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COMPORTAMENTO DE DUAS CULTIVARES DE CRISÂNTEMO DE JARDIM (Dendranthema indicum Tzvelev.), PRODUZIDAS EM VASOS Marcelo Antonio Rodrigues

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(Dendranthema indicum Tzvelev.), PRODUZIDAS EM VASOS

Marcelo Antonio Rodrigues

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

COMPORTAMENTO DE DUAS CULTIVARES DE CRISÂNTEMO DE JARDIM (Dendranthema indicum

Tzvelev.), PRODUZIDAS EM VASOS

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Marcelo Antonio Rodrigues

Santa Maria, RS, Brasil 2005

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COMPORTAMENTO DE DUAS CULTIVARES DE CRISÂNTEMO DE JARDIM (Dendranthema indicum

Tzvelev.), PRODUZIDAS EM VASOS

por

Marcelo Antonio Rodrigues

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Agronomia, Área de Concentração em Produção

Vegetal, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Mestre em Agronomia.

Orientador: Prof. Rogério Antônio Bellé

Santa Maria, RS, Brasil

2005

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Universidade Federal de Santa MariaCentro de Ciências Rurais

Programa de Pós-graduação em Agronomia

A comissão Examinadora, a baixo assinada,aprova a Dissertação de Mestrado

COMPORTAMENTODE DUAS CULTIVARESDE CRISÂNTEMODEJARDIM (Dendranthema indicum Tzvelev.), PRODUZIDAS EM

VASOS

elaborada por

Marcelo Antonio Rodrigues

como requisito parcial para obtenção do grau deMestre em ..Agronomia

Rogério(Presi~

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!ônio Bellé, Dr.:e/Orientador)

e

Juçara T

Santa Maria, 22 de abril de 2005.

OFSM8lbDoteca CeRtral

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AGRADECIMENTOS

A Deus e Nossa Senhora de Schoenstatt por guiarem meus passos e me

protegerem todos os dias de minha vida.

Aos meus familiares, mãe e irmãs pelo incentivo durante toda esta

caminhada, e especialmente ao meu pai (in memorian) que me ilumina e me

fortalece através das lembranças e ensinamentos que ficaram.

Ao professor Rogério Antônio Bellé, pela orientação, pelos ensinamentos

transmitidos, companheirismo, coleguismo e principalmente pela amizade, meu

muito obrigado.

À UFSM e ao PPGA, pela oportunidade da realização deste trabalho.

Aos professores Nereu Streck e Sidinei Lopes pela coorientação prestada.

À colega e amiga Edileusa K. da Rocha pela ajuda durante o experimento e

análise estatística.

Aos funcionários, colegas e professores do Departamento de Fitotecnia

pela amizade e convivência durante esta jornada.

A todos meus amigos que sempre estão dispostos ajudar quando necessito.

A todas as pessoas que acreditaram e acreditam no meu trabalho, meus

agradecimentos.

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Herdeiro da pampa pobre

(Gaúcho da fronteira / Vainê Darde)

Que pampa é essa que eu recebo agora com a missão de cultivar raízes

se dessa pampa que me fala a stória não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geração

heranças feitas de fortunas rotas campos desertos que não geram pão

onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho por essa pampa que ficou pra trás

porque eu não quero deixar pr'o meu filho a pampa pobre que herdei de meu pai

Herdei um campo onde o patrão é rei

tendo poderes sobre o pão e as águas onde esquecido vive o peão sem leis

de pés descalços cabresteando mágoas

O que hoje eu herdo da minha grei chirua é um desafio que a minha idade afronta pois me deixaram com a guaiaca nua

para pagar uma porção de contas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho por essa pampa que ficou pra trás

porque eu não quero deixar pro meu filho a pampa pobre que herdei de meu pai

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RESUMO

Dissertação de mestrado Programa de Pós-Graduação em Agronomia

Universidade Federal de Santa Maria

COMPORTAMENTO DE DUAS CULTIVARES DE CRISÂNTEMO DE JARDIM (Dendranthema indicum),

PRODUZIDAS EM VASOS

Autor: Marcelo Antonio Rodrigues Orientador: Rogério Antônio Bellé

Data e Local de Defesa: Santa Maria, 22 de abril de 2005.

A espécie Dendranthema indicum Tzvelev., é um crisântemo de jardim,

cujas plantas são perenes, porte baixo, rústicas e produzem grande quantidade de

inflorescências. A produção comercial desta espécie em vaso vem sendo feita de modo

fortuito. Este trabalho teve como objetivos determinar o ciclo de cultivares, o tamanho de

vaso, o número de despontes, a adaptabilidade ao ambiente local e à topiaria e propor

padrões qualitativos de comercialização para as cultivares Papiro e Veria Dark. Essas

foram conduzidas em três diferentes tamanhos de vasos, números 11, 15 e 20, utilizando

uma planta por vaso, que receberam 4, 6 e 7 despontes respectivamente. O aumento do

tamanho do vaso aumenta o tamanho da planta e o número de inflorescências mas

diminui o diâmetro dessas. As condições ambientais de Santa Maria, RS, não são

limitantes à produção de vasos com planta conduzida sob a técnica de topiaria, no

entanto, o ciclo da cultivar Veria Dark aumentou uma semana. É possível obter-se plantas

de boa qualidade cultivando-se em vasos número 15 ou 20, com no mínimo cinco

despontes. Para a cultivar Veria Dark vaso 11 não foi possível obter plantas com

qualidade para comercialização. As relações de altura de planta/altura de vaso e

fechamento foram os parâmetros que melhor avaliaram a qualidade dos vasos.

Palavras-chaves: Despontes, topiaria, qualidade.

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ABSTRACT

Master of Science Dissertation Post-Graduate Program in Agronomy

Federal University of Santa Maria

BEHAVIOUR OF TWO CULTIVARS OF GARDEN CHRYSANTEMUM (Dendranthema indicum), PRODUCE IN

VASE Author: Marcelo Antonio Rodrigues

Adviser: Rogério Antônio Bellé Place and Date of Defense: Santa Maria, April 22, 2005.

The species Dendranthema indicum, a type of garden chrysanthemum,

has the following characteristics: perennial, low height, rustic, and produces a great

amount of inflorescences. The commercial production of this species in vase is done in a

na empirically way. The objective of this study was to determine the cultivar cycle, size of

vase, number of cuttings, environment adaptability, the topiary technique and qualitative

standards of commercialization for two cultivars, Papiro and Veria Dark. The experiment

was performed in three different sizes of vases (numbers 11, 15 and 20), using only one

plant per vase, which received 4, 6 and 7 cuttings, respectively. Increasing the vase size

increased the plant size, and the number of inflorescences but reduced the diameter of

these. The environment conditions at Santa Maria, RS, are not limitating to production of

vases with plants with topiary technique. However, the cycle of cultivar Veria Dark was

increased in one week. It is possible to obtain plants with good quality cultivating them in

vases number 15 or 20, with a minimum of five cuttings number. It was not possible to

obtain plants of cultivar Veria Dark, with quality for commercialization using vase 11. The

ratio of height of plant/height of vase and closing were the parameters that better

evaluated the quality of the vases.

Word-keys: Cutting, topiary, quality.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Cultivares de crisântemo multiflora (Dendranthema indicum

Tzvelev.), Papiro e Veria Dark, durante o florescimento e sua forma de

comercialização. UFSM, Santa Maria, RS, 2003....................................................

10

FIGURA 2 – Vista geral das cultivares, multiflora, Papiro (A) e Veria Dark (B).

UFSM, Santa Maria, RS, 2003 ...............................................................................

10

FIGURA 3 – – Altura das plantas de crisântemo multiflora, cultivar Papiro, antes

do desponte, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso

20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003...........................................................................

18

FIGURA 4 - Altura das plantas de crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark,

antes do desponte, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15.

C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.............................................................

19

FIGURA 5 – Diâmetro de planta de crisântemo multiflora, cultivar Papiro, antes

do desponte, em diferentes tamanhos de vasos: A: vaso 11 cm; B: vaso 15; C:

vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.................................................................

21

FIGURA 6 - Diâmetro de planta de crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark,

antes do desponte, em diferentes tamanhos de vasos: A: vaso 11; B: vaso 15;

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C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003............................................................. 22

FIGURA 7 – Curvas de tendência do número de brotos finais em condições de

DL ( ● ) e DC ( ○) para o crisântemo multiflora, cultivar Papiro, em cultivo no

vaso 11 (A), vaso 15 (B), vaso 20 (C). UFSM, Santa Maria, RS, 2003...................

24

FIGURA 8 - Curvas de tendência do número de brotos finais em condições de

DL ( ● ) e DC ( ○) para o crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark, em cultivo no

vaso 11 (A), vaso 15 (B), vaso 20 (C). UFSM, Santa Maria, RS, 2003...................

25

FIGURA 9 - Diâmetro ( ○ ) e número de inflorescências ( ● ) de crisântemo

multiflora, cultivar Papiro, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11 cm. B:

vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003..............................................

28

FIGURA 10 - Diâmetro ( ○ ) e número de inflorescências ( ● ) de crisântemo

multiflora, cultivar Veria Dark, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B:

vaso. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003...................................................

29

FIGURA 11 - Altura ( ● ) e diâmetro ( ○ ) de plantas (cm) de crisântemo

multiflora, cultivar Papiro, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11 cm. B:

vaso 15. C: vaso 20 . UFSM, Santa Maria, RS, 2003.............................................

31

FIGURA 12 - Altura ( ● ) e diâmetro ( ○ ) de plantas (cm) de crisântemo

multiflora, cultivar Veria Dark, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B:

vaso 15. C: vaso 20 . UFSM, Santa Maria, RS, 2003.............................................

32

FIGURA 13 – Número de inflorescências formadas por brotos finais, em

crisântemo multiflora, cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003....................

34

FIGURA 14 – Número de inflorescências formadas por brotos finais, em

crisântemos multiflora, cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS,.....................

35

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FIGURA 15 – Representação do fechamento de vaso em vista superior para a

cultivar Papiro, conduzida no vaso 11. UFSM, Santa Maria, RS, 2003..................

39

FIGURA 16 - Representação do fechamento de vaso em vista superior para a

cultivar Veria Dark, conduzida no vaso 11. UFSM, Santa Maria, RS, 2003............

39

FIGURA 17 – Representação do fechamento de vaso em vista superior para a

cultivar Papiro, conduzida no vaso 15. UFSM, Santa Maria, RS, 2003..................

41

FIGURA 18 - Representação do fechamento de vaso em vista superior para a

cultivar Veria Dark conduzida no vaso 15. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.............

41

FIGURA 19 - Representação do fechamento de vaso em vista frontal e superior

para a cultivar Papiro, conduzida no vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.......

45

FIGURA 20 - Representação do fechamento de vaso em vista frontal e superior

para a cultivar Veria Dark, conduzida no vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS,

2003.........................................................................................................................

45

FIGURA 21 - Melhores vasos do crisântemo multiflora cultivar Papiro. UFSM,

Santa Maria, RS, 2003. A : vaso 11, quatro despontes, (1) - vista frontal; (2) -

vista superior. B: vaso 15, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior.

C: vaso 20, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior........................

48

FIGURA 22 - Melhores vasos do crisântemo multiflora cultivar Veria Dark.

UFSM, Santa Maria, RS, 2003. A : vaso 11, quatro despontes, (1) - vista frontal;

(2) - vista superior. B: vaso 15, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista

superior. C: vaso 20, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior.........

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Características dos vasos plásticos utilizados no experimento.

UFSM, Santa Maria, RS, 2004................................................................................

11

TABELA 2 – Fase vegetativa, ciclo da cultivar e ciclo de cultivo, em dias, para a

cultivar Papiro, observadas em condições de Santa Maria – RS, 2003..................

37

TABELA 3 - Fase vegetativa, ciclo da cultivar e ciclo de cultivo, em dias, para a

cultivar Veria Dark, observadas em condições de Santa Maria – RS, 2003...........

37

TABELA 4 – Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de

qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, Cultivar Papiro e Veria Dark vaso 11.

UFSM, Santa Maria, RS, 2003................................................................................

40

TABELA 5 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de

qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento. Cultivar Papiro vaso 15. UFSM, Santa

Maria, RS, 2003.......................................................................................................

40

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TABELA 6 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de

qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, cultivar Veria Dark vaso 15. UFSM,

Santa Maria, RS, 2003............................................................................................

43

TABELA 7 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de

qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, cultivar Papiro vaso 20. UFSM, Santa

Maria, RS, 2003.........................................................................................................

43

TABELA 8 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de

qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, cultivar Veria Dark vaso 20. UFSM,

Santa Maria, RS, 2003............................................................................................

44

TABELA 9 – Esquema de produção de vasos com crisântemo multiflora, cultivar

Papiro, para atender padrões de qualidade à comercialização. UFSM, Santa

Maria, RS, 2003.......................................................................................................

47

TABELA 10 - Esquema de produção de vasos com crisântemo multiflora, cultivar

Veria Dark, para atender padrões de qualidade à comercialização. UFSM, Santa

Maria, RS, 2003.......................................................................................................

47

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Escala de notas de qualidade para vasos de crisântemos

multiflora referentes aos limites de proporções entre altura de planta/altura de

vaso (AP/AV) e diâmetro de planta/diâmetro de vaso (DP/DV). UFSM, Santa

Maria, RS, 2005.......................................................................................................

15

QUADRO 2 – Escala de notas para avaliação qualitativa de vasos de

crisântemos multiflora, referentes aos limites percentuais de fechamento de

vaso. UFSM, Santa Maria, RS, 2005......................................................................

16

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Resumo da análise da variância das variáveis avaliadas no cultivo

de crisântemo multiflora em vasos, cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS,

2004.........................................................................................................................

54

ANEXO 2 - Resumo da análise da variância das variáveis avaliadas no cultivo

de crisântemo em vasos multiflora, cultivar Veria dark. UFSM, Santa Maria, RS,

2004..................................................................................................................

57

ANEXO 3 - Análise de correlação das características avaliadas em crisântemo

de vaso cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2004.....................................

60

ANEXO 4 - Análise de correlação das características avaliadas em crisântemo

de vaso cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2004...............................

61

ANEXO 5 - Variação das temperaturas máximas e mínimas, no período de 168

dias longos (casa de vegetação I). UFSM, Santa Maria, RS, 2003........................

62

ANEXO 6 - Variação das temperaturas máximas e mínimas, no período de 214

dias curtos (casa de vegetação II). UFSM, Santa Maria, RS, 2003.......................

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ANEXO 7 - Temperatura durante os dias curtos, no ciclo de produção da cultivar

Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003....................................................................

64

ANEXO 8 - Temperatura durante dos dias curtos, no ciclo de produção da

cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.................................................

65

ANEXO 9 - Temperaturas máximas, mínimas e média observadas entre os

despontes, cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.....................................

66

ANEXO 10 - Temperaturas máximas, mínimas e média observadas entre os

despontes, cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2003..............................

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DL: Dia Longo;

DC: Dia Curto;

ALTANTES: Altura de planta antes do desponte;

NUMBROTO: Número de brotos formados a partir do primeiro desponte;

ALTFLOR: Altura de planta no florescimento;

NUMBROFI: Número de brotos finais que resultarão inflorescências;

NUMFLOR: Número de inflorescências;

DIAMFLOR: Diâmetro de inflorescências;

DIPLAFLOR: Diâmetro de planta no florescimento;

DIPLADES: Diâmetro de planta antes do desponte;

AP/AV: Proporção entre altura de planta e altura de vaso;

DP/DV: Proporção entre diâmetro de planta e diâmetro de vaso;

F: Fechamento de vaso;

d: dias;

IBRAFLOR: Instituto Brasileiro de Floricultura.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................

1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................

4

3 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................

9

3.1 Localização......................................................................................................

9

3.2 Caracterização das cultivares........................................................................

9

3.3 Delineamento experimental ...........................................................................

11

3.4 Enraizamento das estacas..............................................................................

12

3.5 Transplante......................................................................................................

12

3.6 Despontes........................................................................................................

13

3.7 Irrigação e Fertirrigação.................................................................................

13

3.8 Manejo Fitossanitário.....................................................................................

13

3.9 Avaliações........................................................................................................

14

3.9.1 Altura e diâmetro das plantas antes do desponte..........................................

14

3.9.2 Altura e diâmetro final das plantas.................................................................

14

3.9.3 Diâmetro e número de inflorescências por planta..........................................

14

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3.9.4 Número de inflorescências formadas por broto..............................................

14

3.9.5 Ciclo de cultivo e das cultivares.....................................................................

14

3.9.6 Qualidade das plantas....................................................................................

14

3.10 Análise estatística.........................................................................................

16

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................

17

4.1 Crescimento em altura e diâmetro das plantas antes do desponte...........

17

234.2 Número de brotos formados ......................................................................... 4.3 Número e diâmetro de inflorescências.........................................................

26

4.4 Altura e diâmetro final das plantas................................................................

30

4.5 Número de inflorescências formadas por broto........................................

33

4.6 Ciclo de cultivo e da cultivar..........................................................................

35

4.7 Qualidade das Plantas Produzidas................................................................

38

5. CONCLUSÕES...................................................................................................

50

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................

51

7. ANEXOS............................................................................................................. 54

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1 INTRODUÇÃO

A floricultura é considerada uma das formas mais evoluídas da agricultura,

devido ao uso de tecnologia avançada, nos diferentes níveis de produção e

armazenamento conferindo ao setor grande competitividade de mercado, no qual a

qualidade do produto é essencial. A alta rentabilidade, o rápido retorno de capital

investido, a obtenção de altos rendimentos/área e adaptação à pequena propriedade,

são características da floricultura.

A produção e comercialização de flores e plantas ornamentais, no Brasil,

adquiriu escala comercial a partir da década de 50, através dos imigrantes

portugueses. Na década de 60, com os imigrantes japoneses e holandeses, a

atividade foi incrementada, principalmente no estado de São Paulo. Em 1989 com o

surgimento do Veiling Holambra (sistema de leilão na comercialização, implantado na

Cooperativa Agrícola Holambra Ltda - Holambra, SP) influenciou a evolução do

mercado interno, o que levou a um aumento na produção de 20% ao ano (Barbosa,

2003).

Segundo Barbosa (2003), o mercado brasileiro movimenta anualmente cerca

de um bilhão e meio de dólares, com perspectiva de crescimento anual de 20%,

sendo o estado de São Paulo responsável por 70% deste volume. Os maiores picos

de consumo de flores acontecem nas datas comemorativas, tais como: Dia

Internacional das Mulheres, Dias das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais,

Finados e Natal (Arruda et al., 1996).

O consumo de flores no Brasil, tem aumentado significativamente nos últimos

anos, sendo a produção voltada para o consumo interno (Motos, 1998). Segundo

dados da Gazeta Mercantil, no ano de 1998, o gasto com flores era de U$ 6,00 per

capita ao ano, sendo este valor o dobro do verificado em 1994.

Atualmente no Brasil o crisântemo, seja como flor de corte ou planta florífera

de vaso é a espécie mais comercializada, sendo que o de vaso apresenta maior

demanda. Segundo Motos, (1998) a partir de dados de comercialização do Veiling

Holambra, observou-se um crescimento bastante acentuado do mercado desse

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produto, passando de uma comercialização de 391.000 vasos em 1992 para

1.867.000 vasos em 1997.

Esse aumento deve-se à grande diversidade de cores, e formas das

inflorescências, a longevidade floral, a precisão da resposta floral ao fotoperíodo e a

durabilidade de pós-colheita. A popularização das vendas em supermercados (cerca

de 23% de todo o volume comercializado pelo Veiling Holambra) e a modificação do

hábito de consumo, adquirindo flores não apenas em datas comemorativas mas

também para embelezamento interno das residências e locais de trabalho, também

contribuíram para o aumento do consumo.

Para garantir o mercado, o floricultor deve permanecer atento às novas

opções oferecidas, diversificando seus produtos, quanto à espécies, à cores e

formas, como é o caso do crisântemo multiflora (Dendranthema indicum Tzvelev.),

que tem contribuído para que o crisântemo em vaso não perca sua atratividade e

competitividade no mercado de flores envasadas.

O crisântemo multiflora, tem aumentado seu espaço no mercado, devido

possuir uma quantidade de inflorescências maior e longevidade superior às cultivares

tradicionais. Algumas cultivares deste grupo de crisântemo, principalmente o

crisântemo de jardim, podem apresentar a possibilidade de serem cultivadas usando-

se a topiaria. Técnica que permite conduzir as plantas em formas geométricas

(esféricas, triangulares, quadradas) e figurativas. Na antigüidade, nos jardins

romanos, as plantas eram podadas com formas humanas e de animais. Existem

algumas espécies de plantas, como o buxinho, ciprestes, eugênia , tuias, azaléia,

ligustro, Ficus benjamina, entre outros, apropriadas à topiaria.

A produção do crisântemo multiflora com despontes sucessivos em diferentes

tamanhos de vasos, tende a produção de plantas com formas esféricas que podem

ser caracterizadas como topiaria.

Atualmente os crisântemos multiflora, estão sendo utilizados na produção de

vasos de maneira casual, sem a utilização de técnicas de cultivo apropriadas. Os

vasos encontrados no comércio são produzidos a partir de três mudas, geralmente

resultando num vaso heterogêneo, devido a desuniformidade de crescimento e de

diferenciação floral entre as plantas.

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Como se trata de um produto recente na floricultura mundial não há uma

normatização de padrões de qualidade que norteiem a produção e a comercialização

do crisântemo multiflora. A produção dessas plantas necessita adequação das

técnicas de cultivo e manejo como às empregadas às cultivares tradicionais.

Considerando isto, este trabalho tem como objetivos:

a) Determinar o tamanho de vaso e o número de despontes necessário para obter-se

uma planta com qualidade para a comercialização;

b) Estabelecer o ciclo das cultivares nas condições ambientais de Santa Maria, RS;

c) Propor padrões de qualidade para produção e comercialização do crisântemo

multiflora, cultivar Papiro e Veria Dark;

d) Testar a adaptabilidade das cultivares Papiro e Veria Dark, para as condições

ambientais de Santa Maria, RS.

e) Observar se a utilização de podas consecutivas, nas cultivares Papiro e Veria

Dark, conduzem à produção de plantas em topiaria.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O crisântemo, pertencente ao antigo gênero Chrysanthemum foi reclassificado

como Dendranthema grandiflora Tzvelev. (Anderson, 1987) pertencente à família

Asteraceae, tendo sua origem nas regiões subtropicais da Ásia e da África (Petry,

2000).

Cultivado há 2000 anos na China, é a "flor" nacional do Japão, mas foi na

Inglaterra que surgiram as primeiras cultivares de inflorescências grandes e

globosas. A França destacou-se no passado pela criação de novas cultivares.

Atualmente, os Estados Unidos estão mais desenvolvidos nos estudos para

obtenção de novas cultivares (Petry, 2000).

No crisântemo o que vulgarmente se conhece como flor, é na verdade uma

inflorescência de capítulo, sendo a lígula, correspondente à pétala da flor feminina, o

elemento realmente decorativo, sendo que as flores hermafroditas se encontram na

zona central do capítulo (Lavila, 1992).

O crisântemo é uma planta de dia curto, ou seja, para que ocorra a indução à

floração, as plantas devem estar expostas a um comprimento de dia menor do que

um valor crítico, que, segundo Taiz e Zeiger (1991), está entre 12 e 14 horas. Para

efeitos práticos, utilizam-se 13 horas como sendo o fotoperíodo crítico. Deste modo,

quando o fotoperíodo ultrapassar esse valor, as plantas permanecerão em estádio

vegetativo e se for inferior, serão induzidas ao florescimento (Mello, 2003).

Segundo Bellé (2000), nas condições de Santa Maria, os dias curtos para as

cultivares em uso devem ser praticados no período compreendido de 20/09 a 20/03.

A noite longa é praticada das 18 às 8 horas do dia seguinte, isto é, deve durar 14

horas para uma boa abertura das inflorescências.

O ciclo da cultivar é medido a partir do dia de início da indução floral até o

ponto de comercialização (Tolloti, 2001), sendo este é atingido quando

aproximadamente 50 a 60 % das inflorescências estiverem com aproximadamente

50 a 60% de abertura. Segundo esse critério, as cultivares de crisântemos de vasos

são classificadas em: precoces - aquelas que florescem em um período de 7 a 9

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semanas; médias - aquelas que florescem em período de 10 a 12 semanas e; tardias

- aquelas que florescem em um período de 13 a 15 semanas (Bellé, 2000).

Já na região produtora de Holambra-SP, as cultivares de crisântemos de

vasos são classificadas de maneira diferente: precoces são as cultivares que

florescem em um período de 7 a 8 semanas, médias, florescimento entre 8 a 9

semanas e tardias as que florescem acima de 9 semanas de período de dia curto

(Royal Van Zanten, 2004).

O ciclo pode ser prolongado quando ocorrem baixas temperatura e baixa

radiação solar nas duas primeiras semanas de indução, sendo esses os fatores que

determinam a alteração do ciclo de uma cultivar (Kofranek, 1992).

Karlsson et al. (1989) estudando os efeitos da radiação e da temperatura

sobre o ciclo do crisântemo, verificaram que o tempo necessário em dias curtos para

o florescimento diminuiu com o aumento da radiação, sendo que para uma

temperatura constante de 20ºC, o tempo necessário para o broto apical florescer

decresceu 29 dias com o aumento da radiação.

Arbos (1992), observou que na produção de crisântemos a temperatura

mínima de 11ºC ou inferiores a essa, dependendo da cultivar, pode florescer, desde

que durante o dia ocorra uma temperatura igual ou superior a 16ºC. Em resposta às

condições de temperatura, Cathey (1954), citado por Larson (1997), classifica as

cultivares de crisântemos em três grupos: termopositivo, são as cultivares que

necessitam temperaturas noturnas mínimas de 16ºC para florescer; termonegativo,

inclui cultivares que não florescem com temperatura noturna superior a 16ºC e

termozero, as cultivares que florescem normalmente em temperaturas noturnas entre

10ºC a 27ºC. Nesse último grupo, encontram-se a maioria das cultivares em

produção no Rio Grande do Sul (Mello, 2003).

Durante a produção, altas temperaturas, na faixa dos 27ºC aos 32ºC, podem

influenciar o crescimento de algumas cultivares, ocasionando retardo da indução,

anomalias florais e desuniformidade na floração. A severidade dos danos depende

ainda, do tempo de exposição e da tolerância das cultivares a essas condições de

temperatura (Whealy et al, 1987).

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O cultivo de crisântemos envasado deve ser realizado em locais ensolarado,

pois com excesso de sombreamento as inflorescências são pequenas e os ramos

muito finos, diminuindo a qualidade dos vasos (Arbos, 1992). A necessidade de

estufa para a produção de crisântemo deve-se não só por possibilitar o controle e a

uniformização do florescimento, mas também pelas condições meteorológicas, como

a proteção contra chuvas torrenciais, granizo, ventos fortes, além do controle

fitossanitário ser mais eficaz em ambientes protegidos, às quais a cultura é

extremamente sensível (Miranda et al., 1994).

A cultura do crisântemo em vasos, de cultivares tradicionais, seguem um

padrão de qualidade e comercialização definido a partir de junho de 2000, pelo

Instituto Brasileiro de Floricultura - IBRAFLOR. A classificação é dividida em três

categorias: Extra (A1), Classe I (A2), e Classe II (B). Considera-se como parâmetros

para esta classificação a sanidade da planta, da folhagem, uniformidade na abertura

das inflorescências, qualidade das raízes, e altura das plantas em relação ao

tamanho do vaso. No vaso nº15 (15 cm de diâmetro de abertura) plantas com 23 a

35 cm de altura, vaso nº13 (13 cm de diâmetro de abertura) plantas com 16 a 22 cm

de altura, vaso nº11 (11 cm de diâmetro de abertura) plantas de 10 a 15 cm de

altura. Entretanto o crisântemo multiflora não possui padrões estabelecidos.

Segundo Motos (1998) a melhor qualidade de vasos é obtida quando a altura

das plantas é 1,5 vez a altura do vaso. Bellé (2000), preconiza que o tamanho ideal

de uma planta de crisântemo em vaso é de aproximadamente 2,0 a 2,5 vezes a

altura do vaso, no entanto existem mercados que preferem vasos com plantas

maiores, algo em torno de 3 vezes a altura do vaso.

O equilíbrio entre os parâmetros, altura, área foliar, tamanho de flores e

tamanho do pedúnculo conduz a uma relação entre planta/flor/vaso na formação da

estética que é avaliado pelo que chama-se de qualidade (Tolotti, 2001).

No sistema de cultivo em vasos, as variedades tradicionais são plantadas em

vasos de 3 diferentes tamanhos e com diferente número de plantas por vasos. No

vaso nº11, planta-se 3 ou 4 mudas, de cultivares com inflorescências pequenas e

plantas com pouco vigor, as mini-margaridas. No vaso nº13, faz-se o plantio de 4

mudas, de cultivares com inflorescências pequenas ou de tamanho médio e plantas

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pouco ou medianamente vigorosas, as mini-margaridas, girassol, espatulado e as

margaridas. O vaso nº15 recebe o plantio de 6 mudas, de cultivares com

inflorescências grandes, do tipo decorativo, margaridas ou spider, com alto vigor

(Motos, 1998).

O plantio de diferentes quantidades de mudas é necessária para que ocorra

uma maior cobertura da superfície do vaso no período de florescimento, sem a

ocorrência de espaços entre as inflorescências, obtendo-se assim um vaso

compacto, uniforme, e com quantidade de inflorescências suficientes para que, visto

de cima, não apareçam as folhas das plantas e o substrato.

A uniformidade das plantas é difícil de ser obtida, devido ao plantio de mais de

uma planta num mesmo vaso, gerando no final do ciclo plantas de diferentes

tamanhos. Com o plantio de apenas uma muda por vaso , elimina-se esse problema,

além de melhorar a uniformidade na abertura das inflorescências.

Segundo Motos (1998), o desponte das mudas (retirada do meristema apical

das plantas) é uma prática aconselhável para estimular o surgimento de brotações

laterais. Este desponte deve ser realizado quando as plantas atingirem no mínimo 5

folhas abertas (três a quatro semanas após o plantio), restando após o mesmo, no

mínimo 5 folhas, resultando numa melhor formação da planta e, consequentemente,

maior produção de ramos.

Essas referências dizem respeito especificamente para as cultivares de

Dendranthema grandiflora Tzvelev., mas por experiência na produção de

crisântemos de jardim, muitas das respostas observadas também são válidas para

algumas cultivares do Dendranthema indicum Tzvelev. que é objeto desse trabalho.

Quanto a essa espécie resta ainda esclarecer muitas dúvidas quanto ao manejo da

planta, ambiente, nutrição e fitossanidade, pois na bibliografia não foi encontrada

nenhuma referência sobre esses assuntos.

A espécie Dendranthema indicum Tzvelev. é um crisântemo nativo do Japão,

usado em jardins e para cruzamentos interespecíficos na obtenção de novas

cultivares (Fukai, 2000). Esse crisântemo foi chamado na Europa de crisântemo

globular, mas o melhoramento das cultivares desse grupo perderam em parte o seu

crescimento globoso e compacto, contudo, mantiveram seu caráter genético de

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produzir muitas inflorescências nas novas cultivares. As cultivares dessa espécie

possuem porte baixo, ramificam-se intensamente, têm folhas pequenas lobuladas ou

dentadas, perenes, e são muito resistentes a baixas temperaturas. Possuem ainda

uma grande quantidade de inflorescências de tamanho pequeno e de boa

longevidade, por essa razão a espécie passou a ser chamada de crisântemo

“multiflora”, fazendo referência ao grande número de inflorescências (Flower Council

of Holland, 2001).

A produção do crisântemo “multiflora” consiste em provocar constantes

brotações, sempre em condições de dias longos, para produzir plantas de maior

volume e compactas, capazes de produzir um grande número de inflorescências

conferindo um máximo de cobertura do vaso e da planta.

Recentemente, este crisântemo de jardim passou a ser utilizado na produção

de plantas com características diferentes às existentes no mercado, cuja

características principais são volume das plantas e o grande número de

inflorescências. Estes vasos diferenciados são produzidos nas mesmas condições

dos crisântemos tradicionais, mas são submetidos a um número maior de podas.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Localização

O experimento foi conduzido no setor de floricultura, do Departamento de

Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. Santa Maria está

localizada na região Central do Rio Grande do Sul, as coordenadas geográficas:

latitude 29º 43' Sul, longitude 53º 42' Oeste; em altitude média de 95 m.

O clima da região é do tipo "Cfa", ou seja, subtropical úmido, segundo

classificação climática de Köppen. A temperatura média diária no mês mais frio fica

entre -3 e 18ºC (Moreno, 1960), a temperatura média anual é de 19,3ºC e a umidade

relativa do ar média é de 78,4% (Mota et al., 1971).

O experimento foi conduzido em duas casas de vegetação sendo uma

manejada na condição de dia longo (DL) e outra na de dia curto (DC). A partir de 20

de setembro de 2003 as plantas receberam dia curto artificial de 16 horas pela

cobertura das bancadas de produção com plástico dupla face (preto/branco).

No interior das casas de vegetação, o experimento foi conduzido sobre

bancadas distribuídas na direção norte-sul, bancadas de 1m de largura e 2,5 m de

comprimento.

3.2. Caracterização das cultivares Para os ensaios foram utilizadas duas cultivares de Dendranthema indicum

Tzvelev., Papiro e Veria Dark, pois são as mais presentes no mercado e escolhidas

entre outras disponíveis nos produtores de mudas.

Esse tipo de crisântemo se caracteriza por produzir plantas compactas,

intensa brotação e de caráter perene, inflorescências pequenas (3 a 5 cm de

diâmetro). A cultivar Papiro, apresenta inflorescências brancas, tipo mini-margarida

simples, com aproximadamente 30 lígulas, folhas profundamente lobadas. A cultivar

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Veria Dark, apresenta inflorescências amarelas, tipo mini-margarida semi-dupla, com

aproximadamente 50 lígulas, folhas mediamamente lobadas.

A Figura 1 mostra uma forma de comercialização atual no Brasil, destas

cultivares, acompanhadas de um cachepô formado por um chapéu de palha. A

Figura 2 mostra as mesmas plantas desprovidas do cachepô que serve para manter

a planta ereta, esconder o vaso e a parte inferior da planta desprovida de

inflorescências.

Figura 1. Cultivares de crisântemo multiflora (Dendranthema indicum Tzvelev.), Papiro e Veria Dark, durante o florescimento e sua forma de comercialização.

UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

BA Figura 2 – Vista geral das cultivares, multiflora , Papiro (A) e Veria Dark.(B)

UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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3.3. Delineamento Experimental

As duas cultivares foram conduzidas em três diferentes tamanhos de vasos,

números 11, 15 e 20, cujas características estão apresentadas na Tabela 1.

Considerou-se um ensaio para cada tamanho de vaso e para cada cultivar, isto é,

seis ensaios. Os tratamentos constituiram-se de um número diferentes de despontes

para cada vaso que por sua vez foram distribuídos num delineamento experimental

inteiramente casualizado. Cada tratamento foi repetido em seis vasos. As plantas

cultivadas no vaso número 11 receberam quatro despontes, as do vaso número 15

seis e as do vaso número 20 sete despontes.

Tabela 1- Características dos vasos plásticos utilizados no experimento. UFSM, Santa Maria, RS,

2004.

Vaso número Diâmetro abertura

superior (cm)

Diâmetro do fundo

(cm)

Altura (cm) Volume (L)

11 11,00 8,50 10,00 0,80

15 15,00 10,50 12,00 1,30

20 20,00 13,80 17,00 3,60

A definição do número de despontes diferentes para cada vaso deu-se por

limitações de espaço nos ambientes de dia longo e dia curto. Assim, por experiência

em cultivos anteriores no Setor de Floricultura da UFSM, definiu-se uma variação de

despontes para cada vaso na qual a produção final poderia se enquadrar numa

qualidade aceitável para a comercialização.

Para as condições de DL a densidade de vasos sobre as bancadas de

produção foi: 12 vasos/m² para o vaso 11; 9 vasos/m² para o vaso 15 e 4 vasos/m²

para o vaso 20.

Na casa de vegetação mantida com DC, a densidade sobre as bancadas de

produção foi: 8 vasos/m² para o vaso 11; 6 vasos/m² para o vaso 15 e 3 vasos/m²

para o vaso 20, possibilitando um bom desenvolvimento das plantas, sem ocorrer

competição entre essas pela luz.

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3.4. Enraizamento das estacas

As estacas de crisântemos utilizadas nos trabalhos, foram adquiridas da

empresa Brasilflor (Artur Nogueira, SP), especializada na produção de mudas de

crisântemos. As estacas foram recebidas já tratadas com fitorregulador, AIB

0,1%(ácido indol butírico).

Com o objetivo de economizar espaço na estufa, as mudas foram enraizadas

em vasos plásticos de 6,5 cm de diâmetro e 5 cm de altura, contendo casca de arroz

carbonizada e 10% de húmus de cama de aviário. Estes vasos foram acondicionados

no interior de um estufim, com uma densidade de 130 mudas/m² (vasos/m²). Esse foi

construído no interior da casa de vegetação em DL, instalado sobre uma bancada de

1 m de altura, com o fundo de telha de amianto e inclinada 2%.

No período de enraizamento, foi mantido um sombreamento suplementar de

50% e DL artificiais, obtidos com o auxílio de três lâmpadas incandescentes de 100

watts, a 1 m de altura sobre o estufim. Assim obteve-se uma intensidade luminosa

superior a 77 lux (Kofranek, 1992). O regime de luz foi intermitente com 15 minutos

de luz e 30 de escuro das 20h às 5h. As mudas permaneceram nessas condições

por 30 dias (31 de março a 30 de abril de 2003).

3.5. Transplante As mudas enraizadas foram retiradas dos recipientes com torrão e

transplantadas para os vasos definitivos, que continham o substrato comercial Terra

do Paraíso (Holambra, SP), cuja formulação é apropriada para a produção de

crisântemos envasados. O substrato tem como matéria prima básica casca de pinus

triturada, vermiculita e areia. Como esse substrato possui uma baixa capacidade de

retenção de água e CTC, optou-se pela adição de 10% em volume de húmus de

cama de aviário.

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3.6. Despontes O primeiro desponte foi realizado no momento do transplante deixando-se

cinco folhas por planta. Os subsequentes foram realizados nas brotações quando

apresentavam no mínimo 5 folhas abertas, assim com a retirada do meristema apical

após cada desponte, no ramo restante, permaneceram 5 folhas.

Após cada desponte, os vasos permaneceram mais uma semana em dia

longo artificial, antes de serem transferidas para a casa de vegetação com

fotoperíodo de dias curtos para após serem induzidas ao florescimento.

3.7. Irrigação e Fertirrigação

Os vasos foram irrigados conforme a demanda hídrica da planta. A

fertirrigação ocorreu uma vez por semana, utilizando solução nutritiva conforme

indicação de Motos (1998), assim composta: 35g de nitrato de amônia, 40g de nitrato

de cálcio, 40g de nitrato de potássio, 30g de sulfato de magnésio e 7,5g de MAP,

diluídos em 100 litros de água. Tanto a irrigação quanto a fertirrigação foi realizada

pelo sistema de gotejamento através de “espaguetes”, na quantidade suficiente para

que ocorresse pequena drenagem no vaso.

3.8. Manejo fitossanitário O controle de insetos pragas e de doenças foi realizado através do

monitoramento da infestação e infecção das plantas, realizando-se o controle

químico quando necessário, através da utilização dos seguintes produtos: Acaricida

Vertimec 18 CE (18g/L de ingrediente ativo Abamectim) na dosagem de 0,3 ml/L de

calda. Inseticida Confidor 70 GrDA (700g/Kg de ingrediete ativo Imidacloprid), na

dosagem de 1 g/L de calda, Decis 25 CE (25g/L de ingrediente ativo Deltametrina) na

dosagem de 0,5 ml/L de calda para o controle de pulgões e trips.

Para o controle preventivo das doenças causadas por fungos, principalmente

as radiculares, foi utilizado Captan 500 PM (500g/Kg de ingrediente ativo Captan) na

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dosagem de 1,5g/L de calda, Previcur N (722 g/L de ingrediente ativo Propamorcarb

Hidroclorid) na dosagem de 3 ml/L de calda. Não houve ocorrência de doenças

foliares.

3.9. Avaliações As seguintes variáveis foram obtidas durante o ensaio:

3.9.1 - Altura e diâmetro das plantas antes do desponte: A altura foi obtida

através da medida da base da planta, junto ao substrato, até o seu

ápice, e o diâmetro pela média de duas medidas obtidas em eixos

opostos;

3.9.2 - Altura e diâmetro final das plantas: Essas medidas foram obtidas de

forma igual a altura e diâmetro das plantas antes do desponte;

3.9.3 - Diâmetro e número de inflorescências por planta: o diâmetro das

inflorescências foi obtido pela média do diâmetro de cinco

inflorescências tomadas ao acaso sobre as plantas em plena abertura

floral, e a contagem determinou o número de inflorescências;

3.9.4 - Número de inflorescências formadas por broto: Esse parâmetro foi

obtido através da relação número total de inflorescências e número total

de brotos.

3.9.5 - Ciclo de cultivo e das cultivares: O ciclo de cultivo foi obtido através do

número de dias ou semanas, a partir do dia do transplante da muda

para o vaso definitivo até o ponto de colheita, enquanto que o ciclo das

cultivares é obtido a partir do primeiro dia de indução (DC) até o ponto

de colheita da planta.

3.9.6 - Qualidade das plantas: A qualidade dos vasos foi avaliada segundo os

seguintes parâmetros: relação entre a altura da planta e altura do vaso,

diâmetro da planta e diâmetro do vaso, número de inflorescências e

fechamento do vaso.

Para a determinação do parâmetro, relação entre altura de planta e altura do

vaso, baseou-se nas normas do IBRAFLOR (2000) para o crisântemo tradicional,

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cujas relações variam de 0.9 a 2,3. Bellé (2000), classifica como os melhores vasos,

as relações de altura compreendida entre 1,5 a 2,5. Com base nessas informações

idealizou-se uma classificação por notas de qualidade (Quadro 1). Quadro 1 – Escala de notas de qualidade para vasos de crisântemos multiflora referentes aos limites

de proporções entre altura de planta/altura de vaso (AP/AV) e diâmetro de planta/diâmetro

de vaso (DP/DV). UFSM, Santa Maria, RS, 2005.

Escala de notas Limites da proporção

(AP/AV e DP/DV)

1 ≤ 1,0

2 > 1,0 ≤ 1,5

3 > 1,5 ≤ 2,0

4 > 2,0 ≤ 2,5

5 > 2,5

Para a relação entre o diâmetro de planta e diâmetro do vaso, foi criado uma

relação de proporções idênticas à relação altura de planta/altura vaso, atendendo

dessa forma, o objetivo de obter-se plantas de forma esférica, conforme é mostrado

na Quadro 1. Nas avaliações dos vasos considerou-se como as melhores proporções

de altura e diâmetro as notas 3 e 4.

A cobertura da planta pelas inflorescências em plena floração corresponde ao

que é chamado pelos profissionais da área de “fechamento de vaso”. Esse

parâmetro para as espécies de inflorescências pequenas (diâmetro < 5cm) o número

de inflorescências é um importante fator na obtenção do fechamento de vaso. Assim,

para avaliá-lo baseou-se em uma escala transposta em um disco dividido em cinco

quadrantes onde cada um representou 20% da área. Com uso desse artifício

comparou-se cada vaso em vista superior e frontal, atribuindo-lhe assim uma nota,

cujas as escalas de variações é mostrada na Quadro 2. O melhor fechamento foi

considerado aquele que obteve a nota cinco, isto é, a uma cobertura pelas

inflorescências de 80 a 100%. Este fator foi considerado determinante da qualidade

dos vasos, desde que as proporções, AP/AV e DP/DV, obtivessem nota de três a

quatro.

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Quadro 2 – Escala de notas para avaliação qualitativa de vasos de crisântemos multiflora, referentes

aos limites percentuais de fechamento de vaso. UFSM, Santa Maria, RS, 2005.

Escala de notas Porcentagem de fechamento

1 0 ≤ 20

2 > 20 ≤ 40

3 > 40 ≤ 60

4 > 60 ≤ 80

5 > 80 ≤ 100

O número de inflorescências para obtenção do melhor fechamento e

proporções só foi definido após a avaliação final do ensaio com o julgamento por

cultivar, vaso e número de despontes para obtenção do melhor vaso.

3.10. Análise Estatística

A análise estatística foi realizada através do software estatístico

SANEST/CIAGRI, seguindo o modelo de análise para o delineamento experimental

inteiramente casualizado.

Para as variáveis quantitativas foram realizadas a análise da variância, teste F

com 5% de probabilidade e regressão.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da análise da variância de todos os parâmetros avaliados no

cultivo do crisântemo nos vasos número 11, 15 e 20, estão apresentados nos

ANEXOS 1 e 2, para as cultivares Papiro e Veria Dark, respectivamente. A análise

resultou em significância do teste F para todos os parâmetros testados, exceto para

o diâmetro de inflorescência no vaso 11 para as duas cultivares.

4.1 Crescimento em altura e diâmetro das plantas antes dos despontes

A análise de regressão realizada nos dados de altura das plantas antes dos

despontes, resultou numa resposta de crescimento linear para a produção de

crisântemos em todos os tamanhos de vaso e para as duas cultivares testadas

(Figura 3 e 4).

Ao se comparar a evolução do crescimento em altura de planta cultivar Papiro,

pelos dados da curva de tendência, observa-se que essas progrediram de forma

semelhante nos três tamanhos de vasos (Figura 3): vasos 11 igual a 3,48 cm, 15

igual a 3,49 cm, e para o 20 igual a 3,83 cm. Para o caso da cultivar Veria Dark,

observa-se que os incrementos de altura foram de 3,32 cm para o vaso 11, 2,70 cm

para o vaso 15 e de 3,43 cm para o vaso 20. Estes valores mostram uma leve

tendência do crescimento de altura ser superior a medida que aumenta-se o

tamanho do vaso. Tal benefício provavelmente seja devido a maior área de

exploração das raízes o que beneficiou o crescimento da planta. Reis apud Nicoloso

(2000) também atribuiu aos recipientes pequenos as alterações de crescimento da

parte aérea de plantas.

Ao comparar-se as duas cultivares observa-se que o crescimento em altura da

cultivar Veria Dark é inferior ao da Papiro, devido a maior sensibilidade da Veria Dark

às variações ambientais na estufa em condições de dias longos.

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18

C

y = 0,008 + 3,486xr2 = 0,98

05

1015202530

1 2 3 4

Número de despontes

Altu

ra d

as p

lant

as

ante

s do

des

pont

e (c

m)

y = 0,173 + 3,486x r2 = 0,97

05

1015202530

1 2 3 4 5 6

Número de despontes

Altu

ra d

as p

lant

as a

ntes

do

des

pont

e (c

m)

y = 0,226 + 3,83xr2 = 0,99

0

5

10

15

20

25

30

1 2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Altu

ra d

as p

lant

as a

ntes

do

desp

onte

(cm

) C

A

B

Figura 3 – Altura das plantas de crisântemo multiflora, cultivar Papiro, antes do desponte, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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19

y = 0,183 + 3,317x r2 = 0,94

05

1015202530

1 2 3 4

Número de despontes

Altu

ra d

as p

lant

as

ante

s do

des

pont

e (c

m)

y = 0,726 + 3,427x r2 = 0,97

05

1015202530

1 2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Altu

ra d

as p

lant

as

ante

s do

des

pont

e (c

m)

y = 1,975 + 2,706x r2 = 0,90

369

1215182124

1 2 3 4 5 6Número de despontes

Altu

ra d

as p

lant

as a

ntes

do

desp

onte

(cm

)

C

B

A

Figura 4 – Altura das plantas de crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark, antes do desponte, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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20

Em relação ao diâmetro da planta antes dos despontes, a análise de

regressão efetuada para a cultivar Papiro (Figura 5) mostrou um crescimento de

planta em diâmetro de forma linear para o cultivo no vaso 11 (Figura 5 A). No entanto

, para o cultivo em vaso 15 e 20 apresentou um crescimento em diâmetro

representada pela curva quadrática (Figura 5 B e C). Já para a Veria Dark foi

observado uma resposta linear crescente para os três tamanhos de vasos (Figura 6).

Ao comparar-se o crescimento em diâmetro da planta entre os diferentes

vasos observa-se que também houve um aumento do diâmetro de planta com o

aumento do tamanho do vaso nas duas cultivares. Essa resposta caracteriza melhor

a tendência do crescimento ser maior tanto em altura como em diâmetro de planta,

quando aumenta-se o tamanho do vaso, podendo essa resposta também ser

atribuída a uma maior exploração radicular.

A resposta diferenciada pela curva de tendência quadrática, observada para a

cultivar Papiro nos vaso 15 e 20 (Figura 5 B e C), caracteriza-se por uma redução da

taxa de crescimento de diâmetro após os despontes de número três, quatro e cinco.

Esta frenagem pode estar ligada a uma menor elongação de entre-nós das

ramificações, pois a partir do segundo desponte foi aumentada a radiação solar com

a retirada do sombreamento externo de 50% da estufa de DL. Isto pode ter

melhorado o crescimento das plantas nessa condição.

A análise das correlações da altura de planta, para as duas cultivares, com as

outras variáveis mostrou que essa foi relacionada significativa e positivamente com

número de brotos finais, altura e o diâmetro finais e número de inflorescências

(ANEXOS 3 e 4), para os três tamanhos de vaso testados.

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21

y = 14,972 + 0,916xr2 = 0,93

05

101520253035404550

2 3 4

Número de despontes

Diâ

met

ro d

a pl

anta

ant

esdo

des

pont

e (c

m)

y = 26,750 - 8,303x +1,636x2

r2 = 0,98

05

101520253035404550

2 3 4 5 6

Número de despontes

Diâ

met

ro d

e pl

anta

ant

esdo

des

pont

e (c

m)

y = 15,429 - 1,111x + 0,795x2

r2 = 0,99

05

101520253035404550

2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Diâ

met

ro d

e pl

anta

ant

esdo

des

pont

e (c

m) C

B

A

Figura 5 – Diâmetro de planta de crisântemo multiflora cultivar Papiro, antes do desponte, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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22

y = 9,166 + 2,666x r² = 0,97

05

1015202530354045

2 3 4

Número de despontes

Diâ

met

ro d

a pl

anta

ant

es

do d

espo

nte

(cm

) A

y = 2,928 + 5,404xr2 = 0,97

05

1015202530354045

2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Diâ

met

ro d

e pl

anta

ant

es d

o de

spon

te (c

m)

y = 5,700 + 4,025x r² = 0,86

05

1015202530354045

2 3 4 5 6

Número de despontes

Diâ

met

ro d

e pl

anta

s an

tes

do d

espo

ntes

(cm

)

C

B

Figura 6 – Diâmetro de planta de crisântemo multiflora cultivar Veria Dark, antes do desponte, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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4.2 Número de brotos formados

A retirada do meristema apical pelo desponte, corresponde a retirada dos

tecidos jovens que sintetizam fitorrmônios como a auxina e a citocinina. A

biossíntese de auxina está associada aos tecidos com rápida divisão celular e

crescimento, especialmente nas partes aéreas. Embora quase todos os tecidos

vegetais sejam capazes de produzir baixos níveis de auxina, os meristemas apicais,

as folhas jovens, os frutos e as sementes em desenvolvimento são os principais

locais de síntese deste hormônio. O desponte, eliminando a dominância apical,

provoca a ativação das gemas axilares que pode ser de intensidade variável de

acordo com fatores genéticos e ambientais, tais como condições de umidade do

substrato, fertilização, temperatura e radiação solar (Taiz e Zeiger, 1991).

Para as cultivares aqui testadas é interessante que seja maximizado seu

potencial de produção de brotos, pois esses proporcionam uma floração mais intensa

e como conseqüência aumenta a possibilidade de fechamento do vaso pelas

inflorescências.

Como os ensaios foram realizados em duas casas de vegetação diferentes, ou

seja, uma em condições de DL e outra em DC, cabe uma comparação na evolução

do número de brotos por planta que foram formadas nesses ambientes. Observou-se

que no vaso 11 a produção de brotos obedeceu uma linearidade crescente para as

duas cultivares, a Papiro (Figura 7 A) e a Veria Dark (Figura 8 A). Para os demais

vasos o comportamento obedeceu uma curva de tendência quadrática para as duas

cultivares (Papiro, Figura 7 B e C e Veria Dark, Figura 8 B e C).

Nas curvas constata-se que na maioria dos despontes, o número de brotos

formados nos vasos podados e transferidos para a situação de DC foi maior, quando

comparado ao produzido nos vasos que permaneceram em DL. A produção de

brotos foi superior para a cultivar Papiro em 33,3% e para a Veria Dark em 35,0% em

condições de DC, quando comparada com a condição de DL. No entanto, observa-se

que a cultivar Papiro apresenta um potencial de brotação superior em relação à Veria

Dark, independentemente do ambiente. As diferenças se pronunciaram com o

aumento dos despontes e do tamanho de vaso. Por exemplo o cultivo no vaso 20

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24

com seis despontes a Papiro produziu em DL 199 brotos e em DC 339 (Figura 7 C),

enquanto que, a Veria Dark produziu 181 em DL e em DC 224 brotos (Figura 8 C).

y = - 2 9 ,6 6 7 + 2 1 ,5 0 0 x r 2 = 0 ,9 0

y = - 1 4 ,3 6 1 + 9 ,2 5 0 xr 2 = 0 ,9 5

0

1 0

2 0

3 04 0

5 06 0

7 0

1 2 3 4

N ú m e ro d e d e s p o n te s

Núm

ero

de b

roto

s fin

ais

y = 1 3 0 , 0 0 0 - 9 2 , 6 2 4 x + 1 9 , 0 2 4 x 2

r2 = 0 , 9 9

y = 1 0 1 , 7 6 7 - 7 0 , 5 4 0 x + 1 2 , 4 4 x 2

r2 = 0 , 9 70

2 04 06 08 0

1 0 01 2 01 4 01 6 01 8 02 0 02 2 02 4 02 6 02 8 0

1 2 3 4 5 6

N ú m e ro d e d e s p o n t e s

Núm

ero

de b

roto

s fin

ais

y = 1 8 3 ,0 4 7 - 1 3 1 ,6 7 8 x + 2 6 ,2 9 8 x 2

r 2 = 0 ,9 9

y = 4 9 ,8 7 1 - 3 9 ,1 0 8 x + 8 ,6 3 6 9 x 2

r 2 = 0 ,9 90

5 01 0 01 5 02 0 02 5 03 0 03 5 04 0 04 5 05 0 05 5 06 0 0

1 2 3 4 5 6 7

N ú m e ro d e d e s p o n t e s

Núm

ero

de b

roto

s fin

ais

C

B

A

Figura 7 – Curvas de tendência do número de brotos finais em condições de DL ( ● ) e DC ( ○) para o crisântemo multiflora cultivar Papiro, em cultivo no vaso 11 (A), vaso 15 (B), vaso 20 (C). UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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25

y = -13 ,639 + 12 ,750x

r 2 = 0 ,99

y = -10 ,833 + 8 ,666x r 2 = 1 ,00

0

10

20

30

40

50

60

70

1 2 3 4

N úm ero de des pontes

Núm

ero

de b

roto

s fin

ais

y = 79,333 - 54,421x + 11,155x 2

r2 = 0,99y = 45,500 - 31,166x + 6,333x 2

r2 = 0,990

20406080

100120140160180200220240260280

1 2 3 4 5 6

Núm ero de despontes

Núm

ero

de b

roto

s fin

ais

y = 45,859 -34,778x + 7,735x 2

r2 =0,98

y = 66,288 -52,254x + 13,116x 2

r2 = 0,99

050

100150200250300350400450500550600

1 2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Núm

ero

de b

roto

s fin

ais

A

B

C

Figura 8 – Curvas de tendência do número de brotos finais em condições de DL ( ● ) e DC ( ○) para o crisântemo multiflora cultivar Veria Dark, em cultivo no vaso 11 (A), 15 (B), 20.(C). UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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26

A causa do substancial aumento do número de brotações na condição de DC

foi o fato desse local apresentar radiação incidente 30%superior, no nível das plantas

em relação ao ambiente de DL. Isto foi devido ao fato de que a estrutura da casa de

vegetação em DC é mais leve e os vidros estavam mais limpos o que se refletiu na

transmissividade da radiação solar. Dessa forma observa-se que as condições de

radiação foram limitantes para a melhoria do desempenho das plantas.

Em função dessa constatação pode-se considerar que numa condição de

produção comercial, cujas instalações sejam melhores quanto a transmissividade da

radiação, pode haver uma melhoria significativa dos vasos, a ponto de reduzir o

número de despontes e o ciclo de cultivo e, ao mesmo tempo, obter-se um vaso de

qualidade para comercialização.

4.3 Número e diâmetro das inflorescências Entre os fatores que determinam a qualidade de vasos floridos estão o número

e o diâmetro das inflorescências, pois estes atuam no fechamento dos vasos.

A análise de regressão desses parâmetros possibilitou observar, para o cultivo

em vasos 11 (Figura 9 A e 10 A), que o número de inflorescências aumentou

linearmente com o aumento dos despontes. Após o segundo até o quarto desponte,

este número aumentou de 91 para 211 inflorescências na cultivar Papiro (Figura 9 A)

e de 72 à 131 na Veria Dark (Figura 10 A). No entanto, apesar desse aumento de

inflorescências por vaso, não houve alteração no diâmetro das mesmas,

permanecendo em 3,8 cm na Papiro e de 4,5 cm na Veria Dark (Figura 9 A e 10 A).

A variação diâmetro de inflorescência, no cultivo em vasos números 15 e 20

para as duas cultivares, apresentou o mesmo comportamento o que foi representado

pela curva de tendência quadrática descrescente (Figura 9 B e C, 10 B e C). Para o

número de inflorescências também foi quadrática, mas crescente, exceto para a

cultivar Veria Dark cultivada no vaso 20. Nesse caso a curva que melhor se ajustou à

evolução do número de inflorescências em função dos despontes realizados, foi a

cúbica (Figura 10 C). Esse tipo de resposta é questionável para o terceiro desponte,

pois esse determinou a formação da curva, mas não para o sétimo, pois ao

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27

examinar-se os dados de cada repetição constatou-se que todos os vasos

produziram um número de inflorescências inferior a todos os vasos com seis

despontes. Isso demonstra que para essa cultivar, a condução até o sétimo

desponte, pode ter provocado limitações fisiológicas decorrentes de uma saturação

do substrato pelas raízes, o que acarretou a diminuição da aeração, retenção de

água e nutrientes, o que se refletiu na redução importante do número de

inflorescências, assim como no diâmetro das mesmas.

Ao comparar-se os valores de números de inflorescências entre os diferentes

tamanhos de vasos observou-se que esses tiveram influência nesse parâmetro em

ambas as cultivares. Ao examinar-se os dados com quatro despontes verificou-se

que a cultivar Papiro produziu 199, 278, 458 inflorescências, enquanto, a Veria Dark

formou 131, 165, 352 inflorescências, respectivamente para os vasos 11, 15 e 20. A

mesma comparação, com seis despontes revelou que a Papiro produziu 583 e 1272

e a Veria Dark 644 e 937 inflorescências , respectivamente para os vasos 15 e 20.

Desta forma, observa-se uma tendência de aumento do número de inflorescências

por planta com o aumento de tamanho do vaso. Esse aumento é o reflexo do mesmo

comportamento para o parâmetro número final de brotos formados, pois verifica-se

uma significativa e alta correlação entre esses fatores (vaso 11 = 0,95, vaso 15 =

0,94 e vaso 20 = 0,97), ANEXO 3.

Especialmente no cultivo em vasos 15 e 20, o aumento do número de drenos

finais, isto é, inflorescências, resultou numa intensa competição por assimilados

(ANDRIOLO, 1999), determinando uma redução do diâmetro das inflorescências.

Outros fatores podem ainda ter colaborado para esse comportamento tanto mais

pronunciado quanto maior o número de despontes.

Observou-se, ainda que a cultivar Veria Dark apresentou menor potencial

florífero, provavelmente por apresentar inflorescências maiores, sendo as que mais

sofreram redução de diâmetro com o aumento do número de despontes, atingindo

41,6% de redução na condição de sete despontes (vaso 20).

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28

y = -39 ,000 + 59 ,500xr 2 = 0 ,88

y = 3 ,877

0

50

100

150

200

250

2 3 4

N úm ero de des pontes

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Diâ

met

ro d

e in

flore

scên

cias

(c

m)

y = 3 ,541 + 0 ,271x -0 ,051x 2

r 2 = 0 ,73

y = 127,493 - 133,315x +54,039x 2

r 2 = 0 ,99

0200400600800

100012001400160018002000

2 3 4 5 6 7

Núm ero de des pontes

Núm

eros

de

inflo

resc

ênci

as

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Diâ

met

ro d

e in

flore

scên

cias

(c

m)

y = 15,9 - 3,857 + 17,357x2

r2 = 0,95

y =3,037 + 0,606x -0,102x2

r2 = 0,83

0

100

200

300

400

500

600

700

2 3 4 5 6

Número de despontes

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Diâ

met

ro d

e in

flore

scên

cias

(c

m)B

C

A

Figura 9 – Diâmetro ( ○ ) e número de inflorescências ( ● ) de crisântemo multiflora, cultivar Papiro, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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29

y = 4 ,5 2 2

y = 1 2 ,5 5 6 + 2 9 ,5 0 0 xr 2 = 0 ,9 9

0

5 0

1 0 0

1 5 0

2 0 0

2 5 0

2 3 4

N ú m e ro d e d e s p o n te s

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

3

3 ,5

4

4 ,5

5

Diâ

met

ro d

e in

flore

scên

cias

(cm

)

y = 413,700 - 263,488x + 50,321x 2

r2 = 0,99

y = 4,504 + 0,101x - 0,037 x 2

r 2 = 0,98

0

100

200

300

400

500

600

700

2 3 4 5 6

Núm ero de des pontes

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

Diâ

met

ro d

e in

flore

scên

cias

(c

m)

y = 1911,182 - 1631,04x + 427,60x ²-30,47x ³ r2 = 0,93

y = 4,328 + 0,358x -0,0833x 2

r2 = 0,94

0200400600800

100012001400160018002000

2 3 4 5 6 7

Núm ero de despontes

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

Diâ

met

ro d

e in

flore

scên

cias

(c

m)C

B

A

Figura 10 – Diâmetro ( ○ ) e número de inflorescências ( ● ) de crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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30

4.4 Altura e diâmetro final das plantas Esses parâmetros obtidos em plena abertura das inflorescências refletem

valores máximos, onde o equilíbrio dessas grandezas, associadas a outros

parâmetros, se traduzem numa esferecidade de planta cuja estética pode ser

denominada de qualidade de vaso.

Verificou-se que os parâmetros altura e diâmetro da planta evoluíram de forma

linear crescente para as duas cultivares quando produzidas nos três diferentes

tamanhos de vaso (Figura 11 e 12). Observa-se que as plantas produzidas no vaso

11, apresentaram uma evolução desses parâmetros de forma muito semelhante, pois

as retas que os representam são paralelas (Figura 11 A e 12 A). Já, para o cultivo

nos vasos 15 e 20 a evolução do crescimento em diâmetro da planta foi maior do que

em altura, pois a diferença entre os parâmetros aumenta com o aumento do número

de despontes (Figura 11 B e C e Figura 12 B e C). Comportamento esse traduzido

em retas não paralelas.

No cultivo de uma única planta por vaso, que é submetida a podas sucessivas

após um crescimento definido, espera-se que ela adquira uma forma esférica. No

entanto, pelos resultados de altura e diâmetro de planta, tal comportamento não foi

constatado pois o diâmetro da planta deveria ser o dobro da altura ou a altura a

metade do diâmetro. Tal situação pode ser devida a forma em que a altura foi obtida,

pois para que essa seja assimilada como o raio, o centro da circunferência formada

pela planta seria deslocada para cima pelas ramificações oriundas do primeiro

desponte. As alturas de plantas sempre foram maiores, onde os valores variaram de

1,2 cm à 8,3 cm do raio formado pela circunferência na qual a planta ficou inscrita.

Esse comportamento mostra que a planta não formou uma esfera perfeita e,

em alguns vasos essa imperfeição foi mínima enquanto que em outros tornou-se

mais evidente, pois as diferenças entre raio e altura foram maiores.

Pode-se atribuir esse crescimento desequilibrado dos parâmetros que

determinam a esfericidade da planta, aos despontes, pois estes foram feitos sempre

acima da quinta folha, mas esta homogeneidade não levou ao crescimento uniforme.

Portanto, para obtenção de plantas de melhor esfericidade, aconselha-se que a

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31

mesma seja acompanhada por tomadas de medidas ou visualmente para que possa

ser definido um desponte diferenciado, quanto a sua altura, entre a parte superior da

planta e a lateral.

Esta resposta de crescimento também foi observada ao longo do ensaio

quando as medidas foram feitas antes de cada desponte. (Figuras 2, 3, 4 e 5), sendo

que na plena floração o efeito se manteve.

y = 1 3 ,7 9 2 + 1 ,4 5 8 4 xr 2 = 0 ,8 3

y = 2 1 ,7 2 2 + 2 ,1 6 7 xr 2 = 0 ,9 8

05

1 01 52 02 53 03 5

2 3

N ú m e ro d e d e s p o n te s

Altu

ra e

diâ

met

ro fi

nais

de

plan

tas

(cm

)

A

y = 1 1 ,8 5 6 + 3 ,0 2 9 x r 2 = 0 ,9 7

y = 1 3 ,0 1 8 + 6 ,9 0 9 x r 2 = 0 ,9 8

0

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

6 0

7 0

2 3 4 5 6 7

N ú m e ro d e d e s p o n te s

Altu

ra e

diâ

met

ro fi

nais

de

plan

tas

(cm

)

C

y = 1 2 ,8 5 0 + 2 ,0 4 1 x r 2 = 0 ,9 9

y = 1 6 ,4 8 3 + 4 ,3 2 5 x r 2 = 0 ,9 6

05

1 01 52 02 53 03 54 04 55 0

2 3 4 5

N ú m e r o d e d e s p o n te s

Altu

ra e

diâ

met

ro fi

nais

de

plan

tas

(cm

)

B

6

4

Figura 11 – Altura ( ● ) e diâmetro ( ○ ) de plantas de crisântemo multiflora, cultivar Papiro, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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32

y = 15,041 + 1,375x r2 = 0,88

y = 23,430 + 2,125x r2 = 0,95

0

5

10

15

20

25

30

35

2 3

N ú m ero d e de s p on te s

Altu

ra e

diâ

met

ro fi

nais

de

plan

tas

(cm

)

A

Figura 12 – Altura ( ● ) e diâmetro ( ○ ) de plantas de crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark, em diferentes tamanhos de vasos; A: vaso 11. B: vaso 15. C: vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

y = 15,150 + 1,593xr2 = 0,98

y = 6,583 + 6,750xr2 = 0,83

05

101520253035404550

2 3 4 5 6

Número de despontes

Altu

ra e

diâ

met

ro fi

nais

de

plan

tas

(cm

)

y = 14,732 + 2,278xr2 = 0,93

y = 19,862 + 5,021xr2 = 0,93

0

10

20

30

40

50

60

70

2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Diâ

met

ro e

altu

ra fi

nais

de

plan

tas

(cm

)

B

C

4

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33

4.5 Número de inflorescências por broto:

Após o desponte as plantas pemaneceram mais sete dias em condições de

DL onde tiveram condições favoráveis para a diferenciação de um maior número de

folhas. Com esse procedimento procurou-se aumentar o potencial de produção de

brotos axilares e consequentemente de inflorescências.

Observar-se na Figura 13 o comportamento desse parâmetro; para a cultivar

Papiro o número de inflorescências formadas por broto mostrou uma redução

significativa com o aumento do número de despontes, idependente do tamanho do

vaso. Com base nos pontos da curva observou-se que para o vaso 11 o número de

inflorescências formados passou de 5,3 a 3,5 do segundo para o quarto desponte, o

que correspondeu a uma redução de 34,2%. Para o vaso 15 a redução do segundo

para o sexto desponte passou de 5,3 para 2,3, isto é, reduziu-se em 56,6%; e para o

vaso 20 a redução foi de 38,3% do segundo para o sétimo desponte.

Para a cultivar Veria Dark (Figura 14) o comportamento do número de

inflorescências por ramo, não foi uniforme para os diferentes vasos como ocorreu na

cultivar Papiro. Nesse caso, as curvas de tendência foram quadráticas para os vasos

11 e 15 e cúbica para o 20. Observou-se uma queda no número de brotos do

segundo para o terceiro desponte, em todos os tamanhos de vaso, em média 27%. A

seguir houve uma estabilidade para somente no sétimo desponte (vaso 20) ocorrer

uma queda, passando de 6,03 inflorescências por broto (segundo desponte), para

2,79 (sétimo desponte), isto é, uma redução de 53,7%.

A redução significativa desse parâmetro foi provavelmente o primeiro reflexo

às restrições que essa cultivar sofreu em DC. O número de brotos formados foi

razoável mas produziram poucas inflorescências, ao mesmo tempo que sofreram

forte redução de seu diâmetro.

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34

0

1

2

3

4

5

6

7

2 3 4 5 6 7

Número de despontes

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

por

br

otos

fina

is

VASO 20

VASO 15

VASO 11

—●— y = 7,122 – 0,915x r² = 0,988 —○— y = 5,92 – 0,193x - 0,0662x² r² = 0,963 —x— y = 4,967 + 0,477x – 0,103x² r² = 0,867

Figura 13- Número de inflorescências formadas por brotos finais, em crisântemo multiflora, cultivar

Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Os despontes sucessivos acarretaram no aumento da altura e diâmetro de

planta. Com isso, há um aumento do índice de área foliar, o que nem sempre pode

corresponder à um aumento proporcional da atividade fotossintética, pois há o fator

de auto sombreamento pelas inúmeras folhas. Tal situação reflete-se no momento da

indução floral, pois há um maior consumo de fotoassimilados não havendo uma

manutenção do número de inflorescências diferenciadas e sim um equilíbrio entre os

assimilados e esse número. Tal processo reflete-se também no diâmetro das

inflorescências.

Espera-se que o número de inflorescências formadas seja, a cada desponte, o

suficiente para compensar a perda do diâmetro e ainda proporcionar um fechamento

maior possível do vaso. Fechamento é a cobertura completa e uniforme da planta

pelas inflorescências na plena floração.

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35

0

1

2

3

4

5

6

7

2 3 4 5 6 7

Núm ero de despontes

Núm

ero

de in

flore

scên

cias

por

br

otos

fina

is VASO 20

VASO 15

VASO 11

—●— y = 13,35 – 4,860x + 0,600x² r² = 0,998 —○— y = 9,814 – 2,382x + 0,242x² r² = 0,982 —x— y = 18,447 – 9,978x + 2,232x² - 0,161x³ r² = 0,943

Figura 14 – Número de inflorescências formadas por brotos finais, em crisântemos multiflora,

cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2003. 4.6 Ciclo de cultivo e da cultivar Neste trabalho o ciclo de cultivo foi considerado o período em que os vasos

ocuparam a estufa no espaçamento adequado para cada tamanho de vaso. O

período de enraizamento não foi considerado pois deu-se em ambiente diferente do

de produção. Portanto, o ciclo de cultivo corresponde a fase vegetativa (DL), mais o

período indutivo (DC), isto é, DL + DC, até o ponto de comercialização. Esse ciclo é

importante para a programação da produção durante todo o ano ou para as datas

mais importantes de comercialização.

Conforme os dados da Tabela 4 e 5 observa-se que para ambas as cultivares

o período vegetativo, ou seja ciclo de DL, ficou compreendido em 35 dias, para o

vaso 11 com dois despontes, até 170 dias para o vaso 20 com sete despontes.

Observa-se que os intervalos de ciclos entre os despontes variaram de 21 até 44

dias, sendo que a maioria dos despontes deu-se com intervalos de 28 dias, ou seja,

4 semanas. Estas variações ocorreram devido ao atraso da abertura da quinta folha

(ponto de desponte), que provavelmente foi influenciada por deficiência térmica

(ANEXO 9 e 10) e luminosa ocorridas entre os despontes.

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36

O ciclo de cultivo das duas cultivares variou em função do número de

despontes, sendo um mínimo de 98 dias e um máximo de 233 dias. Esse período

pode ser considerado longo quando comparado com o crisântemo tradicional que

possui um ciclo de cultivo máximo de 70 dias para as condições de Santa Maria , RS.

Considerando-se que os vasos de número 11 já proporciona a produção de plantas

de boa qualidade com quatro despontes e, os vasos 15 e 20 com cinco despontes, o

ciclo foi reduzido para 148, 175 e 175 dias para os tais casos, respectivamente. Tal

situação pode viabilizar a produção comercial, pois o valor unitário desse tipo de

crisântemo pode atingir três vezes o valor do tradicional, quando cultivado no vaso

15 e 20.

Quanto ao ciclo das cultivares, observa-se que a Papiro (Tabela 2), foi para

todos os tratamentos, exceto para o vaso 20 com seis despontes, de 63 dias ou 9

semanas. Esse período coincide com o observado nas condições de Holambra, SP

(Royal Van Zanten, 2004). Já, para a cultivar Veria Dark (Tabela 3) observa-se que

esse variou de 59 à 70 dias, ou seja, 8,4 a 10 semanas. Tais resultados discordam

com o ciclo informado pelo detentor da cultivar que é de 56 dias ou oito semanas

(Royal Van Zanten, 2004), confirmando observações realizadas por Bellé (2000), que

muitas cultivares de crisântemo de corte e vaso produzidas no RS, apresentam um

acréscimo de no mínimo uma semana de ciclo, no mesmo período de cultivo, se

comparado com as regiões produtoras de Holambra, SP.

A cultivar Veria Dark apresentou maior sensibilidade às variações de

temperatura (ANEXO 8) e radiação pois são esses fatores que mais influenciam no

ciclo da cultivar (Karlsson et al., 1989; Kofranek, 1992). As variações de ciclo de

alguns dias (1 à 5 dias) podem ser devidas a erros de avaliação visual do ponto de

comercialização.

Assim, o aumento de uma semana no ciclo da cultivar Veria Dark nas

condições de Santa Maria, fez coincidir, para a maioria dos casos, com o ciclo da

cultivar Papiro, o que é interessante para o produtor que pode ter opções de vasos

de duas cores ao mesmo tempo e não primeiro o Veria Dark e após o Papiro, se os

ciclos se comportassem de acordo com a referência bibliográfica (Royal Van Zanten,

2004).

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Tabela 2 - Fase vegetativa, ciclo da cultivar e ciclo de cultivo, em dias, para a cultivar Papiro, observadas em condições de Santa Maria – RS, 2003.

Tratamentos (despontes)

Vaso 11

Tratamentos(despontes)

Vaso 15

Tratamentos(despontes) Vaso 20

Dois Três Quatro Dois Três Quatro Cinco Seis Dois Três Quatro Cinco Seis SeteFase Vegetativa 35 56 85 35 56 85 112 156 35 56 85 112 142 170

Ciclo da Cultivar 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 58 63 Ciclo de Cultivo 98 119 148 98 119 148 175 219 98 119 148 175 200 233

Tabela 3 - Fase vegetativa, ciclo da cultivar e ciclo de cultivo, em dias, para a cultivar Veria Dark, observadas em condições de Santa Maria – RS, 2003.

Tratamentos(despontes)

Vaso 11

Tratamentos(despontes)

Vaso 15

Tratamentos(despontes) Vaso 20

Dois Três Quatro Dois Três Quatro Cinco Seis Dois Três Quatro Cinco Seis SeteFase Vegetativa 35 63 91 35 63 91 119 156 35 63 91 119 149 170 Ciclo da Cultivar 63 70 63 63 70 63 63 59 63 70 63 63 63 63 Ciclo de Cultivo 98 133 154 98 133 154 182 215 98 133 154 182 212 233

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4.7 Qualidade das Plantas Produzidas Nas Tabelas 4, 5, 6, 7 e 8 estão representadas as porcentagens de vasos

segundo o nível de qualidade avaliado pelos três diferentes parâmetros adotados:

AP/AV, DP/DV e fechamento do vaso para cada cultivar e número de despontes para

os diferentes tamanhos de vasos.

Conforme foi determinado como padrão a relação DP/DV com nota 3 e 4

(Quadro 1), constata-se que a partir dos vasos 11, especialmente para a cultivar

Veria Dark, essas notas não foram obtidas. Isto faz com que desconsidere-se as

notas 3 e 4 como as melhores proporções, pois essas foram baseadas nas

proporções de altura para a obtenção de plantas que se aproximassem da

esfericidade. Nas situações que se apresentam nas Tabelas 4, 5, 6, o melhor

fechamento foi obtido quando as notas da relação DP/DV foram igual a cinco, exceto

para o vaso 20, cinco despontes, cultivar Papiro e Veria Dark.

Observa-se que os melhores conjuntos (planta + vaso) da cultivar Papiro

produzidos no vaso 11 (Tabela 4) foram os que receberam quatro despontes, pois

obtiveram o melhor fechamento, como é mostrado na Figura 15. Observa-se que

66,7% deles receberam a melhor nota, enquanto que em 33,3% houve deficiência de

fechamento devido a abertura das hastes. Esse problema é comum em crisântemos

conduzidos em vaso e advém da fraca resistência das brotações de muitas cultivares

pelo pequeno diâmetro que apresentam, e muitas vezes incapazes de sustentar o

peso das inflorescências.

Para a cultivar Veria Dark, vaso 11(Tabela 4), nenhuma situação de desponte

foi suficiente para produzir vasos que apresentassem todos os padrões de qualidade

estabelecidos, muito embora o tratamento com três e quatro despontes resultaram

em boa proporção de altura e de diâmetro, mas o fechamento não foi completo, o

que determinou a impossibilidade de produzirem-se bons conjuntos nesse tamanho

de vaso. A razão disso foi provavelmente devido a um número insuficiente de

inflorescências produzidas, média de 128, para proporcionar fechamento de vaso

para classificá-lo como de boa qualidade. A Figura 16 ilustra o parâmetro de

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39

fechamento insuficiente da cultivar em vista superior, com diferentes números de

despontes.

Dois despontes Três despontes Quatro despontes

Figura 15 – Representação do fechamento de vaso em vista superior para a cultivar Papiro,

conduzida no vaso 11. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Quatro despontes Três despontes Dois despontes

Figura 16 – Representação do fechamento de vaso em vista superior para a cultivar Veria Dark,

conduzida no vaso 11. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Para a cultivar Papiro produzida no vaso 15 (Tabela 5) observa-se que a

qualidade aumenta com o aumento do número de despontes, seguindo os três

parâmetros utilizados (AP/AV, DP/DV e F). Considerando-se o fechamento como

determinante da qualidade, constatou-se que as melhores plantas foram produzidas

com cinco e seis despontes (Figura 17), respectivamente com 83,3% e 66,7% dos

vasos obtendo nota cinco. No entanto, nota-se que esses despontes receberam na

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Tabela 4 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, Cultivar Papiro e Veria Dark vaso 11. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

PAPIRO 11 VERIA DARK 11 DESPONTES NOTA 2 3 4 2 3 4

AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F1 - - - - - - - - - - - - - - - - - -2 -

- 16,7 - - - - - - - - 16,7 - - - - - -3 100 - 83,3 100 33,3 33,3 33,3 - - 100 - 83,3

83,3 - 83,3 33,3 - 50

4 - 100 - - 66,7 66,7 67,3 - 33,3 - 33,3 - 16,7 - 16,7

66,7 - 50 5 - - - - - - - 100 66,7 - 66,7 - - 100 - - 100 -

Tabela 5 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento. Cultivar Papiro vaso 15. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

PAPIRO 15 DESPONTES

NOTA 2 3 4 5 6 AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F1 - - - - - - - - - - - - - - -2 83,3

- - 33,3 - - - - - - - - - - -3 16,7 100 66,7 66,7

66,7 50 100 - 16,7 83,3 - - 16,7 - -

4 - - 33,3 - 33,3 50 - 100 83,3 16,7 - 16,7 83,3 - 33,35 - - - - - - - - - - 100 83,3 - 100 66,7

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41

relação DP/DV a nota cinco, valor esse fora do convencionado como sendo a melhor

relação. Além disso observa-se que os vasos produzidos com seis despontes

apresentaram-se 33,3% deficientes em fechamento.

Quanto a cultivar Veria Dark, vaso 15 (Tabela 6), observa-se que as relações

AP/AV e DP/DV não progrediram de maneira regular com o aumento do número de

despontes. Já, o fechamento apresentou um comportamento idêntico ao da cultivar

Papiro, sendo que o vaso com cinco despontes foi o de melhor qualidade. Essa

evolução qualitativa pode ser visualizada na Figura 18 onde são apresentadas os

melhores vasos. Nessa Figura (18) a visualização do melhor vaso (cinco despontes)

não ilustra bem a realidade, pois esse foi fotografado com abertura incompleta das

inflorescências.

Três despontes Quatro despontes Cinco despontes Seis despontes

Figura 17 – Representação do fechamento de vaso em vista superior para a cultivar Papiro, conduzida no

vaso 15. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Seis despontes

Cinco despontes

Quatro despontes Três despontes

Figura 18 - Representação do fechamento de vaso em vista superior para a cultivar Veria Dark conduzida no

vaso 15. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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Seguindo os três parâmetros utilizados na avaliação da cultivar Papiro,

conduzida no vaso 20, (Tabela 7) observa-se que com o aumento do número de

despontes a qualidade também aumentou. O melhor fechamento foi obtido a partir do

quinto desponte (Figura 19), no qual apresentou 83,3% dos vasos com a melhor nota

de fechamento. Verifica-se que a relação DP/DV também foi melhor nas plantas que

receberam cinco despontes, onde 100% dessas obtiveram a nota quatro,

enquadrando-se no padrão estabelecido deste trabalho para qualidade do conjunto

de planta/vaso. Esse resultado indica que para a produção da cultivar Papiro no vaso

20, a partir do quinto desponte as plantas têm alta qualidade, sendo possível sua

comercialização com a vantagem de reduzir o ciclo de produção. Além disso a

totalidade dos vasos que receberam seis e sete despontes apresentaram relação

DP/DV com nota 5, fora dos padrões, por serem excessivamente volumosos, o que

dificultaria o seu transporte.

A cultivar Veria Dark conduzida no vaso 20 não apresentou uma evolução

satisfatória da percentagem de vasos segundo as notas de AP/AV e DP/DV com o

aumento do número de despontes (Tabela 8). Da mesma forma do que ocorreu com

a cultivar Papiro, a Veria Dark obteve as melhores percentagens de vasos com o

melhor fechamento e proporções adequadas quando realizados cinco despontes na

planta. A Figura 20 apresenta os melhores vasos dessa cultivar com os diferentes

número de despontes.

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Tabela 6 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, cultivar Veria Dark vaso 15. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

VERIA DARK 15 DESPONTES

NOTA 2 3 4 5 6 AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F1 - - - - - - - - - - - - - - -2 66,7

- - - - - - - - - - - - - -3 33,3 100 66,7 100

- 50 100 - 16,7 100

- - 16,7 - -

4 - - 33,3 - 100 50 - 100 83,3 - - 16,7 83,3 - 33,35 - - - - - - - - - - 100 83,3 - 100 66,7

Tabela 7 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, cultivar Papiro vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

PAPIRO 20 DESPONTES

NOTA 2 3 4 5 6 7 AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F1 33,3 - - - - - - - - - - - - - - - - -2 66,7

100 - 100 16,7 - 66,7 - - 33,3 - - - - - - -3 - - 50 - 83,3 67,3 33,3

33,3 16,7 66,7

- - 100 - - 66,7 -

4 - - 50 - - 33,3 - 66,7 83,3 - 100 16,7 - - 16,7 33,3

- 16,7 5 - - - - - - - - - - - 83,3 - 100 83,3 - 100 83,3

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44

Tabela 8 - Porcentagem de vasos produzidos por nível de categorias de qualidade: AP/AV (altura de planta/altura de vaso), DP/DV (diâmetro de

planta/diâmetro de vaso) e Fechamento, cultivar Veria Dark vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

VERIA DARK 20 DESPONTES

NOTA 2 3 4 5 6 7 AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F AP/AV DP/DV F1 16,7 - - - - - - - - - - - - - - - - -2 83,3

100 - 100

- 83,3 - - 33,3 - - 16,7 - - - - -3 - - 83,3 - 100 50 16,7 100 16,7 66,7

- - 83,3 - - 16,7 -

4 - - 16,7 - - 50 - - 83,3 - 100 16,7 - 16,7 33,3 83,3

16,7 33,35 - - - - - - - - - - - 83,3 - 83,3 66,7 - 83,3 66,7

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45

Três despontes Quatro despontes Cinco despontes Seis despontes Sete despontes

Figura 19 - Representação do fechamento de vaso em vista frontal e superior para a cultivar Papiro, conduzida no

vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Sete despontes Seis despontes Cinco despontes Quatro despontes Três despontes

Figura 20 - Representação do fechamento de vaso em vista frontal e superior para a cultivar Veria Dark, conduzida no

vaso 20. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

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46

Utilizando-se dos dados de classificação percentual dos vasos para a

produção de conjuntos de melhor qualidade, construiu-se as Tabelas 9 e 10,

respectivamente, para as cultivares Papiro e Veria Dark. Nestas foi resumido o

número de despontes necessários para a produção de vasos de qualidade das

cultivares testadas. Verifica-se que a cultivar Papiro conduzida no vaso 11, só

produziu vasos floridos com qualidade satisfatória quando as plantas receberam

quatro despontes e, para obter o fechamento necessário das plantas estimou-se que

essas devem produzir mais de 180 inflorescências. Entretanto, para a produção nos

vasos 15 e 20 foram necessários cinco despontes para que essas apresentassem a

qualidade pré-estabelecida. Para ocorrer o fechamento seriam necessárias mais de

500 inflorescências para o vaso 15 e mais de 800 inflorescências para o vaso 20.

Para a cultivar Veria Dark conduzida no vaso 11, não foi possível produzir

plantas com qualidade comercial. A principal razão dessa constatação foi a

deficiência de fechamento do vaso causada pela produção de um número

insuficiente de inflorescências. As plantas desse tratamento produziram de 107 a 143

inflorescências por vaso, resultantes da redução do número de inflorescências por

broto (de 6 com dois despontes, para 3,51 com quatro despontes). Desse modo,

para essa cultivar, a produção no vaso 11 deverá receber mais despontes, ou então

deve-se melhorar as condições ambientais para aumentar o crescimento das plantas,

a ponto de existir a possibilidade da produção de plantas com quatro despontes.

Já, para o cultivo da Veria Dark em vasos 15 ou 20, cinco despontes foram

suficientes para obter-se vasos com qualidade e estimou-se que para haver um

fechamento desses vasos seriam necessárias no mínimo 300 e 500 inflorescências,

respectivamente. Esse número de inflorescências é inferior a da cultivar Papiro pois

esta cultivar apresenta inflorescência de maior diâmetro.

Como se observa nas Tabelas 9 e 10, para os vasos 11 e 15 quanto aos

parâmetros DP/DV, não foi possível obter-se nota dentro dos padrões estabelecidos

nesse trabalho, isto é, 3 ou 4, obtendo nota de proporção máxima, ou seja, cinco,

para que ocorresse o fechamento ideal do vaso. As plantas produzidas ficaram com

excesso de diâmetro, resultando num rebaixamento da planta.

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47

Tabela 9 – Esquema de produção de vasos com crisântemo multiflora, cultivar Papiro, para atender

padrões de qualidade à comercialização. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Nota Número de despontes AP/AV DP/DV Fechamento

Número de inflorescência

s VASO 11 ≥ 4 4 5 5 > 180 VASO 15 ≥ 5 3 5 5 > 500 VASO 20 ≥ 5 3 4 5 >800

Tabela 10 – Esquema de produção de vasos com crisântemo multiflora, cultivar Veria Dark, para

atender padrões de qualidade à comercialização. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Nota Número de

despontes AP/AV DP/DV Fechamento Número de

inflorescências

VASO 11 > 4 4 5 5 > 150 VASO 15 ≥ 5 3 5 5 > 300 VASO 20 ≥ 5 3 4 5 >500

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48

A 2A 2

C 2C 1

B 2 B 1

A 1

FIGURA 21 - Melhores vasos do crisântemo multiflora cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003. A : vaso 11, quatro despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior. B: vaso 15, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior. C: vaso 20, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior

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49

C 2 C 1

B 2 B 1

A 2A 1

FIGURA 22 - Melhores vasos do crisântemo multiflora cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2003. A : vaso 11, quatro despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior. B: vaso 15, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior. C: vaso 20, cinco despontes, (1) - vista frontal; (2) - vista superior.

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5 CONCLUSÕES

1. É possível a produção das cultivares Papiro e Veria Dark nas condições

ambientais de Santa Maria, RS.

2. O aumento do tamanho do vaso determina a necessidade de mais

despontes para a produção comercial de plantas diferenciadas;

3. As cultivares Papiro e Veria Dark são aptas à produção de plantas pela

técnica da topiaria;

4. As condições ambientais, ocorrentes no local de cultivo, alteraram o

ciclo da cultivar Veria Dark, mas não o da Papiro;

5. As relações de altura de planta/altura de vaso e fechamento são os

parâmetros que melhor avaliam a qualidade dos vasos;

6. A produção no vaso 11, cultivar Veria Dark, não foi possível a obtenção

de plantas com qualidade para comercialização, independente dos

números de despontes;

7. A produção nos vaso 15 e 20 das cultivares Papiro e Veria Dark, é

necessário no mínimo cinco despontes para obtenção de plantas de

qualidade.

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51

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ANEXOS

ANEXO 1 – Resumo da análise da variância das variáveis avaliadas no cultivo de crisântemo

“multiflora” em vasos, cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2004.

1.1 – Vaso 11

Variável ALTANTES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio

Tratamentos 3 123,316*

Resíduo 20 1,975

Total 23

Média 8,725

Coef. Variação 16,106

Variável NUMBROTO ALTFLOR NUMBROFI NUMFLOR

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 2 539,056* 15,291* 3061,500* 24054,000*

Resíduo 15 1,478 1,128 8,633 181,633

Total 17

Média 13,389 18,167 34,833 139,500

Coef. Variação 9,079 5,846 8,435 9,661

Variável DIAMFLOR DIPLAFLO DIPLADES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 2 0,057n.s. 28,514* 5,389*

Resíduo 15 0,032 1,505 1,456

Total 17

Média 3,878 28,222 17,722

Coef. Variação 4,597 4,348 6,808

(*) Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

(n.s.) Não significativo.

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1.2 – Vaso 15

Variável ALTANTES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio

Tratamentos 5 263,055*

Resíduo 30 1,252

Total 35

Média 12,375

Coef. Variação 9,041

Variável NUMBROTO ALTFLOR NUMBROFI NUMFLOR

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 4 16205,617* 63,279* 60985,133* 291399,383*

Resíduo 25 52,920 2,485 439,813 5555,247

Total 29

Média 43,533 21,017 101,933 312,900

Coef. Variação 16,710 7,501 20,574 23,820

Variável DIAMFLOR DIPLAFLO DIPLADES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 4 1,081* 291,512* 409,792*

Resíduo 25 0,037 3,312 2,133

Total 29

Média 3,617 33,783 23,000

Coef. Variação 5,347 5,387 6,350

(*) Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

(n.s.) Não significativo.

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1.3 – Vaso 20

Variável ALTANTES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio

Tratamentos 6 413,898*

Resíduo 35 2,272

Total 41

Média 15,554

Coef. Variação 9,691

Variável NUMBROTO ALTFLOR NUMBROFI NUMFLOR

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 5 34930,228* 198,468* 263413,9778* 2773020,628*

Resíduo 30 122,194 4,024 890,111 5003,728

Total 35

Média 73,972 25,489 199,722 779,472

Coef. Variação 14,944 7,870 14,938 9,075

Variável DIAMFLOR DIPLAFLO DIPLADES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 5 1,203* 1026,427* 801,447*

Resíduo 30 0,028 3,064 3,174

Total 35

Média 3,572 44,111 28,853

Coef. Variação 4,675 3,968 6,175

(*) Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

(n.s.) Não significativo.

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ANEXO 2 – Resumo da análise da variância das variáveis avaliadas no cultivo de crisântemo em

vasos multiflora, cultivar Veria dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2004.

2.1 - Vaso 11

Variável ALTANTES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio

Tratamentos 3 116,956*

Resíduo 20 0,680

Total 23

Média 8,475

Coef. Variação 9,736

Variável NUMBROTO ALTFLOR NUMBROFI NUMFLOR

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 2 450,667* 12,875* 977,055* 5232,389*

Resíduo 15 5,8111 1,450 4,544 131,211

Total 17

Média 15,167 19,167 24,611 101,056

Coef. Variação 15,894 6,283 8,662 11,335

Variável DIAMFLOR DIPLAFLO DIPLADES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 2 0,171n.s. 28,347* 43,792*

Resíduo 15 0,910 1,892 2,228

Total 17

Média 4,522 29,805 17,167

Coef. Variação 5,447 4,615 8,695

(*) Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

(n.s.) Não significativo.

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2.2 – Vaso 15

Variável ALTANTES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio

Tratamentos 5 170,052*

Resíduo 30 0,709

Total 35

Média 11,447

Coef. Variação 7,359

Variável NUMBROTO ALTFLOR NUMBROFI NUMFLOR

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 4 6609,000* 38,612* 20956,55* 347681,450*

Resíduo 25 7,847 1,172 46,447 2358,947

Total 29

Média 34,833 21,517 62,433 265,533

Coef. Variação 8,042 5,031 10,916 18,291

Variável DIAMFLOR DIPLAFLO DIPLADES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 4 0,257* 825,417 281,554*

Resíduo 25 0,298 2,435 3,123

Total 29

Média 4,350 33,583 21,800

Coef. Variação 3,968 4,646 8,107

(*) Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

(n.s.) Não significativo.

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2.3 - Vaso 20

Variável ALTANTES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio

Tratamentos 6 337,691*

Resíduo 35 1,289

Total 41

Média 14,436

Coef. Variação 7,867

Variável NUMBROTO ALTFLOR NUMBROFI NUMFLOR

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 5 28670,844* 117,390* 99141,200* 1112606,494*

Resíduo 30 66,489 4,659 186,200 3755,372

Total 35

Média 68,556 24,986 135,000 501,305

Coef. Variação 11,894 8,639 10,108 12,224

Variável DIAMFLOR DIPLAFLO DIPLADES

Fonte de variação G. L. Quadrado Médio Quadrado Médio Quadrado Médio

Tratamento 5 3,733* 568,346* 632,217*

Resíduo 30 0,0357 3,932 1,806

Total 35

Média 4,011 42,458 27,250

Coef. Variação 4,708 4,670 4,931

(*) Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

(n.s.) Não significativo.

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60

ANEXO 3- Análise de correlação das características avaliadas em crisântemo de vaso cultivar Papiro.

UFSM, Santa Maria, RS, 2004.

3.1- Vaso n° 11

Variáveis

V1 Diâmetro da planta antes do desponte

V2 Número

de brotos formados a partir do primeiro desponte

V3 Altura

planta no floresci-mento

V4 Número de brotos finais

que resultarão

inflorescên-cias

V5 Número de inflorescên-

cias

V6 Diâmetro

das inflorescên-

cias

V7 Diâmetro de planta

no floresci-mento

V2 0,4737 - - - - - - V3 0,5321 0,8128 - - - - - V4 n.s. 0,9803 0,8019 - - - - V5 n.s. 0,9632 0,8170 0,9586 - - - V6 0,5346 n.s. n.s. n.s. n.s. - - V7 n.s. 0,7904 0,6274 0,7791 n.s. n.s. -

3.2 - Vaso n° 15

Variáveis

V1 Diâmetro da planta antes do desponte

V2 Número de

brotos formados a

partir do primeiro desponte

V3 Altura

planta no floresci-mento

V4 Número de brotos finais

que resultarão inflores-cências

V5 Número

de inflores-cências

V6 Diâmetro

das inflores-cências

V7 Diâmetro

de planta noflorescimen-

to

V2 0,9729 - - - - - - V3 0,8406 0,7945 - - - - - V4 0,9359 0,9436 0,8344 - - - - V5 0,8288 0,8103 0,8093 0,9417 - - - V6 -0,7290 -0,7617 -0,6251 -0,7901 -0,7785 - - V7 0,8503 0,8378 0,8406 0,9225 0,9595 -0,7752 -

3.3 - Vaso n° 20

Variáveis

V1 Diâmetro da planta antes do desponte

V2 Número de

brotos formados a

partir do primeiro desponte

V3 Altura

planta no floresci-mento

V4 Número de brotos finais

que resultarão

inflorescên-cias

V5 Número

de inflores-cências

V6 Diâmetro

das inflorescên-

cias

V7 Diâmetro de

planta no florescimen-

to

V2 0,9587 - - - - - - V3 0,8983 0,8598 - - - - - V4 0,9629 0,9830 0,8533 - - - - V5 0,9721 0,9781 0,8813 0,9790 - - - V6 -0,7482 -0,7756 -0,6247 -0,7898 -0,8062 - - V7 0,9653 0,9367 0,9084 0,9383 0,9539 -0,7238 -

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61

ANEXO 4- Análise de correlação das características avaliadas em crisântemo de vaso cultivar Veria

Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2004.

4.1 - Vaso n° 11

Variáveis

V1 Diâmetro da planta antes do desponte

V2 Número de

brotos formados a

partir do primeiro desponte

V3 Altura

planta no flores-

cimento

V4 Número de brotos finais

que resultarão inflores-cências

V5 Número

de inflores-cências

V6 Diâmetro

das inflores-cências

V7 Diâmetro de

planta no florescimen-

to

V2 0,8303 - - - - - - V3 0,5251 0,5401 - - - - - V4 0,8110 0,9382 0,6265 - - - - V5 0,6374 0,8119 0,6484 0,8726 - - - V6 n.s. n.s. n.s. n.s. -0,5433 - - V7 0,5996 0,7404 0,5657 0,8207 0,8843 -0,4709 -

4.2 - Vaso n° 15

Variáveis

V1 Diâmetro da planta antes do desponte

V2 Número de

brotos formados a

partir do primeiro desponte

V3 Altura

planta no floresci-mento

V4 Número de brotos finais

que resultarão

inflorescên-cias

V5 Número

de inflores-cências

V6 Diâmetro

das inflorescên-

cias

V7 Diâmetro de

planta no florescimen-

to

V2 0,9306 - - - - - - V3 0,8505 0,8479 - - - - - V4 0,9377 0,9830 0,8435 - - - - V5 0,9263 0,9663 0,8236 0,9799 - - - V6 n.s. n.s. n.s. n.s. n.s. - - V7 0,8280 0,7539 0,8612 0,7641 0,7396 n.s. -

4.3 - Vaso n° 20

Variáveis

V1 Diâmetro da planta antes do desponte

V2 Número

de brotos formados a partir do primeiro desponte

V3 Altura

planta no flores-

cimento

V4 Número de brotos finais

que resultarão

inflorescên-cias

V5 Número

de inflores-cências

V6 Diâmetro

das inflores-cências

V7 Diâmetro de

planta no floresci-mento

V2 0,9624 - - - - - - V3 0,8670 0,7874 - - - - - V4 0,9723 0,9895 0,8211 - - - - V5 0,9276 0,9336 0,8551 0,9333 - - - V6 -0,8040 -0,8209 -0,5689 -0,8419 -0,6215 - - V7 0,9307 0,8779 0,8969 0,8919 0,9150 -0,6742 -

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62

ANEXO 5 - Variação das temperaturas máximas e mínimas, dentro da casa de vegetação I, no período de 168 dias longos. UFSM, Santa

Maria, RS, 2003.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

01/05

/0308

/05/03

15/05

/0322

/05/03

29/05

/0305

/06/03

12/06

/0319

/06/03

26/06

/0303

/07/03

10/07

/0317

/07/03

24/07

/0331

/07/03

07/08

/0314

/08/03

21/08

/0328

/08/03

04/09

/0311

/09/03

18/09

/0325

/09/03

02/10

/0309

/10/03

16/10

/03

Datas

Tem

pera

tura

s (°

C)

—— Temperatura Mínima ------ Temperatura Máxima Temperatura Média: 20,1 °C

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63

ANEXO 6 - Variação das temperaturas máximas e mínimas, dentro da casa de vegetação II, no período de 214 dias curtos. UFSM, Santa

Maria, RS, 2003.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

04/06

/0311

/06/03

18/06

/0325

/06/03

02/07

/0309

/07/03

16/07

/0323

/07/03

30/07

/0306

/08/03

13/08

/0320

/08/03

27/08

/0303

/09/03

10/09

/0317

/09/03

24/09

/0301

/10/03

08/10

/0315

/10/03

22/10

/0329

/10/03

05/11

/0312

/11/03

19/11

/0326

/11/03

03/12

/0310

/12/03

17/12

/0324

/12/03

31/12

/03

Datas

Tem

pera

tura

s (°

C)

—— Temperatura Mínima ------ Temperatura Máxima Temperatura Média: 23,0 °C

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64

ANEXO 7 – Temperaturas do ar no período de tratamento com os dias curtos, durante o ciclo de

produção da cultivar Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Diâmetro

Vaso Número

do Desponte

Média Temperaturas

Máximas

Médias Temperaturas

Mínimas

Médias Intervalo de Datas Início DC

até ponto de colheita

11 2° 24,5 13,1 18,8 04/06/03 até 07/08/03 (9 semanas)

3° 26,4 11,5 18,9 25/06/03 até 27/08/03 (9 semanas)

4° 28,1 11,7 19,9 24/07/03 até 25/09/03 (9 semanas)

15 3° 26,4 11,5 18,9 25/06/03 até 27/08/03

(9semanas) 4° 28,1 11,7 19,9 24/07/03 até

25/09/03 (9 semanas)

5° 30,5 14,0 22,2 20/08/03 até 22/10/03 (9 semanas)

6° 35,5 19,3 27,4 03/10/03 até 05/12/03

(9semanas) 20 3° 26,4 11,5 18,9 25/06/03 até

27/08/03 (9semanas)

4° 28,1 11,7 19,9 24/07/03 até 25/09/03

(9semanas) 5° 30,5 14,0 22,2 20/08/03 até

22/10/03 (9semanas)

6° 34,1 16,7 25,4 19/09/03 até 16/11/03 (8

semanas e 2 dias)

7° 35,0 19,5 27,3 17/10/03 até 19/12/03 (9 semanas)

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65

ANEXO 8 – Temperaturas do ar no período de tratamento com os dias curtos, durante o ciclo de

produção da cultivar Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Diâmetro

Vaso Número

do Desponte

Média Temperaturas

Máximas

Médias Temperaturas

Mínimas

Médias Intervalo de Datas Início

DC até ponto de colheita

11 2° 24,5 13,1 18,8 04/06/03 até 07/08/03 (9 semanas)

3° 26,4 11,4 18,9 02/07/03 até 11/09/03 (10

semanas) 4° 27,9 11,7 19,8 30/07/03 até

01/10/03 (9 semanas)

15 3° 26,4 11,5 18,9 02/07/03 até 11/09/03 (10

semanas) 4° 27,9 11,7 19,8 30/07/03 até

01/10/03 (9 semanas)

5° 31,1 14,5 22,8 27/08/03 até 30/10/03 (9 semanas)

6° 36,3 18,1 27,2 03/10/03 até 01/12/03

(8semanase 3 dias)

20 3° 26,4 11,5 18,9 02/07/03 até 11/09/03 (10

semanas) 4° 27,9 11,7 19,8 30/07/03 até

01/10/03 (9 semanas)

5° 31,1 14,5 22,8 27/08/03 até 30/10/03

(9semanas) 6° 33,7 17,5 25,6 26/09/03 até

27/11/03 (9semanas)

7° 19,5 35,0 27,3 17/10/03 até 19/12/03 (9 semanas)

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ANEXO 9 - Temperaturas máximas, mínimas e média observadas entre os despontes, cultivar

Papiro. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Diâmetro Vaso

Número do Desponte

Média Temperaturas

Máximas

Médias Temperaturas

Mínimas

Médias Intervalo entre os despontes

11 Desponte no transplante até 1°

27,7 14,1 20,9 30/04/03 até 28/05/03 28 d

1° até 2° Tratamento 1

24,4 14,7 19,5 28/05/03 até 18/06/03 21d

2°até 3° Tratamento 2

25,5 12,7 19,1 18/06/03 até 16/07/03 28d

3 até 4° Tratamento 3

Indução 24/07/03

15 Desponte no transplante até 1°

27,7 14,1 20,9 30/04/03 até 28/05/03 28 d

1° até 2°

24,4 14,7 19,5 28/05/03 até 18/06/03 21 d

2°até 3° Tratamento 1

25,5 12,7 19,1 18/06/03 até 16/07/03 28 d

3 até 4° Tratamento 2

27,1 12,8 19,9 16/07/03 até 14/08/03 29d

4° até 5° Tratamento 3

28,9 12,1 20,5 14/08/03 até 25/09/03 42 d

Tratamento 4 Indução 03/10/03

20 Desponte no transplante até 1°

27,7 14,1 20,9 30/04/03 até 28/05/03

1° até 2°

24,4 14,7 19,5 28/05/03 até 18/06/03

2°até 3° Tratamento 1

25,5 12,7 19,1 18/06/03 até 16/07/03

3 até 4° Tratamento 2

27,1 12,8 19,9 16/07/03 até 14/08/03

4° até 5° Tratamento 3

29,3 12,1 20,7 14/08/03 até 11/09/03 28 d

5° até 6° Tratamento 4

31,0 15,0 28,0 11/09/03 até 10/10/03 29 d

6° até 7° Tratamento 5

Indução 17/10/03

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67

ANEXO 10 - Temperaturas máximas, mínimas e média observadas entre os despontes, cultivar

Veria Dark. UFSM, Santa Maria, RS, 2003.

Diâmetro Vaso

Número do Desponte

Média Temperaturas

Máximas

Médias Temperaturas

Mínimas

Médias Intervalo entre os despontes

11 Desponte no transplante até 1°

27,7 14,1 20,9 30/04/03 até 28/05/03 28 d

1° até 2° Tratamento 1

24,9 14,9 19,9 28/05/03 até 25/06/03 28 d

2°até 3° Tratamento 2

25,4 12,1 18,7 25/06/03 até 24/07/03 29 d

3 até 4° Tratamento 3

Indução 24/07/03

15 Desponte no transplante até 1°

27,7 14,1 20,9 30/04/03 até 28/05/03 28 d

1° até 2°

24,9 14,9 19,9 28/05/03 até 25/06/03 28 d

2°até 3° Tratamento 1

25,4 12,1 18,7 25/06/03 até 24/07/03 29 d

3 até 4° Tratamento 2

28,7 11,2 19,9 24/07/03 até 21/08/03 28 d

4° até 5° Tratamento 3

28,6 12,5 20,5 21/08/03 até 25/09/03 42 d

Tratamento 4 Indução 03/10/03

20 Desponte no transplante até 1°

27,7 14,1 20,9 30/04/03 até 28/05/03 28 d

1° até 2°

24,9 14,9 19,9 28/05/03 até 25/06/03 28 d

2°até 3° Tratamento 1

25,4 12,1 18,7 25/06/03 até 24/07/03 29 d

3 até 4° Tratamento 2

28,7 11,2 19,9 24/07/03 até 21/08/03 28 d

4° até 5° Tratamento 3

28,9 12,0 20,4 21/08/03 até 19/09/03 29 d

5° até 6° Tratamento 4

32,0 17,1 24,5 19/09/03 até 10/10/03 21 d

6° até 7° Tratamento 5

Indução 17/10/03