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Vencendo a Mente

de Escravo

Alcemar C Cardoso

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Vencendo a Mente

de Escravo

Alcemar C Cardoso

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“A prisão não são as grades e a liberdade não é a rua. Existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de

consciência.” Gandhi

Deus não tem prazer naquele que recua. Mas, quantos já recuaram? E quantos estão paralisados

sem saber como agir e aonde ir? O tempo passa e o cenário da vida muda; porém, a mente do

ex-prisioneiro está intacta e mergulhada nas sombras do medo e do sofrimento.

As grades e as correntes permanecem. Se a liberdade assusta é preciso ter fé coragem e força.

Alcemar C Cardoso

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Ruínas da senzala da Fazenda São Bernardino / Nova Iguaçu / Rio de Janeiro.

À Priscilla Youssef Kouble dos Santos, e a toda igreja de

Deus que está espalhada sobre a face da terra.

Alcemar C Cardoso.

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Sumário Introdução .........................................................................................11

Primeira parte Oblivio Signum Negligentiae .....................................................15

Se a Ovelha Recusasse Ser Salva, o que o Pastor Faria? .....................................................................16

O que é Mente de Escravo? ........................................................18 Pessoas que não tinham a mente de escravo .....................21 Características da Mente de Escravo .....................................26 Nem todos estão preparados para a liberdade .................28 Como Vencer? ..................................................................................30

Segunda Parte A Sanguessuga Sem Cabeça ......................................................36 O Segundo Ataque ........................................................................38 Escravo da Ignorância .................................................................46

A Guerra dos Bispos .....................................................................48 Coisas que chateiam a Deus ......................................................50 O Ser do Topo da Escada ............................................................52 Vibração Espiritual ........................................................................55 Incendiando Corações .................................................................57 O Caminho Santo ..........................................................................63 Alivie o seu coração .....................................................................66

Terceira Parte O conhecimento da verdade vos Libertará ........................71

Despoluindo a Mente ..................................................................72 Deus me Ama? ................................................................................74 O Abençoador ................................................................................77 Viajando com a Graça do meu lado .......................................78 Notas ..................................................................................................80

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Introdução Decidi escrever este livro para mostrar a você leitor, um grande mal que afeta nossa vida diretamente. Pois, este leva o homem ao estado mais miserável que pode existir. Esse mal, se chama “Mente de Escravo”.

A mente de escravo nos faz recuar perante a guerra, perante as situações embaraçosas, e nos constrange a ponto de nos tornar tímidos. A mente de escravo através do medo faz o homem desejar voltar às bacias de carne no Egito e esquecer dos sonhos e das promessas de Deus. Os primeiros relatos desse livro perderam-se, por motivo de falha no disquete. Mas, creio que o mesmo Espírito; o Espírito Santo de Deus está pegando novamente em minhas mãos e me conduzindo a levar uma mensagem perfeita ao seu coração. Creio que após a leitura deste livro, sua vida espiritual vai elevar-se a um nível mais alto. Pois, o seu adversário vai tornar-se visível! Mente: intelecto; alma; espírito; tenção; disposição; imaginação; intuito. Mentalidade: a mente; movimento intelectual; estado psicológico. Intelecto: inteligência; entendimento. Cérebro: parte súpero-anterior do encéfalo; inteligência; cabeça. (dicionário)

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Primeira Parte

Ruínas da Fazenda São Bernardino, Interior da casa / Nova Iguaçu / Rio de Janeiro.

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Oblivio signum negligentiae. Esquecimento é sinal de negligencia.

(latim) Essa expressão é a mais correta que achei para relatar o que o povo de Israel estava fazendo perante Deus. Depois de terem visto as pragas no Egito e saído ilesos; depois de sentirem a sensação única de pisarem no fundo do mar, sem se molharem; e depois de terem comido maná no deserto; esqueceram o que Deus havia feito no meio deles; e desejaram voltar ao Egito e comer os restos da comida de Faraó, mesmo na condição de escravos. Tamanha ingratidão suscitou a ira de Deus; pois do povo de curta memória que saiu do Egito somente dois homens entraram na terra prometida.

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João 10.11 “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas

ovelhas.”

Se a ovelha recusasse ser salva,

o que o pastor faria?

O mesmo pastor, a mesma ovelha, mas, não a mesma estória. O pastor do rebanho depois de uma longa jornada com suas ovelhas, decide contá-las. Então, notou que faltava uma. Para tirar as dúvidas decidiu contar e recontar. Então, contou, recontou, e chegou a conclusão que só tinha noventa e nove ovelhas. Tentando lembrar qual faltava, colocou uma por uma dentro do aprisco, então lembrou de uma ovelha que nos últimos dias estava tendo um comportamento estranho. Com dor no coração deixou as noventa e nove no aprisco e foi atrás da ovelha perdida. Atravessou desertos, montanhas, vales, frio, e calor. E assim, dias passaram. O cansaço, a fome, e o calor eram seus únicos companheiros. No entanto, o sentimento inflamado no seu coração, não o deixava desistir. O amor lhe dava forças para prosseguir. Cansado da viagem sentou e tirou suas sandálias. Seus pés estavam cheios de bolhas e feridas provocados pelo calor e as tiras das sandálias. Escutou um barulho e foi procurar de onde viera. Então a encontrou. Ela estava lá. A alguns metros do abismo. Ele aproximou-se. A ovelha reparou sua presença e correu para a beira do abismo. Ele a chamou. Ela recusou. Pois, tinha algo que ela desejava, queria um alimento verde e diferente que estava um pouco abaixo no abismo. Tentou alcançá-la e não conseguiu. Tentou novamente e então a ovelha caiu. O pastor correu até a beira do abismo, e pode contemplar a ovelha pendurada somente por suas patas dianteiras. O pastor estendeu o seu cajado para puxá-la pelo

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pescoço, mas ela recusando tentava comer aquele alimento. Porém, seus lábios só deslizavam sobre a planta. Foi então que houve um ruído: prooooooh! As pedras começavam a romper-se; a cada pedra que caia o desespero da ovelha aumentava. Suas patas traseiras rastejavam sobre as pedras que rompiam. No entanto, o pastor estendeu mais uma vez o seu cajado; e a ovelha sentindo o perigo de perto, não recusou. Colocou o pescoço no cajado, e o pastor puxou-a para cima. O pastor a abraçou com muito carinho, colocou-a sobre os seus ombros e enfrentou a longa viagem de volta ao aprisco. Colocando essa parábola em nossos dias vemos que não é diferente. Quantas vezes o bom pastor que é Jesus, está se aproximando de nós, e nós corremos da presença Dele. Quantas vezes Ele estende o seu cajado para nos salvar, e nós fascinados com os pratos e prazeres do mundo rejeitamos sua salvação. Deus poderia desistir e tirar o seu cajado de sobre nós. Mas, Ele não faz por quê? Por que como Ele disse: _ Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a vida pelas ovelhas! Deus deu a vida por mim e por você! Mas se nós continuarmos a não querer a ajuda de Deus? Ele insiste! Se nós o rejeitarmos? Ele estende seu cajado. Deus insiste até que você perceba o perigo que tão de perto te rodeia. Se você está nesta situação, dou-lhe um conselho: entrega-se ao pastor. Coloque o seu pescoço no cajado e Ele o puxará. Vai tirar você da beira do abismo. Será livrado da morte. Vai colocá-lo sobre os ombros e te conduzir até o aprisco. Até os pastos verdejantes, para as águas tranqüilas.

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O que é a mente de escravo?

É o estado psicológico de aprisionamento em que as pessoas se colocam quando se deparam com grandes problemas. A mente de escravo é provocada por vários fatores, dentre os quais se destaca o medo. Já tive vários contatos com pessoas que eram passarinheiros e que contavam muitas historias; outro dia tive o prazer de ver com meus próprios olhos quando um deles soltou um tiziu (passarinho preto). O pássaro teve a liberdade, mas, depois de algum tempo voltou para a gaiola, o motivo que o fez voltar para a gaiola era claro: Ele acostumou com a facilidade de comer alpiste, e quando livre, não achou comida. Assim são muitas pessoas, que estão aprisionadas por um jugo e iludidas com os manjares de satanás; foram livres por Cristo, mas preferiram voltar para prisão. Olharam atrás e Deus não tem prazer naquele que recua. Assim também aconteceu com os filhos de Israel; Deus usou a Moisés para libertá-los do cativeiro e do Egito. Mas quando sentiram fome e sede no deserto blasfemaram contra Deus dizendo que preferiam estar como escravos no Egito, ao lado das bacias de carne do Faraó; do que morrerem no deserto como livres. Outro fato claro ocorreu no Brasil Colônia. Os índios e negros foram feitos escravos pelos portugueses. Eles eram oprimidos diariamente e sofriam todo tipo de humilhação. Embora os negros e índios fossem muito mais forte que os brancos, nada faziam. Os negros dominavam a luta negra e os índios dominavam as técnicas da floresta; era somente reagir às agressões sofridas que a situação mudaria. Depois que a lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel, os negros foram livres. Porém alguns depois que tentaram sobreviver e não conseguiram trabalho, voltaram para os seus antigos senhores pedindo para voltarem para as senzalas. Isso deixa claro o estado psicológico de aprisionamento (dependência); pessoas que se acostumaram com a miséria,

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quando a força e inteligência do trabalho estavam em suas mãos.

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Hebreus 11.5 “Pela fé (...) foi trasladado para não ver a morte, e não foi

achado, por que Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho

de que agradara a Deus.”

Pessoas que não tinham a Mente de Escravo.

Abel.

Esse era o segundo filho de Adão e Eva. Pastor de ovelhas que ofereceu a Deus um sacrifício santo. O primogênito das suas ovelhas entregou para Deus. Veja que ele dizimou a Deus antes do dizimo ser ordenança para o homem. E isso fez Deus gostar do seu sacrifício. A diferença dos sacrifícios de Caim e Abel é a que Caim deu para Deus uma oferta, quando deveria ter dizimado, embora o dízimo não tivesse sido estipulado. Já Abel deu pra Deus as primícias, ou seja, o dizimo. “E aconteceu que a cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura: e atentou o Senhor para Abel e para sua oferta” (Gênesis 4.3-4)

Sete. Foi gerado por Adão e Eva depois que Abel foi morto. Sete veio para trazer a alegria de volta. Embora se comente tão pouco sobre ele na Bíblia, sua importância é relevante na história. Por sua causa que o povo de Israel é chamado de povo escolhido e nação santa. Foi ele quem começou a invocar o nome do Senhor. “E a Sete mesmo também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos: então se começou a invocar o nome do Senhor.” (Gênesis 4.26)

Enoque.

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Enoque era filho de Járede, que compreendeu o sentimento de Deus para conosco, depois que teve seu primeiro filho. Ele entendeu que Deus nos tem como filhos, e um pai não quer ver o mal do filho. Como ele não queria que o seu filho o desapontasse, resolveu também que não desapontaria a Deus; e o modo que conseguiria isso era andando perto Dele. Por isso o Senhor sentiu prazer nele (você já imaginou o que é Deus sentir prazer em você?), e o tomou para si, não provando Enoque da morte. “E andou Enoque com Deus; e não se viu mais; porquanto Deus para si o tomou” (Gênesis 5.24) “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, por que Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara Deus.” (Hebreus 11.5)

Noé. Filho de Lameque. Em uma época de carnalidade, corrupção, prostituição e aberrações, em que Deus se arrependeu de ter feito o homem, Noé era um homem justo e reto em suas gerações, e o Senhor se agradou dele, porque buscava constantemente andar junto de Deus. O Senhor o avisou que ia destruir a raça humana enviando o dilúvio, que logicamente só sobreviveriam ele e sua família. Noé, não era escravo da ignorância como os demais. Ele acreditou na voz de Deus e construiu uma gigantesca arca para ele e os animais. A fé de Noé agradou a Deus. Deus abençoando-o fez um pacto com ele. (você já imaginou o valor da pessoa, para Deus querer fazer um pacto com ela?) “E eu convosco estabelecerei o meu concerto, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra. E disse Deus: este é sinal do concerto que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto na nuvem, este será por sinal do concerto entre mim e a terra.”(Gênesis 9.11-13)

Abraão.

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Morrendo seu pai (terá) abandonou sua parentela e foi peregrinar. Foi rumo a uma terra que não conhecia, porque o senhor lhe ordenara. “Ora, o Senhor disse a Abrão: sai da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai, para terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”(Gênesis 12.1-3) ...Depois de uma longa batalha, a qual ele conseguiu libertar o seu sobrinho Ló do cativeiro; Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Melquisedeque era sacerdote do Altíssimo, e abençoou a Abrão e disse: bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Altíssimo, que te entregou os teus inimigos nas tuas mãos. Então Abrão entregou o dízimo de tudo. Abrão dizimou a Deus antes de o dízimo ser ordenado... Deus lhe promete um filho. Ele espera. Muitos anos se passam e Abrão ainda está esperando o filho da promessa. Porém, a criança não nasce. Deus fala novamente com Abrão e muda seu nome para Abraão. Agora ele seria pai de multidões. Enfim, seu filho nasce; e ele põe seu nome de Isac. Para a surpresa de Abraão, Deus faz um pedido impossível para um pai. Ainda mais um pai que esperou tanto tempo para ter seu filho prometido. Abraão poderia duvidar se era Deus mesmo que tinha ouvido falar. Porém, Abraão já conhecia a voz de Deus. Ele sabia que não estava enganado. Esse era realmente o pedido de Deus. _ Eu te dei ele, agora quero que você o devolva para mim! Abraão manteve sua posição de fé e profetizou: _ Subiremos, adoraremos e voltaremos! “E disse Abraão a seus moços: ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos para vós.”(Gênesis 22.5)

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_ Aqui está a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro? Pergunta Isac. Com lágrimas nos olhos ele responde: _ Deus proverá! ...No momento do sacrifício, quando Abraão ia passar o cutelo no pescoço de Isac, um anjo bradou dos céus. “Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho, o teu único.” (Gênesis 22.11-12) O Senhor proveu o cordeiro. Lá estava um cordeiro amarrado. Abraão ofereceu o cordeiro em sacrifício para Deus. Abraão com certeza não tinha mente de escravo, pois o Senhor fez um juramento para com ele. O Senhor jurou por Ele mesmo que o abençoaria grandemente e multiplicaria a semente de Abraão como as estrelas do céu, e como a areia da praia; e que na semente dele seriam benditas todas as famílias da terra.

Gideão. Israel estava sendo saqueado. Tudo quanto plantavam não colhiam, pois os Midianitas, os Amalequitas, e também os do Oriente invadiam Israel e destruíam tudo, e levavam todos os animais embora. “Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em tanta multidão que não se podiam contar, nem a eles nem os seus camelos: e entravam na terra, para destruir”. Assim Israel empobreceu muito pela presença dos Midianitas: então os filhos de Israel clamaram ao senhor.”(juizes 6.5-6) A fome já estava imperando em Israel. O povo acovardou-se e os inimigos se aproveitavam disso. Foi então que o Senhor achou a Gideão. Um homem valoroso, que não tinha medo dos inimigos e que não estava conformado com aquela situação. Homem que não nasceu para ser escravo. O anjo do senhor estava observando a Gideão que estava malhando trigo, para salvar uma parte da plantação antes que os inimigos viessem destruir tudo. E o anjo lhe disse: _ O Senhor é contigo, varão valoroso! O anjo não o chamou de varão valoroso porque ele

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estava malhando trigo; mas sim porque estava malhando em um lagar. Lagar é feito para amassar uvas e fazer vinho. Ele estava com o coração tão aplicado no que estava fazendo, que em meio à destruição do seu país, começou a inovar. Sem recursos. “Então o anjo do senhor veio, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, Abiezrita: e Gideão, seu filho, estava malhando trigo no lagar, para o salvar dos Midianitas. Então o anjo do senhor lhe apareceu, e lhe disse: o senhor é contigo, varão valoroso. Mas Gideão lhe respondeu: ai senhor meu, se o senhor é conosco porque tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: não nos fez o senhor subir do Egito? Porém agora o senhor nos desamparou, e nos deu na mão dos Midianitas. Então o senhor olhou para ele e disse: vai nesta tua força e livraras a Israel da mão dos Midianitas: porventura não te enviei eu?”(Juízes 6.11-14) Gideão monta o seu exército. Exército? Qualquer ser humano recusaria a ser comandante de um exército com trezentos homens; afinal uma guerra tem milhares de milhares de soldados. Missão impossível. Não para Deus e nem pra força e confiança de Gideão. Gideão venceu a guerra com trezentos homens valentes, sem puxarem espadas para lutar.

Daniel. Ele foi criado como príncipe. Seu conhecimento sobre ciências modernas, matemáticas, história, etc, era tremendo. Esse realmente era um príncipe! Educação de primeira. Porém sua educação não lhe privou do cativeiro. O jovem Daniel foi levado cativo para a Babilônia. Mesmo sendo levado como escravo, não se portou como um. Perseverou em não se contaminar com os manjares do rei; e a conseqüência foi ser elevado a conselheiro real. Armaram uma cilada. Tocaia. Emboscada. Não importa o nome. Daniel foi prejudicado por aqueles que o invejavam. Foi

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condenado e lançado na cova dos leões. Sua convicção de que Deus o livraria o manteve sem medo. Um anjo fechou a boca dos leões. Daniel mais uma vez é exaltado na Babilônia. Qual era o segredo de Daniel? Não se contaminar. Perseverar na oração. Afinal, Daniel orava três vezes ao dia. Um homem que não tinha a mente de escravo; e que desfiou a morte, quando não se prostrou diante de um decreto e de uma estátua.

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Romanos 8.15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção

de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”

Características da mente de escravo

Nos jovens é possível notar o medo que eles têm do futuro. Medo de não ter uma boa carreira profissional. Medo de se frustrarem no amor. Mas isso não é culpa deles; o meio em que eles vivem influencia nas suas vidas. A cultura do mundo diz que um filho de pobre só pode chegar a ser um motorista de ônibus (Não que isso seja ruim), mas os jovens têm deixado de sonhar com alturas maiores. Outras pessoas esperam receber tudo de mãos beijadas. Se receberem, eles têm; se não, ficam como estão. Essa classe depende de todos para poder sobreviver. Se você consegue um emprego para eles, logo dizem que o salário é pouco, que só trabalham por tanto. Outra classe de pessoas é a miserável. Aquela que quer que o hoje acabe logo, mas que nunca chegue o amanhã. Sem esperança. Rejeitam um futuro melhor. Não gostam da condição em que vivem, porém não lutam por um futuro melhor. Há os que conseguem alguns feitos, mas depois dizem que não estão satisfeitos; que não foi a melhor escolha. Às vezes desejam voltar para o estágio anterior; não aceitam a opinião e rejeitam qualquer tipo de mudança. Outros têm medo de revelarem suas origens. De onde vieram. Que classe social suas famílias pertenciam; achando que isso fechará as portas das amizades. Carregam o peso do passado e não conseguem aliviar a bagagem. Um bom exemplo disso era o povo Hebreu que estava escravizado no Egito. Sofriam lá. Comiam os restos das comidas dos egípcios. Eram surrados constantemente. Mas o sofrimento fez com que eles desejassem sair do Egito. Deus envia um

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libertador, eles milagrosamente são livres das garras de faraó. Fazem uma grande festa no deserto. Deus envia alimento do céu, eles saciam-se todos os dias, mas chega o dia que eles cansam do alimento de Deus e começam a achar que o pão era desprezível. Deus aperta com a fome e eles logo desejam voltar para a escravidão. Rejeitam a liberdade e querem voltar para o Egito para comerem os restos da comida de faraó. É como o tiziu que foi solto pelo seu dono e depois voltou para a gaiola por causa do alpiste e da água. É como os negros alforriados que não conseguiram emprego e voltaram para os seus senhores pedindo para serem escravos. Essas são algumas das características da mente de escravo; mas não podemos esquecer-nos de uma coisa: “Deus nos da uma nova chance todo o dia, de mudarmos o que fizemos de errado ontem”. E também, “que não recebemos o espírito de escravidão, para outra vez estarmos em temor, mas recebemos o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai”. (Romanos 8.15)

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Gálatas 5.1 “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e

não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.”

Nem todos estão preparados para a liberdade

Nem todos estão preparados para a liberdade. A bíblia fala que nós somos chamados à liberdade, mas o fato de sermos chamados não quer dizer que estamos aptos, mas, sim, que devemos nos preparar para esse estilo de vida. A bíblia diz que o cão volta ao vômito, e que o porco que foi limpo e criado como animal doméstico volta à lama. Assim também há pessoas que fazem o mesmo. Pessoas que foram tiradas do chiqueiro desse mundo e lavadas de toda a imundícia, mas depois de um breve tempo são atraídas pelo pecado. Certa parte da minha juventude foi assim: minha vida era soltar pipa e jogar bola, sempre rodeado de colegas. Porém alguns deles começaram a fumar maconha. Todo dia no campo do morro era a mesma coisa, a roda de maconheiros que incomodavam e muito. Uma de minhas tias, por nome Neide, sempre me dizia: quem se mistura com porco, farelo come! Mas eu nunca ouvia, pois achava que a onda era aquela, ficar no morro jogando bola. Até que um dia, um deles me ofereceu a maldita droga. O despertar da consciência e a explosão de meus valores de criação fizeram que eu a repudiasse. Graças a Deus! Depois desse ocorrido comecei a deixar o morro e as coisas começaram a ficarem mais claras. Nesse tempo vi os cadáveres de onze de meus colegas, todos assassinados. Alguns estavam em lixões. Outros com mais sorte foram presos. Sofreram. Comeram o pão que o diabo amassou. Porém se converteram. Eu soube que um deles morreu dentro da cela com tuberculose e os outros cumpriram penas. E alguns que se converteram, após cumprirem pena, foram soltos. Viveram fielmente alguns meses até que foram seduzidos pela lama do pecado. Voltando para o

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caminho antigo, não duraram muito. Parece até que posso ouvir o barulho dos tiros: -Pou. Pou. Pou. E de manhã no local já estava a roda de abutres olhando o defunto; condenando-o, e doidos para levarem as novas. Bem poucos permaneceram fiéis e ainda hoje estão, receberam o chamado para a liberdade, e hoje são livres. O povo Hebreu foi chamado à liberdade, porém não estavam aptos para a liberdade. Daquele grande povo só dois estavam prontos, com mente de livres, Josué e Calebe. Nem o líder que foi treinado no deserto estava apto; por isso que Moisés e todo aquele povo não entraram na terra prometida. Só Josué e Calebe com um novo povo, que nasceu fora do Egito, foram os que herdaram a terra. “Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedeceste de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.

Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia e à maldade para a maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.

Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.”(Romanos 6.17-23)

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Isaías 43.18 / 19a “Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou

fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem?...”.

Como Vencer?

Eles foram libertos do Egito, mas porque desejaram voltar? Porque tinham a mente de escravo. Mas não foi Deus que lhes deu a mente de escravo. Ela se manifestou por causa da amizade e conseqüentemente por causa do jugo que os egípcios lhes impuseram. Abriram-se as águas por intermédio de Moisés. O povo foi livre da escravidão. Fecharam-se as águas. As lembranças os acompanharam. Durante o trajeto as lembranças eram motivos de dor. Um pouco de fome e sede e elas tornam-se motivação para voltarem para o Egito. _ Levantemo-nos outro capitão. Disseram os rebeldes excitando a multidão. Como vencer a mente de escravo? Colocando-se na condição de livre; pensando como livre. Pensando nas coisas de cima. Esquecer o passado (o que não é tão fácil). Viver o presente planejando um futuro de glória na eternidade. O que é liberdade? O dicionário diz assim: condição de uma pessoa poder fazer ou deixar de fazer alguma coisa; livre-arbítrio; pl. imunidades; direitos; maneiras de proceder isentas de constrangimento e das convenções. Conheço pessoas que têm orgulho de seus passados. Mas não estou falando de passados bons. Mas, sim, de ruins. Pessoas que já foram envolvidas com bandidos. Que já foram bandidos. Delinqüentes perigosos. Prostitutas. Homossexuais. Traficantes. Adúlteros e etc. Soube por pessoas confiáveis, que uma mulher foi contar o seu testemunho em uma igreja (ou melhor, tristemunho), ela disse que foi prostituta e com um tom de empolgação falou que