Web 2.0 como estratégia corporativa

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Expediente

EdiçãoCamila Carrano, Cibele Silva

Direção de ArteCamila Carrano, Cibele Silva

Design e DiagramaçãoCamila Carrano

RevisãoAline Derenzi, Camila Carrano, Cibele Silva

EntrevistaJéssica Lima

Publicação OnlineCibele Silva

Atendimento ao Leitor:[email protected]

As opiniões reunidas nesta publicação não representam necessariamente nosso ponto de vista.

A revista está publicada na íntegra no www.abordodacomunicacao.com.br

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Carta ao LeitorCibele Silva

Onde tudo começouCláudia Nociolini Rebechi

Relações públicas reinventadas na dinâmica das novas interações sociaisRodrigo Cogo

Empresas, informação e comunicação interna no contexto da Web 2.0Leonardo Bragança

Os Relações Públicas como público estratégicoPedro Souza Pinto

Relações Públicas e o empoderamento de consumidores no ciberespaçoFábio Alburqueque

O Novo Marketing: relacionamentos online, resultados reaisLívia Brito

De blogueiros a editores de conteúdoMarcia Ceschini

Gerar conteúdo, produzir conhecimento e disseminar as Relações PúblicasFábio Procópio

A Tecnologia a favor da ComunicaçãoAndréa Gomes

EntrevistaEdney Souza

A Bordo Realiza1º Fórum ABordo da Comunicação

A Bordo CompareceEventos

#blogabordoindicaTwitters

Feed A Bordo da ComunicaçãoBLogs e Sites

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Carta ao leitor A Comunicação exerce um poder de equilíbrio, desenvolvimento e expansão, esses poderes representam para a humanidade uma conquista e um desafio. Conquista, na medida em que propicia possibilidades de difusão de conhecimentos e de informações em uma proporção antes inimaginável. Foi com base neste pensamento que o blog A Bordo da Comunicação estruturou seus artigos e se consolidou no mundo intangível da web 2.0.

Neste 1 ano de atividade do blog foram desenvolvidos posts, entrevistas e discussões sobre todas as vertentes de comunicação. Dentre elas a ênfase foi da web 2.0 no mundo corporativo, onde foi realizado no mês passado um fórum pela equipe do A Bordo da Comunicação. O evento com o tema ‘A Bordo Web 2.0 Corporativa’ retratou como as empresas podem e devem estruturar sua comunicação no mundo corporativo.

Dando sequência nesta linha de raciocínio neste mês de abril que o A Bordo da Comunicação festeja seu primeiro ano na rede. E por acreditarmos no prosseguimento da interatividade com nossos leitores, chamados carinhosamente de tripulação, é que a equipe de marinheiros do A Bordo com muita satisfação trouxe mais esse canal de comunicação. E com a disposição de dividir mais conhecimentos sobre a Web 2.0 Corporativa, apresentamos

nas páginas deste primeiro número de lançamento da revista A Bordo da Comunicação artigos ligados ao tema.

Cibele Silva, admistradora do blog A Bordo da

Comunicação.

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Onde tudo começou

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Claudia Nociolini RebechiHabilitação em Relações Públicas pela

UNESP - e especialista pelo curso lato sensu

“Gestão estratégica de comunicação orga-

nizacional e relações públicas” da Escola

de Comunicações e Artes da Universidade

de São Paulo (ECA-USP). Mestre e douto-

randa pelo Programa de Pós-Graduação

em Ciências da Comunicação da ECA-USP.

Também é docente do curso de Relações

Públicas da Faculdade de Comunicação

da Universidade Metodista de São Paulo.

O blog começou academicamente, depois que recebemos a nota do semestre decidimos continuar. E em 10 meses sem

acompanhamento acadêmico montamos uma ótima equipe e a conquistamos a sua confiança, nosso leitor.

Um ano depois que ele começou academicamente, nada melhor do que dar a palavra para a professora que nos

incentivou a colocar o blog no ar.

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A experiência da docência no ensino superior tem me trazido grandes desafios. Dentre estes, por exemplo, destaco as formas de avaliar a apreensão pelo aluno dos conteúdos discutidos em sala de aula e da bibliografia obrigatória do curso.

Geralmente, utilizo as formas mais tradicionais como provas dissertativas ou de múltipla escolha e trabalhos com propostas já definidas, sejam individuais ou em grupos. Tais maneiras de se avaliar o desempenho dos discentes ainda são úteis e interessantes sob o ponto de vista de grande parte dos educadores e não nego que, de certa forma, concordo com isso. Por outro lado, também, me interesso por instrumentos de avaliação que possam trazer alternativas aos já estabelecidos e que, assim como estes, despertem o interesse pela leitura, pela escrita e pela reflexão.

E, no primeiro semestre de 2009, tive a oportunidade de experimentar uma forma de avaliação inusitada para mim e para os meus alunos. Sugeri que as turmas do quarto período do curso de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo produzissem blogs para discutir temas referentes à disciplina “Comunicação Organizacional” que ministrava na ocasião.

Minha proposta foi apresentada aos alunos com base em um roteiro que estabelecia certas regras e um calendário de postagens dos textos criados por eles para abarcar os meses daquele semestre letivo. A recepção das turmas foi positiva, mas, ao mesmo tempo, admito que fiquei um pouco apreensiva com o seu entusiasmo. Os alunos

entenderam, num primeiro momento, que seria uma atividade tranquila de ser desenvolvida e olhavam para mim com uma expressão de certo alívio, pois acharam que, pelo menos, em uma das avaliações da disciplina já teriam uma boa nota garantida. “Produzir um blog é muito fácil”, diziam os alunos. Entretanto, eu sabia que teriam uma série de desafios a serem enfrentados ao longo do percurso do desenvolvimento dos seus blogs.

A atividade, então, foi iniciada e as dificuldades começaram a aparecer: a) necessidade de reflexão crítica sobre os conteúdos a serem apresentados por meio dos posts – a idéia não era simplesmente reproduzir discursos e falas de outros enunciadores; b) obrigatoriedade de adequação do conteúdo aos temas relacionados à Comunicação Organizacional – os alunos precisaram intensificar suas leituras da bibliografia sugerida na disciplina e, além disso, acompanhar as discussões sobre a área a partir de outras fontes; c) produção textual – a escrita deveria ser adequada à norma culta da língua portuguesa, bem como o texto deveria ser sucinto e adequado ao receptor dos blogs; d) aspectos visuais – a arquitetura dos blogs e as imagens expostas neles certamente fazem parte de uma linguagem que deveria ser pensada pelos alunos; e) periodicidade das postagens – exigia-se quase que uma postagem por dia.

Os alunos perceberam, no decorrer do desenvolvimento dos seus blogs, que a atividade proposta realmente era mais difícil de ser executada do que imaginavam inicialmente. No

entanto, não desanimaram; ao contrário, empenharam-se mais ainda. E seus esforços foram recompensados. Diversos leitores começaram a deixar comentários nos blogs e estes eram indicados na web por blogueiros interessados nos assuntos relacionados à comunicação em organizações.

A boa receptividade dos internautas quanto aos blogs produzidos pelos meus alunos ajudou esta atividade a tornar-se algo que extrapolou o objetivo de ser principalmente um instrumento de avaliação da disciplina “Comunicação Organizacional”. O entusiasmo e a satisfação eram evidentes nos meus alunos e alguns deles decidiram, portanto, continuar com o desenvolvimento de seus blogs, mesmo após o encerramento do semestre letivo e, portanto, do término da disciplina. Algumas modificações foram incorporadas pelos alunos que, agora, já tinham mais autonomia quanto à dinâmica de seus blogs.

E, hoje, é com grande alegria que parabenizo o aniversário do blog “A Bordo da Comunicação”. Neste mês, comemoramos um ano de muita persistência e determinação daqueles que fazem deste blog uma interessante e reconhecida fonte de informações e reflexões a respeito de temas que interessam a estudiosos e profissionais de comunicação.

Desejo vida longa ao “A Bordo da Comunicação” e quero agradecer a confiança que seus idealizadores depositaram em mim ao acreditarem na proposta inicial do blog. São vocês que aniversariam, mas sou eu quem ganha um presente. Obrigada!

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é profissional de Relações Públicas.

Mestrando em Ciências da Comunicação

pela Escola de Comunicações e Artes

da Universidade de São Paulo/ECA-

USP, gerencia o portal www.mundorp.

com.br desde 1997 e canais coligados

(boletim por email RP em Ação, lista de

discussão no YahooGrupos Mundo-RP,

comunidade Relações Públicas no Orkut

e outros). Presta serviços de análise de

tendências e diagnóstico de comunicação

na Ideafix Estudos Institucionais.

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R o d r i g o C o g o

email : rodr [email protected] ter : @rprodr igo

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Os computadores, a telefonia celular, a internet e os softwares sociais modificaram as formas de conceber as distâncias, o tempo e os relacionamentos. Emergem simultaneamente atores diversificados e comunicantes, com alta potencialidade de criação, estimulados por plataformas conectadas facilitadoras de trocas e difusões de posicionamento. Se antes as pessoas eram tomadas como usuários passivos de serviços pensados unidirecionalmente e distribuídos por poucos, hoje elas são protagonistas de novas interações mediadas ou incitadas pela tecnologia, que multiplicam poderes. Isto reconfigura o processo comunicacional, porque instaura um panorama de desenvolvimento de redes horizontais de interação conectadas local e globalmente, construindo renovados fluxos de sentido. Alterações tamanhas na concepção da comunicação organizacional significam novos desafios, exigindo um exercício de relações públicas reinventadas, demarcando a operação multipúblico e a postura dialógica.

O estudioso André Lemos diz que o ato de conectar-se no ciberespaço sugere, mesmo que simbolicamente, a “passagem da modernidade (onde o espaço

é esculpido pelo tempo) à pós-modernidade (onde o tempo comprime o espaço); de um social marcado pelo indivíduo autônomo e isolado ao coletivo tribal e digital”. As tecnologias estão sendo utilizadas como ferramentas para o convívio e a formação de comunidades, dentro de um conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores, desenvolvido neste espaço virtual. Trata-se, portanto, da otimização do trabalho de RP como instigador de relacionamentos duradouros, integrados e produtivos.

Vê-se o surgimento de uma nova forma de comunicação socializada, chamada por Castells de “auto-comunicação massiva” ou “comunicação massiva individual”. Miconi assinala que a transição aos meios digitais foi impulsionada por acontecimentos como a crise dos formatos culturais generalistas, a difusão de produtos cada vez mais personalizados e a transformação trazida pela internet. Entre as características mais fundamentais que implicam mudanças e devem balizar a visão de contato das organizações estão a convergência, a oferta multiplataforma e a diversidade de protagonistas. Neste cenário,

a rede, além de ser condição da comunicação, também age como reestruturadora das relações de poder, que modifica a cultura, as regras de socialização e a ordem da produção. Essa forte conexão entre os temas é tratada por Parente, entendendo que o espaço, os acontecimentos, as informações e as pessoas são condicionados pelas telecomunicações e “o ciberespaço é apenas o mais novo espaço de jogos da humanidade, que inaugura uma nova arquitetura, a arquitetura da informação”.

Se antes as mídias clássicas possuíam um centro emissor e um grande número de receptores, passivos e dispersos, no que se refere ao ciberespaço há uma outra forma de comunicação com suporte tecnológico, co-produzida pela interação entre as pessoas e constituída de uma memória comum que se alimenta de múltiplas contribuições. Conforme manifesta Lévy, o ciberespaço oferece um dispositivo comunicacional original “de todos para todos”, que permitiria a constituição de comunidades de modo progressivo e de maneira cooperativa, numa espécie de “inteligência coletiva” em que a base seria o reconhecimento e o enriquecimento mútuo das pessoas, proporcionados por suas experiências no espaço virtual. Pra mim, esta é a base do exercício

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“Alterações tamanhas na concepção

da comunicação organizacional

significam novos desafios, exigindo um exercício de relações

públicas reinventadas”

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competente das relações públicas. As potencialidades no plano social são muitas: relações mais transversais e menos hierárquicas, novas formas de identidade e um universo de contatos. O mundo organizacional certamente não sai ileso deste novo cenário, com cidadãos mais propositivos e críticos e detentores de ampla capacidade de comunicação via redes digitais. Como bem lembra Nassar, “as políticas e ações empresariais precisam passar por processos de legitimação, produzidos por meio de processos participativos”, os quais necessariamente envolvem grande número de protagonistas. Este caminho exige a concatenação dos discursos da ação privada, sem abandonar seus fins produtivos e lucrativos, mas contemplando as aspirações das comunidades, que deve entender seus valores. Neste ínterim, agiganta-se a importância da comunicação e dos relacionamentos entabulados, com o fator de haver um descentramento da fonte emissora, saindo da empresa e migrando para os múltiplos públicos. Com isto, há uma intensa negociação de interesses e de práticas decorrentes. As novas mídias digitais permitem grande abrangência, baixo custo, altas interatividade e velocidade, a partir de vários produtores de conteúdo, o que configura o que Castells denominou de “apropriação da capacidade de interconexão por redes sociais de todos os tipos”.

Todo um longo aprendizado, derivado da escola norte-americana de comunicação empresarial, acaba questionado em sua postura técnica, autoritária e instrumentalizadora, baseada em

manuais prontos e em profissionais-comunicadores pouco reflexivos e incapazes de compreender a complexidade do entorno de seus postos de trabalho. Agora, eles não se dirigem mais a receptores passivos e estanques em cenários econômica e socialmente estáveis. D.Williams e Tapscott descrevem a força dessas redes em que as empresas podem (e devem) se inserir: “o acesso crescente à tecnologia da informação coloca na ponta dos dedos de todos

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“O desafio, nesta fase, é utilizar expedientes de franqueza numa negociação aberta e não os tradicionais

artifícios de sedução e manipulação que não mais surtem efeito na opinião pública da era

digital. “

as ferramentas necessárias para colaborar, criar valor e competir. Isso libera as pessoas para participarem da inovação e da criação de riqueza em cada setor da economia”. Como uma saída para este desafio, Nassar postula que “são as mensagens, as histórias, que configuram as redes de relacionamentos, é só por meio da análise, da interpretação e da opinião sobre esses conteúdos é possível entender a rede”.

As organizações, para acompanhar os novos paradigmas e não perder o engajamento e o aval de seus públicos prioritários para sua continuidade, precisam exercitar o diálogo transparente, com a

consciência sobre os amplos impactos que uma sociedade em rede pode causar. Neste ínterim, as relações públicas comprovam papel estratégico para liderar os relacionamentos com sensibilidade e efetivo benefício e bem-estar para toda a comunidade, como único caminho para atingimento de metas econômicas. O desafio, nesta fase, é utilizar expedientes de franqueza numa negociação aberta e não os tradicionais artifícios de sedução e manipulação que não mais surtem efeito na opinião pública da era digital. De todo modo, com a descentralização do sujeito fica redobradamente difícil atingi-lo com mensagens, porque ele não é mais singular e estável, mas sim múltiplo e mutável de acordo com a situação que enfrenta. Ademais, este novo sujeito rejeita padronizações, sejam de estilos e formas ou de linguagens, e encontra nas redes sociais digitais a possibilidade de exercer sua identidade e de reforçá-la através do encontro de afinidades. Com o gosto pela experimentação bastante liberado, acaba surgindo outra faceta complicadora para as estratégias comunicativas de atração: há uma perda de comprometimento, uma possibilidade de abraçar vários projetos, produtos, relações e causas, mesmo que aparentemente antagônicos, e com isto uma maior imprevisibilidade comportamental e um afastamento definitivo da satisfação do consumo do campo da materialidade. É o cidadão-consumidor no exercício do poder de customizar seu mundo, construindo sistemas simbólicos por meio do manuseio das tecnologias que reinventam a comunicação.

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Empresas, informação e comunicação interna no contexto da Web 2.0

é graduado em Comunicação Social

(Publicidade e Propaganda) e MBA

em Marketing pela Escola Superior

de Propaganda e Marketing (ESPM).

Atuou na área de comunicação de

importantes empresas por dez anos.

Atualmente, presta consultoria em

comunicação empresarial, branding

e conteúdo digital.

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Leonardo Bragança

email : [email protected] .brtwit ter : @LeoBraganca

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A Web 2.0 tem a colaboração como pedra fundamental. As múltiplas possibilidades de redes sociais abriram os olhos das empresas para facilitar a comunicação interna entre as equipes. E entenda comunicação interna como algo muito maior do que aquela do quadro de avisos ou o email do seu chefe para a equipe. Esse conceito é muito maior. Além dos profissionais que vivem o dia a dia da empresa, franqueados, concessionários, consultores, muitas vezes distantes da sede da empresa, também precisam receber uma boa comunicação e dispor de canais de informação completos e eficazes.

A primeira atitude de uma empresa inserida em um contexto de comunicação interna voltada à Web 2.0 é mudar o conceito de uma ferramenta digital já existente nas empresas há algum tempo: a intranet. Na maioria dos casos, ela nada mais é do que um grande repositório de informações e arquivos das empresas. Inserindo o conceito de intranet social, as empresas passam a contar com uma comunidade virtual, dependendo do objetivo da empresa com a ferramenta.

Outra ótima ferramenta são os Wikis. Imagine o conceito antigo da intranet, só que organizado de forma mais inteligente, intuitivo e o melhor:

por todos. Sem revisão prévia ou um administrador. Todos podem corrigir, adicionar informações e complementar algo que possa estar incompleto. O Wiki corporativo pode ser utilizado tanto como ferramenta de memória empresarial, contando o histórico da empresa em detalhes, quanto como um índice de informações por área, como por exemplo, Recursos Humanos, que oferece uma série de benefícios e muitas vezes o profissional precisa pesquisar uma informação mais detalhada sobre um deles.

As redes sociais brasileiras Videolog e Gengibre, que oferecem aos seus usuários canais de vídeo e áudio, respectivamente, também nos dão outro exemplo de como a Web 2.0 pode ser aplicada na comunicação interna. Atualmente as possibilidades de produção de vídeo e áudio são muito simples. Um celular faz isso com eficiência. Pode-se gravar uma reunião, um tutorial, uma mensagem da diretoria ou um evento importante. Em áudio, um diretor pode fazer considerações sobre um tema importante para os funcionários. Ou mesmo a empresa gravar um podcast interno com temas relacionados às mais diversas áreas, para que a cada edição as pessoas conheçam melhor o trabalho das outras, gerando maior integração e também tirando dúvidas sobre processos internos.

Existe uma série de outras redes, seriam muitos e muitos artigos para detalhar cada uma delas. O importante mesmo é destacar que elas precisam ser adaptadas à cultura da empresa, ao que vai fazer a diferença na produtividade do público interno. Web 2.0 é muito interessante, mas no fundo é um conjunto de ferramentas. Sozinhas, não são capazes de nada. Já existem

projetos nessa área dando errado em algumas empresas, exatamente por isso. Cria-se uma cópia do Orkut para os funcionários e pronto. Não é isso. É para a comunicação circule com mais facilidade e inteligência dentro da empresa. Não é substituição do email também, essa é outra bobagem. Algumas empresas já possuem microblogs, uma espécie de Twitter interno, mas nada disso indica o fim do email.

Além dessa adaptação à cultura empresarial, outro ponto é muito importante: A construção deste modelo de comunicação interna inserida na Web 2.0 precisa ser feita em conjunto, envolvendo todos os funcionários. Afinal, são eles os usuários e os fomentadores dessas redes. A Web 2.0 não tem dono, não tem chefe. Se tiver controle, perde o controle. Acredite nisso. Moderação é necessária, acompanhamento, mas controle nunca. Algumas redes sociais já foram abandonadas. E o motivo é sempre a falta de sinergia entre ferramenta e usuário. Se a rede não for construída em conjunto com os funcionários, melhor nem tomar esse caminho. Pois o destino será o fracasso.

“A primeira atitude de uma empresa inserida

em um contexto de comunicação interna voltada à Web 2.0 é mudar o conceito de

uma ferramenta digital já existente nas empresas

há algum tempo: a intranet.”

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Os Relações Públicas como público estratégico

Relações Públicas graduado pela UFMG,

atualmente trabalha na Assessoria de

Comunicação da Fundação Municipal de

Cultura de Belo Horizonte e coordena o

grupo Horizonte RP (HTTP://horizonterp.

ning.com)

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Pedro Souza Pinto

mail : [email protected] twi t ter : @ba ldurquino

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“Existe esse outro público, os profissionais

de comunicação, cuja visão crítica, antes

mais fechada apenas aos círculos de colegas, está visível a qualquer um e pode inclusive

influenciar o julgamento dos demais públicos

sobre uma determinada campanha.”

Os modelos de negócios de comunicação corporativa têm buscado acompanhar de forma permanente a evolução das novas tecnologias de informação e o comportamento do consumidor. Nos últimos anos, em especial, o relacionamento entre uma empresa e seus públicos tornou-se ainda mais complexo: com a web 2.0, a simplificação das ferramentas deu poder aos usuários para se expressarem de forma ampla, alcançando dezenas ou até milhares de pessoas com suas opiniões. Além disso, esses usuários também passaram a interagir mais com as marcas e exigir delas um diálogo mais próximo.

Hoje, as agências de comunicação já oferecem serviço especializado de monitoramento da imagem empresarial e relacionamento nas mídias sociais, além de existirem empresas também contratando profissionais específicos para esta função em suas assessorias. São conhecimentos estratégicos tanto para uma campanha de divulgação, por exemplo, quanto para a gestão de uma crise gerada por opiniões negativas manifestadas na internet.

Junto a outros fatores, como a própria natureza dessas novas tecnologias, esse ambiente faz crescer constantemente a presença de um público específico e bastante crítico com relação ao processo de construção da imagem empresarial: os próprios comunicadores. Não apenas aqueles que trabalham nas agências e assessorias, mas, principalmente, os profissionais e estudantes que acompanham, por trabalho ou por curiosidade, e debatem publicamente os diferentes casos de sucesso e fracasso da comunicação empresarial.

Até poucos anos atrás, eram baixas

as iniciativas de profissionais de comunicação na internet, e mais especificamente de Relações Públicas. Apenas alguns sites, como o Mundo RP (www.mundorp.com.br) e o Portal-RP (www.portal-rp.com.br), mantinham uma atualização e organização de conteúdo e centralizavam as referências para a profissão. Num período bastante curto, porém, este cenário mudou e as novas ferramentas atraíram e tornaram-se objeto de trabalho e estudo dos RPs. Se antes era raro encontrar até mesmo blogs

especializados, hoje há mais de uma centena deles – isto sem contar os profissionais que escrevem em sites de marketing ou de comunicação em geral, além de debater abertamente em fóruns, comunidades e no Twitter, opinando sobre as estratégias de comunicação das empresas e falando sobre suas próprias experiências.

Para as agências e assessorias, portanto, não basta acompanhar e dialogar com os consumidores que a todo tempo se manifestam contra ou a favor da empresa. Existe esse outro público, os profissionais de comunicação, cuja visão crítica, antes mais fechada apenas aos círculos de colegas, está visível a qualquer um e pode inclusive influenciar o julgamento dos demais públicos sobre

uma determinada campanha. Suas visões e opiniões passam a funcionar como um espelho do trabalho de comunicação, e tornam-se uma peça essencial na avaliação dos resultados.

Apesar dos riscos, comuns a um ambiente de críticas especializadas, há também um grande benefício que pode ser gerado a partir do acompanhamento e do diálogo entre a área responsável pela comunicação corporativa e estes profissionais. Existe um debate permanente acontecendo entre os Relações Públicas - e os Publicitários e Jornalistas, entre outros – por meio dos seus canais. Um debate rico com a produção de conteúdos próprios ou a reprodução de conteúdos relevantes para a comunicação corporativa, trocas de idéias e de experiências que apontam caminhos e podem inspirar novos projetos e ações.

Os responsáveis pela presença das marcas na internet precisam compreender as particularidades deste público, e como é importante acompanhá-lo e ouvi-lo. Recentemente, Eduardo Vasques, do blog Pérolas das Ais (http://perolasdasassessorias.wordpress.com), publicou uma lista com mais de 50 agências que possuem perfil no Twitter. E é certo que nenhuma delas quer ver seus clientes sendo citados em canais especializados como exemplo de caso mal-sucedido de gestão de imagem. Estão no caminho certo, então, quando passam a usar o ambiente digital também como meio de relacionamento com os twiteiros e blogueiros, Relações Públicas e comunicadores em geral. É uma relação que pode se transformar num tipo de trabalho colaborativo, onde ambos debatem, ensinam e aprendem sobre as melhores práticas na sua área, com retorno positivo para todos.

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Relações Públicas e o empoderamento de consumidores no ciberespaço

Relações Públicas, especialista em

Estratégia e mestrando em Administração

(TI e Marketing) na UFPB. Integra Grupo de

Pesquisa sobre TI, Marketing, Consumo

e Sociedade, onde desenvolve estudos

sobre comportamento do consumidor

nas redes sociais. Foi professor substituto

do Decomtur/UFPB e atualmente leciona

na UniPB/FPB. Trabalha como gerente

de marketing da TV Tambaú, afiliada

do SBT em João Pessoa, e da rádio

Tambaú FM. Blog: gecorp.blogspot.com

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Fábio Albuquerque

email : fabio .a lbukerk@gmai l .comtwitter: @FabioAlbukerk

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As tecnologias digitais, proporcionadas pelo advento da internet, tornaram-se vetores de agregação social, recombinações de informações e vínculo comunicacional entre indivíduos, modificando as formas e as práticas de interação, comunicação e participação social na sociedade contemporânea. Aos poucos, as tradicionais fórmulas de comunicação da sociedade de massa vão cedendo espaço à construção de uma nova arena pública conversacional, um social compartilhado em rede, baseado na conversação, no diálogo, nos laços sociais, na partilha de idéias, informações, significados e troca de experiências, caracterizando o fenômeno do “empoderamento de consumidores” no ciberespaço.

Enquanto fenômeno social, o processo de empoderamento de consumidores na internet pode ser demarcado pelo equilíbrio de forças nas relações de poder nos processos de troca entre organizações e consumidores, facilitando a ação coletiva em defesa ou oposição às corporações, marcas, produtos ou serviços. As práticas de comunicação e relacionamento assimétricas e unidirecionais estão “em cheque”.

As redes sociais digitais estão cada vez mais integradas em todos os elementos do negócio e da sociedade, de modo que as informações sobre uma organização, bem como as percepções que modelam sua imagem, identidade e reputação corporativa, não estão mais sob o domínio total das empresas.

Estudo da Nielsen BuzzMetrics revela que mais de 25% dos resultados de pesquisa no Google para as 20 maiores marcas do mundo são conteúdo gerado pelos consumidores, cada vez mais conscientes dos efeitos de compartilhamento de suas experiências de consumo em plataformas online, enfraquecendo, equilibrando e ameaçando todo o poder e controle do Marketing sobre a reputação de marcas e corporações.

Assim como têm sido usadas para estimular o envolvimento e o engajamento de consumidores em torno de aspectos positivos sobre o consumo de determinada marca, comunidades virtuais e redes sociais também têm servido de palco para protestos e reclamações de consumidores, que assumem papéis de ciberativistas sociais do consumo, manifestando livremente na internet suas experiências negativas e sentimentos de insatisfação, descontentamento, oposição, antipatia e ódio antimarca e anticorporação.

Redes sociais se transformaram em uma espécie de “Procon Virtual”, potencializando a força de tribos contemporâneas de consumo e sua capacidade de ativismo, onde grupos de consumidores insatisfeitos se engajam em iniciativas de informação, organização, mobilização, ação, reação e resistência contra injustiças

percebidas nas suas relações particulares de consumo, seja práticas comerciais predatórias, publicidade enganosa ou mera insatisfação com o descaso e desrespeito no atendimento de suas expectativas, passando a exercer o ciberativismo anticonsumo.

Diante deste cenário, vislumbra-se à importância estratégica da atividade de Relações Públicas na gestão estratégica da comunicação e do relacionamento entre a organização e seus stakeholders, cabendo-lhe a função de orquestrar com ética e transparência todas as formas de comunicação e interação entre a empresa e acionistas, funcionários, consumidores, fornecedores, comunidade, opinião pública, sindicatos, ongs, investidores, órgãos governamentais, grupos de ativistas, comunidades virtuais, entre outros grupos e públicos online e offline que têm o poder de interferir diretamente nos objetivos e na visão de futuro da corporação.Redes sociais são sobre pessoas e

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“Assim como as redes sociais, Relações Públicas são sobre comunicação

e relacionamento. A lógica competitiva de

mercado e o fenômeno do empoderamento de consumidores no

ciberespaço propiciam à atividade de Relações Públicas a oportunidade

de expandir-se, consolidar-se e assumir

um papel relevante como estrategista do valor das

organizações.”

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não sobre tecnologias. Redes sociais digitais são pessoas interagindo e se relacionando através de plataformas de comunicação mediadas por computador. Compreender estrategicamente as agregações sociais que emergem na internet significa compreender as teias de relações pessoais que se formam no ciberespaço entre indivíduos geograficamente dispersos, que se encontram e interagem online visando compartilhar objetivos, interesses e experiências de consumo.

Assim como as redes sociais, Relações Públicas são sobre comunicação e relacionamento. A lógica competitiva de mercado e o fenômeno do empoderamento de consumidores no ciberespaço propiciam à atividade de Relações Públicas a oportunidade de expandir-se, consolidar-se e assumir um papel relevante como estrategista do valor das organizações, como gerador de inteligência competitiva, um ativo estratégico apto a participar do processo de gestão e do planejamento estratégico organizacional, monitorando o comportamento dos públicos online e offline e assessorando na tomada de decisões que facilitem os resultados sem gerar ameaças ou riscos aos negócios.

Compreender as redes sociais como fenômeno social nos negócios torna-se essencial para o que identifico há alguns anos como uma “Nova Relações Públicas”, um processo que, integrado e alinhado à filosofia e gestão de Marketing, diagnostica, prognostica e formula estratégias e iniciativas de comunicação e relacionamento que objetivam, por um lado, conhecer e monitorar a construção cognitiva dos públicos, seus desejos, expectativas,

valores, regras e padrões e, por outro, desvelar as convenções, as decisões, a filosofia, as políticas e as ações empresariais para, ao fim, estrategicamente, aproximar stakeholders e empresa em um complexo processo de construção social que procura culminar em ganhos mútuos.

Muitas reputações empresariais estão sendo construídas e destruídas no universo digital. O fluxo ágil e

a impossibilidade de controlar o teor das informações nas redes sociais revolucionaram o diálogo das empresas com seus públicos. Torna-se fundamental para as companhias modular e gerenciar a presença estratégica das marcas e a reputação corporativa nas redes sociais. Mais do que isso. Torna-se fundamental e estratégico saber utilizar todo esse arsenal como inteligência competitiva do negócio. A gestão estratégica de Relações Públicas deve estar apta a preparar a empresa para uma cultura que contemple abertura para críticas, reclamações e insights de consumidores, norteando as ações pelo diálogo e geração de conteúdo relevante capaz de sustentar todo um relacionamento. Eis aí um grande desafio para essa “Nova Relações Públicas”.

“Torna-se fundamental para as companhias

modular e gerenciar a presença estratégica das

marcas e a reputação corporativa nas redes

sociais.”

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Page 18: Web 2.0 como estratégia corporativa

O Novo Marketing: relacionamentos online, resultados reais

é formada em Administração com ênfase

em Marketing. É administradora em uma

empresa industrial. Obcecada por livros

técnicos de administração e marketing.

Adora pesquisas e seu foco é nas científicas,

especialmente monografias e trabalhos de

conclusão de curso. Revisa e produz pro-

jetos acadêmicos nas horas vagas. É blo-

gueira e escreve por Mera Distração (www.

meradistracao.blogspot.com) e serve con-

teúdo vez em quando no Marketing das 17h

(www.marketingdascinco.blogspot.com

Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

w w w . a b o r d o d a c o m u n i c a c a o . c o m . b r

L í v i a B r i t o

mail :br i tomarket ing@gmai l .comtwit ter : @l iv iabr i to

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Page 19: Web 2.0 como estratégia corporativa

O Novo Marketing: relacionamentos online, resultados reais

w w w . a b o r d o d a c o m u n i c a c a o . c o m . b r

Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

Vivenciamos novos processos de comunicação, informação e relacionamento sustentados pelas mídias digitais, especialmente pela Web 2.0. Essa constante obriga os especialistas e recém profissionais a procurar por soluções inovadoras. A Web 2.0 se tornou por si só uma inovação para as campanhas de marketing, para tanto os marketeers inovam, também, suas visões mercadológicas.

Em primeiro lugar, é preciso rever o comportamento dos consumidores que embarcam na era digital, afoitos pelo convívio nas redes sociais e websites repletos de entretenimento e conteúdo. Consumidores que buscam muito mais do que informações, desejam trocar conhecimento e ter relacionamento ativo com empresas, marcas, blogs corporativos e amigos virtuais. É o que muitos têm chamado de engajamento social.

A sociabilidade é uma das variáveis proporcionadas pela Web 2.0, e o engajamento social permite que as transações online pareçam reais, formando críticos, especialistas, internautas, blogueiros e geradores de conteúdo. Alex Lima diretor de Marketing da agência Glóbulo, situada em Florianópolis/SC, acredita que a principal mudança, com a Web 2.0, “tenha sido comportamental”. Mudou-se o foco estratégico, afirma Alex, de produtores de conteúdo para troca de conteúdo, pois receber e trocar informações são atualmente tão importantes quanto apenas enviar.

A necessidade de se relacionar modificou as mídias digitais. Hoje são consideradas o centro de uma campanha, pois são flexíveis, confiáveis, agregadores, interativos, pessoais e a mensagem sempre se transforma em uma troca. O diretor de marketing da Glóbulo acredita que “uma base, mesmo que pequena, onde se cultiva uma troca

“A Web 2.0 chegou para transformar o modo de planejamento das campanhas, não mais

focada nos resultados e sim na reciprocidade dos receptores da mensagem,

na interação das ações mercadológicas e na

propagação de conteúdo midiático.”

verdadeira é muito mais importante do que um número gigantesco de dados desconhecidos.” Neste contexto, os blogs corporativos oferecem uma gama de informações e interação cujos conteúdos são relevantes e encantam o leitor com a usabilidade; como por exemplo o Blog da Glóbulo (http://globulo.com.br/blog), que contém informações sobre a agência e sobre o mundo da comunicação.

Você deve estar se perguntando: “cadê o marketing?”

Como sabemos o marketing é a atividade que gera sintonia entre a marca e o cliente, planeja os objetivos de comunicação com a finalidade de entender e encantar o target. Sendo assim, se o consumidor é a ponta do iceberg para os profissionais do marketing, nada mais natural que os clientes reais e potenciais sejam seguidos por meio das redes sociais. Portanto, o marketing observou na ferramenta Web 2.0 a necessidade de fragmentar a comunicação tornando-a cirúrgica e contínua, pois não é possível terminar o diálogo com o cliente ao longo do tempo. Neste contexto, a polivalência do meio digital e sua capacidade evolutiva proporcionam presença online para o consumidor. Sendo assim os consumidores se transformam em mídias confiáveis, os quais carregam a mensagem da marca.

Quanto às redes sociais, Alex Lima atribui

o amplo espaço que tomou na vida das pessoas como a exclusão de formulários pré-definidos; a aproximação com marcas, pessoas e empresas com agilidade e mais contato, estrategicamente bem utilizadas, e principalmente com uma mensuração de resultados muito mais fiel.

Diante da amplitude de conteúdo, informação e redes sociais cabe mencionar uma ferramenta que possibilita “afunilar” o banco de dados. O Marketing Funnel promove aos profissionais a mensuração de resultados e direciona o leitor ao objetivo principal, na própria ferramenta online. É o conjunto de ações implementado em um site que visa aumentar a taxa de concretização do objetivo. Se o objetivo for vender mais produtos, então são todas as técnicas e ações colocadas em prática para vender mais produtos. O mesmo se passa com os blogs que ambicionam popularidade e subscritores.

Neste contexto é possível perceber o leitor, cliente, consumidor, empresas e marcas como seres únicos e dotados de conteúdo e prontos para trocar experiências, presume-se então que a individualidade seja um dos pontos fortes dessa sociabilidade 2.0. Desta forma, profissionais e especialistas entendem que a Web não pode ser considerada uma mídia de massa, por seu perfil individual e interativo, invertendo o senso comum da comunicação. Um dia da caça, outro do caçador. E é esta a visão estratégica do novo profissional de marketing e comunicação.

A Web 2.0 chegou para transformar o modo de planejamento das campanhas, não mais focada nos resultados e sim na reciprocidade dos receptores da mensa-gem, na interação das ações mercadoló-gicas e na propagação de conteúdo midi-ático. Por mais demorado que pareça ser, os resultados têm a vantagem de contri-buir para uma permanência duradoura da mensagem junto ao consumidor.

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Page 20: Web 2.0 como estratégia corporativa

De blogueiros a e d i t o r e s d e c o n t e ú d o

Relações Públicas graduada pela Unesp

Bauru-SP, Especialista em Gerenciamen-

to de Marketing pelo Instituto Nacional

de Pós Graduação (INPG) e estudiosa das

novas mídias. Atuou em agências de pro-

paganda no interior, teve sua empresa de

Relações Públicas e eventos corporativos.

Atualmente faz parte da equipe A Bordo da

Comunicação, é editora de conteúdo dos

blogs Oras Blog! http://orasblog2.blogspot.

com e You Too!: www.blogtribunaimpres-

sa.com.br e é Analista de Mídias Sociais

do Portal Tribuna Impressa Araraquara.

Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

w w w . a b o r d o d a c o m u n i c a c a o . c o m . b r

M a r c i a C e s c h i n i

mail : marciaceschini@uol .com.brtwit ter : @marciaceschini

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Page 21: Web 2.0 como estratégia corporativa

De blogueiros a e d i t o r e s d e c o n t e ú d o

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Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

Os blogs surgiram por volta de 1997 e eram inicialmente diários virtuais, sem muito diálogo e feedbacks de seus poucos leitores. Eu mesma cheguei a criar um blog no site Comunique-se e desisti de blogar pela falta de diálogo. Muitas pessoas não aderiram logo de início ao hábito de acompanhar os blogs.

A partir de 2000 a situação mudou. Pode-se dizer que os blogs iniciaram a mudança na comunicação digital, pois começaram a surgir blogs verticais que tornaram-se, a medida que mais blogs surgiam por minuto, formadores de opinião em um primeiro momento. E em 2001/2002 com a interação da mídia e internet, houve o surgimento do hipertexto e com ele o filtro que o internauta faz das informações que busca. Surge a multimídia e com ela, novas formas de se fazer a comunicação interpessoal e a mercadológica. Isso tudo culminou por formar a segunda onda que é a web 2.0, onde quem cria o conteúdo é o internauta, seja através de um blog, ou wikipédia, para citar exemplos de novos meios de comunicação. O termo web 2.0 foi criado em 2003, por Tim O’Reilly, das empresas O’Reilly Media e MediaLive International.

Não podemos deixar de lado, outro fenômeno que observamos na web 2.0. Com a proliferação dos blogs e a rede social, surgiu o meme - ou a

reprodução de conceitos - de blogs para blogs. A palavra vem da biologia, mais especificamente da genética. Com o fenômeno das memes, os blogs passaram de formadores de opinião à informadores. Não era raro surgir uma informação primeiramente nos blogs, três dias depois nos portais de notícias e uma semana depois na mídia impressa.

Os blogs, principalmente os blogs verticais de comunicação, marketing e tecnologia tiveram um impacto forte e inevitável no planejamento de comunicação e marketing. E a internet passa de mídia de apoio à mídia principal nos planejamentos. Nos dias de hoje o marketing digital está incluído em todo planejamento de marketing que se preze, sendo às vezes lançado primeiro no ambiente virtual para blogueiros formadores de opinião, que geram o chamado buzz marketing, ou o marketing de barulho, que acaba se tornando viral, com reproduções geométricas em minutos, seja via blog, email ou comunicadores simultâneos, como o msn.

Todas as evoluções aliadas à iniciativa do internauta em ajudar a gerar conteúdo e interagir com sites/empresas e produtos, culminou na transformação da maneira com que os internautas se comunicam com marcas, empresas e notícias, permitindo a criação de seu próprio meio de comunicação, o blog, que evoluiu de “diário virtual” para um dos meios mais influentes e transformadores da comunicação corporativa de 2006 para cá.

Com isso, blogueiros mais expoentes da blogsfera passaram a ser utilizados em ações off line integradas com o mundo virtual e com isso ampliou-se o poder de suas blogagens, tornando-os o que hoje já é considerado Editor de Conteúdo. Ouvi o termo ao entrevistar a Sam Shiraishi, ela própria uma referência na blogsfera. Ela tem um small home office e é editora de conteúdo para três blogs. Além de pautar e antecipar informações, é remunerada por isso.

Para nós, profissionais de comunicação, as novas mídias possibilitaram visibilidade. Através de blogs, podcasts, twitter, formspring, videocast e participação em redes sociais, podemos mostrar nossos pensamentos e divulgar nosso trabalho. O poder de influência é medido por troca espontânea de links com outros blogs, por seguidores no twitter, por retweets e divulgação de seus pensamentos na internet. Isso está gerando outro fenômeno na rede, o crowdsourcing, a criação de conteúdo por um grupo de pessoas, como é o caso do A Bordo da Comunicação. Temos uma equipe formada por estudantes, recém formados e profissionais com anos de “janela”, como eu.

Os experimentos com editores de conteúdo não param. Recentemente, o Relações Públicas Rodrigo Cogo, juntamente com Suzel Figueiredo, dividiu o texto de Suzel em uma postagem que se completava em sete blogs diferentes. o primeiro no blog O Cappuccino , o segundo está no blog Gecorp , a terceira parte está no blog Ser.RP , a quarta leia no blog Clube do RP , o quinto dito está no blog Comunicação Empresarial, o sexto no Oras Blog! E o sétimo e último no Comunicaçãoetc. Outra ação foi do blog RP na moda, em que a editora de conteúdo, Joyce Melchior, convidou a mim e ao Christiano Vidal para comentarmos o post. Nossas opiniões sobre a ação da marca de lingerie Bravissimo com mulheres reais, foi inserida na postagem dela sobre o assunto.

Para mim, o futuro da blogsfera é esse: crowdsourcing. Cada vez mais haverá união de pessoas em diferentes locais, com interesses comuns, trazendo informações e conteúdos, em novos formatos nos blogs. Posso dizer que o mais interessante dos blogs hoje em dia é o diálogo que se estabelece. Dentro de cada post é criada uma nova discussão sobre o assunto, motivado pelos comentários de quem leu. Isso é o máximo!

“Os blogueiros mais expoentes da blogsfera

passaram a ser utilizados em ações off line integradas

com o mundo virtual e com isso ampliou-se o poder de suas

blogagens, tornando-os o que hoje já é

considerado Editor de Conteúdo.”

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Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

Aqui o aluno ensina

w w w . a b o r d o d a c o m u n i c a c a o . c o m . b r

A revista A Bordo da Comunicação propõe com esse espaço dar voz ao aluno. Neste espaço divulgaremos artigos escritos por alunos das faculdades nacionais, dentro do

conteúdo de cada revista.

O A Bordo da Comunicação foi desenvolvido por alunos, e agora somos uma mescla de profissionais e estudantes. Temos em mente que todos têm o que ensinar, por este

motivo abrimos este espaço e se você estudante de comunicação quiser participar, entre em contato conosco pelo

email: [email protected]

Edição #2

Tema: Imagem e opinião pública nas novas mídias

Padrão

Caracteres: 3.000 até 5.000Descrição: 340 a 440 caracteres

Deadline : 7 de junho

Os textos serão selecionados conforme o tema da revista e devidamente revisado pela

equipe do A Bordo da Comunicação

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Page 23: Web 2.0 como estratégia corporativa

Gerar conteúdo, produzir conhecimento e disseminar as Relações Públicas

é graduando do curso de

Comunicação Social – Habilitação

em Relações Públicas – Universidade

Estadual Paulista “Julio Mesquita

Filho”- UNESP/Bauru. Já foi Diretor

Administrativo da Empresa Júnior

de Relações Públicas – RPJr e

atualmente é bolsista do Projeto de

Extensão Universitária, na Assessoria

de Comunicação e Imprensa da

Faculdade de Arquitetura, Artes e

Comunicação da UNESP/Bauru.

Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

w w w . a b o r d o d a c o m u n i c a c a o . c o m . b r

F á b i o P r o c ó p i o

mail : fabioprocopio@gmai l .comtwit ter : @fabioprocopio

EspaçoAluno

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Page 24: Web 2.0 como estratégia corporativa

w w w . a b o r d o d a c o m u n i c a c a o . c o m . b r

Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

Falar em comunicação é falar em relacionamentos, em inovações, em conteúdo e em pessoas. É passar a olhar estrategicamente até para os relacionamentos familiares e para as nossas atitudes em relação à universidade, futuro, amizades e por que não, ao lazer, entretenimento e momentos de descanso.

A comunicação – apaixonante e obscura; falante e invisível; antiga e inovadora – prova a cada dia que o seu futuro é desenhado pela atuação de seus profissionais no mercado, por seus estudantes nas universidades e por pessoas que fazem dela seu modo de vida e trabalho sem nunca terem passado por uma experiência acadêmica – e sim por terem o dom de comunicar e fazer do conjunto de ações e palavras a verdadeira comunicação.

Atualmente estou no último ano do curso de comunicação social com habilitação em Relações Públicas na UNESP, campus de Bauru/SP, e tenho um blog HTTP://fabioprocopio.wordpress.com. Neste blog discuto sobre comunicação, marketing, tendências em relações públicas e assuntos relacionados às novidades da internet.

Gerar conteúdo na web 2.0 é fazer parte de um mundo muito rápido, propício a

muitas críticas e à construção coletiva. Muitas pessoas - mais do que imaginamos - ainda são avessas ao universo da “comunicação na nuvem digital”- dizem que não substitui o aprendizado em sala de aula, tampouco em escritórios e em grandes organizações. Digo que pensar coletivo é pensar o global em assuntos locais; é poder pensar complexo o assunto visto como simples – é fazer do singular o momento da pluralidade de conhecimento e construção.

Escrever, ler e discutir sobre comunicação virou um mecanismo de busca por conhecimento, a partir do momento em que criei um espaço para pensar as relações públicas de um modo com que estudantes, profissionais e até minha família pudessem saber um pouco mais sobre o que estudo e sobre o que espera meu futuro profissional. O ambiente digital, com diversas plataformas e blogs que contribuem para a disseminação de conteúdos de RP, trouxe uma nova perspectiva de busca e produção de conhecimento/informação na área.

O A Bordo da Comunicação está aqui para provar que a necessidade de implementação de um novo meio de divulgação de produção de conteúdo em comunicação é necessária. Acredito na participação massiva de estudantes e profissionais envolvidos na área, para que cada vez mais possamos discutir e construir uma carreira através de diálogos, problematizações profundas e democráticas – partindo do pressuposto de que as relações públicas se constroem através de idas e vindas, trocas de experiências e diferentes olhares sobre a mesma questão.

Hoje o A Bordo abre mais um espaço de publicação de matérias, artigos e depoimentos e faz com que nossa profissão seja mais divulgada, falada e principalmente pensada. Estarmos alocados no âmbito das ciências sociais aplicadas nos faz sermos responsáveis

por construção e aplicação de teorias profundas para pensarmos a nossa atuação profissional. A complexidade da comunicação está alocada em cada gesto, em cada estratégia e em cada público que nos dirigimos em diferentes ações.

Faça parte desse mundo! Contribua com a construção de conteúdo e disseminação de nossas teorias e pensamentos – fazer e pensar as relações públicas complexas é estar aberto à pensar estrategicamente e mergulharmos na reflexão de uma possível comunicação democrática e focada não só em resultados, mas sim em conhecimento, melhoria em relacionamentos e em novas perspectivas para questões já esquecidas.

Escreva, divulgue, comente e contribua com a nossa profissão. Seja um “evangelizador” de suas próprias dúvidas e contribuições para as relações públicas.

“Gerar conteúdo na web 2.0 é fazer parte de um mundo muito

rápido, propício a muitas críticas e à

construção coletiva. Muitas pessoas - mais do que imaginamos - ainda são avessas

ao universo da “comunicação na

nuvem digital”

“A complexidade da comunicação está

alocada em cada gesto, em cada estratégia e em cada público

que nos dirigimos em diferentes ações.”

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Page 25: Web 2.0 como estratégia corporativa

A Tecnologia a favor da Comunicação

estudante do 7º período do curso

de Comunicação Social, habilitação

em Relações Públicas da Escola

Superior de Relações Públicas

(Esurp) em Recife/PE. Trabalha como

Assistente de Relações Públicas no

setor de Comunicação e Marketing

da Farmácia Roval de Manipulações,

é responsável pela implantação e

monitoramento das redes sociais da

empresa.

Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

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A n d r é a G o m e s

mail : dedeagomes@hotmai l .comtwit ter : @Andrea_Gomes

EspaçoAluno

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Page 26: Web 2.0 como estratégia corporativa

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Web 2.0 como ferramenta estratégica | Abril - 2010

“O usuário, quando está conectado,

tem basicamente três desejos, três

necessidades: informação, diversão e

relacionamento.”

“As redes sociais possuem uma quantidade crescente de opções que permitem a interação das pessoas

de diversas formas e, consequentemente,

trouxeram para o estudante de comunicação

a possibilidade do compartilhamento

de experiências e até oportunidades no mercado

de trabalho. “

O crescimento da internet nos trouxe muitas facilidades e ocasionou um aumento significativo de usuários. A 5ª pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, publicada em abril de 2010, intitulada “Pesquisa sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação no Brasil aponta que somos mais de 66 milhões de usuários da Internet.

O acesso mais rápido às informações e o volume com que elas são publicadas proporcionaram a nós, estudantes, a oportunidade de nos mantermos sempre atualizados. O usuário, quando está conectado, tem basicamente três desejos, três necessidades: informação, diversão e relacionamento.

A Web 2.0 nos proporcionou a possibilidade de interação, nos integrou ainda mais e nos deu a oportunidade de nos relacionarmos com estudantes e profissionais dos mais diversos lugares. As redes sociais formam um fenômeno em constante ascensão, e, por serem colaborativas em essência, estão em constante transformação.

Orkut, Facebook, Formspring, Twitter, blogs, reúnem milhões de membros. O Orkut ainda se caracteriza como a rede social de maior popularidade no Brasil. O Facebook é a rede social de maior popularidade do mundo. Enquanto isso, o Twitter, uma rede de mensagens de até 140 caracteres chegou a marca dos mais de 180 milhões de visitantes únicos por mês desde a sua criação, em março de 2006, segundo Biz Stone, um dos responsáveis pela criação da ferramenta.

As redes sociais possuem uma

quantidade crescente de opções que permitem a interação das pessoas de diversas formas e, consequentemente, trouxeram para o estudante de comunicação a possibilidade do compartilhamento de experiências e até oportunidades no mercado de trabalho.

Somos conhecidos como a geração “Y” e segundo Sidnei Oliveira, autor do livro “Geração Y: o nascimento de uma nova versão de líderes” nos caracterizamos pela constante busca por desafios, tendemos a demonstrar maior produtividade quando somos colocados em desafios que demandam alta criatividade. Realizamos várias atividades ao mesmo tempo, buscamos a satisfação imediata e o acesso irrestrito a qualquer tipo de informação.

Por se tratar de uma novidade, as faculdades de comunicação estão se preparando para atender a essa demanda que só tende a crescer. Cursos de pós-graduação já são oferecidos. Os cursos de graduação em comunicação estão se adaptando a essas mudanças e acrescentando às suas disciplinas essa nova tendência. Um exemplo disso foi visto em uma disciplina que cursei chamada Planejamento de Campanha em Relações Públicas. Tínhamos que elaborar uma campanha baseada em um

tema determinado. Na elaboração das estratégias para divulgação da campanha percebemos que muitas equipes ainda recorreram às antigas práticas de divulgação: panfletos, faixas, banners, site, rádio, TV. A professora, antenada às novas tendências nos sinalizou sobre essas novas mídias e que poderiam agregar muito à divulgação sem que precisássemos disponibilizar muitos recursos. Criamos uma estratégia de mídia online onde captamos simpatizantes pelo twitter, Orkut e tivemos um retorno extraordinário.

Com o surgir da Web 3.0 que nos proporcionará uma interação única e personalizada, cabe a nós, futuros comunicólogos, por entendermos que “a comunicação integrada é uma filosofia que direciona a convergência das diversas áreas da comunicação, permitindo uma atuação sinérgica” (Kunsch, 2003, Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada), estarmos sempre atualizados e atentos a essas novas tendências e sabermos captar dela as oportunidades que nos oferecerem.

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Entrevista

Edney SouzaEdney Souza – ou @interney –, é sócio

e Diretor de Operações da Polvora! Comunicação, agência especializada

em mídias sociais. Fundador do Portal Interney Blogs e um dos primeiros

blogueiros do Brasil a ganhar dinheiro e se manter apenas com a internet.

Também é Blogueiro, Sociólogo, Poeta, Cervejeiro, Dublador, Analista de

Sistemas, Publicitário, Filósofo e um dos Empresários mais lembrados da Internet Brasileira.internet.www.interney.net/

@interney

A Bordo da Comunicação: No início desse século, uma das mídias mais populares que teve bastante crescimento foram os blogs, principalmente os pessoais que acabaram por ser um forte meio de expressão pessoal na rede. Com o passar do tempo se tornaram uma grande ferramenta de comunicação. Você como um dos pioneiros dos blogs no país, e criador do BlogFAQ, qual é o valor dos blogs nas mídias sociais nos dias atuais pra você?Com o avanço da tecnologia, e o crescimento das mídias sociais, novas ferramentas surgem a cada dia sendo difícil o acompanhamento delas. Mecanismos que tem a mesma base aparecem com novidades sendo introduzidas na rede a cada segundo. Como um profissional de mídias sociais pode estar atento? E como eles podem saber quais tendências serão aproveitadas de forma satisfatória?

Edney: Em primeiro lugar o profissional de mídias sociais tem de entender quais são os conceitos que regem essas ferramentas, mídias sociais sempre são sobre relacionamentos e compartilhamento mediados por computador. Em segundo lugar ele tem de ser usuário dessas ferramentas, é diferente usar e ser usuário, se você acha as ferramentas entediantes jamais conseguirá fazer bom uso delas. Se a ferramenta não é destinada a seu público alvo entre em contato com os apaixonados por ela e descubra o que os seduz, entendendo o comportamento que existe por trás da ferramenta você será capaz de avaliar seu sucesso ou não.

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A Bordo da Comunicação: Pela sua história, você teve contato com o crescimento da internet no Brasil, e isso foi um fator importante para o seu sucesso por sempre estar em contato com as novas tendências e novidades. A geração atual de estudantes de comunicação cresceu praticamente em uma nova era da tecnologia voltada completamente para computadores e suas ferramentas essenciais. Dessa forma, você acredita que esse contato desde cedo colabora e incentiva o estudo das mídias sociais pelos jovens estudantes? Ou exatamente pelas redes sociais se tornarem tão comuns, o verdadeiro valor pode ser perdido com essa facilidade de acesso e popularização?

Edney: Em 2007 quando eu falava com um grupo de estudantes a minoria tinha um blog, ou tinham vergonha de admitir que tinham um, apesar de que, desde 2003, quase todos os colunistas d’O Globo tinham blogs. Hoje criar um blog é exercício em algumas disciplinas. Mesmo com diversas ferramentas sociais surgindo o blog é a principal forma de expressão escrita, todo profissional de comunicação que escreve profissionalmente deveria ter um. Acredito que a facilidade de acesso pode banalizar a verdadeira importância dessas ferramentas, mas na maioria das vezes o motivo é que esses profissionais não gostam de escrever e fazem-no apenas por obrigação profissional. Temos profissionais de comunicação que não gostam de se relacionar, ainda são influenciados pela comunicação de mão única, sonham em trabalhar com a comunicação unidirecional. Infelizmente são jovens que ainda não entenderam as transformações do mundo em que vivem.

A Bordo da Comunicação: As mídias sociais estão crescendo e com ela chega uma nova demanda de profissionais. Pra você como é esse profissional?

Edney: Tem de ser alguém que consiga enxergar a comunicação da perspectiva de relacionamentos, que entenda as paixões envolvidas no compartilhamento de idéias e troca de informações. Que tenha a mente aberta e empatia para entender os sentimentos e comportamentos de fãs e usuários de diversas ferramentas. Se você trabalha com comunicação tem de estar aonde o público alvo está, falando a língua deles, é preciso ser poliglota em tempos de tantas tribos digitais.

A Bordo da Comunicação: A Bordo da ComunicaçãoQuais são os requisitos mínimos para uma pessoa trabalhar com as novas mídias?

Edney: Estar online 24 horas, conhecer e usar as ferramentas sociais e entender a linguagem dos nativos digitais. Não se assuste quando perguntarem qual é a sua @, basta responder qual é usuário do seu twitter.

“Mesmo com diversas ferramentas so-ciais surgindo o blog é a principal forma de expressão escrita, todo profissional de comunicação que escreve profissio-

nalmente deveria ter um.”

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A Bordo da Comunicação: Sempre estamos tendo notícias de eventos sobre midias sociais, internet e comunicação. Com a sua experiência, qual deveria ser a segmentação para os novos eventos sobre internet e mídias sociais aqui no Brasil? Falta algum conteúdo abordado, ou tem sido de maneira satisfatória tanto para os palestrantres, quanto para os participantes?

Edney: Faltam eventos para discutir aspectos avançados da comunicação digital, existem muita discussão e pouca prática, recentemente participei de eventos onde todos eram profissionais de comunicação interessados em novas mídias, mas ao fazer algumas perguntas você vê que poucos estão trabalhando com essas novas mídias e poucos acompanham os cases do setor. Ainda estamos numa fase de descobertas.

A Bordo da Comunicação: Você acha que só entender do funcionamento do Twitter, Facebook. Blog e Orkut, o estudante está pronto para trabalhar com as novas mídias?

Edney: Entender o funcionamento de uma máquina de escrever não faz de você um ótimo escritor, entender o funcionamento de um computador não faz de você um ótimo desenvolvedor, é preciso saber manuseá-las com habilidade para criar obras que despertem o interesse do público alvo. E nesse processo conhecer a mente do público e tão ou mais importante do que conhecer a ferramenta.

“Se você trabalha com comunicação tem de estar aonde o público alvo está, falando a língua deles, é preciso ser poliglota em tempos de tantas

tribos digitais.”

A Bordo da Comunicação: Você acredita que hoje as faculdades preparam os estudantes para esse novo mercado?

Edney: Quando falamos de graduação vejo mais o esforço isolado de alguns professores do que das instituições de ensino em si, desconheço iniciativas para se remodelar os cursos, a desculpa pronta é “temos a disciplina de novas mídias”, porém é uma única disciplina para se discutir mais mídias do que horas aula disponíveis no ano. E as demais disciplinas envolvendo pesquisa, apuração, planejamento, etc. Raramente dão conta de abordar essas novas perspectivas. Já em cursos de especialização há uma preocupação constante de preencher essas lacunas da graduação, infelizmente tem gente que já vem com uma mente tão arcaica que, apesar de jovem, demora a entender novos conceitos.

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A Bordo da Comunicação: Qual é a grande qualidade de um profissional que trabalha com as mídias sociais?

Edney: Basicamente as mesmas qualidades de outros profissionais de comunicação, a diferença é o meio e as ferramentas, e por conta disso você precisa de grande habilidade com internet e ferramentas de mídias sociais. Antes de ser um bom profissional de mídias sociais você tem de ser um bom profissional de comunicação, seja em jornalismo, seja em publicidade. Se já cumpriu essa etapa então mergulhe na rede, viva conectado 24 horas, compre um celular com acesso a web e um notebook/netbook c/ conexão 3G para morar na sua mochila. Tente fazer tudo pela internet nem que seja para experimentar ou se divertir. Já pedi até pizza pela internet, não virou um hábito, ainda prefiro o telefone, mas foi uma experiência que me ajudou a entender o universo digital.

A Bordo da Comunicação: O acúmulo de informação na internet tem sido um dos grandes problemas da comunicação digital. Os perfis de blogs e twitters passam a ser procurados de acordo com os filtros próprios que cada um desenvolve com relação a essas informações. Os leitores estão cada vez mais exigentes, buscando conteúdo bem estruturado e diversificado, mas também de forma prática e direta devido a falta de tempo do mundo atual. Assim, qual seria o manual básico de blogueiros e twitteiros de plantão para poderem se tornar esses “filtros de informação”?

Edney: Antes de mais nada é preciso entender o seu papel.Existem 2 perfis importantes dentro desse conceito, os criadores e os curadores. Se você é um criador de conteúdo sua taxa de sucesso vai depender muito do seu estilo, sacrificar sua forma de trabalho para se tornar mais popular pode eliminar seus poucos fãs genuínos e transformá-lo em mais um na multidão.Se você é um curador de conteúdo é preciso ler muito e por em prática o que você lê. Não adianta compartilhar um monte de links interessantes se você não entende como isso funciona na prática. As pessoas estão interessadas em informação útil, que vai afetar seu dia-a-dia. Não estou dizendo que links curiosos e divertidos não tenham seu espaço, alguns dos blogs e perfis de maior visitação são aqueles que compartilham links desse tipo, porém os criadores desse tipo de links em geral têm mais audiência do que os curadores.Se você é do tipo que encontra assuntos interessantes e os adapta para sua audiência, não se iluda, apesar de criar posts a partir do zero, com suas próprias palavras, você é um curador de conteúdo, as idéias e descobertas ali raramente são suas, no máximo você está ensinando a usar uma ferramenta que outra pessoa criou, ela é a criadora, não você.

“Já pedi até pizza pela internet, não virou um hábito, ainda prefiro o te-lefone, mas foi uma experiência que me ajudou a entender o

universo digital.”

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Fórum

A Bordo da Web 2.0 Corporativa

A tripulação do Primeiro Fórum do A Bordo chegou a 105

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O Fórum A Bordo da Web 2.0 Corporativa foi realizado por nós, marinheiras e marinho do A Bordo da Comunicação, com o propósito de reunir e propagar leitores. Para discutir o tema o fórum teve a presença de 4 palestrantes » Gil Giardelli; Carolina Terra; Mauro Segura e Lígia Dutra.

O Fórum foi realizado na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado. E teve como patrocinadores a Editora Summus, Editora Saraiva e a Universidade Metodista de São Paulo. Tiveram presente no fórum 105 pessoas.

Dando início ao Fórum o palestrante Gil Giardelli, com fala sobre: “O que significa inovação digital?”

Temos muito que acompanhar: canais de televisão, blogs, jornais, twitter, como fazer isso?

Gil Giardelli nos mostrar alguns exemplos de como inovar no ciberespaço. Explica ainda que na internet termos 4 C´s

- Conteúdo

- Colaboração- Comunidade- Comércio.

Temos que ter em mente: “somos o que compartilhamos”.Somente 1% das pessoas conectadas produz conteúdo, 4% replicam e 95%, apenas observam.

Gil deixa claro – e nós da Equipe do A Bordo da Comunicação enfatizamos – gere conteúdo, escreva, não quer fazer um blog? Mande para o A Bordo ou outros blogs com os quais você se identifique que aceitem textos colaborativos e o seu conteúdo será publicado.

A internet deu tão certo porque trouxe aquilo que a realidade já não conseguia nos oferecer: tempo e espaço para nos comunicarmos e termos autonomia.

As empresas não podem ter mais a percepção de bombardear os consumidores. Somos pessoas, não consumidores.

Temos que saber usar o ciberespaço – não desmerecendo, mas um técnico de futebol ter 1.358.735 seguidores no twitter, enquanto o Fora Sarney tem 13.037, é não saber o que queremos.

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Fiquem de olho no blog para maiores informações sobre o 2º Fórum A Bordo

na 1ª quinzena de Agosto

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A palestra do Gil é rica em informações. Ele falou de diversas redes, desde o Livemocha – Índios Online (criada por índios após a Campus Party), ao Enjoei,A excelente apresentação de Gil Giardelli está disponível em:http://www.s l ideshare .net/gilgiardelli

Em seguida, a palestrante Carolina Terra falou sobre: “Blogs corporativos e mídias sociais: novos olhares sobre o que sabemos de comunicação”.Carol trouxe muitos exemplos de redes sociais no Brasil.

Antes de qualquer coisa vale a pena conferir o primeiro vídeo que ela passou, trazendo alguns números da internet.

O vídeo já nos deixa bem claro o quanto tudo foi modificado. A Pesquisadora, Carol Terra, fala sobre as marcas que estão sendo atacadas o tempo todo. Estão se preocupando até em colocar fontes nos anúncios para não terem problemas com cobranças, ou acharem algum tipo de ‘plágio’. As empresas estão sendo totalmente minuciosas com a chegada das redes sociais.

Carol foca a palestra em blogs corporativos.Por que os blogs se destacam em relação aos meios tradicionais de comunicação? Velocidade e Interatividade.

“Os blogs corporativos que não permitem comentários ela sente informar são somente um site! Blogs têm que permitir

interatividade, construção colaborativa!

Mas existem desvantagens de ter um blog corporativo como a geração de conteúdo ofensivo, ausência de controle e filtros. O terceiro palestrante foi Mauro Segura, que apresentou o Case “IBM do Brasil na inserção no mundo colaborativo”.

A IBM começou a investir nesse segmento em 2005, quando poucas organizações tinham esta preocupação.Mauro mostrou dados da empresa. E mostrou como uma empresa deve pensar ao entrar no mundo colaborativo.

Ele explica na pirâmide, que a empresa deve escalar para chegar a excelência e entrar na WEB.

Tudo começa pela cultura da organização, é a base, todos devem saber da importância de colocar a empresa nas redes sociais e outros. Depois é controlar o caos da abertura para o uso de redes sociais nas organizações. Trabalhar com a colaboração de todos os funcionários, principalmente da alta hierarquia. Ter a ciência de onde entrar, em quais comunidades pode ser explorada a marca. E por fim o conhecimento de todo o tipo de inovação e do seu público.

Isso é a descentralização da comunicação, o fenômeno dos 5 C’s dentro das organizações.

Qualquer ambiente colaborativo, liberado – acesso às redes – para

as empresas é caótico e muitas delas acham que as controlam ao bloqueá-las, mas conversas de corredor podem ser muito mais “perigosas”. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Melbourne. Mostra que os funcionários que usam redes sociais no trabalho são 9% mais produtivos que aqueles que não usam!

A quarta e última palestrante foi Lígia Dutra, que falou sobre sua especialidade – E-commerce e redes sociais.

Lígia começou falando sobre o que é comércio e comércio eletrônico, pedindo sugestões da platéia, pois muitos pensam que o e-commerce é somente a venda pela internet, sendo que isso é somente a ponta do iceberg. Também explicou as diferenças entre loja virtual e loja física. Uma palestra bastante interativa.

Para finalizar, Lígia explicou como funciona a byMK, empresa de moda pela qual ela é responsável. Os usuários da rede podem criar diversos looks por meio de peças disponibilizadas por empresas parceiras, sendo que estas mesmas peças podem ser adquiridas posteriormente, também pela internet. O site é um sucesso.

O Fórum foi um sucesso. Grandes profissionais palestrando, platéia foi interativa e participativa, houve cobertura do fórum pelo twitter. Fiquem atentos, pois o segundo fórum já está sendo programado.

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A Abrapcorp, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS) e a Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Fabico/UFRGS), convidam para o IV Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e Relações Públicas. A programação contará com painéis, conferências com convidados internacionais, seis Grupos Temáticos e o III Fórum de Debates sobre Comunicação Organizacional e Relações Públicas.

Tema: Comunicação pública: interesses públicos e privadosData: 20, 21 e 22 de maioOnde: PUCRS e UFRGS - Porto AlegreInfos: http://www.abrapcorp.org.br/congresso2010/

O Social Media Brasil 2010 será o principal evento do ano como fonte de discus-são, conhecimento, provocação e reflexão do mercado sul-americano de mídias sociais e marketing digital. Terá mais de 36 palestras e debates, sendo 6 interna-cionais, em 3 espaços simultâneos. O evento busca consolidar o mercado de so-cial media no Brasil trazendo os melhores estrategistas e pensadores em um am-

biente único, proporcionando conhecimento, interação, diversão e networking.

Tema: Mídias SociaisData: 24 e 25 de junhoOnde: Teatro Frei Caneca - São PauloInfos: www.socialmediabrasil.com.br/

Bate papo com profissionais focado no desenvolvimento do comércio eletrônico

brasileiro.

Tema: E-CommerceData: 24 de abrilOnde: Auditório da 116ª Subsecção do Jabaquara da OAB - São PauloInfos: http://batepapoecommerce.ning.com/

IV ABRAPCORP 2010

Social Media Brasil

Bate-Papo SobreE-commerce

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O A Bordo da Comunicação incentiva a pratica da propagação da informação. Além de elaborarmos fórum para discussão e disseminação da informação, nós participamos de eventos para agregarmos valores e passar o que anda acontecendo no mundo da Web e da Comunicação para nossos leitores.

Neste sentido deixamos aqui dicas de eventos que participaremos.

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#blogabordoindica

Blog de Relações Públicas do Sul do País com grande repercussão nacional

@ocappuccinoO Cappuccinoweb: http://www.ocappuccino.com/

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Perfil do blog www.midiassociais.net por Ricardo de Paula, estudioso dos im-pactos das midias sociais nas organizações e sociedade

@redes_sociaisRicardo de Paulaweb: http://www.midiassociais.net/

Autora, professora, consultora e pesquisadora de cibercultura e comunicação. Também se perde em ficção cientifica, música e cultura pop

Referência nacional em Marketing Digital, é professor da #posmktdig, consul-tor e palestrante.

@adriamaralAdriana Amaralweb: http://palavrasecoisas.blogspot.com/

@ninocarvalhoNino Carvalhoweb: http://godfathertheblog.wordpress.com/

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RP especialista em Gestão de Negócios, atuando na área de Análise de Relacio-namentos

Editor do blog Dossiê Alex Primo; pesquisador sobre cibercultura, escrevendo sempre sobre os aspectos sociais da tecnologia

@rcamposrpRicardo Camposweb: http://ricardocampos.wordpress.com/

@alexprimoAlex Primoweb: http://alexprimo.com

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Um dos maiores estudiosos e especialista em Digital Branding do Brasil.

@digitalbrandingGabriel Rossiweb: http://gabrielbranding.com.br

Professor, pesquisador, consultor e estrategista de mídias digitais e comunica-ção em mídias sociais

Diretora de tecnologia da New Media Developers. Professora dos cursos de MBA e pós-graduação da BSP - Business School SP

@ericmessaEric Messaweb: http://ecode.messa.com.br/

@marthagabrielMartha Gabrielweb: http://www.martha.com.br/

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O blog Ponto Marketing surgiu em setembro de 2009 para divulgação ideias e dos serviços do consultor de marketing e blogueiro Gabriel Galvão, pernambucano, 27 anos. O Ponto Marketing fala, além de marketing, sobre consultoria, blogs, redes sociais, gestão, café, vendas e resenha de livros. É postado um artigo durante os dias úteis da semana, mas, em casos excepcionais, também são feitas postagens aos sábados. Também é aberto espaço para publicação de artigos de autores de blogs que tenham ligação com os assuntos abordados no Ponto Marketing. O blog está integrado com o Twitter através do perfil @pontomarketing, onde fornece diariamente links para muitos artigos e amplia o relacionamento com seus visitantes e são feitas promoções de livros.

O Mídia Boom nasceu através da necessidade de um canal na internet brasileira para tratar basicamente sobre Comunicação Digital com ênfase em Mídias Sociais associadas às campanhas de Marketing. Foi construído com a idéia de simplicidade, conteúdo colaborativo e abrangente, possuindo um público bem segmentado, formado essencialmente por profissionais de comunicação e estudantes, todos em busca de aprendizado e informação constante sobre esse novo nicho de divulgação. Comandado por Chico Montenegro ( @srchico ) é formado pelo comprometimento de seus colaboradores, que acreditam que o aprendizado é maior quando estão abertos a ouvir e compartilhar informações um com os outros.

.mktPonto Marketing Mídia Boom

www.pontomarketing.com www.midiaboom.com.br@pontomarketing @midiaboom

O A Bordo da Comunicação ‘FEEDeliza’ os blogs e portais agregadores de conteúdo dentro do mundo da Comunicação. Em todas as edições indicaremos alguns FEEDs de nossa lista para o leitor continuar a

bordo do bom conteúdo

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Mídia Boom

@midiaboom

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O fundador do Blog Mídias Sociais é o Publicitário Israel Degásperi- @idegasperi. Em Setembro de 2008, Israel fez sua pós graduação em Novas Mídias, e decidiu criar um blog e se dedicar totalmente às mídias sociais. O blog tem o foco em Mídias Sociais, produz artigos próprios e também aceita artigos de leitores. Além do Israel que é editor, o blog conta com dois Colaboradores, Mariana Oliveira - @marianarrpp e Tarcízio Silva - @tarushijio.O blog já evoluiu muito, é o segundo em pesquisa no Google sobre Mídias Sociais, perde somente para o wikipedia e a equipe está trabalhando para melhorar ainda mais. Em breve o blog estará com todo o layout reformulado e de marca nova. Existem projetos bacanas no forno que ainda não podem ser divulgados. Sim, a ideia é deixar vocês curiosos.

O Blog Gestão Feminina surgiu em 8 de março de 2009 movido pelo ideal das jornalistas Renata Alves (Re Alves) e Laryssa Martins em criar uma comunicação que atenda à parcela feminina que tem em sua rotina profissional a tomada de decisões e a gestão de pessoas e processos. Com matérias voltadas ao empreendedorismo, negócios, marketing e oportunidades de atualização profissional, o Blog Gestão Feminina tem o papel de contribuir para estimular mulheres de todas as idades e classes sociais a buscarem a liderança profissional em suas vidas, ou seja, empreender. O blog faz parte do projeto Gestão Feminina, que também inclui uma Rede Social (gestaofeminina.ning.com), que congrega empreendedoras de todo o Brasil para a troca de idéias e experiências, incentivando a formação de parcerias e novos negócios.

Na definição de Paulo Querido, um dos principais consultores de comunicação e novas mídias em Portugal, o Nós da Comunicação é ‘uma publicação brasileira que é também uma comunidade, ou vice-versa’. Espaço aberto para compartilhar conhecimento e multiplicar tendências e reflexões, no Nós da Comunicação você encontra conteúdo relevante em forma de reportagens, entrevistas, chats, vídeos e artigos sobre assuntos estratégicos nas organizações, universidades e no mercado em geral, além da agenda de cursos, prêmios e eventos do universo da Comunicação.

Midias Sociais Blog Gestão Feminina

Nós da Comunicação

midiassociais.blog.br

www.nosdacomunicacao.com

@midiasblog @gestãofeminina

@noscomunicacao

gestaofeminina.wordpress.com

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