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A EstrelaVerglio Ferreira
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O AutorNome:
Data de nascimento:
Data de morte:
Estudos/habilitaes literrias:
Profisso/cargos desempenhados:
Obras publicadas:
Perfil literrio:
Prmios recebidos:
Verglio Ferreira
28/01/1916 , em Melo, no concelho de Gouveia.
licenciatura em Filologia Clssica pelaUniversidade de Coimbra.
1/03/1996, em Lisboa.
professor de Portugus, Latim e Grego,escritor, filsofo, ensasta e romancista.
Manh Submersa; Contos; Apario; Conta Corrente; Para
Sempre; At ao Fim; Na tua Face, etc.a sua obra caracteriza-se por uma reflexo constante sobre osentido da Vida e da Morte, o Homem e o Mundo
Prmio Camilo castelo Branco; Prmio da SociedadePortuguesa de Escritores; Prmio da casa da Imprensa;Prmio Cames
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Mapeamento da Histria
Contextos?
Um dia, meia-noite (= Era uma vez).- Quando aconteceu?
- Onde?
Numa aldeia sem nome.
P
ersonagens?
O jovem Pedro: personagem principal
O pai e a me; o velho; o Cigarra; o Sr. AntnioGoverno: personagens secundrias
O Rui, o Roda Vinte e seis, o Pingo de Cera, aRaque Traque, a Pitapota e o Panano: figurantes
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Qual o problema inicial?
Pedro desejava ter a estr
ela queviu, um dia, meia-noite, e decidiuempalm-la.
Quais so os acontecimentos principais?
Pedro saiu de casa e dirigiu-se igreja; subiu at ao campanrio e agarrou a estrela;
j em casa, antes de se deitar, guardou-a numa caixa;
ao acordar pensou que lhe tinham trocado a estrela e ficoutranstornado;
os pais recearam que Pedro estivesse metido em apuros;
o velho descobriu o roubo e Cigarra divulgou-o aldeia, que
ficou em alvoroo;
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Qual o desfecho?
A morte de Pedro, lamentada por toda a aldeia.
os habitantes da aldeia tomaram partido a favor de Cigarracontra o Sr. Antnio Governo;
os pais de Pedro descobriram a verdade; o pai de Pedro denunciou o filho e imps que este fosse repor a
estrela no seu lugar;
Pedro caiu do alto da torre e morreu;
a gente da aldeia chorou a sua morte.
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Espaos quePedro percorre
Dificuldades e estratgias para osultrapassar
1. Na ruateve tanto medo que desatou a correr e olhava
para a estrela para ganhar coragem.
2. Na torre da
igreja,
assustou-se com o ranger da porta, com oescuro, com o cheiro, com as pedras frias, mas
ao tocar o primeiro degrau sentiu-se animado.
3. Na escada de
ferro do
campanrio,
por causa da altura, e da falta de proteo,olhou para a estrela e no para baixo.
4. No topo da torre,continuava a ter medo da altura mas, sem olhar
para baixo, movimentou-se como fazia quando
treinava a subir s rvores.
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Caracterizao de personagens
A personagem principal
Pedro o protagonista, porque a partirdo roubo da estrela, de que ele o autor,
que se desenvolve toda a histria. parecido com tantas outras crianas da
sua idade porque gostava de subir soliveiras para ver os passarinhos nos ninhos
e gostava de aventuras. Alm disso erateimoso, como a maioria das crianas.Queria a estrela, nem sabia para qu, e nodescansou enquanto no a teve.
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Pedro especial porque
determinado e corajoso. Quis aestrela e foi busc-la, o que implicoumuito esforo e aventurar-se porcaminhos difceis. Mas, sobretudo,
implicou muita coragem. Teve devencer o medo da noite, o medo doescuro assustador da torre, o medoda altura e do perigo de cair.Parece que nada o fazia desistir doseu sonho, daquilo que desejavaobter.
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As personagens secundrias
A me do Pedro surpreende-o com a estrela na
mo, quando repara que h uma luz estranha noquarto. De surpreendida passou a furiosa, quisbater-lhe, mas queimou-se na estrela. Ficounervosa porque se preocupava com as opinies dos
habitantes da aldeia. No final, dominada peloreceio, isolou-se no meio da multido, no tendocoragem para seguir os passos do filho.
A me
O pai
O pai quando viu que o filho tinha sido o autor doroubo, no lhe bateu, mas obrigou-o a corrigir o malfeito, porque estava preocupado com a opinio dosaldeos. O pai teve conscincia do perigo e tentouorientar o seu filho durante a escalada final.
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O Velho
O velho, como passava parte da noite acordado,deu pela falta da estrela no cu e comunicou-o ao
Cigarra que, por sua vez, o fez saber a toda aaldeia.
O Cigarra
O Cigarra, indignado com a comunicaosussurrada do velho, divulgou o roubo da estrela a
toda a aldeia. Mostrou-se to arreliado com os quetentaram desvalorizar tal ato, que muita gente, apouco e pouco, comeou a pr-se do lado dele.
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O Sr. AntnioGoverno
O senhor Antnio Governo primeiro achou
que uma estrela a mais ou a menos no tinhaqualquer importncia, mas depois quismostrar-se prestvel e mandou buscar umasescadas muito altas para se chegar melhor aocimo da torre. Quis at que fosse o seu filho a
colocar a estrela no cu, mas este, mal lhepegou, queimou-se.
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Os Figurantes
Os figurantes so designados por alcunhas engraadas esugestivas:
Roda Vinte e Seis, Pingo de Cera podem sugerirtamanho ou quantidade;
Raque-Traque devido ao estrume que deitava nas couvese o odor da resultante;
Em Pitapota pita galinha em linguagem popular;
Panano muito sugestivo em termos fnicos e pode
ser associado a pano,palerma,idiota.
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O Narrador
Pode inferir-se que o narrador senteuma grande simpatia pelo protagonistapela forma como reala o esforo feitopor Pedro. Este sabe bem o que quer e
luta at ao limite, arriscando a prpriavida, nunca desistindo das suasmotivaes. Parece compreender bemcomo a estrela o seduziu.
O narrador subjetivo porque, embora no faa parte da
histria, d as suas opinies, os seus pontos de vista.O medo vinha tambm a correr atrs dele. Mas como vinha
descalo, ele corria mais.
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O narrador no participante porque no est presente nanarrativa, como se comprova pelo uso de verbos e pronomes na3 pessoa.
Nessa noite no aguentou. Meteu-se na cama , a me levou a luz,
mas ele no dormiu.
O narrador omnisciente porque sabe tudo, incluindo os
pensamentos das personagens.
... to contente ficou de a porta estar aberta, que s depois se
lembrou de a ter ouvido ranger. E ento assustou-se.
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A lngua popular revela despreocupao nasconstrues sintticas e correo do vocabulrio; marcadamente oral e espontnea. Pode surgir como:regionalismo(falares caractersticos de certas regies doPas), gria(expresses ou falares caractersticos de certos
grupos profissionais e sociais) ou calo(expresses ouformas marginais, que resultam de situaesparticulares).
A linguagem popularNo conto, constatamos que o narrador conhece muito bem
a linguagem popular.
O que a caracteriza, afinal?
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A linguagem popular no conto:
Palavras Expressesempalmar;retoio;arreava;
tramar;malhar;gramava;sacana;
chatice;escachar
arrombado de sonorijo que nem um cabritopunha-lhe o comer
fizera uma das deletivera mesmo uma ponta de cagao
o filho da me
malharali com o coiro na cadeia
ningum gosta que lhe limpem o que seu.a bem dizer tanto se lhe dava como se lhe
deu
no fosse o diabo tec-las.
..apanh-lo com a boca na botija
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A ao deste conto decorre numa aldeia e numa igreja semnome e num tempo indefinido, para que esta situao seja lidacomo intemporal.
Um dia, meia-noite; a essa hora; nessa noite; No dia seguinte;
Mas no dia seguinte; Aconteceu ento que no dia seguinte; Ora certa noite; um ano inteiro; hoje; J passaram muitos anos.
So marcas de tempo as seguintes expresses:
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O espao
Os diferentes lugares onde decorre a ao so o quarto doPedro, as ruas da aldeia, a torre da igreja e o adro.
O espao fsico mais importante a torre porque a partir dela quePedro chega estrela, a partirdela que a colocar de volta etambm ser ao escorregar dela que
morrer e o seu sonho terminar.
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A histria
Foi difcil ao Pedroconcretizar o seu sonho porque nos o caminho era arriscado e difcil,como tambm encontrou a oposio
de toda a gente.
Pedro uma criana queacredita no sonho, na capacidade da
imaginao, ao contrrio dos adultosque vivem presos realidade. DaPedro no se queimar com a estrela.
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O simbolismo da estrela
A posse da estrela significa:
crescimento, busca da prpria identidade;
nascimento para uma outra vida;
desejo de conhecimento do mundo;
nsia de liberdade;
vitria sobre o medo; coragem.
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Interpretaes possveispara este conto
Pedro morreu porque o seu sonho era demasiadoambicioso.
Pedro cometeu uma falta grave e por isso foi castigado.
A maioria dos adultos perdeu a capacidade de sonhar e asua incompreenso matou Pedro.
Pedro no estava interessado em viver num mundo onde
no havia lugar para o sonho.
Pedro no morreu. Morreu a criana cheia de sonhos efantasias; circunstncias da vida obrigaram o Pedro-criana atornar-se adulto, sem tempo ou vontade de sonhar.