UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Concluída esta etapa da minha formação, é...

47
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA RELATOS DE AUTO(FORMAÇÃO) NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: PRIMEIROS PASSOS NA CONSTRUÇÃO DE MINHA IDENTIDADE DOCENTE LIA MARTA ARAÚJO DA SILVA NATAL - RN 2015

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Concluída esta etapa da minha formação, é...

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

RELATOS DE AUTO(FORMAÇÃO) NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

PRIMEIROS PASSOS NA CONSTRUÇÃO DE MINHA IDENTIDADE DOCENTE

LIA MARTA ARAÚJO DA SILVA

NATAL - RN

2015

LIA MARTA ARAÚJO DA SILVA

RELATOS DE AUTO(FORMAÇÃO) NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

PRIMEIROS PASSOS NA CONSTRUÇÃO DE MINHA IDENTIDADE DOCENTE

Relatório Reflexivo de Estágio Supervisionado a ser apresentado ao

curso de Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, como condição integrante para conclusão do

grau de Licenciatura em Pedagogia.

Orientadora: Profa. Ms. Louize Gabriela Silva de Souza

Natal-RN

2015

RELATOS DE AUTO(FORMAÇÃO) NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

PRIMEIROS PASSOS NA CONSTRUÇÃO DE MINHA IDENTIDADE DOCENTE

Por

LIA MARTA ARAÚJO DA SILVA

Relatório Reflexivo de Estágio Supervisionado a ser

apresentado ao curso de Pedagogia do Centro de

Educação da Universidade Federal do Rio Grande

do Norte, como condição integrante para conclusão

do grau de Licenciatura em Pedagogia.

Aprovado em __________________________________________________ com nota _____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Ms. Louize Gabriela Silva de Souza (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________

Ms. Ivone Priscilla de Castro Ramalho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________

Ms. Mônica Karina Santos Reis

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

AGRADECIMENTOS

Não poderia deixar de expressar a minha sincera gratidão a todos aqueles que me

incentivaram e apoiaram ao longo desta caminhada.

Agradeço primeiramente a Deus, grande mentor da vida, por toda força ao longo do

curso. Foram cinco longos anos, no decorrer dos quais perdi entes queridos e passei por

grandes mudanças em minha vida, mas Ele esteve todo tempo ao meu lado, me guiando e

dando forças para seguir em frente.

Agradeço aos meus pais Jacinta e Iraedson que mesmo em meio as dificuldades

sempre tentaram me proporcionar o melhor, principalmente apoio e incentivo aos estudos, e

essencialmente por nunca duvidarem. Em especial à minha mãe, que sempre esteve junto

“segurando a barra”, aguentando meus estresses em tempos difíceis e tentando me ajudar da

melhor maneira possível nos momentos que mais precisei, agradeço por todo amor e

paciência.

Agradeço as minhas amigas fieis: Samara, Patrícia e Jéssica por todo o

companheirismo, partilha, amizade e diversão proporcionada ao longo destes anos, me

incentivando a não desistir.

Ao Colégio Batista Ebenézer, por me acolher tão bem, confiando totalmente no meu

trabalho e pela experiência profissional que me proporcionou.

Aos meus alunos pelo carinho sincero e por serem meus maiores motivadores na

práxis. Foram eles os grandes mestres da minha graduação.

A todos os meus professores, desde a infância à graduação, cada um teve papel

fundamental na minha formação.

Agradeço ao meu filho Ryan, que mesmo ainda em meu ventre me ensinou o que é o

amor incondicional e tem me fortalecido a cada dia a lutar pelo melhor para nossas vidas.

Ao Junior, pai do meu filho, que em tão pouco tempo de convivência ensinou-me a ver

a vida com outros olhos e que mesmo sem planejarmos me deu o melhor presente em meio a

um turbilhão de acontecimentos.

Agradeço a minha orientadora Profa. Ms. Louize Gabriela, que nos 40 segundos do

segundo tempo aceitou me orientar. Obrigada por toda disponibilidade em meio a correria,

seu esforço, paciência, dedicação e apoio, orientando-me da melhor forma, numa das

experiências mais enriquecedoras da minha vida. Em tempos de desespero você conseguiu me

acalmar.

Por fim, agradeço a todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuíram para a

conclusão deste relatório.

Concluída esta etapa da minha formação, é com enorme saudade e orgulho que olho

para trás e afirmo que dei o melhor de mim, encarando todos os desafios como se fossem os

últimos.

A todos, muito obrigada!

RESUMO

Este relatório reflexivo apresenta, de forma breve, minha trajetória como estudante,

onde exponho as motivações que me levaram a escolha da docência como profissão, bem

como uma análise das atividades que desenvolvo na minha atuação profissional. Ao relatar

estas vivencias busco articular a prática com as discussões e saberes compartilhados em sala

de aula no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. O

presente documento intitulado “Relatos de auto(formação) no estágio supervisionado:

primeiros passos na construção de minha identidade docente”, encontra-se organizado em

três capítulos: no primeiro relembro minha vida estudantil das séries iniciais a entrada na

universidade; no segundo relato o meu entendimento acerca do que é ser professor, relevando

a importância da prática durante a graduação e o que me conduziu a esta profissão; no

terceiro, apresento, justifico e reflito sobre as minhas estratégias de ensino e refiro as

atividades em que participei e organizei na escola na qual tive oportunidade de vivenciar,

desenvolver, refletir, colaborar e relacionar a prática educativa com a teoria vista na

graduação, tendo como suporte alguns autores, como Piaget, Vygotsky, Zabala, Emília

Ferreiro, compreendendo assim, a necessidade de continuar a crescer enquanto profissional.

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Escrita silábica 19

Figura 02 - Escrita Alfabética não-ortográfica 20

Figura 03 - Apresentação do livro da vida 21

Figura 04 - Dia da fruta 23

Figura 05 - Projeto “Quem conta um conto” 24

Figura 06 - Ficha de leitura 24

SUMÁRIO

PRIMEIRAS PALAVRAS: ESCOLHA DA DOCÊNCIA, CENÁRIOS DE UMA

PESQUISA --------------------------------------------------------------------------------------

9

CENÁRIOS DE UMA PESQUISA ---------------------------------------------------------- 12

Contextualizando o Colégio Batista Ebenézer ---------------------------------------------- 14

DA TEORIA A PRÁTICA: A AÇÃO E REFLEXÃO DO PROFESSOR EM SALA

DE AULA ---------------------------------------------------------------------------------------

-

17

Atividades realizadas na gestão e na Coordenação Pedagógica -------------------------- 26

A influência dos pais no processo educativo -----------------------------------------------

-

30

CONSIDERAÇÕES FINAIS ----------------------------------------------------------------- 34

REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------------- 36

PRIMEIRAS PALAVRAS: ESCOLHA DA DOCÊNCIA, CENÁRIOS DE UMA

PESQUISA

“A educação é um processo social, é desenvolvimento.

Não é a preparação para a vida, é a própria vida”

John Dewey

Fonte: Google Image

Ao relembrar minha vida escolar, posso afirmar que desde os meus primeiros anos de

vida tive contanto com o universo estudantil, mesmo antes de ingressar na escola, como aluna.

Sendo minha mãe, professora das séries iniciais, preparava em casa suas aulas e desde cedo

me apresentou ao mundo das cores, formas, letras e números. Em 1993 fui matriculada no

maternal, no Colégio Batista Bereiano, na cidade de Natal/RN, acompanhando assim, minha

mãe no seu ambiente de trabalho. Minha primeira professora Elaine, que até hoje tenho um

carinho especial por e era um doce de pessoa. Sempre muito carinhosa e meiga com todos,

não lembro dela precisar alterar a voz para algum aluno, pois sempre procurava conversar

com as crianças e mostrar o certo no lugar de punir os erros.

Na alfabetização mudei de escola juntamente com a minha mãe, fomos para o Colégio

Batista do Satélite, localizado na mesma cidade. Foi um período difícil para mim, visto que

era um novo ambiente, novos colegas e professores, porém, fui recebida com muito carinho

pela professora Helena, o que contribuiu para minha boa adaptação na escola. A maneira

como ela ensinava era bastante tradicional, contudo tinha o maior carinho e paciência para

que aprendêssemos. Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, eu e minha família nos

mudamos para Macaíba/RN e mais uma vez precisei mudar de escola – de início, essas

mudanças eram terríveis para mim – e mais uma vez eu precisaria me adaptar a um novo

ambiente, professores e colegas. Contudo, aos poucos, me socializava bem com a turma e as

professoras que se apresentavam eram, na maioria das vezes, tranquilas e receptivas. Apesar

de não termos tanta liberdade como os alunos têm nos dias de hoje, bem como a questão da

ludicidade ser pouco trabalhada naquela época, pelo menos que eu tenha lembrança, já que

predominava um ensino tradicional, eu sempre admirei muito a forma como minhas

professoras ensinavam, como conduziam às aulas e em casa, acabava sempre imitando o que

observava em sala de aula, fazendo o mesmo com minhas bonecas e meus irmãos, ao brincar

de escolinha (uma das minhas brincadeiras preferidas).

A partir da 5ª série (atual 6º ano), retornei ao Colégio Batista Bereiano (meu primeiro

colégio), o qual concluí o Ensino Fundamental II. Sempre fui muito dedicada aos estudos,

porém, como era adiantada um ano, tive muita dificuldade e dependência em estudar com

alguém. Em épocas de prova eram sempre um tormento, pois tinha que ler e compreender as

várias páginas que vinham no roteiro para estudarmos, mas ao final acabava obtendo êxito.

Lembro que sempre fui uma aluna muito tranquila, os professores elogiavam bastante o meu

comportamento em sala. Na 8ª série (atual 9º ano), fase de pré-adolescência, comecei a

relaxar um pouco, o que diminuiu meu rendimento escolar. Nessa época fiz a prova do

CEFET (atual IFRN) para cursar o Ensino Médio, porém não passei e como “castigo”,

retornei a Macaíba.

Com catorze anos, iniciei o Ensino Médio no Colégio Equipe, localizado em

Macaíba/RN, cidade em que eu morava. A escola era conhecida como a melhor da cidade, por

sua estrutura e possuir bons professores, mas acabei me decepcionando. Foi o período mais

difícil da minha vida estudantil. As salas eram superlotadas, não havia controle de sala, os

professores tentavam manter a ordem com gritos e punições. Não incentivavam o raciocínio

lógico, nem tão pouco a participação dos alunos. Por outro lado, não podíamos expor nossos

questionamentos e tínhamos apenas que decorar aquilo que estava registrado no livro didático,

não permitindo assim, o conhecimento e o prazer das descobertas. Meu único objetivo era não

reprovar. Com muita insistência da minha mãe, no 3º ano (atual 3ª série do Ensino Médio),

retornei ao meu colégio de origem, o Bereiano. Cheguei com muitas dificuldades,

principalmente em redação, mas foi lá que realmente aprendi a produzir um texto (em pleno

ano de vestibular). Como era ano de vestibular, foi um período bastante tumultuado, tínhamos

aulas pela manhã e à tarde, morando em Macaíba, saia muito cedo de casa e acabava

chegando muito tarde, era necessário amadurecer rapidamente. Neste ano a pressão era grande

em relação a qual vestibular prestaríamos, que profissão iríamos exercer. Visitávamos

instituições de diferentes áreas, fazíamos teste vocacional, nestes os resultados sempre me

direcionavam para a área de humanas. Mas o que fazer? Eu admirava a profissão da minha

mãe, mas todos diziam que não era valorizada e me aconselhavam a tentar outro curso.

Meu primeiro vestibular que prestei na UFRN foi para o curso de Psicologia, mas não

passei. No segundo ano tentei para Serviço Social, passei na primeira fase e depois ao

conhecer melhor o curso, desisti. Nesse período, minha mãe estava como diretora de uma

escola em Macaíba e meu deu a oportunidade de trabalhar como auxiliar em uma turma na

Educação Infantil. Eu aceitei o desafio e simplesmente me apaixonei pela área da educação.

Estava decidida a começar Pedagogia em uma faculdade particular. Após um ano de curso,

prestei vestibular na UFRN e passei, começando o curso desde o início. Cursando Pedagogia

na UFRN e atuando como auxiliar na escola, tive a certeza que era o que eu realmente queria

para mim. Com pouco tempo surgiu a oportunidade de ser professora titular do Nível II e

aceitei o desafio. Continuo até hoje dividindo o meu tempo entre a carreira educacional,

trabalhando os dois turnos e a vida estudantil, cursados no período noturno na universidade.

Tanto o ambiente de trabalho quanto a faculdade eram bem agradáveis, os alunos eram de um

carinho enorme, os colegas de profissão eram bem acessíveis e divertidos, o que contribuiu

para seguir em frente mesmo em meio ao cansaço físico e mental.

A minha prática em sala de aula foi uma segunda faculdade para mim e a teoria que eu

compartilhava, discutia e aprendia na UFRN me acompanhava no dia-a-dia com as crianças.

O encontro com a área da Educação me abriu possibilidades reais para que eu planejasse uma

viagem ao passado e pudesse reconstruir a minha trajetória de forma a tentar compreender a

minha formação. Refletindo sobre minha formação como aluna da Educação Básica e o que

vivenciei na universidade, pude compreender que era possível educar de forma diferente de

algumas situações que vivi, sem autoritarismo e repressão, mas com carinho e paciência,

incentivando a participação dos alunos, valorizando os conhecimentos prévios que cada

sujeito tem do cotidiano e das experiências vividas. Vivenciar a teoria com a prática foi uma

experiência que me ajudou muito no período acadêmico, a cada aprendizado a vontade de

melhorar minha prática, ampliando minhas expectativas quanto em relação a uma educação de

qualidade, abraçando com entusiasmo a minha profissão. Aprendi muito e sei que ainda tenho

muito a aprender.

Logo, busquei desenvolver neste relatório reflexivo de meus dois estágios

supervisionados (na docência e na coordenação pedagógica) uma síntese de minha trajetória

intelectual que, em última análise, é a síntese evolutiva das ideias e concepções que fui

construindo por meio do movimento da minha vida acadêmica e profissional.

CENÁRIO DA PESQUISA

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.”

Sêneca

Fonte: Google Image

Sabe-se a importância das atividades práticas durante a graduação para um exercício

coerente e harmônico no que diz respeito ao processo de inserção no mundo profissional. Fica

evidente a necessidade de atividades práticas durante a graduação para um exercício coerente

e harmônico no que diz respeito ao processo de inserção no mundo profissional. Vivenciar a

teoria com a prática foi uma experiência que me ensinou muito no período acadêmico. A

teoria vivenciada na UFRN me acompanhava diariamente com as crianças, aumentando

minha vontade de melhorar a prática, ampliando minhas expectativas quanto a contribuição

para o futuro da educação. Pude retomar minha trajetória estudantil e ver que era possível

educar de forma diferente de algumas que vivi, deixando de lado o autoritarismo e a

repreensão, mas com carinho e paciência, incentivando a participação dos alunos e

valorizando as bagagens de experiências vividas que cada um trazia para a sala de aula.

Antes de ingressar na UFRN em 2010.2, eu cursava Pedagogia, há 1 ano, em uma

faculdade particular, na cidade de Macaíba, município no qual resido e trabalho. A entrada

nesta área abriu portas para que eu pudesse iniciar minha vida profissional na educação.

Desde 2008 até os dias atuais faço parte da equipe docente e pedagógica do Colégio Batista

Ebenézer. É neste espaço que aprendo e compartilho experiências e saberes com alunos, pais,

professores e demais profissionais, além disso, é nesta escola que tenho vivenciado e refletido

sobre a necessidade de articulação entre teoria e prática. Logo, minhas vivências e

experiências serão relatadas nas próximas linhas deste trabalho para que eu possa expor aos

leitores aspectos, cenários, momentos e atividades que me permitem viver cotidianamente

uma formação continuada.

Tudo se inicia no ano de 2008 quando fui contratada pelo Colégio Batista Ebenézer,

para trabalhar como auxiliar de professora na Educação Infantil, no Nível I. De início senti

um pouco de medo, pois não tinha nenhuma experiência, apenas gostava de crianças.

Contudo, acreditava que aquela experiência seria fundamental para a escolha da minha futura

profissão, assim, minha expectativa era grande, tudo que iniciasse a partir daquele momento

seria novo e decisivo para minha vida profissional.

Sabemos que o período de adaptação das crianças à escola não é muito fácil, nessa

fase elas requerem muita atenção, carinho, dedicação e paciência, tendo o professor um papel

importante e essencial: conquistar o aluno e fazê-lo sentir-se protegido e acolhido na escola,

além de auxiliá-lo em sua vida escolar. A experiência foi incrível! Pude aprender muito com a

professora titular e, principalmente com as crianças. Além de decidir que essa seria a

profissão que eu realmente queria seguir.

No ano de 2009, tornei-me professora titular do Nível II, turma em que fiquei por dois

anos. Outro desafio, pois sairia da função de professor auxiliar e passei a exercer de

professora titular. De início fiquei um pouco apreensiva, pois seria a principal responsável

pela turma. Porém, tive o apoio da professora que tinha trabalhado no ano anterior e da

coordenação pedagógica. Dois anos depois, já familiarizada com a Educação Infantil, recebi a

proposta de assumir em 2011 o 2º ano do Ensino Fundamental. De início relutei em aceitar

por ter que sair do nível infantil, mas estava no início da minha carreira e tinha certeza que

seria um novo desafio para o meu crescimento pessoal e profissional. Aceitei o novo e ensinei

por três anos consecutivos este mesmo ano de ensino. Fiquei totalmente apaixonada pela

alfabetização, ver os alunos descobrirem o mundo da leitura é encantador! É incrível a

sensação de vivenciar na prática aquilo que você estudou e acredita ser o caminho para o

conhecimento, enquanto eu ensinava, recebia em dobro novos aprendizados.

Em 2014 assumi o 4º ano do Ensino Fundamental e passei a fazer parte da equipe de

coordenação pedagógica da escola, participando das reuniões de planejamentos e

acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem. Confesso que a primeira vez frente

à uma turma com faixa etária maior e o trabalho com os colegas professores, me deixou um

pouco nervosa. Novas metodologias e linguagens, uma nova turma. Aos poucos a angústia foi

sendo superada pela vontade de fazer o meu melhor, pois sabia da minha responsabilidade e

da expectativa em torno de minha postura tanta como professora, quanto como coordenadora.

Atualmente, no ano de 2015, estou como professora de uma turma do 2º ano do Ensino

Fundamental no turno matutino e do 3º ano no turno vespertino, continuo também apoiando a

coordenação pedagógica da instituição.

Vivenciando na prática a teoria estudada, aprendi que cada nível de ensino tem suas

características própria, por isso o processo de aprendizagem de cada etapa é diferente da outra

e o ritmo de cada aluno é individual, devendo ser respeitado pelo professor. Considero que o

docente deve ser dedicado e comprometido, procurando planejar suas aulas levando em

consideração a realidade de cada aluno, o meio onde ele vive, além do conhecimento prévio

que seu aluno tem em determinado conteúdo, devendo sempre buscar o melhor para a sua

turma. Acredita-se que o bom professor deve inovar sempre e para isso deve estar se

aperfeiçoando, buscando o conhecimento. Assim, foi muito gratificante para mim, enquanto

aluna e pedagoga, perceber que a teoria e a prática são indissociáveis.

Contextualizando o Colégio Batista Ebenézer

O Colégio Batista Ebenézer localiza-se na Rua Dr. Pedro Velho, nº127, no Centro do

Município de Macaíba – RN. Seu objetivo principal é oferecer à comunidade do bairro uma

opção séria e inovadora de escola, pautada em atualizados conceitos sobre educação e em

práticas educativas inovadoras.

A Proposta Pedagógica da instituição tem como matriz o Construtivismo Sócio-

Interacionista, baseado nas ideias de Vygotsky, Jean Piaget, Henri Wallon e Emília Ferreiro,

que permite ao corpo docente está atento não somente ao nível de desenvolvimento real da

criança – o que ela já é capaz de fazer sozinha – mas também ao seu potencial ainda em fase

de amadurecimento, estimulando-a permanentemente através de atividades criativas e lúdicas,

realizadas sempre que possível em grupo.

Todavia, isso não impede – até por uma questão de autenticidade e liberdade de ação

pedagógica – de, sempre que se faz necessário, abrir espaço para outras ideias, seja elas de

Célestin Freinet, Maria Montessori ou mesmo da Escola Tradicional, desde que sejam estas as

que melhor atendam às especificidades de determinados conteúdos.

Desta maneira a escola tem conseguido, o mais seriamente possível, atingir os

importantes objetivos traçados pelo artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996), em seus itens I, II, III e IV, ou seja,

desenvolver no aluno a capacidade de aprender, a compreensão do ambiente natural e social,

do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores da sociedade, formando atitudes,

criando e respeitando valores, além de aproveitar todas as oportunidades possíveis no sentido

de fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de respeito entre as

pessoas.

A escola possui uma proposta pedagógica voltada para seriedade e inovação em suas

práticas tendo como objetivo formar crianças independentes, com iniciativa própria, curiosas

e desejosas em saber, aptas à pesquisa, acreditando sempre que o conhecimento se solidifica

através da interação e da cooperação entre as pessoas. Colocando em prática um projeto de

crescimento com qualidade, oferecendo ao público Educação Infantil e o Ensino Fundamental

do 1º ao 5º ano.

Na Educação Infantil, a instituição, trabalha atendendo às crianças de 3 (três) anos e 6

(seis) meses a 5 (cinco) anos e 9 (nove) meses. No sentido de

desenvolvê-las harmoniosamente e de forma integral, tem buscado dar-lhes as mais variadas

oportunidades de aprimoramento quanto aos aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

cientes de que nossa ação complementa de forma substancial a ação da família e da sociedade

sobre as mesmas. Estas oportunidades de crescimento correspondem, sobretudo à criação de

um ambiente de carinho, respeito e aceitação de si mesmo e do outro, que se concretizam

principalmente através das atividades lúdicas praticadas em grupo.

Na busca de aprimoramento, os alunos da Pré-Escola são alvo permanente de

acompanhamento, registro e avaliação quanto ao desenvolvimento em todos os aspectos

anteriormente abordados, não somente por parte das suas professoras, mas pelos demais

especialistas que complementam o trabalho educacional, sem que isso absolutamente incorra

em aprovação ou não para o próximo nível de escolaridade, não só em cumprimento ao que

determina o Art. 31, Seção II, Capítulo II – Da educação básica, da Lei 9.394 de 20 de

dezembro de 1996, mas porque faz parte da própria filosofia da escola anteriormente exposta.

No ensino fundamental, a instituição atende crianças do 1º ano (6 anos) ao 5º ano (10

anos). Os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, têm sido sujeitos de uma atenção

específica quanto às suas características e prioridades educativas. Acreditando ser possível e

necessário dar-lhes uma educação o mais condizente possível com o mundo atual, a escola

tem procurado oferecer-lhes uma escola viva, agradável, alegre e produtiva, mas onde se saiba

que ambos são importantes e podem perfeitamente se dar as mãos na construção do

conhecimento e na busca de uma educação de qualidade.

Assim, a Proposta Pedagógica da escola visa, sobretudo, formar indivíduos mais

criativos, independentes e com disposição para tomar iniciativas próprias e fazer pesquisa,

mas que ao mesmo tempo acreditem que o conhecimento deve ser feito através da interação e

da cooperação entre as pessoas e em uma sociedade mais fraterna e menos competitiva.

Desenvolvendo no aluno a capacidade de aprender, a compreensão do ambiente natural e

social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores da sociedade, formando

atitudes, criando e respeitando valores, aproveitando todas as oportunidades possíveis no

sentido de fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e a tolerância

entre as pessoas.

O Planejamento Escolar é feito periodicamente pelos professores e são

permanentemente avaliados e reformulados sempre que há necessidade, o que é feito por

ocasião das reuniões de planejamento, nas quais sempre há debates e troca de experiências. A

verificação do rendimento escolar, de acordo com a lei, compreende a avaliação do

aproveitamento e a apuração da assiduidade. Na medida em que tanto a Educação Infantil

quanto o 1º ano do Ensino Fundamental não possuem natureza reprovatória, nestas turmas a

avaliação é feita mediante acompanhamento, pelo professor, relatado em ficha específica que

envolve o desenvolvimento individual e social dos alunos, observando-se os aspectos físicos,

emocionais, afetivos, cognitivo/linguísticos e sociais que envolvem o processo ensino-

aprendizagem. Os professores das turmas da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino

Fundamental elaboram e entregam aos responsáveis um relatório detalhado sobre as

atividades e os conteúdos trabalhados pelas turmas como um todo. Os docentes também

fazem uso de mecanismos não tradicionais de verificação da aprendizagem, principalmente

através de atividades lúdicas e da produção de trabalhos (individuais e coletivos), através dos

quais a escola tem buscado não limitar a liberdade de expressão do aluno.

DA TEORIA A PRÁTICA: A AÇÃO E REFLEXÃO DO PROFESSOR EM SALA DE

AULA

“A verdadeira motivação vem de realização,

desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e

reconhecimento”

Frederick Herzberg

Fonte: Google Image

Um dos grandes compromissos do professor em relação a aprendizagem nos anos

iniciais é proporcionar aos educandos vivenciar um processo de alfabetização, de forma

criativa e significativa, despertando nas crianças o gosto pela leitura e escrita, atendendo

sempre as necessidades daquilo que viveram ou vivem. Uma delas é a brincadeira, como

forma de desenvolvimento e aprendizagem, articulando possibilidades objetivas e subjetivas

no desenvolvimento infantil, mesmo contrariando o pensamento escolar de que o seu único

objetivo esteja voltado para a aquisição do conhecimento teórico. É de suma importância que

a instituição escolar utilize essa prática em seus projetos pedagógicos para que a criança possa

usufruir da brincadeira também para seu desenvolvimento social e cognitivo.

Segundo Vygotsky (1989), o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento

proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já

atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e do seu

comportamento habitual. Para o autor, o brincar também libera a criança das limitações do

mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. É com o brincar que a criança

consegue separar pensamento (significado de uma palavra) de objetos, e a ação surge das

ideias, não das coisas. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que

depende das expectativas e convenções presentes na cultura. Brincar é, sem dúvida, uma

forma de aprender.

Através do uso da brincadeira a criança irá criar interações com a realidade, recriar e

interpretar, com isso estabelecerá relações com o mundo em que vive. Em toda atividade

recreativa a criança utiliza a brincadeira, sendo esta fundamental para a experiência lúdica da

criança. É no brincar que a criança expressa seus sentimentos, a identificação com

determinadas pessoas leva a criança a assumir papéis, buscando saciar sua curiosidade com

relação ao mundo que a cerca.

No processo da brincadeira lúdica as crianças possuem a

liberdade de imaginação, podendo criar e recriar as mais variadas histórias. Nas brincadeiras

com regras elas podem brincar livremente, porém em alguns momentos devem respeitar as

regras que são impostas no jogo, apesar de em alguns casos ter a liberdade de elas mesmas

ditarem suas próprias regras. Para Piaget (apud ALMEIDA, 1974), a atividade lúdica é

fundamental, pois através delas são desenvolvidas as atividades intelectuais e não só apenas

uma forma de entretenimento. Por fim, o aspecto cognitivo se refere ao desenvolvimento do

intelecto durante as atividades lúdicas. As crianças aprendem brincando, aumentam seu

conhecimento por meio dos parceiros e podem vivenciar a aprendizagem de uma maneira

mais natural. Através das regras estabelecidas no jogo e na brincadeira, a criança consegue

desenvolver na sua personalidade valores morais, respeito ao social e aos outros.

A atividade lúdica no dia a dia de

sala de aula é uma das alternativas mais eficazes para promover a qualificação do processo de

ensino e aprendizagem na escola, pois há o crescimento de todos os envolvidos no processo.

O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal,

social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior, facilita

os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. No

espaço lúdico, a criança desenvolve suas potencialidades e concretiza uma experiência de

funcionamento do indivíduo em uma convivência dinâmica. Pelo ato de brincar, a criança

pode desenvolver a confiança em si mesma, sua imaginação, a autoestima, o autocontrole, a

cooperação e a criatividade: o brinquedo revela o seu mundo interior e leva aprender fazendo.

Quando falamos em séries iniciais, além do brincar, nos remetemos a alfabetização. A

alfabetização na perspectiva construtivista é concebida como um processo de construção

conceitual, contínuo, iniciado muito antes de a criança ir para escola, desenvolvendo-se

simultaneamente dentro e fora da sala de aula. Alfabetizar é construir conhecimento. Portanto,

para ensinar a ler e escrever faz-se necessário compreender que os/as alfabetizando/as terão

que lidar com dois processos paralelos: as características do sistema de escrita e o uso

funcional da linguagem. Assim que comecei a lecionar no 1º e 2º ano do Ensino Fundamental,

não tinha tanta noção entre esses paralelos, foi quando cursei as disciplinas de Alfabetização e

Letramento I e II que pude entender melhor a teoria da Psicogênese e contribuir para um

aprendizado significativo.

Para Emília Ferreiro (1995), a mais básica necessidade de aprendizagem é a

alfabetização, defendendo a psicogenética como concepção de aquisição da língua escrita,

criticando assim, a forma mecanicista. As aquisições são caracterizadas em períodos,

favorecendo a construção de hipóteses cognitivas nas quais o alfabetizando concebe, produz e

interpreta a língua escrita. Na Teoria da Psicogênese, toda criança passa por níveis estruturais

da linguagem escrita até que se aproprie da complexidade do sistema alfabético.

Caracterizados por esquemas conceituais que não são simples reproduções das informações

recebidas do meio, ao contrário, são processos construtivos onde a criança leva em conta parte

da informação recebida e introduz sempre algo subjetivo. É importante salientar que a

passagem de um nível para o outro é gradual e depende muito das intervenções. Foi a partir

das leituras e discussões realizadas nas disciplinas de Alfabetização e Letramento I e II que

pude compreender este processo, além de permitir que eu realizasse um trabalho de registro e

acompanhamento com meus alunos. As figuras abaixo apresentam análises realizadas com

alunos do 1º ano e 2º ano, respectivamente.

Figura 1 – Escrita Silábica

1. ELEFANTE

2. MACACO

3. LEÃO

4. RÃ

Percebe-se que a escrita de João Lucas é silábica, pois ele estabelece relações entre o contexto

sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro, sem valor sonoro convencional, ou seja,

na sua escrita ele utiliza uma letra para cada sílaba, porém não utiliza vogais ou consoantes da

escrita formal nas palavras representadas, marcando o eixo quantitativo, pois percebe que a

grafia representa as partes sonoras da fala. No caso dele, como diz Emília Ferreiro “a criança

põe tantas letras quantas sílabas possui a palavra, mas qualquer letra para qualquer sílaba”

(FERREIRO, 1987, p.94). Na sua produção, João Lucas grafa uma letra ou outra com valor

sonoro convencional, principalmente a primeira, o que caracteriza a construção do eixo

qualificativo. Nessa fase, seu maior conflito são as palavras monossílabas, já que para ele é

necessário um número mínimo de letras para cada palavra, como a palavra rã. Já na imagem

abaixo verificamos um outro tipo de escrita.

Figura 2 – Escrita Alfabética não-ortográfica

1. ELEFANTE

O ELEFANTE É GORDO.

2. CAVALO

O CAVALO É BONITO.

3. LEÃO

O LEÃO É BRABO.

4. RÃ

A RÃ É SEBOSA.

De acordo com a produção de Gabriela, nota-se que sua escrita é a alfabética não-

ortográfica, onde os todos os fonemas da língua oral são representados, desconsiderando as

normas ortográficas. Neste nível ela já venceu todos os obstáculos conceituais para a

compreensão da escrita, e realiza sistematicamente uma análise sonora dos fonemas das

palavras que vai escrever. Também já perdeu o medo de escrever, contudo ainda não domina

as regras normativas da ortografia. Sua evolução pode ser facilitada pela atuação significativa

da professora, que deve estar sempre atento às necessidades observadas em seu desempenho,

para lhe propor atividades adequadas que o conduzirão ao nível seguinte. Logo, o processo de

alfabetização não é imediato, ele tem diversas etapas e se dará ao longo dos anos.

Com os projetos pude participar e identificar muitos momentos significativos em que

foram destacados valores, ideais, dificuldades, partes do processo de construção da base de

conhecimento, e o desenvolvimento de cada aluno em cada etapa trabalhada, as quais farei

referência.

Ainda no ano que assumi a turma do 2º ano, percebendo a importância da leitura e da

escrita para o desenvolvimento da criança, trabalhei no decorrer do ano letivo o Projeto

“Livro da Vida”, objetivando propiciar as crianças do 2º ano do Ensino Fundamental I,

habilidades de leitura e escrita. O livro da vida apresenta diversos textos desenvolvidos no

âmbito escolar, como também extraescolar (contando também com a participação da família),

por meio das aulas de campo e produções feitas a partir de livros lidos pelas crianças, e de

textos de sua própria autoria. Considero que este projeto foi de suma importância para a

formação das crianças e para minha também. A seguir apresento de forma breve o livro.

Figura 3 – Apresentação do livro da vida

APRESENTAÇÃO DO LIVRO DA VIDA

Tendo em vista a importância da leitura e da escrita para o desenvolvimento da

criança, foi trabalhado no decorrer do ano letivo do 2011 “O Livro da Vida”,

objetivando propiciar as crianças do 2º ano do Ensino Fundamental I, habilidades de

leitura e escrita.

O livro da vida apresenta diversos textos desenvolvidos no âmbito escolar, como

também extraescolar, através das aulas de campo e produções feitas a partir de livros

lidos pelas crianças.

É interessante ressaltar que o livro é sempre um verdadeiro companheiro nas

brincadeiras, na escola, na hora de dormir, enfim, nos desafios da vida. Não só na

infância, mas em todas as fases da vida de um ser humano.

É com imensa satisfação que apresentamos este trabalho de produções textuais,

desenvolvidos no decorrer deste ano letivo.

Este livro foi escrito pelo aluno (a):

___________________________________________

Tendo como mediadora a professora:

____________________________________________

Neste mundo maravilhoso de sonhos e fantasias, desejo-lhe muito sucesso na sua

vida escolar.

Um abraço grandioso a todas as crianças do 2º ano.

Neste trabalho, minha base teórica estava focada nos teóricos Paulo Freire e Vygotsky.

Considero que consegui desenvolver um trabalho onde utilizávamos o meio como base de

estudo, ou seja, buscávamos juntos o que era significativo, e foi neste trabalho que percebi

que ato de ensinar se dar a partir do diálogo e das vivências de cada sujeito, onde ao mesmo

tempo que eu ensinava, considero que aprendia muito com meus alunos e percebi que o

professor ao ensinar passa a ter um papel ativo e fundamental na aprendizagem do aluno, pois

ele passa a mediar o encontro do aluno com o conhecimento e juntamente com o aluno

constroem o conhecimento.

Fui professora do 2º ano do ensino fundamental durante três anos (2011 a 2013), e o

“Livro da Vida” se tornou um projeto fixo dessa série. Outro projeto que se tornou

permanente na escola foi relacionado a alimentação. Hoje em dia as crianças têm uma

alimentação bastante inadequada, e através deste projeto, pudemos proporcionar a

aprendizagem de uma forma criativa para os educandos, incentivando-os a optar por uma

alimentação saudável. Com isso, escolhemos a segunda-feira para ser o dia da fruta na escola,

ficando por conta dos pais mandarem frutas, além da cantina da escola que neste dia só vende

frutas, e nos outros evita refrigerantes e salgados. As imagens abaixo contam um pouco destes

momentos:

Figura 4 – Dia da Fruta

Sabendo que a leitura desenvolve habilidades e competências educacionais e sociais,

fornecendo ao leitor uma maior capacidade compreensiva, deixando a mera decodificação

textual para alcançar uma leitura interpretativa e reflexiva, no ano de 2012, ainda professora

do 2º ano, desenvolvemos o Projeto “Quem conta um conto” o qual tivemos a participação de

toda a escola. Os contos infantis são importantes para a formação e aprendizado da criança.

Escutar histórias estimula a leitura por meio dos atrativos que compõem os textos literários.

Pensando na formação de um aluno leitor, foi dentro desse ponto de vista que o projeto foi

elaborado, levando os alunos a ampliar o gosto pela leitura; superar situações que inibem a

autoestima; desenvolver a oralidade dos educandos. Para isso, trabalhamos o gênero Conto e

cada turma ficou responsável por uma apresentação teatral de um conto escolhido entre a

professora e seus alunos.

Figura 5 – Projeto “Quem conta um conto”

Figura 06 – Ficha de leitura

A fundamentação teórica do Projeto “Quem conta um conto” se apoia sobre a tese de

que o trabalho com a literatura infantil pode contribuir de forma significativa para o

desenvolvimento cognitivo das crianças, ajudando a formar leitores. A literatura infantil pode

desenvolver a imaginação, os sentimentos, a emoção, a expressão e o movimento através de

uma aprendizagem prazerosa. Ler não é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o

leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, apoiando-se em

diferentes estratégias, como seu conhecimento sobre o assunto. No aspecto cognitivo ela

proporciona as crianças meios de desenvolver habilidades que agem como facilitadores dos

processos de aprendizagem, essas habilidades podem ser desenvolvidas no aumento do

vocabulário, nas referências textuais, na interpretação de texto, na ampliação do repertório

linguístico, na reflexão e criatividades. Essas habilidades propiciam no momento de novas

leituras a possibilidades do leitor fazer interferências e novas releituras agindo, assim como

facilitador do processo de ensino aprendizagem não só da língua, mas de outras disciplinas.

No ano de 2013 foi trabalhado o Projeto “Água é vida” em que os alunos puderam

conhecer a fábrica da Água Cristalina e CAERN (ANEXO I), os quais viram todo o caminho

que a água realiza para chegar em nossas casas, além de atentá-los para a importância de

economizá-la. E também o Projeto “Animais”, o qual visitamos o Aquário Natal. (ANEXO II)

Em 2014 assumi a turma do 4º ano, de início foi um desafio para mim, visto que eram

alunos maiores, mas a experiência foi incrível! Neste ano, trabalhei numa perspectiva

problematizadora, através do ensino por investigação. As práticas experimentais são

estratégias que despertam a curiosidade dos alunos, fazendo que eles se envolvam com o

conteúdo trabalhado, possibilitando que construam seus saberes. Nosso projeto anual foi o

portfólio com os gêneros e tipos textuais estudados ao longo do ano, incluindo também nossas

descobertas do ensino por investigação. (ANEXO III)

Em 2015 estou com a turma do 3º ano matutino e vespertino, começando o primeiro

semestre com uma proposta de sequência didática. A proposta dessa sequência trata do

processo ensino/aprendizagem da língua materna e da função que ela ocupa como principal

instrumento que o sujeito possui para a construção da cidadania, tendo como ponto de partida

a efetivação da comunicação. (Anexo IV)

Partindo do princípio de que a criança é um ser social, protagonista da sua própria

história, que constrói o seu conhecimento mediante a sua ação no mundo, é necessário que a

escola estimule a sua curiosidade tão aguçada na infância. A pedagogia de projetos é um meio

de trabalho pertinente ao processo de ensino-aprendizagem que se insere na educação

promovendo-a de maneira significativa e compartilhada, possibilitando que os alunos, ao

decidirem, opinarem, debaterem, construam sua autonomia e seu compromisso com o social,

formando-se como sujeitos culturais e cidadãos.

Será necessário oportunizar situações em que os alunos participem cada vez

mais intensamente na resolução das atividades e no processo de elaboração

pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir automaticamente as

instruções ou explicações dos professores. Por isso, hoje o aluno é convidado

a buscar, descobrir, construir, criticar, comparar, dialogar, analisar, vivenciar o próprio processo de construção do conhecimento. (ZABALLA, 1998)

O projeto é uma estratégia de trabalho em equipe que favorece a articulação entre os

diferentes conteúdos das áreas de conhecimento. É uma atitude intencional, um plano de

trabalho, um conjunto de tarefas em que há um progressivo envolvimento individual e social

do aluno nas atividades empreendidas por ele e pelo grupo, no qual as necessidades de

aprendizagem afloram na tentativa de resolver situações problemáticas, que são ao mesmo

tempo reais e diversificadas. Assim, o trabalho com projetos favorece a construção da

autonomia e da autodisciplina por meio de situações criadas em sala de aula, sob a

coordenação do professor.

Além da experiência em sala de aula, tive a oportunidade de realizar um estágio na

coordenação pedagógica, que será relatado em seguida.

Atividades realizadas na gestão e na Coordenação Pedagógica

Além da experiência na docência, tive oportunidade de trabalhar também na

coordenação pedagógica da escola. Considero que está sendo um momento rico de

aprendizagem e não poderia deixar de descrevê-la neste espalho.

Em 2014, também fui contratada para acompanhar a equipe de coordenação

pedagógica em seus planejamentos e articulações do ensino e aprendizagem junto aos

docentes. Sobre a coordenação pedagógica, meus anos de atuação como professora é um fator

relevante no que se refere ao bom desempenho de minhas atividades enquanto coordenadora,

no entanto, não é suficiente para garantir uma atuação significativa na escola. Faz-se

necessário discutir as questões problemáticas que envolvem a comunidade escolar, na rotina

com alunos e educadores, bem como na articulação da construção do Projeto Político

Pedagógico, como elemento norteador da prática escolar.

Algo que eu presenciei ao longo dos trabalhos realizados em algumas disciplinas do

curso, é relacionado a falta de um Projeto Político Pedagógico na escola ou a desatualização

do mesmo. O que me surpreendeu na escola em que trabalho, que mesmo sendo uma

instituição particular (o que muitas vezes é considerada como um espaço organizado) a última

atualização do PPP, foi realizada em 2010.

O projeto político-pedagógico (PPP) traduz em linhas gerais o processo histórico da

instituição, as ideias filosóficas e as práticas pedagógicas que dimensionam suas atividades.

Reflete a identidade da escola, seus objetivos, orientações, ações e formas de avaliar os

processos de aprendizagens, estabelecendo metas e buscando melhorias. Segundo Celso

Vasconcellos, o projeto político-pedagógico pode ser entendido:

Como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento

participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define

claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento

teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade. É o

elemento de organização e integração da atividade prática da instituição

neste processo de transformação (VASCONCELLOS, 2002, p. 169).

Em 2014, eu e a coordenadora da escola estabelecemos com uma meta atualizar o PPP

da escola. Inicialmente, elaboramos um cronograma de encontros que consistia em reuniões

quinzenais. O primeiro passo foi estudar a base teórica do assunto. O livro de VEIGA, Ilma

Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico, uma construção possível. 14ª edição Papirus,

2002, foi uma base importante para a elaboração do documento. Com esta leitura, a equipe

docente refletiu sobre o conceito de Projeto Político-Pedagógico, seus princípios norteadores

refletindo sobre as finalidades da escola, sua estrutura organizacional, seu currículo, o tempo

escolar, avaliação e as relações de trabalho. Outras leituras foram feitas: Educação e

Qualidades, de Pedro Demo (1994); Organização do trabalho pedagógico, de Luiz Carlos

Freitas (1991); e Pressupostos do projeto pedagógico, de Moacir Gadotti (1994).

Depois partimos para a escrita do documento, que seria a expressão formal de nossa

prática.

Em 2015, retomamos o processo de atualização, visto que percebemos a necessidade

de adequar o PPP ao Plano Nacional de Educação, com tempo de cumprimento entre 2014 a

2024. Interessante notar que a escola é privada, de caráter confessional, contudo, a maioria

das professoras são servidoras da rede municipal ou estadual, o que contribuiu para um

diálogo bastante pertinente sobre o PNE. Segundo o deputado Henrique Eduardo Alves,

presidente da câmara dos deputados:

O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, é um instrumento

de planejamento do nosso Estado democrático de direito que orienta a

execução e o aprimoramento de políticas públicas do setor. Neste novo texto,

fruto de amplos debates entre diversos atores sociais e o poder público, estão

definidos os objetivos e metas para o ensino em todos os níveis – infantil,

básico e superior – a serem executados nos próximos dez anos. O PNE 2014-

2024 traz dez diretrizes, entre elas a erradicação do analfabetismo, a

melhoria da qualidade da educação, além da valorização dos profissionais de

educação, um dos maiores desafios das políticas educacionais. De acordo

com o art. 7º dessa nova lei, a União, os estados, o Distrito Federal e os

municípios atuarão em regime de colaboração para atingir as metas e

implementar as estratégias previstas no texto. O Plano Nacional de Educação

é uma lei viva, a ser lida, revisitada e, principalmente, observada. O seu

cumprimento é objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas

realizadas pelo Ministério da Educação (MEC), pelas comissões de educação

da Câmara e do Senado, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo

Fórum Nacional de Educação. Com a publicação do texto desta lei, a

Câmara dos Deputados também contribui para garantir que a educação seja

um direito de todos os brasileiros, desde a infância e ao longo de toda a vida.

A escola está preocupada com a promoção de uma educação de qualidade, respeitando

a diversidade de alunos. São as diretrizes curriculares da educação que estabelecem a base

nacional comum, responsável por orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a

avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras. São diretrizes do

PNE:

I − erradicação do analfabetismo;

II − universalização do atendimento escolar;

III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania

e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV − melhoria da qualidade da educação;

V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e

éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII − promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país;

VIII − estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como

proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de

expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX − valorização dos(as) profissionais da

educação;

X − promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à

sustentabilidade socioambiental.

Assim, momentos de estudos com o corpo docente tem sido de fundamental

importância para o exercício de uma prática coerente com o proposto no PPP.

Outra atividade que realizamos com os professores é a discussão periódica de avanços

e entraves no processo ensino e aprendizagem. Nestes momentos, surgem várias dificuldades,

sendo as mais recorrentes as de crianças com dificuldade de aprendizagem, seja por não terem

apoio da família no acompanhamento de suas atividades extra sala, seja por apresentarem

algum transtorno de comportamento ou de aprendizagem. A coordenação vai registrando os

casos que exigem intervenção e entra em contato com os pais para oferecer-se como apoio no

acompanhamento das crianças. Na orientação aos pais, sugerimos que busquem a rede de

parceiros necessários ao bom desempenho da criança na escola e fora dela: psicólogos,

terapeutas, fonoaudiólogos, neurologistas, pediatras, dentre outros que a situação exige.

Assim, apoiando a coordenação pedagógica, tenho tido muitas experiências

enriquecedoras para minha formação, indo além da sala de aula, mas se articulando com

alunos, professores, comunidade e funcionários. Bem como, colaborando com a construção de

um documento norteador e tão importante para o cotidiano da escola que é o PPP.

Sabendo que o planejamento é um instrumento que vai nortear o trabalho a ser

construído na escola, é imprescindível que este se faça a partir de uma análise da realidade e

da finalidade a qual se quer chegar, refletindo sobre as condições existentes para traçar

objetivo a que se quer almejar. Nesse ponto ZABALA (1998, p.94) expõe que: “Um

planejamento como previsão das intenções e como plano de intervenção, entendido como um

marco flexível para a orientação do ensino, que permita introduzir modificações e

adaptações”. Sendo necessário que a gestão escolar tenha um compromisso com o processo de

planejar, como uma ação reflexiva que deve ser encarada como algo sério e fundamental no

processo de ensino e aprendizagem, possibilitando uma construção qualitativa do ensino e das

ações no interior da escola.

Desse modo destacamos que esse projeto é um documento que deve estar em contínua

construção, nunca acabado e não deve ser preparado tendo em vista uma imposição legal, mas

sim como um instrumento que permita um planejamento global sobre as concepções de

educação, de indivíduo, de sociedade a que se pretende almejar, é ter acima de tudo um

compromisso participativo entre todos os atores da escola e de toda a comunidade na

elaboração desse documento, visando uma educação mais qualitativa. Nesse sentido VEIGA

afirma:

A construção do Projeto Político-Pedagógico é um ato deliberativo dos

sujeitos envolvidos com o processo educativo da escola. Entendemos que ele

é o resultado de um processo complexo de debate cuja concepção demanda

não só tempo, mas também estudo, reflexão e aprendizagem de trabalho

coletivo (2008, p.30).

Espera-se, pois, que o Coordenador Pedagógico conheça plenamente o seu espaço de

trabalho, compartilhe ideias e conhecimentos, construa o seu papel na escola, tornando-se

assim, a ligação fundamental, traçando o seu caminho transformador, formador e articulador.

Certamente que a inexistência de respostas prontas, acabadas e definitivas fazem com que o

trabalho pedagógico do coordenador seja uma reelaboração do caminho e a apresentação de

algumas das pistas possíveis para a continuação desse “caminhar”.

A influência dos pais no processo educativo

Sabemos que cada estudante carrega uma bagagem cultural e escolar diferente, uns são

tímidos, outros extrovertidos, ativos, passivos, alguns apresentam problemas de

relacionamento, autoestima baixa, desestruturação no convívio familiar, e uma realidade de

vida sofrida que pode interferir no processo de aprendizagem.

A criança quando vai para a escola leva consigo todo um aprendizado cotidiano

estimulado pela família e que, já na escola, continua a ser influenciada pela família e pelos

estímulos que lhe são ou não oferecidos no ambiente familiar. A escola se vê diante de vários

problemas educacionais agregados à desordem, ao desrespeito às regras de conduta e à falta

de limites com seus alunos que considera como responsabilidade da família, e esta sustenta

uma expectativa de que a escola forneça a criança alguns ensinamentos. É possível perceber

nos estudos de Vasconcelos (1989) que cada vez mais os alunos vêm para a escola com

menos limites trabalhados pela família. Ao entrar na escola, a criança deixa de participar

apenas do mundo de seu lar e passa a conviver com outro mundo que lhe apresenta hábitos

diferentes e que, ao mesmo tempo, lhe exige posturas diferentes.

Considerando que o desenvolvimento físico, psíquico e social da criança depende em

grande parte do seu relacionamento com os adultos, especialmente os da família, sendo a

presença mais frequente em sua vida, a análise das interações no grupo familiar é

fundamental, pois todo o crescimento e desenvolvimento é influenciado pela vivência dos

pais. A função dos pais é dinâmica (êxitos e fracassos), as práticas educativas vão-se

transformando ao longo das interações da família com a criança. Assim, as relações

familiares, e a rotina da casa se tornam as primeiras referências da criança. “A criança é um

agente ativo nessa interação, capaz de modificar o seu ambiente, como ser modificado por

ele” (Marques. 1993). Assim, a preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do

ser são responsabilidades da família. É da família o papel de contribuir para uma boa

formação de caráter dos seus filhos, repassando os valores éticos e morais. Nesse sentido

Antunes (2005, p. 53) destaca que:

Ajudar a criança a construir um bom caráter é a mesma coisa que ajudá-la a

desenvolver sua consciência do erro e do acerto. Caráter e consciência

expressam a visão que ela possui de si mesma e aproxima-se muito do

sentimento de autoestima. É por essa razão que a educação do caráter é

importante.

Fazendo parte do apoio pedagógico da escola, resolvemos, neste ano de 2015 colocar

em prática o projeto que tem como tema “A influência dos pais no processo educativo”,

buscando investigar e compreender os comportamentos e dificuldades apresentados pelos

alunos em sala de aula, onde foram analisados os reflexos da realidade de vida do aluno nas

suas atitudes e comportamentos, e como os pais, a escola e professores podem compreendê-

los e ajudá-los em sua totalidade, cada um assumindo o seu papel, proporcionando um

desenvolvimento intelectual e emocional na criança. Seguindo a problemática:

- Como a convivência familiar pode interferir no rendimento escolar?

- Como o docente pode ajudar esse aluno a superar aquilo que o oprime?

- Qual o papel da família na formação do aluno?

Sabemos que a família está cada vez mais depositando na escola a responsabilidade da

primeira educação, ao tratarmos dessa relação se faz necessário ressaltar a importância que

essa primeira sociedade tem. Como cita Lacam “...a importância da primeira educação é tão

grande na formação da pessoa que podemos compará-la ao alicerce de uma casa.” (LACAM,

1980 apud BOCK, 1989, p.143). Com esse olhar, podemos afirmar que a família é a base para

qualquer indivíduo, e como espaço de orientação, construção da identidade de um indivíduo

deve promover juntamente com a escola uma parceria, a fim de contribuir no

desenvolvimento integral da criança.

Para Lobo (1997):

o amor, a atenção e o apoio são a melhor educação e o melhor meio de dar

segurança e confiança a uma criança, isto é, a melhor maneira de fazê-la

feliz e de dar a ela uma oportunidade justa para desenvolver suas

potencialidades.

Define-se família como um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem

juntas, de construírem algo e de se complementarem. E é através dessas relações que os seres

humanos tendem a tornarem-se mais afetivos e receptivos. Mas para que essa adequação

ocorra é preciso que haja referências positivas, responsáveis encarregados de mostrar os

limites necessários ao desenvolvimento de uma personalidade com equilíbrio emocional e

afetivo. Para as crianças, as referências são pessoas, palavras, gestos que irão proporcionar a

formação da identidade. Porém, quando falta ao educando/filho um ambiente familiar

saudável e equilibrado, no qual ele convive com uma desestrutura familiar, ele se deixa levar

pelo impulso em direção da irresponsabilidade ou inconsequência, gerando assim ações

inadequadas e insensatas que irão desorganizar e prejudicar a formação do seu caráter e da sua

personalidade.

A educação infantil começa antes da ida da criança para a escola. A família é

o primeiro suporte para essa educação, é ela que lhe satisfaz as necessidades

básicas para sua sobrevivência, além de ser a responsável pelo

desenvolvimento das qualidades instrumentais (percepção, motricidade,

linguagem). Algumas dessas aprendizagens sociais são a linguagem, a

capacidade de relacionamento entre os objetos, os acontecimentos ou as

ações, etc. (Kaloustian. 1998)

Definindo escola como uma instituição social que se caracteriza como um local de

trabalho coletivo voltado para a formação das jovens gerações, diferente de outras tantas

instituições sociais, constata-se que a escola é responsável pela educação escolar, é um espaço

destinado ao trabalho pedagógico formal, ao entendimento de regras, à formação de valores

éticos, morais e afetivos, ao exercício da cidadania. A partir do momento em que escola e

família conseguem estabelecer uma parceria na maneira como irão promover a educação de

seus educandos/filhos, muitos dos conflitos hoje observados em sala de aula, serão aos poucos

superados. Todavia, para que isso possa aconteça é necessário que a família realmente

participe da vida escolar de seus filhos, que tenha comprometimento, envolvimento com a

escola, gerando assim, na criança um sentimento de amor, fazendo sentir-se amparado e

valorizado como ser humano.

Enquanto a escola estimula e desenvolve uma perspectiva mais universal e ampliada

do conhecimento científico, a família transmite valores e crenças e, como consequência, os

processos de aprendizagem e desenvolvimento se estabelecem de uma maneira coordenada.

Conforme o que afirma a psicopedagoga Neide Noffs:

(...) os papéis que pais e professores desempenham na primeira infância, na

educação e no desenvolvimento da criança, estão muito próximos e devem

mesmo ser complementares. Pode-se dizer que a família é o primeiro

'ensinante', pois são os pais que transmitem os valores com os quais desejam

formar o filho para a vida. À escola cabe ampliar as ações que se iniciaram

na família.

As dificuldades de aprendizagem e/ou formas de comportamentos apresentados por

uma criança, pode não ser mais do que uma forma de manifestar a falta, a precariedade dos

vínculos familiares.

O tempo todo, com suas atitudes, pais e professores estão educando as crianças, pois,

segundo Cury (2003), elas observam as posturas diante de situações cotidianas e acabam por

“imitar” determinados comportamentos de ambos, assimilando-os como exemplos.

Educar é um processo e, dentro desse estamos inseridos, enquanto família e escola,

pois as crianças aprendem de acordo com o que vivenciam com seus modelos de

identificação. Assim, crianças constantemente, observam, analisam atitudes, comportamentos

sociais e profissionais. Nesse sentido, educar não é uma tarefa tão simples, como pode

parecer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Cada ser humano trilha seu próprio percurso de formação, fruto do que é e do que o contexto vivencial

lhe permite que seja, fruto do que quer e do que pode ser.”

Isabel Alarcão, 1997

Fonte: Google Image

Ser professor nos dias de hoje não é uma das tarefas mais fáceis, além da

desvalorização do profissional, precisamos nos dedicar muito aos estudos, a pesquisa,

no nosso desenvolvimento profissional e no do aluno. Como também, muitas vezes, nos

envolvemos com seus problemas pessoais, suas angústias e sentimentos. Acredito que

ser professor é uma profissão que requer, de fato, muita dedicação, compromisso e um

pouco de dom também.

Enquanto profissional da educação, sempre me preocupei não apenas com o

desenvolvimento das habilidades motoras e capacidade física dos alunos, mas também

os aspectos psicossociais, visando um crescimento saudável e harmonioso do indivíduo.

Para um resultado positivo, considerei ser importante as teorias estudadas ao longo da

graduação, podendo intervir na prática docente, otimizando o processo de ensino

aprendizagem e buscando proporcionar um bem estar físico e psicológico. Após esta

análise da minha prática, entendo que é fundamental o professor possuir todos os

conhecimentos inerentes a sua profissão e ao ensino da mesma, mas também é

fundamental ter o conhecimento de métodos adequados e motivadores para os alunos, e,

a partir destes, otimizar o processo de ensino, a relação professor-aluno e, por

conseguinte, as aprendizagens dos alunos.

Durante todo esse processo de descobertas e aprendizagens, viver a teoria

relacionada a prática docente na condição de estudante, professora e apoio a

coordenação pedagógica, em contextos e níveis de ensino variados, foi de grande

importância para a minha formação acadêmica, construção não só profissional, como

também pessoal, possibilitando refletir sobre a importância do papel do professor no

processo de mediação do conhecimento e ainda mais, fez-me reconhecer que o aluno é o

sujeito ativo no processo da aprendizagem. Pude vivenciar experiências e adquirir

competências que irão me acompanhar ao longo de toda a vida. Ao nível pessoal,

aprendi a melhorar as minhas atitudes e comportamentos, tornando-me uma pessoa mais

receptiva à perspectiva crítica construtiva dos outros. Ao nível profissional, tive a

oportunidade de adquirir competências profissionais ao nível do desempenho crítico e

reflexivo, devido à procura contínua de informação e organização dos conhecimentos,

foi essa atitude reflexiva que me proporcionou aplicar na prática e de reconstruir saberes

teóricos adquiridos ao longo da minha formação acadêmica, criando estratégias

didático-metodológicas capazes de dar respostas às necessidades dos meus alunos que,

além dessas competências, adquiri valores, princípios e aprendizados que me

amadureceram como pessoa, ganhando assim um enorme sentido de responsabilidade,

que foi transposto para a minha formação e para a atuação na escola, ajudando-me a

crescer como pessoa e como profissional.

Ao longo destes anos, superei muitas dificuldades e melhorei outras, contudo

ainda existem algumas “falhas” que só irei conseguir ultrapassar com a experiência e

com uma formação continuada, pois tenho a consciência que se faz necessário aprender

sempre. Deste modo, não pretendo encarar o final deste ciclo como o fim da minha

formação, mas sim como um novo ponto de partida, ambicionando um desenvolvimento

constante, que se possa caracterizar pelo aprimoramento das minhas capacidades, com o

objetivo de alcançar um nível superior de atuação.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos 9.ed. São

Paulo: Edições Loyola, 1974.

ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores.

Campinas, São Paulo. Papirus, 2005.

BOCK, Ana Mercês Bahia et alii. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.

São Paulo: Saraiva, 1989.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da

Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral.

Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

CAMPELO, Maria Estela Costa Holanda. A apropriação da escrita pelas crianças

dos anos iniciais do ensino fundamental: a Psicogênese da Língua Escrita de Emília

Ferreiro. In MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. UFRN; CONTINUUM – Programa de

Formação Continuada do professor para a educação básica. Curso de Aperfeiçoamento

Infância e Ensino Fundamental de nove anos. Módulo III – Linguagem, Alfabetização e

Letramento. Natal.

CURY, A. J. Pais brilhantes, Professores fascinantes. 6. ed. Rio de Janeiro: Sextante,

2003.

DEMO Pedro. Educação e qualidade. Campinas, Papirus,1994. DOMINGOS

FERREIRO, Emilia. Desenvolvimento da Alfabetização: psicogênese. In: GOODMAN,

Yetta M. (Org.). Como as crianças constroem a leitura e a escrita: perspectivas

piagetianas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995, p.22-35.

FREITAS Luiz Carlos. "Organização do trabalho pedagógico". Palestra proferida no

V11 Seminário Internacional de Alfabetização e Educação. Novo Hamburgo, agosto de

1991 (mimeo). _______.

GADOTTI, Moacir. "Pressupostos do projeto pedagógico". In: MEC, Anais da

Conferência Nacional de Educação para Todos. Brasília, 28/8 a 2/9/94

GALLIANO, A. G. O Método Científico: Teoria e Prática. São Paulo: Harbra, 1979.

GEWANDSZNAJDER, F. O que é o Método Científico. 1989. Pioneira Editora, São

Paulo. 226 p.

KALOUSTIAN, S.M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez;

Brasília, DF: UNICEF, 1988.

LOBO, Luiz. Escola de Pais. Rio de Janeiro. Lacerda Editores. 1997.

MARQUES, R. A escola e os pais como colaborar? São Paulo. Texto Editora. 4ª ed.

1993.

MOYLES, Janet R. Só Brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre:

Artmed, 2002.

NOFFS, Neide. Triângulo muito amoroso. Revista Crescer. Edição 105, Agosto/2002.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e

interativa em sala de aula e na escola. 7. ed. São Paulo: Libertad, 1989.

VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e

político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002.

VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico.

In: VEIGA, I.P.A.; RESENDE, L.M.G. de (Orgs.). Escola: espaço do projeto político-

pedagógico. 13. Ed. São Paulo: Papirus, 2008.

VYGOTSKY, L. S. (1989). A formação social da mente: o desenvolvimento dos

processos psicológicos superiores (J. C. Neto, L. S. M. Barreto & S. C. Afeche, Trans.).

São Paulo: Martins Fontes.

YAEGASHI, S. F. R. O que é psicopedagogia? Maringá: Eduem, 1998, n.76, pp. 1-58

(Série Apontamento).

ZABALA, Antoni. A Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

ANEXOS

ANEXO I

Aula de Campo - CAERN

ANEXO II

Aula de Campo - Aquário Natal

ANEXO III

Projeto: Ensino por Investigação

FENÔMENO ESCOLHIDO:

CORPO HUMANO – Órgãos do sentido: O paladar

Professor(a): Lia Marta Araújo da Silva

Série da turma: 4º ano

Idade dos alunos: 8 e 9 anos

Intervenção didática

Tema central

Nessa intervenção pedagógica será abordado os órgãos do sentido com ênfase no

paladar.

O reconhecimento dos órgãos dos sentidos como determinantes da percepção

que temos do mundo desenvolve a capacidade de observação e integração com o

ambiente em que vivemos. Sendo o paladar um dos sentidos menos desenvolvidos nos

humanos, geralmente associado ao prazer, é uma forma de percepção química que exige

um contato direto com a substância percebida. Sabendo que cada organismo é único,

cada pessoa poderá sentir diferentes sensações sobre um mesmo estímulo.

Assim, habilidades em perceber os estímulos das papilas gustativas estarão

sendo desenvolvidas.

Objetivos

- Levar o aluno a desenvolver habilidades de percepção através dos sentidos;

- Reconhecer o sentido do paladar e a parte do corpo responsável por essa percepção;

- Estimular a capacidade de observação e descrição de sensações;

Espera-se que ao final da intervenção, os alunos sejam capazes de identificar o

sentido do paladar e tenham adquirido noções do sobre o seu funcionamento.

Método de abordagem

No ensino de Ciências há a dificuldade dos alunos relacionarem a teoria com a

realidade a sua volta, como diz Paulo Freire, para entender a teoria é necessário

experimentá-la.

As práticas experimentais têm grande importância no ensino-aprendizagem, são

estratégias que despertam a curiosidade dos alunos, fazendo que eles se envolvam com

o conteúdo trabalhado. Para isso, é importante problematizar a experimentação,

possibilitando que os alunos construam seus saberes. Essa problematização deve se

fazer presente em todo processo de construção, desenvolvimento e conclusão da

atividade.

Depois de estudar os órgãos do sentido, estudaremos o paladar. As seguintes

perguntas problematizadoras serão realizadas a partir das dúvidas que possam surgir:

- Porque a língua é o órgão do paladar?

- Como a língua sente os sabores?

- Em qual local esses sabores são sentidos?

A partir das hipóteses dos alunos, outra problematização será investigada:

- Precisamos da língua para sentir os gostos?

HORA DA EXPERIÊNCIA

Para realização desta atividade serão escolhidos dois alunos para registrarem as

etapas da experiência, de início ficarão responsáveis por anotar as hipóteses dos colegas.

Outros alunos serão escolhidos para participar do experimento.

Testando as Hipóteses: A construção do experimento

Para a construção do experimento foram necessários os seguintes materiais:

Algodão ou água para a pomada;

Lidopass (Xylocaína);

Café em pó (representando o amargo);

Água com açúcar (representando o doce);

Água com sal (representando o salgado);

Limão (representando o azedo);

Vendas.

Antes do experimento será necessário que o professor comente com os alunos os

sabores básicos dos alimentos. Em seguida irá diluir a pomada anestésica na boca do

aluno e esperar de 3 a 5 minutos. Após pingar uma gota da solução na boca do aluno

participante, este que estará com os olhos vendados deverá identificar o sabor. O

objetivo é que os alunos tentem identificar os sabores: amargo, azedo, doce e salgado.

Logo após a realização desta atividade, os alunos discutirão se foi fácil ou difícil

sentir os sabores, e qual sabor deu para sentir melhor. Espera-se que os alunos

formulem novas perguntas após o experimento, ou sejam estimulados pelo professor a

entender porque X sabor dá para sentir mais forte em determinada região da língua.

Podendo ser trabalhado as partes da língua.

Conteúdos trabalhados

Com os sentidos percebemos o mundo

- Os cinco sentidos

- Paladar: Como sentimos os gostos.

Avaliação

A avaliação será processual e contínua, observando os registros realizados

durante o caminhar das atividades. Serão levados em conta aspectos como:

envolvimento de cada um nas atividades, interação com o outro e troca de informações,

domínio e desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos, iniciativa de participação,

além da colaboração para a realização dos experimentos.

Cronograma médio

Para a realização da atividade serão necessárias três aulas de 50 minutos. A

primeira para explicação sobre o paladar e formulação de hipóteses; a segunda para a

realização da experiência e resultado das hipóteses; a terceira para fixação do conteúdo

e formulação de novos problemas e conhecimentos.

Referências

SILLOS, Angela. Estação ciências: 2º ao 5º ano / São Paulo: Editora Brasil, 2007.

http://www.cdcc.usp.br/maomassa/doc/ensinodeciencias/orgao_sentidos.pdf

Aula Prática: Projeto – Ensino por Investigação

ANEXO IV

Sequência Didática

Turma: 3º ano

Justificativa

O domínio da linguagem como atividade discursiva e da língua como sistema

simbólico, utilizado por uma comunidade linguística, é condição indispensável à plena

participação social do indivíduo. Através da linguagem se expressam ideias,

pensamentos e intenções, tornando possível o pensamento abstrato de construção de

sistemas descritivos e explicativos. A linguagem contém em si a fonte dialética da

tradição e da mudança.

A habilidade de ouvir diz respeito à compreensão de textos orais e escritos. Na

fala, o aluno realiza a sua capacidade de expressão oral, ajustando às variedades

linguísticas; na leitura, o aluno desenvolve um trabalho de compreensão e interpretação

e na escrita, produz textos, para tanto, faz-se necessário que o aluno esteja em contato

constante com vários tipos de textos escritos para que possa construir competências com

base nos padrões que requer a língua. Compreendendo a realidade que o cerca e

conscientizando-se de sua capacidade transformadora.

O professor deve organizar e construir situações didáticas que leve em

consideração o desenvolvimento cognitivo do aluno, dando-lhe oportunidades de agir e

reagir como construtor de seu saber. Essas atitudes podem ser desenvolvidas a partir de

atividades como: produção coletiva de textos, discussão de temas que envolvam a vida

do aluno e o meio que está inserido, representação de peças teatrais, recital de poesias e

criação de histórias que ajudem o aluno a organizar suas próprias ideias, dentre tantas

outras.

Ao professor cabe a tarefa de mediar e orientar o aluno a encontrar a melhor

maneira de resolver problemas, analisar situações e selecionar informações, permitindo

que ele crie suas próprias ideias e comprove-as, observando a intertextualidade e a

contextualização, eixos estruturadores, que devem nortear o ensino e aprendizagem da

língua materna.

Objetivos:

Compreensão e valorização da escrita;

Apropriação do sistema de escrita;

Interpretação de textos;

Produção de textos escritos;

Desenvolvimento da Oralidade.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

1. Partir do conhecimento prévio dos alunos;

2. Contato inicial com o gênero textual em estudo;

3. Produção do texto inicial;

4. Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e análise de

textos do gênero;

5. Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero: estudo detalhado de

sua situação de produção e circulação; estudo de elementos próprios da

composição do gênero e de características da linguagem nele utilizada;

6. Produção coletiva;

7. Produção individual;

8. Revisão e reescrita.

OFICINAS OBJETIVOS ATIVIDADES MATERIAL

Apresentação

da situação

inicial.

Sensibilização

sobre o uso da

gramática em

sala de aula.

Explanar a

compreender sobre o

significado da

palavra gramática e

sua importância.

Explorar questões

provocadoras de

forma a obter o

conhecimento prévio

dos alunos

Motivar o interesse

dos alunos para o uso

da gramática.

1. Exposição do

livro Emilia no País

da Gramática

(Monteiro Lobato).

2. Leitura coletiva

de uma parte do

livro Emilia no País

da Gramática.

3. Discussão sobre

a leitura do livro.

Livro: Emilia no País da

Gramática

Estimular a

competência dos

alunos em relação à

compreensão do

texto;

Percepção das

representações das

letras e a formação

Leitura do texto –

oral e coletiva.

A professora

selecionará

previamente

palavras que estão

no texto e que os

alunos

apresentaram

Exibição de vídeo em

projetor.

Uso de atividade impressa

OFICINA 1

das palavras com a

realização da

atividade

Compreensão dos

conhecimentos

gramaticais e

textuais.

dificuldades, de

acordo com

diagnóstico

realizado na turma.

1.Vídeo sobre

Emília no país da

gramática.

https://www.youtub

e.com/watch?v=QQ

HQJy-L1ZM

OFICINA 2

Trabalhar com os

alunos o que eles

compreenderam

sobre os sons orais,

as letras como sinais

representativos dos

sons, o alfabeto de

português e os sinais

de pontuação.

1. Disponibilizar

para a turma alguns

livros de gramática

tradicional e alguns

livros de Emília no

país da gramática.

Fazer comparações

sobre os conteúdos,

mostrar como são

trabalhados a

aprendizagem e

juntamente com os

alunos destacar seus

elementos

2.Atividade de

produção textual e

leitura de texto.

Apresentação da gramática

tradicional e do livro

Emília no país da

gramática.

Uso de atividade impressa

METODOLOGIA

1. Desenvolvimento da Oralidade

Registrar o título da história juntamente com a imagem;

Provocar o “levantamento de hipóteses”;

REGISTRAR TODAS AS HIPÓTESES LEVANTADAS

1 – Do que você acha que a história vai falar?

2- Em sua imaginação, quais são os personagens que vão aparecer na história?

3- Como você pensa que a história vai começar?

4- Onde, em qual espaço ou lugar, a história vai acontecer?

5- O que vocês acham que vai acontecer?

Fazer a leitura oral adequando a voz às personagens do texto e ao narrador. Após

a leitura, conferir as previsões levantadas pelos alunos.

Selecionar previamente palavras que estão no texto e que os alunos

apresentaram dificuldades, de acordo com diagnóstico realizado na turma.

Tendo essas palavras como ponto de partida, o professor poderá criar atividades

que inicialmente deverão ser orais e depois escritas;

Apresentar o texto fatiado em parágrafos dentro de envelopes e a seguir solicitar

que os alunos recontem a história na sequência do texto, de acordo com os

parágrafos recebidos.

Apontar no texto os pontos de exclamação e as reticências e discutir com a

turma a função de cada um.

Identificar semelhanças e/ou diferenças entre a função de cada uma.