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Catequese 14 – Creio na Vida Eterna ______________________________________________________________________ ______________ Morte e Ressureição – Romanos 14:8 Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. O fundamento e critério da nossa esperança –1 Coríntios 15, 13-14; 18, 23:26 E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Se só nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também a ressureição dos mortos veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também em Cristo todos serão vivificados... O último inimigo a ser destruído será a morte. O Juízo final – Gaudium et Spes, nº 45 Jesus Cristo Alfa e Omega Ao ajudar o mundo e recebendo dele ao mesmo tempo muitas coisas, o único fim da Igreja é o advento do reino de Deus e o estabelecimento da salvação de todo o género humano. E todo o bem que o Povo de Deus pode prestar à família dos homens durante o tempo da sua peregrinação deriva do facto que a Igreja é o «sacramento universal da salvação» (24), manifestando e actuando simultâneamente o mistério do amor de Deus pelos homens. 1

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Catequese 14 – Creio na Vida Eterna____________________________________________________________________________________

Morte e Ressureição – Romanos 14:8

Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor.

O fundamento e critério da nossa esperança –1 Coríntios 15, 13-14; 18, 23:26

E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.

E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.

Se só nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais miseráveis de todos os homens.

Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também a ressureição dos mortos veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também em Cristo todos serão vivificados...

O último inimigo a ser destruído será a morte.

O Juízo final – Gaudium et Spes, nº 45

Jesus Cristo Alfa e Omega

Ao ajudar o mundo e recebendo dele ao mesmo tempo muitas coisas, o único fim da Igreja é o advento do reino de Deus e o estabelecimento da salvação de todo o género humano. E todo o bem que o Povo de Deus pode prestar à família dos homens durante o tempo da sua peregrinação deriva do facto que a Igreja é o «sacramento universal da salvação» (24), manifestando e actuando simultâneamente o mistério do amor de Deus pelos homens.

Com efeito, o próprio Verbo de Deus, por quem tudo foi feito, fez-se homem, para, homem perfeito, a todos salvar e tudo recapitular. O Senhor é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização, o centro do género humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações (25). Foi Ele que o Pai ressuscitou dos mortos, exaltou e colocou à sua direita, estabelecendo-o juiz dos vivos e dos mortos. Vivificados e reunidos no seu Espírito, caminhamos em direcção à consumação da história humana, a qual corresponde plenamente ao seu desígnio de amor: «recapitular todas as coisas em Cristo, tanto as do céu como as da terra» (Ef. 1,10).

O próprio Senhor o diz: «Eis que venho em breve, trazendo comigo a minha recompensa, para dar a cada um segundo as suas obras. Eu sou o alfa e o ómega, o primeiro e o último, o começo e o fim» (Apoc. 22, 12-13).

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Catequese 14 – Creio na Vida Eterna____________________________________________________________________________________

O Jardineiro e o Anjo

Era um vez um santo que tivera uma vida longa e feliz.

Um dia veio visitá-lo um anjo do Senhor, que o encontrou na cozinha do mosteiro a esfregar panelas e sertãs.

- Deus enviou-me - disse. - Chegou a hora de te levar para a vida eterna.

O bom homem respondeu:

- Agradeço ao Todo-poderoso a sua bondade mas, como estás a ver, não posso deixar todos estes pratos sujos. Não me quero mostrar ingrato, mas não seria possível diferir a minha viagem para o outro mundo, para quando acabar esta tarefa?

O anjo fitou-o com ar bondoso.

- Veremos o que se pode arranjar - disse. E desapareceu.

O santo continuou atarefado com os seus muitos afazeres.

Um dia em que andava a sachar no quintal, o mensageiro de Deus apareceu-lhe novamente. O virtuoso varão apontou-lhe, com a enxada, os sulcos semeados.

- Olha quanta erva tenho de arrancar - disse. Não achas que devíamos aferir ainda um pouco a viagem para a eternidade?

E sorrindo novamente, o anjo desapareceu.

O santo continuou a trabalhar com a enxada e o trigo foi ficando loiro. Entre uma e outra tarefa, o tempo foi passando até que um dia o incansável monge andava no hospital a atender os doentes. Acabava de levar água para dar de beber a um deles, que estava com febre e, ao erguer os olhos, viu novamente o anjo do Senhor.

Desta vez o santo limitou-se a abrir os braços num gesto de resignação. Com o olhar, indicou ao anjo a sala onde tanta gente sofria.Sem dizer palavra o anjo sumiu-se.

Mas naquela noite, ao voltar para a cela do mosteiro, o bom homem sentiu-se velho e cansado. Então exclamou:

- Senhor, se quiseres mandar-me agora o teu mensageiro, já estou disposto a recebê-lo.

Mal acabou de dizer isto, o anjo apareceu-lhe outra vez.

- Se me quiseres levar - declarou o santo - estou pronto para fixar no céu a minha morada.

Então, olhando para o santo com ares entendidos, o anjo respondeu:

- Fixar no céu a tua morada? E onde pensas que tens estado até agora?

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