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EFEITOS DA MUSCULAÇÃO SOBRE A FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EM PRATICANTES DE VOLEIBOL Leandra Ferreira Maranini – [email protected] Luana Carolina Dias dos Santos –[email protected] Graduandos em Educação Física Bacharel – UNISALESIANO Lins Prof.° Ms. João Rufino da S. Jr – UNISALESIANO LINS –juninho- [email protected] Prof.° Ms. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes – UNISALESIANO LINS - [email protected] Prof.° Esp. Osvaldo Tadeu da Silva Junior – UNISALESIANO LINS – osvaldotadeu.gmail.com Prof.ª Esp. Kátia Maíra Câmara M. Paccola – UNISALESIANO LINS – [email protected] RESUMO O Objetivo deste estudo foi de investigar os benefícios do treino de musculação na busca do desenvolvimento de força em adolescentes praticantes de voleibol. Foi utilizado o método de exaustão entre 70% a 80% de 1RM para determinar cargas na intervenção para o treinamento. O grupo pesquisado foi composto por 10 indivíduos fisicamente ativos, todos do gênero masculino. Os indivíduos participaram da intervenção no período de 8 semanas. Para verificação dos resultados foi utilizada a análise estatística t - student de p≤ 0,05. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que o treinamento de musculação oferece ganho significativo de força nos membros inferiores e superiores de adolescentes praticantes de voleibol. Palavras-chave: Treinamento; Voleibol; Força. ABSTRACT Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul- dez de 2016

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EFEITOS DA MUSCULAÇÃO SOBRE A FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EM PRATICANTES DE VOLEIBOL

Leandra Ferreira Maranini – [email protected] Carolina Dias dos Santos –[email protected]

Graduandos em Educação Física Bacharel – UNISALESIANO Lins Prof.° Ms. João Rufino da S. Jr – UNISALESIANO LINS –[email protected]

Prof.° Ms. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes – UNISALESIANO LINS - [email protected].° Esp. Osvaldo Tadeu da Silva Junior – UNISALESIANO LINS – osvaldotadeu.gmail.com

Prof.ª Esp. Kátia Maíra Câmara M. Paccola – UNISALESIANO LINS – ká[email protected]

RESUMO

O Objetivo deste estudo foi de investigar os benefícios do treino de

musculação na busca do desenvolvimento de força em adolescentes praticantes de

voleibol. Foi utilizado o método de exaustão entre 70% a 80% de 1RM para

determinar cargas na intervenção para o treinamento. O grupo pesquisado foi

composto por 10 indivíduos fisicamente ativos, todos do gênero masculino. Os

indivíduos participaram da intervenção no período de 8 semanas. Para verificação

dos resultados foi utilizada a análise estatística t - student de p≤ 0,05. Com os

resultados obtidos, pode-se concluir que o treinamento de musculação oferece

ganho significativo de força nos membros inferiores e superiores de adolescentes

praticantes de voleibol.

Palavras-chave: Treinamento; Voleibol; Força.

ABSTRACT

The objective of this study was to investigate the benefits of bodybuilding

training in the search for strength development in adolescents practicing volleyball.

The exhaustion method was used between 70% and 80% of 1RM to determine loads

in the intervention for training. The study group consisted of 10 physically active

individuals, with a mean of, all of the male gender. The individuals participating in the

intervention in the period of 8 weeks. To verify the results, t - student statistical

analysis of p≤0.05 was used. With the results obtained, it can be concluded that

strength training offers a significant gain of strength in the lower and upper limbs of

adolescents practicing volleyball.

Keywords: Strength Training Volleyball.

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INTRODUÇÃO

A participação de jovens em modalidades esportivas aumentou

consideravelmente nas últimas décadas, sendo que o voleibol vem se destacando

pelo grande número de adeptos a este jogo, seja de forma recreativa, amadora ou

profissional. No entanto o interesse em tornar-se atleta da modalidade também

cresceu, solicitando cada vez mais cedo o desenvolvimento de elementos

específicos da modalidade, ajudando os atletas a terem destaque, pois os jovens

são selecionados conforme as habilidades esportivas, níveis de desempenho,

compleição física e força muscular. Portanto, além da capacidade técnica e tática, é

importante elementos físicos, que serão essências para melhora da performance.

Dentre as valências físicas utilizadas na modalidade voleibol, tem-se a força

muscular, sendo um importante componente da aptidão física e essencial para a

execução de uma variedade de ações ofensivas e defensivas durante o jogo, sendo

uma capacidade física importante para o desempenho satisfatório no voleibol. Uma

das ferramentas utilizadas para a melhora da força muscular é o tradicional

treinamento com pesos (musculação), que possibilita o ganho de capacidades

físicas, além de prevenir lesões, ou para reabilitação após lesão.O treinamento de

força muscular assume um papel importante na preparação física de equipes

esportivas, a fim de garantir o rendimento dos atletas durante as competições

(BERRIEL, 2004).Sendo assim, este trabalho tem a perspectiva de responder a

seguinte problematização: O treinamento de musculação possibilita o

desenvolvimento de força muscular em membros superiores e inferiores de

adolescentes do gênero masculino praticantes de voleibol? Acredita-se que a

musculação pode ser uma ferramenta adequada no estímulo e desenvolvimento de

força.

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1 PESQUISA DE CAMPO

1.1 Sujeitos

Após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), do

Unisalesiano, sob o número do parecer: 1.568.164, e preenchimento do termo de

consentimento e assentimento iniciou-se o estudo. Portanto, foram escolhidos 10

adolescentes praticantes de voleibol, vinculados a Secretaria de Esportes da cidade

de Pongai-SP, na qual tinham idade entre 15 a 18 anos, sendo todos do sexo

masculino.

1.2 Condições Ambientais

As avaliações foram realizadas no Ginásio Municipal de Esportes e Academia

Municipal Corpus Fitness, ambos na cidade de Pongai-SP. Entre os meses de

agosto e outubro de 2016. As coletas foram realizadas no período noturno entre

19h30 e 21h00.

1.3 Protocolo I - Teste para verificar força dos membros superiores: Arremesso de medicine Ball

O teste acontece na posição sentado no solo com o quadril, dorso e cabeça,

apoiados na parede, pernas estendidas e afastadas, o participante lança a medicine

ball de 2 quilogramas com ambas as mãos, a bola é suja com pó de giz para facilitar

a marcação do local, sem balanço preliminar, com a máxima extensão dos

cotovelos. Foi realizado apenas um arremesso. (RIZOLA, 2003).

1.4 Protocolo II - Teste para verificar força dos membros inferiores: Impulsão Horizontal

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Posição inicial em pé, com as pernas semi-flexionadas, com leve afastamento

lateral um pouco maior que a largura dos quadris. O participante realiza uma

impulsão horizontal com a ajuda do movimento de balanceio dos braços. A medida é

feita a partir do ponto mais próximo da linha de saída do salto. A linha utilizada é da

própria demarcação da quadra. Foi realizado o máximo de repetições do salto,

sendo considerado valido aquele que atingiu a distância maior. (RIZOLA, 2003).

1.5 Protocolo III - Teste para verificar força dos membros inferiores: Impulsão Vertical

O teste inicia-se em posição ereta com os pés totalmente apoiados no solo e

braços semi flexionados à frente do tronco, com ambas as mãos na altura dos

ombros. A partir de uma semiflexão dos joelhos, o participante realiza uma transição

rápida excêntrica/concêntrica e salta o mais verticalmente possível tocando a base

com a ponta dos dedos onde esta fixada uma trena, as mãos previamente estavam

marcadas com pó de giz. Foi realizado máximo de repetições do salto, sendo

considerado valido aquele que atingiu a altura máxima. (RIZOLA, 2003).

1.6 Protocolo IV O teste de uma repetição máxima (1RM) é frequentemente utilizado como medida de força muscular.

Os testes de 1RM foram conduzidos conforme o protocolo proposto por

Brown e Weir. Realizaram-se 3-5 min de atividades leves envolvendo o grupamento

muscular testado e, após um minuto de alongamento leve, aquecimento de oito

repetições a 50% de 1RM percebida, seguido de três repetições a 70% de 1RM

percebida. Após 5min de intervalo, realizou-se o teste de 1RM, acrescentando-se,

quando necessário, 0,4 a 5kg, totalizando três a cinco tentativas. Registrou-se como

carga máxima aquela levantada em um único movimento.

2. METODOS 2.1 Procedimentos experimentais.

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Foram escolhidos 10 adolescentes praticantes de voleibol, vinculados a

Secretaria de Esportes da cidade de PONGAI-SP, na qual tinham idade entre 15 a

18 anos, sendo todos do sexo masculino.

Os procedimentos experimentais tiveram início somente após o

consentimento verbal e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido,

conforme aprovado pelo Comitê de Ética.

Os adolescentes foram submetidos a uma bateria de avaliações, a fim de

coletar força de membros superiores e inferiores.

Para avaliação de força em membros superiores, foi utilizado o teste de

Medicine Ball. Para avaliação de força em membros inferiores, utilizou-se os testes

de impulsão vertical e horizontal.

As coletas aconteceram pré (imediatamente antes do início da intervenção de

treinamento) e pós (imediatamente após a intervenção de treinamento), após a pré

coleta, foi realizado o teste de 1RM, justificando encontrar a fase concêntrica de

cada participante, isto para determinar 70% a 80% da carga máxima, possibilitando

o início da intervenção, sendo treinamento de musculação, utilizando o método de

exaustão onde prioriza a força de resistência, ou seja, durante a execução, este

método consiste em realizar as repetições até a exaustão. As repetições serão

finalizadas quando a fase concêntrica do movimento não for completada (falha

concêntrica momentânea), portanto, quando o padrão do movimento estiver

comprometido. Diante ao teste realizado a carga de iniciação foi de 70% de 1RM,

após quatro semanas de treinamento a carga foi aumenta para 80% de1RM dando

continuidade às quatro semanas restantes. É válido ressaltar que em todos os testes

realizados era chamado um participante por vez, sendo devidamente acompanhado

pelos avaliadores.

3. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para comparação pré e pós dos dados coletados, foi utilizada a análise

estatística através do teste t de Student.

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4. RESULTADOS

Na tabela são apresentados os dados do grupo treinamento de força (GTF),

nas variáveis salto vertical pré treinamento (SVPRE), salto vertical pós treinamento

(SVPÓS), salto horizontal pré treinamento (SHPRÉ), salto horizontal pós

treinamento (SHPÓS), arremesso pré treinamento (ARPRÉ) e arremesso pós

treinamento (ARPÓS).

Tabela 1- Resultados: Intervenção treinamento de forçaGTF

MÉDIA

± DP

P

SVPRÉ (CM) 2,84 ±

0,16

SVPÓS (CM) 2,91 ±

0,15*

0,001

SHPRÉ (CM) 2,35 ±

0,30

SHPÓS (CM) 2,44 ±

0,29

ARPRÉ (CM) 5,29 ±

0,69

ARPÓS (CM) 6,16 ±

0,73*

0,0009

*P≤ 0,05 em relação ao pré treinamento.Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016

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DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do treinamento de força

em academia de musculação sobre os membros inferiores e superiores em

praticantes de voleibol. Os resultados demonstraram um aumento significante nas

variáveis de força para membros superiores e inferiores.

Na literatura, há evidencias que reforçam a hipótese dos ganhos de força a

partir dos treinamentos com pesos. Pois Fleck; Figueira Jr (1997) afirmam que os

exercícios com pesos possibilitam benefícios, provocando o aumento da força

proveniente do maior número de unidades motoras recrutadas.

Vindo ao encontro das afirmações mencionadas, Oliveira; Gallagher (1997)

citam que existem outros benefícios com o treinamento de força, como a melhoria do

desempenho desportivo, alterações na composição corporal e a redução do nível de

lesões no campo esportivo. Além disso, os estudos de Rowloand apud Fleck;

Kraemer (2006) complementa os achados, afirmando que o aumento da força

melhora o desempenho atlético, sendo extremamente importante, pois complementa

os achados da pesquisa, na qual tem como objetivo central melhorar os praticantes

de voleibol na variável de força. Sendo assim, evidencia-se a importância do ganho

de forma para melhora do desempenho atlético, sendo o treinamento com pessoas

uma ferramenta na busca deste objetivo.

É válido destacar o período de treinamento, na qual a presente pesquisa

atingiu resultados significantes em apenas oito semanas de intervenção,

aumentando o nível de força dos praticantes de voleibol, quando comparados pré e

pós-intervenção. Sendo que o treinamento proposto de musculação aconteceu

através de cargas de 70% a 80% da força máxima, usando o método de exaustão,

afirmando que para alcançar ganhos rápidos de força deve-se priorizar treinamentos

com cargas entre 80% a 100% de 1 RM. (OLIVEIRA; GALLAGHER,1997).

Para Fleck; Simão (2008), a recomendação para o desenvolvimento de força

máxima preconiza intensidade próxima do máximo, como utilizadas no presente

estudo. Desta forma, pode-se afirmar que para o ganho de força o ideal é utilizar

treinamentos com cargas próximas da força máxima. O presente trabalho concluiu

que o tempo de oito semanas, pode oferecer ganhos significativos sobre a força,

vindo ao encontro destes resultados Vieira et al. (2008) encontrou melhoras para a

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força, durante o período de 11 semanas, com nove atletas do voleibol, submetidos a

treinamentos de musculação. Mostrando que ambos os estudos obtiveram melhoras

durante um período semelhante de intervenção.

No entanto, a presente pesquisa não pode concluir que a amostra obteve um

ganho de força decorrente apenas do treinamento de musculação, pois não houve

grupo controle para comparação, deixando assim a pesquisa subjetiva.

Porém os estudos de Fleck; Simão (2008) mostraram que o treinamento com

pesos desenvolveu a força de adolescentes quando comparados ao grupo controle.

Reforçando a possibilidade do treinamento com pesos (musculação) desenvolver

força a adolescentes praticantes de voleibol.

Dada à colaboração de outros estudos, é possível afirmar que o treinamento

com pesos, consegue oferecer possibilidades de ganhos físicos quanto à força

muscular para adolescentes praticantes de voleibol, proporcionando

consequentemente uma melhora no desempenho atlético.

Esta pesquisa oferece um tema interessante para profissionais da área de

modalidade coletivas, porém necessita de estudos posteriores, com delineamento

metodológico mais sofisticado e número maior de indivíduos. Dentre as sugestões

para estudos futuros, pode ser mencionada a importância da utilização de um grupo

controle, sendo pontos fracos deste estudo, pois com o grupo controle seria possível

ter uma análise mais precisa e específica dos dados coletados, tendo uma

concepção das mudanças ocorridas evidenciadas na tabela de resultados.

Além disso, seria interessante analisar a forma pela qual repercutiria sobre os

ganhos de força a manipulação das variáveis do treinamento, como número de

repetições, séries, intervalos entre séries, frequência semanal e exercícios e a

própria evolução da carga. Finalmente, a resposta de grupamentos musculares

diferenciados, pois seria uma informação interessante, uma vez que se trabalhou

apenas com o sexo masculino e um método de treinamento que foi de exaustão.

Estes resultados possibilitam um referencial teórico e prático para montagem

de treinamentos á aqueles que trabalham com voleibol, e buscam melhor

desempenho dentro de quadra.

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CONCLUSÃO

Analisando os resultados do presente estudo, pode-se concluir que o

treinamento de força realizado em academia de musculação utilizando o método de

exaustão em um período de oito semanas, foram suficientes para causar aumento

da força muscular.

O método utilizado de treinamento citado anteriormente funcionou da seguinte

forma: nas duas primeiras semanas foi utilizado 70% de 1RM e nas seis semanas

restantes passou para 80%, isto pela facilidade de movimento das cargas nas duas

primeiras semanas, na qual possibilitou um aumento de 10% nas semanas

subsequentes.

Com isso, o treinamento do voleibol acoplado ao treinamento de força em

academia de musculação possibilita uma melhora no desempenho dos atletas em

relação aos aspectos físicos, o que auxilia na preparação física e uma melhora no

desempenho geral do time, isto em relação á elementos técnicos e táticos.

O presente estudo sugere que o treinamento de força é uma eficaz

ferramenta na busca do desenvolvimento de capacidades físicas importantes a

modalidade, como força dentre outras, sendo necessária compor o treinamento

técnico e tático da equipe, embora seja fundamental um acompanhamento

profissional, que se preocupe em planejar e programar o treinamento físico integrado

ao técnico-tático.

No entanto vale ressaltar que pelo fato da presente pesquisa não ter utilizado

grupo controle para comparações, torna-se subjetiva, sendo que as melhoras podem

ter acontecido por outros fatores. Porém outros estudos demonstraram a eficácia

desta intervenção realizada na busca do desenvolvimento de força.

Diante disso, recomenda-se estudos utilizando um número maior de

indivíduos e um programa de treinamento de longa duração, a fim de coletar novos

resultados nesta perspectiva. E assim evidenciar a importância do treinamento físico

juntamente com técnico e tático, sendo que este ganho físico possa acontecer

através do treinamento com pesos em sala de musculação, e de fato melhorar o

desempenho esportivo de adolescentes praticantes de voleibol.

Portando o objetivo do trabalho foi alcançado, que foi demonstrar a eficácia

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do treinamento com pesos para melhora de força em adolescentes praticantes de

voleibol.

REFERÊNCIAS

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RIZOLA, A. N.Uma proposta de preparação para equipes jovens de voleibol feminino. 2003. (Mestrado em Educação Física do Desporto) – Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas.

Brown LE, Weir JP. ASEP Procedures recommendation I: accurate assessment of muscular strength and power. J ExercPhysiol. online 2001;4:1-21.

FIGUEIRA JR, A.J.; FLECK, S.; Riscos e Benefícios do Treinamento de Força em Crianças: Novas Tendências, Revista Brasileira de Educação Física e Saúde, Londrina, Abdalla Achour Junior, v. 2, n. 1, pág, 69-75, 1997.

OLIVEIRA, A. R.; GALLACHER,J. D. Treinamento de Força Muscular em crianças: Novas tendências: Revista Brasileira de Atividade Fisica& Saúde.

Londrina: AbdalaaAchour Junior, V II p.69-75. (1997)

FLECK, S.; KRAEMER, W. J Fundamentos do treinamento de força muscular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006

FLECK, S; SIMAO, R. Força: Princípios metodológicos para o treinamento. Bela Vista,- São Paulo, Phorte editora, 2008.

VIEIRA, N. A; BORIN, J. P; PADOVANI, C. R; PADOVANI, C. R. P. Efeito do treinamento de resistência de força no sistema neuromuscular em atletas de voleibol. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, ISSN: 1983 – 9030, v. 6, ed. especial, p.84-96, jul. 2008.

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