Visão jovem 57

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Março 2014 | N.º57| Ano 6 MDM elege Daviz Simango como candidato às presidenciais Mulheres lutam contra o pre- conceito, discriminação e desigualdades no trabalho Ex-namorada traída fala. Oscar Pistorius cada vez mais em apuros O investimento na Juventude Nyusi

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.º57|

Ano

6MDM elege Daviz Simango como candidato às presidenciais

Mulheres lutam contra o pre-conceito, discriminação e desigualdades no trabalho

Ex-namorada traída fala.

Oscar Pistorius cada vez

mais em apuros

O investimento na Juventude

Nyusi

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31 de Março de 2014 3 EDITORIAL

Produção: Visão Jovem Moçambicana, Tel.: +258 823279126 email: [email protected]

Editor: Benigno Papelo, Redacção: Araújo Araújo, Benilde António,Cândida Manuel, Carolina Dumbrovsky, Clayton Muchanga, Dino Miranda, Eunice Ronda, Gizela Nguelume, Iolanda Lipangue, Isabel Gorjão Santos, Hilário Medina, Jer-emias Langa, João Luzo, Leopoldina Luis, Limpo Zambo, Maísha Tuzine, Nayra Issufo, Nilza Macamo, Osvaldo Inlamea, Ricardo Magaia, Sabir Vasco, Zito Ossumane, Colunistas: Eduardo Cruz, Issufo Ibrahim, José Bate Efoge, Mohamed Na-guib, Nivaldo Thiery, Sara Grosso, Sérgio Vieira, Kátia Vanessa, Fotografi as: Flashphoto, toosexyonline, Fracncey Zaute, Banda Desenhada: Filipe Batista Design Gráfi co e Paginação: Rui Batista, Departamento Comercial: Jeremias Langa.

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31 de Março de 2014 4 PRESIDÊNCIA

Falando na abertura do seminário empresarial “Por-tugal e Moçambique: Impulsionando parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”, Guebuza explicou que Moçambique é um país com muitas oportunidades, cuja exploração exige maior empenho do empresariado nacio-nal e estrangeiro.

Referiu ser neste contexto que o governo continua a fazer tudo para que Moçambique seja um país de refer-ência mundial para o investimento estrangeiro num am-biente de uma partilha cada vez mais justa dos benefícios desses investimentos.

“Nós fazemos uma avaliação positiva das relações bilat-erais entre os dois países, tanto é que nos últimos seis anos Portugal injectou na economia moçambicana mais de seis biliões de dólares norte-americanos em investimentos”, explicou o estadista moçambicano.

Na ocasião, apontou as áreas da agricultura, energias renováveis, pescas, turismo, infra-estruturas, industria e comercio, entre outras, como sendo áreas que precisam do estabelecimento de parcerias para se aproveitar as vas-

tas oportunidades de negócio que Moçambique oferece.A este potencial, segundo Guebuza, juntam-se outras

iniciativas que se abrem com a descoberta de novos recur-sos minerais abrindo um vasto espaço para o estabeleci-mento de parcerias para prestação de serviços de apoio a indústria extractiva.

“As parcerias a serem estabelecidas neste âmbito vão complementar o papel desempenhado pelo sector público na criação de um ambiente favorável ao investimento”, disse o Chefe do Estado moçambicano.

Moçambique é um país com muitas oportuni-dades, cuja exploração exige maior empenho

Armando Emílio Guebuza Presidente da República de Moçambique

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31 de Março de 2014 6 LAZER

Como se escreve um livro infantilA experiência de duas autoras que criaram uma coleção de

histórias para criançasComo se escreve um livro infantilJá tinham trabalhado juntas no planeamento, na escrita e na

organização de livros de culinária e de publicações mais técnicas, mas nunca no desenvolvimento de uma coleção de livros infantil.

Quando surgiu a oportunidade, Clara Campos e Leonor Noronha agarraram-na sem olhar para trás e assim nasceram «As Aventuras do Gui», publicada pela editora Coisas de Ler, com o apoio do Sport Lisboa e Benfica.

Os livros que integram a coleção contam a história de um pequeno herói apaixonado por futebol, chamado Gui, que, jun-tamente com os seus amigos, se vê envolvido em aventuras emocionantes e surpreendentes. Os ingredientes indispensáveis a uma boa história para crianças, como estas, não são fáceis de resumir. «São vários os elementos que devem de ser conjuga-dos para se chegar a uma boa história infantil», refere Leonor Noronha.

«A linguagem deve ser apelativa e adequada à faixa etária a que se destina a história, deve existir uma mensagem pedagógica passada de uma forma subtil, de modo a que as crianças possam aprender, brincando e, por fim, as crianças devem sentir que os temas, por um lado, abrangem o seu universo e, por outro, lhes permitem sonhar», acrescenta ainda a autora.

«Neste caso concreto, os nossos leitores têm ainda a van-tagem de encontrar um contexto espacial real, porquanto os cenários dos livros correspondem a locais que a grande maio-ria das crianças portuguesas conhece», acrescenta ainda Clara Campos, que considera que os pais de hoje têm um papel de-terminante para estimular os mais pequenos para a leitura, até porque a concorrência dos jogos de computador e dos program-as de televisão não é fácil de combater.

«Na educação das crianças deve haver espaço e tempo para tudo. Um livro, além de apresentar uma faceta lúdica, ajuda a desenvolver e a enriquecer o vocabulário, melhora a escrita, uma vez que, como é sabido, quem lê dá menos erros. Além disso, estimula ainda o ato cognitivo e a imaginação», sublinha a autora, que, tal como a amiga e colega, procurou ouvir ideias de algumas crianças antes de começarem a escrever.

«Desde o início do projecto que as opiniões dos mais novos foram primordiais. Lidamos diariamente com crianças, quer em casa, uma vez que a Clara tem filhas e eu tenho sobrinhos e afil-hadas, quer a nível profissional nas nossas deslocações às esco-las para fazer leituras e contar histórias. Tentamos absorver o feedback que as crianças nos transmitem e aproveitar as sug-estões delas para os nossos livros», assegura Leonor Noronha.

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A III Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo, real-izada na Escola Central do Partido, na Cidade da Matola, teve uma dimensão histórica que só o tempo registará de forma in-esquecível na vida dos moçambicanos.

O Presidente da Frelimo, Armando Guebuza, afirma que Filipe Nyusi, recém-eleito eleito candidato do partido no poder em Moçambique às eleições presidenciais de 15 de Outubro próximo, representa um investimento desta formação política na juventude, este investimento surge no seguimento do princípio constante e estruturante que simboliza a atenção que o partido dedica a camada jovem.

Nyusi apresentou nervuras do seu projecto de governação que enfatiza a continuidade o que renova a esperança colectiva de ver realizado o sonho de 25 de Junho de 1962 (altura do lan-çamento da Luta de Libertação Nacional).

A eleição de Filipe Jacinto Nyusi como candidato da Frelimo à eleição presidencial de 15 de Outubro representou o momen-

to mais alto daquela pretérita sessão. As razões da sua eleição numa concorrência de cinco pré-candidatos são inquestionáveis, a justificar pela sua performance durante a pré-campanha inter-na nas províncias.

O Eng.º Filipe Jacinto Nyusi foi operário nas Oficinas Gerais dos CFM, é sabido que numa oficina maioritariamente labutam operários e a vida destes, vulgoestivadores, é de forte dinâmica, é uma vida cheia de convulsões, porque cada um e todos lutam juntos por cumprir metas, ou seja, ter o produto final a tempo e horas, mas sobretudo com qualidade. Numa oficina convergem várias sensibilidades e especialidades, logo, o espírito de equipa deve prevalecer.

Ele também emergiu dessa escola, proveniente de outra es-cola mais superior, a das zonas libertadas, como filho de combat-entes da luta armada de libertação nacional.

Nos CFM traçou-se parte da trajectória da vida profissional de Filipe Jacinto Nyusi, brotou ali o seu gene de liderança e por

CAPA

Nhusi, o Invetsimento na Juventude

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esta escola ferroviária foi se moldando como trabalhador. Alguns factos históricos reportam que a maioria dos políticos com veia de liderança foram operários. Olhemos a emergência dos políti-cos da década 70/80 um pouco por todo o mundo, a título de exemplo o ex-Presidente brasileiro Lula da Silva, emergiu desta classe sensível enfrentando os problemas do povo.

Na Direcção do Ferroviário soube lutar e conquistar resul-tados, e se afirmou homem como uma visão partilhando o seu saber.

É paciente e visionário. Em 2008 é nomeado ministro da De-fesa Nacional, os resultados alcançados nos seis anos à frente do Ministério da Defesa Nacional evidenciaram a sua capacidade de liderança e garra, soube pacientemente acreditar que o trabalho era a solução para que aquele sector melhorasse e evoluciona-sse positivamente, por isso impulsionou as actuais reformas em curso no sector da defesa nacional e das forças armadas.

Durante a sua legislatura entregou-se em defesa dos inter-esses da instituição indo ao detalhe dos processos. Foi o minis-tro que nesta instituição soube cumprir o comando presidencial segundo o qual os dirigentes devem correr no lugar de andar, porque o tempo e para correr, como tal, as melhorias são bas-tante notórias porque dirigiu de forma energética aquele sector.

Uma das coisas mais importantes que o povo moçambicano não se vai arrepender é ter um Presidente desta dimensão, é ser governado por um Presidente da estatura e arcabouço de Filipe Jacinto Nyusi, isto a avaliar, pelas suas qualidades natas, com uma visão, uma missão e um projecto, ou seja, um Presi-dente que abre um novo ciclo político e histórico na governação do País.

Pela primeira vez auguramos ter um Presidente duma gera-ção irreverente que vai liderar com juventude e com uma visão jovem, num país onde emergem problemas jovens que precisam

de soluções jovens e modernas, capazes de rapidamente impul-sionar o desenvolvimento nacional.

Filipe Jacinto Nyusi inaugura uma época de governação vir-gem, onde a roda já foi inventada, mas deve ser aperfeiçoada, que nem uma gema de pedra lapidada.

O povo moçambicano espera que com Nyusi tenha a rara oportunidade de ser governado e ter um Presidente merecedor e digno, por isso que vaticino que ele será e é a melhor aposta para todos e cada um de nós no dia 15 de Outubro.

Conheço algumas virtudes e méritos dele, porém não estou a dizer que é isento de erros, é imaculado, humano que é, como qualquer de nós, mas atrevo afirmar categoricamente que é hu-milde, paciente e batalhador.

Quando pega um desafio vai até ao fim. É de um humor car-acterístico, aliás, sabe-se que é originário de uma família de ar-tistas, actua em todos palcos. Só a título de exemplo durante o périplo pelas províncias a sua intervenção sempre era interca-lada por canções e gestos artísticos como a expressão cultural moçambicana, confundia se em alguns momentos com um ar-tista.

É humilde, profissionalmente sabe partilhar as suas ide-ias com os outros colegas, enquanto professor de Matemática soube sê-lo também aprendendo com os seus alunos. Sobretudo sempre nos seus desafios soube esperar para colher resultados através de trabalho afinco e árduo.

Uma nota marcante do seu perfil, na semana da sua eleição ocor-rida no dia 2 de Março, no primeiro dia de trabalho no Ministério da Defesa Nacional, portanto na segunda-feira dia 3 de Março depois da jornada laboral, acedeu com simplicidade o pedido dos colegas que lhe solicitaram para uma reunião com o objectivo de saúda-lo, ele apesar da sua agenda carregada aceitou e ficou com os colegas explicando os contornos da sua eleição. Na ocasião felicitaram-no assumindo o com-promisso de lhe apoiar no desafio rumo à Ponta Vermelha.

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ACAMO com sede própria A associação de Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACA-

MO) inaugurou na cidade da Beira, em Sofala, as novas instala-ções onde vai funcionar a sua sede nacional. O edifício foi con-struído com apoio da DIAKONIA, uma instituição religiosa sueca.

Localizadas no bairro das Palmeiras 1, as instalações com-portam três gabinetes, nomeadamente a secretaria, sala de re-uniões e outra de conferências, incluindo balneários.

Em representação do governador de Sofala, Félix Paulo, o di-rector provincial da Mulher e da Acção Social daquela província, José Dickson, que presidiu a cerimónia de inauguração, disse que o edifício vai impulsionar as actividades que a ACAMO vem de-senvolvendo na defesa dos direitos e oportunidades da pessoa com deficiência visual pois, segundo ele, esta organização é um interlocutor privilegiado junto do Governo e parceiros de coop-eração e desenvolvimento.

Dickson elogiou a ACAMO pelo esforço que tem feito na pro-cura de parceiros de modo a ver melhoradas as condições de vida dos seus associados.

“Na província de Sofala persistem casos de discriminação da pessoa com deficiência, caracterizados pelo fraco acesso às insti-tuições públicas, exclusão social e violação dos seus direitos, o que constitui um desrespeito à Convenção Internacional sobre a

Pessoa Portadora de Deficiência. Esta casa deve servir como um dos instrumentos de luta contra estes males que enfermam este grupo social”, disse Dickson.

Por seu turno, a coordenadora do DIAKONIA, Iraê Lundin, disse que a entrega do edifício onde vão funcionar os escritórios da ACAMO surge em resposta às boas relações de amizades en-tre Moçambique e a Suécia.

Lundin pediu na ocasião para que o edifício seja usado de modo a garantir a sua durabilidade para que possa servir às fu-turas gerações.

“É preciso que a ACAMO procure fundos para fazer a ma-nutenção do edifício”, recomendou.

Entretanto, o presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Moçambique, Mahommad Shariff, comprometeu-se a usar a casa dentro dos propósitos para que ela foi cedida.

“A atribuição deste novo edifício engrandece a ACAMO e os seus membros, pois irá promover maior dinamismo e comodi-dade nos seus trabalhos de advocacia e bem servir as pessoas com deficiência visual no país”, disse Shariff.

A cerimónia de entrega do referido empreendimento foi te-stemunhada pela esposa do governador da província de Sofala, Sofia Paulo.

SOCIEDADE

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31 de Março de 2014 11 TECH

Cigarros electrónicos não aumentam abandono do tabaco

A taxa de abandono do tabaco é idêntica entre as pes-soas que fumam cigarros electrónicos e as que usam o tab-aco normal, segundo um estudo divulgado segunda-feira nos Estados Unidos.

O estudo envolveu 949 fumadores, dos quais só 13 por cento disse ter deixado de fumar no período de um ano, não havendo diferenças significativas entre os dois estilos de fumadores, de acordo com três responsáveis pelo trab-alho, da Universidade da Califórnia, em S. Francisco.

Entre os participantes no estudo que disseram usar cigarros electrónicos e cigarros normais o uso dos pri-meiros não foi associado com mudanças de consumo, in-dica o trabalho dos pesquisadores.

Os responsáveis assinalaram que apenas 88 dos inquiri-dos usavam o cigarro electrónico (dispositivo que produz

vapor, com ou sem nicotina, mas sem tabaco), nove dos quais estavam a deixar, pelo que foi difícil detectar tendên-cias.

No entanto, acrescentaram os especialistas no docu-mento, há uma evidência de que os cigarros electrónicos não aumentam o número de pessoas que deixam de fu-mar, pelo que publicidade indicando que “os cigarros elec-trónicos são um dispositivo eficaz de cessação tabágica” não deve de ser permitida até que haja evidências científi-cas nesse sentido.

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31 de Março de 2014 12 CULTURA

General D: Uma história nunca contada Foi o “pai” da cultura hip-hop em Portugal, lançou discos e subitamente, desapa-

receu sem deixar rasto. Desistiu da música, limpou ruas nos EUA, passou multas em Londres e em Junho vai regressar aos palcos no festival Lisboa Mistura. Encontrámos General D em Londres onde, pela primeira vez, contou toda a sua história ao jornal português “Público”.

General D foi o primeiro rapper da lusófono a assinar um contrato discográfico. Em 1994 lançava na EMI o EP “PortuKkkal É Um Erro”, projectando vontades sonoras que andavam em ebulição há anos nos bairros da periferia de Lisboa. E em Outubro desse ano foi editada a compilação “Rapública”, primeiro documento colectivo da re-alidade hip-hop lusa, que reunia Boss AC, os Zona Dread de D-Mars, os Family de Melo D, os Black Company de Guto e Bambino, os Líderes da Nova Mensagem de MC Nilton ou os New Tribe de Lince.

“Já passaram 20 anos?”, pergunta Sérgio Matsinhe, mais conhecido por General D, quando o fazemos viajar no relógio do tempo. “Parece que foi ontem”, diz. Tem hoje 42 anos.

Durante esses anos foi o principal rosto do rap em Portugal. O dinamizador, o activista, a voz, o “pai”. Em 1990 foi um dos organizadores do primeiro festival rap em Portugal realizado na sala Incrível Almadense, em Almada, com a primeira for-mação dos Black Company, da qual fazia parte, ou os African Power. Em 1992 gravou com os Pop Dell’ Arte o tema Mc holly. No ano seguinte foi Norte sul, por Timor, com Tiago Lopes (Golpe de Estado, Linha Geral), com o nome The New Hard, integrando a compilação “After Life”, que teve direito a videoclip. E nos anos seguintes lançou um EP e dois álbuns, ganhando protagonismo. Quando se encontrava a preparar o terceiro álbum de originais, no final dos anos 1990, perdemos-lhe o rasto. Nunca mais ninguém o viu. Tornou-se um mito. Nos meios musicais, durante a última década e meia, foi-se especulando sobre o seu paradeiro. Conjecturava-se: Moçambique, Brasil, Jamaica, Inglaterra ou Alentejo. Sobre o que andaria a fazer havia histórias para todos os gostos: desde produtor na Jamaica a eremita numa vilória do Alentejo. Dizia-se que se fora para sempre, zangado com o país, com as editoras, com o meio cultural e até com a comunidade hip-hop.

Em Londres, onde reside há muito, e onde o “Público” o foi encontrar, Sérgio Matsinhe sorri. “Ao longo dos anos fui sabendo dessas histórias e de outras. Houve quem me tentasse contactar e entrevistar, mas nunca estive interessado. Estava no meu canto. Só queria viver a minha vida e estruturar a forma como iria regressar, mas os anos foram passando. Agora sim, sinto-me preparado”. Já depois de termos falado

com ele foi confirmado que irá regressar com a sua banda, para actuar no festival Lisboa Mistura, de 18 a 28 de Junho em Lisboa.

Recentemente Boss AC, o rapper da mesma geração que construiu uma carreira de maior sucesso, e que muitas vezes é apelidado de “pai do rap português”, escrevia: se “alguém deve ter esse título, com certeza que essa pessoa é o meu amigo de longa data, General D. Ele sim, abriu o caminho para todos nós! Foi o primeiro a gravar, a pri-meiro a ter um videoclipe, o primeiro a ter banda, o primeiro a ter contrato, o primeiro em tantas coisas. É pena a memória das pessoas ser tão curta.”

Ele, que nasceu em 1971 em Moçambique, e que chegou aos dois anos à margem sul de Lisboa, revelou-se um excelente aluno e desportista, sendo recordista regional dos 100m em atletismo e campeão regional de velocidade na variante 4x100m.

Num ápice transformou-se no rosto do hip-hop em Portugal. Hoje diz que pos-sivelmente foi tudo rápido de mais: não estava preparado para o impacto que o seu discurso de consciência social e política desencadeou na sociedade portuguesa, em-bora também esta não tivesse suficientemente madura para o enquadrar. “Quase sem dar por isso estava na televisão, estava em todo o lado. Sinceramente não estava pre-parado, espiritual e estruturalmente, para o impacto”, reflecte. “A geração dos meus pais era muito mais cuidadosa com o que vestia ou com o que dizia. Não queria dar nas vistas. Não exigia grandes direitos políticos, económicos e sociais.”

Ele não. As suas letras eram virulentas, como até aí a sociedade portuguesa nunca ouvira de um negro. Portugal, que tinha uma imagem de si como país integrador da diferença, era confrontado com o desejo de visibilidade da segunda geração de por-tugueses com origens africanas, que se expressava através do rap. E o que tinha para dizer nem sempre era entendido. Falava claramente de racismo, de política, de direitos ou sobre o conflito entre gerações afro-portuguesas. “Por causa do conteúdo das le-tras também não sei se eu estava preparado para o impacto do que dizia: nas pessoas e na forma como me devolviam isso. Fui apanhado de surpresa.”

Até 1994 surgia como o elemento aglutinador da comunidade rap. Depois cada um seguiu o seu caminho. Criaram-se ramificações e divisões. Ele sempre defendeu que não valia a pena fazer a mera réplica dos modelos americanos do rap. “Não fazia sentido transportar a realidade americana para o contexto português, mas sim pegar numa realidade que me era próxima, como a música africana, que os meus pais toca-vam, e com a qual cresci. Tinha que misturar essas duas realidades.”

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31 de Março de 2014 13 JUVENTUDE

INEFP forma para hotelaria e turismo Trinta trabalhadores do sector de hotelaria na cidade de Nacala,

em Nampula, concluíram recentemente uma formação em exercício, destinada a reforça-los com ferramentas para um melhor desempenho da sua actividade. A iniciativa é do Instituto Nacional de Emprego e For-mação Profissional (INEFP), delegação de Nacala, em parceria com a Direcção Provincial do Turismo em Nampula.

O representante do INEFP em Nacala-Porto, Joaquim Roque, ex-plica que o curso decorreu numa altura em que o sector de hotelaria e turismo naquela região está a conhecer um crescimento assinalável, decorrente dos investimentos em curso no âmbito da Zona Económica Especial. Uma das exigências dos projectos nestas áreas é a excelência e qualidade na prestação de serviços.

Roque acrescentou que a formação envolve não só pessoas que já trabalham no sector como também outros interessados que em abraçar aquela área de trabalho, em franco crescimento na cidade de Nacala-Porto e no vizinho distrito de Nacala-a-Velha, onde se assiste à implan-tação de vários estabelecimentos turísticos e de hotelaria.

O representante do INEFP considera óbvio que se tenha de formar e armar os trabalhadores da indústria de hotelaria e turismo de ferra-mentas que lhes permitam melhorar o seu desempenho, uma vez que neste grupo existem trabalhadores com uma larga experiência no sec-tor, mas que exercem a actividade sem qualquer suporte teórico, capaz de ajudá-los a tomar decisões pontuais em função das exigências im-postas pelo próprio decurso do trabalho.

No entanto, nota-se igualmente a existência de pessoas que nun-ca estiveram ligadas ao sector de hotelaria e turismo mas que a partir deste curso de formação encontram uma oportunidade rara para entrar naquela carreira, depois que forem certificados após a sua formação.

Além de empregados de mesa que durante o período de formação aprimoraram as técnicas de flexibilização do atendimento aos clientes e normas de cortesia. Aos cozinheiros foram ministradas matérias sobre como responder pontualmente e com a necessária urgência, aos pedi-dos feitos pelos clientes na sala.

Esta não é a primeira vez que o INEFP realiza cursos de hotelaria e turismo na Zona Económica Especial de Nacala. Em ocasiões anteriores já foram efectuados a partir de equipas móveis idos da capital provin-cial, estando previsto para breve a inauguração das instalações daquela instituição tutela pelo Ministério do Trabalho, ora em construção no bairro de Onthupaia.

“Estamos a realizar esta formação como tantas outras anteriores, através de uma unidade móvel disponibilizada pela delegação provin-cial do INEFP, mas estamos actualmente empenhados na construção de infra-estruturas fixas aqui no distrito, onde realizaremos acções de formação profissional para toda região adjacente à Zona Económica Especial”,disseJoaquim Roque.

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O Golf nasceu tímido e com uma forma de carroçaria que estava, ai-nda, na sua infância sendo pouco apreciado, mas foi crescendo e trans-formou-se numa referencia no segmento, com um estilo que tem estado sempre em evolução mas mantendo o essencial do original.

Ao contrario daquilo que a maioria possa pensar, o nome do Golf não teve como inspiração o jogo com o mesmo nome mas sim a palavra alemã “Golfstrom” que significa “corrente do golfo”. O primeiro Golf surgiu em 1974 e foi, sem sombra de dúvida, uma pedrada no charco do segmento que se transformou no mais importante do mercado.

O Golf contribuiu para o crescimento do mercado automóvel e 40 anos volvidos e 29 milhões de unidades vendidas, o modelo da Volkswa-gen continua a ostentar a liderança do segmento.

Recuando 40 anos, recordamos que o Golf foi desenhado por Gior-getto Giugiaro, que escolheu linhas retas e uma superfície vidrada am-pla, mas retilinea, também. O modelo nasceu como substituto do Caro-cha, mas marcava uma viragem abrupta, pois adotou a tração às rodas dianteiras com o motor colocado na frente. O sucesso foi imediato e o pequeno Golf chegou ao seu primeiro milhão de unidades dois anos dois, em 1976.

Pensado como um carro económico e familiar, o Golf conheceu uma versão que, também ela, marcou uma geração e criou um sub-segmento. Foi um pequeno grupo de engenheiros entusiastas que juntou esforços e faz nascer uma variante desportiva do Golf, trabalhando nas horas vagas neste projeto que deu origem ao famoso Golf GTI, lançado no final da década de 70. Nasci o subsegmento dos pequenos desportivos que, ainda hoje, está vivo e pujante!

A segunda geração do Golf nasceu em 1983, com um estilo que evolu-indo sobre o conceito original de Giugiaro, foi desenhado pelo departa-mento de estilo da VW. Até à chegada da terceira geração em 1991, a VW

MOTORES

VW Golf sopra 40 velasvendeu 6,3 milhões de unidades do Golf MK.2.

A terceira geração chegou no final de 1991 e, finalmente, conquistou o título de Carro do Ano de 1992, depois de ter perdido para o Fiat Uno e para o Peugeot 205 esse galardão. A quarta geração, um carro maior e já com mais qualidade e tecnologia, foi das mais bem sucedidas do Golf, tendo surgido em 1997, mantendo o estilo evolutivo sobre a base original de Giugiaro. No ano de 2003 surgiu a quinta geração, cujo reinado foi curto pois em 2008 nascia a sexta geração do VW Golf.

Pelo caminho, o Golf foi-se aburguesando, ganhou mais versões – car-rinha cabriolet – algumas delas reconhecidas, como o descapotável feito pela Karmann que exibia uma barra a solidificar o chassis no lugar do pilar B e que serviu de base para a versão cabrio até á quinta geração, desapa-recendo na sexta esse “roll bar”.

Ao mesmo tempo, floresceram as séries especiais e os modelos ex-clusivos. Lembramos o Golf Rallye (2ª geração) ou o poderoso Golf G60 sobrealimentado com compressor e que foi base para um carro de ra-lis aproveitando a traçao integral Syncro, ou ainda um carro que hoje é muito procurado pelos colecionadores, o Golf Country, uma variante tipo jipe, com tração Syncro e a carroçaria sobrelevada.

Depois lembramos as edições Golf GTI 20º aniversário no MK4, as Edition 30 e Edition 35, sendo que na sétima geração, a VW ofereceu ao Golf uma versão R que tenta perpetuar a herança do Golf GTI.

Qual é então o segredo do Golf ata tamanha longevidade e sucesso? Walter da Silva, o talentoso designer que é o responsável pelo estilo da Volkswagen, refere que “uma das chaves do sucesso do Golf está na sua continuidade. Existem uma série de carros com um estilo que, tal como o do Golf, foi refinado, retocado e melhorado ao longo das décadas e isso torna-os intemporais.” Reside aqui o sucesso do Golf.

Por isso, parabéns VW Golf!

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31 de Março de 2014 17 SOCIEDADE

MARIA DA LUZ GUEBUZA AGRADECE AS PESSOAS DE BOA VONTADE

A Primeira-dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, agradece as pessoas de boa vontade por todo o apoio que dis-ponibilizam para ajudar as crianças desamparadas do distrito de Massinga, na província meridional de Inhambane.

Dirigindo-se aos participantes do programa Moçambique em Concerto da Televisão de Moçambique Empresa Pública (TVM), transmitido a partir de Massinga, Maria Guebuza sublinhou que bem hajam as pessoas de boa vontade que em todo o país levan-tam bem alto a bandeira de solidariedade.

Maria da Luz Guebuza, agradeceu especialmente todos aqueles que contribuíram na 9ª Gala Beneficente organizada pela TVM, há uma semana na cidade de Inhambane, destacando que o apoio conseguido vai servir para aliviar o sofrimento das crianças de Massinga.

Um agradecimento especial vai para todos aqueles que tor-naram a Gala um momento de interacção, de festa e solidar-

iedade entre os moçambicanos. Agradecemos a todos os que fizeram deste programa verdadeiramente de famílias moçambi-canas, disse Maria da Luz Guebuza.

Na sua breve intervenção, Maria da Luz Guebuza disse que os moçambicanos estão em paz e, por isso, participaram nesta pessoas de diferentes pontos da província de Inhambane.

Somos todos defensores da paz. Com a paz podemos viajar a vontade, estudar e trabalhar, disse a esposa do Presidente Gue-buza.

Refira-se que programa especial Moçambique em Concerto no qual Maria da Luz Guebuza participou hoje, surge no segui-mento do movimento de solidariedade iniciado com a realização da Gala Beneficente e serviu também para angariação de apoios para aquelas crianças.

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31 de Março de 2014 18 SOCIEDADE

Mulheres lutam contra o preconceito, dis-criminação e desigualdades no trabalho

Celebrou-se, no dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mul-her.

Na cidade de Maputo, as cerimónias centrais alusivas à data tiveram lugar na praça dos heróis moçambicanos. A Organiza-ção da Mulher Moçambicana (OMM) esteve em peso no evento, com destaque para a presidente, Maria da Luz Guebuza, igual-mente primeira-dama.

O empoderamento da mulher continua a ser um dos maiores desafios, numa sociedade onde é preciso aprofundar o debate sobre a igualdade do género. “Ainda existe um preconceito e dis-criminação da mulher, desigualdade nas relações de trabalho, e a pobreza ainda afecta maioritariamente a mulher. o Dia Interna-cional da Mulher não é apenas uma data de reflexão, mas para dar continuidade à luta que estamos a travar pelo empodera-mento político, económico, social e cultural da mulher”, disse

Virgílio Mateus, vice-ministro da Mulher e da Acção Social”.A data foi celebrada sob o lema “Igualdade para as mulheres

ou progresso de todos nós”. Virgílio Mateus justifica o lema afir-mando que a celebração do dia da mulher “significa que esta tem e deve ter um grande espaço, participando em todas as actividades para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país”.

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‘‘Juventude Agenda Nacional e Prioridade de Governação’’

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31 de Março de 2014 20 ANÁLISE

Sou Moçambicano

Tania Irene Sousa

Tanto falaram de Anselmo Ralph que esqueceram-se da nossa identidade. Top Ngoma, ninguém falou sobre isso. Aconteceu o mesmo com o Umodja no dia do Yuri da Cunha. Porquê que o moçambicano só valoriza oque é de fora?

José Alfredo Carlos Rihiua

Tania Irene Sousa o Moçam-bicano valoriza o que é de fora porque ainda não quer assumir a sua própria identidade. An-tes culpavam os músicos por falta de trabalho, mas o puxão de orelha serviu e agora há tra-balho. Mas o público só da as costas apenas.

Rui Jorge Neves

Embora esteja de acordo conti-go, creio que os nossos músicos ai-nda precisam trabalhar um pouco mais no sentido de se valorizarem, só depois de os artistas nacionais valorizarem se a si mesmos então ai o público logicamente começara a valorizar mais os artistas nacio-nais. Mas isto tudo é um processo e não é do dia para a noite, se for-mos a comparar até já evoluímos um bocado nesse aspecto, se com-pararmos com anos anteriores.

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Finorio Castigo

As pessoas que estão em frente das coisas tem o papel de fazer a informação chegar a massa... Não só usar canais públi-cos de rádio, jornal e televisão, outras fon-tes alternativas. E quanto a essas questões de grande abrangência da identidade na-cional, a questão da informação não pode só ser antes do momento acontecer, há necessidade de actores que promevem tais eventos associarem em divulgar as-pectos pós realização, por exemplo Ngo-ma aconteceu, acredito k pouca gente conhece que foram os vencedores.

Serito Ossemane

Eu publiquei os resultados do top Ngoma aqui e ninguém co-mentou! Nós Moçambicanos só sabemos falar mal de nós e bem dos de fora! Culpa nossa e nunca do Governo! Beira é assim tam-bém foi lá Yuri da Cunha e encheu! Vamos ver agora se o show da Júlia Duarte e amigas enche

Chris Pierce

Mas pessoal, come on. É um pouco obvio. Todo show em Maputo tem Neyma, Miss Zav, Lizha, etc. Já CANSAMOS da mesma coisa duas em duas se-manas.

Guilhermina Canda

É triste nós não nos damos valor. E temos cantores com belas vozes aqui em Moz, mas são pouco falados

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O amor é mesmo assim. Tão depressa precisa de ser partil-hado para ganhar novo ânimo, como refreado, para marcar uma posição. Em ambas as situações, importa apenas senti-lo ou, se for o caso, partir em busca dele. Estas são algumas das mudan-ças que deve fazer para se libertar do medo de lidar com as suas emoções:

- Vou dizer mais vezes «amo-te!»Esta decisão «revela que está na sua relação porque o tra-

ço de união ainda é afetivo e emocional, não tanto logístico, económico ou por hábito», analisa Alcina Rosa, psicóloga clínica. Ao verbalizar os seus sentimentos, diz a especialista, «estará a dar cor e emoção à sua vida», realça a especialista, que reco-menda uma estratégia sem medos nem receios.

Se já o diz mas gostaria de o dizer mais vezes, «deve fazê-lo sem banalizar os sentimentos, sentindo-o de facto», explica Alcina Rosa. Se está só agora a começar, «tente perceber qual a forma mais genuína de transmitir os seus sentimentos e avance. Pode fazê-lo verbalmente ou através de gestos tão simples como aninhar-se no sofá ao lado do seu companheiro ou com uma troca de carinhos», sugere.

- Vou cuidar mais da minha relaçãoEsta decisão revela que está emocionalmente disponível para

«agarrar a sua felicidade e apostar no seu bem-estar individual e enquanto parte do casal», diz Alcina Rosa, psicóloga. Partindo do princípio que uma relação não é (sempre) um mar de rosas, a primeira premissa, diz Alcina Rosa, é «adaptar as expectativas à situação real e não a um ideal projetado». Tentar mudar o outro ou adequá-lo a si pode originar conflitos.

«A melhor forma de cuidar da relação é encontrar soluções quotidianas que tragam calma e harmonia à vida a dois. Pode encontrá-las em coisas tão simples como telefonar-lhe a meio do dia, oferecer um presente simbólico que tenha a ver com ele, combinar uma saída a dois e arranjar, todos os dias, tempo e espaço para o casal», exemplifica a especialista.

- Vou voltar a apaixonar-me«Em termos emocionais, o verbo querer, provoca muita an-

siedade», sublinha a psicóloga. O amor, diz Alcina Rosa, «não é como um objeto que se controla temporalmente, não se quer e se tem». Não, «o amor faz parte do domínio do acontecer, pelo que o melhor é pensar algo como eu gostaria de voltar a apa-ixonar-me» em vez de, mesmo que inconscientemente, estar a definir um tempo para que isso aconteça. Essa postura de não fi-car à espera que a vida aconteça revela «uma atitude mais ativa, de investimento em si e na sua vida», diz.

Passe à prática, mudando o seu comportamento. «Aumente o número de interações sociais. Saia, conviva, divirta-se e junte-se a grupos de interesse que lhe permitam conhecer pessoas», diz Alcina Rosa, lembrando, porém, que «deve evitar centrar a sua felicidade na realização ou não do seu desejo, sob pena de se sentir frustrada, desvalorizada e inquieta», realça.

SENSUAL

Deixe de ter medo das emoções

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A confirmação

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8.ª Sessão EXTRAOrdinária - 18 de Março de 2014

Nesta Sessão, o Governo apreciou e aprovou a Resolução que ratifica o Acordo sobre a Liberaliza-ção, Promoção e Protecção Recíproca de Investimen-tos entre o Governo de Mocambique e o Governo do Japão, assinado a 1 de Junho de 2013, em Yokohama, Japão.

O Conselho de Ministros apreciou ainda:– A Situação de Emergência, particularmente

causada pela actual época chuvosa e as acções de re-sposta levadas a cabo para atenuar os impactos nega-tivos das cheias e inundações;

– O Relatório da participação do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação na Reunião do Conselho de Ministros da SADC, realizada em Lilóng-wè, Malawi, de 10 a 11 de Março de 2014;

– O Diálogo entre o Governo e a Renamo;– O Ponto de Situação do Recenseamento Eleitoral.

C.MINISTROS

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«Frozen - O Reino do Gelo», que conquistou há cerca de um mês os Óscares de Melhor Longa-Metragem de Animação e Mel-hor Canção Original (para o tema «Let it Go»), acaba de atingir os 1.072 mil milhões de dólares de receitas nas bilheteiras de todo o mundo, tornando-se assim o filme de animação de maior sucesso de sempre em termos de receitas brutas. O filme da Dis-ney ultrapassou assim o anterior vencedor, «Toy Story 3», que em 2010 faturou 1.063 mil milhõers de dólares.

«Frozen», que permaneceu 16 semanas consecutivas no Top 10 de bilheteira dos EUA, algo que não sucedia desde 2002, tem acumulado recordes desde que estreou: foi o maior sucesso de sempre entre as estreias nos EUA no cobiçado fim-de-semana alargado dos Dia de Ação de Graças (93,6 milhões em cinco dias e 67,4 em três), é o maior êxito de sempre da Disney ou Pixar em 27 países fora dos EUA e é o maior êxito de sempre entre os lançamentos de cinema para download digital. Além disso, ven-deu 3,2 milhões de unidades de Blu-ray e DVD no primeiro dia,

tornando-se assim um dos maiores sucdessos de home-video da última década, vendeu mais de 1,6 milhões de cópias da banda sonora, com o álbum a atingir a primeira posição do Spotify por cinco vezes não consecutivas, e a canção «Let it Go» vendeu mais de 2,6 milhões de cópias.

Os valores de bilheteira refletem os atuais preços dos bilhetes de cinema. Quando se ajustam os valores à inflação, na bilhet-eira dos EUA «Frozen» surge apenas na 109ª posição dos maio-res êxitos de sempre, com «Branca de Neve e os Sete Anões» e os «101 Dálmatas» a serem os filmes animados mais bem suce-didos de sempre, na 10ª e 11ª posições. Os cinco filmes de maior sucesso de sempre nos EUA com valores ajustados à inflação são «E Tudo o Vento Levou», «A Guerra das Estrelas», «Música no Coração», «ET O Extraterrestre» e «Titanic».

CINEMA

«Frozen» tornou-se o filme de animação de maior sucesso de sempre

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Quando se fala de emagrecimento, há que distinguir duas situações: o excesso ponderal e a gordura localizada. Se a gordura localizada pode ser apenas um problema estético, o excesso ponderal é um problema de saúde que deve ser encarado de uma forma mais ponderada.

Quando se fala de Medicina Chinesa (MC) não se fala apenas de acupuntura, mas sim de uma Medicina completa, com diagnóstico próprio, que utiliza várias terapêuticas, entre as quais a acupuntura.

Para a eliminação da gordura localizada existem variadas opções, desde a massagem, massagem com ventosas, acupuntura com electro-estimulação e aplicação de fitoterapia em creme.

O tratamento do excesso ponderal exige sempre uma consulta prévia detalhada para a obtenção de um diagnóstico, sempre necessário para elaboração de um protocolo de tratamento adequado ao paciente.

As várias terapêuticas que compõem a MC, permitem-nos agir em vários níveis.

Com a dietética vamos corrigir erros alimentares e adaptar a ali-mentação ao diagnóstico.

A acupuntura vai ajudar a regular o apetite, controlar a ansiedade e contribuir para o correto funcionamento do organismo.

A Fitoterapia (fórmulas de compostos vegetais e minerais) age ao nível do metabolismo, função digestiva, circulatória, etc, conforme a sintomatologia apresentada e o diagnóstico efectuado.

Tai-Qi e Qi-Gong são “ginásticas” de prevenção, mas também de tratamento pois dispõem de exercícios específicos conforme o diag-nóstico, para além dos benefícios já conhecidos do exercício físico.

A massagem, simples ou com ventosas, contribui para uma melhor

circulação, sanguínea e linfática, e potencia a eliminação de gordura nas zonas mais difíceis.

Mas, exceção feita à acupuntura, não parece haver grande diferença no tratamento pela MC ou por outra Medicina qualquer, temos a dieta, os medicamentos, a massagem e o exercício físico. Pois assim parece, no entanto há diferenças.

A primeira frase que ouvi, no 1º ano de curso, em relação à dietética foi “Toma o pequeno-almoço como um Rei, almoça como um príncipe, lancha como um mercador e janta como um pobre”. De facto, todos nós sabemos isto, no entanto, com a nossa organização de vida, é ex-tremamente difícil colocar em prática. Mas há que tentar, e minimizar os “danos” do que não conseguimos corrigir.

A dietética chinesa classifica os alimentos pela temperatura. E esta temperatura refere-se ao efeito provocado no organismo, não à tem-peratura a que os alimentos são consumidos.

Segundo a Lei dos 5 Movimentos, o Outono pertence ao Movimen-to Metal, que se caracteriza pela destruição, as árvores perdem as fol-has, toda a Natureza se prepara para começar a utilizar as reservas que acumulou no Verão, época de abundância.

Assim, aproveite, está na época ideal para começar um emagre-cimento seguro, saudável e duradouro, pelo que termino com 3 dicas: Não ingira bebidas frias durante e após as refeições, prefira as frutas e legumes locais e da época, e prefira os alimentos cozinhados aos ali-mentos crus.

Terapias alternativas para alcançar o peso ideal

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As mulheres têm maior probabilidade de sucumbir a um en-farte do miocárdio do que os homens, devido a erros de diag-nóstico que atribuem os sintomas a crises de ansiedade, revelou um estudo canadiano.

Os investigadores da Universidade McGill de Montreal tenta-ram compreender o que justificava a grande diferença na taxa de mortalidade entre homens e mulheres vítimas de enfarte, num estudo anunciado quinta-feira.

Foram inquiridos 1.123 pacientes com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos, hospitalizados em 24 estabelecimentos de saúde canadianos, mas também num hospital americano e em outro suíço.

Os pacientes, todos diagnosticados com síndrome coronária aguda, responderam ao inquérito dos investigadores nas 24 se-guintes ao seu internamento.

As mulheres inquiridas tinham rendimentos mais modestos do que os homens que participaram no estudo. Apresentavam também maiores riscos de diabetes e de hipertensão arterial, tinham um historial familiar de doenças cardíacas e estavam ai-nda mais sujeitas a depressão e ansiedade.

Os investigadores, que tiveram as suas conclusões publicadas no Jornal da Associação Médica do Canadá, constataram que, em média, se recorre mais frequentemente a eletrocardiogram-as e desfibrilhadores no tratamento dos homens do que no das mulheres.

A diferença de tratamento foi explicada com o facto de que os pacientes que acorrem às urgências por dores torácicas de ori-gem não cardíaca são com maior frequência as mulheres.

Da mesma forma, “a prevalência da síndrome coronária aguda é menor nas jovens mulheres do que nos homens mais novos”, sublinhou a investigadora principal deste estudo, Louise Pilote.

SAÚDE

Morte por enfarte mais provável nas mulheres

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31 de Março de 2014 31 MOBILAR

Espelho meu...espelho meu Espelho meu...espelho meu. Um objeto que todos

nós necessitamos em casa. Porque não criar peças ex-clusivas e personalizadas às quais ninguém vai ficar indiferente.

Um espelho onde a estrutura é composta por tubos de PVC utilizados para circuitos elétricos.

Um produto Primeira Casa da Rua, que em breve vai poder adquirir na nossa loja online, Primeira Loja da Rua.

Fixe os troncos secos à moldura com cola quente.Um espelho muito campestre mas que pode ser um

complemento numa decoração mais urbana.Utilize uma corda náutica como adorno do espelho.

Uma sugestão para colocar no hall de casa.Utilize cola tudo para fixar as colheres de plástico ao

espelho.Um espelho que marca a diferença.Utilize cola dupla face para fixar os espelhos à

parede.Uma ideia para dar mais amplitude a uma divisão

da casa.

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31 de Março de 2014 32 TXILING

Gloom B’DAY

PARTY

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31 de Março de 2014 33 TXILING

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31 de Março de 2014 34 POLÍTICA

MDM elege Daviz Simango como candidato às pres-idenciaisO Movimento Democrático de Moçambique (MDM) escolheu

Daviz Simango como seu candidato às presidenciais de 15 de Outubro, no âmbito de eleições internas em que obteve 94% de votos.

Daviz Simango, 50 anos, que projetou o MDM para terceira força parlamentar em 2009, ano da sua fundação, obteve 53 dos 56 votos do II Conselho Nacional do partido, que terminou em Chimoio, Manica, no centro do país.

O candidato, que concorre à Presidência da República pela segunda vez, deverá voltar a enfrentar o seu mentor político, Afonso Dlhakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) com quem entrou em colisão em 2008, ao contrariar a decisão de não se recandidatar ao município da Beira, e Filipe Nyusi, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“A Frelimo já nos tinha facilitado o processo, pois com essa aclamação do candidato do MDM está aberto o caminho para alternativa de governação”, disse à Lusa Manuel de Araújo, au-tarca de Quelimane, numa alusão à vitória do Daviz Simango nas eleições gerais.

“Foi uma escolha acertada. Não esperávamos outra coisa”, disse à Lusa José de Sousa, deputado do MDM, momentos de-pois do sufrágio, adiantando: “Nestas eleições entramos para vencer e atingir o poder”.

No quinto ano da sua existência, o MDM, cuja história recente se confunde com a carreira política do seu líder, Daviz Simango, rompeu a bipolaridade no parlamento moçambicano ao eleger na sua primeira corrida eleitoral, para a actual legislatura, oito dos 250 deputados da Assembleia da República (a maioria de-tido pela Frelimo).

Nas autárquicas de 2013, aumentou de dois para quatro os municípios sob sua gestão, incluindo três grandes cidades do país - Beira (Sofala), Quelimane (Zambézia) e Nampula.

O II Conselho Nacional do MDM aprovou também o manifesto eleitoral do seu candidato, além de ter definido uma campanha porta a porta, modelo que ficou conhecido entre a população como a sua estratégia principal.

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31 de Março de 2014 35 CULTURA

Simba e Milton Gulli promovem “The Heroes” O rapper moçambicano Simba e o produtor Milton Gulli realizaram

uma sessão de venda e assinatura de autógrafos do álbum “The He-roes – A Tribute To Tribe Called Quest”, no Jardim dos Professores, próximo da Escola Secundária Josina Machel.

O disco, que será oficialmente lançado no dia 18 do próximo mês, no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), em Maputo, foi ed-itado em Setembro do ano passado pela editora Britânica BBE.

“The Heroes” é, segundo Simba, um tributo ao agrupamento norte-americano de hip-hop A Tribe Called Quest, surgido na década de 1980, com uma temática que sempre procurou resgatar a identidade africana e que muito influenciou a sua carreira e a de Milton Gulli.

Simba conta também que o disco foi gravado e misturado em Moçambique, tendo ficado os acabamentos a cargo da editora britânica. Para a sua concretização, o rapper colaborou, para além de Milton Gulli Gulli (ex-Philharmonic Weed, Cool Hipnoise, Cacique´97), com os moçambicanos Muzila, Yolanda, da Banda Kakana, Tina Mu-

cavel, SGee, entre outros. Da Suazilândia contaram com o apoio da banda Spirits Indigenous e da África do Sul e Zimbabué os DJs Tha Cut e Zubz, respectivamente, e produziram algo novo a partir dos temas clássicos dos ATCQ.

O álbum de género hip-hop foi gravado ao vivo em estúdio e ofer-ece onze faixas.

“The Heroes” pretende enaltecer o patriotismo e a harmonia entre os povos e é interpretado em português, inglês, shangana e macua.

Este é o primeiro álbum de Simba e Gulli Gulli a ter uma projecção internacional, e esta à venda nos Estados Unidos da América, França, Alemanha, Inglaterra, Japão, entre outros países.

Utilizando as suas raízes e experiências musicais, estes dois artistas colocaram o seu novo trabalho na lista dos 20 melhores álbuns lança-dos pela BBE em 2013.

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‘‘A Publicidade é a vida do negócio’’

CALVIN COOLIDGE