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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM SEGUNDO A TAXONOMIA NANDA: UM OLHAR SISTEMATIZADO DAS PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM AOS RECÉM-NASCIDOS NO ALOJAMENTO CONJUNTO THÁBBATA CHRISTINA DE L. RIBEIRO RENATA DE O. MACIEL RESUMO Sistematizar o cuidado e organi- zar a assistência de enfermagem a uma clientela nos seus primeiros dias de vida é, ainda, um grande desafio para a equipe de enfermagem. Dessa forma, torna-se ne- cessário que a equipe de enfermagem seja qualificada para a prestação dos cuidados de forma sistematizada, maximizando, assim, a realização das ações implemen- tadas. Esta pesquisa teve como objeto a correlação das prescrições de enfermagem para o recém-nascido (RN) admitido no Alojamento Conjunto com os Diagnósti- cos de Enfermagem (DE), segundo a taxo- nomia de NANDA (North American Nur- sing Diagnosis Association). Os objetivos foram: listar as prescrições de enfermagem mais comumente implementadas para os RN admitidos no Alojamento Conjunto a partir de uma relação preestabelecida; cor- relacionar ações/prescrições com os DE segundo a taxonomia NANDA; estabele- cer o tipo de raciocínio feito pelo enfermei- ro clínico, lotado no cenário do estudo, ao determinar as prescrições de enfermagem necessárias aos RNs admitidos; propor um instrumento preestabelecido para as pres- crições de enfermagem que contribua para a implementação da Sistematização de En- fermagem segundo a taxonomia NANDA. Como instrumento metodológico, foi uti- lizada uma pesquisa descritiva, com abor- dagem quantitativa e, como procedimento técnico, a pesquisa documental, sendo uti- lizado o método de procedimento estatísti- co e dados primários. O método estatístico se relaciona com dois termos principais: população e universo. O presente estudo utilizou, como representação dos dados, o uso de tabelas, quadro ou gráficos atra- vés da análise de conteúdo. Ao analisar os dados e resultados do presente estudo, percebemos que, além da complexidade que abrange o Processo de Enfermagem, outras dificuldades podem ser encontra- das para sua implementação sistemática e efetiva na prática profissional, dentre as quais destacamos o elevado percentual de enfermeiros que não se sentem capacitados para realizar a SAE (47,3%). Identificamos assim, a necessidade de uma abordagem intensificada da SAE aos enfermeiros lota- dos no cenário do estudo através da utiliza- ção da educação permanente como forma Ano 10, Janeiro a Março de 2011 109

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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM SEGUNDO A TAXONOMIA NANDA:

UM OLHAR

SISTEMATIZADO DAS PRESCRIÇÕES

DE ENFERMAGEM AOS RECÉM-NASCIDOS

NO ALOJAMENTO CONJUNTO

ThábbATA ChRISTINA DE l. RIbEIRO

RENATA DE O. MACIEl

RESUMO

Sistematizar o cuidado e organi-zar a assistência de enfermagem a uma clientela nos seus primeiros dias de vida é,ainda,umgrandedesafioparaaequipede enfermagem. Dessa forma, torna-se ne-cessário que a equipe de enfermagem seja qualificadaparaaprestaçãodoscuidadosde forma sistematizada, maximizando, assim, a realização das ações implemen-tadas. Esta pesquisa teve como objeto a correlação das prescrições de enfermagem para o recém-nascido (RN) admitido no Alojamento Conjunto com os Diagnósti-cos de Enfermagem (DE), segundo a taxo-nomia de NANDA (North American Nur-sing Diagnosis Association). Os objetivos foram: listar as prescrições de enfermagem mais comumente implementadas para os RN admitidos no Alojamento Conjunto a partir de uma relação preestabelecida; cor-relacionar ações/prescrições com os DE segundo a taxonomia NANDA; estabele-cer o tipo de raciocínio feito pelo enfermei-ro clínico, lotado no cenário do estudo, ao determinar as prescrições de enfermagem necessárias aos RNs admitidos; propor um instrumento preestabelecido para as pres-

crições de enfermagem que contribua para a implementação da Sistematização de En-fermagem segundo a taxonomia NANDA. Como instrumento metodológico, foi uti-lizada uma pesquisa descritiva, com abor-dagem quantitativa e, como procedimento técnico, a pesquisa documental, sendo uti-lizado o método de procedimento estatísti-co e dados primários. O método estatístico se relaciona com dois termos principais: população e universo. O presente estudo utilizou, como representação dos dados, ousodetabelas,quadroougráficosatra-vés da análise de conteúdo. Ao analisar os dados e resultados do presente estudo, percebemos que, além da complexidade que abrange o Processo de Enfermagem, outras dificuldades podem ser encontra-das para sua implementação sistemática eefetivanapráticaprofissional,dentreasquais destacamos o elevado percentual de enfermeiros que não se sentem capacitados pararealizaraSAE(47,3%).Identificamosassim, a necessidade de uma abordagem intensificadadaSAEaosenfermeiroslota-dos no cenário do estudo através da utiliza-ção da educação permanente como forma

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de capacitação e atualização. Entretanto, é fundamental que a equipe de enfermagem internalize esse processo como o marco principal para reconhecimento da enfer-magem como ciência.

PALAVRAS-CHAVE: Recém–nascido; Diagnóstico de Enfermagem; Taxonomia de NANDA.

INTRODUÇÃO

A ciência da enfermagem está ba-seada em uma ampla estrutura teórica e o processo de enfermagem é uma das ferra-mentas por meio da qual essa estrutura é aplicada à prática da enfermagem – ou seja – é o método de solução dos problemas do cliente23. Sistematizar o cuidado é ainda algo novo para muitas realidades que en-contramos nos serviços de saúde. A im-portância que o mesmo significa para aorganização da assistência vai além da es-trutura organizacional. O processo de enfermagem é en-tendido por Alfaro-LeFevre1, como um sis-tema humanizado por se basear na crença de que à medida que planejamos ou pro-porcionamos cuidados, devemos conside-rar exclusivamente os interesses, os ideais e os desejos do consumidor do atendimen-to de saúde (a pessoa, a família, a comuni-dade). Quando nasce, um bebê é alvo de diversos cuidados e, por ser pequeno, é considerado um ser frágil. Os primeiros dias de vida são momentos de diversas adaptações e exigem plena atenção daque-les que são responsáveis por seus cuida-dos. Implementar e realizar o processo de enfermagem direcionados a essa clientela aindaéumgrandedesafioparaequipedeenfermagem.

Diante da problemática citada, emergiram as seguintes hipóteses:

1. Os enfermeiros lotados no Alojamento Conjunto utilizam que tipo de raciocínio para confirmarem as prescrições preesta-belecidas aos recém-nascidos?;

2. Os enfermeiros clínicos lotados no Alo-jamento Conjunto relacionam as prescri-ções preestabelecidas a diagnósticos de enfermagem?;

3. As prescrições de enfermagem preesta-belecidas podem ser correlacionadas com os diagnósticos de enfermagem descritos pela a taxonomia de NANDA?

Assim, o objeto desse estudo é a correlação das prescrições de enfermagem para o recém-nascido admitido no Aloja-mento Conjunto com os Diagnósticos de Enfermagem (DE) segundo a taxonomia de NANDA. Portanto, a partir do objeto ante-riormente citado, o estudo terá como obje-tivos:

a. Listar as prescrições de enfermagem mais comumente implementadas para os RNs admitidos no Alojamento Conjunto a partir de um impresso preestabelecido;

b. Correlacionar ações/prescrições com os Des segundo a taxonomia NANDA;

c. Estabelecer o raciocínio feito pelo enfer-meiro clínico, lotado no cenário do estudo, ao determinar as prescrições de enferma-gem necessárias aos RNs admitidos no Alojamento Conjunto;

d. Propor um instrumento preestabelecido para as prescrições de enfermagem que

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contribua para a implementação da Siste-matização de Enfermagem segundo a taxo-nomia NANDA.

Por ser a Enfermagem a ciência e arte do cuidado, é estritamente necessário quetantoosprofissionaisquantoosacadê-micos de enfermagem se familiarizem com a Sistematização da Assistência para que possam nortear o cuidado de enfermagem, visando maximizar a assistência à clientela deste estudo. De acordo com a Resolução do COFEN - 272/2002, a SAE (Sistematiza-ção da Assistência de Enfermagem) é uma incumbência privativa do enfermeiro, res-saltando a importância e obrigatoriedade da implementação da mesma em toda a instituição de saúde, pública e privada. Podemos apontar também a Reso-lução 358/2009 (COFEN) que dispõe so-bre a Sistematização da Assistência de En-fermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados,emqueocorreocuidadoprofis-sional de Enfermagem, e dá outras provi-dências. Tal determinação é considerada um grande avanço e merece atenção e mais investimentodosprofissionaiseacadêmi-cos de enfermagem no desenvolvimento de pesquisas que contribuam para imple-mentação cada vezmais significativa emdiversos seguimentos hospitalares, assim como na obstetrícia, expandindo-se no ce-nário do sistema de saúde vigente. Destacam-se também os diagnós-ticosdeNANDAquesedefinemcomoaClassificação Diagnóstica da AssociaçãoNorte-Americana dos Diagnósticos de En-fermagem, que têm sido introduzidos cada vezmaisnapráticaprofissional,sendodeextrema importância para que seja estabe-lecida uma linguagem única e universal para os cuidados de Enfermagem. Portanto, a relevância está pautada

em:

a. Contribuir para um melhor desenvol-vimentoequalificaçãodotrabalhodaen-fermagem, permitindo a continuidade e a uniformidade das ações implementadas na assistência ao RN no alojamento conjunto;

b. Contribuir para o esclarecimento dos enfermeiros acerca dos diagnósticos de en-fermagem segundo a taxonomia de NAN-DA e para a formação acadêmica, fomen-tando uma prática atual e sistematizada;

c. Permitir o fortalecimento das pesquisas relacionadas ao cuidado sistematizado ao RN e à área materno-infantil, direcionando as ações, as quais serão implantadas, obje-tivando a qualidade assistencial;

d.Fornecerbasescientíficasquesejamim-plementadas e utilizadas pelo Núcleo Peri-natal, campo do estudo;

e. Contribuir para o crescimento pessoal, profissional e acadêmico, enquanto resi-dente da enfermagem e futura enfermeira obstetra.

MÉTODOS

Segundo Ruiz,:“...pesquisacientíficaéarealizaçãoconcretade uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodo-logia consagradas pela ciência. É o método de abordagem de um problema em estudo que ca-racterizaoaspectocientíficodeumapesquisa.”

Conhecendo os diferentes tipos de natureza de pesquisa e o objeto e objetivos do presente estudo, concluiu-se que foi uti-lizada uma pesquisa descritiva com abor-dagem quantitativa e, como procedimento técnico, a pesquisa documental utilizando

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o método de procedimento estatístico e da-dos primários. A pesquisa descritiva observa, re-gistra, analisa e correlaciona fatos ou fenô-menos sem manipulá-los. Procura desco-brir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e ca-racterísticas9. A pesquisa quantitativa significatransformar opiniões e informações em númerosparapossibilitaraclassificaçãoeanálise. Exige o uso de recursos e de técni-cas estatísticas9. O estudo foi realizado em um Hospital Universitário, situado no municí-pio do Estado do Rio de Janeiro, no Nú-cleo Perinatal, especificamente, no setorde Alojamento Conjunto, que dentre outras atividades é responsável pelo acolhimento dos recém-nascidos prematuros advindos da UTI Neonatal e da sala de parto. Justi-fica-seestaescolhadocampoporsetratarde um dos serviços de referência no Rio de Janeiro para essa característica da clientela e por ser campo da residência. A população do estudo foi com-posta dos enfermeiros lotados no Aloja-mento Conjunto compreendendo todos os cargos institucionais por eles exercidos (Treinamento Profissional – TP; Estatu-tários; Treinamento Profissional Bolsista– TPB e Residentes). A amostra compre-endeu os enfermeiros clínicos lotados no setor desde o período do levantamento das prescrições (julho a dezembro de 2009) e aqueles presentes no período de coleta, ou seja, nos meses de maio e junho de 2010, excluindo os enfermeiros de férias, licen-ças e os que não autorizaram a participação na pesquisa. Foram coletados os dados dos im-pressos das prescrições de enfermagem dos recém-nascidos oriundos da sala de parto no momento de sua admissão no Alo-jamento Conjunto, no período de janeiro a

fevereiro de 2010, ou seja, uma pesquisa documental retrospectiva. Após esta etapa, foi elaborada uma listagem com as prescrições de maior frequência, realizadas pelos enfermeiros clínicos, lotados no cenário do estudo e através de um questionário (Apêndice A nos anexos) foi pesquisado sobre o racio-cínio do mesmo ao escolher as prescrições necessárias aos RNs, a correlação dessas prescrições com o diagnóstico de Enfer-magem determinado por NANDA, dentre outros questionamentos. O período para esta coleta foi de agosto a setembro de 2010.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Segundo Rauen, é a parte que apresenta os resultados obtidos na pesqui-sa e analisa-os sob o crivo dos objetivos e/ou das hipóteses. Assim, a apresentação dos dados é a evidência das conclusões e a interpretação consiste no contrabalanço dos dados com a teoria. Durante o período de junho e julho de 2010, buscou-se inicialmente 137 pron-tuários cujos números de registros foram encontrados no livro de altas do Alojamen-to Conjunto onde, deste total, 12 não fo-ram encontrados no arquivo, 2 não tinham a primeira prescrição de enfermagem, 10 os RNs foram encaminhados para o Ber-çário Intermediário (BI) e 10 os RNs fo-ram encaminhados para a UTI-Neo. Assim totalizaram-se 105 prontuários que foram analisados e as seguintes Prescrições de Enfermagem emergiram.

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Prescrições encontradas:

a. Aferir e registrar tax 3x/dia;b. Aferir e registrar tax 2x/dia;c. Aferir e registrar tax 1x/dia;d. Observar e registrar: pega, posição e sucção; fontanelas; tórax e abdome; coto umbilical; genitália; eliminações vesicoin-testinais; vínculo mãe-bebê;e. Orientar mãe quanto à aplicação de ál-cool a 70% no coto umbilical a cada troca de fraldas; f. Orientar acerca dos cuidados com RN e coto umbilical;g. Mensurar e registrar medidas antropo-métricas;h. Pesar e avaliar ganho ou perda ponderal;i. Realizar limpeza do coto umbilical com álcool a 70%;j. Realizar o 1º banho amanhã;k. Incentivar aleitamento materno exclusi-vo e em livre demanda;l. Estimular vínculo mãe-bebê;m. Realizar credê;n. Observar e registrar aceitação do NAN de 3/3h;o. Observar e registrar atividade e reativi-dade;p. Observar abalos, tremores e cianose. Atenção para quadro de desconforto respi-ratório;q. Aplicar SF 0,9% 0,5 ml em cada narina 3x/dia;r. Observar e registrar sinais de hipoglice-mia;s.Observareregistrarreflexosprimitivos;t. Observar e registrar a coloração da pele;u. Realizar dextro de 6/6h conforme pres-crição médica;v. Observar e registrar aceitação de LHO de 3/3h.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta de dados no impres-

so das prescrições de enfermagem, o mate-rial passou pela análise estatística visando apontar as principais prescrições de enfer-magem necessárias ao cuidado dos RNs admitidos no Alojamento conjunto. O presente estudo utilizou como representação dos dados o uso de tabelas, quadroegráficos,sendoumtotalde8ta-belas e 6 gráficos aos quais destacam-se,representativamente, as Tabelas 1,6,7 e 8 e oGráfico6. Analisando os dados encontrados através da análise dos questionários res-pondidos pelos enfermeiros do cenário do estudo, observamos, na Tabela 1, a preva-lência das prescrições relacionadas à temá-tica Estado Geral que foi citada 96 vezes. Em relação às prescrições, encontramos como as de maior ocorrência: ‘Aferir e registrar tax 1x/dia’ (57,5 %); ‘Mensurar e registrar medidas antro-pométricas’ (84,2%); ‘Realizar limpeza do coto umbilical com álcool a 70%’ (57,1%); ‘Observar e registrar as características do RN’ (78,1%). Destaca-se, na Tabela 2, a igual-dade no quantitativo numérico da parti-cipação dos profissionais categorizadoscomoResidente,TreinamentoProfissionalBolsista e Funcionários (33,3), seguidos por Treinamento Profissional sem bolsa(5,55%). Observamos, na Tabela 3, a pre-valênciadeprofissionaiscom10anosdeformação (21,0%), seguidos pelos de 3, 2 e 1 ano (10,5%) e, posteriormente, pelos de-mais períodos equiparados (5,26%). O que remete-nos à necessidade de aperfeiçoa-mento desses profissionais para que aco-plem o conhecimento adquirido nos anos de experiência prática a um embasamento teórico-científicoatual. Na Tabela 4, observamos a preva-lênciadeprofissionaiscomtempodeatu-ação no setor superior ou igual a 2 anos (31,5%), seguidos pelos de tempo de atu-

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ação de 01 mês (15,7%), 03 e 02 meses (10,5%) e os demais com o mesmo percen-tual (5,26%). Na Tabela 5, onde os enfermeiros são questionados sobre sua especialidade profissional,podemosconcluirqueagran-de parte dos enfermeiros possui especiali-zação (68,4%). Dentre as especializações, foram citadas as de lato sensu (Enferma-gem Pediátrica; Paciente Crítico; Centro Cirúrgico; Saúde Mental; Enfermagem do Trabalho; Saúde Pública; Cardiologia; Enfermagem dermatológica; Obstetrícia; Hemoterapia, Hematologia e Terapia de Suporte) e stricto sensu (Mestrado). Visualizamos, na Tabela 6, o ele-vado percentual de enfermeiros que não

se sentem capacitados para realizar a SAE (47,3%), sendo este um dado importante, já que – de acordo com a resolução CO-FEN nº 358/2009 – a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implemen-tação do Processo de Enfermagem devem ser realizadas em ambientes, públicos ou privados,emqueocorreocuidadoprofis-sional de Enfermagem. Destacando assim a necessidade de uma abordagem inten-sificada da SAE aos enfermeiros lotadosno cenário do estudo através da utilização da educação permanente como forma de capacitação e atualização, visto que, ao observarmos a Tabela 5, podemos perce-beragrandediversidadedequalificaçõesapresentada pelos enfermeiros do cenário

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Tabela 1. Prescrições de enfermagem mais frequentes e sua temática (Rio de Janei-ro, 2010).Tema Prescrições de Enfermagem f f(%) Total mais frequentes

Sinais vitais Aferir e registrar tax 1x/dia 38 57,5 66 Aferir e registrar tax 3x/dia 28 42,4Cuidados com Orientar acerca dos cuidados o RN com o RN e coto umbilical 18 50,0 36 Orientar mãe quanto à apli- cação de álcool a 70% no coto umbilical a cada troca de fraldas 18 50,0Crescimento e desenvolvimento Mensurar e registrar medidas antropométricas 80 84,2 95 Pesar e avaliar ganho ou per- da ponderal 15 15,7Higiene Realizar limpeza do coto um- bilical com álcool a 70% 28 57,1 49 Realizar o 1º banho amanhã 21 42,8Aleitamentomaterno Incentivar aleitamento materno exclusivo e em livre demanda 41 100,0 41Estado geral Observar e registrar: pega, po- sição e sucção; fontanelas; tó- rax e abdome; coto umbilical; genitália; eliminações vesicoin- testinais; vínculo mãe- bebê 75 78,1 96 Estimular vínculo mãe-bebê 21 21,8 96

Total 383

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do estudo, porém, nenhuma voltada para a Sistematização da Assistência. Analisa-se, na Tabela 7, que o tipo de raciocínio mais utilizado pelos enfer-meiros é o Indutivo (42,1%) que parte de uma observação feita do mundo, de uma realidade, de um evento, de um fato, de uma experiência. Logo após pelo racioci-no dedutivo (26,3%) que partindo de uma hipótese geral não tem referência com o mundo real, mas tem referência com o que o cientista, filósofo ou pensador imaginasobre o mundo, com a lógica. Em segui-da, pelo outro tipo de raciocínio (21,0%) ondeforamcitadosoraciocíniocientíficoeobaseadonaclínicadopaciente,efina-lizando com Sem Registro (10,5%) e com

os que Não utilizam nenhum raciocínio (00,0%). Finalizando a análise das tabelas destacadas, ressaltamos a Tabela 8 onde percebemos que a grande parte dos enfer-meiros relaciona a Prescrição de Enfer-magem com um Diagnóstico de Enferma-gem,entretanto,umaparcelasignificativa(21,0%) realiza a mesma sem relacioná-la com um diagnóstico. Percebe-se, então, que – diariamente – é realizada pelos en-fermeiros lotados no cenário do estudo apenas uma fase do Processo de Enferma-gem (Prescrição de Enfermagem) sem que ocorra a interligação com as outras fases do mesmo. No que se refere à correlação re-

Diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA

Tabela 2. Caracterização dos enfermeiros lotados no cenário do estudo (Rio de Janeiro, 2010).

Tabela 3. Tempo de Formação da Graduação (Rio de Janeiro, 2010).Ano/Mês/Dia f f(%)

13 anos 01 5,26 11 anos 01 5,2610 anos 04 21,0 06 anos 01 5,26 05 anos 01 5,2604 anos e 10 meses 01 5,2603 anos 02 10,5 02 anos 02 10,501 ano e 10 meses 01 5,26 01 ano 02 10,508 meses 01 5,26 Sem registro 02 10,5

Total 19 100

Ano 10, Janeiro a Março de 2011 115

Categorização f f(%)

Funcionário 06 33,3Residente 06 33,3 TreinamentoProfissionalsembolsa 015,55TreinamentoProfissionalBolsista 0633,3

Total 19 100

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alizada pelos enfermeiros das Prescrições de enfermagem mais frequentes, de acor-do com a análise dos prontuários e com os diagnósticos de Enfermagem segundo a Taxonomia Nanda 2009-2011, ressaltamos os dados encontrados na Tabela 9 que con-templou o maior percentual de diagnósti-cos para as prescrições de enfermagem.

CONCLUSÃO

Durante o caminhar da pesquisa, cada dado obtido instituía um novo ques-

tionamento acerca do Processo de enfer-magem e não só o relacionado à assistên-cia, como o grande processo de mudança de arte para cientificidade pelo qual vempassando a Enfermagem. Analisando os objetivos traçados, pode-se dizer que os mesmos conseguiram ser alcançados de acordo com o tempo e as normas propostas para o seu alcance. Considerou-se, de grande impor-tância, a presença de parte da Sistema-tização da Assistência de Enfermagem (Prescrição de Enfermagem) no cenário do estudo que possibilitou a realização desta

Diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA

Tabela 4. Tempo de atuação no setor (Alojamento Conjunto) (Rio de Janeiro,2010).

Tabela 5. Especialização profissional dos enfermeiros lotados no cenário do estudo(Rio de Janeiro, 2010).

Ano/Mês/Dia f f(%)

04 anos 01 5,26 03 anos 01 5,2602 anos e 09 meses 01 5,26 02 anos e 06 meses 02 10,5 02 anos e 05 meses 01 5,2602 anos e 03 meses 01 5,2602 anos 01 5,26 10 meses 01 5,2604 meses 01 5,26 03 meses 02 10,502 meses 02 10,501 mês 03 15,7Sem registro 02 10,5

Total 19 100

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Especialização f f(%)

Sim 13 68,4Não 06 31,5

Total 19 100

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Tabela 6. Capacitação para realização da sistematização da as-sistência de enfermagem (Rio de Janeiro, 2010).

Tabela 7. Raciocínio clínico na determinação da prescrição de en-fermagem.

Tabela 8. Relação da prescrição com um diagnóstico de enferma-gem (Rio de Janeiro, 2010).

Diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA

Ano 10, Janeiro a Março de 2011 117

f f(%)

Sim 10 52,6

Não 09 47,3

Total 19 100

Raciocínio f f(%)

Indutivo 08 42,1Dedutivo 05 26,3Outro 04 21,0 Não Utiliza 0 00,0 Sem Registro 02 10,5 Total 19 100

f f(%)

Sim 15 78,9

Não 04 21,0

Total 19 100

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Tabela 9. Diagnósticos de Enfermagem (Rio de Janeiro, 2010).

Diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA

pesquisa, incluindo o impresso próprio e a assiduidade com que são realizados os registros de enfermagem, facilitando a ob-tenção de dados dos prontuários. O estudo contou com a participa-ção da quase totalidade dos enfermeiros presentes no período de coleta de dados, sendo de extrema importância para que fossepossívelareflexãodosmesmosacer-ca da Sistematização da Assistência na práticaprofissional. E, a partir dos dados oriundos do presente estudo, onde foi concedida a oportunidade de se aproximar da Sistema-tização da Assistência unida à prática diá-ria,apontam-sequestõesparaareflexãodaequipe de enfermagem:

a. Proporcionar oficina de sensibilizaçãoda equipe de enfermagem a respeito da Sistematização da Assistência de Enfer-magem;b. Realizar reuniões (semanais ou quinze-nais)comasequipesdeenfermagemafimde realizar atualização técnica e realizando educação em saúde, visando à qualidade assistencial e o bem-estar do cliente;c. Discutir, individualmente, cada caso, pois cada indivíduo e família são únicos e merecem ser tratados individualmente de acordo com sua necessidade;d. Apurar os sentidos para ser capaz de de-tectar as necessidades do cliente e, assim, sistematizar a assistência individualizada.

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Diagnóstico de Enfermagem f(%)

Risco de infecção 4,62 Risco de integridade da pele prejudicada 4,04 Disposição para estado de imunização melhorado 1,15 Risco de desequilíbrio na temperatura corporal 0,57 Risco de crescimento desproporcional 4,04 Risco de atraso no desenvolvimento 0,57 Padrãoineficazdealimentaçãodobebê 7,51 Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais 3,46 Risco de glicemia instável 1,73Padrãorespiratórioineficaz 3,46Riscodevolumedelíquidosdeficiente 7,51 Disposição para eliminação urinária melhorada 5,71 Eliminação urinária prejudicada 5,20 Risco de constipação 7,51 Risco de motilidade gastrointestinal disfuncional 5,20Padrãorespiratórioeficaz 1,73Conhecimentodeficiente 1,73 Risco de baixa autoestima situacional 4,62 Tensão do papel de cuidador 4,04 Risco de vínculo prejudicado 9,24 Processos familiares disfuncionais 2,89Amamentaçãoineficaz 7,51 Risco de paternidade ou maternidade prejudicada 1,15Desempenhodepapelineficaz 4,62Amamentaçãoeficaz 1,15

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Ao finalizar o estudo, percebe-seque, além da complexidade que abrange o ProcessodeEnfermagem,outrasdificulda-des podem ser encontradas para sua imple-mentação sistemática e efetiva na prática profissional. Entretanto, é fundamentalque a equipe de enfermagem internalize esse processo como o marco principal para reconhecimento da enfermagem como ci-ência. Assim, de acordo com Chiavena-to4, a mudança ocorre quando há alterações no ambiente, na estrutura, na tecnologia ou nas pessoas de uma organização; envolve transformação, perturbação e ruptura de hábitos e costumes, dependendo de sua in-tensidade. Dessa forma, a implementação da SAEdeveserplanejadaafimdegarantirque a inovação seja compatível com as necessidades tanto dos clientes quanto das metas da unidade de serviço, sendo funda-mental um processo de avaliação contínua para que a sua introdução no ambiente pos-sa ser sujeita a readaptações necessárias às características do cuidado.

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Ano 10, Janeiro a Março de 2011 119

Diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA

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ABSTRACT Systematize and organize care nursing care toclients in theirfirstdaysof life, still agreat challenge for nursing staff. Thus, it is necessarythatthenursingstaffisqualifiedto provide care in a systematic manner, thus maximizing the realization of actions im-plemented. This research was focused on the correlation of the requirements for nur-sing the newborn admitted to the Rooming with Nursing Diagnoses (DE), according to the taxonomy of NANDA (North Ame-rican Nursing Diagnosis Association). The objectives were to: List the prescriptions most commonly implemented for nursing infants admitted to the rooming, from a pre-established; correlate actions / requi-rements with the DE under the NANDA taxonomy; establish the reasoning made by the nurse clinician, crowded scenario in the study, to determine the requirements necessary for nursing newborns admitted; propose a pre-established instrument for nursing prescriptions to contribute to the implementation of the Systematization of Nursing according to the NANDA taxo

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Diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia NANDA

nomy. As methodological tool used was a descriptive research with quantitative approach, such as technical procedure, re-search documents and used the method of statistical methods and primary data. The statistical method is related to two main terms: population and universe. This study used data representation using ta-bles, picture or graphic through content analysis. When analyzing the data and results of this study, we noticed that besi-des the complexity that covers the nursing process,otherdifficultiescanbefoundforits systematic implementation and effecti-ve professional practice among which we highlight the high percentage of nurses whodonotfeelqualifiedtomaketheNCS(47.3%). Thus underscoring the need for an intensifiedapproachofNCS tonursesin the crowded scene of the study through the use of continuing education as a means of training and updating. However it is es-sential that the nursing staff to internalize this process as the main framework for re-cognition of nursing as a science. KEYWORDS: Infant-Born; Nursing Diag-nosis; NANDA Taxonomy.

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APÊNDICE

Instrumento de coleta de dados

Questionário:

1. Caracterização do enfermeiro:

( ) Funcionário ()Treinandoprofissionalporbolsa(TPB) ( ) Residente ()TreinamentoProfissional(sembolsa)

Tempo de formado:_________________ Tempo de atuação no setor:__________

Especialização:

( ) SIM ( ) NÃO Qual:______________

2- Questões:

A) Você se sente capacitado para realizar a Sistematização da Assistência de Enferma-gemnasuapráticaprofissional?

( ) SIM ( ) NÃO

B) Você utiliza que tipo de raciocínio clí-nico ao determinar a prescrição de enfer-magem ao RN admitido no Alojamento Conjunto?

( ) Dedutivo

( ) Indutivo

( ) outro. Qual:_____________

( ) não utiliza

C) Você, ao determinar uma prescrição, relaciona-a com um Diagnóstico de Enfer-magem?

( ) SIM ( ) NÃO

3- Correlacione as prescrições de enfer-magem registradas com maior frequência no alojamento conjunto com os títulos dos Diagnósticos de Enfermagem segundo a Taxonomia NANDA 2009-2011, listados a seguir, de acordo com a sua numeração (de 1 a 32 ).

Diagnósticos de Enfermagem (títulos) se-gundo a Taxonomia NANDA-2009/2011

Risco de infecçãoRisco de integridade da pele prejudicadaDisposição para estado de imunização melho-radoHipertermiaHipotermiaRisco de desequilíbrio na temperatura corporalRisco de crescimento desproporcional Risco de atraso no desenvolvimento PadrãoineficazdealimentaçãodobebêNutrição desequilibrada: menos do que as ne-cessidades corporaisRisco de glicemia instávelIcterícia neonatalRiscodevolumedelíquidosdeficienteDisposição para eliminação urinária melhorada

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ARTIGO: “diaGnósticos de enfermaGem seGundo a taxonomia

nanda”

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Tema Prescrições de Enfermagem mais frequentes

Diagnósticos de Enfermagem (títulos)

Sinais Vitais - Aferir e registrar tax 1x/dia.

- Aferir e registrar tax 3x/dia.

( ) ( )( ) ( )

Outros : ________________

Cuidados com o RN

- Orientar acerca dos cuidados com o RN e coto umbilical.

- Orientar mãe quanto a aplicação de álcool a 70% no coto umbili-

cal a cada troca de fraldas.

( ) ( )( ) ( )

Outros : ________________

Crescimento e desenvolvimento

- Mensurar e Registrar medidas Antropométricas

- Pesar e avaliar ganho ou perda ponderal.

( ) ( )( ) ( )

Outros : ________________

Higiene - Realizar limpeza do coto umbi-lical com álcool a 70%.

- Realizar o 1º banho amanhã.

( ) ( )( ) ( )

Outros : ________________

Aleitamento Materno

- Incentivar aleitamento materno exclusivo e em livre demanda.

( ) ( )( ) ( )

Outros : ________________

Estado Geral - Observar e registrar: pega, posição e sucção; fontanelas;

tórax e abdome; coto umbilical; genitália; eliminações vesicoin-

testinais; vínculo mãe-bebê.

- Estimular vínculo mãe-bebê

( ) ( )( ) ( )

Outros : ________________

Eliminação urinária prejudicadaRisco de constipaçãoDiarreiaMotilidade gastrintestinal disfuncionalRisco de motilidade gastrintestinal disfuncio-nalPadrãorespiratórioineficazDisposição para conhecimento aumentadoConhecimentodeficiente Risco de baixa autoestima situacionalTensão do papel de cuidadorRisco de tensão do papel de cuidadorDisposição para paternidade ou maternidade melhoradasRisco de paternidade ou maternidade prejudi-

cadaRisco de vínculo prejudicadoProcessos familiares disfuncionais AmamentaçãoineficazAmamentaçãoeficazDesempenhodepapelineficaz

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Apêndice

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TITULAÇÃO DOS AUTORES

AlExANDRA b. SANTOSEspecialista em Enfermagem Pediátrica da Universi-dade Gama Filho (UGF).

AlINE TEIxEIRA VARgASEnfermeira residente do Programa de Clínica Cirúrgica HUPE/UERJ.

ANA CláuDIA CâNDIDO OlIVEIRAEnfermeira residente do Programa de Enfermagem Neona-tal HUPE/UERJ.

ANDRéIA FONTES DA PAzEnfermeira do Núcleo deEnsino e Pesquisa de Adolescente do HUPE; Mestre em Enfermagem.

ANgElINA M.A. AlVESEnfermeira da UTI-Neonatal do HUPE/UERJ; Professo-ra da Graduação em Enfermagem da Fundação Osvaldo Aranha (UniFOA); Profa. Adjunta do Departamento de Enfermagem Materno-infantil do EAP-Unirio; Doutora em Enfermagem.

ANTôNIO A.F. PEREgRINODoutor em Saúde Pública; Professor Adjunto da UERJ e Universidade Veiga de Almeida (UVA).

ANTôNIO MARCOS T. gOMESProfessor Adjunto da Faculdade de Enfermagem da UERJ; Doutor em Enfermagem pela UFRJ.

ClARA CAROlINE ARAuJO lEMOSEnfermeira residente do Programa de Clínica Médica do HUPE/UERJ; Pós-graduanda em Alta Complexidade.

CRISTIANE MARIA DE AMORIM COSTAProfessora Assistente da Faculdade de Enfermagem da UERJ; Chefe de seção da Enfermaria de Urologia do HUPE.

DébORA RIbEIRO DuquEEnfermeira residente do Programa de Enfermagem em Ne-frologia do HUPE/UERJ.

FRANCES VAléRIA COSTA E SIlVADoutora pelo IMS/UERJ; Professora Adjunta da Faculda-de de Enfermagem da UERJ; Enfermeira da Unidade de Diálise Peritonial.

ISAbElA COSTA PEIxOTOEnfermeira residente do Programa de Clínica Médica do HUPE/UERJ.

lEONARDO VINICIuS DE ARAúJO SANTOSEnfermeiro residente do Programa de Nefrologia do HUPE/UERJ.

lETICIA lOuREDO DO CARMOEnfermeira residente do Programa de em Clínica Médica do HUPE/UERJ.

MARCIA SIlVA DE OlIVEIRAEnfermeira do Suporte Nutricional do HUPE. Mestre em Enfermagem.

MARISTElA F. SIlVAMestre em Enfermagem; Professora Assistente da Facul-dade de Enfermagem da UERJ. Enfermeira Preceptora do Programa de Residência em Enfermagem em Centro Cirúr-gico do HUPE/UERJ.

NáDIA MARIANA MENDESEnfermeira residente do Programa de Terapia Intensiva Adultos/HUPE/UERJ.

OlgA VElOSO DA SIlVA OlIVEIRAEnfermeira especialista em Enfermagem Oncológica pela Unirio.

RAquEl DE SOuzA RAMOSEnfermeira mestre em Saúde Pública; Enfermeira pela UERJ.

RENATA DA SIlVA SChulzEnfermeira residente do Programa de Clínica Cirúrgica do HUPE/UERJ.

RENATA DE OlIVEIRA MACIElEnfermeira mestre do HUPE/UERJ; Chefe da Unidade deEnfermagem Pediátrica do HUPE.

RObERTA FAITANIN PASSAMANIEnfermeira residente do Programa de Terapia Intensiva HUPE/UERJ.

Ano 10, Janeiro a Março de 2011 9

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SôNIA REgINA OlIVEIRA E SIlVA DE SOuzAProfessora Assistente da Faculdade de Enfermagem da UERJ; Chefe de Enfermagem do Serviço de Terapia Inten-siva do HUPE/UERJ. Mestre em Enfermagem.

ThábbATA ChRISTINA DE l. RIbEIRO Enfermeira residente do Programa de Obstetrícia do HUPE/UERJ.

Titulação dos autores

VIVIANE AMADO FERREIRA

Enfermeira Residente do Programa de Clínica Médica do HUPE/UERJ.

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