Versão Digital: Pé na Estrada

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PÉ NA ESTRADA MARIANA NO MUNDO, O MUNDO EM MARIANA Nº 19 - Maio de 2014 Tiragem: 2000 Distribuição Gratuita " Respeitáveis outras pessoas! Esta vida de equilibrista é perigosa, mas muito interessante. Por mim, fiz o que podia e achei que valeu a pena. Adeus!” Umas pessoas concordaram. Outras, não. '- Eu também acho muito interessante! Viva o equilibrista! - Eu não acho graça nenhuma! - Eu acho que vale a pena! Vale muito a pena! - Não vale a pena nada! Eu acho uma boa droga!' O equilibrista deu um risinho: '- Justamente o interessante é que cada um acha o que quer!" Trecho do livro O Equilibrista - Fernanda Lopes de Almeida DIVERSIDADE P.2 FESTIVAL DAS LÍNGUAS P.3 POESIA P.4 e 5 EDUCAÇÃO P.6 MEMÓRIA P.7 PROGRAMAÇÃO P.8 Imag. 1 Objetos voadores Beau de L’air e

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Realização: Sagarana Café-teatro

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PÉ NA ESTRADA MARIANA NO MUNDO, O MUNDO EM MARIANA

Nº 19 - Maio de 2014 Tiragem: 2000

Distribuição Gratuita

" R e s p e i t á v e i s o u t r a s

p e s s o a s ! E s t a v i d a d e

equilibrista é perigosa, mas

muito interessante. Por mim, fiz

o que podia e achei que valeu a

p e n a . A d e u s ! ”

Umas pessoas concordaram.

O u t r a s , n ã o .

' - Eu também acho mui to

interessante! Viva o equilibrista!

- Eu não acho graça nenhuma!

- Eu acho que vale a pena! Vale

m u i t o a p e n a !

- Não vale a pena nada! Eu acho

u m a b o a d r o g a ! '

O equilibrista deu um risinho:

'- Justamente o interessante é

que cada um acha o que quer!"

Trecho do livro O Equilibrista -

Fernanda Lopes de Almeida

DIVERSIDADE P.2 FESTIVAL DAS LÍNGUAS P.3 POESIA P.4 e 5 EDUCAÇÃO P.6 MEMÓRIA P.7 PROGRAMAÇÃO P.8

Imag. 1

Objetos voadoresBeau de L’air e

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Por Pessoas Voadoras Laura Ralola

Nos primeiros sinais do outono o espírito de Madá

fica mais forte na cidade. É tempo de Na Boca do

Balão e para mim, que de Madá só pude sentir a

energia, é tempo de cortejo com objetos voadores

pelo percurso do Sagarana Café-Teatro até a

Praça da Sé. Os objetos voadores cruzam o ar num

show durante a homenagem à Magdalena Lana

Gastelois, que ocorre todos os anos na histórica

Mariana. Seus tamanhos, formas e cores são

múltiplos. Para ser o que eles são só precisam

estar no ar. Ninguém sai pelo cortejo marcando que

um é “assim” e o outro “assado”. Ao contrário, são

justamente as diferenças que transformam o todo

num espetáculo. Os objetos e suas singularidades

são percebidos ali como interdependentes e

mutuamente importantes para o cortejo. Ninguém

diz que um objeto voador é menos objeto voador do

que o outro. Bom mesmo seria se a estrutura social

em que vivemos pudesse olhar para as pessoas

como os tantos olhares que já acompanharam os

objetos durante o cortejo. Que a estrutura social

vigente não se empenhasse tanto em traçar, nas

pessoas, o que “é” e o que “não é”. Tal empenho

implica em classificações binárias que, nem de

l o n g e , d ã o c o n t a d e a b a r c a r n o s s a s

singularidades. Aproveita-se o momento, em dias

de Madá, para questionar a forma acimentada que

nossa sociedade busca se organizar: é necessário

fazer mais do que simplesmente celebrar as

diversidades, aprofundemos no motivo das

classificações binárias que implicam em inclusão

de uns e exclusão de outros. Quem sabe assim a

vida seria mais interessante... num mundo onde a

felicidade não giraria em torno de “enquadrar-se” e

sim, quem sabe, de, como os objetos de Madá, sair

voando por aí... "Suplicamos expressamente: não

aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois

em tempo de desordem sangrenta, de confusão

organizada, de arbitrariedade consciente, de

humanidade desumanizada, nada deve parecer

natural nada deve parecer impossível de mudar."

(Bertold Brecht)

Sagarana de Verso

Como um quebra-cabeça resolvido, o dia 31 de dezembro

se fez ponto de partida do recanto literário de Guimarães

Rosa. Sagarana é um lugar de bichos e árvores, de um

povo do interior, sem convenções e poses. Em palavras

trocadas, é lugar de se ver as grandes árvores estalarem

sob o raio, e cada talo do capim humano rebrotar com a

chuva ou se estorricar com a seca.

Feito para ver a cidade, o café-teatro abriu suas portas à

poesia e arte diária das almas, em 1998, iniciando o sonho

de um lugar para sorrir; música, poesia, dança, circo,

teatro, encontros e trocas! No dia 20 de Maio, aniversário

de Magdalena Lana Gastelois e de abertura ao público do

refúgio (dele, dela e nosso), brotou um lugar feito por

diversas nefesh. Da construção comunitária do espaço é

que se plantou a flor da devoção pela diferença. Sagarana

preza por todas as pessoas; diversidade é a linha que

equilibra e dá chão para se viver na Terra. “É um espaço

pra ser feliz, qualquer que seja a cor, a idade ou a

profissão”, nas palavras de Madá, bom mesmo é “amar o

amado e ser amado”.

Maio é, também, mês que cedia o dia Internacional de

Luta Contra a Homofobia (17/05). Por saber que a alegria

é um direto de todos, o Sagarana Café teatro demonstra

no impulso diário de memória à Madá o respeito a

diversidade e reconhece que na multiplicidade de

pessoas é que tornamo-nos apenas espírito em equilíbrio,

sem segregação de cor, sexo, classe e religião. Ser

equilibrista é viver diferente, construindo aquilo que se

pensa no fio da vida, ir desenrolando e se equilibrando

dentro do possível, saber que bom mesmo é ser muitos.

Vez ou outra, os desequilibristas tentarão mostrar outro

chão, remexer o fio da vida de cada um, julgar o diferente

como louco e rir. Os equilibristas tentarão se defender

dizendo que já nasceram assim, e os desequilibristas

dirão que não acreditam numa mentira dessas.

Na poesia de varal das frases soltas, Fenando Pessoa

revela que “só a loucura é que grande e só ela é que feliz”.

E no reino dos equilibristas essa conversa cerraria com

riso de Magdalena e sua tão formosa frase em vida: “a

alegria é alimento que nem semente: quanto mais se

espalha, mais colhe.”

Pedro Augusto Menegheti

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Festival das Línguas

As Línguas e a Subversão

José Arnaldo Coêlho de Aguiar Lima

In Memoriam

É de fundamenta l impor tânc ia que a

comunidade acadêmica se expresse de

maneiras outras, que não a institucional,

material izada em provas, seminários e

relatórios. Como também é imprescindível que a

m e s m a r e c u p e r e u m e s p a ç o q u e ,

tradicionalmente, sempre lhe pertenceu. Refiro-

me ao espaço do riso, da alegria, e, porque não,

da inve rsão .Desde o su rg imen to das

universidades, na Europa medieval, parcelas

significativas de professores e alunos invadiram

as ruas das cidades, encenando espetáculos

que primavam pela inversão de valores e, por

isso mesmo, provocando o riso e a alegria. Basta

uma breve passada de olhos em Rabelais, para

ficar só em um exemplo, que tais afirmativas são

percebidas de imediato.

Mas é convincente atentar a um detalhe. Para

se inverte alguma coisa, é preciso, antes de mais

nada, dominar, no sentido do conhecer, o objeto

da inversão. Sem este conhecimento, tal

experiência perde o significado, por ser inócua e

destituída de sentido. Enfim, não alcança seu

objeto último que é a subversão.

Um bom exemplo do que estou afirmando foi o

festival das línguas, levando a efeito em meados

de janeiro do corrente ano. Com muita

tranquilidade, o classifico como um destes

eventos que subvertem a ordem estabelecida do

maçante cotidiano acadêmico, uma verdadeira

prova de que a produção e a divulgação do

conhecimento não precisam se prender aos

rígidos padrões estabelecidos. Cabalmente,

mostrou, e a todos que dele participaram, que

ainda é possível recuperar aquilo que de

saudáve l as p r im i t i vas un ive rs idades

dispunham.

Mariana, 1993

Imagens: A

rquivo

da fa

mília

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Ter este momento

a chuva, o espaço, o vento

flores cores e pássaros voando

na aventura inconsequente

deste firmamento

sou gente.

Correndo pelo asfalto

lá vou eu com meu carro.

Por que não em priscas eras

mulher das cavernas

lutando pelo fogo

no meio das feras?

Ou mulher das Arábias

de pano na cara

ou cega ou louca ou loura

ou grega ou rude

ou pastora?

Maria Antonieta Helena de Tróia

ou negra ou Índia ou Leonora

Cleópatra ou cantora?

Sou parte integrante

da aventura estranha

no momento louco

do homem que se atiba

na pressa contínua

de acabar com a Terra.

Saber e continuar

cozinhando as raízes

costurando matizes

sofrendo mazelas

gritando pelas diretas

Bicho lúcido e impotente

Sou eu hoje aqui presente

sou mulher e professora

e vou tocando pra frente.

E neste momento exato

em que borboletas voam

estão brotando sementes

aranhas estão tecendo

frutos amadurecendo

enquanto muitos se matam

outros tantos passam fome

alguns

juntam

dinheiro no banco

outros trabalham que nem loucos

prá comprar roupa na moda

Uns estão chorando

outros rindo

Alguns indo outros vindo

pelejando, inventando

dormindo e acordando

como se fossem eternos.

Alguns tristes, outros ternos.

AventuraMagdalena Lana Gastelois

"As coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis:

Elas desejam ser olhadas de azul -Que nem uma criança que você olha de ave."

Manoel de Barros, O livro das ignorãças

Paulo

Mendonça

.

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O OCO

"Um bando de loucosdebruçados na beira do oco

espiando, espiando.Um bando de loucos

debruçados da beira do ocoprocurando, procurandoprocurando explicação.

Enquanto issocome dorme,

levanta e deita.Tem dia que chove,

tem dia de sol. Tem também a preguiça comprida

boa, gostosa, pra ser vivida. Na beira do ocotem sol tem praia tem boa comida

tem uns beijos pra beijar. e um bando de loucos debruçados na beira do oco

procurando, procurando,procurando explicação.

Eu einh!Eu não!"

Magdalena Lana Gastelois

Ana: Poema primário.

Mamãe,quando não tinha nem um meninonem uma terranem uma florcomo é que nasceu?

Poemas de 3 anos

Ivan: Posse.

Mamãe, vai buscar uma escadae eu vou pegar a lua quebro a lua em pedaçose guardo na minha areia.

Borboleta.

Mamãe, olha uma cor passando aliparece um passarinho.

Pedro: Filosofia

Afinal, pra que essa nossa vidasaída da bunda docês?

Magdalena Lana Gastelois

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Memória viva do Picapau Amarelo

“Se lembra da jaqueira

A fruta no capim

O sonho que você contou pra mim

Os passos no porão

Lembra da assombração

E das almas com perfume de jasmim

Se lembra do jardim ó maninha Coberto de flor”…

Recordando o tempo em que descobri que escola era lugar

de brincar, e que brincar era o maior aprendizado. Cedo me

arrumava, com a roupa mais confortável e rabo de cavalo, para subir em árvores e desbravar aquela

imensidão que era minha escola. O caminho até a escola era longo... um longo aprendizado.

Enquanto percorríamos o caminho, íamos cantando as músicas das lindas fitas do Ivan. Foi nesse

percurso que conheci um pouco mais do universo mineiro, acompanhada pelo Clube da Esquina e

Milton Nascimento.

Nessa escola viver e aprender eram sinônimos. O tempo, as regras, os encontros aconteciam de

forma orgânica. Não me recordo quando era hora disto ou aquilo.... Me lembro de aprender

matemática desenhando flores; de compartilhar o lanche entre os amigos, num grande piquenique;

de brincar de casinha nas copas das arvores; do grande balanço que era o galho da mangueira e de

correr livremente, sem muita intervenção adulta. O que sou e sinto se deve àquele ano vivido com

intensidade naquela escola.

Desde minha saída da escola, sempre sonhei voltar. Subir na mangueira, deitar nas

almofadas coloridas da casa de Madá e reconhecer cada canto daquele universo que era a escola.

Já se passaram 30 anos e ainda sonho com isso… apesar de saber que não encontrarei Madá, que

não terá escola… Mas quem sabe a mangueira ainda esteja lá? Quem sabe eu me reconheça em

algum vestígio? Hoje sou educadora e escritora de livros infantis, do jeito que eu profetizava para

minha professora Rosa e para Magdalena.

À Maria Magdalena Lana Gastelois, minha gratidão!

Ana Claudia Gondim Bastos

Alu

no d

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mare

lo.

Page 7: Versão Digital: Pé na Estrada

Mosaicos Magdalenos

Pensar em Magdalena é coisa cotidiana pra nós. Como se debulha uma espiga de milho, pulam, aqui e ali, o tempo em grãos de saber-magdalena. Mais ela se distancia no tempo físico e mais presente na memória, em sua sabedoria lúdica e multifacetada que a gente vai entendendo cada vez melhor assim. Como olhar para um mosaico: construído a partir de pedacinhos multicoloridos, a forma se fazendo surpreendentemente, composição harmônica de partes tão diferentes...

Magdalena lembra o narrador benjaminiano, que devia viver para narrar. Sua vida era essa infinidade de retalhos de experiência tornada conhecimento. E a gente ia aprendendo o jeito, só de ver acontecer, de ouvir contar. Casos não faltam, como não faltavam grãos na espiga e cacos no mosaico. Hoje vamos narrando as coisas dela, como lições, como alegria de lembrar...

Daí que pra contar uma coisinha só, fica difícil demais! Tem a “teoria do buraco”, que achávamos muito bonita. Deveria ser escrita. Era algo assim: sempre existe um oco que nos ocupa e impulsiona, quando não o cobrimos de fantasia, com aparente satisfação ou pensada frustração. Um buraco é desejo que move ou se esconde para doer menos a vontade sentida. Madá, contudo, abria buracos, inspirava os desejos e removia as camadas de frustração que escondiam as aptidões. A um dizia, escreva esse poema, a outro, vai para o circo! Foi por lidar com os buracos, que plantou um circo no centro da cidade, que fez o “Festival das Línguas”, onde o povo provou do biscoito fino francês que ela oferecia - em formato saltimbanco, e o povo pedindo mais e comprovando que cultura pode ser consumida, basta oferecer. O buraco era o desejo que movia.

A ausência de Magdalena não deixa de fazer buraco, de falta, mas também de inspiração. Como ela dizia: “mais que a morte, importava saber viver”, mas do que a ausência importava a presença. Daí que ela ligava para os amigos queridos para um jantar, um carinho, um dedo de prosa.

Entre um gole e outro de café, vinho, cerveja, de inspiração vinham mil experiências, narrativas, aforismos: “casar você pode com qualquer um, mas pra ter filho, tem que escolher: porque filho é uma ligação pra vida toda”, “você é lindo, não lhe falta nada, tem pé, tem mão e mesmo que faltasse um dente ou uma perna, haveria coisa para compensar, alegria, coração”. Tudo embalado por músicas cantadas ou

traduzidas, como a tradução para o francês da música do Chico, que ela fez no colo, assim, só para existir.

Havia ainda as culinárias, o desprendimento e o calor humano de Magdalena, um sem fim de peças no mosaico.

Houve um tempo que sua casa ficou sendo conhecida como embaixada franco-baiana, devido às culturas frequentadoras mais assíduas. Mas a casa de Magdalena era mesmo isso, uma embaixada pra refugiar todas as nações, dores e criatividades.

Tão nômade fora ela e a casa era, no entanto, uma coisa muito importante. Os testes que ela foi fazendo em cada uma das suas moradas, sempre tão inspirados até chegar no Sagarana, que foi a obra da vida. O Sagarana é a representação física do espírito de Madá. Mas lembramos ainda com carinho de sua penúltima casa, que ela também transformou e que foi um espaço de muitas alegrias pra todos nós.

Chegamos lá e havia um jardim, no quintal, mas que era um jardim “suspenso”. Lá no fundo do quintal um pequeno platô, muradinho, de altura certa para um palco ao ar livre, cara de Madá. A inspiração veio logo – gente vamos fazer um espetáculo no quintal para o aniversário de Magdalena! Todos nós, tocados pelo seu condão artístico, insuspeitados cantores, atores, músicos, apresentamos pequenos números de musica tocada em pente, monólogo, coral, e etc. Estava inaugurada a casa de Madá! E, claro, a coisa aconteceu. E acontece de novo a cada encontro, em cada buraco aberto onde se planta o grão de saber-magdalena e, dali, cresce planta estranha, diversa, uma obra em mosaico, sempre incompleta, por se fazer de cada fragmento de lembrança, como a “Sagrada Família” de Gaudí. Uma incompletude linda!

por Maria Edith Maroca de AvelarÁlvaro de Araujo Antunes

Page 8: Versão Digital: Pé na Estrada

Um jornal se faz com

ideias e atitudes. Assim tem sido

feito as edições do Pé na Estrada,

i dea l i zado po r Magda lena

Gastelois, a partir de 2000. É com

grande alegria que publicamos

mais uma edição deste jornal.

Editar, reunir, criar, improvisar e

incorporar o espírito de Madá,

para ver e fazer ver o Sagarana,

Festival das Línguas, Escola

Picapau Amarelo, l i teratura,

arquitetura, amigos, lembranças e

tanto mais!

Só foi possível fazer este

Pé na Estrada porque contamos

com a colaborações também dos

amigos, que de uma forma

singular e generosa encontraram

tempo para dedicá-lo a ela. Nosso

“muito obrigado”.

P R O G R A M A Ç Ã O :

8º NA BOCA

D O BALÃO

30.04 - 22h - Valerie Quartet Tributo à Amy Winehouse01.05 - 20h - Candonguêro02.05 - 22h - Encontro de Sanfoneiros03.05 - 16h - Objetos Voadores com-vida Praça Minas Gerais - 22h - Rua da Virada 04.05 - 13h - Feijoada com Choro

Jornal Pé na Estrada

Realização: Sagarana Café-teatro

Idealização: Magdalena Lana Gastelois

Coordenação: Ana Lana Gastelois

Editor de Redação: Pedro Menegheti

Diagramação: Tolentino Ferraz

Imagens: 2. tumblr.com

1.:favim.com/source/www.lookandlookagain.com

Produção: Sheyla Santos

Impressão: Gráfica Dom Viçoso

Contato: [email protected]

sagaranacafeteatro.wordpress.com

EXPEDIENTE:

EDITORIAL

Ima

g. 2

Rua Frei Durão,114

Centro - Mariana31 - 3557-2233

A R E N A Getulio Vargas, 6A

31 - 3558 - 5295

Rua Dom Viçoso, 5831 - 3558 - 1758

Rua Direita, 182B31 - 3558 - 1758

Rua Dom Viçoso Centro - Mariana31- 3557 - 3807

Mineirão LanchesRua Cônego Amando, 275

31- 3557 - 2789

Comercial MólRua Cônego Amando, 311

31 - 3557 - 3937

Barra LongaCasa de Carnes e Sacolão

Rua Cônego, 57131 - 8330 - 5135

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