Vigilância de óbitos fetais e infantis: monitoramento da qualidade da atenção à saúde e...

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Vigilância de óbitos fetais Vigilância de óbitos fetais e infantis: e infantis: monitoramento da qualidade monitoramento da qualidade da atenção à saúde da atenção à saúde e redução da mortalidade e redução da mortalidade Vigilância do Óbito Materno, Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidade Comitês de Mortalidade

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Vigilância de óbitos fetais e infantis: Vigilância de óbitos fetais e infantis: monitoramento da qualidade monitoramento da qualidade

da atenção à saúde da atenção à saúde e redução da mortalidade e redução da mortalidade

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidadee Atuação em Comitês de Mortalidade

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Morte Fetal e Infantil Morte Fetal e Infantil

Mortes precoces, concentradas na Mortes precoces, concentradas na

população mais vulnerável, população mais vulnerável,

pobre, negra e indígena, pobre, negra e indígena,

reflexo da desigualdade social e étnico-racial, reflexo da desigualdade social e étnico-racial,

causas evitáveis por ações de saúde.causas evitáveis por ações de saúde.

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Por que investigar óbitos infantis?Por que investigar óbitos infantis?

• Direitos da Criança: direito inalienável à vida, à qualidade de vida, imperativo moral e ético, TMI como espelho da sociedade

taxas elevadasevitáveis pela assistência de saúde desigualdade socioeconômica, regional; étnico-racialé preciso dar visibilidade monitorar determinantes sociais e a qualidade da atençãoassegurar direitos cumprir compromissos históricos, nacionais e internacionais.

Declaração Universal Direitos Humanos , 1948

Estatuto da Criança 1990

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de MortalidadeAtuação em Comitês de Mortalidade

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Objetivo do Milênio - ONUObjetivo do Milênio - ONU

Redução da mortalidade na infância (0-5 anos de vida) Redução da mortalidade na infância (0-5 anos de vida)

em 2/3 entre 1990 e 2015, ou seja em 2/3 entre 1990 e 2015, ou seja

15,7 óbitos infantis por mil nascidos vivos redução de 67,5%

Morte InfantilMorte Infantil

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Desigualdades na mortalidade infantil

Socioeconômicas Desigualdade regional no Brasil

Desigualdade étnico-racial: TMI em indígenas e negros > TMI brancos

http://www.gapminder.org

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidadee Atuação em Comitês de Mortalidade

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Taxa de Mortalidade Infantil Brasil e regiões, 1990 a 2011*

TMI 2011: 15,2* por mil NV

Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS* 2011, projeção feita em base ao período de 2000 a 2010.

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< 15,7> 15,7 - 26,0> 26,0 - 37,1> 37,1 - 48,2> 48,2

1990 1995

20052000

Mortalidade Infantil - BrasilDesigualdade regional

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Determinantes Determinantes

Condições de vida: renda, educação, saneamentoCondições de vida: renda, educação, saneamento

Acesso oportuno a atenção de saúde de qualidadeAcesso oportuno a atenção de saúde de qualidade

Baixo peso ao nascer e prematuridadeBaixo peso ao nascer e prematuridade tendência de aumento no Brasil - 10,5% em 2011 tendência de aumento no Brasil - 10,5% em 2011 RJ, Pelotas, RP, BH RJ, Pelotas, RP, BH

relacionada à interrupção precoce da gravidez relacionada à interrupção precoce da gravidez

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidadee Atuação em Comitês de Mortalidade

Leal et al; Cad Saúde Pública 2001; Ribeiro&Silva, 2000; Goldani,2004,Lamy Filho,2007; Barros e Victora,

Lancet 2005; Santos, et al., 2008 Cad.Saud Pub, 2008; SMSA-BH,2012; Born too soon, 2012;

Datasus/MS,2012

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Evitabilidade - Evento sentinela Evitabilidade - Evento sentinela

AAgravo ou situação prevenível pela atuação dos serviços de saúde Óbitos evitáveis Óbitos evitáveis não devem ocorrer se o sistema de saúde funcionar adequadamente; seus fatores determinantes são passíveis de detecção e de intervenção oportuna e adequada. Rutstein et al., 1976

EvitabilidadeEvitabilidade• Taxas elevadas • Desigualdade • Causas preveníveis• Recursos - conhecimento – tecnologia – sistema

EvitabilidadeEvitabilidade• Taxas elevadas • Desigualdade • Causas preveníveis• Recursos - conhecimento – tecnologia – sistema

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de MortalidadeAtuação em Comitês de Mortalidade

Possibilita aos profissionais de saúde e gestores identificar • fragilidades no processo de trabalho• promover discussão, re-avaliação e reorganização da atenção: fluxos, processos da assistência

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Distribuição dos óbitos infantis, segundo componentes – Brasil, 2010

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Distribuição proporcional (%) das causas de mortalidade neonatal neonatal precoce precoce Brasil e regiões, 2010

Saúde Brasil/SVS-MS, 2011Lista causas França et al, 2012

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Distribuição proporcional (%) das causas de mortalidade neonatal neonatal tardia tardia

Brasil e regiões, 2010

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Distribuição proporcional (%) das causas de mortalidade infantil nfantil pós-neonatapós-neonatal l Brasil e regiões, 2010

Infecções da criançaInfecções da criançaPneumonias: 37% - 1376 em 2011 1376 em 2011

Diarréias + desidratação: 25% - 472 em 2011472 em 2011Septicemias: 24%

Maldefinidas 11,0% - 2 x maior que a % entre MNP

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Proporção de óbitos no primeiro dia de vidaprimeiro dia de vida, segundo peso ao

nascer e duração da gestação – Brasil e regiões, 2010

20 a 30% dos óbitos infantis < 1 dia de vida 20 a 30% dos óbitos infantis < 1 dia de vida 20 % com peso adequado ao nascer (> 2500 g) e a termo (> 37 semanas)20 % com peso adequado ao nascer (> 2500 g) e a termo (> 37 semanas)

Prematuridade - Asfixia - Malformação congênitaPrematuridade - Asfixia - Malformação congênita

Saúde Brasil/SVS-MS, 2011

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Conclusão causas do excesso de óbito infantilConclusão causas do excesso de óbito infantilvelhos e novos desafiosvelhos e novos desafios

• Pneumonia , diarréia

• Prematuridade

• prevenível no pré-natal

• iatrogênica: interrupção indevida da gravidez

• Asfixia intraparto iatrogênica: práticas na assistência ao parto

• Infecções perinatais (sífilis, outras) : pré-natal e manejo do

RN

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidadee Atuação em Comitês de Mortalidade

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Fonte: SIM/CGIAE/SVS/MS - Setembro de 201

Malta, D.C. et al, 2010

Percentual de óbitos infantis notificados, segundo tipo de evitabilidade. Brasil, 2010.

2010 2011 2012

Evitável (n) 27.565 27.284 25.358

(%) 69 69 69

Total 39.870 39.496 36.986

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Taxa mortalidade fetal Taxa mortalidade fetal 2,0 óbitos/1000 - Finlândia + de 40/1000 - Nigéria e PaquistãoBrasil 5 a 14,9/ 1000

Morte fetal: mortes invisíveis e evitáveis Morte fetal: mortes invisíveis e evitáveis

”Em contraste com o aumento do interesse e investimentos na saúde materna e infantil no mundo e no Brasil, o óbito fetal continua invisível” Stillbirths Series - The Lancet, Mullan; Horton, 2011 Lawn et al., 2011

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Desafios : Desafios : historicamente negligenciados

“fatalidade” que não se pode prevenir não valorização do registro da morte fetal

baixa qualidade da DO e dos prontuários : “OF” nascidos vivos de muito baixo peso registrados como OF

serviços não analisam sua ocorrência

não há investimentos específicos para a sua redução

Morte fetal: mortes invisíveis Morte fetal: mortes invisíveis e evitáveis e evitáveis

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Não utilização da informação na avaliação Não utilização da informação na avaliação dos serviços de saúdedos serviços de saúde

• Avaliação da atenção pré-natal: Avaliação da atenção pré-natal: óbito fetal antes do trabalho de parto óbito fetal antes do trabalho de parto

• patologias maternas, em especial hipertensão e diabetes• malformação congênita• infecções maternas, destaque para a sífilis • crescimento intrauterino restrito • tabagismo

• Avaliação da atenção ao partoAvaliação da atenção ao parto: óbito fetal durante o trabalho de partoóbito fetal durante o trabalho de parto

• dificuldade de acesso oportuno • assistência qualificada ao parto

A OMS estima que a atenção adequada ao parto e ao nascimento pode reduzir em A OMS estima que a atenção adequada ao parto e ao nascimento pode reduzir em torno de 23% a mortalidade fetal intrapartotorno de 23% a mortalidade fetal intraparto

WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006; BHUTTA et al.,

2011

Morte fetal: mortes invisíveis Morte fetal: mortes invisíveis e evitáveis e evitáveis

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Vigilância do Óbito Fetal e Infantil - Vigilância do Óbito Fetal e Infantil - Como?Como?

20042004

Marco Legal - Portarias Marco Legal - Portarias • 1172 De 15 de jun 2004 – 1172 De 15 de jun 2004 – Atribuição do componente municipal do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde a “vigilância epidemiológica e o monitoramento da mortalidade infantil e materna”

• Portaria 116 de fev 2009 - Portaria 116 de fev 2009 - Regulamenta a coleta de dados, fluxo e periodicidade de envio das informações sobre óbitos e nascidos vivos para os Sistemas de Informações em Saúde sob gestão da SVS;

• Portaria 72 de jan 2010 - Portaria 72 de jan 2010 - Estabelece que a vigilância do óbito infantil e fetal é obrigatória nos serviços de saúde (públicos e privados) que integram o Sistema Único de Saúde (SUS).

20092009

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Missão e objetivos Missão e objetivos

• Conhecer o perfil dos óbitos, seus determinantes e potencial de evitabilidade

• Melhoria da infromação• Dar visibilidade ao problema • Subsidiar a implantação e/ou implementação de medidas que

promovam a redução da mortalidade• Monitorar a qualidade da assistência de saúde • Caráter educativo, propositivo, sigiloso

limites éticos

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de MortalidadeAtuação em Comitês de Mortalidade

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http://svs.aids.gov.br/dashboard/mortalidade/infantil.show.mtw

Vigilância do Óbito Infantil e Fetal: Vigilância do Óbito Infantil e Fetal: Painel de monitoramento da mortalidade infantil e fetal Painel de monitoramento da mortalidade infantil e fetal

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Óbitos infantis e percentual de investigação Brasil, 2009 - 2011

Fonte: CGIAE/DASIS/SVS-MS

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Fonte: CGIAE/DASIS/SVS-MS

2009 2011

44,7% 13,4%

Distribuição de municípios segundo percentual de investigação de Distribuição de municípios segundo percentual de investigação de óbitos infantis. Brasil, 2009 e 2011óbitos infantis. Brasil, 2009 e 2011

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Vigilância do Óbito Fetal e Infantil - Para quê?Vigilância do Óbito Fetal e Infantil - Para quê?

Vigilância em saúdeVigilância em saúde: acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde na comunidade, com o propósito de aprimorar com o propósito de aprimorar

as medidas de prevenção e controle. as medidas de prevenção e controle.

Levantamento dos dados: Levantamento dos dados: reconstituição da história de vida e de morte, da trajetória em busca de assistência

Análise crítica e criteriosaAnálise crítica e criteriosa: problemas sociais, assistenciais, análise de evitabilidade

Correção, qualificação de dados Correção, qualificação de dados

Atuação para prevenção de novas ocorrênciasAtuação para prevenção de novas ocorrências retorno às equipes, corresponsabilização, mudanças, mobilização social

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Investigação dos óbitos: Investigação dos óbitos: llevantamento de dados evantamento de dados

Equipe Secretaria de Saúde, Multiprofissional Equipe Secretaria de Saúde, Multiprofissional Integração Atenção de Saúde + Vigilância Integração Atenção de Saúde + Vigilância

Equipes de Saúde da Família - Atenção Básica entrevista domiciliar levantamento de dados ambulatoriais

Equipe Vigilância + Atenção à Saúde

serviços de atenção especializada serviços de urgência e hospital

Equipe Hospitalar: comitês / núcleos investigação

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Comitês de Prevenção do Óbito Fetal e InfantilComitês de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil

Análise crítica, análise de evitabilidade, conclusão Retorno com encaminhamentos formal e recomendações para os serviços e gestores: Centros de Saúde, ESF, ambulatórios, hospitais Divulgação para a sociedadeFóruns PerinataisMonitoramento da implementação das ações

Cochrane Database Syst Rev. 2005 Oct 19;(4):CD002961. Critical incident audit and feedback to improve perinatal and maternal mortality and morbidity. Pattinson RC, Say L, Makin JD, Bastos MH.

Multiprofissional, Atenção de Saúde + Vigilância, Multiprofissional, Atenção de Saúde + Vigilância, entidades profissionais, universidades, controle social entidades profissionais, universidades, controle social

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Desafios vigilância do óbitoDesafios vigilância do óbito

Agilidade, oportunidade da investigação para intervenção, para além de alimentar sistemas e organizar dados, mover mudançasmover mudanças

Análise crítica da situação e mobilização efetiva para a mudança necessária e garantia de direitos

Análise crítica à luz dos conceitos do modelo adequado de atenção

Vigilância da mortalidade na infância - 1 a 5 anos

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de MortalidadeAtuação em Comitês de Mortalidade

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Desafios – atenção de saúde Desafios – atenção de saúde

• Controle social: garantia de direitos de cidadania

• Intersetorialidade: condições de vida, inclusão, equidade

• Reduzir desigualdades , MI indígena

• Saúde sexual e reprodutiva: adolescente, gravidez indesejada, aborto inseguro

• Qualificar o pré-natal

• Qualificar atenção ao parto e nascimento: • Paradoxo perinatal: excesso intervenções X boas práticas Paradoxo perinatal: excesso intervenções X boas práticas • Reduzir cesarianas desnecessárias - 54,0% em 2011 - 54,0% em 2011

prematuridade, BPN, asfixia intraparto• Abranger Saúde Suplementar

Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de MortalidadeAtuação em Comitês de Mortalidade

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Sala de Parto precoce

Litotomia prolongada

Puxos dirigidos inadequados

Hipotensão Hipotensão maternamaterna

Hipoperfusão Hipoperfusão placentáriaplacentária

Hipóxia fetalHipóxia fetal

Bradicardia ou desaceleração fetal

Fórcipe + episiotomiaKristeller

Cesárea de urgência

RN na UTI

com asfixia

Período expulsivoprolongado ???

Ocitocina EV altas doses

Síndrome do sofrimento fetal iatrogênicoSíndrome do sofrimento fetal iatrogênico

Gentilmente cedido por : Lucas Barbosa

Natimorto

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Aos 17 anos, em 2011 JHM faleceu 4 dias após o parto

• JHM teve seus direitos violados durante o seu trabalho de parto: não utilizada tecnologia apropriada na assistência ao trabalho de parto

...Ficou sozinha, sem acompanhante, restrita ao leito...Manejo ativo do trabalho de parto

uso de ocitocina, rotura artificial e precoce da bolsa, posição inadequada

...Parto a fórceps, óbito fetal...Laceração de canal de parto, hemorragia

...Infecção puerperal.... .Óbito

Causa básica do óbito (DO refeita)má assistência no trabalho de parto

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Causa Básica e Causa RaizCausa Raiz: gestante peregrinou, sem acompanhante, más práticas na assistência, RN peregrinou

Integração Vigilância – Atenção à Saúde Vigilância – Atenção à Saúde Organização da Rede Integral de Atenção Rede Integral de Atenção Mudança do Modelo de Atençãoodelo de Atenção

Vigilância do óbito para transformação Vigilância do óbito para transformação da realidade social e da atenção de saúde da realidade social e da atenção de saúde

DesafiosDesafios

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Centro de Parto Normal Hospital Sofia Feldman

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Cada morte materna e cada morte infantil evitável Cada morte materna e cada morte infantil evitável deve nos causar a indignação necessária para superação deve nos causar a indignação necessária para superação das desigualdades, da exclusão social e da discriminação, das desigualdades, da exclusão social e da discriminação,

para agir em defesa da vida!para agir em defesa da vida!

Obrigada!Obrigada!

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