino e aprendizagem,
bem como planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das
dificuldades constatadas.
Os instrumentos de avaliação serão os seguintes: apresentação de pesquisa
escrita, oralidade individual, debates, prova escrita ou oral, painéis, resoluções de
atividades escritas.
Ao longo do Ensino Fundamental serão observados na avaliação dos alunos
os seguintes critérios:
• Se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;
• Se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o nível de
ensino em questão;
• Se empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos;
• Se compreendem a História como prática social, da qual participam como
sujeitos de seu tempo;
• Se analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões
econômico-social, política e cultural no Ensino Fundamental;
• Se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no
método da problematização de distintas fontes documentais, a partir das
quais o pesquisador produz a narrativa histórica;
• Se explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos;
• Se compreendem que a produção do conhecimento histórico pode
validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
• Capacidade de argumentação em relação ao fato histórico.
• Compreensão de diferentes interpretações de um mesmo acontecimento
histórico.
• Compreensão de diferentes contextos.
A recuperação paralela ocorrerá sempre que o professor verificar que o
educando não se apropriou do conteúdo, assim o mesmo será retomado, bem como,
113
a avaliação com os alunos a fim de situá-los como parte de com coletivo, em que a
responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de
todos.
114
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUNO, Ernani Silva. História do Brasil Geral e Regional. 2ª ed. São Paulo:
Cultrix, 1996.
BURKE, Peter. A escrita da História. Tradução: Magda Lopes – UNESP.
DOMINGUES, Joelza Ester; LEITE, Laila Paranhos. Brasil uma Perspectiva
Histórica. Vol. 1. São Paulo: FTD, 1983.
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político
Pedagógico. Realeza: 2007.
GOMES, Íria Zanoni. 1957- A revolta dos Posseiros. 3ª ED. Curitiba: Criar
Edições, 2005.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
LAZIER, Hermógenes. Paraná: Terra de todas as gentes. Francisco Beltrão: Eraft,
2003.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação de Aprendizagem Escolar: Estudos e
Proposições. 17ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: História. Curitiba: SEED-PR,
2006.
_____. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. Curitiba, 2005.
_____. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-raciais. Curitiba,
2006.
115
_____. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba,
2005.
MARTINS, Rubens da Silva. Entre Jagunços e Posseiros. Curitiba: 1986.
SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005.
SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo; SERIACOPI, Reinaldo. História. volume
único, 1 ed. São Paulo: Ática, 2005.
VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 2000.
116
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa como disciplina escolar passou a integrar os currículos
escolares brasileiros aproximadamente no século XIX, resultante do confronto de
culturas.
Não havia uma educação em moldes institucionais, mas sim de práticas
restritivas à alfabetização, determinadas pelo poder político social e de organização
e controlo de classes do que pelo pedagógico.
O estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob normas
gramaticais Retórica e Poética, tornando obrigatório o ensino da Língua Portuguesa
no Brasil.
A lei 5692/71 amplia e aprofunda a vinculação dispondo que o ensino devia
estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorrem para o ensino,
a instituição de uma pedagogia tecnicista, não aprimorando as capacidades
lingüísticas. O ensino da Língua Portuguesa era voltado em exercícios estruturais,
técnicos de redação, treinamentos de habilidades de leitura.
A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos
paradigmas envolvendo questões de uso contextuais, valorizando o texto como
unidade fundamental de análise.
Segundo Bakhtin, a Língua Portuguesa configura o espaço de interação entre
sujeitos que se constituem através dessa interação.
Pretende-se uma prática pedagógica que enfrente o normativismo e o
estruturalismo e na literatura, uma perspectiva de análise mais profunda dos textos,
bem como a preposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação
moralista.
A ação pedagógica deve privilegiar o contato real do estudante com a
multiplicidade de textos orais escritos, concretos, verbais e não verbais e únicos que
emanam dos integrantes de uma ou de outra esfera da atividade humana: as artes
visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão,o
rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia, e todas as formas
inforgráficas ou qualquer meio de linguagem criado pelo homem, e que circulam
117
socialmente. O texto é assim visto como lugar onde os participantes da interação
dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de
discussões, vozes que se materializam, ato humano, é a linguagem em uso efetivo.
É a dimensão dialógica da linguagem presente em atividades que possibilitam aos
alunos e professores experiências reais do uso da língua materna.
A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes. Nessa perspectiva, vale
esclarecer as implicações do termo discurso, na sua origem, o termo significa curso,
percurso, corpos, movimento.
Portanto, o discurso não pode ser encarado como mera mensagem, um
simples esquema onde há emissor, receptor, código, referente e mensagem. O
discurso é muito mais, é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou
seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atividade
responsiva a outros textos (Baktin, 1996).
As práticas da linguagem enquanto fenômeno de uma interlocução viva,
potencializa todas as áreas do agir humano numa perspectiva interdisciplinar.
OBJETIVO
Destaque-se o potencial da Literatura para trazer sabor ao saber, fazer girar
saberes, não fixa, não fetichiza nenhum deles.[...] A literatura não diz que sabe
alguma coisa, mas que sabe de alguma coisa, ou melhor: que ela sabe algo das
coisas – que sabe muito dos homens (Barthes, 1989, p.19).
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes
práticas sociais, o objetivo a seguir fundamentará o processo de ensino.
Empregar a língua oral e a escrita e a literatura em diferentes situações de
uso, sabendo adequá-las a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções
que estão implícitas, posicionando-se diante do mesmo, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e
o contexto de produção/ leitura; refletindo sobre os textos produzidos, lidos ou
ouvidos, atualizando o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos
gramaticais, a capacidade de pensamento e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
118
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo da disciplina da Língua Portuguesa e Literatura é a Língua
em uso, enquanto prática social (conteúdo estruturante), desdobrando em três
práticas: leitura, escrita e oralidade. A consciência só é adquirida por meio da
linguagem e é através dela que os sujeitos começam a intervir no real.
○ PRÁTICA DA ORALIDADE: para Marcuschi, a oralidade é vista como uma
“prática social interativa”, utilizada em momentos de comunicação através
de vivências cotidianas que favoreça, habilidades de falar e ouvir como:
histórias de família, da comunidade, filme, livro, depoimentos de situações
vividas pelo próprio aluno ou pessoa de seu convívio, emitir opiniões,
justificas ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e
dar entrevistas, apresentar resumos, dar avisos, fazer convites, relato e
acontecimentos, debates, seminários e outras atividades que possibilitem
o desenvolvimento da argumentação.
○ PRÁTICA DA LEITURA: para Baktin, o texto deve ser entendido como
veículo de intervenção no mundo e a produção social. Para isso é
necessário propor uma infinidade de textos, a fim de desenvolver a
subjetividade do aluno, considerar a preferência e a opinião dele ao
selecioná-los, criar momentos em que os alunos exponham suas idéias,
opiniões e experiências de leitura.
○ PRÁTICA DA ESCRITA: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma
perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora
de sentidos através da prática textual. Não ligada apenas à norma padrão,
pois a assimilação da escrita em que não há reducionismo lingüístico,
arbritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno tende a ser
mais eficiente.
○ PRÁTICA LINGÜÍSTICA: a prática lingüística deve perpassar as três
práticas, visto que é através da mesma que acontecerá o aprimoramento
destas. Deve haver o entendimento de que é através da reflexão sobre a
Língua, que abarca a gramática, mas uma gramática funcional,
contextualizada onde sejam estudados os recursos estílicos: os aspectos
textuais como coesão e coerência internas do texto, intencionalidade,
119
intertextualidade, contextualização, análise dos recursos expressivos e
outros. Desta forma, a reflexão e a prática de análise lingüística estarão
centradas no texto = produção social – escrito, lido, falado e ouvido.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
PRÁTICA DA LEITURA:
o Textos relacionados ao imaginário infantil: o conto maravilhoso, a lenda, e
a fábula, ao universo infantil, à psicologia, aos valores e a sensibilidade da
criança;
o Textos relacionados à comunicação humana e as linguagens afro-
descendente;
o Comunicação e interação;
o Textos que dizem respeito à questão de identidade da criança;
o Leitura de histórias em quadrinhos, Cartum, painéis, anedotas, cartões,
gírias, fábulas, poema, anúncio de turismo, cantigas de roda, bilhetes,
recados, certidão de nascimento, notícias, textos jornalísticos.
PRÁTICA DA ORALIDADE:
o Diálogo;
o Leitura enfática de textos;
o Histórias em quadrinhos;
o Dramatização;
o Relato pessoal
o Depoimentos;
o Declamação de poesias;
o Debate sobre o racismo, presença do negro na mídia, no mercado de
trabalho.
PRÁTICA DA ESCRITA:
120
o Produção de textos;
o Cartão postal;
o Carta-pessoal;
o E-mail;
o Diálogo;
o Narrativo (relatos pessoais, depoimentos, mídia impressa, televisão,
cinema, debate, danças, filmes, pintura, escultura...);
o Descritivo;
o História em quadrinhos;
o Interferências (canção, textos dramáticos, pesquisas, romance, poema,
conto, contos de fadas, fábulas, lendas, mitos, quadrinhos, cantigas de
roda) africanas e indígenas na língua portuguesa;
ANÁLISE LINGÜÍSTICA:
A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os
conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível
de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de
compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de
aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será
feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das
práticas textuais e discursivas:
o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);
o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da
enunciação:
o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:
felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,
obrigatoriamente, etc.);
o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto;
121
o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;
o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos
adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;
o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no
texto;
o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhado, parênteses, etc;
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
o A elipse na seqüência do texto;
o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções
do texto;
o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da
frase;
o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos;
o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);
o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes
gêneros;
o As particularidades lingüísticas do texto literário;
o As variações lingüísticas;
122
o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;
o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões
gramaticais da língua importadora e seus valores.
6ª SÉRIE
PRÁTICA DA LEITURA:
o Leitura de textos do cotidiano: cartoons, charges, guias de cinema,
anúncios publicitários, quadrinhos, gráficos, certidão de nascimento e
jornais;
o Textos relacionados aos heróis de cinema, da mitologia e dos quadrinhos,
às diferenças humanas, às viagens, à leitura, à poesia e ao poeta, à
cultura afro-descendente;
o Leitura, compreensão e interpretação de textos.
PRÁTICA DA ORALIDADE:
o Exercícios para desenvolver pontuação, entonação e ênfase;
o Leitura de textos diversos (literários, jornalísticos, humorísticos...);
o Declamação de poesia;
o Relatos e depoimentos;
o Contação de histórias;
o Dramatização;
o Apresentação de trabalhos;
o Discriminação social e racial.
PRÁTICA DA ESCRITA:
o Produção de textos narrativos, descritivos, poesias, de opinião, contos de
origem africana;
ANÁLISE LINGÜÍSTICA:
A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os
conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível
de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de
123
compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de
aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será
feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das
práticas textuais e discursivas:
o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);
o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da
enunciação:
o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:
felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,
obrigatoriamente, etc.);
o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto;
o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;
o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos
adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;
o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no
texto;
o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhado, parênteses, etc;
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
124
o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
o A elipse na seqüência do texto;
o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções
do texto;
o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da
frase;
o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos;
o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);
o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes
gêneros;
o As particularidades lingüísticas do texto literário;
o As variações lingüísticas;
o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;
o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões
gramaticais da língua importadora e seus valores.
7ª SÉRIE
PRÁTICA DA ORALIDADE:
o Exercícios para desenvolver pontuação, entonação, ênfase;
o Contação de anedotas e casos engraçados;
o Declamação e dramatização;
o Conversação e debates com os temas trabalhados em aula;
o Apresentação de trabalhos;
o Depoimentos/ discurso oral.
PRÁTICA DA LEITURA:
o Leitura de textos relacionados ao humor, à adolescência, ao consumismo,
às questões ecológicas, aos valores humanos, discriminação social e
racial entre outras;
125
o Leitura de charges, cartoons, quadrinhos, anúncios, embalagens, poesias,
cartas, livros de literatura periódicos;
o Leitura, compreensão e interpretação de textos.
PRÁTICA DA ESCRITA:
o Produção de textos teatrais, crônica, textos publicitários, anúncios
classificados, entrevista, textos de opinião;
ANÁLISE LINGÜÍSTICA:
A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os
conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível
de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de
compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de
aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será
feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das
práticas textuais e discursivas:
o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);
o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da
enunciação:
o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:
felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,
obrigatoriamente, etc.);
o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto;
o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;
o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos
adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;
o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
126
o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no
texto;
o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhado, parênteses, etc;
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
o A elipse na seqüência do texto;
o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções
do texto;
o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da
frase;
o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos;
o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);
o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes
gêneros;
o As particularidades lingüísticas do texto literário;
o As variações lingüísticas;
o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;
o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões
gramaticais da língua importadora e seus valores.
8ª SÉRIE
127
PRÁTICA DA ORALIDADE:
o Palavras e textos de origem africana e indígena;
o Contação de histórias;
o Declamação de poesias;
o Leitura de imagens;
o Notícias;
o Cartum;
o Leitura enfática de textos;
o Painel;
o Depoimentos;
o Debates;
o Discurso oral;
o Seminário;
o Dramatização.
PRÁTICA DA LEITURA:
o Textos relacionados à juventude: crônica, poesia;
o Textos científicos;
o Pichações;
o Textos relacionados a valores;
o Anúncios;
o Textos relacionados ao amor;
o Folhetos;
o Textos relacionados à mídia;
o Cartum;
o Notícias;
o Temas relacionados a cultura afro-descendente: música, contos, folclore e
danças.
PRÁTICA DA ESCRITA:
o Produção de textos;
o Canto;
128
o Argumentativo;
o Dissertativo;
o Crônica;
o Literários;
o Textos de imprensa;
o Textos de divulgação científica;
ANÁLISE LINGÜÍSTICA:
A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os
conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível
de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de
compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de
aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será
feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das
práticas textuais e discursivas:
o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);
o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da
enunciação:
o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido
provocados no texto;
o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:
felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,
obrigatoriamente, etc.);
o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto;
o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;
o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos
adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;
o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
129
o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual;
o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no
texto;
o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhado, parênteses, etc;
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
o A elipse na seqüência do texto;
o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;
determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções
do texto;
o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da
frase;
o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos;
o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);
o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes
gêneros;
o As particularidades lingüísticas do texto literário;
o As variações lingüísticas;
o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;
o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões
gramaticais da língua importadora e seus valores.
130
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No processo da língua materna não se aprende obedecendo a uma escala de
valores que parte do mais simples ao mais elaborado. A aprendizagem não se dá de
maneira linear, ela procura abarcar todos os mecanismos envolvidos no processo de
interação.
Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito
de um processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa
ser considerado na busca da ampliação da competência comunicativa. Sendo assim,
as indicações que seguem precisam ser problematizadas a partir da pesquisa,
reflexão, discernimento e comprometimento, assumindo a fala como conteúdo que
implica conhecimentos relativos às variedades lingüísticas e às diferentes
construções da língua, inclusive quanto aos aspectos argumentativos do discurso
precisam ser desenvolvidos em sala de aula com as relacionadas a seguir:
o Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um
filme, um livro etc;
o Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno
ou pessoas de seu convívio;
o Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar
resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros;
o Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
o Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;
o Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem
o desenvolvimento da argumentação;
o Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações
para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas,
hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual,
descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com
outros textos, etc.
o Questionamento sobre expectativas do texto;
o Leituras individuais, coletivas, silenciosas;
131
o Atividades orais e escritas sobre o enredo, estrutura e vocábulos do texto
lido;
o Reflexão sobre a intencionalidade do texto comparando-o com o momento
atual;
o Fazer analogias com diferentes tipos de textos sobre um mesmo assunto;
o Produção de textos descritivos, narrativos e dissertativos individualmente,
e em grupos, oral e escrito;
o Aula expositiva, explicativa sobre conteúdos gramaticais acompanhados
de atividades orais e escritas.
Quanto aos gêneros previsto para a prática da produção de texto, podem ser
trabalhados, dentre outros, relatos (histórias de vida); bilhetes, cartas, cartazes,
avisos (textos programáticos); poemas, contos e crônicas (textos literários); notícias,
editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa); relatórios, resumos de
artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica). Assim, essa
prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a
prática da leitura.
Nesta coletânea de textos serão abordados os Desafios Educacionais
Contemporâneos, quais sejam: Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, História e Cultura Afro-brasileira e Africana,
Educação Fiscal, para trabalhar a realidade social brasileira.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo,
a Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), dá destaque à
avaliação formativa, vista como a mais adequada ao dia-a-dia da escola.
132
Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode
utilizar a observação diária e instrumentos variados selecionados de acordo com
cada conteúdo e/ ou objetivo.
A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a aprendizagem de
todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender.
Na perspectiva da diversidade cultural de nossos alunos, a avaliação contínua
diagnóstica, ajuda a construir aquela que incorpora as diferenças, combatendo a
desigualdade social, discriminação e a exclusão.
Nesta visão a avaliação diagnóstica deve valer-se de recursos disponíveis em
sua realidade, de forma contínua, uma que a língua é sempre um dever, um projeto
mal-acabado, e que é necessário levar em conta os processos de interlocução oral
e/ ou escrita, considerando os avanços e a competência lingüística dos alunos, a
avaliação terá como instrumentos: planejamento, revisão, reestruturação, refacção.
A recuperação paralela será de conteúdos não apropriados pelos alunos com
revisão através de reestruturação de atividades, leitura, pesquisas, reestruturação
de textos e apresentação de trabalhos.
133
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997;
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português:
Linguagens, 5ª a 8ª séries / 2ª ed. – São Paulo: Atual 2002;
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico da Escola. Realeza, 2007.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.
(org.). O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1997;
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO. Currículo Básico para
a Escola Pública do Estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997;
_____. Diretrizes Curriculares Da Rede Pública De Educação Básica Do Estado
Do Paraná – Língua Portuguesa. Curitiba, 2006.
134
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O nascimento da Matemática ocorreu por volta de 2000 a.C. na Babilônia,
mas somente nos séculos VI e V a.C. na Grécia é que emergiu como Ciência, sendo
registrados regras, princípios lógicos e exatidão de resultados.
No Brasil, na metade do século XVI, com a instalação dos colégios católicos é
que a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola
brasileira. Do final do século XVI ao início do XIX a matemática escolar demarcava
os programas de ensino da época, por ser a ciência que daria a base de
conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.
Do final do século XIX e início do XX instala-se um novo cenário sócio-
político-econômico e neste contexto os matemáticos que até então eram vistos como
pesquisadores, passavam a ser também professores. Sendo assim, as disciplinas
que abordavam conteúdos matemáticos foram unificadas, explorando seu caráter
didático e pedagógico. Essas idéias foram implementadas no Brasil pelo movimento
da Escola Nova, orientado por uma concepção Empírico-Ativista.
Esta tendência contribuiu para a unificação de Matemática em disciplina, além
de orientar a formulação das diretrizes metodológicas do ensino da Matemática. Sua
proposta básica era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e
interesses individuais.
Na tendência Formalista Clássica a finalidade da Matemática era o
desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo.
Na tendência Tecnicista visava a preparação do indivíduo para ser útil e servir
ao sistema, cujo método era a memorização de princípios e fórmulas, o
desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algarítmos e expressões
algébricas e de resolução de problemas. Os conteúdos eram organizados por
especialistas.
Na tendência Construtivista o conhecimento matemático resulta de ações
interativas e reflexivas por parte dos estudantes.
135
Outra tendência, a Sócioetnocultural valorizava aspectos sócio-culturais tendo
como base teórica e prática a etnomatemática sendo um saber prático relativo não
universal e dinâmico produzido histórico-culturalmente.
Já na tendência Histórico-Crítica o saber é construído historicamente para
atender as necessidades sociais e teóricas tornando-os capazes de estabelecer
relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Após a implantação da LDBEN 9394/96 o objetivo é adequar o ensino
brasileiro às transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica
e das concepções de mercado. Em 1978, com a distribuição dos PCN´s o ensino da
Matemática deve ter seu trabalho voltado para sua aplicação na vida prática,
minimizando seu valor científico e seus contextos internos.
A Matemática como ciência integrante da sociedade, sempre envolvida nos
processos de evolução ocupa um importante papel na formação do cidadão
consciente de suas limitações e potencialidades.
O estudo da educação matemática centra-se numa prática pedagógica que
envolve relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.
A Educação Matemática envolve falar na busca de transformações,
possibilitando aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação
de conceitos e formulações de idéias contribuindo para o desenvolvimento e
minimização dos problemas reais da sociedade.
A prática docente deve propiciar o aluno a conhecer o objeto matemático
composto pelas formas espaciais e as quantidades, construindo historicamente.
Portanto, o conhecimento matemático visa levar o estudante a criticar
questões sociais, políticas, econômicas e históricas, descrevendo e interpretando
fenômenos matemáticos e de outras áreas de conhecimento, construindo desta
forma valores e atitudes de natureza diversa visando a formação integral do ser.
Cabe aos professores tomar o cuidado para não se perder o caráter científico
da disciplina, indo além do senso comum, possibilitando ao estudante ser um
conhecedor do objeto matemático construído historicamente.
136
OBJETIVO GERAL
• Desenvolver enquanto campo de investigação e de produção de
conhecimento – natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino
e da aprendizagem matemática – natureza pragmática – a formação de
indivíduos capazes de interpretar o meio em que vivem, reelaborar
conceitos, bem como, formar a base para a progressão de seus estudos;
• Apropriar-se e compreender o conhecimento matemático como um
conjunto de regras, métodos e procedimentos, envolvidos em um contexto,
visando a formação integral do ser humano, prevendo a transformação
social;
• Os conceitos que embasam a construção do conhecimento matemático
deve ser apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos de
maneira a influenciar o pensamento humano, no sentido de potenciar
meios para superação de desafios;
• A partir da história da matemática e seus conceitos, possibilitar ao
educando perceber a utilidade de tais conceitos no mundo
contemporâneo;
• No processo de ensino e aprendizagem matemático é necessário levar ao
aluno a condição de compreender conceitos, estabelecer relações, efetuar
generalizações e descrever de forma coerente obedecendo as
convenções referentes a cada conceito.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
o Números e álgebra
o Grandezas e medidas
o Funções
o Geometria
o Tratamento da Informação
137
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE:
Números e álgebra:
∗ Conjuntos numéricos:
• Números naturais;
• Operações fundamentais;
• Expressões numéricas;
• Sistema de numeração decimal;
• Múltiplos e divisores;
• Frações;
• Potenciação;
• Radiciação.
Grandezas e medidas:
∗ Medidas de comprimento:
•Medidas padrão;
•Múltiplos e submúltiplos do metro;
•Perímetro de polígonos.
∗ Medidas de massa:
•Medida padrão;
•Múltiplos e submúltiplos do grama.
∗ Medidas de tempo:
•Milênio, século, ano, mês e dia;
•Horas e minutos.
∗ Medidas de área:
•Medidas convencionais;
•Medidas não convencionais;
•Área das principais figuras planas.
∗ Medidas e volume:
•Múltiplos e submúltiplos do litro;
138
•Metro cúbico;
•Volume do cubo, paralelepípedo.
∗ Sistema monetário:
•Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.
Geometrias:
∗ Geometria plana:
•Ponto;
•Retas;
•O espaço bidimensional;
•Figuras planas.
∗ Geometria espacial:
•O espaço tridimensional.
Tratamento da Informação:
∗ Estatística:
•Pesquisas estatísticas;
•Gráfico de barras;
•Gráfico de linhas;
•Gráfico de setores;
•Medida aritmética.
∗ Matemática financeira:
•Porcentagem.
∗ Noções de análise combinatória:
•Principio fundamental da contagem
6ª SÉRIE:
Números e álgebra:
∗ Conjuntos numéricos:
• Números naturais;
• Números inteiros;
• Números racionais;
139
• Operações fundamentais;
• Múltiplos e divisores;
• Expressões numéricas;
• Sistema de numeração decimal;
• Potenciação;
• Radiciação.
∗ Equações e inequações:
• Equações do 1º Grau;
• Inequações do 1º Grau.
∗ Proporcionalidade:
• Razão e proporção;
• Escalas;
• Regra de três.
Grandezas e medidas:
∗ Medidas de área:
• Medidas convencionais;
• Medidas não-convencionais;
• Área de figuras planas.
∗ Medidas de volume:
• Múltiplos e submúltiplos do litro;
• Metro cúbico;
• Volume do cubo, paralelepípedo.
∗ Medidas de ângulos:
• Ângulo reto;
• Ângulo raso;
• Ângulo agudo;
• Ângulo.
∗ Medidas de velocidade:
• Metro por segundo;
• Quilômetro por hora.
140
∗ Sistema monetário:
• Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.
Geometrias:
∗ Geometria plana:
• Ponto;
• Retas;
• O espaço bidimensional;
• Figuras planas;
• Circunferências e circulo;
• Congruência e semelhança de figuras.
∗ Geometria analítica:
• Sistema cartesiano.
Tratamento de informações:
∗ Estatística:
• Pesquisa estatística;
• Gráfico de barras;
• Gráfico de linhas;
• Gráfico de setores;
• Medida aritmética;
• População e amostra.
∗ Matemática financeira:
• Porcentagem;
• Juro simples.
∗ Noções de análise combinatória:
• Principio fundamental da contagem.
∗ Noções de probabilidade:
• Possibilidade e chances;
• Cálculo de chance.
7ª SÉRIE:
141
Números e álgebra:
∗ Conjuntos numéricos:
• Números naturais;
• Números inteiros;
• Números racionais;
• Números irracionais;
• Números reais;
• Operações fundamentais;
• Múltiplos e divisores;
• Expressões numéricas;
• Sistema de numeração decimal;
• Potenciação;
• Radiciação.
∗ Equações e inequações:
• Equação do 1º grau;
• Sistema de equação do 1º grau;
• Inequação do 1º grau.
∗ Polinômios:
• Monômios e polinômios;
• Produtos notáveis;
• Fatoração algébrica.
∗ Proporcionalidade:
• Razão e proporção;
• Escalas;
• Regra de três.
Grandezas e medidas:
∗ Medidas de comprimento:
• Medidas padrão;
• Múltiplos e submúltiplos do metro;
• Comprimento da circunferência;
142
• Perímetro de figuras planas;
• Perímetros de polígonos.
∗ Medidas de massa:
• Medida padrão;
• Múltiplos e submúltiplos do grama.
∗ Medidas de tempo:
• Milênio, século, ano, mês e dia;
• Horas e minutos;
∗ Medidas de área:
• Medidas convencionais;
• Medidas não-convencionais;
• Área de figuras planas;
• Área do circulo.
∗ Medidas de volume:
• Múltiplos e submúltiplos do litro;
• Metro cúbico;
• Volume do cubo, paralelepípedo e cilindro.
∗ Medidas de ângulo:
• Ângulo reto, raso, agudo e obtuso;
• Ângulos no circulo.
∗ Sistema monetário:
• Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.
Geometrias:
∗ Geometria plana:
• Ponto;
• Retas;
• O espaço bidimensional;
• Figuras planas;
• Circunferência e circulo;
• Congruência e semelhança de figuras.
143
∗ Geometria espacial:
• O espaço tridimensional;
• Sólidos geométricos.
∗ Geometria analítica:
• Sistema cartesiano.
Tratamento de informação:
∗ Estatística:
• Pesquisas de estatística;
• Gráfico de barras;
• Gráfico de linhas;
• Gráfico de setores;
• Medidas aritmética;
• Moda;
• População e amostra.
∗ Matemática financeira:
• Porcentagem;
• Juro simples;
• Juro composto.
∗ Noções de análise combinatória:
• Principio fundamental da contagem.
∗ Noções de probabilidade:
• Possibilidades e chances;
• Cálculo de chance;
• Conceito de probabilidade.
8ª SÉRIE:
Números e álgebra:
∗ Conjuntos numéricos:
• Operações fundamentais;
• Expressões numéricas;
• Sistema numeral decimal;
144
• Números naturais;
• Números decimais;
• Números inteiros;
• Números racionais;
• Números irracionais;
• Números reais;
• Múltiplos e divisores;
• Frações;
• Notação cientifica;
• Potenciação;
• Radiciação.
∗ Equações e inequações:
• Equação do 1º grau;
• Sistema de equação do 1º grau;
• Equação do 2º grau;
• Equações irracionais;
• Equações biquadradas;
• Inequações do 1º grau.
∗ Polinômios:
• Monômios e polinômios;
• Produtos notáveis;
• Fatoração algébrica.
∗ Proporcionalidade:
• Razão e proporção;
• Escalas;
• Regra de três.
Grandezas e medidas:
∗ Medidas de comprimento:
• Medidas padrão;
• Múltiplos e submúltiplos do metro;
145
• Comprimento da circunferência;
• Perímetro de figuras planas;
• Perímetro de polígonos.
∗ Medidas de massa:
• Medida padrão;
• Múltiplos e submúltiplos do grama.
∗ Medidas de tempo:
• Milênio, século, ano, mês e dia;
• Horas e minutos.
∗ Medidas de área:
• Medidas convencionais;
• Medidas não-convencionais;
• Área de figuras planas;
• Área do circulo.
∗ Medidas de volume:
• Múltiplos e submúltiplos do litro;
• Metro cúbico;
• Volume do cubo, paralelepípedo e cilindro.
∗ Medidas de ângulos:
• Ângulo reto;
• Ângulo raso;
• Ângulo agudo;
• Ângulo obtuso;
• Ângulos no circulo.
∗ Medidas de velocidade:
• Metro por segundo;
• Quilômetro por hora.
∗ Medidas de aceleração:
• Metro por segundo ao quadrado.
∗ Medidas de temperatura:
• Escala Celsius;
146
• Escala Faranhelt;
• Escala Kelvin.
∗ Sistema monetário:
• Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.
∗ Trigonometria:
• Relações métricas no triângulo retângulo;
• Trigonometria no triângulo retângulo.
Funções:
∗ Funções afim:
• Noção de função afim.
∗ Função quadrática:
• Noção de função quadrática.
Geometrias:
∗ Geometria plana:
• Ponto;
• Retas;
• O espaço bidimensional;
• Figuras planas;
• Circunferência e circulo;
• Congruência e semelhança de figuras.
∗ Geometria espacial:
• O espaço tridimensional;
• Sólidos geométricos.
∗ Geometria analítica:
• Sistema cartesiano.
∗ Geometrias não-euclidianas:
• Noções de topologia;
• Introdução a Geometria Fractal;
• Introdução a Geometria Projetiva.
147
Tratamento de informação:
∗ Estatística:
• Pesquisa estatística;
• Gráfico de barras;
• Gráfico de linhas;
• Gráfico de setores;
• Pictogramas;
• Media aritmética;
• Moda;
• População e amostra.
∗ Matemática financeira:
• Porcentagem;
• Juro simples;
• Juro composto.
∗ Noções de análise combinatória:
• Princípio fundamental da contagem.
∗ Noções de probabilidade:
• Possibilidades e chances;
• Cálculo de chance;
• Conceito de probabilidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na abordagem dos conteúdos matemáticos oportunizar os conhecimentos
previamente adquiridos, permitindo o exercício da crítica e a análise da realidade
valorizando a história dos estudantes através do reconhecimento, do respeito às
suas raízes sócio-culturais, transformando problemas reais em problemas
matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.
Nesse sentido, serão abordados os desafios educacionais contemporâneos:
Educação Fiscal; História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Prevenção ao uso
148
indevido de Drogas; Sexualidade Humana e enfrentamento à violência, relacionados
ao conteúdo de matemática, de forma contextualizada.
A nossa prática de ensino dar-se-á através de: aulas expositivas; atividades
escritas; textos; trabalhos de pesquisa; jogos didáticos; Cd roms; dvds e fitas de
vídeo.
As inter-relações e articulações entre os conceitos de cada conteúdo
estruturante / específico produz aprendizagem em um ensino significativo.
Algumas tendências metodológicas para o ensino da matemática são: a
resolução de problemas, a modelagem matemática, o uso de midias tecnológicas, a
etnomatemática e a história da matemática, as quais serão elencadas a seguir:
•Resolução de Problemas : aplicar conhecimentos previamente adquiridos em
novas situações, tendo condições de buscar várias alternativas que almejam
a solução, visando o levantamento de hipóteses e posteriores testes,
possibilitando desta forma, aos estudantes, a compreensão dos argumentos
matemáticos e ajudando a vê-los como um conhecimento presente no
processo de ensino e de aprendizagem.
•Etnomatemática: visa reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem conhecimento científico, levando-se em consideração que não
existe um único saber, mas vários saberes distintos, cada qual com sua
importância valorizando a história dos indivíduos e suas relações de produção
e trabalho, bem como, suas manifestações culturais.
•Modelagem Matemática : consiste na arte de transformar problemas reais
com os problemas matemáticos e resolvê-los; um ambiente de aprendizagem
onde os alunos são instigados a indagar e/ou investigar, contribuindo assim
para a elaboração de análises críticas e para compreensão de mundo.
•Mídias Tecnológicas: são recursos tecnológicos, o software, a televisão, as
calculadoras, os aplicativos da internet, os quais auxiliam na visualização,
generalização e representação do fazer matemático de uma maneira possível
de manipulação, enfatizando a experimentação, a construção, a interação, o
trabalho coletivo, a dinâmica e o confronto entre teoria e prática, inserindo
assim formas diferenciadas de ensinar e aprender, valorizando o processo de
produção de conhecimentos.
149
•História da Matemática: trata-se de estudar as descobertas da Matemática
vinculada aos fatos sociais, políticos, históricos, filosóficos que influenciavam
o pensamento e o avanço científico de cada época, levando o indivíduo a
entender como o conhecimento matemático é construído historicamente,
reconhecendo a matemática como um campo do conhecimento em
construção e pensar em um ensinar que possibilite a construção em conjunto
– professores e alunos – da ciência matemática.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
Na disciplina de matemática o professor deve reconhecer que o conhecimento
matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente.
Sendo assim, a avaliação tem um papel de interagir no processo ensino-
aprendizagem. Dessa forma, a mesma deve ser diagnóstica, contínua, permanente
e cumulativa com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos. O processo avaliativo será encaminhado através da
observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades; atividades escritas,
orais e de demonstração, com materiais manipuláveis, computador e calculadora.
Também serão utilizados testes de aproveitamento, trabalhos de criação
individual e/ ou em grupo, pesquisas, auto-avaliação, tarefas específicas,
observações espontâneas e/ ou dirigidas. Através dos diversos instrumentos
avaliativos serão observados trais critérios: apreensão de conceitos matemáticos;
capacidade de resolução de situações problema, capacidade de relacionar conceitos
matemáticos com a realidade prática; e ainda o interesse, a iniciativa, a persistência,
150
a ocupação constante com a matéria, a capacidade de abstrair fatos, a formulação
de idéias, o desenvolvimento do espírito colaborativo e a assimilação de conteúdos.
A recuperação paralela de conteúdo será realizada para atender os alunos
com dificuldades de aprendizagem. Poderá ser de várias formas, como: a retomada
do conteúdo, atividades em sala de aula ou extra-classe, grupo de estudo.
Será considerado nos registros escritos e manifestações dos alunos, os erros
de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. Levar o
aluno a refletir sobre os caminhos que ele percorreu para resolver uma atividade de
maneira equivocada e ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de
conceitos, e se há lógica no processo escolhido pelo aluno, ou se ele fez uma
tentativa mecânica de resolução.
O que se almeja é uma prática avaliativa que abra espaço à interpretação e à
discussão dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do
aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARAÇA, Bento de J. Conceitos fundamentais da matemática. Gradativa – 2005.
DÁMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a
modernidade. Belo Horizonte – Autêntica – 2005.
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político Pedagógico. Realeza: 2007.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:
Autores Associados, 1997.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Matemática. Curitiba: SEED-
PR, 2006.
151
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA - INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Pensar em uma nova sociedade é pensar necessariamente em uma nova
educação, pois todo o homem é construtor da sociedade em que vive.
Para cumprir nossa missão profissional, utilizamos todos os meios legítimos e
éticos para vencer este desafio. Ao figurarem inseridas numa grande área –
Linguagem, Códigos e suas tecnologias, - as Línguas Estrangeiras Modernas
assumem a sua função intrínseca que, durante muito tempo esteve camuflada: a de
serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de
sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como meios para se
ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de
sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação
mais abrangente, e ao mesmo tempo mais sólida.
No Brasil, a LEM – Língua Estrangeira Moderna, passou a fundamentar
grande parte dos materiais e livros didáticos disponíveis para uso em escolas de
ensino regular, desde a década de 80 até os dias atuais. (PERGRA, 2004;
CORACINI, 1999)
No Paraná, a abordagem comunicativa foi apropriada como referencial teórico
na elaboração da proposta de ensino de LE do Currículo Básico-1992. (GIMENEZ,
1999). Embora esse documento apresente uma concepção de língua discursiva e
sugira um trabalho em sala de aula com diferentes tipos de textos a partir da visão
bakthiniana, observa-se em sua proposta que a progressão de conteúdos de 5ª a 8ª
séries está voltada para o ensino comunicativo, centrado apenas em funções de
linguagem ligadas ao cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de
uso da língua.
Diante da realidade atual há a importância do ensino de Língua Inglesa nas
sociedades modernas, seja pelo uso predominante do idioma na comunicação
internacional em tempos de globalização, pelo acesso direto que possibilita à ciência
e à tecnologia, ou pelo aprimoramento das atividades profissionais proporcionado
por seu uso em diversas áreas.
152
A aquisição de línguas estrangeiras permite ao aluno conhecer diferentes
culturas, hábitos, costumes e valores que ampliarão sua visão de mundo, bem como
contribui com o desenvolvimento pessoal e profissional, pois um segundo idioma
representa hoje, uma qualificação básica fundamental. Favorece, também, o
desenvolvimento cognitivo, lingüístico e afetivo do indivíduo.
Propõe-se neste contexto, fazer da aula de língua estrangeira um espaço
para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,
oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de
construção de significados em relação ao mundo de vive. Isso quer dizer que o
aluno poderá compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social.
Para tanto, faz-se necessário mapear o objeto de estudo da disciplina de
LEM, a língua. A partir do quadro teórico conceitual de referência, apresentando os
vários aspectos intrincados no processo discursivo, a saber; língua e cultura,
ideologia e sujeito, discurso e identidade, com vistas a justificar
epistemologicamente os objetivos de ensino de um LEM e resgatar a função social e
educacional desta disciplina na educação básica.
OBJETIVOS
O ensino de Língua Inglesa e sua respectiva prática pedagógica são vistos
como processo de uma construção histórica e cultural em constante transformação,
ou seja, deixa de ser heterogênea, ideológica e opaca.
O ensino da língua inglesa torna-se repleto de sentidos, determinando às
possibilidades de percepção do mundo estabelecendo entendimentos possíveis com
a nossa própria cultura.
A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido
ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras e somente
reagimos àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernentes
à vida (BAKHTIN, 1988, pg. 95).
Dentro desta perspectiva, compreende-se que ensinar e aprender língua é
também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos
formados subjetivamente, independente do grau de conhecimento da língua.
153
(...) o ensino de língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão
de mundo mais ampla, para que avalie os paradigmas já existentes e
crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando
as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estrangeira e a
inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas
na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de
construção das identidades transformadoras (DCE, 2006, pg. 32).
Tal perspectiva remonta a pensar que se deve proporcionar ao educando uma
conscientização sobre o que seja o domínio desse conhecimento lingüístico para a
interação humana e, principalmente, como um compromisso com a educação.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como prática social.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna
(2006, pg. 36-37), os saberes,
(...) são concebidos como conteúdos estruturantes que se desdobram
em conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Os conteúdos
estruturantes se constituem através da história, são legitimados
socialmente e, por isso, são provisórios e processuais.
Sob tal pressuposto, optou-se por não relacionar conteúdos por série e
desdobrando-as em especificidades a fim. Considera-se todos os tipos de
diversidades textuais existentes e o tratamento da língua estrangeira na prática
pedagógica.
Assim, no Ensino Fundamental, procurou-se relacionar os conteúdos
estruturantes da seguinte forma:
Conhecimentos lingüísticos: vocabulário, fonética e regras gramaticais.
Discursivos: diferentes gêneros discursivos (variadas práticas sociais).
Culturais: tudo o que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade.
154
Sócio-pragmáticos: valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o
discurso em um contexto sócio-histórico particular.
A abordagem do discurso será realizada através de atividades significativas
em língua estrangeira nas práticas de leitura, escrita e oralidade que interagem entre
si e constituem uma prática sócio-cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFCOS POR SÉRIE
5ª Série
Leitura
• Identificação do tema, do argumento principal
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
• Linguagem não verbal.
Oralidade
• Variedades lingüísticas.
• Intencionalidade do texto.
• Exemplos de pronuncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes paises.
Escrita
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas lingüísticas.
• Clareza de ideais.
Análise Lingüística
• Coesão e coerência.
• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,
substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras
categorias como elementos do texto.
155
• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
• Vocabulário.
Gênero Discursivo
• História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial
de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos,
e-mail, cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.
6ª Série
Leitura
• Identificação do tema, do argumento principal.
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
• Linguagem não verbal.
Oralidade
• Variedades lingüísticas.
• Intencionalidade do texto.
• Exemplos de pronuncias e de uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
Escrita
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas lingüísticas.
• Clareza de idéias.
• Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
Análise Lingüística
• Coesão e coerência.
• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,
advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e
incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como
elementos do texto.
156
• Vocabulário.
• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Gênero Discursivo
• Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,
diário, cartoon, narrativa, música, etc.
7ª Série
Leitura
• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
• Linguagem não verbal.
Oralidade
• Variedades lingüísticas.
• Intencionalidade do texto.
• Exemplos de pronuncias e de uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
Escrita
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas lingüísticas.
• Clareza de idéias.
• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise Lingüística
• Coesão e coerência.
• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,
advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,
substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,
conjunções, e outras categorias como elementos do texto.
• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
157
• Vocabulário.
Gênero Discursivo
• Reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário,
outdoor, blog, etc.
8ª Série
Leitura
• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
• Linguagem não verbal.
• Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
• Variedades lingüísticas.
• Intencionalidade do texto.
• Exemplos de pronuncias e de uso de vocábulos da língua estudada em
países diversos.
• Finalidade do texto oral.
• Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos.
Escrita
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas lingüísticas.
• Paragrafação.
• Clareza de idéias.
• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise Lingüística
• Coesão e coerência.
158
• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,
advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,
substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,
conjunções, e outras categorias como elementos do texto.
• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
• Vocabulário.
• Acentuação.
Gênero Discursivo
• Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,
charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, etc.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia de L.E.M.-Inglês procura envolver os alunos com atividades
críticas e problematizadoras, que se concretizam por meio da língua como prática
social.
Utilizaremos o texto como ponto de partida para as aquisições verbais e
gramaticais, pois se apresenta como um espaço para a discussão de temáticas
fundamentais para o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e
agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às Culturas Afro-
descendentes, Étnica, Sexualidade Humana, Educação Ambiental e Prevenção do
Uso Indevido de Drogas. Possibilita-se, deste modo, a capacidade de analisar e
refletir sobre os fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as
quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. O
texto, nesta proposta, apresenta-se como um princípio gerador de unidades
temáticas e de desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas.
Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a desafios
sociais emergentes (sexualidade, drogas, ética, meio ambiente, racismo), tarefa que
se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira, disciplina que
favorece a utilização de textos abordando assuntos relevantes presentes na mídia
nacional e internacional ou no mundo editorial. No entanto, torna-se fundamental
superar a visão de que apenas a presença, em aula, de textos com assuntos
159
pertinentes a questões como saúde, meio ambiente, vida familiar e social, por
exemplo, seja suficiente para o desenvolvimento dessa consciência cidadã.
No Ensino Fundamental, os objetivos com foco no desenvolvimento da
consciência lingüística e cultural exigirão o uso inicial da língua materna para sua
realização, sendo a Língua Estrangeira Moderna (LEM) apresentada gradativamente
ao aluno.
Desta forma, a nossa prática de ensino da língua inglesa dar-se-á através de:
Aulas expositivas; Músicas; Dinâmicas; Atividades orais; Atividades escritas; Textos
e traduções; Gravuras; Pinturas; Conversação; Dramatização; Trabalhos e pesquisa;
Jogos didáticos; Internet, CD Room, DVD, Fitas de áudio e vídeos.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de L.E.M. precisa superar a concepção de mero
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura
como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades
e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino e
aprendizagem.
Nessa perspectiva, a avaliação se dará em um processo contínuo de
aquisição de uma nova língua, com produções de textos, estudos dirigidos,
resolução de atividades, tanto escritas como orais considerando a participação dos
alunos nos trabalhos extraclasse.
Em cada trimestre far-se-á atividades complementares que podem ser usadas
na avaliação participativa. Os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-
programáticos ou culturais e as práticas de leitura, escrita ou oralidade serão
trabalhados em testes, simulados e provas bimestrais orais e escritas, individuais e
em grupos pra garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua
estrangeira.
160
O envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado nas práticas
discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo
de aprendizagem. Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,
considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da
interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas; entre os alunos e o
professor; entre os alunos na turma: na interação dos alunos com o material
didático; nas conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada; e no
próprio uso da língua, que funciona como um recurso cognitivo ao promover o
desenvolvimento dos pensamentos e de idéias (VYGOTSKY, 1989).
Partindo do pressuposto da importância do conhecimento de um novo idioma
na construção de significados nas práticas discursivas na sala de aula, pela
interação verbal, na interação com o material didático, nas conversas em língua
materna e língua estrangeira, o erro deve ser visto como um aliado para que a
aprendizagem se efetive. Uma vez que é também construtor do conhecimento,
resultado do processo de aquisição de uma nova língua.
A partir das concepções e encaminhamentos metodológicos, os objetivos
específicos e conteúdos definidos, de modo que sejam respeitadas as diferenças
individuais, a Recuperação Paralela será diagnóstica e formativa na construção dos
significados, será simultânea aos conteúdos através de testes, revisão de conteúdos
e/ou trabalhos a serem definidos a critério do professor.
161
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo. Hucitec. 1988.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais
– Língua Estrangeira. Brasília, MEC, 1998.
CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua
estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.
EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna – Inglês.
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico da Escola.
GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras
modernas: o caso do Paraná. Signum, v.2, 1999.
PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. IN
SARMENTO S.; MULLER, J. (orgs.). O ensino do inglês como língua estrangeira:
estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2 ed. Martins Fontes: São
Paulo,1989.
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL
Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85
Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000
CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195
e-mail: [email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO MÉDIO
REALEZA-PR
AGOSTO/2008
163
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Disciplina integrada à área de linguagens, códigos e suas tecnologias, o
ensino de Arte assume a condição de ser parte indissolúvel do conjunto de
conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias
culturas e, estilos marcantes que fazem parte de nossa história cultural.
A história dessa disciplina remonta ao período colonial, nas vilas e reduções
jesuíticas, inclusive onde hoje se situa o Estado do Paraná, onde ocorreu à primeira
forma registrada de arte na educação.
Esse trabalho prestado pela Companhia de Jesus perdurou aproximadamente
250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante porque influenciou na constituição da
matriz curricular brasileira.
Após esse período, os espaços que eram ocupados pelos colégios jesuítas
foram substituídos por colégios-seminários de outras congregações religiosas, onde
padres-mestres eram responsáveis pelo ensino escolar, que continuava organizado
sob uma tradição pedagógica e cultural jesuítica.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, grupos de
artistas franceses acompanharam a corte portuguesa e foram encarregados da
fundação da Academia de Belas-Artes, onde os alunos poderiam aprender as artes
e ofícios artísticos.
Neste contexto, realizou-se a primeira reforma educacional do Brasil
República, em 1890, que procurou atender ao modo de produção capitalista,
caracterizado pelo início da industrialização no país, secundarizava e deslocava do
currículo o ensino de Arte, que tendia a ser centrado nas técnicas e artes manuais
ou em atividades sem vínculo com as propostas curriculares das escolas.
O ápice para a arte brasileira aconteceu com os movimentos nacionalistas em
torno da Semana da Arte Moderna de 1922, que influenciou artistas brasileiros,
como, por exemplo, os modernistas Anita Malfatti e Mário de Andrade, que
valorizavam a expressão singular e rompiam com os modos de representação
realistas.
164
Em contraposição às formas anteriores de ensino que impunham modelos
que não correspondiam à cultura dos alunos, procurando valorizar a cultura
nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava métodos de ensino
em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada.
Percebe-se no decorrer deste percurso histórico, que as diversas teorias,
sobre a arte, tiveram a inserção de algumas referências sobre sua função, o que
resulta também em diferentes posições, cita-se: como a arte pode servir à ética, à
política, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em mercadoria ou
meramente proporcionar prazer.
A partir disso, nota-se que a Arte não é uma produção fragmentada ou fruto
de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem é mera contemplação; é
sim, uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais,
culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que
influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir em arte.
OBJETIVO GERAL
Arte, na escola, é a oportunidade do aluno explorar, construir e aumentar seu
conhecimento, desenvolver suas habilidades, articular e realizar trabalhos estéticos
e explorar seus sentimentos.
O ensino de arte propicia meios de conhecer, apresentar, interpretar,
simbolizar e metaforizar em um contexto de apreciação estética e de valorização
cultural.
É essencial possibilitar a todos os alunos a construção de conhecimentos que
interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer arte.
É observar as relações existentes entre o homem e a realidade, com
interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a indagação, a argumentação e
apreciação da arte de modo simplificado.
O objetivo principal da Arte no Ensino Médio é instrumentalizar o aluno com
um conjunto de saberes em arte que o permitam utilizar o conhecimento estético na
compreensão das diversas manifestações culturais, tais como:
165
o Possibilitar a familiarização do aluno com o universo artístico de forma que
esse possa explorar materiais e técnicas vinculadas a uma produção
cultural.
o Despertar o senso crítico do aluno, favorecendo o exercício da cidadania
fazendo-o compreender, analisar e colaborar para a transformação da
sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, devem ser
organizados de forma a preservar o direito do aluno de ter acesso ao conhecimento
sistematizado em arte.
Assim, para que o processo pedagógico se efetive, será trabalhado com
linguagens de: Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança; e fará relação com os
saberes das outras áreas afins, onde proporcionará ao aluno uma perspectiva de
abrangência do conhecimento de arte produzido historicamente pela humanidade.
Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, são os
seguintes:
o Elementos formais;
o Composição;
o Movimentos e períodos; e,
o Tempo e espaço.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,
organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte constituirão a
composição, que se materializa como obra de arte nos movimentos e períodos.
166
ÁREAS
1ª SÉRIEELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
167
ARTES
VISUAIS
o Ponto
o Linha
o Superfície
o Textura
o Volume
o Luz
o Cor
o Figurativa
o Abstrata
o Figura/fundo
o Bidimensional/
Tridimensional
o Semelhanças
o Contrastes
o Ritmo visual
o Gêneros
o Técnicas
o Leitura de obras
o Releitura
o Pinturas de telas
o Grafite
o Tatuagem: perigo ou
arte?
MÚSICA
o Vocal
o Instrumental
o Folclóricas
o Populares
o Paranaenses
o Análise
formações
instrumentais
o Atuais
o Diferentes Culturas
o Analise da realidade
Produção de letras com
diferentes ritmos
TEATRO
o Personagem
(expressões
corporais,
vocais, gestuais,
verbais, faciais)
o Representação
o Sonoplastia/iluminação/
cenografia/figurino/adereços/
caracterização/maquiagem
Expressão da realidade
DANÇA
o Movimento
corporal
o Tempo
o Espaço
o Eixo
o Ponto de apoio
o Salto e queda
o Rotação
o Arte Pré-histórica
o Arte no Egito antigo
o Arte Greco-Romana
o Arte pré Colombiana
o Arte Oriental
o Art Africana
o Arte Medieval
o Renascimento
o Barroco
o Neoclassicismo
o Romantismo
o Realismo
o Impressionismo
o Expressionismo
o Fauvismo
o Dança moderna
o Dança contemporânea
168
169
ÁREAS
2ª SÉRIEELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS
170
ARTES
VISUAIS
o Ponto
o Linha
o Superfície
o Textura
o Volume
o Luz
o Cor
o Figurativa
o Abstrata
o Figura/fundo
o Bidimensional/Tridimension
al
o Semelhanças
o Contrastes
o Releitura de obras
o Colagem
o História em quadrinhos
o Seres mitológicos
o Tela, papel, madeira...
MÚSICA
o Altura
o Duração
o Timbre
o Intensidade
o Densidade
o Ritmo
o Harmonia
o Melodia
o Intervalo melódico
o Intervalo harmônico
o Tonal
o Modal
o Gêneros
o Técnicas
o Improvisação
o Composição de letras e
paródias
TEATRO
o Personage
m
(expressões
corporais,
vocais,
gestuais,
verbais,
faciais)
o Ação
o Espaço
o Representação
o Sonoplastia/iluminação/
cenografia/figurino/adereços/
caracterização/maquiagem
o Jogos teatrais
o Roteiro
o Técnicas
o Peças (História
Paranaense)
o Fauvismo
o Cubismo
o Abstracionismo
o Dadaísmo
o Surrealismo
o Op. Arte
o Pop Arte
o Teatro pobre
o Teatro do Oprimido
o Música Serial
o Música Eletrônica
o Rap, Funk, techno
o Música minimalista
o Arte engajada
o Hip-hop
o Arte Brasileira
o Arte Paranaense
o Vanguardas Artísticas
o Indústria Cultural
171
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Partindo da idéia em que o professor deve considerar para quem, como,
porque e o que será trabalhado em termos metodológicos. O trabalho em sala de
aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir arte,
desenvolver um trabalho artístico é sentir e perceber as obras artísticas.
O enfoque no Ensino Médio e as relações de arte com a sociedade, com
ênfase na arte e ideologia, arte e seu conhecimento, arte e trabalho criador têm
como referencia o fato de serem as três principais concepções no campo das teorias
críticas da arte.
É importante lembrar como o ser humano transformou o mundo e a si próprio
pelo trabalho, de modo a construir a arte, a linguagem e a cultura.
A arte está presente desde os primórdios da humanidade. Depois de imitar os
objetos que via na natureza, o homem passou a criá-los e humanizá-los.
Pretende-se então, que o aluno aproprie-se do conhecimento de arte, que
transforme o real e produza novas maneiras de ver o mundo sob tal perspectiva, três
interpretações da arte são consideradas:
o Arte e ideologia: conjunto de idéias, crenças e doutrinas como elemento
de imposição de uma classe social sobre a outra.
o Arte e seu conhecimento: arte expressão da realidade.
o Arte e trabalho criador: são os processos de criação que nos envolvem,
nos faz sensíveis, ser pensante e atuante (OSTRWER, 1987, p. 69).
O trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer uma dessas relações,
ou pelas três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas
espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
O professor poderá realizar aulas expositivas, para fundamentar a aula
prática e esta por sua vez, poderá partir de uma observação, de um filme, de um
texto, de um objeto exposto, entre outros para desencadear o trabalho a ser
realizado.
172
Dessa maneira, o professor pode criar e ampliar condições de aprendizagem
pela análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que elas são produtos da
cultura de um determinado contexto histórico. Em suas aulas, o professor poderá
abordar elementos artísticos que identificam determinadas sociedades e a forma
como deu-se a estilização de seus valores, pensamentos e ações. Esta
materialização do pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se como
referencial simbólico a ser interpretado pelos alunos, por meio do conhecimento dos
recursos presentes nas linguagens artísticas.
No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso a obras de música,
teatro, dança e artes visuais para que se familiarizem com diversas formas de
produção artística. Trata-se de envolver objetos da natureza e da cultura em uma
dimensão estética.
O trabalho do professor é possibilitar o acesso e mediar o sentir e o perceber,
para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e apreender,
pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social.
Também deverá, ao longo de cada atividade desenvolver atitudes de
valorização da Sexualidade Humana, da História e Cultura Afro-brasileira e Africana
e principalmente trabalhar as diferentes formas de Enfrentamento à Violência, a
Prevenção do Uso indevido de Drogas; considerados os Desafios Educacionais
Contemporâneos que são de extrema importância para a formação do aluno como
ser humano e parte integrante de uma sociedade que está em constante evolução.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de
Ensino, a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os
aspectos qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o
desenvolvimento global, considerando as características individuais do educando.
173
Diagnóstica por ser a referência do professor (a) para planejar as aulas e
avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. Inclui ainda, a avaliação do professor, da classe, sobre o
desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.
Lembrando que para as DCE (SEED, 2006),
De acordo com a LDB (nº 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é
“contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I,
art. 8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural
do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o
desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas
para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre
os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria
produção. Assim, leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a
compreensão mais efetiva da realidade.
O método de avaliação proposto inclui observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. O professor (a) deverá avaliar como o aluno soluciona
os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões
em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus
registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,
com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos
colegas.
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre
os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor (a)
propor abordagens diferenciadas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o
174
acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por
meio de trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas.
Cada trabalho será avaliado de acordo com sua principal característica, seja
ela proporção, linhas, formas, textura, leitura de obras entre outras. Essa avaliação
acontecerá através da observação dos trabalhos, relatos e registro de conceitos,
avaliação escrita, acompanhamento dos trabalhos práticos, organização do espaço,
estética e harmonia na composição.
As notas serão somatórias de acordo com as normas estabelecidas pela
escola e a recuperação, se necessária, será imediata após cada trabalho realizado
promovendo a reelaboração do mesmo.
175
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da língua portuguesa. Rio de
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HADDAD, D. A. E MOBIM, D. G. A arte de fazer arte. 1ª ed. São Paulo, SP:
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PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº. 007/99, de 09 de abril
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recuperação de estudos e promoção de alunos, do sistema estadual de ensino,
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1992.
176
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_____. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
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PROEÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1991.
VASCONCELLOS, T. e NOGUEIRA, L. Educação artística: Reviver nossa arte –
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VENTRELLA, R. e ARRUDA, J. Link da arte. 1ª ed. São Paulo, SP: Moderna, 2002.
177
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A influência cada vez maior da Biologia na nossa vida exige que estejamos
bem informados para acompanhar as descobertas científicas, avaliar os seus
aspectos sociais e participar de forma crítica de decisões que dizem respeito a toda
a coletividade. Nos últimos anos, houve um avanço no conhecimento sobre o mundo
invisível das células e das moléculas, tornando a Biologia muito mais fascinante, o
que refletiu na melhor compreensão da diversidade da vida e das relações
evolutivas entre os organismos.
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo, o fenômeno VIDA. Ao
longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os
modelos teóricos elaborados pelo homem que representam o esforço para entender,
explicar, utilizar e manipular os recursos.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,
buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões
religiosas econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no
modo como o homem passou a compreender a natureza.
A incursão pela história e Filosofia da Ciência permite identificar a
concepção da Ciência presente em cada momento histórico e as relações
estabelecidas com o próprio momento em que se destaca, as interferências que
sofre e provoca nesses momentos e que influencia o processo de construção de
conceitos sobre o fenômeno VIDA.
E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado.
Assim a uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usada como
resposta às questões postas. O conhecimento é produzido pelo desenvolvimento do
homem e determinado pelas necessidades materiais deste em cada momento
histórico.
178
Sendo histórica, a Ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas
nos contextos sociaI, político, econômico e cultural dos diferentes momentos
históricos.
Em outros termos, se a incorporação da Ciência aos meios de produção
promoveram intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que
a Ciência somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do
cientista mas que cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da Ciência
em resposta às necessidades da sociedade.
A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e
atuantes, por meio de conteúdos, desde que os mesmos proporcionem o
entendimento do objeto de estudo – o fenômeno Vida – em toda sua complexidade
de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos
mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos
biológicos de variabilidade gênica, hereditariedade e relações ecológicas e das
implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.
Como conseqüência de retomada do objeto de estudo da disciplina de
Biologia, principalmente levando-se em consideração que ensinar Biologia incorpora
a idéia de ensino sobre a Ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia
de ensino sofre influencia de reflexões sobre a filosofia da Ciência e o contexto
histórico, político, social e cultural de desenvolvimento.
No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica
para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as
conseqüências para a vida humana, para a saúde do homem e para os impactos
ambientais.
Associando-se à Biologia enquanto produto histórico tem-se o
desenvolvimento da Biotecnologia e a compreensão de conceitos científicos, os
quais geram conflitos filosóficos, científicos e sociais, pois põe em discussão a
manipulação do material genético, alterando a concepção do fenômeno vida.
O método da prática social decorre das relações dialéticas entre o conteúdo
de ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a
intervenção nesta realidade. Confrontam-se os saberes do aluno com o saber
elaborado, na perspectiva da apropriação da concepção de Ciência da realidade
social. Fundamenta-se no materialismo histórico com a concepção de Ciência
enquanto atividade humana e que estuda os modos de produção.
179
As Diretrizes Curriculares redimensionam a importância dada ao processo de
construção histórica dos conhecimentos biológicos de forma que os mesmos
possibilitem acesso à cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo
a formação do sujeito crítico e reflexivo.
OBJETIVO
O ensino e aprendizagem de Biologia contribuirão para a formação de
sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, proporcionando o
entendimento do objeto de estudo em toda sua complexidade de relações, ou seja,
na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do
estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas e das implicações dos avanços
biológicos no fenômeno VIDA. Analisará os conhecimentos biológicos, como
construção histórica de forma que os mesmos possibilitam acesso a cultura científica
e socialmente valorizada, é sempre um processo inacabado. Assim a uma idéia
atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usada como resposta às
questões postas. Portanto, ao ensinar Biologia incorpora-se a idéia de ensinar sobre
a Ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia de ensino sofre
influencia de reflexão sobre a Filosofia da Ciência e o contexto histórico, político,
social e cultural de desenvolvimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Organização dos seres vivos
• Ácidos nucléicos (DNA)
• Célula
• Metabolismo
○ Mecanismos biológicos
180
• Divisão celular
• Reprodução
• Histologia
○ Biodiversidade
• O homem e o meio ambiente
• Cadeia alimentar
• Os cinco grandes reinos
○ Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA
• Células tronco
• Clonagem
• Transplantes
• Alimentos transgênicos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
○ Biologia: visão geral e origem da vida
○ Biogênese x abiogênese
○ Hipóteses sobre a origem da vida
○ Das origens até os dias de hoje
○ Os primeiros seres vivos
○ Os reinos de seres vivos
○ A composição química das células (Orgânicas e inorgânicas)
○ Introdução à citologia e superfície das células
○ Citoplasma
○ Metabolismo energético das células
○ O núcleo e a síntese protéica
○ O código genético
○ Divisões celulares
○ Questões éticas e religiosas envolvendo o uso de células tronco
○ Histologia animal: tecido epitelial muscular, conjuntivo e nervoso. Filtros
solares
○ Genoma humano
181
○ Anabolizantes
○ Os seres vivos e o ambiente
○ Produtores, consumidores e decompositores
○ Impactos de plantas transgênicas no sistema de produção de alimentos
○ Evolução na ciência: transplantes de órgãos no corpo humano
2ª SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Organização dos seres vivos
• Invertebrados e vertebrados
• Vegetais
○ Mecanismos biológicos
• Anatomia e fisiologia
• Reprodução
• Embriogênese
○ Biodiversidade
• Mecanismos de reprodução e classificação dos seres vivos
○ Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA
• Clonagem e alimentos transgênicos
• Saúde humana;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
○ Reprodução: sexuada, assexuada, gametogênese e ovulogênese
○ Embriogênese: fases do desenvolvimento embrionário
○ Anexos embrionários
○ Taxonomia
○ Vírus
○ Reino Monera
○ Prevenção, saúde e tratamento de verminoses, malária, filariose e Doença
de Chagas
○ Educação sexual e hábitos de higiene
182
○ Reino Protista
○ Reino Fungi
○ Reino Animal: Porífera, Cnidária, Plathelmintes, Nematelmintes, Mollusca,
Annelida, Artópodes, Echinodermas e Chordata
○ Reino Plantae
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Organizações dos seres vivos
• Anatomia e filosofia
• Ciclos biogeoquímicos
• Evolução
○ Mecanismos biológicos:
• Reprodução
• Genética
○ Biodiversidade
• Ecologia
• O homem e o meio ambiente
○ Implicações dos avanços biológicos no fenômeno Vida
• Biotecnologia
• Transgênicos
• Transplantes
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
○ Genética
○ Visão histórica da genética
○ A primeira Lei de Mendel
○ Conceitos fundamentais
○ Genealogias e heredogramas
○ A segunda Lei de Mendel
○ A herança dos grupos sanguíneos do sistema ABO e Rh
○ Transfusão de sangue
183
○ Anatomia e fisiologia humana
○ Sustentação e locomoção: sistema esquelético e muscular
○ Sistema digestório, respiratório e circulatório
○ Mecanismos de defesa
○ Excreção
○ Sistema reprodutor masculino e feminino
○ Fecundação
○ Métodos anticoncepcionais
○ Identificação de pessoas através do DNA
○ Engenharia genética: terapias e vacinas gênicas
○ Recuperação de espécies em extinção
○ Doenças sexualmente transmissíveis
○ Sistema nervoso e endócrino
• Evolução – teorias e evidências
• Lamarck x Darwin
• Seleção Natural
• A teoria sintética da evolução
○ Ecologia
• Os componentes estruturais de um ecossistema
• Fluxo de energia e ciclos da matéria
○ Impactos de plantas transgênicas no sistema de produção de alimentos
○ Evolução na ciência: transplante de órgãos no corpo humano
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos de Biologia poderão ser de forma integrada e desenvolvidos
através da prática social do ensino no momento histórico como ponto de partida
sendo analisada pelo aluno conforme sua concepção, estabelecendo conhecimentos
necessários para a resolução de questões, possibilitando aos alunos instrumentos
culturais passando ao entendimento elaboração de novas estruturas de
conhecimento, ao final retorna à prática social com o saber concreto e elaborado.
184
Outras possibilidades metodológicas a serem utilizadas como a observação,
problematização, descrição e ampliação para a discussão como a aula dialogada,
leitura, escrita, jogos para gerar desafios, pesquisas, atividades práticas, aulas
demonstrativas e aulas experimentadas que possibilitem a participação dos alunos,
favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações,
interpretações, produção/ criação de novos significados. Outra atividade é o estudo
do meio como parques, terrenos, zoológicos, rios, hortas, fábricas, lixões, etc.
Para o desenvolvimento das atividades se fará o uso de diferentes recursos
como vídeo, transparências, fotos, atividades experimentais e outras.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, quais sejam, Educação Fiscal,
Sexualidade Humana, História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento as Diferentes Formas de Violência, serão
abordados através de textos complementares, em atividades individuas e de grupo
que possibilitem a análise, o debate e a contextualização com o cotidiano.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
A avaliação na disciplina de Biologia é um instrumento cuja finalidade é
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para
nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada
de decisões onde o aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem
e organiza-se para as mudanças necessárias.
Portanto, a avaliação é um instrumento reflexivo e prevê um conjunto de
ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo,
185
onde os instrumentos avaliativos utilizados serão diversificados com a avaliação
escrita na forma de: questões discursivas, de múltipla escolha, de somatória, de
interpretação e produção de textos, relatórios e documentos, aulas práticas, vídeos
VHS e DVD’s, atividades extra-classe e em sala de aula, individuais e em grupo.
Tais instrumentos permitem ao professor verificar se o aluno diferencia as
várias teorias de origem da vida, identifica os tipos e componentes celulares,
percebe a organização dos seres vivos e do meio, consegue constatar as
implicações dos avanços biológicos e tecnológicos no cotidiano e sendo capaz de
fazer uso deles para a melhoria da qualidade da vida.
A avaliação será contínua, num processo que envolva reflexão do professor
ao longo do período, envolvendo mudanças que se fizerem necessárias, aplicando a
recuperação paralela que será desenvolvida à medida que forem constatadas
dificuldades na aprendizagem, durante todo o ano letivo na forma de: atividades
complementares, trabalhos de pesquisa, exercícios de revisão dos conteúdos, extra-
classe e em sala de aula, monitoradas e preparadas pelo professor, com nova
abordagem dos conteúdos e posterior avaliação escrita.
186
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
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KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da
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Curitiba: SEED-PR, 2006.
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Autores Associados, 1997.
187
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde a existência do homem já se praticava a Educação Física, não a
convencional, mas no seu dia-a-dia, na caça, na pesca, na luta contra o meio-
ambiente e nas homenagens aos Deuses através das danças e ritmos.
A Educação Física em seu contexto histórico vem desde o início servir como
meio de melhorar a condição física do homem, para desempenhar os trabalhos com
maior produtividade.
No início a prática escolar de dava através de ginásticas adotadas por
militares com objetivo de doutrinação enaltecendo o patriotismo, seguindo logo após
os princípios higienista de um corpo forte e saudável delineado para defesa e
proteção da família e da Pátria.
Já na década de 30 o esporte começa a ser definido e popularizado com o
objetivo de valorizar a pátria, através dos esportes, bem como a obrigatoriedade da
prática, até os 21 anos objetivando formar mão de obra para o mercado de trabalho.
A educação física teve uma mudança na década de 70 quando passou a
utilizar métodos tecnicistas centrados na competição e no rendimento (alto nível) do
aluno, porém, foi no final da década de 80 que ela passou a valorizar a formação
integral do aluno, levando em consideração sua individualidade.
Já na década de 90 era proposto que a educação física desenvolvesse no
aluno uma formação histórico-crítica e social e até o presente momento, mesmo com
tantas mudanças, criticas reflexões, estudos, políticas, a educação física permanece
com a concepção do estudo do movimento e consciência corporal, como meio de
melhorar a qualidade de vida.
OBJETIVOS
○ Contribuir para a formação humana global do educando, ao estabelecer
relações entre os aspectos de saúde mental e física proporcionada pelos
conteúdos e pelos elementos articuladores da disciplina, de forma que o
188
aluno faça análises, críticas e defina por opções que venham transformar
sua realidade, em busca de uma constante melhoria.
○ Estabelecer relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos,
em respeito a individualidade de cada um.
○ A Educação Física introduzirá a formação do aluno à cultura corporal de
movimento, formando o cidadão que vai produzi-la e também transformá-
la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, da dança, lutas
e ginásticas em beneficio de sua qualidade de vida;
○ Entender o desenvolvimento de ações educativas voltadas aos jovens,
possibilitando a aquisição de hábitos de vida que favoreçam a prática de
atividades físicas, sejam elas competitivas ou de lazer, de forma a
estabelecer padrões culturais de movimentos voltados a turma
absolutamente heterogêneas, no que concerne aos aspectos motores,
afetivos e cognitivos;
○ Proporcionar atividades corporais diversas que despertam o lúdico e o
prazer, com conhecimentos inerentes a saúde, cidadania e qualidade de
vida, desenvolvendo a crítica dos métodos e regras utilizadas fazendo
criar novas fórmulas de realizar as atividades e cuidar do corpo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos serão aplicados em cada série de forma gradativa
diferenciando sua prática quanto ao grau de dificuldade, e conforme necessidade.
1ª série
○ Ginástica
o Condicionamento físico
o Benefícios para a saúde
o Alongamento
o Relaxamento
o Ginástica laboral
o Ginástica aeróbica e localizada
189
o Postura corporal
○ Esporte
o Histórico
o Regras
o Fundamentos
o Objetivo
o Exercício tático
o Futsal
o Voleibol
o Basquetebol
o Handebol
o Iniciação a arbitragem
o Influência do esporte na sociedade
o Análise critica, aspectos políticos e econômicos sobre competições
mundiais (Jogos Olímpicos, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo).
○ Dança
o Ritmo
o Culturas e danças
o Ritmos coreografados
o Danças regionais
o Danças populares
o Danças e músicas Afros
o Capoeiras
○ Lutas
o Histórico
o Benefícios
o Regras
o Manifestações culturais
o Karatê
o Judô
190
o Tae-kondo
○ Jogos
o Regras
o Desafios
o Criação de novas regras
o Xadrez
o Dominó
o Dama
o Trilha
o Peteca
o Ping-pong
o Espirebol
o Queimada
2ª série
○ Ginástica
o Condicionamento físico
o Benefícios para a saúde
o Alongamento
o Relaxamento
o Ginástica laboral
o Ginástica aeróbica e localizada
o Postura corporal
○ Esporte
o Histórico
o Regras
o Fundamentos
o Objetivo
o Exercício tático
o Futsal
191
o Voleibol
o Basquetebol
o Handebol
o Iniciação a arbitragem
o Influência do esporte na sociedade
o Análise critica, aspectos políticos e econômicos sobre competições
mundiais (Jogos Olímpicos, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo).
○ Dança
o Ritmo;
o Culturas e danças
o Ritmos coreografados
o Danças regionais
o Danças populares
o Danças e músicas Afros
o Capoeiras
○ Lutas
o Histórico
o Benefícios
o Regras
o Manifestações culturais
o Karatê
o Judô
o Tae-kondo
○ Jogos
o Regras
o Desafios
o Criação de novas regras
o Xadrez
192
o Dominó
o Dama
o Trilha
o Peteca
o Ping-pong;
o Espirebol
o Queimada
3ª série
○ Ginástica
o Condicionamento físico
o Benefícios para a saúde
o Alongamento
o Relaxamento
o Ginástica laboral
o Ginástica aeróbica e localizada
o Postura corporal
○ Esporte
o Histórico
o Regras
o Fundamentos
o Objetivo
o Exercício tático
o Futsal
o Voleibol
o Basquetebol
o Handebol
o Iniciação a arbitragem
o Influência do esporte na sociedade
o Análise critica, aspectos políticos e econômicos sobre competições
mundiais (Jogos Olímpicos, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo).
193
○ Dança
o Ritmo
o Culturas e danças
o Ritmos coreografados
o Danças regionais
o Danças populares
o Danças e músicas Afros
o Capoeiras
○ Lutas
o Histórico
o Benefícios
o Regras
o Manifestações culturais
o Karatê
o Judô
o Tae-kondo
○ Jogos
o Regras
o Desafios
o Criação de novas regras
o Xadrez
o Dominó
o Dama
o Trilha
o Peteca
o Ping-pong
o Espirebol
o Queimada
194
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O professor enquanto mediador das práticas educacionais deve oportunizar e
permitir ao aluno uma tomada de consciência e domínio de seu corpo, que alcance
resultados no desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.
O professor deve salientar que os conteúdos trabalhados não mudam em
relação às séries, o que muda são as referencias, o aprofundamento e a
complexidade em cada série.
Realizar programas voltados a restituir energia, com verificação da
capacidade de cada indivíduo, explicando seus benefícios adquiridos, quando
praticados adequadamente.
Para a construção do conhecimento com o respeito às diferenças, as aulas
serão:
o Expositivas, dialogadas e práticas;
o Uso de materiais esportivos;
o Jogos;
o Recursos audiovisuais;
o Dinâmica para fixar fundamentos;
o Pesquisa na Internet;
o Trabalhos individuais, duplas e grupos;
o Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados em forma de
teatro, danças, palestras, homenagens;
o Ocorrerá a participação em eventos municipais e regionais como: Jogos
Colegiais e Open Municipal, Festival de Xadrez e Interséries na Escola.
O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos os Desafios
Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História
e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um
conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-
las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
195
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os
aspectos qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o
desenvolvimento global, considerando as características individuais do educando.
A avaliação será desenvolvida através de atividades teóricas e práticas onde
o professor faz o diagnóstico, a partir dos seguintes instrumentos:
○ Trabalhos escritos;
○ Participação nas aulas teóricas e práticas;
○ Avaliação Teórica e Prática;
○ Desenvolvimento prático e compreensão dos conteúdos.
Na avaliação prática de Educação Física, o professor avaliará os alunos de
acordo com suas capacidades e individualidades, sendo que na teoria a avaliação
ocorrerá através de testes e provas escritas e oralmente, em grupo e
individualmente.
A avaliação deve estar em sintonia com os conteúdos trabalhados, ocorrendo
de forma contínua, diagnóstica, participativa e por meio de aferições escritas, orais e
observações em grupo e individual.
A Recuperação Paralela será realizada através da revisão e retomada dos
conteúdos de forma diferenciada; com trabalhos de monitoria e trabalhos em grupo e
individual.
196
197
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física.
In: Caderno Cedes, ano XIX, n.48, Agosto/99;
BRUHNS, H. T. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista
Motivivência, Ano VIII, n. 09, Dezembro/96;
CASTELANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a histórica que não se
conta. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1991;
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São
Paulo. Cortez, 1992;
CORDEIRO Jr, O. Proposta Teórico – metodológica do ensino de judô escolar a
partir dos princípios da pedagógica crítico-superadora: uma construção
possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, 1990;
DAOLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas. Autores e
Associados, 2004.
DARICO, S. C. e RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para
a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara KOOGAN, 2005;
ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da Educação Física. In:
Revista Motrivivência, n. 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995;
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
FALCAO, J. L. C. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3ª ed.
Ijuí: Ed. Unijuí, 2003, p. 55 – 94;
198
FIAMONCINI, L., SARAIVA, M. do. Dança na escola: a criação e a co-educação
em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003,
p. 95-120;
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Educação Física. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
_____. Livro Didático Público: Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.
TOSETTI, Solange. A Educação Física. 1ª ed. Erechim: Edelbra.
199
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Há mais de 2600 anos, a Filosofia se constituiu como pensamento racional, e
historicamente existe a preocupação com a metodologia de ensino dessa disciplina.
Uma vez que para seu ensino é basicamente utilizada a retórica, a partir de
conteúdos muitas vezes polêmicos, ocorre a necessidade de se garantir que os
métodos não deturpem o conteúdo.
Os conteúdos além de polêmicos, muitos não caracterizam verdades
absolutas, como moral e política, e isto no processo ensino-aprendizagem, pode
gerar estranheza nos educandos, pois estes tendem a esperar que os
conhecimentos possuam conclusões definitivas.
Objetivo da Filosofia não é encontrar uma resposta eficaz para um dado
problema, pois seu objeto de pesquisa são questões que não se obtém através
Ciência.
Na Idade Antiga, pensava-se que o ensino da Filosofia se limitasse à
transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo
seria outro: a Filosofia favorecia posturas polemicas, como relativismo moral ou o
uso pernicioso do conhecimento.
Na Idade Média a Filosofia era marcada pelo teocentrismo, já na Idade
Moderna o discurso foi aos poucos substituído pelo pensamento antropocêntrico. O
pensamento contemporâneo preocupa-se com o homem, no que diz respeito à sua
historicidade, sociabilidade, secularização da consciência e antidogmatismo, além
de outros momentos históricos de grande reflexão para a vida humana.
A Filosofia enquanto disciplina nos currículos escolares brasileiros, efetivou-
se desde o ensino dos Jesuítas, portanto era tida como um instrumento moral e
intelectual, de caráter teocêntrico,
Com a Proclamação da República, a Filosofia tornou-se disciplina obrigatória
do currículo oficial. Mas durante o regime militar, ela desapareceu do currículo
escolar, pois havia a repressão a todo e qualquer pensamento crítico, bem como as
possíveis ações que dele advinham.
200
Apesar de movimentos de professores que solicitavam a presença da
Filosofia como disciplina no Ensino Médio, a LDB 9394/96 não garantiu essa
obrigatoriedade; apenas nos PCN´s consta o ensino de Filosofia com caráter de
transversalidade.
Após discussões sobre as políticas públicas referentes as disciplinas, em
2006 o parecer CNE/CEB nº 38/2006, torna a Filosofia e a Sociologia disciplinas
obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio. Semelhantemente no Paraná,
aprovou-se a lei nº 15228, em julho de 2006 que apresenta a obrigatoriedade destas
disciplinas para o Ensino Médio.
Dado todo o resgate histórico da disciplina de Filosofia e a sua
obrigatoriedade no Ensino Médio há que se analisar o seu papel a ser desenvolvido.
O estudo da Filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados
historicamente, portanto, pode contribuir com as polêmicas mundial e brasileira da
atualidade, no que diz respeito à questões como valores éticos, políticos, estéticos e
epistemológicos.
A formação pluridimensional e democrática é um dos objetivos do Ensino
Médio e a Filosofia possibilita o desenvolvimento destas características ao permitir
que o aluno conheça como se dá o pensamento e a experiência humana, ao
articular espaço e tempo dentro de uma perspectiva sócio-histórica. A Filosofia deve
estar articulada à outras disciplinas, na busca de uma formação plena do educando.
O ensino de Filosofia está intrinsecamente ligado ao ato de filosofar, ao passo
que filosofar é ensinar Filosofia, pois esta prática leva à análise e criação de
conceitos, quando o estudante investiga problemas suscitados em textos filosóficos
na busca de soluções.
O professor deve ter o domínio do conteúdo em questão, para organizar a
atividade filosófica, a partir de debates, problematizações, pesquisas,
sistematizações, leituras filosóficas e análises de textos.
Nesse sentido, o estudo do texto filosófico faz-se necessário, desde que este
atualize o problema filosófico e permita a construção de conhecimento.
201
OBJETIVOS
o Viabilizar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação, de
compreensão, de imaginação, de investigação, de análise e criação de
conceitos, tudo isso aliado à experiência pessoal do educando;
o Analisar os problemas suscitados, na busca de soluções por meio de
investigação de textos filosóficos;
o Propiciar a investigação intelectual, o pensar, a busca pela profundidade
de conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter
imediatista;
o Contribuir para a formação plena do educando, na medida em que sua
reflexão sobre temas relacionados à política, ética, estética, ciência,
existência e conhecimento, torne-o capaz de (re)tomar ações frente a
situações diversas, de forma crítica e contextualizada.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MITO E FILOSOFIA:
○ O que é Filosofia;
○ O que é Mito;
○ A Razão.
TEORIA DO CONHECIMENTO:
○ Conhecimento;
○ Verdade;
○ Razão;
○ Teorias do Conhecimento
ÉTICA:
○ Ética
○ Felicidade
○ Virtude
202
○ Amizade
○ Justiça
○ Democracia
○ Liberdade
FILOSOFIA E POLÍTICA
○ O que é política
○ Liberdade
○ A democracia
○ Direitos Humanos
○ Poder
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
○ Conhecimento científico
○ Genética
○ Tecnologia
○ Bioética
ESTÉTICA
○ O que é Estética
○ O Belo
○ A Sensibilidade
○ A Arte
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de Filosofia ou o ato de filosofar deve levar o educando à análise da
vida, das situações que acontecem no cotidiano, para que ele conheça, perceba,
compreenda e tome decisões diante delas.
203
Portanto, deve ser apresentar um tema para ser discutido contextualizando-o
com um determinado conteúdo e fazer a referência com a atualidade.
A partir da discussão, os problemas e as questões levantadas, deverão ser
investigados e a busca pelas soluções, bem como a criação de conceitos deve
acontecer mediante uma prática filosófica.
Para cada conteúdo estruturante será feita a fundamentação teórica, a partir
de no mínimo dois filósofos clássicos, além de teóricos contemporâneos que
escreveram sobre Filosofia, para estabelecer relações e comparações entre suas
concepções.
Para tanto, os assuntos poderão ser provenientes de texto, de música, de
imagem, de filme, entre outros. O professor através desses recursos poderá
encaminhar debates em pequenos grupos e/ou com a turma, análises e sínteses
individuais e em grupos, desenvolvendo e melhorando assim, a capacidade de
crítica, num ambiente de participação e dinâmico. Partindo para uma investigação e
fundamentação teórica, buscando aprofundamento nos clássicos da Filosofia.
O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos, os Desafios
Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História
e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um
conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-
las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
204
Na disciplina de Filosofia, o ato de avaliar pelo professor deve considerar e
respeitar as considerações e posições do educando, ainda que não se assemelhem
às suas, mas que garanta o conhecimento teórico de Filosofia, a coerência e
argumentação nas falas e produções escritas.
Para a realização das avaliações serão utilizados:
○ Teste de aproveitamento oral;
○ Apresentação de seminários;
○ Provas escritas com ou sem consultas;
○ Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo,
individual ou em grupo;
○ Tarefas específicas para casa;
○ Análise, interpretação e produção de textos filosóficos.
A avaliação irá analisar a capacidade de argumentar, construir e tomar
posições, bem como identificar os limites destas, detectar os princípios e interesses
referentes aos temas e discursos. Neste sentido, será verificado se houve mudança
de postura ou manutenção da mesma, por parte do educando.
Quando não houver um bom aproveitamento de estudos por parte do
educando, será oportunizada a recuperação paralela, de forma que ele possa
compreender melhor o conteúdo, através de um dos instrumentos acima
relacionados.
205
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2004.
DELEUZE, Gilles. O que é Filosofia? São Paulo: Editora 34, 2005.
FLOR DA SERRA, Esc. Est. de – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico. Realeza: 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Filosofia.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:
Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2006
206
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física deve, através de seus conteúdos, contribuir para a formação dos
sujeitos, através da compreensão do universo, sua evolução, sua transformação e
as suas interações que nele se apresenta.
A partir desse pressuposto, consensuamos que o processo de ensino-
aprendizagem deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como
fruto de suas experiências e vida em seu contexto social e que na escola se fazem
presentes no momento em que se inicia o processo.
A experimentação no ensino de Física é importante se entendida como uma
metodologia de ensino que contribua com a ligação entre a teoria e a prática,
proporcionando uma melhor interação entre professor e aluno ou até mesmo entre
grupos de alunos.
Precisamos permitir aos alunos que se apropriem do conhecimento Físico
dando ênfase aos aspectos conceituais e não utilizando a Matemática como pré-
requisito para ensinar Física, ainda que a linguagem matemática é uma ferramenta
importante paro o ensino da Física.
Contudo, a Física não se separa das outras disciplinas. O que deve ser
considerado no planejamento das atividades é o relacionamento do conteúdo a ser
trabalhado com o contexto social, econômico, cultural e histórico, situando-os no
tempo e no espaço.
OBJETIVO
A Física tem como objetivo o estudo do Universo, que se desenvolve em
função da necessidade do homem em conhecer o mundo natural.
Deste modo, os objetivos específicos podem ser elencados da seguinte
maneira:
• Desenvolver estudos que visem maior compreensão do mundo e dos
fenômenos que nele acontecem.
207
• Possibilitar intervenções na melhoria da qualidade de vida, através de
deduções e estudos sobre novos conhecimentos relacionados aos avanços
tecnológicos.
• Desenvolver a capacidade de abstrair e teorizar por meio de situações
concretas e exemplos práticos que permitem o estudo e interpretação de
fatos, fenômenos e processos naturais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MOVIMENTO
Conteúdo específico:
○ Momentum e Inércia
○ Conservação da quantidade de movimento (momentum)
○ Variação da quantidade de movimento = impulso
○ 2ª Lei de Newton
○ 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
○ Gravidade
○ Energia e o Princípio da Conservação de Energia
○ Variação de energia de parte de um sistema – trabalho e potência
○ Fluídos
○ Oscilações
TERMODINÂMICA
Conteúdo Específico:
○ Lei Zero da Termodinâmica
- Temperatura
- Dilatação térmica
- Escalas termométricas
- Equilíbrio térmico
- Lei dos gases ideais
- Teoria cinética dos gases
○ 1ª Lei da Termodinâmica
208
○ Propriedades Térmicas e Dilatação dos Materiais
○ 2ª Lei da Termodinâmica
○ 3ª Lei da Termodinâmica
ELETROMAGNETISMO
Conteúdo Específico
○ Carga elétrica
- Lei de Du Fay
- Lei de Coulomb
- Campo elétrico
- Trabalho da força elétrica
- Gaiola de Faraday
- Corrente elétrica
- Resistência elétrica
- Leis de Ohm
○ Elementos de um circuito:
- Circuitos elétricos
- Força eletromotriz
- Gerador e receptor
- Efeito Toute
○ Força eletromagnética
- Propriedade magnética
- Leis das ações magnéticas
- Geomagnetismo
- Indução magnética
- Campo magnético
○ Equações de Maxwell
○ Elementos de um circuito
○ Luz
- Ondas (reflexão, refração e difração)
- Dualidade da luz
- Propagação e reflexão da luz
- Refração da luz
209
- Ondas eletromagnéticas
MOVIMENTO
Conteúdo Específico
○ Energia e princípio da conservação de energia
- Energia cinética
- Energia potencial
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O processo de ensino-aprendizagem em Física, deve partir do conhecimento
prévio dos estudantes, para que ao longo das aulas estes possam ter acesso ao
saber socialmente construído e sistematizado, orientados pelo professor. Dessa
forma, o professor encaminhará o estudante na busca da aprendizagem que
acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento prévio do
sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e
enriquecem o conhecimento já existente.
Para tanto, a metodologia da disciplina de Física contemplará aulas
expositivas e diálogos dirigidos, enfatizando a participação dos alunos, através de
hipóteses e experimentações, no sentido de formular conceitos.
Serão utilizados recursos como experimentos, observação de fenômenos,
filmes, visitas de estudo, palestras, e ainda, a utilização de recursos tecnológicos,
para possibilitar o desenvolvimento do raciocínio lógico e reflexivo no educando.
Com isto, será possível sistematizar os conhecimentos apreendidos e realizar
relatórios, debates, conversações, seminários, trabalhos de pesquisa, entre outros.
Entender a disciplina de Física como Ciência significa compreender que o
conhecimento proporcionado por ela é parte integrante da sociedade. Neste sentido
a utilização de textos complementares referentes aos Desafios Educacionais
Contemporâneos – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação Fiscal,
Educação Ambiental, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade
Humana, possibilitam debates, seminários, problematização e busca de soluções
que norteiam seu cotidiano, contribuindo para a formação global do educando.
210
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
Deve-se levar em conta o progresso do estudante quanto os aspectos
históricos, conceituais e culturais. A avaliação deve ter um caráter diversificado,
levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos,
a capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma
opinião que leve em conta o conteúdo físico, a capacidade de elaborar um relatório
sobre um experimento e também considerar a apropriação dos conteúdos.
Os instrumentos a serem utilizados são: avaliações escritas, trabalho
individual e em grupo, relatório de atividades em laboratório, seminários, exposições
de trabalhos, entre outros.
A avaliação só tem sentido quando realizada como instrumento para intervir
no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
Neste sentido, quando o educando não obtiver um bom aproveitamento de
estudos, será realizada a recuperação paralela para possibilitar um novo
encaminhamento com a retomada dos conteúdos trabalhados para que ele se
aproprie do conhecimento científico.
211
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
MENEZES, L. C. A matéria. São Paulo: SBF, 2005.
ROCHA, J. F. (Org) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: Edufra,
2002.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Física. Curitiba: SEED-PR,
2006.
_____, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público de Física.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
_____, Secretaria De Estado Da Educação. Programa Expansão, Melhoria e
Inovação no Ensino Médio. Curitiba: SEED, 1994.
_____, Secretaria De Estado Da Educação. Reestruturação do ensino de 2º grau.
Física. Curitiba: SEED/ DESG, 1993.
SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Autores Associados, 2002.
TAVARES, R. Aprendizagem significativa. In: Revista Conceito, julho de 2003/
julho de 2004.
212
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das
estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde as suas primeiras formas
de organização.
Na Antiguidade clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes
geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações sociedade-natureza,
extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Estudos
descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o acesso e as
características das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos
fundamentais para suas organizações políticas e econômicas.
Nesse contexto, desenvolveram-se outros conhecimentos como os relativos
à elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da
distribuição de terras e águas, bem como, a defesa da tese da esfericidade da Terra;
o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas.
Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos constituídos
anteriormente foram abandonados, tidos como não-verdade, pois feriam a visão de
mundo imposta pelo poder político então estabelecido.
As questões cartográficas, bem como a forma do planeta, voltaram a ser
discutidas, a partir do século XII, quando os mercadores precisavam representar o
espaço com detalhes para registrar as rotas maretas, a localização e distâncias dos
continentes.
A partir do século VXI, as expedições terrestres passaram a descrever e
representar detalhadamente o espaço – rios, lagos, montanhas, desertos, planícies,
e também as relações homem-natureza em sociedades distintas e ainda
desconhecidas, com levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas
riquezas naturais e aspectos humanos.
Até o século XIX, contudo, não havia sistematização da produção
geográfica. Os estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos
em obras diversas, desde literários até relatórios administrativos.
213
No século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, que tinham
apoio dos Estados Colonizadores como Inglaterra, França e Alemanha. As
pesquisas dessas sociedades ludibriaram o surgimento das escolas nacionais de
pensamento geográfico – destacadamente a alemã e a francesa.
O pensamento geográfico da escola alemã teve como precursor Humboldt e
Ritter, mas coube a Ratzel destaque como fundador da Geografia sistematizada
institucionalmente e considerada científica. O pensamento geográfico da escola
francesa, por sua vez, teve como principal representante Vidal de La Blache.
Para Vidal de La Blache, a relação sociedade-natureza, criava um gênero de
vida, próprio de uma determinada sociedade. Em sua teoria, o homem, ao ocupar os
vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptou ao meio que o
envolvia, criando no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um
acervo de técnicas, hábitos e costumes que lhe permitiram utilizar os recursos
disponíveis.
As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no
século XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras.
A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou
apenas na década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam
compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos
interesses políticos do Estado. Essa abordagem do conhecimento geográfico
perpetuou-se por boa parte do século XX. Nas escolas brasileiras, a Geografia tinha
um caráter decorativo e enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação
e no fortalecimento do nacionalismo, com um papel significativo na consolidação do
Estado Nacional Brasileiro.
Com o fim da ditadura militar, a renovação do pensamento geográfico,
iniciada após a Segunda Guerra, chegou com força ao Brasil. As discussões teóricas
que então se sobressaíram centraram-se em torno do movimento da Geografia
Crítica. A chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do
pensamento geográfico , deu novas interpretações aos conceitos e ao objetivo de
estudo, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais
para a compreensão do espaço geográfico.
A abordagem teórico-crítica proposta para o ensino da Geografia,
compreende o espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela
sociedade.
214
OBJETIVOS
Desenvolver no educando o processo de compreensão do meio no qual
encontra-se inserido, bem como analisar as transformações do mundo
contemporâneo, buscando discutir as relações homem-meio e as formas de
apropriação derivadas da sociedade capitalista de produção, relacionando ao
espaço globalizado, mediante uma leitura crítica do mundo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
o Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
• Introdução à Geografia;
• Espaço e lugar;
• Elementos do espaço geográfico;
• Orientação e localização nos espaços;
• Coordenadas geográficas;
• Fusos horários;
• Planeta Terra.
o Dimensão Política do Espaço Geográfico
• Os atuais conceitos de Estado – Nação, país, fronteira e território;
• Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como:
étnicos, culturais, políticos, econômicos, entre outros;
• Questões territórios indígenas;
• Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre
outros.
o Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico
• Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;
• Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas
escalas geográficas;
215
• Recursos naturais: conservacionismo e preservacionismo;
• Patrimônios culturais e ecológicos;
• Produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o
solo, o ar, o clima;
• Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
• Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais.
o Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
• Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e
econômicas;
• Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;
• Composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;
• Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;
• Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;
• Movimentos migratórios e suas implicações, econômico – culturais e
sócio-espaciais;
• Aspectos culturais das identidades regionais;
• Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no
espaço urbano e rural.
2ª SÉRIE
o Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
• O modo de produção capitalista, os diferentes ritmos de produção e as
desigualdades espaciais;
• Revolução tecno-científica-informacional e o novo arranjo no espaço
da produção;
• Os avanços tecnológicos da indústria no Brasil e sua distribuição
espacial;
• Distribuição espacial das indústrias nas diferentes escalas geográficas;
• A industrialização dos países: clássica, periférica e planejada;
• Redes de transportes, de comunicação e a circulação de produtos;
216
• Distribuição dos espaços de produção (indústrias) e de consumo
(importação e exportação);
• Urbanização desigual: conurbação hierarquia das cidades
(megalópole, metrópole, cidades grandes);
• A produção do espaço urbano: especulação imobiliária e periférica.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico
• Formação do território brasileiro: expansão e regionalização;
• Estrutura e formação das cidades globais;
• Ocupação do território por diferentes grupos sociais e étnicos: a
formação das áreas de risco;
• Territórios urbanos marginais e a formação de micro-territórios;
• Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
• Estrutura agrária: distribuição de terras e as relações de trabalho;
• Interdependência econômica política e cultural do campo – cidade;
• Áreas de segregação como as favelas, shopping, condomínios
fechados e outros;
• A reorganização do espaço e as guerras fiscais.
o Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico
• A mecanização do campo e seus impactos ambientais;
• Os impactos ambientais e econômicos da expansão das fronteiras
agrícolas;
• A exploração dos recursos naturais e as novas possibilidades de
produção e uso de energia;
• Os impactos da biotecnologia na produção no espaço rural:
transgênicos, Revolução Verde, insumos agrícolas;
• Os efeitos do clima na distribuição e produção agrícola;
• A sociedade industrial e os impactos ambientais sobre: solo, águas, ar
e clima;
• A formação das cidades e os impactos sobre o solo, as águas, o ar e o
clima;
217
• Destino do lixo doméstico e industrial: aterros sanitários, reciclagem,
depósitos impróprios (lixões) e danos ambientais.
o Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
• Identidades culturais e regionais enfatizando a cultura afro-brasileira e
indígena;
• Distribuição da população vinculada ao processo tecnológico: zona de
atração e repulsão (imigrações);
• Políticas demográficas: crescimento, controle e envelhecimento da
população brasileira e mundial;
• Formação étnica e distribuição da população brasileira;
• Composição demográfica dos lugares: expectativa de vida, transição
demográfica, estrutura etária, etnias;
• Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no
espaço urbano;
• Êxodo rural e a sua influencia na configuração espacial urbano e rural;
• Movimentos populacionais (transumância) sazonal e pendular;
• Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem;
• Mecanização do campo e a substituição do trabalho braçal e seus
impactos demográficos no espaço urbano e rural.
3ª SÉRIE:
o Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
• Internacionalização do capital e as políticas neoliberais;
• Organizações econômicas internacionais – FMI, Banco Mundial, OMC
e a reorganização do espaço da produção;
• Oposição Norte/ Sul e os aspectos econômicos da produção;
• Protecionismo comercial e as barreiras alfandegárias: subsídios e a
produção agrícola européia e norte-americana;
• Abertura econômica e seus impactos econômicos e sociais nos países
subdesenvolvidos.
218
o Dimensão Política do Espaço Geográfico
• A constituição do Estado-Nação e sua fragmentação pós Guerra Fria;
• A formação dos Blocos Econômicos e as relações de poder entre os
territórios;
• O papel do Estado na organização do espaço interno e na relação
entre países;
• A nova ordem mundial no século XXI: as relações de poder e as novas
regionalizações;
• O papel das organizações internacionais na imediação de conflitos:
OMC, ONU e OTAN;
• Os conflito gerados pela escassez de recursos naturais;
• O uso estratégico da tecnologia, pelas grandes potencias, amenizando
os efeitos das catástrofes territórios.
o Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico
• Problemas ambientais globais e os novos refugiados;
• Os recursos naturais, sua escassez e valorização gerando conflitos;
• Distribuição, uso dos recursos naturais e a pressão internacional para
sua preservação.
o Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
• Resistência à globalização e as identidades culturais: a importância
dos lugares;
• Circulação das informações disseminadas pelo espaço geográfico nos
diferentes fusos horários;
• Conflitos étnicos, separatismo, xenofobia e a reafirmação dos grupos
culturais na configuração espacial da Nação;
• Políticas migratórias dos países ricos e as restrições aos imigrantes
pobres;
• Crescimento demográfico e a emigração dos países pobres: identidade
étnica e cultural;
219
• O envelhecimento da população e as políticas de estímulo à natalidade
na Europa.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos serão trabalhados de maneira a contemplar as transformações
presentes no espaço de vivência do aluno, articulando-os às mudanças ocorridas
em nível global mediante investigação, análise e reflexão dos elementos presentes
no espaço geográfico. Dessa forma, será possível contribuir para a formação e o
desenvolvimento do conhecimento do aluno. Será ainda oportunizada e valorizada a
participação, respeitando a diversidade socioeconômica e cultural trazidas pelo
educando.
Num espaço possível de inclusão, valorizando a individualidade de cada
sujeito no processo ensino-aprendizagem, facilitando o entendimento e a
compreensão do conteúdo abordado.
Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a
problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de
forma a gerar indagações. Para tanto, na educação do campo, o tema questão
agrária é importante para compreender as atividades humanas produtivas pelos
povos do campo, como forma de reflexão sobre a organização produtiva na
sociedade capitalista.
Com as transformações políticas, econômicas e sociais, o processo produtivo
na construção do espaço, são movidos por interesses econômicos e pelas relações
de poder geradas por essas transformações. Diante desse contexto, o ensino de
geografia deve contemplar os Desafios Educacionais Contemporâneos, como:
Educação Fiscal, Sexualidade Humana, Enfrentamento de Violência, Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas e Educação Ambiental que pressupõe uma discussão
aprofundada, pertinente na atualidade, contribuindo para a formação global do
cidadão.
Para tanto, os conteúdos estruturantes e específicos serão trabalhados na
forma de aulas expositivas para esclarecer os conteúdos trabalhados, observação e
220
análise da organização da produção do espaço local, regional, nacional e mundial;
localização espacial com o uso de mapas e globo; investigação na forma de
pesquisa dos aspectos ou ele mentos presentes no espaço geográfico; leitura e
interpretação de imagens e notícias atuais para que o aluno perceba as
transformações que vem ocorrendo a nível mundial, nos aspectos socioeconômicos
e culturais.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos
estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento global,
considerando as características individuais do educando.
A avaliação é o resultado do crescimento, progresso e da continuidade
pedagógica no que diz respeito aos conhecimentos adquiridos ao longo do processo
de construção.
As abordagens avaliativas devem partir dos elementos vivenciados pelo
aluno, na forma diagnóstica, cumulativa e processual.
O processo de avaliação dever ser de maneira a contemplar o desempenho
dos alunos por meio de leitura, interpretação de textos, fatos, acontecimentos; leitura
e interpretação de imagens e mapas; apresentações de pesquisas; testes/ provas
escritas.
A partir das formas de avaliação apresentadas será possível verificar se o
aluno aprendeu os conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações
sócio-espaciais, as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza
para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas; com clareza de
idéias, capacidade de argumentação e conclusão dos conteúdos trabalhados,
221
mediante a participação do aluno em atividades individuais e coletivas para que
torne-se sujeito do processo de aprendizagem e adquira responsabilidade sobre o
que aprende e enfrente limitações e possa aperfeiçoar as potencialidades na
tentativa de superar as dificuldades.
A recuperação paralela de conteúdos poderá ser realizada através da
retomada do conteúdo, a partir de um novo encaminhamento e avaliação – trabalhos
orais e escritos; leitura e interpretação de textos, fatos e mapas; pesquisa
bibliográfica e sínteses sobre temáticas trabalhadas.
222
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLOR DA SERRA, Esc. Est. de – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico. Realeza: 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de
Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2006.
_____, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Geografia.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
223
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de História busca suscitar reflexões a respeito de aspectos
políticos, econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina
com a produção do conhecimento histórico.
O ensino de História no período da década de 1970 aos dias atuais,
pretende-se analisar também as principais características do currículo da disciplina,
suas permanências, mudanças, rupturas e a inserção da produção historiográfica
nas práticas escolares, a fim de definir diretrizes que orientem a organização do
currículo para o Ensino Fundamental e Médio.
As práticas escolares não sofrem alterações imediatas com a aprovação de
novos preceitos legais, mas estes orientam um conjunto de medidas de
implementação que provocam, em médio prazo, impactos significativos na
organização do currículo e no ensino propriamente dito. Nesse contexto, destacam-
se: a formação inicial e conceituada dos professores, a elaboração de currículos
diretivos e prescritivos, a publicação de manuais e de orientações didático-
pedagógico.
A História como disciplina escolar passou a ser obrigatória, com a criação do
Colégio D. Pedro II, em 1837. no mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu como disciplina acadêmica.
A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista
como extensão da História da Europa Ocidental.
O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889).
Em 1901, com a alteração no currículo do Colégio, os docentes propuseram
que a História do Brasil passasse a compor a cadeia de História Universal.
A História do Brasil passa a compor a cadeia de História Universal –
restringindo seu espaço no currículo.
Em 1942 – durante o governo nacionalista de Getúlio, a disciplina de História
do Brasil volta ao currículo através da Lei Orgânica do Ensino Secundarista de 1942
– reforça o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.
224
Esse debate foi introduzido no ano de 1930, pela Escola Nova e incentivado
por Anísio Teixeira, um dos intelectuais do movimento, diretor da Instrução pública
do Distrito Federal, proposta de estudos sociais para escola elementar. Projeto esse
inserido no Ensino de Primeiro Grau na Lei n. 5692 de 1971.
A partir da Lei n. 5692/71, o estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e
o Segundo Grau Profissionalizante.
Através do currículo, as ciências humanas justificam o modelo de nação
vigente junto às novas escolas.
As disciplinas de Ciências Humanas no currículo do primeiro grau – História
e Geografia, foram condensadas em Ciências Sociais e dividiram espaço com
Educação Moral e Cívica (EUC), e no Segundo Grau OSPB (Organização Social e
Política Brasileira) – surgimento no ensino superior das licenciaturas curtas.
O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno aos seus deveres
patrióticos – História Tradicional rumo ao progresso da nação.
Década de 1980 e início de 1990, ocorre a aproximação da educação básica
e universitária na redemocratização do ensino.
Nesse momento os livros didáticos e paradidáticos procuraram incorporar a
nova historiografia.
Essa conjuntura teve implicações no currículo de história, na medida que os
PCN´s tem como preocupação formar cidadãos preparados para exigências
científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são necessárias à
preparação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais. Os conteúdos se
tornaram, assim, meio para a aquisição de competência e habilidade. A história
passa a contextualizar os períodos históricos estudados.
Apesar de os PCN´s proporem uma valorização do ensino humanístico, a
preocupação maior era a de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho cada
vez mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.
Por questões de demanda de mercado a área de humanas perdeu espaço
no currículo. No Paraná foi reduzida a carga horária pela Deliberação 1499 do CEE,
que dividiu a carga horária da matriz curricular em base nacional comum 75% e
parte diversificada 25%.
No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos propostos e as
competências apresentadas nos PCN's, remetia a uma abordagem funcionalista,
pragmática e presentista dos conteúdos de história. A relação entre o saber o os
225
princípios propostos pela unesco, que seja: “aprender, aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser”, ao lado de uma referência cognitivista e psicológica, não
se conectava a historiografia proposta como base teórica da História. O ensino de
História foi contextualizado em função do mercado de trabalho.
Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública
estadual no Ensino Médio até o final de 2002. essa realidade começou a ser
superada em 2003, com a elaboração destas Diretrizes Curriculares para o Ensino
de História.
Uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a
diversidade cultural nos locais de memórias paranaenses, de modo que buscam
contemplar demandas em que se situam os movimentos sociais organizados e
destacam os seguintes aspectos:
○ O cumprimento da Lei n. 13381/01, que torna obrigatória, no Ensino Médio
da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;
○ O cumprimento da Lei n. 10639/03, inclui no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da Matemática História e Cultura Afro-Brasileira,
seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana.
○ O ensino de História se apresenta como indicativo para estas Diretrizes
Curriculares, porque possibilita reflexões a respeito do contexto histórico
em que os saberes foram produzidos e repercutiram na organização do
currículo da disciplina.
○ Aproximação da disciplina de História e os estudos acadêmicos ocorrem
em função da pedagogia histórico-crítica por meio de currículo básico para
escola pública.
A opção teórica valorizou a ação dos sujeitos em relação às estruturam em
mudanças que desmascaram o progresso histórico das sociedades, incluindo entre
os conteúdos de 5ª série a produção do conhecimento histórico, das fontes e das
temporalidades.
○ A reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná também foi
fundamentada na Pedagogia Hstórico-crítica dos Conteúdos organizou os
conteúdos curriculares a partir do estudo da formação do capitalismo no
226
mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro de forma integral,
retomando a história social a partir do materialismo dialético.
OBJETIVO
Estudar os processos históricos relacionando as ações, bem como as
relações humanas no tempo e espaço. As relações humanas determinam os limites
e as possibilidades das ações do sujeito de modo a demarcar como estes podem
transformar constantemente as estruturas sócio-históricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ECONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Relações de trabalho
○ Relações de poder
○ Relações culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
○ O nascimento da humanidade
○ Revolução Agrícola
○ Trabalho doméstico e nas obras públicas
○ Estrutura militar (Assíria)
○ Conquistas territoriais e o sistema de cobrança de impostos
○ Criação de uma estrutura burocrática de poder
○ Faraó: símbolo da unificação imperial egípcia
○ Expansionismo territorial babilônico e assírico
○ Legislação babilônica (código de Hamirábi)
○ Politeísmo egípcio, mesopotâmico e monoteísmo hebreu
○ Arte, arquitetura e escrita
227
○ Trabalho servil em Esparta, o trabalho escravo em Atenas e sua relação
com o trabalho livre (séc. VI – IV a. C.)
○ O trabalho escravo em Roma: o público e o privado (séc.I a. C.)
○ Relações econômicas no mundo greco-romano
○ Agricultura intensiva e comércio marítimo ateniense
○ O comércio romano no mediterrâneo e os impostos provinciais
○ A formação da pólis grega
○ A servidão e a aristocracia em Esparta (séc. VI – V a. C.)
○ A escravidão e a democracia em Atenas (séc. VI – V a. C.)
○ O império marítimo ateniense e o confronto com o militarismo espartano
○ A constituição da república romana (séc. VI – I a. C.)
○ Movimentos de resistência no mundo romano: plebeus, patrícios, a luta
pela terra e as revoltas de escravos (séc. V – I a. C.)
○ A expansão militar e a Pax Romana
○ As guerras civis e a constituição do império romano
○ A relação entre Roma e suas províncias
○ A África e suas relações com o mundo greco-romana
○ As mulheres e a família nas sociedades grega e romana
○ A diversidade religiosa greco-romana e o surgimento do cristianismo
○ A urbanização no mundo greco-romano
○ A educação greco-romana (séc. V – I a. C.)
○ A arte e filosofia: teatros, anfiteatros, espetáculos públicos e os
fundamentos do pensamento ocidental
○ Legislação romana
○ A política do panis et circus
○ As relações de honra e subserviência de servos e escravos para com o
senhor feudal
○ As obrigações feudais (impostos)
○ A auto-suficiência dos feudos e a organização do trabalho
○ A implantação do plantio rotativo
○ O renascimento urbano e comercial propiciado pelas Cruzadas
○ Nascimento do capitalismo
228
○ A formação da sociedade medieval e a herança romano-germana
○ Sistema de governo descentralizado
○ Relações de servidão e vassalagem
○ O poder nos feudos por parte do Senhor e a relação de subordinação ao
poder régio e religioso
○ A expansão do Império Árabe
○ As Cruzadas como movimento de expansão e manutenção do poder da
Igreja e da nobreza
○ Manifestações das resistências ao poder senhorial e clerical: jacqueries,
formação das vilas, burgos e cidades
○ A religião como elemento cultural unificador da Europa após a queda do
Império Romano
○ A criação das universidades e o ensino medieval
○ Representações do mundo medieval por meio da arte (pintura, escultura e
arquitetura)
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Relações de trabalho
○ Relações de poder
○ Relações culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
○ A organização social indígena na América Portuguesa
○ Trabalho servil no campo e as corporações de oficio nas cidades
européias
○ Trabalho escravo e compulsório (encomiendas) nas colônias da América
Espanhola
○ Trabalho escravo na América Portuguesa: engenho e mineração;
○ O tropeirismo e a formação do território paranaense
229
○ Formação das rotas comerciais (Peabiru, Itupava, Viamão...)
○ A construção do poder real do séc. XII ao XV: Portugal e Espanha
○ Legitimação do poder absolutista europeu
○ A relação do Estado com os segmentos sociais europeus (nobreza,
burguesia, camponeses e clero)
○ Relação entre metrópole e colônia (Pacto colonial) nas Américas
espanhola, portuguesa e inglesa
○ Formação das primeiras vilas e cidades na
América Portuguesa: bandeiras, provimentos e câmaras municipais
○ As missões jesuíticas e a influência na formação territorial brasileira: o
oeste paranaense
○ A representação da salvação e do sacrifício entre a população européia no
século XVI
○ O contexto da divulgação das idéias de Lutero: a Reforma Protestante e
da Contra-Reforma católica
○ As ciências (astronomia, alquimia e química, matemática...)
○ A Igreja católica e a religiosidade popular na América Portuguesa
○ Tentativas de controle da produção e a racionalização do tempo de
trabalho
○ Burguesia: tentativa de recompor o poder após a Revolução Francesa
○ Intensificação das relações políticas entre as nações européias
○ Delimitação das fronteiras nacionais (Congresso de Viena)
○ Código civil napoleônico
○ Imprensa, folhetins e romances
○ Delimitação das esferas pública e privada
○ Reforma educacional e o controle governamental
○ Transição entre o sistema de manufaturas para o sistema industrial
○ Enclosures (Lei dos Cercamentos)
○ Racionalização da produção
○ Estado e o modo de vida (urbanidade)
○ Constituição da ordem pública e os instrumentos de controle e repressão
○ A hegemonia da família nuclear (pai, mãe e filhos)
230
○ Delimitação das fronteiras entre o público e o privado
○ Romantismo em oposição ao Iluminismo
○ O desenvolvimento da ciência experimental
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
○ Relações de trabalho
○ Relações de poder
○ Relações culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
○ Lutas trabalhistas (cartismo, socialismos utópicos, Manifesto Comunista)
○ A Internacional Socialista e a constituição das associações de
trabalhadores;
○ O movimento anarquista
○ A unificação de Itália e Alemanha
○ A formação dos Estados nacionais latino-americanos
○ Revoluções liberais do século XIX
○ Movimentos republicanos liberais no Brasil
○ Reformas urbanas
○ Festas públicas e símbolos nacionais
○ Crescimento dos nacionalismos
○ Romantismo (literatura)
○ Manutenção da escravidão e do tráfico negreiro (Brasil e Caribe)
○ Imigrações
○ A economia de subsistência e a ascensão da economia do mate na
Província do Paraná
○ Movimentos abolicionistas no Brasil
○ Conquistas territoriais
231
○ Expansão do capitalismo (experiência industrial no Barão de Mauá)
○ Estrutura patriarcal de poder e os conflitos entre o poder locar e poder
central
○ Emancipação política paranaense
○ Imigração e colonização agrícola no Paraná
○ Difusão das idéias positivistas
○ Discursos cerca da formação das identidades nacionais latino-americanas
○ A cultura cabocla brasileira e suas manifestações: indígenas, negros,
caiçaras, sertanejos (fandangos, congadas, folguedos populares...)
○ A influência cultural dos imigrantes no Paraná
○ Greves operárias no início do século XX
○ Leis trabalhistas: a CLT e a Carta Del Lavoro (Brasil e Itália)
○ Criação dos partidos comunistas
○ Taylorismo, fordismo e toyotismo
○ Globalização, desemprego, informalidade e tecnologia
○ A hegemonia européia e a formação de grandes impérios
○ América Latina: industrialização
○ Brasil rural e urbano: coronelismo e movimentos sociais
○ As companhias de colonização no Paraná, formação das cidades e o
desenvolvimento das regionalidades
○ Os conflitos pela terra e a ocupação do território paranaense no século XX
○ Grandes guerras e revoluções mundiais
○ 1ª e 2ª Guerras Mundiais
○ Revoluções e guerras civis pela descolonização e independência política
dos povos africanos
○ Antagonismos entre capitalismo e socialismo e a crise das ideologias
○ Criação de espaços de sociabilidade e normatização social no Paraná
(reformas urbanas, associações de imigrantes, clubes, praças, passeios...)
○ Anos dourados/ rebeldes e resistências na América Latina
○ Movimentos culturais jovens (rock, hippie, rap...)
○ As telecomunicações: rádio, cinema, TV, telefonia, Internet...
232
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No processo de construção da consciência histórica se dá a produção do
conhecimento; que se produz a partir do trabalho de um pesquisador tem como
objeto de estudo as ações e as relações humanas praticadas no tempo. Para
estudá-las, o historiador adota um método de pesquisa de forma que possa
problematizar o passado, e buscas, por meio de documentos e perguntas, respostas
às suas indagações.
Para tanto, é necessário que os alunos valorizem e contribuam para a
preservação de documentos dos lugares de memórias, como: museus, bibliotecas,
acervos privados e públicos de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais.
Ainda é tarefa do professor instigar nos alunos a capacidade de questionar e
criticar os conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado, de modo que
construam autonomia na busca do conhecimento.
No Ensino Médio a metodologia proposta por estas Diretrizes Curriculares
está relacionada à História temática. Os conteúdos estruturantes deverão estar
articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas, ambos em sintonia com
o Projeto Político-Pedagógico da escola.
Os devidos temas tem como dimensões a focalização dos acontecimentos,
delimitação do tema histórico e o professor e o aluno deve definir o espaço.
A compreensão e execução do planejamento levarão em conto o sujeito
capaz de analisar o modo de produção que o mesmo está inserido na sociedade.
Os conteúdos serão trabalhados de maneira a contemplar as mudanças
ocorridas na sociedade buscando articular os fatos decorrentes.
Os conteúdos são trabalhados de maneira que articulem os acontecimentos
históricos com os atuais, oportunizando aos alunos o conhecimento científico e
elaborado, para a formação do mesmo.
De forma a respeitar a diversidade cultural, econômica, social e religioso do
aluno.
Para tanto serão enfatizados as relações étnicas racial, a história regional,
caracterizando a formação do nosso Estado, bem como a sua cultura sócio-
econômica.
233
O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos os Desafios
Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História
e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um
conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-
las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
Possibilita o educador a verificação se ocorreu o ensino-aprendizagem.
A avaliação será de forma contínua e diagnóstica no decorrer das aulas,
levando em consideração o conhecimento elaborado, adquirido pelo mesmo.
Serão realizadas através dos seguintes meios: apresentação de pesquisa
escrita, oralidade individual, debates, prova escrita ou oral, painéis, resoluções de
atividades escritas.
Ao avaliar o aluno, usa-se os seguintes critérios:
○ Capacidade de argumentação em relação ao fato histórico proposto pelo
professor na prova escrita;
○ As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
○ A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor
diferentes contextos;
○ A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento
histórico para compreensão do passado;
234
○ Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que
pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou
validade pelo trabalho de investigação do historiador.
A recuperação paralela se dará através da retomada de conteúdos e
aplicação de múltiplas oportunidades no aprender, possibilidade de manifestação de
pensamento, formulação e compreensão de conceitos e conteúdos, reflexão,
proposições de argumentos, produção textual e interpretação de textos históricos.
235
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico. Realeza: 2007.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: História. Curitiba: SEED-PR,
2006.
_____, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público de História
para o Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo, SERIACOPI, Reinaldo. História. Volume
único. São Paulo: Ática, 2005.
236
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA
PORTUGUESA/LITERATURA - ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa/Literatura tem como objeto de
estudo a língua, com a concepção de língua constituída pelo uso e pelos sujeitos
que interagem. Portanto, o ensino dessa disciplina, com a dimensão dialógica que
lhe é atribuída, deve acontecer através de práticas discursivas, leitura, oralidade e
escrita, sem esquecer do estudo lingüístico como aperfeiçoamento dessas práticas.
Ensinar a Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de domínio das linguagens
como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da língua, como sistema
simbólico utilizado por uma comunidade lingüística, são condições de possibilidade
para a plena participação social. Pela linguagem os homens se comunicam, tem
acesso à informação, expressam, defendem pontos de vista, partilham ou constroem
visões de mundo e produzem cultura.
O ensino de Língua Portuguesa deve, também dar condições ao aluno de ser
capaz de interpretar diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a
palavra e, como cidadão, produzir textos eficazes nas mais variadas situações a
partir de suas necessidades. Ele precisa adquirir consciência das diferentes práticas
de linguagem e saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão lingüístico mais
adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais formais.
Sendo assim, o aluno ampliará seu domínio da linguagem verbal e não-verbal
através do contato com textos dos mais variados gêneros orais e escritos: artes
visuais, música, cinema, semiologia, vídeos, televisão, rádio, jornal impresso,
publicidade, quadrinhos, charges, entre outras formas infográficas, numa perspectiva
do multiletramento nos conteúdos estruturantes tendo em vista a Língua Portuguesa
como suporte para todo o conhecimento.
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA/
LITERATURA
A Língua Portuguesa enquanto disciplina escolar passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois
237
de já há muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a
formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos de 30 do século
XX.
Tratava-se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental,
visando, no dizer de Villata, à construção de uma civilização de aparências com
base em uma educação “claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de
uma ordem patriarcal, estamental e colonial”.
O ensino de língua Portuguesa manteve seu estilo elitista até meados do
século XX, quando iniciou-se no Brasil, a partir de 1967, “um processo de
‘democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados
exames de admissão, entre outros fatores.” Como conseqüência desse processo de
“democratização”, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas,
as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes.
O ensino de Língua Portuguesa, nesse contexto, não poderia dispensar
propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por
esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros lingüísticos e
padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Cabe lembrar que no
processo brasileira de industrialização, institucionalizou-se a vinculação da
educação com a industrialização. A Lei nº 5692/71 ampliaria e aprofundaria essa
vinculação, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o
trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na
Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais
pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades lingüísticas do
falante.
A disciplina de Língua Portuguesa, com a Lei n. 5692/71, passou a
denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras
séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries),
baseando-se, principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da
comunicação. Em decorrência disso, a Gramática deixava de ser o enfoque principal
do ensino de língua e a teoria da comunicação passava a ser o referencial, embora
na prática das salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de
Língua Portuguesa passou a se pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de
redação e treinamento de habilidades de leitura.
238
Assim, verificou-se intensa ampliação de vagas escolares e de acolhimento a
professores advindos de ambientes pouco letrados. Em decorrência de tal política,
houve uma multiplicação do número de alunos, rebaixamento dos salários docentes,
o que precarizou ainda mais as condições de trabalho, de modo que os professores
passaram a buscar alternativas didáticas para facilitar o ensino. A necessidade de
suprir o grande número de vagas lançou para segundo plano a formação
pedagógica, transferindo a responsabilidade do planejamento das aulas para o livro
didático, retirando assim do professor a autonomia em sua prática e lhe confiando
apenas uma pedagogia de transmissão.
OBJETIVOS
A prática de leitura, enquanto processo, deve considerar os conhecimentos
prévios do leitor, levá-lo a fazer previsões e inferências sobre o texto, aumentar seus
saberes e em conseqüência, desenvolver seu raciocínio, seu senso crítico, sua
curiosidade intelectual, confrontando o texto com a sua experiência de vida, sua
vivência sociocultural, seu conhecimento de mundo.
Na escrita, o objetivo principal é fazer o aluno perceber-se como autor,
produzir com e para o outro, interagir na escrita real através do contato com as
diversas modalidades de texto e da ampliação do uso de linguagens verbais e não-
verbais.
Quanto à oralidade, o objetivo é fazer com que o aluno sinta-se como sujeito
do processo interativo, sendo motivado a falar, independentemente da variação
lingüística de que dispõe para a sua expressão e compreensão do mundo, promover
situações que os incentivem a falar, ainda que do “seu jeito”. Esse trabalho com a
prática oral, tem como objetivo permitir a ele, obviamente, conhecer e usar a norma
padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.
Como essas práticas estão interligadas aos fatos lingüísticos, que devem ser
trabalhados a partir da reflexão sobre a organização do texto escrito. O objetivo
desse trabalho é a compreensão da estrutura, do funcionamento e dos mecanismos
característicos das marcar gramaticais dos diferentes tipos de textos e que o aluno
construa através da análise lingüística os conceitos gramaticais e reflita sobre o seu
uso na escrita, à medida que forem significativos para a compreensão dos mesmos.
239
Em relação a literatura, oportunizar ao aluno o contato com as mais variadas
manifestações literárias, que estabeleçam maiores possibilidades de relações dentro
do rizoma que leva á libertação do pensamento, o que permite valorizar a
elaboração de mapas de leituras mais do que imobilizá-las na história.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECIFICOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
o DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
o PRÁTICA DA ORALIDADE: para Marcuschi, a oralidade é vista como uma
“prática social interativa”, utilizada em momentos de comunicação através
de vivências cotidianas que favoreça, habilidades de falar e ouvir como:
histórias de família, da comunidade, filme, livro, depoimentos de situações
vividas pelo próprio aluno ou pessoa de seu convívio, emitir opiniões,
justificas ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e
dar entrevistas, apresentar resumos, dar avisos, fazer convites, relato e
acontecimentos, debates, seminários e outras atividades que possibilitem
o desenvolvimento da argumentação.
• Apresentação de trabalhos orais, expressar e defender pontos de vista,
declamação de poemas, dramatização, diálogos formais e informais,
apresentação de palestras e seminários, buscando clareza na exposição
de idéias.
o PRÁTICA DA LEITURA: para Bakhtin, o texto deve ser entendido como
veículo de intervenção no mundo e a produção social. Para isso é
necessário propor uma infinidade de textos, a fim de desenvolver a
subjetividade do aluno, considerar a preferência e a opinião dele ao
240
selecioná-los, criar momentos em que os alunos exponham suas idéias,
opiniões e experiências de leitura.
• Leitura de diversos tipos de textos literários (romance, contos, crônicas,
poéticos) e não literários (informativos, jornalísticos, publicitários, não
verbais e textos gráficos, desenvolvendo leitura de mundo,
intertextualidade, interação.
○ PRÁTICA DA ESCRITA: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma
perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora
de sentidos através da prática textual. Não ligada apenas à norma padrão,
pois a assimilação da escrita em que não há reducionismo lingüístico,
arbritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno tende a ser
mais eficiente.
• Produção de narração, descrição, dissertação, relatório, procuração,
biografia, periódica, propaganda entre outros.
○ ANÁLISE LINGUÍSTICA: o Ensino Médio propõe-se formar usuários
competentes da língua, de modo que, pela fala, escrita e leitura, exercitem
a linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se a diferentes
situações de uso. Não é possível privilegiar uma única forma de análise
dos fenômenos lingüísticos mas, faz-se necessário trabalhar também
conceitos de gramática.
• Analise de textos, fonologia (pontuação e acentuação frafica
• Níveis de linguagem
• Funções de linguagem (referencial ou informática, poética, metalingüística,
conotativa ou afetiva).
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos
de textos, mais fácil irá assimilar a regularidade que determinam o uso da norma
padrão.
○ LITERATURA
• Introdução à literatura portuguesa – trovadorismo – épico, lírico,
dramático;
241
• Elementos da narração: tempo, espaço, enredo.
2ª SÉRIE
o PRÁTICA DA LEITURA: para Baktin, o texto deve ser entendido como
veículo de intervenção no mundo e a produção social. Para isso é
necessário propor uma infinidade de textos, a fim de desenvolver a
subjetividade do aluno, considerar a preferência e a opinião dele ao
selecioná-los, criar momentos em que os alunos exponham suas idéias,
opiniões e experiências de leitura.
• Leitura de textos literários (romance, contos, novelas) e não literários
(informativos, jornalísticos, ficção cientifica, textos gráficos).
o PRÁTICA DA ORALIDADE: para Marcuschi, a oralidade é vista como uma
“prática social interativa”, utilizada em momentos de comunicação através
de vivências cotidianas que favoreça, habilidades de falar e ouvir como:
histórias de família, da comunidade, filme, livro, depoimentos de situações
vividas pelo próprio aluno ou pessoa de seu convívio, emitir opiniões,
justificas ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e
dar entrevistas, apresentar resumos, dar avisos, fazer convites, relato e
acontecimentos, debates, seminários e outras atividades que possibilitem
o desenvolvimento da argumentação.
• Apresentação de trabalhos orais, expressão e defesa do ponto de vista,
declamação de poemas, diálogos formais e informais, apresentação de
palestras.
○ PRÁTICA DA ESCRITA: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma
perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora
de sentidos através da prática textual. Não ligada apenas à norma padrão,
pois a assimilação da escrita em que não há reducionismo lingüístico,
arbritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno tende a ser
mais eficiente.
• Produção de textos narrativos, descritivos, resumo, resenha, relatório
(carta comercial, requerimento, procuração, Curriculum Vitae, biografia,
propaganda).
242
○ ANÁLISE LINGUÍSTICA: o Ensino Médio propõe-se formar usuários
competentes da língua, de modo que, pela fala, escrita e leitura, exercitem
a linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se a diferentes
situações de uso. Não é possível privilegiar uma única forma de análise
dos fenômenos lingüísticos mas, faz-se necessário trabalhar também
conceitos de gramática.
• Analise de textos observando sua regência verbal
• Discurso direto ou indireto
• Verbos de ligação
• Verbos transitivos e intransitivos
• Predicativo do sujeito e objeto
• Coordenação e subordinação
• Conjunções subordinativas
• Pronomes relativos
• Pontuação e acentuação
• Classe das palavras
• Ortografia.
○ LITERATURA
• Humanismo
• Classicismo
• Barroco
• Arcadismo na Literatura Portuguesa
• Quinhentismo e Barroco na Literatura Brasileira
• Aspectos da Conjuntura Literária e Cultural do séc. XV ao XVIII
• Período colonial: de 1500 a 1822
3ª SÉRIE
○ PRÁTICA DE LEITURA
243
• Textos Literários: romance, canto, crônicas, poéticos, novelas, entre
outros;
• Textos Não literários: informativos, jornalísticos, ficção, cientifico,
publicitários, verbal e não verbal, textos jurídicos, charges, tiras
biográficas, relatórios, textos gráficos;
○ PRÁTICA DA ORALIDADE: apresentação de trabalhos orais, expressar e
defender pontos de vista, declamação de poemas, dramatização, diálogos
formais e informais, apresentação de palestras e seminários;
○ PRÁTICA DA ESCRITA: narração, descrição, dissertação, receita, poema,
propaganda, notícia, paródia, intertexto, resumo, resenha, edital,
biografias, relatórios, ofícios;
• Uso dos pronomes e da elipse na construção do texto;
• Uso do infinitivo inflexionado;
• Revisando crase;
• Articulação argumentativa;
• Uso do hífen e parênteses;
• Pronomes demonstrativos – coesão;
• Aspectos gráficos da acentuação e pontuação;
• As linguagens da publicidade;
• Pontuação: vírgula, dois pontos, ponto, ponto de interrogação, aspas,
travessão, parênteses, ponto de exclamação;
• Noção de texto;
• Gênero do discursivo;
• Estabelecer relações básicas entre as classes de palavras nos enunciados
lingüísticos;
• Descrever as diferentes estruturas do período simples, levando em conta
a ocorrência dos diferentes tipos de termos da oração;
• Colocar os pronomes da oração de acordo com as regras. Passar de uma
variedade lingüística para outras observando os princípios de colocação
pronominal;
244
• Discernir dos diferentes períodos literários, reconhecendo suas
especificidades do período e de cada autor;
• Desenvolver condições para no exercício de interpretação por meio de
hipóteses e deduções, propor sentidos aos textos examinados;
• Caracterizar os diferentes tipos de textos;
• Elaborar textos dissertativos, com argumentos que fundamentam a tese a
ser defendida;
• Identificar diferenças conseqüentes da época em que o texto foi produzido
(por exemplo: notícias ou poemas do classicismo e poemas hoje, texto
literário do século XVI e texto literário do século XX);
• Compreender a relação necessária entre uma determinada obra e o
contexto histórico, econômico, social e cultural em que foi produzido;
• Ler por prazer e identificar informações no texto lido
• Relacionar uma informação do texto com outras informações pressupostas
pelo contexto;
• Diferenciar as três modalidades textuais: descrição, narração e
dissertação;
• Ler, interpretar e analisar os textos ficcionais e não ficcionais;
• Empregar de acordo com as possibilidades de cada gênero, recursos
próprios do padrão de escrita na organização textual;
• Estruturar e reelaborar textos dissertativos, utilizando relações como:
causa, conseqüência, fato, opinião, problemas, solução, tese e
argumentos;
• Produzir textos com coerência e coesão, seqüência lógica de idéias
adequando o texto ao interlocutor real ou vertical;
• Adentrar nos textos, compreendendo-os na sua relação dialética e de
acordo com a “visão de mundo” de cada um;
• Ler textos em confronto, compreensivelmente, criticamente,
semioticamente.
○ ANALISE LINGÜÍSTICA
• Linguagem e gramática;
• Período composto por coordenação e subordinação;
245
• Coesão;
• Variedades lingüísticas;
• Concordância verbal e nominal;
• Aspectos de textos jornalísticos;
• Intertextualidade;
• Campos semânticos, reconhecimento do paratexto;
• Classes de palavras – revisão;
• Termos da oração;
• Colocação pronominal.
○ LITERATURA
• Séculos XVI, XVII, XVIII e XIX: O Romantismo, O Realismo, O
Simbolismo;
• História da literatura brasileira século XX: semana da arte moderna de
1922;
• A década de 1930;
• A vida literária do imediato pós-guerra;
• A vida literária contemporânea;
• A narrativa intimista e introspectiva;
• A diversidade pós 1970: poetas, contistas e romancistas;
• A literatura de Portugal, a poesia medieval e a prosa até o século XV;
• A literatura de Portugal: do Renascimento ao Romantismo;
• A literatura de Portugal dos Séculos XIX e XX: Realismo, Simbolismo e
Modernismo;
• Literatura Africana e Língua Portuguesa;
• Produção Literária Africana – o desenvolvimento;
• Literatura em línguas crioulas de base portuguesa;
• Textos de autores africanos;
• Modernismo – 2ª fase;
• Modernismo – 3ª fase;
• Literatura contemporânea em Portugal e no Brasil;
• Gêneros literários (revisão);
246
• Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo, Simbolismo e
Modernismo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na sala de aula os professores de Língua Portuguesa têm o papel de
aprimorar as possibilidades do domínio da oralidade, leitura e escrita, para que
compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às
práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.
O constante diálogo e sua análise representam a possibilidade de valorizar o
ambiente escolar e reconhecê-lo como espaço fértil para construir racionalidades
solidárias, combater intolerâncias e qualquer tipo de preconceito.
A metodologia estará voltada à construção do conhecimento dos alunos em
relação ao objeto de estudo. A participação, a pesquisa, o interesse, o diálogo e a
observação devem superar a aquisição mecânica do conhecimento.
Portanto, o professor irá trabalhar para ampliar o conhecimento através da
comunicação verbal e escrita do aluno em diferentes situações da vida social. Isto
através de leitura e produção de diferentes tipos de textos, recriando em outro texto
objetivando a socialização e a prática da norma culta da língua.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
É preciso também desenvolver temas relacionados à realidade, os quais
devem abordar a Sexualidade Humana, a História e a Cultura Afro-brasileira e
Africana e principalmente a discussão sobre as diversas formas de violência. Estes
considerandos Desafios Educacionais os quais são de extrema importância para a
formação do aluno como ser humano e parte integrante de uma sociedade que está
em constante evolução.
A partir disto, o Ensino Médio deve tornar o estudante capaz de inserir-se na
atividade social, buscar vagas no Ensino Superior e espaços no mundo de trabalho,
alem de ser um cidadão atuante no local onde vive.
247
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
Na perspectiva da diversidade cultural de nossos estudantes e considerando
ritmos e processos de aprendizagens diferentes, a avaliação precisa dar pistas
concretas para aprimorar a capacidade lingüística e discursiva nas práticas de
oralidade, leitura e escrita.
Sendo assim, a avaliação formativa, na sua condição de contínua e
diagnóstica, aponta as dificuldades e possibilita uma ação pedagógica adequada
para a superação desses problemas.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada em função de situações
adequadas a interlocutores e discurso/ texto. Exposição informal de idéias, debates,
contação de histórias, palestras, entrevistas e seminários são oportunidades que
exigem adequação de diferentes modalidades de fala.
Dessa forma, serão consideradas numa análise de produção oral dos
estudantes, sendo eles também avaliadores de suas próprias falas bem como dos
textos orais com os quais convivem: noticiários, programas televisivos, discursos
políticos e pela observação diária do professor, considerando o resultado esperado e
tendo como parâmetro a norma culta.
A avaliação da leitura considera a compreensão do texto lido, a construção do
texto, sua reflexão e resposta, dentro das diferentes visões de mundo, através de
exercícios orais e escritos, debates, reflexões que possibilitem uma multiplicidade de
relações com outros textos e contextos.
A escrita será avaliada em suas diferentes modalidades, no exercício da
prática que acontece em vários momentos: motivação para a produção, o da
revisão, reestruturação e reescrita do texto.
A recuperação paralela será feita de forma imediata e contínua através de
reelaboração de textos, pesquisas, leitura, apresentação de trabalhos orais e
248
escritos, a reflexão sobre a organização do texto oral e escrito e de como os
elementos gramaticais “costuram” o texto.
249
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/CONSELHO PLENO. Resolução nº 1.
Brasília, 17 de junho de 2004.
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª
série – Curitiba – Base Editora 2005.
INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
NOS CURRÍCULOS ESCOLARES – Lei Nº 10.639.
LEI Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições – 17º ed. – São Paulo. Cortez 2005.
MARTINS, Lucia de Araújo Ramos – [er al.] organizadores – Inclusão:
compartilhando saberes – Petrópolis, RJ. Vozes 2006.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005.
Programa Nacional de Educação Fiscal – SEF/MG.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Língua Portuguesa.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
_____, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Língua
Portuguesa. Curitiba: SEED-PR, 2006.
250
VASCONCELLOS, Celso dos Santos – Avaliação: concepção dialética-
libertadora do processo de avaliação escolar, 15ª ed. – São Paulo: Libertad,
2005.
251
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O nascimento da Matemática ocorreu por volta de 2000 a.C. na Babilônia,
mas somente nos séculos VI e V a.C. na Grécia é que emergiu como Ciência, sendo
registrados regras, princípios lógicos e exatidão de resultados.
No Brasil, na metade do século XVI, com a instalação dos colégios católicos é
que a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola
brasileira. Do final do século XVI ao início do XIX a matemática escolar demarcava
os programas de ensino da época, por ser a ciência que daria a base de
conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.
Do final do século XIX e início do XX instala-se um novo cenário sócio-
político-econômico e neste contexto os matemáticos que até então eram vistos como
pesquisadores, passavam a ser também professores. Sendo assim, as disciplinas
que abordavam conteúdos matemáticos foram unificadas, explorando seu caráter
didático e pedagógico. Essas idéias foram implementadas no Brasil pelo movimento
da Escola Nova, orientado por uma concepção Empírico-Ativista.
Esta tendência contribuiu para a unificação de Matemática em disciplina, além
de orientar a formulação das diretrizes metodológicas do ensino da Matemática. Sua
proposta básica era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e
interesses individuais.
Na tendência Formalista Clássica a finalidade da Matemática era o
desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo.
Na tendência Tecnicista visava a preparação do indivíduo para ser útil e servir
ao sistema, cujo método era a memorização de princípios e fórmulas, o
desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algorítmos e expressões
algébricas e de resolução de problemas. Os conteúdos eram organizados por
especialistas.
Na tendência Construtivista o conhecimento matemático resulta de ações
interativas e reflexivas por parte dos estudantes.
252
Outra tendência, a Sócio-etnocultural valorizava aspectos sócio-culturais
tendo como base teórica e prática a etnomatemática sendo um saber prático relativo
não universal e dinâmico produzido histórico-culturalmente.
Já na tendência Histórico-Crítica o saber é construído historicamente para
atender as necessidades sociais e teóricas tornando-os capazes de estabelecer
relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Após a implantação da LDBEN 9394/96 o objetivo é adequar o ensino
brasileiro às transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica
e das concepções de mercado. Em 1978, com a distribuição dos PCN´s o ensino da
Matemática deve ter seu trabalho voltado para sua aplicação na vida prática,
minimizando seu valor científico e seus contextos internos.
De acordo com as DCE’s, objeto de estudo da Matemática, refere-se a
alguns conceitos básicos presentes nas formas espaciais e quantidades:
o Seqüenciar;
o Quantificar;
o Estimar;
o Comparar;
o Calcular;
o Classificar;
o Selecionar;
o Contar e medir;
o Ordenar;
o Constatar formas e grandezas;
o Apropria-se de linguagem adequada.
Isto possibilitará a organização da atividade mental; a crítica de questões
sociais, políticas e históricas, a autonomia de transformação e criação e a resolução
de problemas.
Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio são: números e álgebra,
funções, grandezas e medidas, geometrias e tratamento da informação. São esses
porque incorporam os conteúdos específicos à Educação Básica.
A Matemática do Ensino Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar
o pensamento e o raciocínio dedutivo. Também desempenha um papel instrumental,
253
pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas
específicas em quase todas as atividades humanas.
Em seu papel formativo, a matemática contribui para o desenvolvimento de
processos de pensamento e aquisição de atitudes cuja utilidade e alcance
transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar no aluno a
capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação proporcionando
confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a
formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
É necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para que
o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriação de linguagem para descrever e interpretar fenômenos
matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
Quanto ao caráter instrumental da matemática no Ensino Médio, ela deve ser
vista como um conjunto de técnicas e estratégias a serem aplicadas em outras áreas
do conhecimento e nas atividades profissionais, isso tudo, dentro de uma reflexão.
A reflexão em uma atividade é, geralmente, uma maneira útil de aumentar sua
eficácia, porque nós podemos analisar o que é essencial, o que é importante, e
como a atividade pode ser feita evitando o mais fácil dos erros. Na reflexão toma-se
ciência do valor da atividade.
Neste sentido é preciso que o aluno perceba a Matemática como um sistema
de códigos e regras que tornam uma linguagem de comunicação de idéias e permite
modelar a realidade e interpretá-la. Os números e a álgebra como sistema de
códigos, a geometria na leitura e interpretação e a probabilidade na compreensão de
fenômenos em universo finito.
A Matemática do Ensino Médio deve ser vista como ciência com suas
características estruturais específicas. Desenvolvendo nos alunos características tão
importantes quanto às de abstração, de raciocínio em todas as suas vertentes, de
resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e
compreensão de fatos matemáticos e de interpretação da própria realidade.
A finalidade da educação matemática é fazer o estudante compreender e se
apropriar da própria Matemática . Permitir que ele construa valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do
254
cidadão, isto é, do homem público. Um estudante crítico, capaz de agir com
autonomia nas suas relações sociais.
OBJETIVOS
○ Apropriar-se e compreender o conhecimento matemático como um
conjunto de regras, métodos e procedimentos, envolvidos em um contexto,
visando a formação integral do ser humano, prevendo a transformação
social;
○ A partir da história da matemática e seus conceitos, possibilitar ao
educando perceber a utilidade de tais conceitos no mundo
contemporâneo;
○ Buscar desenvolver como campo de investigação e de produção, o
conhecimento matemático, em sua natureza científica; e a melhoria da
qualidade de ensino, em sua natureza pragmática.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
Números e álgebra:
○ Números reais;
○ Equações e inequações;
○ Noções de números complexos.
Grandezas de medidas:
○ Micro e macro medidas.
Geometrias:
○ Geometria plana.
Funções:
○ Função afim
255
○ Função quadrática
○ Função exponencial
○ Função logarítmica
○ Progressão aritmética
○ Progressão geométrica
Tratamento da Informação
○ Matemática financeira
○ Estatística
2ª SÉRIE:
Números e álgebra:
○ Sistema lineares
○ Determinantes
○ Matrizes
Grandezas de medidas:
○ Grandezas vetoriais
Geometrias:
○ Geometria espacial
Funções:
○ Função trigonométrica
○ Função modular
Tratamento da Informação
○ Análise combinatória
○ Probabilidade
3ª SÉRIE:
Números e álgebra:
256
○ Polinômios
○ Números complexos
Grandezas de medidas
○ Trigonometria.
257
Geometrias:
○ Geometria analítica
○ Noções básicas de geometria não-euclidiana.
Funções:
○ Função polinomial (grau não maior que 2)
Tratamento da Informação
○ Estatística
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na abordagem dos conteúdos matemáticos deve-se oportunizar os
conhecimentos previamente adquiridos, permitindo o exercício da crítica e a análise
da realidade valorizando a história dos estudantes através do reconhecimento e
respeitando suas raízes culturais, transformando problemas reais em problemas
matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.
Os conceitos devem ser apresentados, discutidos, construídos e
reconstruídos de modo que influenciem na formação do pensamento humano e na
produção de sua existência, por meio das idéias e tecnologias.
O desenvolvimento da matemática faz parte de um processo progressivo,
portanto, deve possibilitar ao aluno descobrir suas hesitações, dúvidas,
contradições, as quais ao longo do processo de ensino aprendizagem o mesmo
consiga eliminar contradições do fazer matemática e conheça novos problemas a
resolver.
Algumas tendências metodológicas para o ensino da matemática são: a
resolução de problemas, a modelagem matemática, o uso de mídias tecnológicas, a
etnomatemática e a história da matemática, as quais serão elencadas a seguir:
○ Resolução de Problemas : aplicar conhecimentos previamente adquiridos
em novas situações, tendo condições de buscar várias alternativas que
almejam a solução, visando o levantamento de hipóteses e posteriores
258
testes, possibilitando desta forma, aos estudantes, a compreensão dos
argumentos matemáticos e ajudando a vê-los como um conhecimento
presente no processo de ensino e de aprendizagem.
○ Etnomatemática: visa reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem conhecimento científico, levando-se em consideração que
não existe um único saber, mas vários saberes distintos, cada qual com
sua importância valorizando a história dos indivíduos e suas relações de
produção e trabalho, bem como, suas manifestações culturais.
○ Modelagem Matemática : consiste na arte de transformar problemas reais
com os problemas matemáticos e resolvê-los; um ambiente de
aprendizagem onde os alunos são instigados a indagar e/ou investigar,
contribuindo assim para a elaboração de análises críticas e para
compreensão de mundo.
○ Mídias Tecnológicas: são recursos tecnológicos, o software, a televisão,
as calculadoras, os aplicativos da Internet, os quais auxiliam na
visualização, generalização e representação do fazer matemático de uma
maneira possível de manipulação, enfatizando a experimentação, a
construção, a interação, o trabalho coletivo, a dinâmica e o confronto entre
teoria e prática, inserindo assim formas diferenciadas de ensinar e
aprender, valorizando o processo de produção de conhecimentos.
○ História da Matemática: trata-se de estudar as descobertas da Matemática
vinculada aos fatos sociais, políticos, históricos, filosóficos que
influenciavam o pensamento e o avanço científico de cada época, levando
o indivíduo a entender como o conhecimento matemático é construído
historicamente, reconhecendo a matemática como um campo do
conhecimento em construção e pensar em um ensinar que possibilite a
construção em conjunto – professores e alunos – da ciência matemática.
Para que os alunos se apropriem dos conhecimentos matemáticos é
necessário que os conteúdos sejam trabalhados através de exemplos, exercícios em
sala, trabalhos individual e coletivo, pesquisas, etc., pois cada indivíduo aprende de
uma forma.
É necessário ainda, estabelecer relações entre os conteúdos e o cotidiano do
aluno, para que este desperte o interesse pelo saber matemático.
259
Aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem de conteúdos,
será aplicada a recuperação paralela de forma contínua com atividades
complementares, aplicando novas metodologias para rever o conteúdo.
Os conhecimentos matemáticos não são isolados, por isso se faz necessário
que haja uma articulação entre os conhecimentos estruturantes e os diversos
conteúdos específicos estudados, já que alguns são pré-requisitos para outros.
Para tanto, é importante explorar os mesmos, usando diferentes metodologias
propiciando aprofundamento científico da disciplina.
Na disciplina de matemática o professor deve reconhecer que o
conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos
isoladamente.
Fazendo uso desses modelos e partindo do que o aluno sabe, instigar o
mesmo à resolução de problemas levantando hipóteses e testando-as através de
cálculos e atividades práticas. Usando a Etnomatemática, estimular o aluno a
reconhecer e registrar questões de relevância social, como o estudo da História e
Cultura Afro-brasileira e Africana, a Educação do Campo, Inclusão, a Educação
Fiscal, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento à Violência à
Criança e ao Adolescente, Sexualidade Humana e Educação Ambiental construindo
o conhecimento matemático através da organização e análise da realidade social e
individual com o uso de textos informativos e a própria realidade de vida.
Fazer o uso da modelagem matemática problematizando situações do
cotidiano valorizando o contexto social do mesmo (Educação do Campo).
Fazer uso de mídias tecnológicas para que todos tenham acesso aos
conhecimentos tecnológicos e possam buscar informações sobre o ambiente em
que vivem.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
260
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, é um
processo dialético de identificação do avanço e de novos caminhos a serem
tomados na ação pedagógica, respeitando as características individuais.
Sendo assim, serão utilizados os seguintes instrumentos para avaliar a
aprendizagem do aluno:
oprodução e resolução de situações problemas;
oatividades desenvolvidas em sala de aula, podendo ser escritas, orais,
individuais e em equipe;
otrabalhos de pesquisa individual e em grupo;
otestes de aproveitamento.
Pela avaliação o professor saberá como está ocorrendo a aquisição e
assimilação dos alunos quanto aos conceitos adquiridos, raciocínios desenvolvidos e
domínio de certas regras, a capacidade de resolução de situações problema e a
capacidade de relacionar conceitos matemáticos com a realidade prática. Ainda
serão utilizados como critérios de avaliação a observação do professor, quanto a
participação, interesse, criatividade, autonomia e raciocínio lógico utilizado na
resolução de atividades.
Nessa perspectiva, levar o aluno a refletir sobre os caminhos que lhe
percorrem para resolver uma atividade de maneira equivocada e ajudá-lo a retomar
o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos, e se há lógica no processo
escolhido pelo aluno, se ele fez uma tentativa dinâmica de resolução.
É importante que o professor esclareça aos alunos o que pretende avaliar,
para que estejam atentos.
261
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARAÇA, Bento de J. Conceitos fundamentais da matemática. Gradativa – 2005.
DÁMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a
modernidade. Belo Horizonte – Autêntica – 2005.
FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-
Pedagógico. Realeza: 2007.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:
Autores Associados, 2002.
PARÂMETROS Curriculares Nacionais de Matemática
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:
Autores Associados, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Matemática. Curitiba: SEED-
PR, 2006.
_____. Livro Didático Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006.
262
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Química é uma ciência que está presente em todo processo de
desenvolvimento das civilizações e contribui para a melhora da qualidade de vida
das pessoas.
Uma das mais antigas descobertas químicas foi o domínio do fogo, que
revolucionou a vida do homem.
Quando falamos da história da Química podemos citar a alquimia, apesar de
ser uma ciência misturada com magia e religião, contribuiu para o desenvolvimento
de técnicas da metalurgia e as primeiras vidrarias de laboratório.
A proposta curricular de Química para o Ensino Médio, busca contemplar
aspectos conceituais que permitam a compreensão da constituição, propriedades e
transformações dos materiais, destacando as implicações sociais relacionadas à sua
produção e a seu uso.
Química é a ciência que lida com as propriedades, composição e estrutura
das substâncias, as transformações que com elas ocorrem e a energia que é
liberada ou absorvida durante esses processos. Toda substância, quer seja natural
ou produzida artificialmente, é constituída de um ou mais das mais de cem espécies
de átomos que foram identificados como elementos. Estes átomos, por sua vez, são
constituídos por partículas mais elementares, que são as estruturas básicas das
substâncias químicas; não existe nenhuma quantidade de ouro, oxigênio, mercúrio
ou prata, por exemplo, menor que um átomo desta substância. A química, no
entanto, não está preocupada com o domínio subatômico, mas com as propriedades
dos átomos e as leis que governam suas combinações e como o conhecimento
destas combinações podem ser usados para propósitos específicos.
A Química também se preocupa com a utilização de substâncias naturais e
com a criação de novas, artificiais. Cozimento, fermentação, manufatura de vidro e
metalurgia são processos químicos que datam dos primórdios da civilização. Hoje,
vinil, teflon, cristais líquidos, semicondutores e supercondutores representam os
frutos da tecnologia química.
No século XVII ocorreu a Revolução Química, o mágico da alquimia cedeu
263
lugar ao científico. Com a Revolução Industrial, a indústria química apresentou um
grande desenvolvimento.
No século XVIII Lavoisier deu um grande avanço na química, pode-se dizer
que se iniciou a fase moderna dessa ciência e a Química ganhou uma linguagem
universal.
No século XIX ocorreu à síntese da uréia (Friedrich Wohler) e a partir daí, os
cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em laboratório.
Em 1860 foi estabelecida a classificação periódica dos elementos químicos
por Mendeleev.
No final do século XIX com o surgimento dos laboratórios, a Química se
consolidou como uma das principais disciplinas.
O século XX presenciou avanços dramáticos na compreensão da maravilhosa
e complexa química dos organismos vivos, e a interpretação molecular da saúde e
da doença desperta grandes expectativas. A química moderna, sustentada por
instrumentos cada vez mais sofisticados, estuda materiais menores que um simples
átomo e maiores e mais complexos que o DNA (Ácido Desoxirribonucléico), que
contém milhões de átomos. Novas substâncias podem ser projetadas para
apresentar características desejadas e então sintetizadas.
Nos anos 80, o documento de Química para a reestruturação do Ensino de 2º
Grau, apresentou uma proposta de conteúdos essenciais para a disciplina e tinha
como objetivo a aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente
constituídos.
Nos anos 90 iniciou-se um movimento reflexivo por parte dos profissionais da
educação no sentido de estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a
metodologia e a avaliação para o ensino de Química.
Hoje, pode-se dizer que a abordagem no ensino da Química será norteada
pela construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada
aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
É importante relacionarmos a Química com o tempo, pois como essa ciência
estuda a matéria e suas transformações, é interessante que o educando tenha
conhecimento e faça uma relação dos materiais utilizados antigamente e os
materiais de hoje (muitos materiais como por exemplo: as tintas, os vidros, as
cerâmicas são utilizados desde os tempos remotos e apesar de a matéria-prima
utilizada ser praticamente as mesmas, hoje, muita tecnologia foi incorporada).
264
Outro aspecto bastante relevante é relacionar a Química com o trabalho, ou
seja, o educando precisa ter uma visão de que sem o trabalho não haveria a
produção material nem a sociedade humana tal como se conhece. É interessante
mostrar o trabalho manual de um determinado material e relacionar com a produção
industrial (produção manufatureira e industrial).
A cultura também não pode ser deixada de lado, é preciso que esteja
vinculada no desenvolvimento dos conteúdos científicos.
Portanto, se o educador ao ensinar Química relacionar essa ciência com o
tempo, trabalho, cultura e tecnologia poderá, com sucesso, passar aos educandos o
conhecimento científico.
A Química deve ser tratada de modo a possibilitar o entendimento do mundo
e a sua interação com ele. Pode-se ilustrar esta indicação com os Desafios
Educacionais Contemporâneos - a Educação Fiscal, Educação Ambiental,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade Humana, com situações
observadas no cotidiano.
OBJETIVOS
o Formar um educando que se aproprie dos conhecimentos químicos e
também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual,
caracterizado, sobretudo, pela presença da ciência e da tecnologia.
o Possibilitar a compreensão das transformações químicas de forma
abrangente e integrada, contribuindo para que o indivíduo se veja
participante de um mundo em constante mudança e despertando o
interesse para servir a humanidade, no desenvolvimento tecnológico, com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance
econômico e social.
o Desenvolver a capacidade de investigação e crítica, observando a
evolução da ciência, juntamente com seus benefícios e prejuízos e assim
formar indivíduos pensantes em busca da melhoria da qualidade de vida.
265
o Reconhecer a Química como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto
da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, religiosos e
tecnológicos.
266
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
CONCEITO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
QUE PARTICIPAM NA
CONSTRUÇÃO DO
CONCEITO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
HISTÓRIA DA
QUÍMICA
• Introdução à Química;
• Conceitos e reformulação
de conceitos;
• Química no cotidiano;
• Linguagem da Química;
• Tabela Periódica.
Matéria e sua
natureza
• Estudo da matéria em constante
transformação;
• Analisar as reações que ocorrem no dia-a-dia
(ferrugem, digestão).
Biogeoquímica
• Trabalhar o conhecimento que os alunos tem
sobre a Química da vida, natureza e ser
humano, assim entendendo as
transformações que ocorrem no dia-a-dia.
Química
sintética
• Reconhecer fórmulas químicas e suas
aplicações, no uso de produtos químicos
como aditivos alimentares, medicamentos,
fibras, etc;
• Trabalhar a leitura de rótulos e embalagens.
267
ESTRUTURA DA
MATÉRIA E SUAS
TRANSFORMAÇÕES
ESTRUTURA DA
MATÉRIA E SUAS
TRANSFORMAÇÕES
• Reações: fenômenos
químicos;
• Substancias: simples e
compostas;
• Estados físicos da matéria
• Mudanças de estado;
• Misturas.
Matéria e sua
natureza
• Elementos químicos presentes no cotidiano;
• Combinação entre substâncias;
Biogeoquímica
• Constituição da Biosfera, átomos e
substancias;
• Ciclo dos elementos C, N e O e da H2O;
• Presença de átomos na matéria;
• Formação de novas substancias;
• Mudança de temperatura;
• Biosfera: H2O, ar e solo.
Química
Sintética
• Suprimento de novos produtos;
• Desenvolvimento e aperfeiçoamento de
novos produtos.
268
ESTRUTURA
ATÔMICA
• Modelo atômico;
• Átomos e suas partículas;
• Distribuição de elétrons;
• Íons;
• Tabela Periódica;
• Elemento químico.
Matéria e sua
natureza
• Composição interna dos elementos químicos;
• Estudo da tabela periódica permitindo
descobertas e levando ao conhecimento
sobre a natureza da matéria.
Biogeoquímica
• Importância dos elementos químicos para
saber a fertilidade do solo, uso de
fertilizantes, inseticidas, etc;
• Levar o conhecimento aos alunos sobre os
ciclos globais e suas interações na hidrosfera,
atmosfera e litosfera.
Química
sintética
• Separação de materiais;
• Síntese de elementos artificiais;
• Presença de reações químicas quanto a
proporção dos elementos;
• Saber a importância de alguns metais para a
manutenção equilibrada das funções do corpo
humano.
269
2ª SÉRIE
CONCEITO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
QUE PARTICIPAM NA
CONSTRUÇÃO DO
CONCEITO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
TRANSFORMAÇÕES
QUÍMICAS
• Energia;
• Equação;
• Equilíbrio químico;
• Calor químico;
• Energia de ligação;
• Temperatura e pressão
de uma reação;
• Tabela Periódica;
• Efeito Estufa;
• Chuva ácida.
Matéria e sua
natureza
• Fatores, temperaturas, pressão das
substancias;
• Reconhecer que a tabela periódica serve de
mapa e possibilita descobertas de
importantes sobre a matéria e sua origem.
Biogeoquímica
• Alterações (processos) que acontecem no
cotidiano;
• Saber a importância do uso de fertilizantes,
adubos e inseticidas na agricultura.
Química
sintética
• Combustão no organismo humano;
• Apodrecimento dos alimentos;
• Fotossíntese;
• Produção de vinho;
• Relacionar a lâmpada com a bateria do carro
(que transformações ocorrem).
270
VELOCIDADE DAS
REAÇÕES
VELOCIDADE DAS
REAÇÕES
• Equilíbrio químico;
• Deslocamento e grau de
equilíbrio;
• Cálculos
estequiométricos;
• Concentração e efeito
dos reagentes;
• Catalisadores;
• Tipos de reações
(endotérmicas).
Matéria e sua
natureza
• Reações que influenciam no meio dos seres
vivos;
• Tipos de reações que oxidam;
• Estudo das enzimas, as quais fazem parte do
metabolismo do ser vivo;
• Combinação entre substâncias;
Biogeoquímica
• Identificar que tipos de reações envolvem o
ser humano;
• Entender os fatores que influenciam uma
reação;
• Pensar na estrutura molecular e como ocorre
essa reação;
• Formação de novas substâncias.
Química
Sintética
• Como acontece a deterioração dos alimentos
e também sua conservação;
• Como acontece a queima nos motores de
carros;
• Estimular a pesquisa sobre o que as
velocidades químicas têm a ver com as
máquinas fotográficas e computadores;
• Suprimento de novos produtos.
271
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
• Substâncias simples e
compostas;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade e
concentração;
• Ligações;
• Temperatura e pressão;
• Densidade;
• Tabela periódica;
• Dispersão e suspensão;
• Propriedades;
• Osmometria;
• Soluções iônicas;
• Volume;
• Molaridade.
Matéria e sua
natureza
• Identificar misturas homogêneas e
heterogêneas como participante do cotidiano;
• Entender os conceitos de: soluções saturadas
e insaturadas partindo de macro para micro;
• Elementos químicos presentes no cotidiano.
Biogeoquímica
• Refletir a interferência de soluções e misturas
no cotidiano;
• Identificar soluções e misturas nos seres
vivos e no meio ambiente;
• Mudanças de temperatura.
Química
sintética
• Produção e uso de misturas: hidrocarbonetos,
isso pode ajudar o equilíbrio harmônico da
vida;
• Desenvolvimento e aperfeiçoamento de
novos produtos.
272
3ª SÉRIE
CONCEITO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
QUE PARTICIPAM NA
CONSTRUÇÃO DO
CONCEITO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
RADIOATIVIDADE
• Tipos de radiação;
• Leis:
α- Alfa;
β- Beta;
γ- Gama.
• Meia vida;
• Fissão;
• Fusão;
• Efeitos das radiações.
Matéria e sua
natureza
• Relacionar fluorescência com substâncias;
• Absorção de CO2 na fotossíntese;
• Descoberta de elementos químicos.
Biogeoquímica
• Datação das rochas;
• PH e POH;
• DNA – mutações genéticas;
• Radioatividade para detenção de cereais
resistentes.
Química
sintética
• Aplicações na medicina;
• Aplicação do carbono 14;
• Aplicação no diagnóstico de doenças;
• Baterias e seu funcionamento;
• Corrosões, radiografias.
273
QUÍMICA DO
CARBONO
QUÍMICA DO
CARBONO
• Classificação e
propriedades;
• Átomo – carbono;
• Moléculas orgânicas;
• Classificar os processos e
reações do carbono;
• Cadeiras carbônicas;
• Ligações e forças
moleculares
Matéria e sua
natureza
• Refletir a origem da vida;
• Como reage a química do composto nos
seres vivos.
Biogeoquímica
• Trabalhar as diferenças entre compostos
orgânicos e inorgânicos;
• Produção de fertilizantes.
Química
sintética
• Do carvão ao petróleo, pensar o modo de
matéria-prima nas indústrias;
• Compreender os compostos orgânicos
naturais e sintéticos.
274
FUNÇÕES
QUÍMICAS E
ORGÂNICAS
• Alcoóis, hidrocarbonetos,
ácidos carboxílicos,
Éteres, fenóis;
• Compostos heterocíclicos
e organometálicos;
• Estruturas e propriedades
físicas;
• Tabela Periódica;
• Forças intermoleculares;
• Ebulição e fusão;
• Solubilidade;
• Densidade;
• Ligação Química.
Matéria e sua
natureza
• Compreender a função dos glicídeos,
aminoácidos e proteínas nos seres vivos.
• Metais que fazem parte da constituição de
comportamento orgânico.
Biogeoquímica
• Trabalhar a acidez e a basicidade;
• Relacionar as nomenclaturas com as
propriedades físicas;
• Abordagem de ciclos globais.
Química
Sintética
• Estudar a parte orgânica dos inseticidas,
aerossóis, solventes, etc.;
• Medicamentos;
• Funções dos alimentos;
• Presença dos compostos orgânicos nos
produtos cosméticos;
• Saber da importância de alguns metais para a
manutenção das funções do corpo.
275
ISOMERIA
• Tipos de compostos;
• Ligações;
• Carbono assimétrico e
simétrico;
• Pesos moleculares;
• Teorias dos orbitais;
• Enzimas.
Matéria e sua
natureza
• Compreender os carbonos presentes nos
hormônios, proteínas, substancias
diretamente no ser humano;
• Metais alcalinos que através de ligações
constituirão alguns compostos orgânicos
como o sal de cozinha.
Biogeoquímica• Reações de obtuição;
• Aplicações cotidianas.
Química
sintética
• Compreender os produtos prontos (margarina
transaturada), qual o processo, que tipo de
ligação existe.
• Relacionar como cotidiano;
• Óleos e gorduras;
• Proteínas que fazem parte da estrutura
capilar e como agem os diferentes produtos
químicos usados para limpeza e alteração da
cor dos cabelos.
276
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
É importante que o processo de ensino-aprendizagem em Química, parta do
conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas,
ou seja, idéias concebidas sobre o conhecimento da química, ou concepções
espontâneas, a partir da qual será elaborado um conceito científico.
Podemos dizer que a concepção espontânea sobre os conceitos que o
educando adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu
espaço de convivência, se faz presente no momento em que se inicia o processo de
ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente
construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser
disseminado no ambiente escolar, que é, por excelência, o lugar onde se lida com o
conhecimento científico historicamente produzido. Portanto, não é necessário um
laboratório bem equipado, o educador pode utilizar materiais alternativos, de baixo
custo e na sala de aula.
Pode ser apontado também como metodologias o fato de observar e
acompanhar a realização do experimento e observar através de relatórios, trabalhar
com textos de jornais, revistas, rótulos de alimentos e medicamentos para que os
educandos possam interpretar e identificar onde e de que forma a química está
presente, indicar sites e artigos científicos para que os educandos possam ler e tirar
suas conclusões.
No entanto, podemos dizer que as aulas devem ser expositivas, com práticas
laboratoriais, observações de fatos do cotidiano, atividades em grupos, leitura de
artigos, exercícios de fixação de conteúdos e pesquisas, estudo da tabela periódica,
fazendo com que o educando tenha uma visão mais abrangente do universo
químico.
A utilização de textos complementares referentes aos Desafios Educacionais
Contemporâneos – a Educação Fiscal, Educação Ambiental, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas e a Sexualidade Humana, possibilitam debates, seminários,
problematização e busca de soluções que norteiam seu cotidiano, trabalhos de
forma individual e coletiva.
Esses desafios serão contemplados de acordo com a metodologia e estudos
de conteúdos que possam ter ligação no momento, ou seja serão estudados de
acordo com o assunto estudado.
277
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
O professor deve usar instrumentos como a leitura e interpretação de textos e
da tabela periódica dos elementos, pesquisas, relatórios de aulas práticas,
apresentação de seminários, questões orais e escritas, individuais e em grupo. A
partir desses instrumentos o professor verificará se o aluno é capaz de formular
hipóteses e comprová-las, ou não, resolver problemas e estabelecer relações da
Química com seu cotidiano, perceber as transformações e reações químicas que
ocorrem dentro e fora do nosso corpo garantindo a aprendizagem de forma não
excludente..
A recuperação de conteúdo é paralela e, a cada conteúdo trabalhado, após a
verificação dos critérios de avaliação, acontecerá uma nova explicação do assunto e
questões e/ ou atividades diversificadas para melhor compreensão, a medida que
forem constatadas dificuldades na aprendizagem.
278
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político Pedagógico. Realeza: 2007.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Química. Curitiba: SEED-
PR, 2006.
_____, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público Para o Ensino
Médio – Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.
279
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia surge como Ciência Natural no século XIX, após a Revolução
Industrial, tendo como princípio norteador o pensamento positivista.
As preocupações dos primeiros sociólogos após a Revolução Industrial – final
do século XIX, as semelhantes às dos sociólogos contemporâneos.
Estas preocupações dizem respeito aos graves problemas sociais gerados
pelo modo de produção capitalista, que são: miséria, desemprego, greves, entre
outros.
Augusto Comte (1798 – 1857) e Émile Durkheim (1858 – 1917), viam na
educação a capacidade de restabelecer a ordem social e adequar os indivíduos à
nova sociedade.
O pensamento sociológico de Karl Marx (1818 – 1883) era crítico e
questionava a sociedade da época, no que se referia as relações de exploração
proveniente dos meios de produção e propunha a construção de uma nova
sociedade sem classes sociais definidas. Sua postura deixava de evidenciar a
origem conservadora e conformista da Sociologia.
O italiano Antonio Gramsci 91891-1938), fez análises e definiu conceitos
críticos e revolucionários, que contribuíram para o repensar das estruturas
educacionais. O pensamento sociológico brasileiro foi influenciado tanto por idéias
conformistas quanto por revolucionárias.
E na década de 30 foi consolidada a Sociologia no Sistema Educacional
brasileira, com a criação de Cursos de Ciências Sociais em Instituições de Ensino
Superior. Através disto, ocorreu o desenvolvimento da pesquisa sociológica e a
formação de quadros técnicos e intelectuais que dariam suporte às políticas
públicas, durante o Estado Novo. Possibilitou ainda, a consolidação da Sociologia,
enquanto disciplina, através da formação de professores para o Ensino Secundário.
No Brasil os pensadores que mais contribuíram com suas análises e
explicações sobre a realidade de suas épocas foram:
○ Gilberto Freyre (1900 – 1987);
280
○ Fernando de Azevedo (1894 – 1974);
○ Caio Prado Júnior (1907 – 1980);
○ Sergio Buarque de Holanda (1902 – 1982);
○ Florestan Fernandes (1920 – 1995);
○ Otávio Ianni (1926 – 2004).
Na década de 40, com a instalação do Estado Novo, foi retirada a
obrigatoriedade do ensino de Sociologia das escolas secundárias, através da
chamada Reforma Capanema. Nos anos 50 e início de 60, houve a Sociologia
passou a fazer parte dos currículos dos cursos de Ciências Sociais. Já na década de
1970, a disciplina continuou excluída dos secundários, existia apenas para os cursos
de magistério.
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9394/96) propôs o
estudo dos conteúdos de Sociologia com tratamento interdisciplinar, porém, a
Sociologia no Estado do Paraná tornou-se obrigatória a disciplina no currículo do
Ensino Médio.
A Sociologia enquanto disciplina é fundamental para fazer com que o
educando amplie seu conhecimento sobre a sua condição própria de vida, para
análise das relações e problemas sociais em seus aspectos diversos
conhecimentos, compreensão e a explicação da sociedade e seus sistemas sócio-
político-econômico.
OBJETIVOS
o Possibilitar ao aluno o conhecimento sobre as transformações
socioeconômicas, culturais e políticas ocorridas na sociedade, de forma tal
que ele possa fazer a análise e a compreensão dessas relações, bem
como seus determinantes. Pois assim, o educando terá elementos que o
farão refletir sobre suas condições de vida e relacioná-las aos
condicionantes sociais. Após essa reflexão poderá tomar decisões diante
do enfrentamento de dadas situações, sejam elas pessoais , individuais ou
coletivas.
281
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
o O processo de Socialização e as Instituições Sociais;
o A Cultura e a Indústria Cultural;
o Trabalho, Produção e Classes Sociais;
o Poder, Política e Ideologia; e
o Cidadania e Movimentos Sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas
• O que é Sociologia? Para que Sociologia?
• Contexto histórico do surgimento da Sociologia;
• Conhecimento científico X senso comum;
• As teorias sociológicas na compreensão da sociedade contemporânea -
Augusto Comte; Émile Durkheim; Max Weber e Karl Marx.
Processo de socialização e as instituições sociais
• Instituição familiar;
• Instituição escolar;
• Instituição financeira;
• Instituição Estado, entre outros.
Cultura e indústria cultural
• Diversidade cultural;
• Relativismo;
• Etnocentrismo;
• Questões de gênero, étnicas (afros-descendentes) e de outras minorias;
• Formação da cultura brasileira.
Trabalho, produção e classes sociais
282
• Relações de trabalho na Sociedade Capitalista – Mais-Valia;
• Precarização das relações de trabalho;
• Desemprego, desemprego conjuntural, estrutural, subemprego e
informalidade.
• Reforma trabalhista e Organização Nacional do Trabalho;
• Neoliberalismo;
• Reforma agrária;
• Relações de mercado entre muitos outros;
• Globalização.
Poder político e ideologia
• Ideologia e dominação capitalista;
• Formação do Estado Moderno
Direitos, cidadania e movimentos sociais
• Movimentos sociais urbanos;
• Movimentos estudantis;
• Movimentos sociais rurais;
• Movimentos sociais conservadores
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A linguagem é a mais importante forma de mediação entre o homem e o
mundo, entendido nas relações sociais, culturais e de poder. Neste contexto o
professor de sociologia é o mediador do conhecimento científico que possibilitará
aos alunos interpretar a realidade e desenvolver um pensamento crítico, construindo
uma concepção livre do senso comum.
Os conteúdos serão abordados considerando para cada trabalho,
independente do recurso didático utilizado, a fundamentação teórica referenciado
nos clássicos, concomitante aos fatos sociais, expressos na realidade e ainda o
sentido amplo dos conceitos sociológicos. Para aprofundamento dos conteúdos
utilizar-se-á diferentes técnicas e recursos de ensino, como seminários, mesas
283
redondas, filmes, análise de textos verbais e não verbais, músicas, pesquisa de
campo, dramatização, e outros recursos possíveis que venha a surgir.
A partir dos conteúdos de Sociologia, serão trabalhados os Desafios
Educacionais Contemporâneos, como: Educação Fiscal, Sexualidade Humana,
Enfrentamento de Violência, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Educação
Ambiental que pressupõe uma discussão aprofundada, pertinente na atualidade,
contribuindo para a formação global do cidadão.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos
qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento
global, considerando as características individuais do educando.
Compreendendo a apropriação do conhecimento como um processo
contínuo, a avaliação dar-se-á de forma constante, pensada e elaborada
coletivamente com transparência, levando educadores e educandos ao
envolvimento neste processo pedagógico, considerando-se os objetivos propostos
pela disciplina, que passa pela superação do senso comum.
Para tanto, partindo da abordagem do conhecimento científico e dos fatos
sociais elencados através de pesquisa de campo e bibliográfica, avaliações escritas,
seminários e debates, o aluno será avaliado observando-se a apreensão de
conceitos sociológicos, a capacidade de análise de situações sociais , a clareza e
objetividade na exposição de idéias, a coerência, a concordância e a
fundamentação teórica: oralidade e escrita.
A recuperação paralela de conteúdos para alunos que não obtiverem bom
aproveitamento educacional poderá ser realizada através da retomada do conteúdo,
284
a partir de um encaminhamento diferenciado, e outra proposta de avaliação: oral
e/ou escrita.
285
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
GENTILI, Pablo. A cidadania negada. São Paulo: Cortez, 2002.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Sociologia.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
_____, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Sociologia.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
286
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA: INGLÊS - ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O conhecimento de Língua Estrangeira Moderna como parte da área de
Linguagem, Códigos e suas Tecnologias assumem hoje a sua real finalidade: a de
ser um meio de comunicação entre os homens. As línguas estrangeiras modernas,
inseridas na área de Linguagem e Códigos, não são mais tratadas como uma
disciplina isolada. A necessidade de conhecer a diversidade de diferentes fatos
acontecendo em diferentes contextos, também a contribuição para formar alunos
críticos e transformadores faz com que seja necessária a integração das línguas
estrangeiras modernas entre as demais disciplinas.
Nessa nova perspectiva, o processo ensino/aprendizagem de línguas
estrangeiras, além de capacitar o aluno a falar, ler e escrever um idioma, adquire
uma e importante função: a de contribuir para a formação geral do aluno como
cidadão, respeitando as diversidades culturais e os Desafios Educacionais
Contemporâneos, quais sejam: Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade humana e
Enfrentamento à Violência. Capacitar o aluno a entender e produzir enunciados
significantes e de forma adequada, considerando os diferentes contextos e situações
do cotidiano de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade
interpretativa e cognitiva.
Por outro lado, é fundamental atentar para a realidade: o Ensino Médio
possui, entre suas funções, um compromisso com a educação para o trabalho, no
qual estão presentes muitas expressões e palavras oriundas da língua inglesa.
Acrescentando a isso, temos a influência da cultura sendo notada no Brasil a cada
geração.
A escola está proporcionando o conhecimento de uma nova língua e de uma
cultura cada vez mais presente na realidade atual, fazendo com que a língua inglesa
seja cada vez mais necessária, para que contribua na formação profissional do
aluno, formação esta caracterizada como um dos Desafios Educacionais
Contemporâneos.
287
Torna-se, pois, imprescindível incorporar as necessidades da realidade ao
currículo escolar de forma que os alunos tenham acesso no Ensino Médio, àqueles
conhecimentos que, de forma mais ou menos imediata, serão exigidos pelo mercado
de trabalho, aos interesses locais no qual o aluno se insere ou virá a inserir-se.
OBJETIVOS
A Língua Inglesa não apenas como objeto de estudo, e sim como veículo de
conhecimento cultural diversificado, contempla as relações com a cultura, a
ideologia, o sujeito, os valores sociais, de acordo com os diferentes contextos sócio-
culturais e históricos. Logo, deve-se considerar que os alunos trazem para a escola
determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e devem ser
respeitadas.
Objetiva-se, por meio da língua inglesa que os alunos analisem as questões
sociais, suas implicâncias e desenvolvam uma consciência crítica a respeito do
papel importante das línguas na sociedade. Que a aprendizagem de Língua
Estrangeira possa, além de ser um meio para progressão no trabalho e estudos
posteriores, também contribuir para formar alunos críticos e transformadores,
através do comprometimento mútuo, de maneira a alargar horizontes e expandir sua
capacidade interpretativa e cognitiva.
Assim, ao final do Ensino Médio espera-se que o aluno:
○ Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita.
○ Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
○ Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como
os seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
288
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O conteúdo estruturante é o discurso como prática social, que se efetiva
através das práticas discursivas de leitura, de escrita e de oralidade, assim como a
análise lingüística em um trabalho sistemático determinado pela necessidade em
relação à vivência textual em sala de aula.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Leitura
o Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
o Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
o Linguagem não-verbal.
o As particularidades do texto em registro formal e informal.
o Finalidades do texto.
o Estética do texto literário.
o Realização de leitura não linear dos diversos textos.
• Oralidade
o Variedades lingüísticas.
o Intencionalidade do texto.
o Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes
países.
o Finalidade do texto oral.
o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.
• Escrita
o Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas lingüísticas.
289
o Paragrafação.
o Clareza de idéias.
o Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
• Análise Lingüística
o Coesão e coerência.
o Função dos pronomes, artigos, numerais, preposições, advérbios,
locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas,
substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e
indireto, vozes verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal,
orações condicionais, phrasal verbs e outras categorias como
elementos do texto.
o Pontuação e seus efeitos no sentido do texto.
• Gêneros Discursivos
o Crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados,
notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo,
textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo,
provérbios, charges, tiras, etc.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados serão diferenciados pelo
grau de conhecimento dos alunos. A diversidade cultural será apresentada de forma
que o aluno possa perceber que ao conhecer a cultura do outro ele compreenderá a
língua como algo que é constituído por uma determinada comunidade bem como
suas crenças e valores culturais.
Serão utilizados os seguintes encaminhamentos metodológicos para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem da língua inglesa:
○ Conversação e diálogo (pair work).
○ Leitura e interpretação de textos. (groups work).
○ Atividades escritas e orais (reading and writting).
290
○ Atividades em duplas e/ou grupos. (group work).
○ Pesquisa em dicionário.
○ Atividades auditivas (listening).
○ Confecções de cartazes, painéis, murais, cartas, bilhetes, cruzadinhas e,
convites.
○ Bingos e jogos.
○ Músicas.
○ Dramatizações.
○ Localização no mapa-mundi dos países cuja língua oficial é o inglês.
○ Serão utilizados também vários recursos tecnológicos como: radio, TV,
Pendrive e Internet para exemplificar e reforçar o conteúdo trabalhado,
desenvolvendo as habilidades de ver, ouvir, registrar e falar.
Serão utilizados também vários recursos tecnológicos como: rádio, TV
multimídia e Internet para exemplificar e reforçar o conteúdo trabalhado,
desenvolvendo as habilidades de ver, ouvir, registrar e falar.
O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos os Desafios
Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História
e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,
Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um
conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-
las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e
metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a
diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se
propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade
contemporânea.
AVALIAÇÃO
Atualmente reconhecemos a perversão das antigas práticas de avaliação e
estamos eliminando a retenção pura e simples do aluno, onde não se reprova, mas
se recupera, não se castiga, mas, sendo estimulada por meio de diálogos,
291
apresentações de trabalhos, exposições e divulgação de pesquisas em grupos,
interpretações, estudo de vocabulário e gramática. Que a avaliação seja contínua e
cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos para a
verificação do aprendizado do aluno e para que o professor repense a sua
metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades dos mesmos.
Em cada trimestre far-se-á atividades complementares que podem ser usadas
na avaliação participativa. Os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-
programáticos ou culturais e as práticas de leitura, escrita ou oralidade serão
trabalhados em testes, simulados e provas bimestrais orais e escritas, individuais e
em grupos para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua
estrangeira.
Entendemos que a principal tarefa da escola é a de despertar em seus alunos
as suas potencialidades, os seus desejos e os seus próprios interesses, diante da
totalidade do conhecimento humano. Isso significa reforçar a idéia de uma formação
humana ampla, que contemple todas as áreas científicas com as dos conhecimentos
acumulados pela sociedade, e que se expressam na escola.
Como afirma Bakhtin (1988), “... o essencial na tarefa de decodificação não
consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num contexto
concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular”. A
aprendizagem humana somente se processa na medida em que o educando é
capaz de construir significados e atribuir sentido do conteúdo da aprendizagem. A
avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a
construção de saberes.
Lembramos também, que a avaliação da aprendizagem em língua estrangeira
deve superar a concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de
conteúdos, visto que se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar
discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas
produções. De fato, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas
práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações de
aprendizagem.
A recuperação paralela será simultânea aos conteúdos através de produção
escrita, retomada de conteúdos e nova avaliação ou trabalhos de pesquisa e
produção do aluno.
292
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Conselho Nacional de Educação, 2004.
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos
Escolares. Lei Nº. 10.639.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede
Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Língua Estrangeira
Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006.
_____. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR,
2006.
_____. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias/Secretária de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Básica, 2006.
_____. Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
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