UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI … · Do casamento da ciência com a técnica,...

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CURSO DE MATEMÁTICA LUCIANE PLUCINSKI O USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA ERECHIM 2009

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS

MISSÕES CAMPUS DE ERECHIM

DEPARTAMENTO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE MATEMÁTICA

LUCIANE PLUCINSKI

O USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA

ERECHIM

2009

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LUCIANE PLUCINSKI

O USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA

Trabalho de Graduação II, apresentada ao Curso de Matemática, do Departamento de Ciências Exatas e da Terra, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim, como requisito para obtenção do Título de Licenciada em Matemática. Orientadora: Profª. Simone Fátima Zanoello

ERECHIM

2009

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“Em verdade, é pouco

menos que um milagre que os métodos modernos de

educação não tenham ainda estrangulado

inteiramente a sagrada curiosidade da

inquirição, pois esta delicada planta,

além de estimulo, necessita principalmente

de liberdade;sem esta, ela é enevitavelmente

levada à destruição e à ruina”.

Albert Einstein

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a DEUS por ter me dado a oportunidade de estar no mundo e

estar vivendo este momento maravilhoso.

Aos meus queridos pais, TADEU PLUCINSKI e JANDIRA PLUCINSKI, que sempre me

apoiaram e me deram forças nos momentos mais difíceis, e a toda minha família, agradeço

todo o amor, carinho, compreensão e respeito dedicado a mim.

Aos meus AMIGOS e COLEGAS pela sincera amizade e companheirismo, pessoas estas

que me auxiliaram chegar até onde cheguei.

Enfim, não posso deixar de agradecer à pessoa que mais me ajudou nesta longa

caminhada, a minha querida orientadora professora SIMONE FÁTIMA ZANOELLO, pelos

seus conselhos, competência, auxílio e dedicação, pois nos momentos em que precisei estava

ao meu lado, sempre com disposição e boa vontade, mostrando o real valor de um educador.

Para todos vocês, ofereço esta página:

“Se as coisas são inatingíveis...ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos, se não fora

A presença distante das estrelas”! (Mário Quintana)

MUITO OBRIGADA A TODOS!

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RESUMO

Este trabalho trata das tecnologias e sua importância no contexto escolar. Nesse sentido, a

realização do mesmo tem como princípio fundamental, buscar destacar através de uma

pesquisa em livros, artigos, sites a, importância de fazer uso das tecnologias nas salas de aula.

A partir disso, precisamos considerar que um professor enfrentará vários desafios e

dificuldades, mas com uma boa formação ele com certeza, fará um ótimo uso destas

tecnologias. Ao professor, cabe preocupar-se com essa realidade que o cerca, buscando

renovar seus conhecimentos a cada instante. Para podermos compreender a reação de cada

professor diante desse desafio, discutiremos idéias dos autores Borba, Penteado, Moran,

Marinho, entre outros.

Palavras-chaves: Tecnologia. Educação Matemática. Desafios.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................07

2 TECNOLOGIA.............................................................................................09

2.1 HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS EMPREGADAS NA

EDUCAÇÃO.....................................................................................................10

2.1.1 História do Computador .......................................................................10

2.1.2 História da Internet ...............................................................................12

2.1.3 História da Calculadora ........................................................................12

3 A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS ...............................................14

4 TECNOLOGIA NO ENSINO DA MATEMÁTICA ................................18

4.1 COMPUTADOR.........................................................................................19

4.2 INTERNET E EDUCAÇÃO......................................................................20

4.3 CALCULADORA......................................................................................21

5 MUDANÇAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA COM A

UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIAS........................................................24

6 O PAPEL DO PROFESSOR AO INSERIR AS

TECNOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA................ .................26

CONCLUSÃO ...............................................................................................30

REFERÊNCIAS.............................................................................................32

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho monográfico busca aprofundar os estudos sobre a utilização das tecnologias

no processo educativo, tendo em vista a formação do professor para o ensino e a pesquisa

sobre o uso da tecnologia, buscando novas formas de aprender a pensar e de ensinar.

Este trabalho justifica-se pelas alterações que a educação vem sofrendo e que exige

transformações, as quais necessitam de um profissional capaz de produzir conhecimentos a

partir da reflexão de sua prática e também capaz de enfrentar desafios, principalmente que ele

seja capaz de buscar novas formas de atuação. Nessa perspectiva, é importante verificar qual a

formação dos professores e quais os desafios enfrentados com a utilização das tecnologias no

Ensino da Matemática.

O referido trabalho é composto por seis seções, sendo que a segunda seção traz uma breve

introdução sobre o significado da palavra tecnologia e como ela foi surgindo no decorrer dos

anos, dando-se ênfase as tecnologias – computador, internet, calculadora – empregados no

processo ensino-aprendizagem.

Na primeira parte da terceira seção, “A Importância das Tecnologias”, ressalta a

importância das tecnologias no dia-a-dia, tendo sempre em mente que elas podem contribuir

muito para o desenvolvimento da humanidade. Já na segunda parte, relata a importância do

uso das tecnologias na educação, as novas formas de aprender com a utilização das mesmas,

visando à melhoria do processo de aprendizagem. Aborda também a atualização do papel e

das funções do professor, a sua compreensão e a utilização das tecnologias, visando à

aprendizagem dos alunos.

A quarta seção destaca: “Tecnologias utilizadas no ensino da Matemática”, quais os

objetivos das tecnologias e como os professores podem fazer uso das mesmas para

transformar as aulas mais interessantes. Destaca ainda como as tecnologias podem contribuir

para desenvolver a capacidade de cada aluno.

A quinta seção, aborda as mudanças ocorridas no Ensino da Matemática com a utilização

das tecnologias, informa como a integração do trabalho pedagógico com as tecnologias no

currículo, como ferramentas, exigirão uma reflexão de suas técnicas, dos conteúdos

escolhidos, das novas formas de se realizar o trabalho pedagógico e a preparação continuada e

adequada dos professores.

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E, finalmente, a sexta seção, “O papel do professor ao inserir as tecnologias no Ensino da

Matemática”, trata sobre o novo papel que o professor terá que adquirir frente às mudanças

tecnológicas que estão surgindo e quais serão os desafios enfrentados pelo professor ao

utilizar as tecnologias na educação, para dessa forma, poder estabelecer diferentes estratégias

de aprendizagem.

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2 TECNOLOGIA O uso do termo “tecnologia” tem sua origem desde a revolução industrial, no final do

século XVIII. Segundo Silva (2009), esse termo pode ser usado para descrever o nível de

conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura.

Conforme Moran (2000), “tecnologia é a ciência aplicada na busca de soluções para

problemas e necessidades humanas”. O ser humano sempre procura novas soluções para

velhos problemas, ao encontrá-las, as mesmas se tornam um marco obrigatório. Logo abaixo

veremos um pouco da história das tecnologias segundo a Enciclopédia Livre (2009).

A história da tecnologia é quase tão antiga como a história da humanidade, quando as

pessoas começaram a usar ferramentas para caçar e se proteger. Ela acompanha a cronologia

do uso dos recursos naturais, desde as ferramentas e fontes de energia mais simples, até as

ferramentas e fontes de energia mais complexas. As tecnologias mais antigas converteram

recursos naturais em ferramentas simples: a raspagem das pedras. As ferramentas mais antigas

como a pedra lascada e a roda, foram meios simples para a conversão de materiais brutos e

“crus” em produtos úteis; os antropólogos descobriram muitas habitações e ferramentas feitas

a partir dos recursos naturais.

A descoberta e o uso do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do homem,

permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos

naturais que necessitam do calor para serem úteis. A madeira e o carvão de lenha estão entre

os primeiros materiais usados como combustível. A madeira, a argila e a rocha estavam entre

os materiais mais adiantados a serem tratados pelo fogo, para fazer armas, cerâmicas, tijolos e

cimento. As melhorias continuaram com a fornalha, que permitiu a habilidade de derreter e

forjar o metal (cobre 8000 a.C.), e a descoberta das ligas, como o bronze (4000 a.C.). Os

primeiros usos do ferro e do aço são desde 1400 a.C..

No final da Idade Média, aconteceu o que muitos chamam de três revoluções industriais.

Na primeira, que começou na Inglaterra no século XVIII, teares automáticos passaram a ser

movidos por máquinas a vapor e camponeses viraram operários. Na segunda, que emergiu na

Alemanha do século XIX, a eletricidade passou a impulsionar os motores, e a ela, juntaram-se

o petróleo e a energia nuclear, instaurando o império da potência. Do casamento da ciência

com a técnica, nasceu a tecnologia, que tomou conta da indústria, dos serviços, dos

transportes, da comunicação e do entretenimento. Mas, quando a ordem industrial do mundo

parecia definitiva, o império da potência deu lugar ao da informação, e no final do século XX,

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surgiu a terceira revolução industrial.

Revolução essa que consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo

impacto no processo produtivo, em nível econômico e social. Com a Revolução Industrial, a

era agrícola foi superada, a máquina foi substituindo o trabalho humano e uma nova relação

entre capital e trabalho se impôs estabelecendo novas relações entre nações.

2.1 HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS EMPREGADAS NA EDUCAÇÃO

Atualmente, existe no mundo todo um acesso ilimitado aos recursos tecnológicos, sendo

possível conhecer nas diferentes culturas as descobertas da ciência, tornando a aprendizagem

muita mais significativa com esses recursos. De acordo com Antunes (2009), as tecnologias

como, por exemplo: o computador, a internet, a calculadora, entre outras, vêm sendo

introduzidas no ensino com o objetivo de torná-lo mais atrativo e estimulante.

Segundo o mesmo autor, busca-se uma educação baseada na interlocução dos sujeitos para

a interação com os saberes que circulam no ambiente escolar, expressando a realidade

individual e coletiva, na tentativa de romper com o senso comum e com o ensino

desarticulado, construindo o saber pedagógico significativo usando como ferramenta

pedagógica a tecnologia, para que o aluno possa ter acesso ao mundo globalizado.

Nos próximos itens, veremos como surgiu cada uma das principais tecnologias que podem

ser empregadas na educação. Tecnologias essas, que se utilizadas na escola podem criar um

novo ambiente escolar, reinventando formas de ensinar e aprender, onde o desenvolvimento

de atividades variadas valorize a atenção, a capacidade de concentração e a organização do

conhecimento centrado.

2.1.1 História do Computador

Em 14 de fevereiro de 1946, foi inaugurada a primeira geração de computadores a

processar informações em tempo real, com entrada de dados a partir de fitas perfuradas e

saída em CRT (monitor de vídeo), uma espécie de máquina de escrever. Esses computadores

pesavam 150 kg, com consumo inferior a 1500W e maior capacidade que seus antecessores

valvulados. Em 1954, surgiu a segunda geração de computadores, eram computadores que

tinham um monitor de vídeo de primeira qualidade, rápidos e relativamente pequenos,

possuíam dispositivo de saída sonora e até uma caneta óptica. Em 1957, o matemático Von

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Neumann, colaborou para a construção de um computador avançado, o qual recebeu o nome

de ENIAC. Enquanto uma pessoa de nível médio levaria cerca de cinco minutos para

multiplicar dois números de dez dígitos, o ENIAC o fazia em cinco segundos. A terceira

geração de computadores é da década de 60, com a introdução dos circuitos integrados.

Surgem conceitos como memória virtual, multiprogramação e sistemas operacionais

complexos, exemplos desta época são o IBM 360 e o BURROUGHS B-3500 (HISTÓRIA...

2009).

Em 1971, o Brasil iniciou a busca de um caminho para informatizar a educação, quando

pela primeira vez se discutiu o uso de computadores no ensino de Física (USP/São Carlos).

Em 1973, algumas experiências começaram a ser desenvolvidas em outras universidades,

utilizando computadores de grande porte como recurso auxiliar do professor para ensino e

avaliação em Química (Universidade federal do Rio de Janeiro-UFRJ) e desenvolvimento de

software educativo na Universidade do Rio Grande do Sul - UFRGS. Em 1975, a

Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP iniciou cooperação técnica, criando um

grupo interdisciplinar para pesquisar o uso de computadores com linguagem LOGO na

educação de crianças. A cultura nacional de informática na educação iniciou nos anos 80, a

partir dos resultados de dois seminários internacionais (1981 e 1982) sobre o uso do

computador como ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem (HISTÓRIA...

2009).

Na quarta geração, entre 1981-1990, surgiu o processamento distribuído, o disco ótico e a

grande difusão do microcomputador, que passou a ser utilizado para processamento de texto e

cálculos auxiliados. A quinta geração de computadores surgiu em 1991 e continua se

especializando até hoje, pois exige cada vez mais uma maior capacidade de processamento e

armazenamento de dados. Sistemas especialistas, sistemas multimídia, banco de dados

distribuídos e redes neurais, são apenas alguns exemplos dessas necessidades. Uma das

principais características dessa geração são a simplificação e miniaturização do computador,

além do melhor desempenho e maior capacidade de armazenamento (HISTÓRIA... 2009).

De acordo com Valente e Almeida (2009), nos dias de hoje, o computador passou a fazer

parte da lista de material que o aluno deve adquirir e o seu uso se tornou rotineiro em

praticamente todas as atividades, desde a produção de documentos, uso em sala de aula e em

laboratório, consulta a banco de dados, comunicação entre alunos e aluno-professor.

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2.1.2 História da Internet

De acordo com Bogo (2009), a Internet foi desenvolvida nos tempos remotos da Guerra

Fria, com o nome de ARPANET, com a finalidade de manter a comunicação das bases

militares dos Estados Unidos. Ela foi desenvolvida em 1969, com o objetivo de conectar os

departamentos de pesquisa. Somente em 1991, a Internet foi introduzida no Brasil, com a

Rede Nacional de Pesquisa (RPN). No dia 20 de dezembro de 1994 é que a EMBRATEL

lança o serviço experimental a fim de conhecer melhor a Internet. Somente em 1995 é que foi

possível, pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações e Ministério da Ciência e

Tecnologia, a abertura ao setor privado da Internet para a exploração comercial da população

brasileira; a partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado.

Conforme o mesmo autor, a década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para

facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por

exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator da Nestcape. O surgimento

acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuíram para este

crescimento, dessa forma a Internet passou a ser utilizada por vários segmentos sociais.

Bogo (2009) refere que nesse momento, a Internet é composta de 50.000 redes

internacionais, sendo que mais ou menos a metade delas nos Estados Unidos. Em síntese, a

Internet é um conjunto de redes de computadores interligados que tem em comum um

conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que seus usuários possam usufruir de

serviços de informação e comunicação de alcance mundial.

2.1.3 História da Calculadora

Outra tecnologia que pode ser utilizada pelos alunos no ensino de Matemática é a

calculadora, ela existe desde o ano de 1642, criada por um filósofo e matemático francês

chamado Blaise Pascal. Filho de um cobrador de impostos. Pascal passava horas olhando seu

pai realizar cálculo que pareciam intermináveis. Disposto a ajudar seu pai, ele construiu aos

19 anos uma máquina de somar e subtrair com oito algarismos que recebeu o nome de

Pascaline. Mais tarde o filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhem Von Leibniz

modificou o projeto de Pascal, e em 1671, ele construiu um mecanismo chamado “roda

graduada”, essa calculadora era capaz de somar, subtrair, dividir, multiplicar e extrair raiz

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quadrada. Mas, foi somente no início do século XX, que as pessoas começaram a procurar por

essas incríveis máquinas que facilitam tanto a vida de todos, elas são capazes de executar as

funções matemáticas, das mais simples até as mais complexas. Podem também armazenar

dados e instruções em registros de memória e sua capacidade é muito grande.

Nos últimos anos, com o desenvolvimento da tecnologia e dos computadores pessoais, a

tecnologia vem ocupando um espaço cada vez maior em nossa sociedade. Grandes

transformações estão ocorrendo na produção industrial, nas relações de trabalho, na forma de

viver do homem e nos estilos de conhecimento, em razão do desenvolvimento das máquinas

informáticas. Vivemos numa sociedade em que prevalecem a informação, a velocidade, o

movimento, a imagem, o tempo e o espaço, com uma nova conceituação.

Na próxima seção, trataremos da importância das tecnologias no ensino da Matemática e a

maneira como cada autor defende a sua utilização.

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3 A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS

As novas tecnologias estão cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia, mas isso não

acontece por simples luxo, mas sim porque o avanço tecnológico é cada vez mais necessário

para o desenvolvimento da humanidade. Segundo Carvalho (2009), a evolução tecnológica

transforma a política, a economia, a divisão social do trabalho e reflete os usos que o homem

faz das tecnologias. O avanço científico amplia o conhecimento sobre esses recursos e cria

tecnologias cada vez mais sofisticadas.

De acordo com Melo (2009), a tecnologia adquire uma importância sem precedentes para

o sucesso das organizações, pois é por meio dela, que as empresas podem melhorar seus

fluxos de informação, integrar seus negócios, buscar e desenvolver novos relacionamentos

com outras organizações e assim, pode melhorar o seu desempenho, de forma a manter sua

sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo.

Observa-se nos dias atuais, segundo Melo (2009), que a tecnologia evoluiu de uma

orientação tradicional, de um suporte administrativo, para um papel estratégico, dentro das

organizações. Ela não só sustenta as estratégias de negócios existentes, mas também permite

que se viabilizem novas. Os gestores contemporâneos devem estar em alerta para o uso

eficiente e eficaz desse recurso que é tão fundamental no dias atuais, tendo sempre em mente

a necessidade de alinhar a estratégia da tecnologia com a estratégia do negócio.

Para Melo (2009), as novas tecnologias permitem o surgimento de novos produtos e

serviços. É um recurso fundamental para a tomada de decisões, de melhor qualidade e no

momento adequado, no projeto e introdução no mercado de produtos e serviços de qualidade.

Hoje uma empresa estar conectada na Internet - que é uma rede de maior exposição das

informações - representa uma grande vantagem pela agilidade, redução de gastos de

armazenagem e custos das transações, permitindo que a empresa enxergue melhor o mercado

e possa reagir às oscilações de oferta e procura.

Antigamente o telefone interurbano – por ser caro e demorado – era usado somente para

casos importantes e urgentes. Hoje através do telefone celular, podemos nos comunicar em

qualquer lugar, estado ou país, sem depender de ter um cabo ou rede física por perto. De

acordo com Moran (2009), as tecnologias portáteis (celular, notebook, câmera digital,...)

expressam ênfase do capitalismo no individual, mais do que no coletivo, a valorização da

liberdade de escolha, de poder agir seguindo a própria vontade.

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A tecnologia de redes eletrônicas modifica profundamente o conceito de tempo e espaço.

Podemos morar em um lugar isolado e estar sempre ligados aos grandes centros de pesquisa,

às grandes bibliotecas, aos colegas de trabalho, a inúmeros serviços. Podemos fazer boa parte

do trabalho sem precisar sair de casa, levar o notebook para a praia, e enquanto descansamos,

podemos pesquisar, interagir e trabalhar com pessoas à distância.

Nos dias atuais, para Moran (2009), a sociedade está começando a utilizar a

videoconferência, que possibilita as várias pessoas, em lugares bem diferentes, ver-se,

comunicar-se, trabalharem juntas, trocar informações, aprender e ensinar. Muitas atividades

que tomavam tempo e implicavam em deslocamentos, filas e outros aborrecimentos, podem

ser resolvidos através do uso da Internet, esteja onde estiver. Até pouco tempo atrás, era

preciso ir várias vezes por semana ao banco, para depositar ou sacar dinheiro, pagar contas,

isso hoje não é mais preciso, podemos fazer tudo isso em casa ou até mesmo no trabalho,

através da Internet.

A importância da tecnologia pode ser notada também na medicina, onde o progresso

tecnológico está resultando no aumento da esperança de vida, tanto de pobres, quanto de

ricos. Graças ao desenvolvimento de novos aparelhos, luta-se para combater doenças que até

pouco tempo pareciam ser incuráveis, como o câncer, a AIDS e outras. Há grande impacto no

desenvolvimento, pois elas podem contribuir na superação da exclusão social, econômica e

geográfica, no aumento do acesso à informação e à educação, possibilitando que as pessoas

pobres participem em número maior, de decisões que afetam suas vidas.

O fato é que o acesso às tecnologias está aberto a todas as pessoas. Todos nós estamos

passando pela revolução das tecnologias que enriquecem a capacidade dos cidadãos de gerar

conhecimento em nível local.

Com o surgimento das tecnologias, para Dalcanale (2009), surge o repensar do processo

ensino-aprendizagem. O ensino circunscrito à sala de aula, avança na direção de um processo

aberto de aprendizagem onde todos os alunos e professores tenham oportunidades quase

infinitas de acessar bases de informações e experiências que fluem de todas as partes do

mundo pela rede informatizada de comunicações.

De acordo com Simoka (2009), o uso da tecnologia no contexto escolar, mais

especificamente no ensino da matemática requer a formação, o envolvimento e o

compromisso de todos os atores do processo educacional (professores, diretores, supervisores,

coordenadores pedagógicos e o próprio aluno), no sentido de repensar o processo de ensino e

aprendizagem. Estes protagonistas têm papéis distintos e o uso da tecnologia deve atender às

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suas especificidades, de tal forma que, suas ações sejam articuladas com vistas a favorecer o

desenvolvimento do aluno como cidadão participativo e crítico para lidar com as inovações

tecnológicas.

Ao introduzir as tecnologias na escola o professor poderá tornar a atividade mais lúdica,

interessante e muito melhor de ser realizada. Conforme Mercado (2002), a inserção das

tecnologias no ensino torna a escola um lugar mais interessante aos olhos do aluno, que

poderá transformar-se em uma melhor aprendizagem, preparando melhor o aluno para o seu

futuro. A aprendizagem centra-se nas diferenças individuais e na capacitação do aluno para

torná-lo um usuário da informação, capaz de usar vários tipos de fontes de informação e

meios de comunicação eletrônica.

Ao ter acesso as tecnologias durante todo o período escolar, os alunos se tornarão agentes

de mudança nos diversos setores ao influir naturalmente no uso destas. Conforme Mercado

(2002), o uso adequado destas tecnologias estimula a capacidade de desenvolver estratégias

de busca e estimula o desenvolvimento de habilidades sociais. Com a internet, um exemplo de

tecnologia que pode ser utilizada no ensino da matemática, as pesquisas podem ser

compartilhadas por outros alunos ao serem divulgadas em rede, pode-se também baixar

softwares gratuitos para trabalhar com os alunos.

A utilização dos recursos tecnológicos pode transformar as atividades de Matemática em

atividades experimentais mais ricas e interessantes, desafia aluno e professor a serem criativos

e a desenvolverem cada vez mais os aspectos cognitivos, a capacidade de um trabalho mais

integrado e crítico.

De acordo com Moran (2009), as tecnologias permitem um novo encantamento na escola,

ao abrir suas paredes e possibilitar que os alunos pesquisem e conversem com outros alunos

da mesma cidade, país ou até mesmo do exterior, ampliando assim, a visão de mundo de cada

aluno. O mesmo acontece com os professores. Alunos e professores encontram inúmeras

bibliotecas eletrônicas, revistas on line, com muitos textos, imagens e sons, que facilitam a

tarefa de preparar as aulas e fazer trabalhos de pesquisa. O professor pode estar mais próximo

do aluno, pode receber mensagens com dúvidas, passar informações complementares para

vários alunos, pode adaptar a sua aula para o ritmo de cada aluno, procurar ajudar outros

colegas sobre problemas que surgem, pode encontrar e baixar softwares. O processo de

ensino-aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação

inusitados. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias

de apoio.

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De acordo com Brandão (1994), aprender ou simplesmente trabalhar com tecnologias no

ensino de matemática, pode ser uma experiência muito agradável, tanto para professores

quanto para alunos. Através delas, pode-se desenvolver um conjunto de atividades com

interesse didático-pedagógico, permitindo desenvolvimento de ambientes de aprendizagem

centrados na atividade dos alunos, na importância da interação social e no desenvolvimento

de um espírito de colaboração e de autonomia nos alunos.

A tecnologia e a informação se tornaram um recurso fundamental para o crescimento e o

desenvolvimento, tanto do conhecimento matemático, quanto do bem estar da sociedade e

está cada vez mais presente na vida das pessoas.

Na próxima seção, veremos alguns dos recursos tecnológicos que podem ser utilizados

pelos professores no ensino da matemática, e como os mesmos podem auxiliar o processo

ensino-aprendizagem.

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4 TECNOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Estamos vivendo no século XXI, um século informatizado, e isso faz com que existam

inúmeros recursos para o professor sair do cotidiano do giz e do quadro-negro. Muitas são as

opções que podem ser utilizadas para enriquecer o ensino, entre elas podemos citar:

calculadoras (comuns, científicas e gráficas), textos apresentados para os alunos com a

utilização do retro-projetor, vídeos, computadores através de softwares matemáticos como:

Matlab, Geometricks, entre outros, e internet.

São fontes extremamente motivantes, portanto, tem um alto potencial educativo, capaz de

conduzir professores e principalmente alunos, a um mundo caracterizado por uma lógica e

desafiá-los a formular estratégias para a resolução de problemas, elaborando decisões de

fundamental importância para o desenvolvimento de atividades no âmbito da Educação

Matemática. O professor que trabalha com o apoio da tecnologia, passa pela composição

transdisciplinar do currículo, no sentido de ir além da integração entre as disciplinas,

compondo itens de atividade dentro ou fora da escola.

Conforme Moran (2000) há uma preocupação com ensino de qualidade mais do que com

educação de qualidade. No ensino, organiza-se uma série de atividades didáticas para ajudar

os alunos a compreender áreas específicas do conhecimento de matemática. Já na educação, o

foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação,

a ter uma visão de totalidade.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o fato das escolas oportunizarem

aos alunos o acesso a calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos,

evidenciam que esses instrumentos podem contribuir para a melhoria do ensino da

Matemática. Isso justifica que os mesmos podem ser usados como instrumentos motivadores

para a realização de tarefas exploratórias e de investigação, (BRASIL, 1999).

A utilização das tecnologias no ensino da Matemática, pode torna-lo mais interessante,

produzindo diferentes motivações, interesses e capacidades, e ainda criar condições de inserir

o aluno num mundo em mudanças. Pode contribuir para desenvolver as capacidades que deles

serão exigidas em sua vida social e profissional (BRASIL, 1999).

O impacto da tecnologia na vida de cada aluno vai exigir competências que vão além do

simples lidar com as máquinas. Conforme os PCNs, o trabalho ganha uma nova exigência,

que é de aprender em um processo não mais solitário. O aluno, imerso em um mar de

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informações, se liga com outras pessoas, que irão contemplar-se em um exercício coletivo de

memória, imaginação, percepção, raciocínios e competências para a produção e transmissão

de conhecimentos (BRASIL, 1999).

4.1 COMPUTADOR

Uma das tecnologias mais utilizadas no ensino da matemática é o computador, ele exigirá

do ensino, um redimensionamento sob uma perspectiva curricular que favoreça o

desenvolvimento e procedimentos com os quais o aluno possa se reconhecer e se orientar, em

um mundo de conhecimento, em constante movimento.

De acordo com os PCNs, o computador é apontado como um instrumento que traz várias

possibilidades ao processo de ensino e aprendizagem de Matemática, seja pela sua destacada

presença na sociedade moderna, ou pelas possibilidades de sua aplicação nesse processo.

Tudo indica que seu caráter lógico-matemático pode ser um grande aliado ao

desenvolvimento cognitivo dos alunos. Embora os computadores ainda não estejam

disponíveis em muitas escolas, eles já começam a integrar muitas experiências educacionais.

Isso traz como necessidade a incorporação de estudos nessa área, tanto na formação inicial

como na formação continuada do professor. O professor pode usar o computador como

elemento de apoio para o ensino, como fonte de aprendizagem e como ferramenta para o

desenvolvimento de habilidades. O trabalho com o computador pode ensinar o aluno a

aprender com seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando suas produções e

comparando-as (BRASIL, 1999).

É necessário, segundo Borba (1996 apud BICUDO, 1999), discutir cada vez mais a

importância da informática na educação da matemática, avaliando os resultados da introdução

de computadores no ensino, promovendo, assim, discussões sobre a oportunidade, viabilidade

e relevância da utilização de computadores no ensino da matemática.

O uso do computador apresenta uma grande motivação para o educando, melhoria

qualitativa e quantitativa do ensino. De acordo com Moran (2000), o computador é um meio

didático; assim como existe o retro-projetor, o vídeo, etc., porém certas características do

computador como capacidade de animação e a facilidade de simular fenômenos, contribuem

para que ele seja facilmente usado na condição de meio didático.

Utilizando o computador na sala de aula, o professor tem a possibilidade de fazer uso de

vários softwares matemáticos (Logo, Geogebra, Wimplot, Graf Eq, entre outros) sendo que

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esses podem ser baixados da Internet, sem custo nenhum para o professor. Esses softwares

oferecem condições para o aluno resolver problemas ou realizar tarefas como desenhar,

escrever, etc. Por exemplo, o professor ao utilizar o software Wimplot, pode estabelecer

animações com os parâmetros de uma função, mostrando diversas características e

propriedades, e somente com a utilização de quadro negro e livro, seria mais difícil alcançar

tal grau de entendimento.

Com o uso do computador, o professor pode fazer uso de programas de simulações, que

segundo Moran (2000), são programas elaborados para possibilitar ao aluno a interação com

situações complexas e de risco, possibilitam a apresentação de fenômenos, experiências e a

vivência de situações difíceis ou até perigosas. Esses programas oferecem cenários que se

assemelham as situações concretas das mais variadas áreas do conhecimento.

Com a utilização do computador no ensino da Matemática, de acordo com Brandão

(1994), os alunos podem divertir-se em atividades criativas que envolvam conteúdos de

Matemática. Mesmo com muitos limites, aprender a trabalhar com o computador pode ser

uma experiência muito agradável, tanto para professores quanto para alunos. O computador

deve ser visto como uma ferramenta, o resultado dependerá de como ele será usado. Não se

pode esperar que o computador faça tudo sozinho, ele traz informações e recursos, porém

cabe ao professor, planejar a aplicação dele em sala de aula.

4.2 INTERNET E EDUCAÇÃO

Conforme Anjos (2009) “A Internet é muito mais que um mero instrumento. Além de ser

um dispositivo, ela representa um modo diferente de efetivar a comunicação e o

processamento social da informação”.

De acordo com o mesmo autor, o uso da Internet não representa grande desafio para que

os professores aprendam a sua utilização e repassem aos seus alunos. A Internet é um meio de

atrair a atenção do estudante, e ela deve ser vista como uma rede de comunicação e de cultura.

A Internet serve como ferramenta de apoio bastante significativa para a educação. Se o

educador conseguir explorar seus recursos, o educando irá perceber as possibilidades do seu

uso para pesquisas e estudo. Sendo assim, de acordo com Antunes (2009), o ensino de como

acessar, e selecionar informações da Internet, será de bastante utilidade para o aprendizado do

aluno. Já para o professor, a Internet será importante para auxiliar nos planejamentos

21

educacionais, sendo possível para o professor pesquisar coisas novas e diferentes para suas

aulas. Mas também com a Internet o professor pode enfrentar alguns problemas, como por

exemplo: a cópia de trabalhos da Internet, mas isto pode vir a acontecer quando o professor

não planeja adequadamente suas aulas.

Conforme Mercado (2002), nos dias de hoje, o uso da Internet não é mais um luxo ou uma

simples questão de opção, um aluno utilizar e dominar os principais recursos como troca de

um e-mail e pesquisa, é de fundamental importância.

A utilização da Internet cria uma nova dinâmica pedagógica interativa, que se inserida em

um projeto pedagógico sólido, contribui para a formação dos alunos. O importante é que a

escola tenha um projeto educacional participativo, que envolva professores e alunos num

trabalho colaborativo. A Internet poderá mudar o perfil do professor, a aula se converte em um

espaço real de interação, de troca de resultados, de comparação de fontes, de adaptação de

dados à realidade dos alunos. O trabalho em equipe e a Internet oferecem uma das mais

efetivas formas para capacitar os alunos ao processo colaborativo e cooperativo e desenvolve

a habilidade de comunicação. Assim Moran (2000; p.53) nos diz que:

A Internet é uma mídia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas

possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o

professor cria um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos.

Mais que a tecnologia, o que facilita o processo ensino-aprendizagem é a capacidade

de comunicação autêntica do professor de estabelecer relações de confiança com os

seus alunos, pelo equilíbrio, pela competência e pela simpatia com que atua.

Assim, o uso da Internet, pode tornar-se um instrumento significativo para o processo

educativo. Ela possibilita o uso de textos, sons, imagens e vídeo que subsidiam a produção do

conhecimento. Propicia também a criação de ambientes ricos, motivadores e interativos. A

Internet possibilita derrubar muros e fronteiras do conhecimento que se torna disponibilizado

para a comunidade acadêmica.

4.3 CALCULADORA

Um outro recurso tecnológico que pode-se fazer uso nas aulas de matemática é a

calculadora, ela pode ser utilizada de maneira a estimular o aluno a resolver problemas em

22

que o foco principal não sejam as manipulações numéricas. Ao contrário do que muitos

pensam as atividades com a calculadora no ensino de cálculos, podem contribuir para o

desenvolvimento da capacidade cognitiva dos alunos e suas estratégias em resolver problemas

aritméticos.

De acordo com Silva (2009), a calculadora é um instrumento que faz parte da realidade de

uma parcela significativa da população, sendo considerada uma forte aliada em situações

cotidianas que envolvam números maiores ou operações mais complexas. Calcular as

despesas do mês de uma família, a multa do pagamento atrasado de uma conta ou o resultado

exato de uma determinada operação que apresente muitas casas decimais, são situações que

podem ser resolvidas com a calculadora. Assim, a escola deve se responsabilizar em

proporcionar situações para que o aluno se familiarize e explore esse recurso tecnológico tão

presente na sociedade.

Segundo Silva (2009), estudo e experiências evidenciam que a calculadora é um

instrumento que pode contribuir para a melhoria do ensino da matemática. A justificativa para

essa visão é o fato de que ela pode ser usada como um instrumento motivador na realização de

tarefas exploratórias e de investigação. Desse modo o professor deve saber como utilizá-la nas

aulas, explorando-a da melhor forma possível.

A utilização dos recursos tecnológicos transforma as atividades de matemática em

atividades muito mais ricas e interessantes, desafia aluno e professor a serem criativos e a

desenvolverem cada vez mais os aspectos cognitivos, a capacidade de um trabalho mais

integrado e critico. O ensino da matemática precisa aproveitar ao máximo os recursos

tecnológicos, como a calculadora, o computador, os softwares matemáticos e a Internet, para

assim enriquecer sua linguagem expressiva, comunicativa e visão do mundo. De acordo com

Scheffer (2003), a utilização dessas tecnologias contribui para a compreensão e

desenvolvimento de diferentes formas de raciocínio e para a resolução de problemas,

abordando novas dimensões para o cálculo em grande diversidade e multiplicidade de

situações.

No entanto, Brandão (1994) defende a ideia de que se deve investir na qualidade da

relação Tecnologia Educação, o que significa sensibilizar professores e alunos a respeito da

importância de se assegurar uma participação ativa no processo de transformação que atinge a

escola, em decorrência da presença cada vez maior de computadores em sala de aula, onde os

ambientes informatizados apresentam-se como ferramenta de grande potencial frente aos

23

obstáculos inseparáveis do processo de aprendizagem.

Na próxima seção trataremos sobre as mudanças ocorridas no ensino da Matemática com

a utilização das tecnologias.

24

5 MUDANÇAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA COM A UTILIZAÇÃO DAS

TECNOLOGIAS

Conforme os PCNs, a revolução tecnológica cria novas formas de socialização, processos

de produção e novas definições de identidade individual e coletiva. Diante desse mundo

globalizado, que apresenta múltiplos desafios para o homem, a educação surge como utopia

necessária indispensável à humanidade na sua construção da paz, da liberdade e da justiça

social (BRASIL, 1999).

De acordo com Moran (2000), as mudanças na educação dependem de termos educadores

maduros, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Dependem

também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam

todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, que apóiem os professores

inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano,

contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.

Segundo os PCNs, é necessário propor uma nova forma de organização do currículo escolar

no ensino da Matemática, trabalhando na perspectiva interdisciplinar e contextualizada,

partindo do pressuposto de que toda aprendizagem significativa implica uma relação sujeito-

objeto e que seja necessário oferecer as condições para que os dois pólos do processo

interajam (BRASIL, 1999).

Segundo Moran (2007), bons professores são as peças-chave na mudança educacional. Os

professores têm muito mais liberdade e opções do que parece. A educação não evolui com

professores mal preparados. Muitos professores começam a lecionar sem uma formação

adequada, conhecem o conteúdo, mas não sabem como gerenciar uma classe, como motivar

os alunos para as aulas, que dinâmicas utilizar para facilitar a aprendizagem, bem como

avaliar o processo ensino-aprendizagem além das tradicionais provas.

É muito importante que se tenha na escola educadores tecnológicos, que tragam para a

mesma, as melhores soluções para cada situação de aprendizagem, que facilitem a

comunicação com os alunos, que orientem a confecção dos materiais adequados para cada

curso, que sejam capazes de humanizar as tecnologias e as mostrem como meios para poder

realizar uma educação diferente.

Para Moran (2007), a educação no ensino da matemática tem de surpreender, cativar e

conquistar os alunos a cada momento. A educação precisa encantar, entusiasmar, seduzir,

apontar possibilidades e realizar novos conhecimentos e práticas.

25

A escola é um dos espaços privilegiados de elaboração, de projetos de conhecimento, de intervenção social e de vida. É um espaço privilegiado de experimentar situações desafiadoras do presente e do futuro, reais e imaginárias. Promover o desenvolvimento integral da criança e do jovem só é possível com a união do conteúdo escolar e da vivência em outros espaços de aprendizagem. (MORAN, 2007; p. 21 - 22).

Segundo Marinho (2002), o ensino da matemática começa a tomar consciência de que está

sendo desafiado num processo de reformulação necessário para atender às exigências

contemporâneas de uma educação de qualidade. A questão da obrigação da escola em preparar

os alunos para uma sociedade informatizada está clara para alunos e professores. Precisamos

mudar a própria concepção de educação, o eixo dessa mudança deve estar no currículo, na

relação professor-aluno. Deverá ocorrer uma modificação nos papéis dos professores na

atividade rotineira de construção do conhecimento, que permeará os processos educacionais.

Para que a incorporação da tecnologia no ensino de matemática avance, a escola terá o dever

de atuar na dimensão humana, e para as pessoas, que estarão de alguma forma envolvidas

nesse processo educativo, estarão sendo colocados os desafios na construção dessa nova

escola.

As novas tecnologias e o aumento exponencial da informação levam a uma nova

organização de trabalho, em que se faz necessário: a imprescindível especialização dos

saberes; a colaboração transdisciplinar e interdisciplinar; o fácil acesso à informação e a

consideração do conhecimento como um valor precioso de utilidade na vida econômica.

Na próxima seção trataremos quais são alguns desafios e as dificuldades enfrentadas pelos

professores ao utilizarem tecnologias nas aulas de matemática.

26

6 O PAPEL DO PROFESSOR AO INSERIR AS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA

MATEMÁTICA

A inserção das tecnologias na educação sinaliza para uma organização curricular

inovadora que, de acordo com Mercado (2002), estabelece novas relações entre a teoria e a

prática. Oferece condições para a emergência do trabalho coletivo e interdisciplinar e

possibilita a aquisição de uma competência técnica e política que permite ao educador se

situar no novo espaço tecnológico. Ao professor cabe o papel de estar engajado no processo,

consciente não só das reais capacidades da tecnologia, do seu potencial e de suas limitações,

para que possa selecionar qual é a melhor utilização a ser explorada em um determinado

conteúdo, contribuindo para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Assim, de acordo com Oliveira (2008) com a introdução das tecnologias na sala de aula, o

professor tem a necessidade de reciclar seus conhecimentos, buscando estudo de formações

contínuas, seja através de grupos de estudo para aprofundamento ou de pesquisa de trabalhos

realizados na área. O professor de hoje, deve buscar novas técnicas pedagógicas em oficinas

práticas em que a introdução das tecnologias efetua uma troca sadia das experiências entre os

colegas que trabalham para melhorar seus projetos.

Conforme Mercado (2002), além do professor conhecer as reais capacidades da

tecnologia, o seu potencial e suas limitações, é importante também que possa selecionar qual

é a melhor a ser explorada num determinado conteúdo, para que assim ela possa contribuir

para a qualificação do processo ensino-aprendizagem, por meio de uma renovação da prática

pedagógica do professor e da transformação do aluno em sujeito ativo na construção do seu

conhecimento.

Segundo Medeiros (1989 apud MARINHO, 2002), cabe ao professor uma reflexão séria

sobre como usar as tecnologias em educação para uma prática pedagógica que anteveja uma

possibilidade de libertação, crítica e reflexiva, do aluno, que deverá ter plena consciência do

seu meio social e de seu papel nele. A reflexão do professor deve ser contínua nessa nova

perspectiva escola, gerando a energia para as transformações que assegurem a adequação às

necessidades dos alunos e na qualidade da educação pelo professor oferecida.

Para Marinho (2002), o professor estará sendo desafiado a abandonar o papel de “ator

principal no palco” da escola, agora lhe estará destinado um papel coadjuvante. O professor

terá de renunciar à função que lhe foi atribuída de transmitir informações e cultura produzidas

e acumuladas pela sociedade. O “palco” será dos alunos. O professor terá o dever de ter

27

consciência de que o novo papel que lhe estará sendo atribuído, de maneira alguma lhe

diminuirá a importância, pelo contrário, a aumentará. O professor útil nessa nova escola, será

capaz de estimular e mediar processos de construção de aprendizagem dos alunos.

Para que isso possa acontecer, o professor vai ser desafiado a ocupar muito do seu tempo

criando estratégias para a aprendizagem, que sejam também desafiadoras aos alunos e que

estejam ligadas à realidade dos mesmos. Muitas dessas atividades serão realizadas para além

dos muros da escola, além do tempo da sala de aula. Mas o professor estará lá, nesse tempo

redimensionado, fazendo o papel de orientador, estimulador e facilitador.

O professor terá de aprender a usar, de maneira cada vez mais produtiva, seu próprio tempo e exercitar, ao limite, sua criatividade para estabelecer essas diferentes estratégias. Para isso, a escola, por sua administração, deverá ser facilitadora. O professor precisa de tempo para explorar as novas idéias do currículo, para aprender como manusear a tecnologia e como integrá-la no currículo. (MARINHO, 2002; p.30)

A transdisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a pedagogia de projetos são estratégias

que, certamente contribuirão para um ensino renovado e compartilhado. Elas representam

movimentos que têm significado na formação de cada um dos alunos. Como destaca Santomé

(1998; p.123 apud Marinho, 2002; p.54) “o trabalho interdisciplinar contribui para que

professores e professoras sintam-se partícipes de uma equipe com metas comuns a serem

encaradas de maneira cooperativa, e responsável frente aos demais em suas tomadas de

decisões”.

De acordo com Marinho (2002), o professor não poderá temer a experimentação, na busca

de alternativas metodológicas, e deverá praticá-la até mesmo como estratégia de crescimento

profissional. Riscos existirão. Mas com certeza, não se fará uma nova educação sem que se

corram riscos, sem que se enfrentem novos desafios a menos que continuem fazendo o que

vêm fazendo: repetir as mesmas aulas de vinte anos ou mais, usando as mesmas anotações em

fichas já amareladas pelo tempo, fazendo no século XXI o ensino do século XIX. Isso não

será de todo impossível, mas certamente será irresponsabilidade

Segundo Borba e Penteado (2001), estes professores, mantêm-se, apesar de insatisfeitos,

numa zona de conforto1, ou seja, eles não procuram mudar a forma de ensinar. Muitos

reconhecem que a forma como estão atuando não favorece a aprendizagem dos alunos e

1 Zona de conforto é um termo usado pela autora Miriam Godoy Penteado, no artigo Implicações para a

prática docente.

28

possuem um discurso que indica que gostariam que fosse diferente. Porém, no nível de sua

prática, não conseguem se movimentar para mudar aquilo. Esses professores nunca avançam

para o que é chamado de uma zona de risco2, na qual é preciso avaliar constantemente as

conseqüências das ações propostas.

Quando o professor optar por trabalhar com tecnologias em suas aulas, e portanto colocar-

se em uma “zona de risco”, ele precisará estar preparado para os possíveis problemas que

podem aparecer, desde técnicos até questionamentos inesperados.

Os problemas técnicos podem obstruir completamente uma atividade. De acordo com

Borba e Penteado (2001), um professor corre o risco de ter que alterar todos os seus planos

quando se depara com o fato de que a configuração das máquinas que possibilitaria a

execução das atividades foi alterada pela turma que usou a sala de informática antes dele. O

professor necessita do auxílio de alguém para configurar a máquina e instalar softwares e o

tempo é muito curto para que as providências sejam tomadas no momento da aula. Sabe-se

que são poucas as escolas que disponibilizam de um técnico de informática que garanta as

condições adequadas de trabalho da sala de informática. Quando tudo vai bem com a parte

técnica e o professor consegue desenvolver sua aula surgem as perguntas imprevisíveis. Por

mais que o professor seja experiente, é sempre possível que uma nova combinação de apertar

teclas e comandos leve a uma situação nova que requer um tempo mais longo para análise e

compreensão. Muitas dessas situações necessitam exploração cuidadosa ou até mesmo a

discussão com os próprios alunos e outras pessoas.

Outra dificuldade que surge e que os professores devem enfrentar são as limitações das

salas de informática, se o espaço físico não comporta todos os alunos, o professor deverá

dividir a classe, desenvolver a mesma atividade para diferentes turmas. Quanto tempo levará

para atender a classe toda? Isso trará algum prejuízo? Quais os perigos de deixar alguns

alunos sozinhos na sala de aula enquanto o professor orienta as atividades na sala de

informática, ou vice-versa? Como as diferentes formas de organização do espaço físico

influenciarão na prática pedagógica? São decisões difíceis e cada escola vai encontrar a sua

maneira.

À medida que a tecnologia informática se desenvolve, o professor depara-se com a

necessidade de atualização de seus conhecimentos sobre o conteúdo ao qual ela está sendo

integrada. Ao fazer uso de uma calculadora ou um computador, o professor de matemática

2 Zona de risco é um termo usado pela autora Miriam Godoy Penteado, no artigo Implicações para a prática

docente.

29

pode se deparar com a necessidade de expandir muitas de suas idéias matemáticas e também

buscar novas opções de trabalho com os alunos.

Diante de tudo isso, o professor é desafiado constantemente a rever e ampliar seu

conhecimento. Quanto mais ele se insere no mundo da tecnologia, mais ele corre o risco de se

deparar com uma situação matemática que não lhe é familiar.

Nos dias de hoje, as informações podem ser obtidas nos mais variados lugares. Sabe-se

que a informação não é tudo, é preciso um espaço em que elas sejam organizadas e discutidas.

Para Borba e Penteado (2001), a escola pode ser esse tal espaço, ou até mesmo, ela pode

proporcionar um espaço, como por exemplo, um laboratório de ensino de matemática. Um

espaço onde professores e alunos se sentam para compartilhar as diferentes informações e

experiências vividas, gerar e disseminar novos conhecimentos. O professor pode vir a

perceber, que cabe a ele compartilhar com seus alunos, a responsabilidade pela organização

desse espaço, constituí-lo num ambiente de aprendizagem e geração de novos conhecimentos.

30

CONCLUSÃO

Percebemos, com o término do trabalho, que o professor pode buscar meios práticos,

através das tecnologias para desenvolver seus conhecimentos teóricos interagindo com outros

educadores e alunos da instituição para alcançar o sucesso. Ele não deve achar que vai

encontrar tudo pronto, é preciso fazer mudanças necessárias para uma construção do

conhecimento. A introdução das tecnologias parte do pressuposto de uma formação de

educadores para um melhor aproveitamento dos meios tecnológicos utilizados, estas devem

ser inseridas na escola de forma gradativa, conquistando seu espaço à medida que toda

comunidade escolar trabalhe junto para a transformação, partindo da realidade de cada

instituição.

Precisamos considerar que não são as tecnologias que determinam o tipo de educação que

se tem, mas elas representam uma importante ferramenta na construção do conhecimento. A

tecnologia está aí, faz parte da nossa realidade e não podemos fugir dela. Assim, é importante

considerar que as escolas, de um modo geral, tenham consciência disso e busquem incorporá-

las na sala de aula de maneira que elas possam formar, transformar e agregar valores.

As tecnologias podem ter um significativo impacto sobre o papel dos professores, em

termos de conteúdos, métodos e uso das mesmas, incentivando um modelo geral de ensino,

que encara os estudantes como participantes ativos do processo de aprendizagem e não como

receptores passivos de informação ou conhecimento, incentivando os professores a utilizá-las

e começarem a reformular suas aulas encorajando seus alunos a participarem de novas

experiências.

A educação de hoje precisa ser repensada, é preciso buscar formas alternativas para

aumentar o entusiasmo do professor, o interesse do aluno e o nível de aprendizagem.

Assim, o professor com o auxílio das tecnologias passa a ser um colaborador ativo, com

pensamentos críticos e com acesso ao conhecimento ilimitado. Um professor atualizado é

aquele que tem olhos para o futuro e ação no presente, para não perder as possibilidades que o

momento atual lhe apresenta. As tecnologias são uma opção, uma decisão do professor frente

aos novos rumos de trabalho.

O professor do século XXI não poderá temer a experimentação, na busca de alternativas

metodológicas, e deverá praticá-la até mesmo como estratégia de crescimento profissional.

31

Ele deverá ser capaz de estimular e mediar processos de construção na aprendizagem dos

alunos.

Para que isso possa ocorrer, o professor será desafiado a ocupar muito de seu tempo

criando estratégias para a aprendizagem, que estas sejam também desafiadoras aos alunos e

que estejam vinculadas às suas próprias realidades. E muitas dessas atividades serão

realizadas para além dos muros da escola, além do tempo das aulas, mas o professor mediador

estará lá, nesse espaço ampliado, fazendo o papel de orientador, estimulador e facilitador.

Riscos existirão, mas com certeza não se fará uma nova educação sem que o professor

corra riscos, sem que ele enfrente desafios e que tenha competência e criatividade para

superá-los, mostrando que um profissional bem preparado e interligado ao mundo moderno,

saberá tornar sua atividade pedagógica prática e instigante ao aluno, o qual aprenderá a

matemática de uma forma prazerosa e desafiadora.

Como futura professora, com certeza a realização deste trabalho trouxe um conhecimento

que antes eu não tinha. Como e qual deverá ser a preparação de nós futuros professores para

inserir as tecnologias na sala de aula. Quais as dificuldades que vamos encontrar. E como é

importante trabalhar com uma tecnologia na sala de aula. Com certeza, quando eu trabalhar

em uma sala de aula com tecnologia terei mais segurança e saberei como e qual formação

terei que ter para fazer um ótimo uso das tecnologias na sala de aula.

32

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