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SUGESTÃO DE LEITURA A representação da juventude na Literatura tem, cada vez mais, se aproximado de uma visão compro- metida com a concepção do jovem como sujeito consumidor, mas também produtor de uma cultura e uma lin- guagem peculiar. Mais do que retratar o universo confuso de um adolescente e centrar a narrativa em sentimentos co- muns a todos os mortais, neste livro que oferecemos a você e a seus alunos são apresentadas, de maneira inusitada, situações cada vez mais presentes no cotidiano dos jovens (sejam as gírias, seja o comportamento, seja pela estru- tura da narrativa): A hora H, de Guto Lins, é um livro moderno. Junto com a obra, estamos também oferecendo-lhe sugestões de atividades para tornar a leitura de seu aluno mais significativa.

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SUGESTÃO DE LEITURA

A representação da juventude naLiteratura tem, cada vez mais, seaproximado de uma visão compro-metida com a concepção do jovemcomo sujeito consumidor, mas tambémprodutor de uma cultura e uma lin-guagem peculiar. Mais do que retratar ouniverso confuso de um adolescente ecentrar a narrativa em sentimentos co-muns a todos os mortais, neste livroque oferecemos a você e a seus alunossão apresentadas, de maneira inusitada,situações cada vez mais presentes nocotidiano dos jovens (sejam as gírias,seja o comportamento, seja pela estru-tura da narrativa): A hora H, de GutoLins, é um livro moderno.

Junto com a obra, estamos tambémoferecendo-lhe sugestões de atividadespara tornar a leitura de seu aluno maissignificativa.

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Se você ainda não conhece o autor, lembre-se deque ele também criou as ilustrações e o projeto gráficodo livro A hora H, compondo imagem e texto duranteas narrativas.

Se puder, visite o seu site (http://www.manifestode-sign.com.br). Lá há diversos desenhos, animações emuita interatividade, além da coletânea de livros do au-tor.

É um bom momento, também, para mostrar aosalunos que o escritor também pode ser ilustrador e oque vem a ser o profissional de de-sign gráfico. De todo modo, é im-portante saber que, neste caso, setrata de um ilustrador de diversoslivros infanto-juvenis, sendo pre-miado com o selo “AltamenteRecomendável” e como “MelhorProjeto Editorial”, ambos pelaFundaçãoNacional do Livro Infantile Juvenil. Além disso, participoucomo ilustrador das Bienais deBologna, Barcelona e Frankfurt.

Como sempre, preferimos criar sugestões paravocê, Professora, Professor, emvez de elaborar umaficha para o aluno preencher: achamos que umdos aspectos importantes da leitura – sobretudo aliterária – é o compartilhar significados e emoções– o que será conseguido, em sua classe, não só nodiálogo entre os alunos, mas também com você,o grande e sempre mediador da leitura.

Apresentamos a seguir uma série de consi-derações e propostas de trabalhos. Você, o maiorconhecedor de sua turma, poderá aproveitá-lasou imaginar outras, a partir do que propusemos.

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Apesar da possibilidade de muitos casos especiais eexceções, imaginamos que crianças entre 13 e 15 anosserão os leitores privilegiados desta narrativa, e as ativi-dades estão pensadas muito em função dessa faixa edos conhecimentos possivelmente já acumulados emtorno da leitura. Tenha, no entanto, todo cuidado, paraque, em nenhummomento, o prazer de ler esteja ameaça-do. Nenhuma atividade vale a pena, se ela retira daleitura o prazer de descobrir, de encontrar novas formasde ver o mundo, de se divertir.

ANTES DALEITURA

Imaginamos primeiramente a situação em que osseus alunos não conhecem ainda o livro e você quer es-timulá-los a ler e/ou adquiri-lo. Este momento ocorrequase sempre em sala. Você deve ter o livro em mãos,mas os alunos não precisam tê-lo, nestemomento. É óbvioque você já terá lido a obra, para poder, de repente,aproveitar algum dado da história, a partir da fala de al-guma criança.

1 - O título

Primeiramente, explore comos alunos o título do livro.Que sugestão o nome “Ahora H” traz para cada um?

A -Aexpressão "HoraH" émuito usada quando se refe-re a um "momento exato, decisivo, instante preciso".

B - Dê oportunidade para que todos criem hipóteses sobreo significado dessa “hora h”? Quemomento decisivoseria esse?

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(Deixe que eles opinem livremente. Não há respostaserradas, uma vez que são hipóteses. O importante évocê não dar as respostas, para não diminuir o interessede procurá-las nas histórias.)

2 - Capa

Agora, discuta com eles os elementos da capa. Aleitura da capa é ferramenta importante para motivaro interesse pelo conteúdo do livro. Faça perguntas queajudem a criar interesse pela história.

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A -As imagens

O que a imagem nos mostra?Proponha a observação do desenho da 1a capa: oque aparece nele?

(Há um casal se beijando e alguns símbolos como umcoração, dois bonecos que representam uma meninae um menino e também vários pontos de interrogaçãoe exclamação.)

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• As cores vermelha e preta são dominantes na capa(1ª e 4ª). A partir dessa cor e dos muitos elementosencontrados, esperamos uma história alegre, cheiademovimento e emoções fortes ou algo triste, maisparado?

(Explore o que os alunos opinam sobre as duas cores.)

B - Os nomes: além do nome da editora, há o nomedo autor.

(Mostre o retrato dele e leia alguma coisa da biografia,na página 95 ou no texto da 4a capa. Sobre a editora,informe pelo menos sua sede: Belo Horizonte.)

C -Comente o texto da orelha. Ele é o primeiro contatoentre o aluno e a história a ser lida. Quemo escreveu?O próprio autor ou outra pessoa? O que ele diz? Oque o aluno sente ao ler este texto? Aumenta oudiminui a vontade de ler o livro?

3 - Imagens do livro

As ilustrações do livro são do próprio Guto Lins.Elas dão um toque único e especial à leitura. Fundindoao texto demaneira lúdica e divertida, as imagens per-mitem adentrar no universo narrado e, assim, visualizara história além da imaginação.

Procure chamar a atenção dos alunos para essasimagens e esses recortes (em preto e branco). Muitasdelas se misturam com o texto. Em alguns casos, ima-gem é texto e em outros, texto é imagem. Nas páginas62 e 63, por exemplo, as ilustrações formam um “sto-ryboard”, como um projeto (que parece uma história

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em quadrinhos) de uma seqüência de cenas cine-matográficas muito utilizado na publicidade, animaçãoe produção de vídeos em geral.

Pergunte aos alunos que ilustração mais lhes atraiue por quê. O que elas lembram? (Observe que muitasimagens são desenhos da cultura pop e fotos de revista.)As imagens são bem artesanais, com brincadeiras defotos com montagens feitas a partir de várias outrasimagens e compostas por meio digital.

4 - Foheando do livro

Proponha que os alunos folheiem o livro, sem a pre-ocupação de ler qualquer coisa, para criar uma primeiraimpressão sobre a obra.

A - Pergunte o que chamou a atenção de cada um.(Possivelmente, vão falar das colagens nas imagens,do formato diferenciado do livro e das fotos e frasesque as acompanham.)Eles podem querer comentar, porexemplo, a moça pelada, cheia de tarjas – o que é umabrincadeira com o uso de tarjas para “esconder” partesdo corpo: olhos, no caso de menores de idade, e outraspartes do corpo – as de conotação sexual.Depois eles vão ver o trocadilho com a palavra “pelada”,no sentido futebolístico.

B - Talvez uma "lição de casa"O ideal é que essas atividades

tenham ocorrido no final da aula,e que eles levem para casa algu-mas questões a resolver:6

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* Esta narrativa é chamada "novela". Procure ver dife-renças e semelhanças dela com a novela de televisão.

* Já ouviram a expressão: "Acompra do presente virouuma novela"? Que relação tem a expressão com ogênero (na tv e no livro)?

Para sua orientação: a narrativa literária chamadanovela émenor que o romance emaior que o conto.Assim, com relação ao romance, ela temmenos per-sonagens, menos núcleos de ação, e é menos densa,não costuma ir fundo nas questões, sobretudo quandoé criada para adolescentes. Com relação ao conto,ela tem mais personagens e mais situações, que sedesenrolam como de um "novelo", enquanto o contotem, em geral, um único fio de interesse, compoucas personagens numa história muito conden-sada. Muitos romances clássicos costumam ser re-duzidos, adaptados para o leitor jovem, em formade novela. Além disso, há hoje muitas novelas es-critas especialmente para crianças e adolescentes,como é o caso da nossa obra.

Esta novela possui algo especial, por ter mais in-terrupções, liberdade de escrita, sem preocupaçãocom a lógica e com a ordem da narrativa. Ela se ca-racteriza mais pela experiência de linguagem.

DURANTEALEITURA

Após esse primeiro contato com a obra, passamosagora, à leitura. Peça que seus alunos leiam com atenção,

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mas sem pressa, e deixe-os à vontade para confirmare reformular as expectativas iniciais, bem como paraadentrar no “mundo de descobertas” que é a leituraliterária. Em seguida, discuta algumas questões acercade suas interpretações e explore as opiniões deles, in-centivando-os a refletir sobre a narrativa.

Elementos da narrativa

Logo de início, o estilo da narrativa é bastante re-velador: trata-se de um “diálogo”, que é interrompidopor uma outra voz (que parece ser, a princípio um nar-rador onisciente). À medida que a leitura evolui, per-cebe-se que, mais que um diálogo, trata-se de umagravação de uma cena, nos bastidores de uma filmagem.Esse, talvez, seja um ponto crucial na narrativa dolivro e é exatamente isso que o torna tão especial.

Além disso, o leitor notará a linguagem jovial pre-sente no texto, com o uso de gírias e expressões colo-quiais, o que se aproxima do universo dos alunos,além do tema, ligado ao universo adolescente.

1. A narrativa episódica

Tanto o romance como a novela podem ser "episódi-cos", especialmente quando se trata de narrativa baseadaem anotações e memórias. Isso quer dizer que nãotemos os fatos numa seqüência temporal, mas episódiosaparentemente soltos, descontinuados, com saltos, an-tecipações, retrospectivas, cortes e com rupturas do tem-po e do espaço em que se desenvolve as ações (compropagandas de uniformes, receitas de churrasquinho8

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e piadas). O tempo cronológicomistura-se ao psicológico, daduração das vivências dos per-sonagens. O espaço exteriorse mistura aos espaços inte-riores (memória e imaginaçãodos personagens). No caso deA hora H, não só as situações serepetem como sua ligação não é expli-citada, a não ser pelos diálogos e imagens.

2. Ficção ou realidade?

O livro é um relato de uma história de vida?(O leitor fica imerso aos bastidores de uma

gravação, onde se ouvem até as vozes do diretor e pro-dutor. Muitas vezes deparamos com episódios foradestes bastidores, isto é, a vida “real” destes perso-nagens.)

3. Os elementos

A - O narradorQuem conta a história? Ele é o autor? Procure al-guma “prova” do que vocês pensam.

(Sabemos que o narrador é, em geral, uma personagemtão inventada quanto as outras. Neste livro, o autoroptou por uma narrativamesclada. Veja que o narradorpode ora ser a personagem e ora se confunde com opróprio diretor, que organiza e controla a repetição dascenas filmadas. O texto é constituído de falas, que

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são orientações de um diretor, ou as interpretações dos“atores”.) Por isso mesmo, esta narrativa seria facil-mente filmada.

B - PersonagensQuais são as personagens principais da história?

(Todos, com certeza, dirão que os principais são osatores protagonistas da filmagem e o diretor, respon-sável pelo curso da história. O importante é que osalunos possam defender seus pontos de vista e tenhamargumentos da história para isso.)

Que outras personagens aparecem?

(Em várias partes surgem integrantes da equipe defilmagem, como até mesmo a sobrinha do produtor, queé citada em uma espécie de brincadeira que faz oleitor voltar na história na página setenta e sete.)

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C - Onde se passa a históriaAs personagens vivem suas aventuras em vários lu-

gares. Quais são eles? Como estes lugares são de-scritos?

(Temos a impressão de que se passa no Rio de Janeiro,pois na página 22 menciona-se que a cidade dePetrópolis fica próxima e na página 14 é citada a RuaBarata Ribeiro, de Copacabana. Sobre a descrição delugares há uma descrição do apartamento em umprédio antigo, nas páginas 76 e 77, que é ilustrada poruma planta arquitetônica e detalhada do local.)

D - O tempo da históriaÉ possível saber em que época acontecem os episó-

dios narrados?

(As cenas se passam no século XXI. Podemos notarpela linguagem e gírias dos jovens de hoje.)

E - Os episódiosOs episódios mostram que não há uma seqüência

linear dos fatos. A história se intercala dentro e foradas gravações.

(Na história o tempo vai e volta, com uma narrativanão-linear, tecendo presente e passado, que superpõediferentes tempos e espaços. Veja na página 25, porexemplo, em que o menino chama amenina para ir aocinema. As divisões das cenas e a separação do queé ou não é gravação do filme podem ser percebidas

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tanto pelas descrições (CENASANGRENTA,CENADOFUSCA etc.) como através do uso de sinais e pequenossímbolos (uma tesoura – representando um corte de ce-nas, coraçõezinhos, bolas de futebol, entre outros).Muitos partes se iniciam com o diálogo e podemosnotar sobre que assunto se trata através de descriçõescomo a cena sangrenta, em que percebemos que aspersonagens conversam sobre ciclo menstrual. Muitastrazem brincadeiras com o leitor, como nas páginas 50e 51, que interrompemanarrativa para explicar atravésde texto e imagemoque é edição de vídeo.Assim, o autorconsegue exercer uma leitura participativa e convidao leitor a estabelecer um diálogo com o narrador.Algumas cenas são interrompidas por recortes fazendotrocadilhos e metáforas, como por exemplo “comer agata”, há uma receita de “churrasquinho de gato”. Ehá algumas piadas como nas páginas 12 e 44 que com-põem o tom humorístico da narrativa desta novela.)

F - Literatura PoPA hora H, de Guto Lins, enquadra-se em uma lite-

ratura inovadora e pop. A literatura pop – de popular– é um segmento da cultura pop, que surgiu com a so-ciedade moderna determinada em grande parte pelasindústrias que disseminam o material cultural, comopor exemplo, as indústrias do cinema, televisão e edi-toras. Não é à toa que o autor utiliza-se de um carrega-mento de informações e imagens que se misturam ecompõem a linguagem pop utilizada. São termos epalavras que constroem uma linguagem coloquial,muito usada entre os adolescentes. A partir disso, oautor consegue estabelecer um contato muito próximo

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a este público. Veja se os alunos se sentiram mais oumenos à vontade com este tipo de linguagem (exem-plifique com o glossário divertido criado pelo autorno final da história).

DEPOIS DALEITURA

Uma história para refletir

Muitas passagens desta novela trazem uma boaoportunidade para enriquecer os significados do livro.Em torno delas, propomos algumas atividades, que pro-moverão o prolongamento da história na vida dosleitores e que possibilitarão, ainda, a criação e a ex-pressão de seus alunos. Defina comos alunos a atividadeque eles querem fazer.

1. Corta! Corta!

A história se inicia com uma fala que logo é inter-rompida por aquilo que definimos ser um diretor dagravação. Comopodemos perceber isso?Adiagramaçãoe o formato das fontes e letras interferem e interagemcom a interpretação da história, vamos identifica-los?

2. Pausa para o almoço

Convide os alunos a identificarem quem participados diálogos.Alguns representam conversas femininas,outros conversasmasculinas. Ou amesma conversa sobpontos de vista diferentes.

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3. O filme dentro do livro

Este livro pode ser considerado um livro-roteiro?Podemos ver o filme ao ler o livro? Trata-se de um re-lato-livro-roteiro-filme?

4. Uma pergunta fundamental: Vocês gostaram dolivro? O que ele tem de interessante (ou não)?

INDOALÉM DAHISTÓRIA

1. Que tal cada um produzir um roteiro de um filme?Oriente os alunos com a ajuda na construção de umstoryboard.

2. Incentive os alunos a pesquisarem sobre a culturapop. Divida-os em grupos responsáveis por pesqui-sar sobre arte, literatura, cinema e música pop.

3. Os elementos de ação, amor, humor e crônica provo-cam o riso nos leitores por meio do tratamentodado à linguagem ou pela própria situação retratada.Com base no que leram, os alunos podem produzircrônicas. É interessante que se apresentem aosalunos textos de diversos cronistas para que seidentifiquem com a linguagem.

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Professor, Professora,

Esperamos ter oferecido a você e a seus alunosnão somente uma boa leitura, mas também ativi-dades significativas, capazes de fazer desenvolvero interesse de todos pela leitura. No entanto, as pos-sibilidades de trabalho não estão esgotadas: afinal,sua criatividade e seu conhecimento da turma sãoa maior garantia de um bom trabalho.

Caso se interesse por conhecer o outro livro dacoleção Hora H, sugerimos que leia o outro livroda coleção,Caderno de Viagens, também do autore ilustrador Guto Lins. São obras recheadas de in-venções verbais e visuais, para deleite e curtiçãode jovens e adultos. (Em breve sairá o terceirolivro da coleção domesmo autor: Torpedo-amorese relâmpagos, em que é focalizado omundo da in-ternet.)

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