Visão jovem 55

36
Janeiro 2014 | N.º55 | Ano 6 Regresso às aulas: o drama de sempre, mais a guerra Transição de gerações desagrada aos combatentes Ungulani Ba Ka Khosa vence prémio BCI Literatura Amado por uns, odiado por outros Azagaia

description

 

Transcript of Visão jovem 55

Page 1: Visão jovem 55

Jane

iro 2

014

| N

.º55

| Ano

6Regresso às aulas: o drama de sempre, mais a guerra

Transição de gerações desagrada aos combatentes

Ungulani Ba Ka Khosa

vence prémio BCI

Literatura

Amado poruns, odiado por outros

Azagaia

Page 2: Visão jovem 55
Page 3: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 3 EDITORIAL

Produção: Visão Jovem Moçambicana, Tel.: +258 823279126 email: [email protected]

Editor: Benigno Papelo, Redacção: Araújo Araújo, Benilde António,Cândida Manuel, Carolina Dumbrovsky, Clayton Muchanga, Dino Miranda, Eunice Ronda, Gizela Nguelume, Iolanda Lipangue, Isabel Gorjão Santos, Hilário Medina, Jer-emias Langa, João Luzo, Leopoldina Luis, Limpo Zambo, Maísha Tuzine, Nayra Issufo, Nilza Macamo, Osvaldo Inlamea, Ricardo Magaia, Sabir Vasco, Zito Ossumane, Colunistas: Eduardo Cruz, Issufo Ibrahim, José Bate Efoge, Mohamed Na-guib, Nivaldo Thiery, Sara Grosso, Sérgio Vieira, Kátia Vanessa, Fotografi as: Flashphoto, toosexyonline, Fracncey Zaute, Banda Desenhada: Filipe Batista Design Gráfi co e Paginação: Rui Batista, Departamento Comercial: Jeremias Langa.

Page 4: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 4

Page 5: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 5 PRESIDÊNCIA

A Renamo não participou nas últimas autárquicas, e es-peramos que ela participe (nas próximas eleições gerais) e ocupe o seu lugar na sociedade e, em particular, ao nível das políticas que estamos a aplicar no país”.

O pleito de 15 de Outubro próximo inclui as presidenci-ais e parlamentares, para além das eleições das assemble-ias provinciais.

Para o efeito, já estão em curso a campanha de edu-cação cívica, bem como os preparativos para o recensea-mento eleitoral de raiz que inicia esta Quinta-feira, a escala nacional. existem muitos deputados daquele partido da oposição na Assembleia da República, razão pela qual “se a Renamo não participar estes cérebros não vão ser muito produtivos na cena política do nosso país”.

Na mesma ocasião, o estadista moçambicano manifes-tou a sua preocupação com os ataques perpetrados pela Renamo contra alvos civis e militares que já causaram mortes e destruição de bens.

Ele explicou que o governo está a fazer um esforço para acabar com estes ataques, mas, para o efeito, “é necessário

que a Renamo se sinta parte da nossa sociedade e dê parte da sua contribuição”.

“É por isso que nós estamos em diálogo com a Rena-mo”.

“A melhor forma de fazer esses contactos é através deste diálogo que pode permitir resolver o problema que nós temos. Por conseguinte, é no diálogo que se pode en-contrar a solução dos problemas e levar a Renamo a se sentir reintegrada, ou integrada na sociedade”.

“qualquer acordo que se alcance deve resultar num Moçambique melhor do que o de hoje”.

não existe uma explicação suficiente que justifique a presente tensão político-militar em Moçambique.

Desejo a participação da Renamo nas eleições gerais

Armando Emílio Guebuza Presidente da República de Moçambique

Page 6: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 6 LAZER

Elas preferem a naturezaMoçambique é conhecido pelos seus encantos turísticos. No

mar ou nas praias, na cidade ou no campo, há sempre coisas para desfrutar.

Ser estudante não é só estar à volta dos livros, e Edna e Man-disa não trocam os passeios pelo país por nada quando o as-sunto é lazer.

Edna Carlos tem 18 anos e é estudante de gestão financeira. Adora fazer cálculos e planear actividades e quando se tratar de entretenimento. Ela prefere algo à moda moçambicana como churrascos, convívios caseiros e jogar conversa fora no muro do prédio ou na marginal de Maputo na companhia de uma “boa espetadinha de marisco”.

Para além de estudar, a jovem dedica-se à realização de even-tos culturais e agenciamento de grupos musicais. Mas, quando o assunto é relaxar, não abre mão das paisagens naturais já que o contacto com a natureza é para ela algo sagrado.

A serra da Gorongosa é o seu espaço predilecto. A tranqui-lidade e o verde daquele espaço recarregam as suas energias e dão-lhe forças para lutar pelo sonho infância que é fazer o mes-trado na Itália.

O gosto pelas praias “Fernão Veloso” e “Wimbi” despertam nela a paixão por Veneza, para ela, os barquinhos à volta da praia, o aspecto paradisíaco e o clima caloroso de Pemba e Na-cala tem alguma semelhança com imagens que encontra quando

busca pela cidade dos seus sonhos.É impossível falar de curtir o litoral de Moçambique sem citar

Mandisa Paka. Ela é uma jovem artista apaixonada pelo mar e que busca as suas inspirações na beleza natural do seus país.

Apaixonada pela liberdade. Mandisa opta sempre por espa-ços abertos com jardins e parques para fazer as suas leituras e pesquisas para poder finalizar o curso de fashion design e atin-gir o reconhecimento devido na arena da moda internacional da moda.

Para além do artesanato, a jovem estudante dedica-se à doçaria, uma área que decidiu abraçar não só porque adora con-feccionar doces mas acima de tudo para poder dar um pouco de alegria às pessoas a sua volta.

Deve ser por causa das longas horas trancada no atelier a conceber e criar as suas obras, que ela não abre mão de praias quando se trata de relaxar. Chidenguele é o seu aconchego. É o lugar onde ela recarrega as suas energias e onde se identifica.

Este destino para além de ter uma apaixonante praia, é onde foi gerada grande parte da sua família, o que permite-a estar em contacto com as suas raízes maternas.

Tal como Edna Carlos, Mandisa Paka prefere se divertir em “sociais”, onde pode fazer novas amizades, ao som de música ao vivo ou ouvir declamação de poemas do eterno José Craveirinha.

Page 7: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 7

Page 8: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 8

Jovens querem a pazPara o rapper Azagaia, os jovens moçambicanos estão ansio-

sos pelo fim do impasse entre a RENAMO e a FRELIMO. “Os jo-vens não viveram a guerra, mas ouviram os relatos. Há uma sede de justiça por parte da juventude, que não entende certas razões dessa disputa. Já é altura de ultrapassarmos isto”.

Tanto a população como a classe empresarial condenaram a tensão político-militar. “Tudo o que é pegar em armas é conde-nado porque estamos num momento em que se fala de grandes investimentos e negócios, e as pessoas no país já têm uma vida difícil”, diz.

O culminar da instabilidade entre os dois partidos era previ-sível na opinião do músico. “As condições estavam criadas para chegarmos até esse ponto. Tem sido um braço de ferro desde sempre. Uma situação de princípio de guerra que se contrasta

com todos esses bons ventos”.Azagaia já fez parte do Movimento Democrático de Moçam-

bique (MDM), a terceira força política de Moçambique, mas afastou-se para preservar sua independência enquanto músico. “O MDM está mais preocupado com o processo eleitoral. Tanto o governo, quanto a RENAMO não têm dado abertura para a mediação”, afirma a propósito da crise instalada desde o ataque (21.10) do exército à base da RENAMO, em Satunjira, Gorongoza, no centro do país.

Quando começaste a produzir música? R: Sou fascinado por letras e sempre gostei de escrever. Com-

ecei a gostar de literatura aos 12, 13 anos e já nessa altura gos-tava muito do estilo do José Craveirinha, um poeta considerado herói nacional que fazia poesia de intervenção na época colonial. Apaixonei-me muito por aquela forma de luta e comecei a es-crever. Nasci numa zona de Moçambique chamada Namaacha

CAPA

“Os jovens não viveram a guerra, mas ouviram os rela-tos. Há uma sede de justiça por parte da juventude.....

Azagaia: Amado por uns, odiao por outros

Page 9: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 9

, na fronteira com a Suazilândia, e vim para Maputo lá pelos 13 anos. Foi quando eu começo a ter contacto com o rap. Fiquei fascinado com a música urbana. Então, juntando com aquela se-mente da intervenção social que já estava a nascer em mim foi um casamento perfeito.

E por que o nome Azagaia? R:Quando eu tinha 17, 18 anos, formei um grupo musical

chamado Dinastia Bantu. Éramos uma dupla: meu parceiro era o Escudo e eu, o Azagaia. Tinha tudo a ver, a azagaia, que é a lan-ça e o escudo, o ataque e defesa. São objectos que identificam muito os bantu, são armas de guerra. E como nossa música era música de intervenção, mesmo que não contundente naquela época, escolhemos esse nome.

Queríamos fazer música africana para os africanos e esse nome era muito ligado à nossa cultura. O grupo Dinastia Bantu não permaneceu por muito tempo, mas, quando decido começar minha carreira solo, opto por manter o nome Azagaia. Só que naquela época não imaginava que ia me tornar um músico de intervenção social tão contundente quanto uma azagaia.

De certa forma, boa parte das escolhas que eu fiz acabaram me moldando também. Em 2007, lanço o meu primeiro álbum, Babalaze, que significa ressaca, e acabo ficando conhecido como músico de intervenção social com uma mensagem mais contun-dente.

A partir daí, a cada momento que passa vou me tornando mais o azagaia que eu sou, vou ganhando a forma e a força dessa arma.

A sua prisão foi um recado? (risos). Hum, acho que sim. Acho que sim. Pelo menos foi um recado

para mim. E claro que vai ser um recado aos outros jovens tam-bém.

Um recado em que sentido?

primeiro, deixe-me dizer que sou amado por uns, e odiado por outros, dai que a minha prisão foi muito mediatizada e acredito que foi por iniciativa das pessoas que me prenderam.

Quiseram que a coisa fosse mediatizada. Há vários recados. Para começar, eu sou um músico de intervenção social e se apa-reço num escândalo da natureza em que estou envolvido isso claramente quer dizer aos outros que o vosso “herói” afinal de contas é vilão também.

É como se quisessem cortar as minhas pernas. As pessoas estavam a acreditar em alguma coisa e eles pegam nessa mesma coisa e destroem. É como se estivessem a dizer: a pessoa em que vocês confiavam e achavam que era idónea não é nada disso do que vocês pensam, então deixem de estar com essa ideia de que é possível mudar alguma coisa.

Tiveste uma passagem conturbada por Angola em Dezembro de 2009. Podes falar um pouco a respeito?

Estive em Angola para cantar as músicas do meu CD, mas a dado momento numa música em que eu perguntava “quem vendeu a tua pátria”, o público angolano começou a evocar o nome do Presidente da República. E aí é que começa o alvoroço todo. Era muita gente, por aí 6 mil pessoas no cine Karl Marx. Eu limitei-me a cantar as minhas músicas, mas aquilo inspirou as pessoas a dizerem o que pensavam.

E a partir daí ouve muita especulação. Porque, na verdade, tudo acabou bem.

Houve receio de que houvesse problema por ter envolvido o nome do Presidente da República daquela forma, porque em-bora eu não tivesse dito nada, quem estava no palco era eu. Daí surgiram boatos de que eu fui escorraçado, coisa que não acon-teceu. Eu não tive nenhum atentado. Se isso teve a acontecer, foi algo que eu não percebi. Muitas vezes sou vitima dos media mesmo.

Page 10: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 10

Regresso às aulas: o drama de sempre... mais a guerra

O Ministério da Educação (MINED), como sempre, acredita que até meados de Fevereiro os livros estarão em todas as escolas do país. Uma meta, diga-se, ambiciosa para quem sempre foi incapaz de distribuir com eficácia num clima de paz e estabilidade política... e são 13.180.000 livros para 12.000 escolas em todo o território nacional.

Os olhos abriram-se de espanto. O queixo caiu, de choque. Olegário Mfumo, de 43 anos de idade, guarda de profissão, não queria acreditar quando descobriu que não podia comprar todos os livros para o seu filho que, este ano, vai frequentar a oitava classe. O livro mais barato custa 250 meticais. A partir de Junho do ano transacto, aquele pai zelo-so economizou, até Dezembro, 2.000 meticais a contar que fosse mais do que suficiente. Debalde. Veio o pesadelo da matrícula e 350 meticais foram-se de uma assentada. Mas, antes já tinham seguido o mesmo caminho outros 100. Destino: seis fotos tipo passe. A isso, juntam-se mais 50 para o impresso do aluno. Ao todo foram gastos, naquele acto, 500 meticais.

O uniforme não ficou por menos de 400 meticais. Quando se re-cordou de que tinha de comprar os livros do oitavo ano só haviam sob-rado 600. Aliás, desde que Alberto, o filho mais novo, frequenta a escola beneficia dos livros de distribuição gratuita e de isenção de matrícula. Mas, o que não fazia parte do imaginário de Olegário Mfumo é que o ensino secundário é diferente. Neste ciclo, da matrícula aos livros, tudo

deve ser pago. A solução é adquirir os livros mais importantes. No caso vertente, o de Matemática e o de Português.

O drama da quadra festivaConstâncio Oliveira, de 42 anos de idade, reside no bairro do Costa

do Sol e é pai de cinco filhos. O salário que aufere numa empresa de segurança, 2400 meticais, não lhe deixa pregar os olhos neste período. Tem, sabe de ciência certa, de adquirir uniforme e livros para dois dos seus filhos. Um na oitava classe e outro na décima primeira. O certo, diz, é que nenhum deles terá livro. Ou seja, o que vai frequentar o oitavo ano em 2014 terá de passar pelo mesmo calvário do irmão mais velho: desenrascar-se.

“Se o irmão estudou e fez a 10a classe com sucesso, o mais novo terá de fazer o mesmo. Não há dinheiro. A gente vive como pode e não como quer”, afirma com uma certeza sem fissuras. Regresso às aulas: o drama de sempre... mais a guerra A menos de 20 dias do regresso às aulas, mais de cinco milhões de alunos dos Ensinos Básico e Secundário estão na contagem final do tempo com vista ao regresso aos espaços comerciais para a compra de material escolar. o marido. “Ele encarrega-va- -se das grandes despesas. O meu negócio servia simplesmente para ajudar. Agora tenho de pagar matrículas, comprar uniforme e livros”.

SOCIEDADE

Page 11: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 11 TECH

Paper, a aplicação do Facebook para ler notícias

O Facebook anunciou uma nova aplicação para leitura de notícias. “Paper” e será lançada nos Estados Unidos a 3 de fevereiro, para já só para iPhone. «A Paper vai tornar mais bonito contar histórias.

Também tornará mais fácil criar e partilhar as melhores histórias criadas pelos utilizadores», diz um comunicado do Facebook.

O objetivo é mostrar conteúdo do Facebook de uma forma mais atrativa, como se fosse uma revista, de uma forma semelhante aos já existentes Flipboard, Feedly ou

Zite.Serão os utilizadores a escolher os assuntos sobre os

quais querem ser informados, seja fotografia, desporto, comida, etc, numa «mistura de conteúdo de vozes emer-gentes e publicações de referência». A primeira secção será o próprio feed de notícias da página do utilizador, ai-nda que sem todas as funções. Os posts dos amigos irão estar lado a lado com as notícias.

Page 12: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 12 POESIA

Ungulani Ba Ka Khosa vence Prémio BCI Literatura 2013

O escritor Ungulani Ba Ka Khosa foi ontem proclamado vencedor da IV Edição do Prémio BCI Literatura 2013, com a obra “Entre as Memórias Silenciadas”, numa cerimónia realizada na Mediateca daquela instituição bancária, em Maputo.

A obra com a qual o escritor conquistou o galardão mone-tário no valor de 200 mil meticais faz uma a viagem pela história de Moçambique, retratando um místico de memórias desde os tempos idos até aos actuais, com principal enfoque nos campos de reeducação.

Na ocasião, o escritor mostrou-se bastante feliz pela conquis-ta e afirmou que aquele era o resultado de vários anos de trab-alho depois de um período de cerca de 10 anos sem lançar um livro. Ungulani aconselhou também os escritores a não deixem de concorrer nas próximas edições, visto que aquele prémio veio para ficar.

Concorriam para o Prémio BCI Literatura cerca de 20 obras, entre poesia, recensão crítica, romance e novela.

Para o prémio eram elegíveis as obras de autores moçambi-canos publicadas em território nacional de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013.

O apuramento final do vencedor resultou de um processo de escrutínio a cargo de um júri presidido por Jorge de Oliveira, coadjuvado pelos escritores Aurélio Cuna e Marcelo Panguana.

Este prémio, que vai na sua IV edição, já se tornou uma refer-ência nacional no panorama literário e resulta de uma iniciativa do BCI, em parceria com AEMO.

O mesmo tem como objectivo promover a valorização e di-vulgação da literatura moçambicana através do reconhecimento das melhores obras editadas por autores nacionais.

Nas edições anteriores, os vencedores foram os escritores João Paulo Borges Coelho, com a obra “O Olho de Hertzog”, 2010; Adelino Timóteo, com a obra poética “Dos Frutos do Amor e Desamores Até À Partida”, em 2011; e Eduardo White, em 2012, com obra “O Libreto da Miséria”.

Page 13: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 13 JUVENTUDE

Ensino técnico é desafio permanente O ministro da Educação, Augusto Jone, disse que o ensino técni-

co profissional continua a ser uma prioridade do Governo porquan-to, urge garantir a satisfação do mercado de trabalho em termos de mão-de-obra com capacidade de saber fazer.

Este é um imperativo num momento em que crescem satisfato-riamente as oportunidades de emprego em consequência da desco-berta e início de actividades de empreendimentos vocacionados à exploração dos recursos naturais em particular energéticos.

Este pronunciamento foi feito recentemente em Nampula por aquele governante tendo exaltado, na ocasião, que a expansão da rede escolar no ensino técnico profissional, que conta neste mo-mento com 46 estabelecimentos, evoluiu num ritmo satisfatório quando analisada a situação que o país vivia, em tempos recuados.

Não obstante, Jone, considera importante, nos tempos actuais, a indução do crescimento do sector do ensino técnico profissional, pois, ele é responsável pela formação de técnicos com habilidades nas diferentes áreas para responder a demanda por parte dos em-preendimentos que requerem mão-de-obra com habilidades.

O desejo do Governo é de expandir o ensino técnico profissional num ritmo acelerado para regiões mais necessitadas no país.

Sobre a formação de professores para garantir o reforço de re-cursos humanos naquele domínio, Augusto Jone revelou que obras visando a construção de um estabelecimento em local que se escu-sou a revelar, serão desenvolvidas a partir do ano em curso, sendo que os custos serão suportados pelo Orçamento Geral do Estado, comparticipado por doações de parceiros. Actualmente o país conta com 24 estabelecimentos de formação de professores.

Segundo a fonte, o pelouro da Educação não abdica das suas responsabilidades visando imprimir melhorias em termos de condições para que os alunos possam apreender e os docentes lec-cionar num ambiente favorável.

Segundo Augusto Jone é aposta do seu sector manter a produção de 70 mil carteiras anuais, ritmo que vem sendo impresso de algum tempo a esta parte.

Page 14: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 14 O.LIVRE

Page 15: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 15

James Lentz, CEO da Toyota North América, apresentou o modelo internamente e as imagens da sua revelação acabaram na internet. Apesar da pouca qualidade, fica evidente que do protótipo ao modelo final as diferenças não são muitas. Evi-dentemente que os responsáveis da Lexus rejeitaram comentar as imagens surgidas na internet, mas algumas fontes internas da marca revelaram que o modelo ficará com o nome NX, por forma a ficar abaixo do maior RX, podendo ficar com o LF que, dizem as mesmas fontes, poderá ficar agregado a todos os modelos da Lexus. Porém, o mais razoável será que o novo SUV rival do Evoque fique a chamar-se Lexus NX, até porque a marca registou o nome NX200t, sendo que o “t” é de turbo, sendo que este será o primeiro modelo da Lexus com motor sobrealimentado.

O NX será o primeiro de uma série de modelos da Lexus a ostentarem motores turbo, nomeadamente, um novo 2.0 litros a gasolina, feito a parti do bloco 2.5 litros utilizado no IS300h. Por isso mesmo, a marca registou os nomes GS200t e RC200t, para já.

Recordamos que o LF-NX nasceu como protótipo para avaliar

MOTORES

Lexus LF-NX revelado na internet

a reação dos consumidores europeus a um rival do Range Rover Evoque feito pela Lexus. Apostando num estilo agressivo para virar cabeças. Recordando o que Nobuyuki Tomatsu, responsável pelo estilo do protótipo, “queríamos que este fosse um carro que influencie, um carro que faça os rivais parecerem aborrecidos.”

A verdade é que o NX é mais importante do que apenas um rival para o Evoque e um meio da Lexus “petiscar” uma parte de um segmento em crescimento. O Lexus NX vai pavimentar o futuro da marca no que toca aos motores sobrealimentados e colocar nova ênfase no estilo. Mark Templin referiu que este será um produto importante pois na previsão dos segmentos que mais vão crescer até 2020, o dos SUV médios, é um deles. Por isso é que a Lexus está a colocar tanto cuidado neste modelo e trabalha a fundo para o revelar no final deste ano.

Page 16: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 16

Page 17: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 17 SOCIEDADE

Jovem será primeiro austronauta negro O Sul-Africano Mandla Maseko, de 25 anos, pode ser o pri-

meiro sul-africano negro a viajar para o espaço. O jovem, que é DJ nas horas vagas, venceu o concurso Axe Apollo Space Acad-emy e está a preparar-se para realizar o passeio em 2015.

A viagem sub-orbital de uma hora, a 100 quilómetros da Terra será realizada ao lado de outros 22 vencedores do con-curso. No total, mais de um milhão de pessoas candidataram-se ao prémio. Escolhido para a viagem na espaçonave Lynx Mark II, Maseko é filho de um mecânico e uma empregada doméstica e reside na cidade de Mabopane, próxima a Pretória.

Ele será o primeiro africano negro, e o segundo sul-africano depois do bilionário Mark Shuttleworth a viajar ao espaço. Shut-tleworth é um empresário e filantropo, que comprou um lugar na espaçonave russa Soyuz por mais de 12 milhões de dólares e passou oito dias na Estação Espacial Internacional no ano de 2002.

Em entrevista ao jornal Pretoria News, Maseko descreveu a emoção de estar prestes a realizar um sonho: “Excitação é pouco para descrever como eu estou me sentindo. Se existe uma pala-vra melhor que ‘excitação’, eu uso”.

O jovem teve que parar com os seus estudos em engenharia civil, pois não podia pagar as mensalidades; agora vai ter uma ex-periência de gravidade zero e uma jornada avaliada em mais de 300 mil dólares. Ele soube da conquista no dia 5 de dezembro, apenas poucas horas após a morte de Nelson Mandela.

A competiçãoParticipantes esperançosos de mais de cem países competi-

ram pela vaga na espaçonave. Somente trinta concorrentes da África do Sul foram seleccionados num grupo de 85.000 pessoas para os primeiros desafios; foram seleccionados então apenas três, que viajaram aos EUA para uma preparação mais específica. Maseko estava entre eles - um negro, um branco e um de origem indiana.

“Queríamos mostrar que a África do Sul é muito mais do que a cor da pele. Nós somos a raça humana”.

Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na lua foi um dos ju-rados da competição, e Maseko teve a chance de conhecê-lo ao ser anunciado como campeão.

“Pude balançar a sua mão trés vezes. Eu perguntava ‘Oh, é você mesmo? ‘. Ele disse ‘Sim, sou eu!”. Maseko ainda classificou o encontro como “mágico”. “É assim que se sente ao estar no espaço”.

Enquanto espera ansiosamente pela sua viagem, Maseko espera completar a sua graduação em engenharia civil. No dia que tiver dinheiro, diz, gostaria de pagar pela educação de uma criança da sua área. A esse humilde jovem foi oferecido uma plataforma gigantesca de lançamento e a capacidade de desafiar as leis da gravidade física e política. Os seus planos para estudar engenharia aeronáutica e se qualificar como expert em missões espaciais, com o objectivo de fixar a bandeira da África do Sul na Lua.

Page 18: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 18 SOCIEDADE

Relâmpago venezuelano entra no Guinness Book

O relâmpago do Catatumbo, fenómeno meteorológi-co que ocorre no lago venezuelano de Maracaibo, entrou oficialmente no livro Guinness Book por registar “a maior média mundial de relâmpagos por quilómetro quadrado do ano”.

A oficialização do recorde teve lugar terça-feira, du-rante uma cerimónia realizada no Parque Urdaneta, no estado de Zúlia, a oeste de Caracas, pelo Guinness World Records, organismo que considerou o fenómeno como um dos “mais impressionantes” do mundo.

Segundo Ralph Hannah, representante para a América Latina da organização, o ciclo de tempestades associadas ao relâmpago do Catatumbo é visível, em média, entre 140 e 160 noites por ano, e prolonga-se por mais de 10 horas por dia.

A Venezuela registou uma média de 250 relâmpagos por quilómetro quadrado por ano, superando o relâmpago de Kifuka, na República Democrática do Congo, que passou ao segundo lugar, com uma média de 152 relâmpagos por

quilómetro quadrado por ano.Erik Quiroga, criador do Dia Mundial da Capa de Ozono

e investigador do relâmpago do Catatumbo, explicou que aquele fenómeno ocorre no lado sul do lago Maracaibo.

Conhecido também como o Farol de Maracaibo, o relâmpago do Catatumbo é o único farol natural do pla-neta.

A sua imponente luz originou várias lendas e tem sido motivo de inspiração dos venezuelanos na composição de músicas e poesias.

A intensidade pode atingir 400 mil amperes e abrange uma área de 400 quilómetros, caracterizando-se por ser um evento de tempestades que se deslocam entre o sul e o centro do Lago de Maracaibo.

Frequentemente, os pescadores de zonas próximas organizam passeios em canoa que partem de vários rios até ao lago de Maracaibo, com o objectivo de ver mais de perto aquele fenómeno.

Page 19: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 19

‘‘Juventude Agenda Nacional e Prioridade de Governação’’

Page 20: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 20 ANÁLISE

Sou Moçambicano

Paulo Bouene

Cidadão Mateus Ngonhamo um dos comandantes do” pai da democracia” durante a guerra de desestabilização foi con-decorado hoje, qual é o sentimento do “pai da democracia “ dor, inveja, orgulho...

Conhecendo o pai, acredito que não tem orgulho do filho, para ele devia estar no mato com pai assim seria bom filho.

Bernardete Paulo

Vai dizer que é um traidor , como sempre diz para aqueles que seguiram seus caminhos e se integraram duma forma sat-isfatória na sociedade moçam-bicana.

Mauro Pacule

Livre pensamnto mano Paulo Bouene, se não estiver enganado Ngonhamo voltou a carteira para se afirmar homem íntegro e dono das suas de-cisões. Bem haja

Page 21: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 21

José António Monteiro

O General Mateus Ngon-hamo merece a condecoração. Contudo, gostaria de conhecer os contornos da mesma pois pode ser a velha táctica do divi-dir para reinar.

Muhamad Yassine

Qual o mérito dessas con-decorações? Se nem um Mia Couto, ou Lurdes Mutola foram condecorados, nem Joaquim Chissano

Leonildo Nhanala

Lista de ausentes intermináv-el Muhamad Yassine. Creio que haverá mais condecorações e nessas talvez a Lurdes Mutola, o poeta Mia Couto, Joaquim João, Tico-tico

Arlindo Francisco

O facto importante é de reconhec-er-se que aqueles que um dia foram considerados militantes da guerra de desestabilização por alguns círculos partidários hoje tem o mérito pela en-trega abnegada para o bem desta na-ção, embora este processo de recon-hecimento esteja avançar com muitos receios por parte da classe crítica e conservadora.

Page 22: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 22

Page 23: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 23

Homens com testículos menores podem ser mais paternais

O tamanho aqui parece ter influência. Um estudo divulgado ontem por antropólogos americanos vem revelar que os homens com testículos menores seriam mais paternais, mostrando-se mais atenciosos e participa-tivos nos cuidados com os filhos pequenos do que os dotados de glândulas sexuais mais volumosas.

Embora vários factores económicos, sociais e culturais influenciem pro-vavelmente o envolvimento dos pais na educação dos seus filhos, os cien-tistas analisaram a possibilidade da existência de determinantes biológicas no instinto paternal.

Estudos anteriores já mostraram que homens com baixos níveis de tes-tosterona seriam mais paternais do que aqueles com teores elevados do hormónio masculino, sendo estes últimos mais propensos a divorciarem-se ou a manterem relações poligamicas, lembraram os cientistas nesta pesquisa realizada por antropólogos da Universidade Emory, da Geórgia (sul dos Estados Unidos) e publicada nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS) com data de 9 a 13 de Setembro.

“Os nossos dados sugerem que a biologia do macho humano reflete um compromisso entre a energia mobilizada na reprodução e aquela dedi-cada a criar a prole”, explicou James Rilling, cujo laboratório conduz esta pesquisa.

“O nosso estudo é o primeiro que se dedica a saber se a anatomia hu-mana e as funções do cérebro podem explicar esta variação de instinto paternal entre os homens”, acrescentou Jennifer Mascaro, principal autora do estudo.

A pesquisa foi feita com 70 pais biológicos, com idades entre os 21 e os 55 anos, que tinham um filho entre um e dois anos e viviam com a mãe da criança.

Pai e mãe responderam separadamente a um questionário sobre o envolvimento do pai nos cuidados com o filho do casal: como trocar as fraldas, alimentar, dar banho ou ainda ficar em casa para cuidar do bebé doente ou levá-lo ao médico.

Os cientistas também determinaram os níveis de testosterona dos par-ticipantes e submeteram-os a exames de ressonância magnética para me-dir sua actividade cerebral enquanto viam fotos do próprio filho e mediram também o volume testicular dos pais.

Os autores constataram que os níveis de testosterona e o tamanho dos testículos eram inversamente proporcionais ao envolvimento dos pais nos cuidados com as crianças expresso nos questionários.

Mais ainda, os pais com testículos menores apresentaram uma activi-dade mais intensa na parte do cérebro vinculada ao prazer e à motivação parental, revelada na ressonância magnética, quando observaram fotos do seu filho.

Ainda que estatisticamente significativa, a correlação entre o tamanho dos testículos e o instinto paternal não foi um consenso entre os cientistas.

“O facto de os homens serem criados de maneira diferente não quer dizer que não queiram ser pais atenciosos, mas pode ser (biologicamente) mais difícil para eles”, afirmou James Rillings. Mas o facto de terem tes-tículos grandes “não pode servir de desculpa para serem pais distantes”, acrescentou.

“Também é possível que um compromisso crescente dos homens nos cuidados dos filhos provoque um encolhimento dos seus testículos”, avaliou o cientista, destacando que “a influência do meio ambiente pode provocar modificações biológicas como, por exemplo, uma redução dos níveis de testosterona com a paternidade”.

O urologista Joseph Aluka, que não participou do estudo, diz ser pos-sível haver um vínculo entre o tamanho dos testículos e atitudes mais cui-dadosas com os filhos. “O homem que tem testículos menores é mais pro-penso a ter maiores dificuldades em engravidar sua esposa”, explicou à AFP Aluka, professor assistente de Urologia vinculado à New York University.

No entanto, Aluka advertiu que o estudo é muito reduzido para que os resultados possam ser generalizados. “Não ficaria surpreendido se alguns participantes afectassem profundamente os resultados desta pesquisa”, advertiu.

SENSUAL

Instinto paternal pode ter influência biológica

Page 24: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 24 CARTOON

Os 3 duques

Page 25: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 25

Page 26: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 26

1.ª Sessão EXTRAOrdinária - 29 de Janeiro de 2014

O Conselho de Ministros realizou, no dia 29 de Ja-neiro de 2014, a sua 1.ª Sessão Extraordinária.

Nesta Sessão, o Governo, sob proposta da Comissão Nacional de Eleições, aprovou o Decreto que altera o período

do Recenseamento Eleitoral para as Eleições Presi-denci ais,Legislativas e das Assembleias Provinciais marcado, para 30 de Janeiro à 14 de Abril de 2014 para o período de 15 de Fevereiro à 29 de Abril de 2014.

A alteração do período do recenseamento eleito-ral resulta de pedido expresso pelo Partido Renamo no contexto do diálogo em curso entre o Governo e o Partido Renamo, para que este Partido possa melhor se preparar para participar no processo das Eleições Gerais, Presidenciais e Legislativas e das Assembleias Provinciais de 2014.

O Governo no âmbito da promoção do espirito de Paz, Reconciliação e Unidade Nacional, e da Democra-cia Multipartidária, concordou com o pedido do Par-tido Renamo.

C.MINISTROS

Page 27: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 27

As novas imagens de «Homem-Aranha 2» e «Trans-formers Age of Extinction» eram as mais esperadas no intervalo do Super Bowl, mas houve muito mais «teasers» de «blockbusters» durante o evento.

Um dos eventos mais importantes anualmente na promoção cinematográfica norte-americana é a final do campeonato nacional de futebol ameri-cano, o chamado Super Bowl, um dos acontecimen-tos desportivos mais vistos do planeta. Assim, todos os anos os estúdios preparam «spots» de 30 segun-dos ou «trailers» um pouco maiores dos principais «blockbusters» da temporada, para os apresentarem naquela montra gigantesca ao grande público.

Este ano, entre os «trailers» apresentados conta-vam-se os de alguns dos filmes mais esperados do ano, nomeadamente «O Fantástico Homem-Aranha 2», «Capitão América: O Soldado do Inverno», «Mar-retas Procuram-se» e «Noé», mas também de «Trans-formers Age of Extinction», «Need for Speed», «Pom-peii», «Monuments Men - Os Caçadores de Tesouros», «Draft Day», «3 Days to Kill» e o regresso de «24» com a série de 12 episódios «24: Live Another Day».

CINEMA

Homem-Aranha, Transformers e 24 lideram ava-lanche de trailers no Super Bowl

Page 28: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 28 MODA

Saiba os cuidados que deve ter para usar este tipo de batom e quais os tons em que deve apostar

É uma das maiores tendências em lábios para esta e para a próxima estação: os batons mate. Quando aplicado um batom mate ao lábio, o seu look torna-se sofisticado, elegante e mod-erno. Os tons escuros como o roxo, rosa e encarnado dominam as colecções mate, mas outras cores mais suaves também já começam a aparecer.

Os lábios mate ficam excelentes em ocasiões especiais, mas quando preparados previamente e conjugados com a melhor maquilhagem, também podem ser aplicados para o dia a dia. Se é fã destes batons e gosta de aplicá-los diariamente, saiba que existem alguns cuidados que devem ser tomados antes da sua aplicação:

A exfoliação dos lábios é igualmente importante à exfolia-ção do resto do corpo: vai ajudar a extinguir os lábios secos e irritados. Aplicar um bálsamo para uma melhor hidratação é o segundo passo. Lembre-se de que depois de eliminar as peles secas no processo de exfoliação, a hidratação é um passo chave. Aplicar o batom mate é a parte que se segue e a mais divertida. Escolha uma cor a gosto!

Os seus lábios estão prontos para ganhar vida com estes três simples e fáceis passos. Esta é uma tendência crescente em ma-

quilhagem e que deve apostar se prefere batons de cores fortes.Os lábios mate são a melhor alternativa à sua rotina.É uma das maiores tendências em lábios para esta e para a

próxima estação: os batons mate. Quando aplicado um batom mate ao lábio, o seu look torna-se sofisticado, elegante e mod-erno. Os tons escuros como o roxo, rosa e encarnado dominam as colecções mate, mas outras cores mais suaves também já começam a aparecer.

Os lábios mate ficam excelentes em ocasiões especiais, mas quando preparados previamente e conjugados com a melhor maquilhagem, também podem ser aplicados para o dia a dia. Se é fã destes batons e gosta de aplicá-los diariamente, saiba que existem alguns cuidados que devem ser tomados antes da sua aplicação:

A exfoliação dos lábios é igualmente importante à exfolia-ção do resto do corpo: vai ajudar a extinguir os lábios secos e irritados. Aplicar um bálsamo para uma melhor hidratação é o segundo passo. Lembre-se de que depois de eliminar as peles secas no processo de exfoliação, a hidratação é um passo chave. Aplicar o batom mate é a parte que se segue e a mais divertida. Escolha uma cor a gosto!

Os seus lábios estão prontos para ganhar vida com estes três simples e fáceis passos. Esta é uma tendência crescente em ma-

Lábios mate, a nova tendência de beleza

Page 29: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 29

Page 30: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 30

As vantagens em ser acompanhada por um ginecologista, os cuidados essenciais que qualquer mulher deve ter e os sinais de alarme a não descurar

Ser acompanhada regularmente por um ginecologista é um cuidado de saúde que nenhuma mulher deveria descurar.

Para além de ajudar a prevenir problemas ginecológicos, esta super-visão médica especializada permite detectar precocemente doenças como o cancro do colo do útero e auxilia a mulher a fazer a melhor opção ao nível da contracepção.

João Luís Silva Carvalho, ginecologista obstetra, partilha consigo, já de seguida, em forma de entrevista, a importância deste tipo de consulta e alguns dos cuidados básicos que a mulher deve ter com a saúde.

Com que frequência se deve consultar o ginecologista?A mulher deve fazer uma consulta anual de rotina, caso não haja ne-

nhum sintoma alarmante. A primeira consulta deve acontecer a partir do momento em que inicia a sua actividade sexual. Na pós-menopausa, pode haver necessidade da mulher ir ao ginecologista duas, três vezes por ano.

E que exames deverá fazer?É fundamental que realize o exame clínico feito pelo ginecologista.

Depois há outros exames, consoante a fase da vida. Por exemplo, a ma-mografia e a ecografia mamária devem ser realizadas a partir dos 40 anos, com uma periodicidade anual. Entre os 20 os 60 anos, recomen-da-se a realização do Teste Papanicolau, a citologia de rastreio para o carcinoma do colo do útero.

Que riscos corremos se não tivermos este tipo de vigilância médica?Por exemplo, o cancro do colo do útero evolui de forma silenciosa,

só apresenta sintomas em estados avançados, fase em que a doença poderá não ser curável. Mas se for detectado precocemente é curável em cem por cento dos casos. Por outro lado, o complexo eixo endócrino que regula o ciclo vital e a reprodução da mulher pode sofrer «desafina-

mentos», fruto da vida diária, do stress, do ambiente, do cigarro, da alimentação, que se forem detectados precocemente é muito mais fácil estabilizar.

Há perigo em tomar a pílula sem ser sob supervisão médica?Há. Existe uma gama de pílulas com perfis hormonais diferentes e

compete ao médico escolher o que mais se adapta à mulher e que lhe possa trazer benefícios.

Por outro lado, sendo um medicamento é metabolizado pelo fígado, excretado pelos rins e essa metabolização pode interferir com doenças que estejam subjacentes ou evidentes nessa mulher.

Por exemplo, o facto de uma mulher com tensões altas começar to-mar a pílula sem ser sob vigilância médica pode acarretar riscos para o aparelho cardiovascular, assim como se tiver uma doença de fígado, se tem uma perturbação da coagulação do sangue, se está a fazer medica-ções crónicas a pílula pode interferir.

Que cuidados deve a mulher ter em relação à higiene íntima?Os desinfectantes promovem desequilíbrios ao nível da flora vaginal.

Assim, não se devem usar produtos que tenham ph ácido, mas sabone-tes ou loções com ph neutro. Também tudo o que torne mais quente a área genital favorece a proliferação de bactérias, nomeadamente de fungos. Usar sempre calças justas ou pensos diários são factores fa-vorecedores de infecções, nomeadamente de micoses.

Que passos deve uma mulher dar antes de engravidar?Deve consultar um ginecologista, fazer um exame ginecológico, o

Teste Papanicolau, fazer análises de rotina, à rubéola, toxoplasmose, hepatite B, Sida… Depois de constatar que as suas análises estão em ordem, deverá começar, se possível, a tomar ácido fólico. Deve também fazer correcções do peso antes de engravidar, ou seja se estiver magra demais deve aumentar de peso, assim como se estiver com peso a mais deve emagrecer.

SAÚDE

Consulta de ginecologia

Page 31: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 31 MOBILAR

Decoração a preto e brancoO preto e o branco são tendências intemporais. Porque não

transportar esta conjugação para a decoração da sua casa? Veja as nossas sugestões.

Antes de mais, vamos começar pelas paredes. Pode muito facilmente utilizar autocolantes de parede para conseguir uma dualidade preto/branco. Os motivos há-os para todos os gostos: abstratos, animais, florais, etc..

Se tiver os móveis, sofás ou camas em tons neutros, é muito fácil alterar a decoração: basta renovar os cortinados, almofadas e mantas da divisão.

Tenha em atenção a dimensão da divisão. Não se esqueça que o branco aumenta, mas o preto diminui. Se a divisão for grande pode usar mais o preto, mas se for pequena use-o apenas em apontamentos.

As molduras também são uma “tradição” na decoração a preto e branco. Pode dispô-las na parede, em cima de um móvel, con-

jugar diferentes formatos de molduras, etc.. Pode inclusive optar pelas fotos a preto e branco.

Para que a decoração cause mais impacto, conjugue padrões com lisos.

Para dar um pouco de vivacidade à decoração, pode adicionar uma terceira cor num ou dois pequenos apontamentos. Mais forte ou suave ficará ao seu critério.

Se quiser manter-se fiel à dualidade preto/branco, pode sem-pre incorporar elementos decorativos em vidro ou metal.

Page 32: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 32 TXILING

Reveillon em

Quelimane

Page 33: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 33 TXILING

Page 34: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 34 POLÍTICA

Transição de gerações desagrada aos combatentesMariano Matsinha é combatente de primeira hora e muito próximo do Presidente da

República. Distante dos holofotes da media, mas bastante influente, diz que os grandes temas do partido não podem ser discutidos nos jornais.

Encontrámo-lo num hotel na zona nobre da cidade de Maputo com o seu ipad entre as mãos. Aos 76 anos de idade,Matsinha não é um homem ortodoxo, é flexível e aberto ao uso de novas tecnologias e redes sociais. “Estou no facebook para acompanhar as discussões so-bre o país”, respondeu-nos à vontade com os olhos fixos num post. Às perguntas dos jornalis-tas, Matsinha reage com convicção: não esconde a sua proximidade com o Chefe de Estado, Armando Guebuza; a necessidade de o governo não ceder a Afonso Dhlakama e a decisão de fuzilamento de Urias Simango. A guerra de sucessão e o avanço do MDM são temas que também trata sem reservas. A seguir, as partes mais importantes dessa conversa-entrevista.

Uma carta de membros da Frelimo defende a indicação de mais pré-candidatos, além das três propostas da comissão política. Por que é que a sucessão está a criar tanta tensão dentro do partido?

Pela primeira vez, o candidato não será um combatente da luta de libertação nacional. Teremos um candidato da geração 8 de Março. É isso que está a criar essa confusão toda. Os combatentes, um dia, vão desaparecer. É uma geração que um dia vai desaparecer e a Frelimo não vai morrer por isso. A Frelimo tem de viver, mesmo sem antigos combatentes.

A sucessão de Chissano foi pacífica?Foi, porque o Presidente Guebuza é combatente. Agora não está a aparecer nenhum

combatente. Um até estudou nas zonas libertadas, o Nyusi. Mas era muito criança.Há antigos combatentes que não estão preparados para deixar o poder?Mas se o antigo combatente é um doentio, pode aguentar governar? O nosso presidente

é executivo, não é corta-fitas. Isso exige muito esforço e um doentio eu tenho dúvidas que possa exercer bem as funções.

A carta que citamos contesta sobretudo as palavras do secretário-geral da Frelimo, Filipe Paúnde, segundo as quais não há espaço para mais candidatos.

O Comité Central é soberano. O Comité Central aprecia as propostas da Comissão política e, durante a apresentação, pode dizer que nós não queremos estes, mas queremos outros. É ele que decide quem será o candidato do partido.

O Comité Central pode eleger outro candidato...Com certeza que pode.Concorda com os três pré-candidatos?Eu concordo com o candidato que for votado pelo Comité Central. Eu até posso ter uma

opinião favorável sobre um pré-candidato, mas ele pode não passar.Quem seria o seu candidato preferido?Evito ter candidato preferido.Porquê?Eu só quero saber do candidato eleito pelo Comité Central. Esse é que será o meu can-

didato.Há uma pressão de que é preciso abrir mais espaço para outras candidaturas...Aqui em Maputo (risos)...É uma pressão da sociedade e avança-se alguns nomes, com destaque para Luísa Diogo.

O Comité Central pode decidir que queremos Luísa Diogo.Vai apoiá-la?Basta ela ser eleita pelo Comité Central, eu apoio Luísa Diogo. Apoio qualquer um que for

eleito pelo Comité Central. Não terei nenhuma hesitação.Acredita que ela pode ser eleita pelo Comité Central?Não sei, mas tudo pode acontecer. Não importa se é homem ou mulher. A Luísa Diogo até

é da minha tribo lá em Tete (risos). Mas isso não importa.Concorda que a sucessão no partido não diz respeito apenas aos membros da Frelimo,

dadas as responsabilidades que ela tem com a sociedade?Não. Cada partido escolhe o seu candidato. A Renamo escolhe o seu candidato, MDM

escolhe o seu candidato, Alice Mabota também se apresenta como candidata. Cada partido é soberano de apresentar o seu candidato. O povo pode dizer não a este candidato e preferir o outro. O povo é soberano nas eleições. Mas dentro da Frelimo, o soberano é o Comité Central.

Como cidadão, sente que há algum descontentamento em relação aos três pré-candida-tos a candidato...

Há descontentamento e há contentamento.Os membros da Frelimo queixam-se de asfixia no partido...A asfixia é uma coisa psicológica que as pessoas têm. Se realmente as pessoas têm opin-

iões, podem apresentá-las às estruturas do partido.Jorge Rebelo, por exemplo, disse numa entrevista que já não há crítica na Frelimo.No tempo de Samora, ele era membro de bureau político. Se tu não és membro do Co-

mité Central, realmente podes ter alguma dificuldade de se aproximar das estruturas do partido. Eu compreendo isso e, se um dia ficar fora do Comité Central, não terei o livre acesso que tenho hoje.

Dentro do Comité Central há espaço para várias opiniões?Então, quando a gente reúne o Comité Central é para fazer o quê? É para dizer sim, sim,

sim...?(risos).Não é o que tem acontecido? Muitas ovações...(Risos) Isso não é verdade. Eu sou membro do Comité Central.Há debate?Há debate, sim, senhor.Há uma ideia de que o Presidente não é uma pessoa que aceita a crítica.Talvez seja por causa do seu passado. Foi ministro do Interior e é possível que isso ainda

esteja a pairar no ar. Mas eu estou perto dele e discutimos muitas coisas. Às vezes, ele não concorda comigo, mas, às vezes, eu não concordo com ele.

Alguma decisão que ele tenha tomado e da qual não concordou?Não é uma decisão que diz respeito ao país. São questões de natureza partidária e eu

não vou revelar aqui.

Page 35: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 35 CULTURA

“Virgem Margarida” premiado no festival de Argel O filme moçambicano “ Virgem Margarida” ganhou o

prémio de melhor longa-metragem de ficção no Festival Internacional de Cinema de Argel, que decorreu de 19 a 26 de Dezembro de 2013, na Argélia. Realizado pelo brasileiro radicado em Moçambique Licínio Azevedo, “Virgem Mar-garida” foi escolhido entre 19 filmes africanos que disputa-vam aquela categoria no festival.

“Virgem Margarida”, estreado em Novembro de 2013, narra o drama de uma adolescente moçambicana de 16

anos, Margarida, que, após a independência, em 1975, é enviada, por engano, para um campo de reeducação de prostitutas, no Niassa, no norte de Moçambique. O filme, co-produzido por Moçambique, Portugal, França e Angola, já tinha sido premiado no Festival Internacional de Cinema de Toronto.

Page 36: Visão jovem 55

31 de Janeiro de 2014 36