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1 Atendimento Educacional Especializado AEE: Desafios da formação e da Atuação em Sala de Aula APRESENTAÇÃO Ao longo dos anos temos vivenciado no Brasil o movimento pela inclusão escolar. Este é um assunto debatido em todo o mundo, pois e o grande desafio da educação especial está em desenvolver métodos que possam beneficiar as várias deficiências do aluno, seja ela física ou intelectual. O estudo que teremos com a disciplina “Educação Especial na perspectiva da Inclusão Escolar” pretende mostrar aos acadêmicos do Curso de Pedagogia, futuros profissionais da educação que ao assumirem uma sala de aula, irão se deparar com alguns alunos deficientes, dai a importância de buscar Educação inclusiva, para tanto, faz-se necessário conhecer não somente os equipamentos que a escola tem, devem também interagir em conjunto com os professores do AEE, buscando a melhor maneira de trabalhar com as deficiências de cada criança, para

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Atendimento Educacional Especializado AEE: Desafios da formação e da Atuação em Sala de Aula

APRESENTAÇÃOAo longo dos anos temos vivenciado no Brasil o movimento pela inclusão escolar. Este é um assunto debatido em todo o mundo, pois e o grande desafio da educação especial está em desenvolver métodos que possam beneficiar as várias deficiências do aluno, seja ela física ou intelectual.

O estudo que teremos com a disciplina “Educação Especial na perspectiva da Inclusão Escolar” pretende mostrar aos acadêmicos do Curso de Pedagogia, futuros profissionais da educação que ao assumirem uma sala de aula, irão se deparar com alguns alunos deficientes, dai a importância de buscar Educação inclusiva, para tanto, faz-se necessário conhecer não somente os equipamentos que a escola tem, devem também interagir em conjunto com os professores do AEE, buscando a melhor maneira de trabalhar com as deficiências de cada criança, para que seus alunos tenham acesso às melhores condições possíveis de aprendizagem.

A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as

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práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.

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ATENDIMENTOS EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA SALA DE RECURSOS

No final do século XX e no inicio do século XXI debateu-se muito o tema inclusão no interior das escolas e em eventos científicos. O importante é que a luta esta sendo pela palavra “inclusão”, ao invés da “exclusão”, pois a sociedade que vivemos ainda é muito excludente, para Wanderley (1999) a exclusão é um fenômeno social e esse processo de urbanização levou as desigualdades de serviço. No Brasil, o movimento pela inclusão social teve seu maior impacto nas discussões das políticas públicas e na política educacional. Conforme as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica – 2001, “Entende-se por inclusão a garantia, a todos do acesso continuo do espaço comum da vida em sociedade, sociedade está que deve estar orientada por revelações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida” (DNEE, 2001). A transformação escola/sociedade não é, portanto, uma mera exigência escolar de pessoas com necessidades especiais e sim deve ser encarada como um compromisso inadiável da sociedade para os demais cidadãos que precisam exercer o seu direito civil da educação e direito de ir e vir. Para o atendimento em sala de recursos multifuncionais – AEE o professor deve ter formação para o atendimento das necessidades educacionais especiais. Nesse atendimento é de fundamental importância que o professor considere as 21 diferentes áreas do conhecimento, os recursos específicos para aprendizagem e as atividades, nessa sala o professor deverá oferecer o Atendimento Educacional

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Especializado. É a função do professor do AEE organizar subsídios que favoreçam o desenvolvimento do aluno com deficiência intelectual estimulando o cognitivo e a aprendizagem. O desenvolvimento é o processo através do qual o individuo constrói ativamente, nas relações que estabelece o físico e social, a formação dessas habilidades se dá ao longo da interação do individuo com o mundo social. Para desenvolver o AEE, é importantíssimo que o professor conheça seu aluno e as suas particularidades e suas limitações, para que possa atuar com esse aluno com necessidade dentro e fora do ambiente educacional. 2.4.1GESTÃO DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM A atuação dos professores em conjunto, é de fundamental importância para que o professor do ensino regular tenha todas as orientações especificas de como e quando esse aluno se desenvolve melhor e essa gestão dos processos de aprendizagem busca espaços nas salas de recursos multifuncionais, bem como na sala do ensino fundamental. (ESAP,2012) Para Ziliotto( 2008,p.45) “Não só restrita a questão diagnóstica, mas estendendo-se a discussão para a intervenção, pedagógica no interior da sala de aula, enquanto processo de ensino-aprendizagem, a expectativa do docente sobre seu aluno pode acarretar consequências negativas dependendo da forma como esse profissional projeta expectativas sobre a criança” (ZILIOTTO,2008, p.45) A ação do professor em sala de aula tem como objetivo eliminar as barreiras que dificultem a aprendizagem, para potencializar o desenvolvimento e aprendizagem do aluno com necessidade especial. O mais indicado ainda é a interação entre pais e professores, para que quando o aluno estiver fora da sala de aula à família também possa auxiliar esse desenvolvimento de aprendizado, pois um pouco que a família possa auxiliar a criança em casa já ajudará

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muito o professor, para que o que foi assimilado em sala de aula não se perca. 22 Conforme Moreno, 1995 p,225 A conduta do professor em relação ao aluno será determinante para o auto conceito da criança, pois os sentimentos que um aluno tem sobre si mesmo dependem, em grande parte, dos componentes que percebe que o professor mantém em relação a ela. Uma atitude continuada e consistente de alta expectativa sobre o êxito de um aluno potencializa sua confiança em si mesmo, reduz a ansiedade diante do fracasso e facilita resultados acadêmicos positivos. (MORENO, 1995 p.225) A Para Gardner 1994, a compreensão de uma pessoa numa perspectiva humanista, envolvendo as inteligências multiplicas, amplia a visão do potencial humano e dentro das suas palavras: “É de máxima importância reconhecer e estimular as variadas inteligências. Nós somos todos tão diferentes, em grande parte, porque possuímos diferentes combinações de inteligências. Se reconhecemos isso, penso que temos pelo menos uma chance melhor de lidar adequadamente com os muitos problemas que enfrentamos neste mundo.” (GARDNER, 1987 p.38) As múltiplas inteligências podem ser descritas assim: “LOGICA-MATEMÄTICA - Grande habilidade para raciocínio dedutivo e capacidade de solucionar problemas matemáticos. MUSICAL – Sensibilidade e entoações, melodias, ritmos e tons. Não precisa aprendizado formal para desenvolver essa inteligência. INTRAPESSOAL – Administração de sentimentos, boa capacidade de autoconhecimentos e de agir adaptativamente. INTERPESSOAL – Facilidade em perceber nos outros diferenças de animo, sentimentos e motivações. CORPORAL-CINESTESICA – Capacidade de usar o corpo para se expressar. ESPACIAL - Boa memória Visual e facilidade de reconhecer lugares e visualizar e representar graficamente ideias espaciais. LINGUISTICA - Capacidade de usar as palavras de

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forma efetiva, tanto oralmente como na forma escrita. NATURALISTA - Capacidade de reconhecer e classificar espécies da flora e fauna, sensibilidade aos fenômenos naturais.” (ZILIOTTO,2008 p.46,47) 2.4.2 MATERIAIS UTILIZADOS EM SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS O trabalho desenvolvido com as crianças baseia-se no brincar consciente e na utilização dos aspectos e jogos disponíveis na escola, como também o a utilização de 23 músicas, jogos dramáticos que auxiliam a criança adquirir o domínio da comunicação permitindo assim a relação lúdica com a realidade e a vivência social autentica. Dessa forma ao sugerir caminhos que estimulem a curiosidade, iniciativa e a autoconfiança, proporcionará aprendizagem, desenvolvimento da linguagem e da concentração de forma natural e prazerosa, já que toda a criança possui uma evolução para alcançar a idade cognitiva em que se encontra. As técnicas que utilizam jogos brincadeiras, brinquedos e pequenas peças teatrais auxiliam nessa evolução e percebe-se que esses métodos auxiliam na evolução e no desenvolvimento da criança despertando a sua curiosidade e imaginação propondo assim a invenção de um mundo do tamanho da sua compreensão, portando uma atividade natural e necessária, que constrói o próprio mundo da criança. O jogo não pode ser visto apenas como forma de brincadeira e distração, mas como um favorecimento ao desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social, moral e cívico. Salgado (2009) afirma que para que o processo de aprendizagem se efetive em sala de aula é importante que os professores respeitem o estilo de aprendizado dos alunos e a autora também apresenta três tipos de estilo de aprendizagem, visual, auditiva e sinestésica e as caracteriza: “ESTILO DE APRENDIZAGEM VISUAL - São consideradas visuais as pessoas que usam a memória visual, geralmente precisam ver para aprender, observam detalhes, são

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observadores, organizados, são exigentes no escrever e desenham com detalhes. Essas pessoas gostam de assistir filmes, pintar e de imagens ESTILO APRENDIZAGEM AUDITIVA - São pessoas que precisam ouvir para aprender, pensam alto e repetem o que ouvem. Contam historias e fatos. Falam alto e fazem barulho e mesmo em sala de aula, estão conversando. Não gostam de atividades escritas e leituras, preferem aulas expositivas. ESTILO APRENDIZAGEM CINESTÉSICO - São pessoas que precisam envolver-se fisicamente, seja por meio de toque ou movimentos, como a dança gostam de se relacionar com outras pessoas, ficar perto, abraçar, segurar e sempre tem alguma coisa mas mãos.” (SALGADO 2009 p.448) O professor nesse contexto precisa identificar cada estilo de aprendizado nos alunos que ali estão, para potencializarão da tarefa ali apresentada, percebendo isso a eficácia do ensino será bem melhor até mesmo para futuras avaliações com o aluno. Além das musicas, contos, brincadeiras etc., a sala de aula precisa ser muito bem adaptada para receber os alunos, precisam de materiais como calculadoras 24 sonoras, pinceis, lupas, cadernos de pauta ampliada, canetas de ponta porosa, suporte para livros, lápis, computadores com softwares adaptados para cada necessidade. Além dos materiais precisa de mobílias adaptadas, como mesa com recortes, ajuste de altura, cadeiras com ajustes para controle do tronco e cabeça, apoio dos pés, regulagem da inclinação do assento com rodas, tapetes antiderrapantes. De acordo com Alves (2006, p. 18): “...a lei n° 10.098/00, que trata das normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, dispôs que o poder público promoverá a supressão de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas. Na regulamentação da

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lei, o art. 61 do Decreto n°. 5.296/04 definiu: “consideram-se ajudas técnicas os produtos, instrumentos e equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistiva”. Muitas vezes a adaptação de recursos é feita de maneira natural, de acordo com a necessidade e, principalmente porque alguém se desafiou em buscar soluções que possibilitassem a inclusão. Como uma carteira que teve suas pernas serradas para diminuir de altura e ficar ao alcance de uma criança usuária de cadeiras de rodas ou até mesmo desenhos feitos com cola colorida para que um aluno deficiente visual possa sentir e imaginar o que se trata, ou até mesmo áudio para que possam escutar. Estes recursos artesanais foram pesquisados e desenvolvidos por educadores, e consulta com os pais podem fazer a diferença entre poder ou não estudar junto com seus colegas. Na Sala de Recursos Multifuncionais destaca-se: os jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, a criatividade e o desenvolvimento de estratégias de lógica e pensamento; os jogos adaptados, como aqueles confeccionados com simbologia gráfica, e matemática, conforme fotos anexadas a essa pesquisa. 2.4.3 ALUNADO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO Pessoas com deficiência auditiva 25 Pessoas com deficiência física Pessoas com deficiência mental Pessoas com deficiência visual Pessoas com múltiplas deficiências Pessoas com altas habilidades/ superdotados e com dificuldade de aprendizado. 2.4.4 METODOLOGIA E ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR COM OS ALUNOS NA SALA DE RECURSOS AEE ♦ Alunos com deficiência auditiva Promover o aprendizado do Sistema LIBRAS Promover o aprendizado da língua portuguesa Materiais traduzidos do português para LIBRAS – LIBRAS para o

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português ♦ Alunos com deficiência física Orientar o professor de Educação Física quanto ao uso da matéria para estimular o aluno, com uma aula adaptada. Realizar a adequação do material Promover a autonomia desse aluno ♦ Alunos com deficiência mental Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento da atenção, percepção e memória. Proporcionar ao aluno o conhecimento do seu corpo através de desenhos figuras, com isso fazer dele um instrumento de expressão, para a autonomia de suas necessidades básicas, exemplo ir ao banheiro sem precisar de ajuda. Valorizar as diferenças e não a discriminação ♦ Alunos com deficiência visual Promover e apoiar a alfabetização e aprendizado pelo Sistema Brile Gravação sonora de textos 26 Adequação necessárias para o uso de tecnologias, como aplicativos de áudio-books, etc.. ♦ Alunos com múltiplas deficiências Métodos apropriados de comunicação, todas as formas devem ser utilizadas Planejamento de toda a aprendizagem Interação em ambientes naturais ♦ Alunos com altas habilidades/ superdotados Habilidades especificas, como incentivar a pratica de esportes. Criatividade, escrever um livro, ler um livro, fazer um desenho. Motivação canalizar a energia 27 3

O que é uma Sala de Recursos Multifuncionais - SRMF?

São espaços físicos localizados nas escolas públicas onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado - AEE.

As SRMF possuem mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento dos alunos que são público alvo da Educação Especial e que necessitam do AEE no contraturno escolar.

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A organização e a administração deste espaço são de responsabilidade da gestão escolar e o professor que atua neste serviço educacional deve ter formação para o exercício do magistério de nível básico e conhecimentos específicos de Educação Especial, adquiridos em cursos de aperfeiçoamento e de especialização.

O que é o atendimento educacional especializado (AEE)?

O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).

O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. São exemplos práticos de atendimento educacional especializado: o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível, entre outros.

 O que é tecnologia assistiva e que relação ela tem com a Sala de Recursos Multifuncional ?

De acordo com a definição proposta pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), tecnologia assistiva "é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba

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produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT, 2007)

A tecnologia assistiva é um recurso ou uma estratégia utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência. Na perspectiva da educação inclusiva, a tecnologia assistiva é voltada a favorecer a participação do aluno com deficiência nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns. São exemplos de tecnologia assistiva na escola os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localização, a sinalização, o mobiliário que atenda às necessidades posturais, entre outros.

Como se organiza o serviço de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva?

No atendimento educacional especializado, o professor fará, junto com o aluno, a identificação das barreiras que ele enfrenta no contexto educacional comum e que o impedem ou o limitam de participar dos desafios de aprendizagem na escola. Identificando esses "problemas" e também identificando as "habilidades do aluno", o professor pesquisará e implementará recursos ou estratégias que o auxiliarão, promovendo ou ampliando suas possibilidades de participação e atuação nas atividades, nas relações, na comunicação e nos espaços da escola.

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A sala de recursos multifuncional será o local apropriado para o aluno aprender a utilização das ferramentas de tecnologia assistiva, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia. Não poderemos manter o recurso de tecnologia assistiva exclusivamente na sala multifuncional para que somente ali o aluno possa utilizá-lo.

A tecnologia assistiva encontra sentido quando segue com o aluno, no contexto escolar comum, apoiando a sua escolarização. Portanto, o trabalho na sala se destina a avaliar a melhor alternativa de tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e encaminhar estes recursos e materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a família e nos demais espaços que frequenta.

São focos importantes do trabalho de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva:

a tecnologia assistiva numa proposição de educação para autonomia,a tecnologia assistiva como conhecimento aplicado para resolução de problemas funcionais enfrentados pelos alunos, e a tecnologia assistiva promovendo a ruptura de barreiras que impedem ou limitam a participação destes alunos nos desafios educacionais.

A tecnologia assistiva é uma área de atuação da educação ou é exclusiva da área clínica?

O tema da tecnologia assistiva nasceu associado à ideia de reabilitação e era inicialmente vinculado à prática de profissionais da saúde. A mudança de entendimento sobre o que é a deficiência e especialmente o novo modelo biopsicossocial e ecológico de compreendê-la como o resultado da interação do indivíduo, que possui uma alteração de estrutura e

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funcionamento do corpo, com as barreiras que estão impostas no meio em que vive; mostram-nos que os impedimentos de participação em atividades e a exclusão das pessoas com deficiência são hoje um problema de ordem social e tecnológica e não somente um problema médico ou de saúde.

As grandes e mais importantes barreiras estão, muitas vezes, na falta de conhecimentos, de recursos tecnológicos, na não aplicação da legislação vigente, na forma como a sociedade está organizada de forma a ignorar as diferentes demandas de sua população.

Nesse sentido, o conceito e a prática da tecnologia assistiva também evolui saindo da concepção de recursos médicos ou clínicos para um bem de consumo de um usuário que busca um apoio tecnológico para resolução de um problema de ordem pessoal e funcional. Nessa perspectiva, o usuário deixa de ser um paciente e assume o papel de quem busca no âmbito da tecnologia assistiva a informação sobre o que é mais apropriado para suprir a sua deficiência e os recursos disponíveis para o seu caso específico. A tecnologia assistiva envolve hoje várias áreas do conhecimento tais como a saúde, a reabilitação, a educação, o design, a arquitetura, a engenharia, a informática, entre outras.

A tecnologia assistiva é, acima de tudo, um recurso de seu usuário e a equipe coloca seu conhecimento à disposição para que ele encontre o recurso ou a estratégia que atenda a sua demanda de atuar e participar de tarefas e atividades de seu interesse.

Na prática, em se tratando de crianças com deficiência, o lugar por excelência da atuação da tecnologia assistiva é a sala de

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recursos multifuncional, onde se oferece um serviço que identifica, elabora e disponibiliza recursos que ampliam a participação do aluno com deficiência nos desafios educacionais propostos pela escola comum.

Educação especial e educação inclusiva: Qual a diferença?As recentes alterações propostas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) fez com que algumas confusões surgissem acerca da nomenclatura mais adequada para as instituições de ensino que atendessem todas as crianças da comunidade, independente das suas limitações físicas ou cognitivas.A educação especial consiste na utilização de ferramentas didáticas específicas para atender as limitações que a criança possui, sejam elas físicas ou cognitivas. A educação especial, no entanto, não possui um papel de integrador da criança com a sociedade, por ser aplicada fora do contexto da educação regular.A educação inclusiva por sua vez é um sistema educacional híbrido que alia a educação regular com a educação especial, isto é, as crianças com algum tipo de deficiência são inseridas no ambiente escolar normal, para que não haja o comprometimento do rendimento escolar dessas crianças é necessária a estruturação física da escola e capacitação dos professores para lidar com esses alunos diferenciados.A educação especial tem sido aos poucos colocada de lado em prol da educação inclusiva, que permite que a criança se sinta inserida na sociedade, independente das suas limitações sejam elas físicas (surdez, cegueira ou paralisia) ou cognitivas (patologias ou síndromes que causam algum tipo de retardo

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mental). Com a utilização da tecnologia e processos didáticos mais lúdicos é possível inserir praticamente qualquer indivíduo na sociedade e no mercado de trabalho, sendo esse um passo fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Por que o AEE?

Porque [...] “temos direito à diferença, quando a igualdade nos descaracteriza”. (Boaventura de Souza Santos) Alunos com deficiência e os demais, que são público alvo da Educação Especial, precisam ser atendidos nas suas especificidades, para que possam participar ativamente do ensino comum

O que faz o AEE?

Apóia o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos gerais de desenvolvimento e altas habilidades • Disponibiliza o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação e sinalização • oferece tecnologia assistiva – TA • adequa e produz materiais didáticos e pedagógicos,trndo em vista as necessidades específicas dos alunos, • oportuniza o enriquecimento curricular (para alunos com altas habilidades) O AEE deve se articular com a proposta da escola comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum O AEE Atendimento Educacional Especializado (2008)

Para quem? •

O AEE se destina a alunos com deficiência física, mental, sensorial (visual e pessoas com surdez parcial e total) • Alunos com transtornos gerais de desenvolvimento e com altas habilidades (que constituem o público alvo da Educação Especial) também podem ser atendidos por esse serviço.

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Por quem?

O AEE para pessoas com deficiência • é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos no ensino de: – LIBRAS,Língua Portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua de pessoas com surdez – Sistema Braille, sorobã, orientação e mobilidade, utilização de recursos ópticos e não ópticos – Atividades de vida autônoma – Tecnologia Assistiva – Desenvolvimento de processos mentais, – Adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos e outros Para os alunos com altas habilidades o AEE oferece programas de enriquecimento curricular, desenvolvimento de processos mentais superiores e outros

AEE em todas as etapas e modalidades da educação básica e do ensino superior

O AEE é organizado para suprir as necessidades de acesso ao conhecimento e à participação dos alunos com deficiência e dos demais que são público alvo da Educação Especial, nas escolas comuns Constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, embora participar do AEE seja uma decisão do aluno e/ou de seus pais/responsáveis AEE Atendimento Educacional Especializado (2008)

AEE na Educação Infantil

O AEE expressa-se por meio de serviços de intervenção precoce, que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem, em interface com os serviços de saúde e assistência social

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AEE em outras modalidades de ensino

O AEE está presente como serviço da Educação Especial na educação indígena , do campo e quilombola e nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.

Quando e Onde?

O AEE é PREFERENCIALMENTE realizado no período inverso ao da classe comum freqüentada pelo aluno e na própria escola desse aluno. Há ainda a possibilidade de esse atendimento acontecer em uma outra escola próxima ou em um centro especializado

Espaços de AEE

Escola comum: salas de recursos multifuncionais Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento à Deficiência Visual – CAP Centro Especializado

Argumentos em favor do “preferencialmente” nas escolas comuns

• Do ponto de vista do aluno A escola é o lugar em que esse aluno está sendo formado para a vida pública, construindo sua identidade a partir dos confrontos com as diferenças e da convivência com o outro • Do ponto de vista do AEE Quanto mais o AEE for oferecido na escola comum que esse aluno freqüenta, mais ele estará afirmando o seu papel de oportunizar a inclusão, distanciando os alunos de centros especializados públicos e privados, que os privam de um ambiente de formação comum a todos, discriminando-os segregando-os

Argumentos.

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.. • Do ponto de vista da escola Os problemas desse aluno devem ser tratados e discutidos no dia-a-dia da escola e com todos os que nela atuam – no ensino regular e especial

Do ponto de vista dos pais

Conceberem o desenvolvimento e a escolarização de seus filhos, a partir de uma experiência inteiramente inclusiva, sem terem de recorrer a atendimentos segregados, exteriores à escola para que seus filhos sejam reconhecidos nas suas especificidades

Sustentação legal na Constituição Federal de 1988

O direito à diferença está também previsto na Constituição Federal de 1988 , artigo 208, quando nossa Lei prescreve que:

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

III-atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência , preferencialmente, na rede regular de ensino

O direito à igualdade de todos à educação está garantido expressamente previsto na nossa Constituição/88 (art. 5º.) e trata nos artigos 205 e seguintes, do direito de TODOS à educação

Sustentação legal na LDBEN/1996

Na Lei Brasileira Educação Nacional- LDBEN( art. 58 e seguintes), “ o atendimento educacional especializado será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas escolas comuns do ensino regular” (art. 59,parág. 2º.)

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A LDBEN interpreta equivocadamente o advérbio “preferencialmente”, do texto constitucional, quando refere essa preferência à condição de o aluno ter condições para ser incluído “nas classes comuns do ensino regular” e não ao local em que o AEE deve ser oferecido ( preferencialmente nas escolas comuns de ensino regular). Esse entendimento errôneo do dispositivo tem levado à conclusão de que é possível a substituição do ensino regular pelo especial. A mesma interpretação se confronta com o que dispõe a própria LDBEN em seu artigo 4º., inciso I 22 e em seu artigo 6º. 3 e com a Constituição, que não admite o oferecimento do Ensino Fundamental em local que não seja escola (art.206, inc.I).

Sustentação legal na Convenção da Guatemala/2001

• Prevê impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência. Define como discriminação toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiência [...] que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconheci,mento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais (art. 1º.,no.2, “a”) • Pela Convenção da Guatemala não constitui discriminação a diferenciação ou preferência adotada para promover a inclusão, desde que estas não limitem em si mesmas o direito à igualdade dessas pessoas e que elas não sejam obrigadas a aceitar tal diferenciação . • Se as diferenciações ou preferências podem ser admitidas em algumas circunstâncias, a EXCLUSÃO ou RESTRIÇÃO jamais serão permitidas se o motivo for deficiência.

A Convenção da Guatemala complementa a LDBEN, porque esta não contempla o direito de opção de as pessoas com deficiência

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e de seus pais ou responsáveis de aceitar ou não tratamento diferenciado , como é o caso do AEE • A LDBEN limita-se a prever as situações em que se dará a Educação especial, que normalmente , na prática, acontece por imposição da escola e/ou rede de ensino

Sustentação legal na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – ONU 03/2007 Artigo 24 – Educação 2 d-

As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e e- Efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, compatível com a meta de inclusão plena.

3-Os Estados Partes deverão assegurar às pessoas com deficiência a possibilidade de aprender as habilidades necessárias à vida e ao desenvolvimento social, a fim de facilitar-lhes a plena e igual participação na educação e como membros da comunidade. Para tanto, os Estados Partes deverão tomar medidas apropriadas, incluindo: Facilitação do aprendizado do braile, escrita alternativa, modos, meios e formatos de comunicação aumentativa e alternativa, e habilidades de orientação e mobilidade, além de facilitação do apoio e aconselhamento de pares; – Facilitação do aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade lingüística da comunidade surda; e – Garantia de que a educação de pessoas, inclusive crianças cegas, surdocegas e com surdez, seja ministrada nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados às pessoas e em ambientes que favoreçam ao máximo seu desenvolvimento acadêmico e social.

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A fim de contribuir para a realização deste direito, os Estados Partes deverão tomar medidas apropriadas para: empregar professores, inclusive professores com deficiência, habilitados para o ensino da língua de sinais e/ou do braile, e para capacitar profissionais e equipes atuantes em todos os níveis de ensino. Esta capacitação deverá incorporar a conscientização da deficiência e a utilização de apropriados modos, meios e formatos de comunicação aumentativa e alternativa, e técnicas e materiais pedagógicos, como apoios para pessoas com deficiência.

REVISITANDO CONCEPÇÕES DE INCLUSÃO NO OLHAR DA ESCOLA REGULAR

A inclusão educacional tem ocupado significativo espaço de reflexões em todo o mundo, particularmente a partir da década de 1990. Etimológicamente a palavra Inclusão vem, do verbo incluir (do latim includere), que significa conter em, compreender, fazer parte de, ou participar de. Assim, falar de inclusão escolar é falar do educando que se sente contido na escola, ao participar de todas as possibilidades educativas que o sistema educacional oferece, contribuindo portanto com seu potencial

A Declaração de Salamanca (1994), marco histórico a favor da inclusão das classes minoritárias, preconizou que o princípio da inclusão consiste no reconhecimento da necessidade de se caminhar rumo à “escola para todos”, um lugar que inclua todos os alunos e responda às necessidades individuais de cada educando. Em consonância com a Declaração de Salamanca (1994), a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 (BRASIL, 1996)

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reafirma ( artigo 59) o direito de acesso e permanência de todos os alunos nas escolas de ensino regular.

Recursos e Tecnologias InclusivasTecnologias e recursos materiais que podem ser utilizados 

Quando falamos em tecnologias e recursos que auxiliam a criança ou adolescente com deficiência na sala de aula, devemos lembrar que eles não são recursos que magicamente farão o aluno superar suas dificuldades. Qualquer que seja o auxílio pensado, sempre passa pela percepção que o professor tem sobre as dificuldades e possibilidades de seu aluno. O auxílio só faz sentido a partir desta relação. Por isso, dizemos que não há regras, existem sugestões para ajudar o professor a pensar em possibilidades, mas isto sempre será posterior a este primeiro contato e conhecimento prévio do professor em relação a criança ou adolescente. 

Os alunos com deficiências geralmente usam os mesmos recursos materiais que os demais alunos. Existem, no entanto, adaptações que podem ser necessárias para facilitar a realização de atividades para quem possui alguma limitação motora, sensorial ou cognitiva. Esses recursos são chamados de “ajudas técnicas” ou “tecnologias assistivas”. 

Infelizmente, esses recursos são caros para a maioria das pessoas com deficiência. É aí que entra a criatividade da professora que engrossa o lápis com fita adesiva para que o aluno possa segurá-lo melhor e, sem saber, também está fazendo tecnologia assistiva, por exemplo. 

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Lembre-se que: 

• as adaptações devem auxiliar o aluno e o professor; • a necessidade de cada aluno com deficiência é única ; portanto, a família e ele mesmo devem participar da criação e da escolha dos recursos que podem ajudá-lo; • o recurso deve sempre ser reavaliado pelo aluno e pelo professor, para ter certeza de que está realmente sendo útil e como pode ser aprimorado ou substituído; • as adaptações também podem servir para facilitar o uso do banheiro, da cozinha ou do refeitório, do pátio, das quadras, dos parques, dos auditórios, das salas de aula e de informática, ou seja, todos os ambientes escolares freqüentados pelos alunos podem necessitar de adaptações.

Muitas vezes, nós, professores — depois de algumas tentativas frustradas com o aluno com deficiência — acabamos concluindo, erroneamente, que a criança não tem condições de aprender. Nesses momentos, é bom lembrar que cada caso é um caso. Confie na sua criatividade, no seu bom senso e, principalmente, na opinião do aluno. Se não conseguir resolver a dificuldade, talvez seja interessante buscar a opinião de profissionais da área de reabilitação ou especializados em educação de crianças com deficiência. Pessoas com formações diversas podem abordar a dificuldade sob perspectivas diferentes, o que pode ser útil em situações mais complexas.

Ao observar um aluno, não olhe apenas as dificuldades. É importante verificar as habilidades e as formas que ele usa para vencer desafios. Se achar que vale à pena mudar ou incrementar essas estratégias, converse com o aluno e, acima de tudo, respeite a opinião dele 

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Como saber qual é o recurso que seu aluno precisa? 

Aqui vão algumas sugestões, baseadas na experiência de outros professores: • Observe o aluno durante as aulas, o intervalo, a hora da entrada e saída e demais atividades escolares. Preste atenção nas dificuldades e soluções que ele adota para lidar com suas limitações; 

• Converse com o aluno e pergunte se ele acha que precisa de outros recursos;

• Avalie e defina com o aluno quais as atividades que podem ser facilitadas com uso de materiais pedagógicos adaptados ou tecnologias assistivas para as atividades da vida diária; 

• Converse com o aluno, sua família e colegas de sala para encontrar soluções. Converse com outros profissionais que também trabalham com o aluno; 

• Pesquise produtos disponíveis no mercado, materiais e objetos baratos que podem ajudar a desenvolver habilidades. Pense nas formas de construir este objeto; • Considere todas as opiniões, especialmente, as do aluno, e faça a escolha, considerando os recursos financeiros. Desenhe as propostas ou faça um modelo, se for possível; 

• Faça parcerias com a comunidade: faculdades, escolas SENAI, marcenarias, oficinas de costuras, metalúrgicas, que podem ajudar a desenvolver e construir o equipamento; • Em conjunto com o aluno, escolha o melhor processo de confecção do equipamento; 

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• Incorpore o recurso às atividades escolares, observe e pergunte ao aluno sobre como se sente; • Verifique se o objeto cumpriu plenamente sua finalidade e se as condições do aluno mudam com o tempo, ou se é necessária alguma mudança. 

É importante relembrar que as tecnologias assistivas vão desde uma fita crepe colocada nos cantos do papel para que a folha não escorregue com os movimentos involuntários de um aluno com deficiência motora, a criação de um jogo da memória com desenhos feitos em relevo (com cola plástica, dentre outras alternativas) até um software adaptado para que os cegos possam ter acesso ao computador. Portanto, não se assuste professor! Uma boa dose de criatividade fará com que você encontre soluções simples para facilitar o aprendizado de seus alunos. Caso não disponha de nenhum recurso material, você pode pedir para que um outro aluno segure a folha para que a pessoa com deficiência motora possa fazer sua atividade. O importante é que, mesmo sem recursos, você encontre soluções para que seu aluno possa acompanhar as atividades da sala de aula. O que conta verdadeiramente é a sensibilidade do professor em relação ao aluno e a disponibilidade para encontrar soluções que o ajudem. 

Equipamentos que todos podem aprender a usar 

Recursos para Deficientes visuais: 

• Reglete (tipo de régua para se escrever em braile) - O papel fica preso entre essa régua e um pedaço de madeira. Com a punção (um pino com ponta de metal afiada) faz os buraquinhos que

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formarão as palavras em alto relevo do lado do avesso. A escrita é feita da direita para a esquerda e a leitura da esquerda para a direita; • Punção é o lápis - ou a caneta da pessoa cega; • Máquina braile - é a máquina de escrever usada pelas pessoas cegas. Possui nove teclas. Para digitar, basta fazer as combinações de pontos em relevo, pressionando as teclas; 

• Mapa tátil para ensinar geografia e informar sobre a localização de lugares para pessoas cegas. Pode ser feito recobrindo-se os mapas comuns com materiais com texturas diferentes ou com areia, argila, massinha etc.; • Lupas, lentes de aumento e réguas de leitura. • Soroban - é um instrumento de cálculo de origem oriental, formado por continhas de madeira ou de plástico enfiadas em arames. Ele é vantajoso como material de apoio ao ensino da matemática por ser um recurso tátil, de fácil manejo e de custo reduzido. Com ele o estudante aprende concretamente os fundamentos da matemática, as ordens decimais e seus respectivos valores, as quatro operações e mesmo cálculos mais complexo. 

Recursos para os Surdos 

Os surdos baseiam-se também nas pistas visuais. A utilização de recursos visuais adequados facilita a compreensão do que está sendo ensinado. Alguns desses recursos são: objetos, filmes, fitas de vídeo, fotos, gravuras de livros e revistas e desenhos etc A escrita e ainda o uso da língua de sinais, da mímica, da dramatização, de

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expressões faciais e corporais de gestos naturais e espontâneos ajudam a dar significado ao que está sendo estudado. A criança surda e a comunicação 

• Alguns pais preferem que seus filhos aprendam a falar, outros preferem que aprendam a Língua Brasileira de Sinais, chamada também de Libras. Há os que querem que seus filhos aprendam ambas as línguas; • Não devemos esquecer que a própria criança ou adolescente tem o direito de escolher qual o tipo de comunicação que prefere utilizar. Alguns sentem-se mais à vontade para se expressarem através da língua de sinais, e outros através da língua portuguesa. Isto deve ser respeitado; • Para que possa expressar seus desejos e suas necessidades, a criança surda deve aprender algum tipo de linguagem; • A escola precisa preparar a criança surda para a vida em sociedade, oferecendo-lhe condições para aprender um código de comunicação que permita sua participação na sociedade; • Jogos, desenhos, dramatizações, brincadeiras de faz-de-conta, histórias infantis ajudam a aquisição da linguagem e a aprendizagem de conceitos e regras de um código de comunicação. 

Recursos para deficiência motora 

A crianças com deficiência motora têm dificuldade para segurar o lápis e coordenar os movimentos podem ter maior independência com a utilização de algumas adaptações nos materiais escolares. 

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Experimente: • Os lápis podem ter seu diâmetro engrossado por várias camadas de fita crepe, argila, espuma, massa do tipo epóxi ou outro material; 

• Evitar o uso de cadernos que são difíceis de fixar na mesa; prefira a folha solta de tamanho A4 ou papel manilha (papel de embrulho); 

• Prender o papel nos quatro cantos com fita crepe larga e que suporte os movimentos de traçado da criança; 

• Atividades preparadas pelo professor com traçado grosso feito com pincel atômico em tamanho grande para melhor visualização, percepção e entendimento da criança; • Traçados de desenhos, letras, números feitos na cor preta em papel branco; 

• Prancha elevatória para aproximar a folha, caderno, livro, etc e melhorar visualização e manipulação do aluno; 

• Para a criança na fase de construção da escrita, faça linhas com pincel atômico e espaço entre linhas de acordo com o tamanho da letra do aluno. O espaço entre as linhas pode ser diminuído gradativamente; 

• Para a criança com dificuldade de percepção espacial (não consegue encontrar determinada letra no meio de outras, perdendo-se e frustando-se), experimente isso: numa tira de cartolina ou papel cartão nas cores branca ou preta, faça um buraco retangular de tamanho suficiente para destacar uma letra ou número. Basta deslizar a janela sobre o papel para o aluno localizar e reconhecer letra ou número. 

Fonte: SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Estratégias e

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orientações pedagógicas para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais: dificuldades acentuadas de aprendizagem: deficiência física. [livro] Brasília:MEC;SEESP,2002, P. 69.

RECURSOS PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 

Edição Especial

 Nova Escola Agosto 2007

Para quem não enxerga ou não consegue se movimentar, equipamentos, objetos e brinquedos inclusivos possibilitam um aprendizado mais fácil 

TECLADO VERSÁTIL 

Matheus Levien Leal, 10 anos, está na 4a série e tem paralisia cerebral e baixa visão. Ele usa um teclado com várias lâminas, trocadas de acordo com a atividade. A de escrita, por exemplo, tem cores contrastantes e letras grandes. O equipamento é programado para ajustar o intervalo entre os toques, evitando erros causados por movimentos involuntários.

A criança chega à escola sem falar ou mexer braços e pernas. É possível ensiná-la a ler, por exemplo? Sim, e na sala regular. Para quem tem deficiência, existe a tecnologia assistiva, composta de recursos que auxiliam na comunicação, no aprendizado e nas tarefas diárias. As chamadas altas tecnologias são, por exemplo, livros

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falados, softwares ou teclados e mouses diferenciados. "Existem recursos para comandar o computador por meio de movimentos da cabeça, o que ajuda quem tem lesão medular e não move as mãos", afirma a fisioterapeuta Rita Bersch, diretora do Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil, em Porto Alegre, onde as crianças que aparecem nesta reportagem são atendidas. Já as baixas tecnologias são adaptações simples, feitas em materiais como tesoura, lápis ou colher. Com o mesmo intuito de promover a inclusão, há brinquedos que divertem crianças com e sem deficiência. Os mostrados aqui foram feitos por alunos de Arquitetura da Universidade Federal de Santa Catarina. Já os livros táteis são do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual, de Florianópolis. O educador da classe regular pode procurar esses materiais na sala de atendimento educacional especializado (a sala de apoio). "Nela, o professor especializado oferece recursos e serviços que promovem o acesso do aluno ao conhecimento escolar. Por isso, o diálogo entre os dois profissionais é fundamental", afirma Rosângela Machado, coordenadora de Educação Especial do município de Florianópolis. Confira alguns materiais que podem favorecer a aprendizagem da sua turma. 

DIGITAÇÃO SEM ERROS 

O suporte, colocado sobre o teclado, chama-se colméia. Ele impede que o estudante com dificuldade motora pressione a tecla errada. 

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NUM PISCAR DE OLHOS 

 

O acionador faz a função do clique do mouse e pode ser ativado ao bater ou fechar a mão, puxar um cordão, piscar, soprar, sugar... O aparato pode ser colocado em qualquer parte do corpo do aluno. Com ele, é possível acessar livros virtuais, brincar com jogos e até digitar, usando um teclado virtual. JOGOS COLORIDOS

 

João Vicente Fiorentini, 10 anos, tem deficiência física e está na2a série. Por causa da dificuldade de segurar o lápis, ele usa materiais adaptados e aprende a escrever com jogos feitos de tampinhas e cartões plastificados. O

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material permite a João ainda relacionar cores e quantidades. 

DOMINÓ DAS CORES Descrição:

Este material é feito em madeira, medindo 4 cm de comprimento, 9 cm de largura e 1 cm de espessura. Cada peça possui duas cores. A pintura é feita com tinta lavável Fonte: Laboratório de Educação Especial “Prof. Ernani Vidon”, Unesp, Marília, SP. Facilita a nomeação das cores, a discriminação visual e a correspondência um a um. As peças ampliadas permitem melhor manuseio aos alunos com dificuldade de preensão. O material pode ser higienizado devido a tinta lavável.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf

http://deficienciavisualsp.blogspot.com.br/2009/08/recursos-para-educacao-inclusiva.html

Considerações Finais

A garantia de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas contribui para a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças. Esta apostila destacou em seus tópicos a importância de se rever a organização pedagógica e administrativa das escolas para que estas possam tornar-se espaços inclusivos. Do ponto de vista da escola comum, ressaltou-se o papel do Projeto Político Pedagógico como

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instrumento orientador desses espaços e a participação e comprometimento dos professores na elaboração e execução desse Projeto. Quanto à Educação Especial, reiteramos a necessidade de esta modalidade de ensino ser parte integrante do PPP, para que seus serviços possam ser implementados na perspectiva da educação inclusiva, como prevê a Política Nacional da Educação Especial. O entrelaçamento dos serviços de Educação Especial, entre os quais o Atendimento Educacional Especializado, conjuga igualdade e diferenças como valores indissociáveis e como condição de acolher a todos nas escolas. As ações para consolidação do AEE exigem firmeza e envolvimento de todos os que estão se empenhando para que as escolas se tornem ambientes educacionais plenamente inclusivos. Nessa caminhada em favor de uma escola para todos, a educação especial brasileira tem tomado decisões e iniciativas que surpreendem pela ousadia de suas propostas e coerência de seus posicionamentos com o que nossa Constituição de 1988 prescreve como direito à educação. A possibilidade de inventar o cotidiano (CERTEAU, 1994) tem sido a saída adotada pelos que colocam sua capacidade criadora para inovar, romper velhos acordos, resistências e lugares eternizados na educação. É a determinação e um forte compromisso com a melhoria da qualidade da educação brasileira que está subjacente a todas essas mudan- ças que estão propostas pela Política atual da Educação Especial

Referências

ZANHA, J. M. P. Autonomia da escola: um reexame. In: Série Idéias, n.16, São Paulo: FDE, 1993.

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica. Brasília:

MEC/SEESP, 2009. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: revista da educação especial, v. 4, n 1, janeiro/junho 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, São Paulo: Editora Saraiva, 1998. BRASIL, Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Diário Oficial da União. Brasília, nº 248, 1996. CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994. GADOTTI, M. Uma escola, muitas culturas. In: GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. (Org.) Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 1997.

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OLIVEIRA J. F.; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organiza- ção. São Paulo: Cortez, 2003. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Decreto No 6.571, de 17 de setembro de 2008. Disponível em . Acesso em: 10 maio 2009. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - A Escola Comum Inclusiva 38 Marcos Seesp-Mec Fasciculo I.qxd 28/10/2010 10:32 Page 38 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Nova Yorque, 2006. PEREIRA, S. M. Políticas de Estado e organização político-pedagógica da escola: entre o instituí- do e o instituinte. Ensaio: avaliação de políticas públicas educacionais. Vol. 16. Rio de Janeiro, 2008, p. 337-358. SILVA, T. T. da. (Org.). Identidade e Diferenças. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. ZABALA, A. A Prática Educativa. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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Para saber mais (links para arquivos em formato PDF - requerem leitor tipo Adobe Reader):

Textos sobre o Atendimento Educacional Especializado.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Atendimento Educacional Especializado e Laboratórios de Aprendizagem: O

Que São e a Quem se Destinam (80kB)

Livros sobre o Atendimento Educacional Especializado.

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Intelectual

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Os alunos com deficiência visual, baixa visão e cegueira

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Abordagem Bilíngue na Escolarização de Pessoas com Surdez

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Surdocegueira e Deficiência Múltipla

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Livro Acessível e Informática Acessível

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Transtornos Globais do Desenvolvimento

A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Altas Habilidades/Superdotação

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