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    Orientaes CurricularesEducao Ambiental

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    GP452c Pernambuco. Secretaria de Educao Caderno de orientaes pedaggicas para a educao ambiental : rede estadual de ensino dePernambuco /Secretaria de Educao ; colaboradores Ana Rita Franco do Rego ... [et al.] ; coordenaopedaggica do caderno Walkiria Cavalcanti Prado... [et al.] ; apresentao Ana Selva. Recife : A Secre-taria, 2013.

    124p. : il.

    Inclui referncias. Inclui Anexo.

    1. EDUCAO AMBIENTAL BRASIL. 2. MEIO AMBIENTE BRASIL PRESERVAO. 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL PERNAMBUCO. 4. BIODIVER-SIDADE. 5. ECOSSISTEMAS. 6. MEIO AMBIENTE ESTUDO E ENSINO. 7. INTERDISCIPLI-NARIDADE. 8. PROFESSORES FORMAO PROFISSIONAL. 9. PRTICA PEDAGOGICA.I. Rego, Ana Rita Franco do. II. Selva, Ana.

    CDU 504CDD 304.28

    PPeR BPE 13-306

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    Rede Estadual de Ensino de Pernambuco

    Caderno de Orientaes

    Pedaggicas para aEducao Ambiental

    A escolha nossa: formar uma aliana global para cuidar da Terra e unsdos outros, ou arriscar a nossa destruio e a da diversidade da vida.

    (Carta da Terra)

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    Eduardo CamposGovernador do Estado

    Joo Lyra NetoVice Governador

    Ricardo DantasSecretrio de Educao

    Ana SelvaSecretria Executiva de Desenvolvimento da Educao

    Ceclia PatriotaSecretria Executiva de Gesto de Rede

    Paulo DutraSecretrio Executivo de Educao Prossional

    Leonildo SalesSecretrio Executivo de Planejamento e Gesto

    Marta LimaGerente de Polticas Educacionais emDireitos Humanos, Diversidade e Cidadania

    Coordenao Pedaggica do Caderno

    Walkiria Cavalcanti PradoLuiz Oliveira da Costa Filho

    Luciano Carlos Mendes de Freitas FilhoMarta Virgnia Santos de Lima

    Equipe de ColaboradoresAna Rita Franco do Rgo

    Antnio Moreira de BarrosGiovana Lustosa de ArajoJacineide Gabriel Arcanjo

    Luciano Carlos Mendes de Freitas FilhoLucileide Lima Tavares

    Luiz Oliveira da Costa FilhoMrcia Maria Arajo Jorge de Mendona

    Maria de Ftima de Andrade BezerraSeverino Arruda da Silva

    Sueli Tavares de Souza e SilvaWalkiria Cavalcanti Prado

    Wellcherline Miranda Lima

    Reviso Ortogrca

    Amanda TavaresCarla Carmelita

    Ijaci GomesJanana ngela da Silva

    Maria Clara CatanhoMirian Oliveira

    Reviso de ContedoLuciano Carlos Mendes de Freitas Filho

    Luiz Oliveira da Costa FilhoMarta Virgnia Santos de Lima

    Walkiria Cavalcanti Prado

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    O Caderno de Orientaes Pedaggicas para a Educao Ambiental, voltado paraa Rede Estadual de Educao de Pernambuco, faz parte de uma coletnea deCadernos Temticos elaborados pela Secretaria de Educao, com objetivo desubsidiar o trabalho pedaggico do professor no desenvolvimento de temas eatividades transversais e interdisciplinares, de carter socioambiental. Ele foiidealizado e construdo tendo por base as Diretrizes Curriculares Nacionais daEducao Ambiental, homologadas em 15 de junho de 2012, a partir da Resolu-o n 2 do Conselho Nacional de Educao. Este Caderno foi planejado de forma a oferecer aos professores sugestesde atividades por eixo temtico em conformidade com os anos/etapas de escolari-dade e modalidades de ensino. Ao mesmo tempo, serve de subsdios aos professoresna construo de outras prticas pedaggicas, permitindo, inclusive, acrscimos deoutros contedos e temas, bem como adaptaes metodolgicas consoantes s pe-culiaridades de cada rea e especicidades educacionais de cada escola. Ao analisar as propostas pedaggicas aqui apresentadas, tais como sequ-ncias didticas, projetos didticos, estudo de textos entre outras, os professoresdas diferentes reas do conhecimento percebero a temtica ambiental comoinesgotvel fonte inspiradora para o exerccio da transversalidade e interdisci-plinaridade dos contedos em suas respectivas reas, alm de possibilitar a ini-

    ciao e aprofundamento da reexo sobre as prticas cotidianas em relao aomeio ambiente. Nessa direo, os eixos temticos congurados neste Cadernode Educao Ambiental dialogam com as diferentes reas do conhecimento,com a Educao em Direitos Humanos e a Cidadania, de forma a despertar oolhar mais integrado desses conhecimentos no cotidiano escolar. O material est estruturado em trs eixos temticos, cada um com doisou mais temas contendo duas propostas didticas. Os eixos temticos so:

    EIXO TEMTICO 1Dimenso sistmica da educao ambiental

    Tema 1 - Educao ambiental trans e interdisciplinar Tema 2 - Biossistemas como prtica de educao ambiental Tema 3 - Ecossistemas, percepo e educao ambiental

    EIXO TEMTICO 2Sujeitos sociais, identidades, territrios e a questo ambiental

    Tema 1 - Sociedade e impactos ambientais Tema 2 - Diversidade territorial e inuncia socioambiental Tema 3 - A cosmoviso ambiental nos grupos socioculturais Tema 4 - Povos indgenas de Pernambuco: territorialidade, iden-

    tidade e suas relaes socioambientais.

    Apresentao

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    EIXO TEMTICO 3Cidadania ambiental e prticas sustentveis

    Tema 1 - Aplicando os Rs da sustentabilidade Tema 2 - Protagonismo infantojuvenil pelo meio ambiente

    Esperamos que este material contribua para a formao do professor (a)e para sua prtica pedaggica concreta e criativa, integrada s diversidades de sa-beres e realidades socioambientais para construo de espaos educativos maishumanos e sustentveis.

    Ana SelvaSecretria Executiva de Desenvolvimento da Educao

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    EIXO TEMTICO 1Dimenso sistmica da educao ambiental

    Tema 1 - Educao ambiental trans e interdisciplinar Tema 2 - Biossistemas como prtica de educao

    ambiental Tema 3 - Ecossistemas, percepo e educao am-

    biental

    EIXO TEMTICO 2Sujeitos sociais, identidades, territrios e a questo ambiental

    Tema 1 - Sociedade e impactos ambientais Tema 2 - Diversidade territorial e inuncia socio-

    ambiental Tema 3 - A cosmoviso ambiental nos grupos socio-

    culturais Tema 4 - Povos indgenas de Pernambuco: territoria-

    lidade, identidade e suas relaes socioam-bientais.EIXO TEMTICO 3Cidadania ambiental e prticas sustentveis

    Tema 1 - Aplicando os Rs da sustentabilidade Tema 2 - Protagonismo infantojuvenil pelo meio

    ambiente

    Sumrio

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    O Caderno Orientador de Educao Ambiental, elaborado pela equipetcnica da Gerncia de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Executivade Desenvolvimento da Educao - SEDE/PE, um instrumento didtico--pedaggico que objetiva colaborar com a armao, orientao e divulgao deprocessos educativos em Educao Ambiental.

    De acordo com a Constituio Federal de 1988, a Educao Ambiental mencionada como um componente essencial qualidade de vida, atribuindoao Estado o dever de promover a educao ambiental em todos os nveis deensino e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente (art.225, 1, inciso VI), surgindo assim o direito constitucional de todos os cidadosbrasileiros ao acesso de contedos que estimulem a formao do educando vol-tada para um desenvolvimento sustentvel.

    Na ocasio da Conferncia da ONU sobre Meio Ambiente e Desen-volvimento, RIO -92, o MEC promoveu em Jacarepagu um workshop com o

    objetivo de socializar os resultados das experincias nacionais e internacionaisde Educao Ambiental, oportunizando espaos de discusso sobre princpios,metodologias e currculos. Desse encontro, resultou a Carta Brasileira para aEducao Ambiental dando diretrizes criao do Programa Nacional de Edu-cao Ambiental PRONEA em 1996.

    A Poltica Nacional de Educao Ambiental, em sua Lei n 9795/99,Captulo I, Art.2, refora a importncia da Educao Ambiental mencionadana Constituio Federal: A educao ambiental um componente essencial epermanente da educao nacional, devendo estar presente, de forma articulada,em todos os nveis e modalidades do processo educativo, em carter formal e

    no-formal.

    Assim, em consonncia com os principais textos normativos da Educa-o Ambiental Nacional, com as polticas estruturantes da Educao Ambientalda Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversidade e Incluso-SECADI/MEC- e as novas Diretrizes Curriculares da Educao Ambiental,apresentamos o Caderno Orientador de Educao Ambiental com contedosessencialmente formativos e informativos, de articulao e integrao trans einterdisciplinar, levando o olhar sistmico e sustentvel dessa temtica aos pro-fessores e demais educadores vidos por esses conhecimentos nos diversos n-

    veis e modalidades de ensino, favorecendo discusses socioambientais regionaise locais, a partir da escola, compartilhando conhecimentos e saberes com ascomunidades.

    Consideraes Iniciais

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    A insero da Educao Ambiental apresenta-se para alm dos com-ponentes curriculares de Cincias e Biologia, reforando a importncia de umtrabalho contnuo e processual com todos os componentes curriculares, desdeos educadores da Educao Fsica, Matemtica, Lngua Portuguesa, at os pro-ssionais que atuam na escola nos setores tcnico-pedaggicos.

    Corroboramos com a implementao da Dcada da Educao para o Desenvol-vimento Sustentvel (2005-2014) cuja instituio pela UNESCO representa ummarco para a Educao Ambiental, e no cumprimento de duas das oito grandes

    metas do milnio estabelecidas pela Organizao das Naes Unidas ONU- em 2000: Educao Bsica de Qualidade para Todos e Qualidade de Vida eRespeito ao Meio Ambiente.

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    Eixo Temtico 1

    Dimenso Sistmica daEducao Ambiental

    Despertar a percepo de que a Educao Ambiental trabalhada dentroda abordagem sistmica, ou seja, como conhecimento do todo a partir das

    diversas reas do conhecimento cientfico e suas interrelaes.

    Objetivo Geral

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    CONCEPO DO TEMA1Walkiria Prado

    Em tempos de globalizao a crise ambiental atravessa fronteiras. A hu-manidade vem testemunhando alguns fatores que desequilibram o bemestare a qualidade de vida da humanidade, tais como devastaes, fome, mudanasclimticas e etc. Florestas, rios e demais recursos naturais esto sendo expostosa poluies, desmatamentos e explorao demasiada. O ser humano, o nico pro-

    vido de racionalidade, aquele que est comprometendo o equilbrio da natureza,causando alguns desequilbrios em sua prpria espcie e com tudo que o cerca.

    O modelo socioeconmico adotado, sobretudo aps a revoluo indus-trial, no levou em conta os prejuzos causados ao meio ambiente, at porque apostura adotada pelo ser humano era de ser o centro do universo, e, como tal,tudo estava ao seu dispor para explorao dos recursos da maneira que melhorlhe conviesse.

    Como resposta preocupao da sociedade ao perigo iminente, na dca-

    da de 60 surgiu o movimento ecolgico a partir da elaborao de uma propostada Educao Ambiental (EA), indicando a necessidade de mudanas nas rela-es do ser humano com o ambiente. Os movimentos sociais e a comunidadecientca, entre outros, comearam ento a se mobilizar no sentido de promoveraes visando preservao ambiental.

    No entanto, apesar dos esforos empreendidos no sentido de desen-volver essa conscincia ambiental, a questo nem sempre colocada da formaadequada, ou seja, de acordo com uma viso sistmica, garantindo assim a com-preenso do conjunto das interrelaes e as mltiplas dinmicas que perpassamos mbitos naturais, culturais, histricos, sociais, econmicos e polticos.

    A viso holstica, segundo Capra (1997), discute novas concepes evalores compartilhados, delineando um paradigma que concebe o mundo comoum todo integrado e no como um conjunto de partes dissociadas, reconhecen-do a interdependncia fundamental de todos os fenmenos sociais e naturais,bem como o fato de que, enquanto indivduos e sociedades, estamos intimamen-te ligados aos processos cclicos da natureza.

    Dimenso Sistmica daEducao Ambiental

    Consideraes Iniciais

    1 Biloga, Gestora Ambiental, Analista de Desenvolvimento Ambiental na Secretaria de Meio Ambiente e sustentabili-dade do Recife - SEMAS/PCR, Tcnica Pedaggica em Educao Ambiental na Gerncia de Educao em DireitosHumanos, Diversidade e Cidadania - GEDH/SEE e mestranda em Gesto e Tecnologia em EAD/UFRPE.

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    Essa viso de totalidade se consolida a partir da teoria da relatividade eda teoria quntica, ao descreverem o mundo fsico como feixes dinmicos deenergia que podem ser transformados em matria, dissolvendo a ideia dos obje-tos slidos em padres de interconexes.

    Para Zohar (1989), a citada teoria quntica indica que no existem coisascomo partes isoladas da realidade, mas, apenas fenmenos intimamente relacio-nados e ligados entre si como se fossem inseparveis, sendo essa a dimensoque sustenta o nosso mundo fsico. A partir dessa compreenso, Laszlo (1999)

    discute a vida como sendo formada por uma rede de relaes que traz consigoincontveis tipos de elementos interagindo entre si.

    Moraes (2003) acrescenta, [...] nada mais est isolado, existindo apenasum nico tipo de matria em diferentes graus estacionrios [...] o universo pas-sou a construir uma grande teia onde tudo est interconectado. Assim, estamostodos interligados, interagindo e inuenciando uns aos outros e a todo o universo.

    Referncia Bibliogrca------------------------------------------------------CAPRA, F. A teia da vida. 11. ed. So Paulo: Cultrix, 1996.LASZLO, Ervin. Conexo Csmica. Petrpolis: Vozes, 1999.MORAES, Maria Cndida. Educar na Biologia do Amor e da Solidariedade. Petrpolis: Vozes, 2003.ZOHAR, Danah. Atravs da barreira do tempo. So Paulo: Pensamento, 1989.

    .

    Professor(a), aps breve leitura e reexo sobre a dimenso sistmicada Educao Ambiental, que tal aprofundarmos esses conhecimentos interligan-

    do e/ou dialogando com os diversos componentes curriculares? Vale pena compreender como o estudo dos temas, aes e projetos emEducao Ambiental podem ser trabalhados de forma trans e interdisciplinardentro e fora do espao escolar. Boa leitura!!!

    Consideraes Iniciais

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    16/12416 Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

    Educao AmbientalTrans e Interdisciplinar

    Giovana Arajo

    ...Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo...

    Fernando Pessoa

    Segundo o Art. 1 da Lei Federal n 9.795 de abril de 1999 (Lei da Edu-cao Ambiental): Entende-se por educao ambiental os processos por meio dos quaiso indivduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes ecompetncias voltadas para a conservao do meio ambiente.

    Diante da abrangncia desta concepo, evidencia-se a incompletude devincular a educao ambiental a um nico componente curricular, bem comolimit-la apenas ao espao escolar. Sua prtica integra os sujeitos do processoeducativo comunidade, modicando conceitos, olhares e atitudes voltados sinterrelaes ser humano - meio ambiente e ser humano - ser humano, amplian-do esta viso para as mais diversas culturas, ao desenvolvimento econmico, aosatuais e antigos regimes polticos aplicados, questo da preservao da sade

    biolgica e mental, ao contexto histrico das mais diversas naes, entre tantosoutros pontos existentes a serem assimilados e analisados.

    Assim, o processo de construo do conhecimento coletivo ocorreria com oator apropriando-se, desapropriando-se e reapropriando-se do mesmo, possibi-litando a formao de cidados crticos e atuantes.

    Esta necessidade legitimada no Art. 2 da Lei anteriormente citada,que destaca o seguinte: A educao ambiental um componente essencial epermanente da educao nacional, devendo estar presente, de forma articulada,em todos os nveis e modalidades do processo educativo, em carter formal e

    no formal. (Lei Federal n 9.795 de abril de 1999).

    Aqui cabe a pergunta: como pensar a prtica pedaggica tendo em vistaque a Educao Ambiental, longe da pretenso de se tornar um componen-te curricular , demanda espaos no conjunto dos componentes curriculares daeducao bsica? Eis o impasse vivenciado pelos educadores das disciplinas deCincias, Biologia e Geograa - caminho inicial utilizado para levar a Educao

    1 Biloga, Especialista em Metodologia do Ensino pela UFRPE e Educao Especial pela FACEPE; Tcnica Pedag-gica na Gerncia de Educao em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania GEDH/SEE.

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    17/12417Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

    Ambiental s escolas - que se limitava a relacion-la, apenas, como objeto daEcologia.

    A busca pela resposta para esta indagao no iniciou em funo dosmarcos normativos, nem muito menos quando, em 1965, na Conferncia deEducao da Universidade de Kule (Gr Bretanha), a expresso Educao Am-biental foi utilizada pela primeira vez. Na realidade, paralelo a todos esses acon-tecimentos surgiu um movimento (incio da dcada de 60) onde estudiosos dasreas de educao, epistemologia, losoa e psicologia, observando a ineccia

    das abordagens aplicadas no ensino formal da poca, que dicultavam a apren-dizagem do aluno. Nesse contexto, foram propostos novos caminhos para su-perao de tudo que est relacionado ao termo disciplina, fundamentado naconcepo da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.

    Nesse sentido, vamos mais alm nos indagamos: O que vem a ser inter-disciplinaridade e transdisciplinaridade, e quais as implicaes para a Educao

    Ambiental? Segundo MINAYO (2010), a interdisciplinaridade uma estratgiapara compreenso, interpretao e explicao de temas complexos, ou seja, a in-terdisciplinaridade prope o dilogo entre diversos saberes para ampliar a com-

    preenso do objeto de estudo. A autora acrescenta ainda que o produto nal dainterdisciplinaridade chamamos de transdisciplinaridade, resultando uma forma,um mtodo diferente de ver as coisas e a vida.

    Logo, nos pautando e coadunando com os conceitos supracitados, pro-pomos uma reexo posterior e, em particular ateno, a interdisciplinaridade

    voltada para a Educao Ambiental. O acmulo de saberes disciplinares, hoje,ainda no suciente para despertar a conscincia da importncia da manuten-o da harmonia das relaes entre seres humanos e natureza, implicando noque chamamos problemtica ambiental, acelerada pelo crescimento do mau usodos recursos naturais e tecnolgicos, comprometendo assim a sustentabilidadesocioambiental.

    Ao mesmo tempo, a sustentabilidade socioambiental demanda pelo est-mulo a prticas que respeitem os espaos pblicos como bem coletivo e de uti-lizao democrtica de todas/os, comprometida com o desenvolvimento quepreserve a diversidade da vida e das culturas, condio para sobrevivncia dahumanidade de hoje e das futuras geraes (DNEDH, 2012, p.10) .

    Diante dos novos paradigmas propostos para a Educao Ambiental,cabe aos educadores, de acordo com o contexto da comunidade escolar na qual

    est inserido, favorecer a formao de cidados crticos e atuantes, cientes da suaresponsabilidade com a preservao do mundo. Desse modo, a escola, comoespao formador, poder colaborar na construo de uma sociedade sustentvel.

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    Referncia Bibliogrca

    ------------------------------------------------------DNEDH. Resoluo n 1 de 30 de maio de 2012. Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educao em

    Direitos Humanos. Ministrio da Educao, Conselho Nacional de Educao/Conselho Pleno.FAZENDA, Ivani C. Arantes, Interdisciplinaridade: Histria, Teoria e Pesquisa. 3 Ed; Campinas, Papirus,

    1998.FREIRE, Paulo; Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1978LIMA, Freitas; MORIN, Edgar; NICOLESCU, Basarab, Carta da Transdisciplinaridade, I Congresso de

    Transdisciplinaridade, Portugal. 06/12/1994.MINAY0, Maria Ceclia de Souza. Disciplinaridade, interdisciplinaridade e complexidade. Ponta Grossa:

    Emancipao, 2010.MORIN, Edgar, Cincia com Conscincia, Portugal: Publicaes Europa Amrica Ltda, 1998.

    Prezado (a) Professor (a),

    Agora que j lemos um pouco sobre a Educao Ambiental e seu pa-

    pel interdisciplinar, vamos tentar por em prtica a interdisciplinaridade apartir das propostas de atividades sugeridas e apresentadas a seguir.

    Bom trabalho!

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Propostas de Atividades Caro estudante, vamos analisar a charge a seguir !

    osmurosdaescola.wordpress.com(Images may be subject to copyright)

    ATIVIDADE REFLEXIVA

    Aps a leitura do texto referente ao tema 1, apresentamos a ilustrao dacharge sobre um estudante aito durante o processo de construo de aprendi-zagens e da articulao dos contedos e das reas, numa perspectiva interdisci-plinar. Qual foi a percepo sobre a charge? A partir da charge, o que se entendepor interdisciplinaridade?

    Como pensar a Educao Ambiental de modo interdisciplinar?

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    PROPOSTA DE ATIVIDADE 1

    Professor (a), importante lembrar que entre ns e nossos alunos existeum universo fascinante de possibilidades, como por exemplo, o uso da internetque, se bem utilizada, favorecer o compartilhamento, a integrao e a apropria-o de saberes entre as mais diversas disciplinas e o conhecimento necessriopara compreender, participar e atuar no mundo globalizado.

    A adoo de temas transversais contribuir para atingirmos metas pro-

    postas no Plano Nacional de Educao PNE e seguirmos as novas DiretrizesNacionais da Educao Ambiental - DNEA (anexa a esse caderno) que prega adiversicao curricular, a m de incentivar abordagens interdisciplinares estru-turadas pela relao entre teoria e prtica, alm de auxiliar na formao de cida-dos crticos e atuantes. Jovens conscientes do seu importante papel, como umuno e como um todo, na construo de uma sociedade sustentvel e solidria.

    Sugerimos, para auxili-los, que utilizem a seguinte metodologia:

    METODOLOGIA

    O educador poder:

    Escolher um tema transversal de acordo com a realidade regional, poisos jovens devem identicar-se com o mesmo.

    Ex:A degradao da Mata Atlntica e o ciclo da cana de acar.

    Realizar uma pesquisa integrada com outros professores objetivandoagregar conhecimentos bsicos de vrias disciplinas ao tema sugerido acima. Porexemplo:

    Biologia Abordar o impacto ambiental provocado pela degradao davegetao nativa devido implantao, manuteno e ampliao das oligar-quias canavieiras (monoculturas).

    Qumica/Fsica Realizar um estudo do processo de fabricao do acar(por exemplo, na qumica: mudana de estado fsico, processos de separaode misturas, termoqumica; na fsica: termologia, termometria, calorimetria),associando o tema explorao dos recursos naturais e possveis impactos

    socioambientais. Portugus/Literatura Divulgar o conhecimento construdo atravs dos

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    mais diversos gneros textuais (poema, cordel, tirinhas, etc) ou tipos de texto(dissertao, narrao, descrio) ligando-os ao tema de interesse socioam-biental.

    Histria/Sociologia Abordar as consequncias da monocultura da canade acar e sua inuncia ambiental e social no nordeste brasileiro, em espe-cial em Pernambuco, e a importncia dos movimentos sociais nos processosde desconstruo desse regime oligrquico e ambientalmente impactante dacultura da cana.

    OUTROS RECURSOS:

    Elaborar plano de aula incorporando ao mesmo o conhecimento adquiridodurante a pesquisa do tema transversal sugerido.

    Socializar com os demais educadores da Unidade Escolar e pedir sugestese contribuies para aprimor-lo.

    Ministrar aulas estimulando a pesquisa via internet (orientar o uso do tabletou laboratrio de informtica), a partir de tema ligado s questes ambien-tais.

    Visitar, por exemplo, a pinacoteca do Instituto Ricardo Brennand, localizadoem Recife, e observar as gravuras referentes poca, realizando uma anlisecomparativa entre a paisagem atual e a antiga, detectando possveis altera-es e respectivos impactos socioambientais.

    Organizar excurses (Rota dos Engenhos); experincias nos laboratrios dequmica e fsica das diversas instituies de ensino; visita ao Instituto Agro-nmico de Pernambuco IPA.

    Disponibilizar um plano de trabalho com todas as informaes necessriaspara orientar qualquer educador interessado em utilizar esta proposta.

    Desao:

    Como pensar a socializao dos conhecimentos e experincias obtidas emcada rea?

    Que tal pensarmos em um painel expositivo a ser publicizado nos muraisda escola ao longo de algumas semanas?

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    PROPOSTA DE ATIVIDADE 2

    Sugesto de estudo interdisciplinar envolvendo reas de preservaosocioambiental, como por exemplo, a regio da Serra Negra, no municpio deFloresta - PE, onde podemos encontrar pinturas rupestres, stios arquitetnicoscom casares coloniais, praias uviais, lagoas, riachos e serras da cidade de Flo-resta em Pernambuco. Podemos ainda citar como exemplo, o Parque Nacionaldo Catimbau, em Buque, com sua rica ora caracterizada por diferentes sio-nomias vegetais, alm dos stios arqueolgicos com suas pinturas rupestres. O

    referido estudo envolve os componentes curriculares de Histria, Cincias, Artee Geograa, entre outras, a partir das sries nais do ensino fundamental.

    Estudo da regio da Serra Negra, no municpio de Floresta PE

    Professor(a) planeje um trabalho interdisciplinar com os componentescurriculares de Histria, Cincias, Artes e Geograa, culminando em

    uma ida cidade de Floresta-PE, local onde so encontrados os elemen-tos de estudo socioambientais supracitados.

    Ateno! O planejamento deve ser feito em conjunto e, ao longo do pro-cesso, importante que os diferentes professores acompanhem e avaliemo desenvolvimento das atividades.

    Sugestes de contedos abordados nos componentes curriculares:

    Em Histria poderemos focar o perodo pr-histrico com a presena daspinturas rupestres encontradas em stios arqueolgicos no Brasil e em Per-nambuco, ressaltando a cultura da preservao desses espaos.

    Em Geograa poder ser discutido o surgimento das etnias indgenas, opovoamento e o olhar sobre a paisagem socioambiental especca do localem estudo.

    Em Cincias podero ser abordadas as inuncias do clima, vegetao, fauna

    e solo da caatinga, comparando essas caractersticas com outros biomas noentorno, em especial o local de estudo.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Em Arte, os professores encontraro nas pinturas rupestres um interessantetema de abordagem sobre as primeiras manifestaes artsticas da humani-dade, suas representaes e signicados tambm para a populao e o meioambiente local da rea estudada.

    AVALIAO

    Recomenda-se a entrega de um roteiro de questes para serem preenchidaspor cada um dos alunos ao longo das atividades a m de registrar os conhe-cimentos construdos de forma integrada e contextualizada, com as discipli-nas trabalhadas, culminando em um relatrio nal com dados e ilustraesdas reas visitadas.

    Voc sabia...

    Que a Rede Estadual de Pernambuco j desenvolve aes pedaggicas acer-ca da Educao Ambiental?

    Algumas Escolas, das diferentes Gerncias Regionais de Educao , desen-volvem atividades e projetos que estimulam alunos e professores a trabalha-rem com a Educao Ambiental. Que tal se socializarmos alguns resumos detrabalhos apresentados nas mostras de experincias exitosas de 2011 e 2012e que explicam essas aes?

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Experincias ExitosasDESTILAO COM SUCATA

    Responsvel pelo trabalho:Osmar Vilar Barbosa dos SantosInstituio:Escola Pontes de MirandaGRE:Vale do Capibaribe - Limoeiro

    RESUMO

    Trata-se de um trabalho realizado com abordagem qualitativa, fundamentado

    no componente curricular de Qumica da EJA Mdio, vivenciado no mdulo 1,cujos contedos trabalhados foram: Propriedade das substncias e dos Materiais,que visa introduo ao conhecimento qumico, priorizando sua importncia efuno no cotidiano de cada aluno. Tambm foram estudados os conceitos bsi-cos da matria. Nessa abordagem, os alunos puderam identicar os mecanismosde transformaes qumicas as quais a matria submetida e suas propriedades;e compreender os processos de separao de materiais por meio de uma expe-rincia prtica realizada pelos prprios alunos, usando, para isso, materiais en-contrados em suas residncias para a construo de um destilador. A experinciateve como objetivo separar componentes de misturas homogneas (de slidos

    dissolvidos em lquidos ou de lquidos em lquidos) utilizando material reciclvelno processo de destilao. A realizao deste procedimento facilitou o aprendi-zado dos contedos: separao de mistura e mudanas de fase da matria.

    Palavras-chave:Destilao. Separao. Misturas.

    BIORGNICO: SOLUES ECOLGICAS PARA HORTA ORGNI-CA ESCOLAR

    Responsvel pelo trabalho:Jos Wellington da SilvaInstituio: Escola Quintino BocaivaGRE:Mata Centro Vitria de Santo Anto

    RESUMO

    O presente projeto tem por principal objetivo sensibilizar e conscientizar osalunos de que a vida depende do ambiente e o ambiente depende de cada ci-dado. Nesse sentido, foram estabelecidas situaes de pesquisas que agregamconhecimento cientco investigativo e contedos sistemticos de Qumica comfoco na manuteno e preservao da horta orgnica escolar criada h cinco

    anos. Assim, criamos o projeto Biorgnico: solues ecolgicas para horta org-nica escolar, visando fomentar discusses e experincia para manter os produtos

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    cultivados e consumidos pelos alunos de maneira sadia sem uso de agrotxicosperigosos para os estudantes e o solo da escola.

    Palavras-chave: Conhecimento cientco. Ambiente investigativo. Produtos or-gnicos.

    EM SINTONIA COM A AGENDA 21

    Responsvel pelo trabalho: Maria do Bom Conselho Fernandes NunesInstituio: Escola Tom Francisco Da SilvaGRE: Serto do Alto Paje Afogados da Ingazeira

    RESUMO

    O projeto Em sintonia com a Agenda 21 surgiu da necessidade de proporcio-nar comunidade escolar conhecimento acerca das prioridades das agendas 21brasileira e estadual e, dessa forma, contribuir de forma concreta para a defesado meio ambiente. O referido projeto tem como objetivos principais elaborar e

    executar a agenda 21 escolar, promover interao escola comunidade e envolverativamente os alunos nas aes da agenda 21 escolar. Este projeto vivenciadonas turmas do ensino Mdio e se desenvolve em quatro etapas distintas. Entresuas principais aes podemos destacar a feira de sade, na qual a comunidadelocal e escolar tm a oportunidade de realizar exames de glicemia, vericaoda presso arterial, expedio de carteira de trabalho e de identidade, e palestraseducativas. Quanto aos procedimentos utilizados, foram realizadas pesquisas decampo, leitura imagtica, entrevistas, documentrios, fotos, slides, contextualiza-o de msicas. Entre os resultados alcanados esto: elaborao da agenda 21escolar, mudana de hbitos em relao ao lixo, economia de gua e energia el-

    trica na escola, interao com a comunidade local e participao ativa dos alunosem cada etapa desenvolvida.

    Palavras-chave:Meio ambiente. Preservao. Sustentabilidade.

    TRILHA HISTRICA, GEOGRAFICA E BIOLGICA E OUTEIRO /MACAPE IPOJUCA PE/2012

    Responsvel pelo trabalho: Dweison Nunes Souza da Silva

    Instituio: EREM - Frei OttoGRE: Metropolitana Sul

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    RESUMO

    A conscincia ecolgica acerca do ecossistema do litoral de Ipojuca uma daspreocupaes da escola Frei Otto. Essa conscientizao dar-se- por meio daeducao ambiental. Nesse sentido, o presente projeto tem como objetivo opor-tunizar aos estudantes do 2 ano do ensino mdio o contato direto com osecossistemas naturais locais, evidenciando a importncia ambiental, econmica,histrica e geogrca dos mesmos e usando a percepo ambiental como pontode partida para conservao desses ecossistemas. A avaliao ocorreu aps a re-

    alizao da visita (trilha) e de pesquisas que resultaram na exposio de banners eapresentao de trabalhos coletivos pelos educandos a toda comunidade escolar.

    Acredita-se que o projeto atingiu seus objetivos, visando como princpios bsi-cos interao entre os educandos, baseados nos quatros pilares trabalhados es-sencialmente na educao integral: o saber ser, o conviver, o fazer e o conhecer.

    Palavras-chave:Percepo ambiental. Interdisciplinaridade. Sustentabilidade.

    GINCANA AMBIENTAL JOO E O P DE FEIJO

    Responsvel pelo trabalho:Alusio Miguel de OliveiraInstituio: Escola Professora Antonia Marinho ApolinrioGRE: Serto do Araripe

    RESUMO

    A Gincana Ambiental Joo e o P de Feijo, evento organizado e realizado pelaEscola Professora Antonia Marinho Apolinrio, o qual faz parte do Projeto Jooe o P de Feijo, iniciado no ano de 2010, tem o objetivo de beneciar o meio

    ambiente atravs de reciclagem direta sem qualquer processo industrial nos des-cartveis, alm de conscientizar a todos de que as embalagens PET (ps-consu-mo) podem ter aplicao til no lado social. Com esse trabalho, conseguimos aparticipao de 90% do alunado e todos os membros da escola. Arrecadamosquase uma tonelada de alimentos, 10 mil garrafas PET de 2 litros, 1500 litros de

    vidro, brinquedos, roupas, calados, entre outros. Conseguimos a participaodos pais e de outras pessoas da sociedade, todos interessados em ver a bibliotecaconstruda. Com esse trabalho, cumprimos tambm a carga horria prevista parao curso noturno, conforme instruo Normativa n 01/2011 da Secretaria deEducao. A construo da biblioteca ter incio nesse segundo semestre.

    Palavras-chave:Reciclagem. Conscincia. Meio Ambiente

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    LIXO, PROBLEMA DE TODOS

    Responsvel pelo trabalho:Adeilda Moura de Arajo Barbosa VieiraInstituio:Escola Severino de Andrade GuerraGRE:Vale do Capibaribe - Limoeiro

    RESUMO

    O projeto Lixo, problema de todos, foi elaborado com o objetivo de discutir

    algumas questes relacionadas produo, ao tratamento e destino dos resduosslidos produzidos pelo homem. Esperando assim, modicar de forma signi-cativa as posturas individuais e coletivas; visando busca da qualidade de vida e conservao do ambiente, tanto na escola, como na famlia e nos demais es-paos da sociedade. O projeto proporcionou a reexo sobre o papel dos sereshumanos no que diz respeito preservao e conservao do ambiente; abordoua temtica do lixo e suas consequncias para o meio ambiente. Os estudantesenvolvidos realizaram visitas ao lixo da cidade, observaram que o lixo recolhidono tem nenhum tipo de tratamento e o destino uma rea prxima ao campode futebol, nica rea de lazer livre da cidade. O projeto teve suas atividades

    pautadas nos 3R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Obteve como principal resultadouma mudana de postura da comunidade escolar em relao ao destino do lixo,montando um ponto de coleta de baterias.

    Palavras-chave: Lixo. Resduos slidos. Preservao do ambiente.

    CIDADE DIGITAL E TECNOLOGIA VERDE SUSTENTABILIDA-DE E INFORMAO AO ALCANCE DE TODOS

    Responsvel pelo trabalho:Jos Luiz Morais dos SantosInstituio: Escola Tcnica Maria Eduarda RamosGRE: Mata Norte Nazar da Mata

    RESUMO:

    Este projeto visa apresentar os benefcios de disponibilizao dos servios gra-tuitos de internet para toda a populao, interligados ao servio pblico atravsdos ambientes de acesso eletrnico do governo. Quanto tecnologia verde, onosso foco de abordagem ser o lixo eletrnico que cresce a cada dia. O des-carte desses materiais de alta periculosidade destri as nossas faunas e orestas,

    por serem materiais de difcil decomposio e alto poder de destruio, sendoassim, a melhor forma de prevenir e desenvolver na sociedade uma cultura de

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    reciclagem desse material o seu reaproveitamento para utenslios de uso pes-soal ou coletivo. Os objetivos so entender a importncia da incluso digital nombito territorial de um municpio e a conscientizao da sociedade na questoreciclagem do lixo eletrnico e suas consequncias para a preservao do meioambiente e da raa humana.

    Palavras-chave:Tecnologia. Lixo. Meio ambiente

    A DEGRADAO DO RIO CAPIBARIBE EM SANTA CRUZ DO CA-PIBARIBE

    Responsvel pelo trabalho:Valdiana Maria Gonalves ArajoInstituio:EREM Luiz Alves da SilvaGRE:Agreste Centro Norte Caruaru

    RESUMO

    O presente projeto tem como foco sensibilizar e envolver a comunidade na res-

    ponsabilidade dos problemas relacionados utilizao das margens do Rio Capi-baribe como depsito de lixo. Assim como a sociedade civil em torno da proble-mtica da educao socioambiental voltada para a revitalizao do rio Capibaribeno municpio de Santa Cruz do Capibaribe. Para a realizao desse trabalho aEscola de Referncia em Ensino Mdio Luiz Alves da Silva, com a Coordena-o da Professora Valdiana Maria Gonalves, realizou uma exposio itinerantede fotograas e vdeos sobre o Rio Capibaribe, em que se buscou trabalhar omeio ambiente atravs de mdias e imagens por no conter materiais que po-deriam vir a produzir lixo. Outro ponto relevante foi a utilizao de um materialque o pblico apreciasse. Convidando atravs da sensibilizao a sociedade civil

    para trabalhar e pedir a revitalizao do Rio devido a sua importncia bem comoo fato da gua ser essencial para a vida.

    Palavras-chave:Preservao. Meio Ambiente. Sensibilizao

    EVITANDO DESPERDCIO DE GUA

    Responsveis pelo trabalho: Educadores: Jeff Kened Barbosa de Melo (Ma-temtica); Willian Barbosa da Silva | Educandos:Antonio Roberto Nascimento

    Alexandre; Leandro Gomes Soares da Silva; Douglas Breno Silva de Oliveira;Everton Igor Brissantt de Lima; Jorge Antonio Barros da Silva; Jalson Perei-

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    ra Viana; Leonardo Francisco de Aquino Silva | Revisor:Monzeiner Maciel doNascimento.Instituio: Escola de Referncia Anbal Falco Tejipi - Recife-PE.GRE:Disciplina: Matemtica e Qumica-3 Ano

    rea do conhecimento: Matemtica e Cincias da Natureza e suas Tecnologias.

    RESUMO

    A humanidade depende de gua para produo de alimentos, desenvolvimentoindustrial, gerao de energia, navegao, abastecimento pblico, recreao, en-tre outras atividades. Do total de toda gua existente no planeta, 97% esto nosoceanos, sobrando somente 3% de gua doce. Desse percentual, 70% esto nasgeleiras e icebergs e 29% esto sob a forma de gua subterrnea, assim, apenas1% est disponvel diretamente ao homem sob forma de rios e lagos. Entretan-to, uma vez que a gua tenha sido poluda, ela pode ser recuperada e reutilizada,o que contribui para que seu uso seja mais racional. A necessidade de se usarracionalmente a gua vem conduzindo a novas posturas frente ao agravamentoda escassez de gua prevista para um futuro prximo. Esses fatos justicam a

    elaborao do projeto descrito nesse trabalho. um projeto cujo objetivo prin-cipal implantar um sistema de reutilizao de guas residuais das dependnciasinternas da escola. Para o alcance desse objetivo, so necessrias prticas preli-minares, tais como: criar um sistema alternativo para captao, armazenamento,tratamento e reuso das guas residuais, despertar a conscientizao dos edu-candos acerca da importncia da gua para a vida e trabalhar a temtica gua:conscientizao e preservao de maneira interdisciplinar. Assim, a implanta-o desse projeto gerar um sistema de tratamento das guas residuais das piasdos banheiros, dos bebedouros e do laboratrio da escola, alm da coleta dasguas de chuvas. O projeto foi concebido em trs etapas: primeiramente fez--se o levantamento das medidas (cotas) da planta baixa; em seguida, montou-seuma maquete da escola; nalmente foram realizados o levantamento de custos, acompra de material e a instalao. Com isso, espera-se que se reduza o valor doconsumo de gua em torno de 20 a 30%, e que a escola disponha de uma reservatcnica para uma eventual falta dgua.

    Palavras-chave: abastecimento, reutilizao, conscientizao.

    SUSTENTABILIDADE PARA O PEQUENO EMPREENDENDOR

    Responsveis pelo trabalho:Educadores- Maria Luiza Costa Alencar Peixoto;Irene Pereira dos Santos Gonalves; Rosangela Rodrigues de Souza. Educandos

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    - Isabel Santiago dos Santos; Joo Batista de Oliveira; Luidi Gabriel BarbosaAmorim; Raniele Nunes dos Santos; Soa Marques Moura F; Taianny MarinaNunes de Andrade; Revisor:Dalcirlene Marque Lima.Instituio: Esc. de Referncia em Ensino Mdio Clementino Coelho-PetrolinaDisciplina: Empreendedorismo - 2 e 3 anos.

    rea do conhecimento: Cincias Humanas e suas Tecnologias

    RESUMO

    O presente projeto procura pr em prtica atitudes que levem as pessoas a de-senvolverem hbitos sustentveis, estimulando a participao ativa da sociedadee a melhoria da qualidade de vida. Nesta experincia foi vivenciada na prtica acriao de uma empresa de sacolas retornveis e de produtos reciclveis (sabo,

    velas e embalagens para doces), onde cada turma seria uma empresa, visandoamenizar os impactos ambientais, causados pelo plstico, leo saturado etc. eassim viabilizar o fortalecimento de uma conscincia ecologicamente sustentvele a prtica dos 3Rs. Este trabalho tem como objetivos: vivenciar a experinciade ser um empreendedor; desenvolver a criatividade em meio competitividade;reconhecer a importncia do trabalho em equipe; desenvolver hbitos sustent-

    veis. Desta forma o perl traado para o projeto foi desenvolver prticas susten-tveis atravs do empreendedorismo, sendo selecionadas as melhores empresaspara uma exposio e venda destes produtos.

    Palavras-chave:Sustentabilidade - Criatividade - Competitividade.

    ALGAROBA: ALTERNATIVA SUSTENTVEL PARA A PRODUODE ETANOL

    Responsveis pelo trabalho:Educador:Jos Edilson Batista Diniz. Educandos:Euclides Feitoza Sena; Gabriel de Moraes Borges Dria; Breno Beserra de Sou-za; Lucas Albaniere Freire Gomes; Magda Jaene de Souza Santos; Wesley dosSantos Silva; Henrique da Silva Castor; caro Mychel Gomes Leite de S. Revi-sor: Regina Celi de Moraes Borges.Instituio: Escola de Referncia em Ensino Mdio de Itaparica JatobDisciplina: Qumica - 1 ano

    rea do Conhecimento: Matemtica e Cincia da Natureza e suas Tecnologias

    RESUMO

    A sustentabilidade um dos princpios que orienta o pensar e o fazer Educaonesta Escola, por isso alguns grupos de pesquisa se formaram com o intuito

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    de estudar formas sustentveis de utilizao dos recursos naturais, dentre estes,enquadra-se aqui o Grupo H2Qumica que vem desenvolvendo um estudo so-bre a produo de lcool combustvel a partir da algaroba. O projeto tem comoobjetivo investigar a viabilidade do uso da sua vagem como matria prima paraa produo de etanol. A relevncia desse projeto se justica devido ao poucoaproveitamento que se faz dela (apenas como rao de animal) apesar da grandequantidade existente no Nordeste e de outras possibilidades de utilizao, comopor exemplo, substituir a cana-de-acar na produo de lcool. A ideia da pes-quisa surgiu nas turmas do 1 ano a partir da problematizao sobre a utilizaodas plantas da caatinga. Alguns estudantes se interessaram pelo tema e se organi-zaram em grupo para sistematizar a pesquisa nas ocinas de Iniciao Cientca.Os estudantes zeram a pesquisa na internet sobre a origem, caractersticas eutilidades da algaroba; foram a campo fazer a coleta da vargem e zeram vriostestes, a partir da orientao do professor e dos monitores de Qumica. Sendoassim, a partir do procedimento de fermentao da vargem e da utilizao deum sistema de destilao que separa a gua do lcool foi possvel produzir lcooletlico. O resultado da pesquisa apresenta que possvel criar formas alternati-

    vas de combustvel que no agride ao meio ambiente e que possa substituir aospoucos o combustvel fssil, que alm de no ser renovvel, produz muitos gases

    txicos. Em relao aprendizagem, o resultado do projeto j visvel ao obser-varmos o envolvimento dos estudantes na produo de conhecimento.

    Palavras-chave:Sustentabilidade. Caatinga. Pesquisa

    PRESERVAO AMBIENTAL: UMA RESPONSABILIDADE GLOBAL

    Responsveis pelo trabalho:Educadora:Ana Patrcia de Oliveira Gomes.Edu-candos:Renata da Paz Arajo; Izadora Maria Xavier Mendes; Juliane Maria dosSantos; Hrcules Moreira Rodrigues; Izaquiel do Nascimento; Suzan Kelly Ara-jo de Andrade; Andria Gomes de Freitas; Nayara Regina de Souza Oliveira.Revisor: Maria da Penha Feitosa LopesInstituio:Escola de Referncia em Ensino Mdio Professora Edite Matos

    Santa Maria da Boa VistaDisciplinas:Matemtica, biologia, fsica, qumica, portugus, ingls, sociologiae geograa - 1 e 2 Anos.

    rea do Conhecimento:Projeto Interdisciplinar

    RESUMO

    O tema meio ambiente foco de discusses h tempos, o que se deve a es-cassez dos recursos naturais, resultado da ao antrpica, mais especicamente

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    aos hbitos consumistas da sociedade atual, exigindo desta, medidas para so-lucionar tal problema. Por isso, a mudana de postura frente aos recursos na-turais tornou-se uma questo de sobrevivncia. Assim, surgiu o interesse emdesenvolver um projeto ambiental com estudantes da 1 e 2 anos do ensinomdio da EREMPEM, enfocando o tema Preservao Ambiental, avaliandocausas, efeitos e medidas de minimizao da degradao ambiental, atravs deuma prxis inovadora visando formar cidados ambientalmente conscientes e,multiplicadores de conhecimento, relacionando esses problemas aos valores ti-cos, s escolhas polticas, viso sobre a natureza e s atividades de consumo. Oprojeto foi executado em nove etapas, englobando: palestras abordando os pro-blemas ambientais atuais; exibio de lmes sobre esses problemas; participa-o em desle cvico municipal apresentando alegoria Xote Ecolgico; mesasredondas discutindo medidas para diminuir o desgaste da natureza; arborizaoda escola e bairros vizinhos; confeco de cartazes sobre o Planeta de ontem,hoje e amanh; confeco de cartilhas com boas prticas de convvio sustentvelcom o planeta; concurso de produo de textos; aulas de campo inserindo-osna problemtica da escassez de gua e superproduo de resduos; criao doplano de gesto de resduos na EREMPEM; mutiro para coleta seletiva de lixona escola; ocinas de reaproveitamento e reciclagem de materiais; culminando

    com o Dia da Conscincia Ecolgica, apresentando alternativas de consu-mo sustentvel. Todo o material exposto foi confeccionado em ocinas, ondeos estudantes aprenderam atividades que beneciam o meio ambiente, gerandorenda para muitas famlias. O entusiasmo e dedicao com que desenvolveramas aes consolidam o alcance dos objetivos. O projeto despertou a conscinciaecolgica dos estudantes, transformando-os em agentes modicadores de suacomunidade.

    Palavras-chave:escassez, degradao, sustentabilidade.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Biossistemas como Prticade Educao Ambiental

    1Walkiria Prado

    A sabedoria da natureza tal que no produz nada de supruo ou intil.

    Nicolau Coprnico

    Biossistema um sistema biolgico multifuncional que realiza tratamen-to de dejetos e reaproveitamento de recursos naturais de forma simples, eco-lgica, com baixo custo e consumo de energia, e ainda possibilita uma srie de

    benefcios sociais, ambientais e econmicos para escolas e suas comunidades.

    Um biossistema produz energia e nutrientes a partir da biomassa dispo-nvel em resduos orgnicos, os quais podero ser reaproveitados na produode vegetais em horta, na recuperao de reas degradadas dentro e fora do es-tabelecimento escolar e produo de biogs como fonte energtica de uso daprpria escola. So diversas as propostas de uso de Biossistemas conforme asadaptaes fsicas, ambientais, sociais e polticas da gesto escolar.

    Bons exemplos de prticas de Biossistemas utilizados para tratamento de

    restos orgnicos, produo de alimentos e recuperao de solos na escola e suascomunidades so possveis com pouqussimo recurso e baixo uso de energia, taiscomo a compostagem orgnica.

    Esse processo utilizado para transformar diferentes tipos de resduosorgnicos em adubo ou humo que, quando adicionado ao solo, melhora suas ca-ractersticas fsicas, fsico-qumicas e biolgicas. Consequentemente, se observamaior ecincia dos adubos minerais aplicados s plantas, proporcionando mais

    vida ao solo, que apresenta produo por mais tempo e com mais qualidade.

    Fontes consultadas:Fonte: http://www.grupoescolar.com/Fonte: https://encryptedtbn2.google.com/

    1 Biloga, Gestora Ambiental, Analista de Desenvolvimento Ambiental na Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabi-lidade do Recife - SEMAS/PCR, Tcnica Pedaggica em Educao Ambiental na Gerncia de Educao em DireitosHumanos, Diversidade e Cidadania - GEDH/SEE e mestranda em Gesto e Tecnologia em EAD/UFRPE.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    PROPOSTA DIDTICA 1: REFLETINDO SOBRE A COMPOSTA-GEM ORGNICA

    Na perspectiva de pensarmos uma proposta didtica sobre o tema supra-citado, perguntamos:

    Qual o objetivo de reetir e discutir sobre compostagem orgnica? Quais as reas do conhecimento envolvidas nessa discusso e que podem

    fazer parte de uma proposta didtica am?

    Reexo e discusso propriamente dita...

    Como foi dito anteriormente, a compostagem uma forma de "fabricar"hmus para utiliz-lo como composto, ou seja, fertilizante orgnico na agricul-tura. O processo de formao do hmus chamado humicao e pode sernatural, quando produzido espontaneamente por bactrias e fungos do solo (osorganismos decompositores), ou articial, quando o homem induz a produode hmus, adicionando produtos qumicos e gua a um solo pouco produtivo.

    Na escola, podemos utilizar processos de compostagem mais simples,podendo ser feito num ptio, disposto em pilhas de compostagem ou em re-cipiente fechado de diversos tipos de materiais, com abertura na parte inferiordo mesmo. Os Professores podero contar com a colaborao de instituies

    ambientais, tcnicos agrcolas, ambientalistas, agrnomos, bioqumicos e demaisespecialistas em biossistemas locais.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Botando a mo na massa...

    A primeira coisa a ser feita a separao do lixo orgnico, eles corres-pondem a cerca de 60% dos resduos produzidos em uma casa. Aps ser sepa-rado, o ideal que todo o material orgnico seja picado, para acelerar o processode decomposio.

    Para que seja feita a compostagem preciso uma caixa plstica com tam-pa. De acordo com a proposta que o ideal que a caixa tenha de 30 a 40 cm e

    devem ser feitos furinhos no fundo da caixa. Assim haver troca de oxignio e olquido no car acumulado no recipiente.

    O preparo da caixa deve ser feito em camadas alternadas, primeiro a deterra e depois o material orgnico. Um pouco de hmus, j pronto, tambm uma tima alternativa como fonte de microorganismos e pode ser a terceira ca-mada a ser depositada da caixa de decomposio. Minhocas tambm so timasalternativas para serem colocadas na terra.

    A dica para evitar o mau cheiro utilizar a borra do caf, que tambmserve para espantar formigas e outros insetos. Aps serem feitas as diversas ca-madas, a caixa deve ser fechada e preciso revirar o composto a cada trs dias.Se forem usadas minhocas, essa etapa no necessria.

    Agora, s esperar e em trs meses a terra estar adubada e pronta paraservir de vitamina para outras plantas.

    DICA IMPORTANTE: Essa aula oportunizar tambm o trabalho interdisci-plinar para explicao dos variados fenmenos biolgicos, qumicos, bioqumi-cos, fsicos e sociais envolvidos nesse processo de decomposio e utilizao doproduto resultante pela comunidade escolar.

    Qual a culminncia ou resultados esperados com essa proposta didtica? possvel montar um painel de fotograas ou apresentar os resultados naFeira de conhecimento?

    Fontes consultadas:www.ciclovivo.com.brpt.wikipedia.org/wiki/Hmus

    Professor(a), saiba mais consultando os links abaixo:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/chaTecnicaAula.html?aula=27191 (acesso em 23/05/12)

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/chaTecnicaAula.html?aula=27191 (acesso em 23/05/12)

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    PROPOSTA DE ATIVIDADE 2: OFICINA DE REUTILIZAO DELEO DE COZINHA

    A reutilizao de leo usado em cozinhas uma tcnica interessantede reaproveitamento de resduo orgnico, como forma de evitar danos ao solo,gua, ar e a vida de muitos animais, inclusive o homem.

    Quando retido no encanamento, o leo causa transtornos como entu-pimento das tubulaes e faz com que seja necessria a aplicao de diversos

    produtos qumicos para remov-lo. Se no existir um sistema de tratamento deesgoto, o leo acaba se espalhando na superfcie de rios e represas, contaminan-do a gua e matando muitas espcies que vivem nesses habitats.

    Dados apontam que com um litro de leo possvel contaminar um mi-lho de litros de gua. Se acabar no solo, o lquido pode impermeabiliz-lo, o quecontribui com enchentes e alagamentos. Alm disso, quando entra em processode decomposio, o leo libera o gs metano que, alm do mau cheiro, agrava oefeito estufa.

    Para evitar que o leo de cozinha usado seja lanado na rede de esgoto,

    em especial de escolas, residncias e demais estabelecimentos do entorno dessesespaos escolares, utiliza-se mtodos para reciclar o produto. As possibilidadesso muitas: produo de resina para tintas, sabo, detergente, glicerina, raopara animais e at biodiesel.

    Esse tipo de combustvel j est sendo largamente desenvolvido emtodo o mundo. Aqui no Brasil, o Programa das Naes Unidas para o Meio

    Ambiente (PNUMA) em parceria com a Bayer premiou uma pesquisa da Uni-versidade de So Paulo (USP) sobre produo de biocombustvel a partir doleo de cozinha. A premiao ocorreu em 2007, durante o projeto Jovens Em-

    baixadores Ambientais. O projeto Biodiesel em Casa e nas Escolas, criado pelo LADETEL (La-

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    boratrio de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas) e a BIODIESELBRA-SIL tambm conta com a participao de universitrios, escolas e empresas quej ajudaram a coletar mais de cem toneladas de leo de cozinha para ser trans-formada em combustvel 100% renovvel.

    Botando a mo na massa...

    Sugere-se como prtica na escola, um projeto de produo de barras de

    sabo, a partir de leo de cozinha, em laboratrio de cincias ou rea destinada vivncia dessa experincia. Para formular sua aula atente sobre a necessidade deexplicitar quais seus objetivos e expectativas com a atividade? Quais as reas doconhecimento que podemos envolver na atividade? Quais os resultados espera-dos e a culminncia da atividade de acordo com os resultados obtidos?

    Aps isso, podemos elencar alguns materiais que sero utilizados para aproduo de barras de sabo. Para contribuir com seu trabalho, apresentamosaqui sugestes de materiais a serem utilizados e dicas ao aluno sobre locais paraentregas de leo de cozinha na coleta consciente de lixo.

    Materiais Utilizados

    05 litros de leo de cozinha usado 02 litros de gua 200 mililitros de amaciante 01 quilo de soda custica em escama

    Modo de Preparo

    a) Coloque cuidadosamente a soda em escamas no fundo de um balde.b) Depois, coloque a gua fervendo.c) Mexa at diluir todas as escamas da soda.d) Adicione o leo e mexa a substncia.e) Adicione o amaciante e mexa novamente.f) Jogue a mistura numa frma e espere secar.g) Por m, corte o sabo em barras.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Onde entregar o leo de cozinha usado?

    Seguem algumas dicas de locais que fazem coleta de leo de cozinha emPernambuco.

    Procure o local mais prximo de sua residncia e contribua com o meioambiente!

    POSTOSDECOLETA ENDEREO

    Comrcio e Indstria

    Rua da Paz, 82, Afogados, Recife-PEFones: 3073-5057 / 3073-5066

    Coleta nas residncias apenas em grandesquantidades. Recebe coleta de restaurantes,hotis, hospitais e condomnios.

    Associao Meio Ambiente,Preservar e Educar (AMAPE)

    Estrada do Arraial, s/n (em frente ao 4484),Casa Amarela, Recife-PE- Fone: 3268-7984

    No pega na residncia.

    Bumerangue Reciclagem

    Rua Itaituba, s/n, entre os lotes 7 e 8, Jar-dim Prazeres, Jaboato dos Guararapes-PE .Fones: 3479-2677 / 3071-2476 / 8866-7120

    Coleta na residncia a partir de um litro deleo (em qualquer ponto da Regio Metro-politana do Recife).

    Disk leo

    Rua Conde de Iraj, Torre, Recife-PE- Fone:3227-2187

    Coleta na residncia a partir de dois litros(em qualquer ponto da Regio Metropolita-na do Recife)

    Cidado OlindaAv. Presidente Kennedy - Peixinhos

    (81) 3493-3028

    Pesqueira (Programa Muni-cipal de Coletiva Seletiva deleo)

    Sala Verde CentroSecretaria do Meio AmbienteEscola Arruda MarinhoSecretaria de Assistncia SocialPosto de Sade FamiliarCentenrio e Posto de Sade Familiar Xu-curus.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    OBS: Verique se a COMPESA de sua cidade j oferece ponto de coleta

    de leo de cozinha.

    Orientaes importantes, tomemos cuidado!!!

    A soda custica pode causar queimaduras na pele;

    O ideal usar luvas e utenslios de madeira ou plstico para preparar a mis-tura;

    Outros tipos de solues podem servir para evitar que o leo seja jogado nasredes de esgoto;

    Batizado de Frito Limpo, o produto deve ser jogado no leo ainda quente eaps alguns minutos todo o liquido estar slido. Basta retirar da frigideirae guardar;

    Caso essa soluo esteja muito longe de voc, basta armazenar a sobra dafritura em uma garrafa PET e entregar em um posto de coleta.

    Fontes consultadas: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/voceecod/aprenda-a-reciclar-oleo-de-cozinha#ixzz1vtDkZjbf,

    acesso em 25/05/12 saovicentern.blogspot.com, acesso em 07/10/2012 brognoli.blogspot.com, acesso em 07/10/2012 akatu.org.br, acesso em 07/10/2012

    Saiba mais: http://www.coepbrasil.org.br/portal/Publico/apresentarArquivo.aspx?ID=dc19cffd-990a-43db-

    a28d-4a96a7b12632 http://pga.pgr.mpf.gov.br/praticas-sustentaveis/sabao

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Ecossistemas, Percepoe Educao Ambiental

    Severino Arruda

    As pessoas (...) j no sabem o que sentir orvalho no p descalo, admirar de perto a ma-ravilhosa estrutura de uma espiga de capim, observar intensamente o trabalho incrvel de uma

    aranha tecendo sua teia.

    Jos Lutzenberger.

    Percepo ambiental a maneira como o ser humano observa o meioambiente, como compreende as leis que o regem e como se relaciona com esteambiente, considerando seus conhecimentos, experincias, crenas, emoes,culturas e inuncias ideolgicas de cada sociedade. Na percepo ambiental,prevalecem os sonhos, o imaginrio, os desejos e necessidades individuais e co-letivas.

    Os seres humanos veem, interpretam e agem no ambiente segundo suapercepo, que, quase sempre, inadequada. Para a grande maioria h uma di-ferena entre a percepo ambiental e a imagem real da natureza, requerendo

    intenso trabalho de Educao Ambiental, visando minimizar os diversos proble-mas socioambientais existentes no caminho para a sustentabilidade.

    Em nosso estado, potenciais impactos socioambientais em diferentesespaos territoriais podem ser apontados. Por exemplo, o manejo muitas vezesinadequado da carcinocultura por criadores ligados s comunidades prximas aregies de mangue em nosso litoral, como em Suape; desmatamento para uso demadeira em atividades comerciais; o polo gesseiro no serto e suas inunciasnas comunidades prximas; desocupaes/relocamentos de moradores pelo se-tor imobilirio ou as lavanderias dos polos de confeco do agreste que despe-jam resduos poluentes nos mananciais.

    Diante dessas e outras aes promovidas pelo ser humano e que po-dem impactar o meio ambiente, cabe comunidade escolar o papel bsico daeducao ambiental, para que cada estudante desenvolva uma atitude cidad e amultiplique em sua comunidade.

    Um diagnstico da percepo ambiental pode ser um bom caminho paraa compreenso de como os estudantes percebem e interagem com seus ambien-

    1. Bilogo, Professor, Especialista em Zoologia pela UFRPE, Tcnico Pedaggico na Gerncia de Educao em Direi-tos Humanos, Diversidade e Cidadania GEDH / SEE e da Secretaria de Educao da Prefeitura do Recife.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    tes, bem como dos signicados atribudos aos mesmos, os anseios, os critriosde julgamentos e as condutas, possibilitando conhecer o nvel da conscientizaoambiental e da cidadania participativa frente ao vrios aspectos da problemticasocioambiental.

    Assim, o professor pode criar um trabalho com base na realidade dosestudantes, propiciando um ambiente ideal para desenvolver o conhecimento,

    valores, atitudes e atributos favorveis ao ambiente, tendo a educao ambien-tal como uma ferramenta fundamental para interagir neste processo, propondo

    aes para a formao de cidados ecolgicos, que contribua para a melhoria darealidade socioambiental de sua comunidade.

    Para que a educao ambiental consiga mudar a percepo dosestudantes necessrio trabalhar com exemplos locais, desenvolvendo a capaci-dade de observao, o esprito crtico em relao a sua realidade socioambien-tal, contribuindo para o exerccio da cidadania atravs de discusses sobre osinmeros problemas socioambientais nas suas comunidades. A importncia dacompreenso do espao social, local e das relaes, identidades e representaesnele construdos, permitem ao estudante exercitar, no seu dia-a-dia, uma com-

    preenso global e crtica da sua comunidade, da cidade e do mundo.A principal funo da educao ambiental contribuir para a formao

    de cidados conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental deum modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da socieda-de, local e global (Parmetros Curriculares Nacionais). Para isso necessrio quea escola, alm de trabalhar as informaes e conceitos, trabalhe com atitudes,formao de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. Os co-nhecimentos adquiridos atravs da educao ambiental podem ser levados paraqualquer ambiente em que o educando esteja inserido, como multiplicadores daao ecolgica, inclusive em seus lares e seus ambientes de ensino/aprendiza-gem.

    A percepo ambiental baseada na ecologia traz a percepo de que tam-bm somos animais e que, assim como outros seres vivos, estamos inseridos nosecossistemas. Tal mudana tem promovido a conscincia de que somos respon-sveis pela qualidade dos ambientes nos quais estamos inseridos e de que as con-dies destes atuam diretamente em nossa qualidade de vida. Se os fenmenosde desequilbrios ecolgicos gerados pelas aes humanas no forem remedia-dos, com o ser humano pensando e agindo como se estivesse fora do ambiente, amanuteno da vida na superfcie terrestre estar ameaada, pois esta percepo

    promove a explorao dos recursos naturais de maneira insustentvel, uma vezque as inter-relaes existentes entre os seres vivos passam despercebidas.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    As aes de Educao Ambiental devem induzir a percepo da im-portncia dos ecossistemas vinculada realidade dos estudantes como formade estimular a conscincia e atitudes de recuperao e conservao ambiental.Uma prtica de educao ambiental coerente e bem aplicada pode derrubar pre-conceitos e levar informaes necessrias aos estudantes, alm de expressar ecompreender a realidade ambiental, sobretudo das regies onde moram, e assimpoder se posicionar diante da sociedade e dos governantes para cobrar soluesdos problemas socioambientais de suas comunidades.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    PROPOSTA DIDTICA 1: SEQUNCIA DIDTICA

    Tema: Identicando a percepo ambiental dos estudantes em sua comunidade.Objetivos: Identicar a percepo e conhecimentos prvios que os estudantespossuem em relao temtica a ser estudada, alm de informaes socioecon-micas e ambientais da comunidade.Modalidade/nvel de ensino: Fundamental e mdioDurao:5 horas/ aulasRecursos didticos: desenhos, vdeos, aula-passeio.

    Metodologia:

    1 MOMENTO Aplicao de um questionrio sobre elementos socioambientais da co-munidade, a partir de uma lista sugerida pelo/a professor/a. Ex.: desmatamento,saneamento, coleta de lixo, extrativismo, forma de ocupao territorial, mobili-dade/acessibilidade, etc.

    Desenho temtico: Os estudantes so orientados a demonstrar atravsde desenhos, os seus estmulos e desestmulos, anseios e desaos relacionados aoseu ambiente e temtica estudada.

    Desenho socioambiental do mapa da comunidade: O mapa temcomo principal funo conhecer os diversos aspectos da rea, permitindo vi-sualizar e perceber seu territrio e, a partir do contedo do mapa, descrever osproblemas socioambientais da comunidade.

    2 MOMENTO Diagnstico situacional: coleta de informaes com dados dos ques-

    tionrios, entrevistas e pesquisa bibliogrca. Essa atividade permite conhecera realidade socioambiental, as demandas, as percepes dos estudantes sobre aescola, sua comunidade e o ambiente em estudo, a partir do qual devero serestabelecidos os objetivos a serem alcanados.

    3 MOMENTO Criar uma dinmica que trabalhe a questo do meio ambiente, necessi-tando a cooperao de todos para concluso da mesma. Ao nal, deve ser reali-zada uma reexo sobre as atitudes tomadas por eles, comparando a necessidadede cooperao do grupo e a preservao do meio ambiente.

    Propostas Didticas

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    SUGESTO DE DINMICA DE PERCEPO AMBIENTAL

    CRCULO BIOINTEGRADO*

    Objetivos da atividade:

    Perceber as questes ambientais que envolvem o ambiente em estudo. Reetir a respeito de atitudes que possam ser tomadas a m de contribuir

    para melhoria do ambiente a ser trabalhado.

    Material necessrio: cartes com imagens relacionadas a elementos do mes-mo ambiente escolhido (vegetao, solo, gua, clima, animais, pessoas, etc.) eum novelo de cordo.

    Espao necessrio: suciente para que todos os alunos formem um crculo.

    Desenvolvimento:o/ a professor/a dever entregar um carto com uma deter-minada imagem de um elemento do ambiente a cada integrante do grupo, de for-ma que o mesmo que bem visvel a todos os participantes, orientando que cadaum dever inicialmente observar as imagens de todos os colegas e em seguida o/aprofessor/a entregar o novelo de cordo ao primeiro participante, orientando queo mesmo, segurando uma das pontas do novelo, passe o mesmo a um dos colegas,expressando depois o signicado e a importncia da imagem do referido colegapara o ambiente em estudo, prosseguido at o ltimo participante.

    Finalizao: a dinmica termina quando todos os integrantes j estiveremenvolvidos pelo novelo de cordo. Neste momento o professor/a pede parauma pessoa mexer sua linha a ponto de se perceber todas as voltas da linha me-xendo juntas. Podemos encerrar a atividade lanando as seguintes perguntas:

    a) Qual foi a percepo dos participantes sobre a dinmica realizada?b) Havendo a interferncia mais forte de um agente externo sobre o

    crculo biodinmico, o que poderia acontecer com o mesmo?c) Tomando como referncia a dinmica descrita acima, imagine agora

    a interferncia de um potencial agente impactante em uma cadeiaalimentar na natureza. Quais seriam as provveis consequncias parao ecossistema relacionado diretamente referida cadeia alimentar?

    * Dinmica adaptada a partir da Dinmica de Educao Ambiental: A Teia da Vida. Blog:: Um milho de aes

    para um mundo melhor. Disponvel em: http://paraummundobemmelhor.blogspot.com.br/2009/09/dinamica--de-educacao-ambiental-teia-da.html. Acesso em 25 de junho de 2012.

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    4 MOMENTO Atividade em sala de aula com utilizao de multimdia e exibio de

    vdeo, com reexo e discusso sobre o ambiente em estudo; montagem de car-tazes relacionados ao tema estudado.

    5 MOMENTO Aula-passeio:As vivncias prticas em ambiente natural so impor-tantes, pois engajam os estudantes em atividades contextualizadas na realidade,induzindo a percepo sobre a importncia dos ecossistemas. O contato direto

    permite que os estudantes, por meio da observao e de conversas com pessoasprximas, elaborem de forma mais completa as concepes sobre o ambienteestudado.

    Sugerimos ainda algumas questes para serem trabalhadas com os estudantesnas atividades* avaliativas sobre percepo ambiental. Questes que so co-muns a todos os ecossistemas. Lembramos que o termo ambiente pode sersubstitudo por mangue, caatinga, aude, lagoa, mar, rio, mata atlntica, reacanavieira, etc.

    1. Voc conhece alguma planta desse ambiente? Qual?2. Voc acha que esse ambiente tem alguma importncia? Qual?3. Voc conhece algum animal que vive nesse ambiente? Qual ?4. Voc acha que pode fazer alguma coisa para preservar esse ambiente?

    O qu?5. Esse ambiente vem passando por problemas ambientais? Quais?6. Qual o principal responsvel pelos problemas desse ambiente

    Questes sobre manguezal:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Manguezal

    1. Para voc o que manguezal?2. Voc sabe o que mangue?

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    3. Voc acha que o manguezal est ameaado de extino? Por qu?4. As plantas do manguezal so diferentes de outras plantas? Por qu?5. Quais sensaes voc tem quando v um manguezal?

    Questes sobre a caatinga:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Caatinga

    1. Porque esta mata chamada de caatinga?2. Ocorrem mudanas nessas plantas durante os perodos de secas e de

    chuvas? Quais?

    3. Como estas plantas conseguem sobreviver durante os perodos de secas?4. Quais sensaes voc tem quando v a caatinga no perodo de seca?5. Voc acha correto derrubar a caatinga para produzir carvo? Por qu?

    Questes sobre a Mata Atlntica

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atlantica

    1. O que voc acha mais importante: uma rea de mata preservada ouuma rea de plantio de cana de acar?

    2. Que tipo de vegetao foi derrubada para o plantio de cana-de-acarem Pernambuco?

    3. O que voc acha da queima do canavial para a colheita da cana?4. Esse tipo de mata bem preservada em nosso estado?

    5. Voc conhece os diferentes ambientes associados Mata Atlntica emPernambuco?

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Questes sobre rios:

    Imagem 1 Imagem 2

    http://pt.wikipedia.org/wiki/rio

    1. A gua do rio da imagem 1 serve para abastecimento da populao?2. Podemos tomar banho em qual dos mananciais representados acima,

    sem risco para a nossa sade?3. Como ca o rio da imagem 1 durante o perodo de longa estiagem?4. Voc acha correto retirar areia do fundo dos rios? Por qu?5. Voc acha que o canal da imagem 2 foi originado a partir de um rio?6. Para onde vai a gua desses mananciais?

    Questes gerais:

    1. Nossa escola faz parte de qual ecossistema de nosso estado?2. Faa um desenho do meio ambiente onde voc vive.3. Voc tem necessidade de Educao Ambiental na sua comunidade?

    Qual (is) ?

    * Atividades adaptadas a partir de questes sobre percepo ambiental de manguezal do artigo: Percepo e Educa-o Ambiental sobre o Ecossistema Manguezal, Incrementando as Disciplinas de Cincias e Biologia em EscolaPblica do Recife-PE. Farrapeira, Cristiane; Rodrigues, Lauro e Rodrigues, Rotichilda. Investigaes em Ensino deCincias V13(1). Pg 82. Disponvel em: http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID139/v13_n1_a2008.pdf. Acesso em 20 de junho de 2012.

    Sugestes de Avaliao:

    Aplicao de questionrio nal sobre o que cada estudante pode fazer paramelhorar as condies socioambientais da comunidade;

    Outras produes dos estudantes, a partir dos conhecimentos adquiridos,que sero divulgadas e distribudas junto comunidade; Produo de cartilha ou folder para a comunidade escolar;

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Produo de vdeo educativo a partir dos resultados alcanados. O vdeo teruma proposta de contribuir para o desenvolvimento de uma reexo sobreas concepes prvias e fornecer subsdios que permitam aos estudantescomplementarem seus conhecimentos sobre este ambiente.

    Expectativas de aprendizagem: Analisar as consequncias da ao antrpica sobre os ecossistemas e pro-

    por aes para mitigar estes impactos ambientais. Produzir vdeo educativo para ser apresentado comunidade escolar. Construir cartilha ou folder sobre o ecossistema para ser distribudo com

    a comunidade. Desenvolver, a partir do conhecimento construdo, uma percepo mais

    aproximada com a realidade ambiental. Desenvolver uma postura de investigao quanto s problemticas am-

    bientais.

    Bibliograa consultada:

    MELO JNIOR, M.; SOARES, M. G.; PEDROZA-JNIOR, H. S.; BARROS, H.M. Programa de recu-perao de manguezais degradados no litoral norte de Pernambuco: percepo ambiental e utilizao

    de mudas de Rhizophora mangle L. por lhos de pescadores no Canal de Santa Cruz.Disponvelem:http://www.prac.ufpb.br/anais/Icbeu_anais/anais/meioambiente/manguezais.pdf Acesso em: 15 dejunho de 2012.

    PEREIRA, E. M,; FARRAPEIRA, C.M.R,; PINTO, S. L. Percepo e educao ambiental sobre mangue-zais em escolas pblicas da Regio Metropolitana do Recife. Disponvel em http://www.remea.furg.br/edicoes/vol17/art37v17a15.PDF. Acesso em 20 de junho de 2012.

    SANTOS, A & ALMEIDA, S.R.S. Anlise da percepo prvia dos alunos do 6 ano B do colgio estadualDr. Carlos Firpo acerca do ecossistema manguezal. V Colquio Internacional Educao de Con-temporaneidade, 2011, Barra dos Coqueiros-SE. Disponvel em: www.educonufs.com.br/vcoloquio/cdcoloquio/cdroom/eixo%206/PDF/ Acesso em: 15 de junho de 2012.

    SANTOS, C. M.; VILELA, B.T.S.; FARIAS, C. R.O. BRAGA, A.M. Percepes do ecossistema manguezalde estudantes de uma escola pblica da Ilha de Itamarac, PE.

    Sugesto de Sites: www.redeceas.esalq.usp.br/noticias/Percepcao_Ambiental.pdf http://www.ufscar.br/~lapa/perc_amb_por.html. www.prac.ufpb.br/anais/meae/Anais_II.../percepcaoO.doc www.amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/ANAP.../5 www.iborestas.org.br/sites-ambientais

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    PROPOSTA DE ATIVIDADE 2

    Os projetos em Educao Ambiental devem ser executados a partir dapercepo ambiental dos estudantes envolvidos, o que facilita a compreensodas interrelaes dos estudantes com o ambiente. Os professores das diferentesdisciplinas devem compreender, avaliar e intervir no planejamento e implemen-tao das aes, atuando como mediadores, possibilitando o envolvimento, acooperao e a solidariedade entre estudantes, professores e comunidade, con-tribuindo para a formao de cidados reexivos e transformadores do seu am-

    biente, participando dos problemas de sua comunidade, ajudando os estudantesa desenvolverem uma concepo mais ampla e integrada do ambiente ao qualinterage cotidianamente.

    Etapas das atividades:

    fazer o diagnstico socioambiental (aplicao de questionrio e pesquisasocioambiental);

    elaborar um plano de ao;

    produzir Material de Educomunicao (jornal mural, spot de rdio, etc.)para divulgao do diagnstico e das aes propostas e realizadas emtodas as etapas do projeto;

    implementar as aes propostas, procurando seguir o cronograma;

    acompanhar a realizao das aes e posteriormente avali-las;

    socializar com a comunidade escolar o resultado do projeto, atravs deeducomunicao ou apresentaes expositivas (palestras, jograis, teatros);

    distribuir comunidade materiais de educomunicao impressos (fanzi-ne, folder, paneto).

    Eixo Temtico 1: Dimenso Sistmica da Educao Ambiental

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    Eixo Temtico 2

    Sujeitos Sociais,Identidades, Territrios e

    a Questo Ambiental

    Permitir ao leitor compreender como o comportamento e a diversida-de sociocultural de determinados povos e suas etnias influenciam e

    so influenciados pelo espao territorial, recursos naturais e agentesambientais onde vivem.

    Objetivo Geral

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    52/12452 Eixo Temtico 2: Sujeitos Sociais, Identidades, Territrios e a Questo Ambiental

    Sujeitos Sociais, Identidades,Territrios e a Questo Ambiental

    1Luiz Costa

    CONCEPO DO TEMA

    Os movimentos sociais podem ser considerados como uma consequn-cia de contextos histrico-sociais, podendo ser denidos de diferentes formas,de acordo com a temtica abordada. Para Castells (2000), movimentos sociaisso sistemas de prticas sociais contraditrias, de acordo com a ordem socialurbana ou rural, com o intuito de transformar a estrutura do sistema, atravs de

    aes revolucionrias ou por outros meios.

    Organizaes com atuao em nvel local ou nacional, como associaesde bairro, movimento Indgena, movimento negro, movimento dos catadores delixo, ncleos dos movimentos de sem-terra entre outros, so exemplos de atoressociais envolvidos nesse contexto.

    Diante dos desaos crescentes causados pelos impactos ambientais de-correntes de aes antrpicas, se faz mister discutir a problemtica sob o espec-tro mais amplo possvel, envolvendo os diversos segmentos da sociedade. Nessecenrio, os movimentos sociais, com o seu poder de articulao e engajamento,podem se constituir em canais para viabilizar a reexo sobre as prticas sociais,com o objetivo de desencadear aes concretas de Educao Ambiental, visandoo desenvolvimento sustentvel, bem como melhorar a qualidade socioambientaldessas comunidades.

    A preocupao internacional com o esgotamento de recursos em funodo desenvolvimento, j era demonstrada na 1a Conferncia da ONU sobre Meio

    Ambiente, em Estocolmo, em 1972. Em seguida, o termo desenvolvimento sus-tentvel tornou-se senso comum nas discusses em torno do paradoxo: desen-

    volvimento/preservao, com o objetivo de encontrar caminhos para utilizar-

    mos os recursos naturais sem destru-los, continuando com o desenvolvimentoe promovendo a diminuio da pobreza. Ao mesmo tempo, o conceito lana aideia que todos somos igualmente responsveis pela depredao das riquezas epela preservao das mesmas para as geraes futuras.

    A questo ambiental no Brasil, segundo Sorrentino (2005), pode ser in-terpretada historicamente em trs perodos: o primeiro abrange desde o desco-brimento do Brasil at incio da dcada de 70 do sculo passado, caracterizando-

    1 Doutor em Biologia pela UFPE; Tcnico Pedaggico da Gerncia de Polticas Educacionais em Direitos Humanos,Diversidade e Cidadania GEDH / SEE da Secretaria de Educao de Pernambuco; Professor da Faculdade SantaCatarina.

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    53/12453Eixo Temtico 2: Sujeitos Sociais, Identidades, Territrios e a Questo Ambiental

    -se pela explorao da natureza por europeus e norte-americanos, entre outros.Explorao do Pau Brasil, acar, caf, ouro, mangans e outros minrios, almda mo de obra, foram atividades de alto impacto socioambiental nesse perodo.

    O segundo, do incio dos anos 70 do sculo XX at o nal da dcada de80, com a criao das primeiras entidades ambientalistas no pas, trazendo con-sigo a militncia para o campo das lutas sociais e por melhorias na qualidade de

    vida, inuenciando o que viria a caracterizar o iderio ambientalista e inspirandoas lutas por liberdades democrticas e por direitos humanos, no Brasil e em ou-

    tros pases da Amrica Latina.

    Considerando o fato de a maior parte da populao brasileira viver noscentros urbanos, observa-se uma crescente degradao do meio ambiente nessasreas, onde as condies socioculturais so determinantes no tipo de relaohomem-ambiente. Ao mesmo tempo, as comunidades rurais e demais etnias, ca-recem muitas vezes da oportunidade de uma educao ambiental que lhes possi-bilitem o devido conhecimento acerca da importncia da preservao ambientaldos seus territrios.

    A educao ambiental, longe de ser uma temtica puramente biolgicaou ecolgica, envolve um conjunto de diversas reas do saber, congurando-se,na prtica, uma perspectiva interdisciplinar. Assim, as aes devem contemplaras inter-relaes do meio natural com o social, levando-se em conta, o papeldos diversos atores envolvidos e como estes se encontram. Para Gadotti (2005)o sucesso da luta ecolgica hoje depende muito da capacidade dos ecologistas,em convencerem a maioria da populao de que no se trata apenas de limparrios, despoluir o ar, reorestar os campos devastados para vivermos num planetamelhor, num futuro distante.

    Os problemas de que trata a ecologia no afetam apenas o meio am-

    biente, como tambm o ser mais complexo da natureza, o homem. Contudo,a conscientizao, a partir da educao ambiental passa, necessariamente, pelaao dos professores como mediadores e transmissores de um conhecimentonecessrio para que os alunos adquiram uma base adequada de compreenso domeio ambiente global e local, da interdependncia dos problemas e solues eda importncia da responsabilidade de cada um para construir uma sociedadeplanetria mais igualitria e ambientalmente sustentvel (Jacobi, 2003).

    Apesar de no atingirem plenamente os objetivos esperados, as confe-rncias mundiais e locais tm contribudo para sedimentar a ideia da educao

    ambiental como ferramenta de luta pela minimizao dos grandes impactos cau-sados pelo desenvolvimento econmico e suas prticas danosas. A seguir, traze-mos fragmentos de um dos documentos produzidos na ocasio da Conferncia

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    das Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel (CNUDS), tambm co-nhecida como Rio+20, que trata da importncia da educao ambiental, inclusi-

    ve na dimenso formal (trabalhada nas escolas), como instrumento poderoso deconstruo de uma nova concepo socioambiental e de cidadania.

    A EDUCAO QUE QUEREMOS E A COMPLEXIDADE DO PRESENTE

    ... Se no contexto atual a nalidade da educao produzir mo-de-obra para a

    produo e o consumo, ento quem ir formar os cidados / cidads? O capital

    humano reduz as capacidades humanas funo de produzir maior riquezanas condies sociais existentes, o que implica grandes desigualdades. Os cida-

    dos e cidads, ao contrrio, tm o dever de questionar tais condies quando

    produzem injustia, discriminao, degradao e colocam em risco a vida no

    planeta. Neste sentido, urgente resgatar a noo de Educao como direito

    humano, em suas dimenses formais, no formais e informais, abrir seu olhar

    para a democratizao das sociedades para formar cidadanias crticas, capazes

    de vincular-se a movimentos que reivindicam uma transformao da ordem so-

    cial, com vistas justia social e ambiental, com a inteno de entender e discutir

    solues aos problemas de escala planetria...

    ... Essa abordagem, sobre a educao que queremos, parte de construir mlti-

    plas educaes nas suas dimenses formal, no formal e informal, para de-

    senvolver capacidades humanas, incluindo as capacidades cognitivas, de empo-

    deramento e participao social, de conviver com outros/as na diversidade e na

    diferena, de cuidar e planejar a prpria vida, de conviver entre seres humanos

    em harmonia com o meio ambiente...

    ...Uma educao pertinente, relevante, transformadora, crtica, deve ter, como

    m mximo, a promoo da dignidade humana e a justia social e ambiental.

    (Frum Social Temtico-Grupo Educao Rio+20 ,2012)

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICASCASTELLS, Manuel. O poder da identidade. Traduo Klauss Brandini Gerhardt. 2. ed. So Paulo: Paz e

    Terra, 2000. 530p. (A Era da Informao: economia, sociedade e cultura, 2).GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra e cultura de sustentabilidade. Revista Lusfona de Educao. n. 6.

    Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias. Lisboa, 2005, pg. 15-29.

    JACOBI, Pedro. Educao ambiental, cidadania e sustentabilidade. Caderno de Pesquisa, Mar 2003, n. 118,pg. 189-206.

    SORRENTINO, Marcos. Educao e Pesquisa, So Paulo, 2005, v.31, n.2, p.285-299.Fonte:http://rio20.net/pt-br/propuestas/a-educacao-que-precisamos-para-o-mundo-que-queremos.Acesso em 04/01/2013

    Eixo Temtico 2: Sujeitos Sociais, Identidades, Territrios e a Questo Ambiental

  • 7/23/2019 Caderno Educ Ambiental

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    Caro (a) professor (a), estamos ingressando no primeiro tema do Eixo 2,que nos convida para uma reexo sobre o modelo de sociedade pautado

    pelo consumo excessivo de bens, que inevitavelmente satura os recursosnaturais, pondo em risco a estabilidade do nosso planeta.

    Sociedade eImpactos Ambientais

    Ana Rita F. do Rgo1e Jacineide G. Arcanjo2

    "A indiferena com o meio ambiente a conivncia com nossa destruio."

    Hans Alois

    As questes relacionadas ao meio ambiente esto cada vez mais presen-tes no cotidiano das populaes das cidades. E o grande desao que se apresenta

    nos dias atuais a estas populaes preservar a qualidade de vida minimizandoos problemas ambientais e suas consequncias ao ambiente. Neste contexto,pensar a dinmica de viver e preservar o meio ambiente ns leva a reetir o com-portamento das populaes frente ao apelo de consumo que o mundo capitalistanos impe.

    Diante dessas questes, ressaltamos a importncia do enfrentamentodesses problemas, possibilitando em sala de aula um debate no qual temas con-temporneos fundamentados teoricamente possam contribuir para mudanascomportamentais relevantes e que resultem em um mundo melhor para todos.

    Ao possibilitar esse debate, necessrio observar que aes coletivas eindividuais no devem estar focadas apenas em questes ambientais especicascomo, poluio, uso inadequado de recursos naturais, desmatamento, etc, massim, pensar estas questes dentro de um contexto social no qual se observe asaes dos homens que buscando o desenvolvimento, revelem a possibilidade de

    viver de forma sustentvel no plante terra.

    1,2 Biloga, Mestre em Ensino das Cincias pela UFRPE e tcnica pedaggica na gerncia de Polticas da EducaoInfantil e Ensino Fundamental, anos nais - GEIF/SEE.

    Eixo Temtico 2: Sujeitos Sociais, Identidades, Territrios e a Questo Ambiental

  • 7/23/2019 Caderno Educ Ambiental

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    Nesse sentido, Cachapuz et al ( 2005) arma que:

    A preservao sustentada de nosso planeta exige a satisfaodas necessidades bsicas de todos os seus habitantes. Exige,de fato, a satisfao dos direitos econmicos, sociais e cultu-rais (pag. 176).

    Concordamos com o autor, pois pensar em impactos ambientais pen-sar no cotidiano da sociedade que possui necessidades a serem satisfeitas, mas

    que ao buscar